CLC 3 DR2

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Curso: Certificação Escolar NS Formador:

Área de Competência - Chave: Cultura, Língua e Comunicação


UFCD: 3 - Saúde
DR:2 – Riscos e Comportamentos Saudáveis
Critérios de evidência:
- Identificar no sector cultural grupos profissionais que possam requerer particular atenção às
questões das condições de trabalho, dos mecanismos de certificação profissional e de segurança
social;
- Compreender a pertinência da existência de regimes de segurança social específicos para
determinas profissões;
- Analisar o estado destas questões em diferentes países europeus.

Fontes: www.aipcinema.com; www.dre.pt; www2.seg-social.pt;

Prevenção e Segurança em Contexto Profissional

No Código de Trabalho fala-nos no direito do Trabalhador à segurança, higiene e


saúde no trabalho (art. 272.º), para a prevenção de riscos profissionais e a promoção
da saúde do trabalhador.

O Centro Nacional de Protecção contra os Riscos Profissionais é


uma instituição de Segurança Social que assegura a prevenção,
tratamento, recuperação e reparação de doenças ou
incapacidades resultantes de riscos profissionais.

Doença profissional, doença incluída na Lista das Doenças


Profissionais de que esteja afectado um trabalhador que tenha estado exposto ao
respectivo risco pela natureza da actividade ou condições, ambiente e técnicas do
trabalho habitual. E ainda, para efeitos de reparação, a lesão corporal, perturbação
funcional ou doença não incluída na Lista, desde que se prove ser consequência
necessária e directa da actividade exercida e não represente normal desgaste do
organismo.

Trata-se de um doente profissional quando lhe é certificada uma doença profissional


pelo Centro Nacional com base no parecer dos peritos médicos competentes.

A Lei n.º28/2011 de 16 de Junho aprova o regime dos


contratos de trabalho e estabelece o regime de segurança
social aplicável aos trabalhadores das artes do espetáculo e
do audiovisual que desenvolvam uma atividade artística,
técnico -artística ou de mediação destinada a espetáculos
ou a eventos públicos.
São consideradas artísticas, nomeadamente, as atividades
de Actor, artista circense ou de variedades, bailarino,
cantor, coreógrafo, encenador, realizador, cenógrafo,
figurante, maestro, músico, toureiro, desde que exercidas
com carácter regular.
É criado o Registo Nacional de Profissionais do Sector das
Actividades Artísticas, Culturais e de Espectáculo
(RNPSAACE), com vista a contribuir para a sua valorização
profissional e técnica. Os profissionais das artes do
espectáculo e audiovisual devem proceder à inscrição no
RNPSAACE sendo a sua inscrição condição para o acesso
às acções de valorização profissional e técnica, directa ou
indirectamente promovidas pelo Estado, e para a emissão de
certificados comprovativos do exercício da profissão. A
inscrição no RNPSAACE depende do profissional do
espectáculo e audiovisual possuir formação profissional de
nível 3 ou formação académica específicas, ou, pelo menos, 180 dias de trabalho
efectivo prestado nos três anos anteriores à data da inscrição.

É admitida a celebração de contrato de trabalho a termo resolutivo, certo ou incerto,


para o desempenho das atividades enunciadas na presente lei. Considera -se tempo
de trabalho o período de prestação efectiva da actividade artística perante o público ou
equivalente, bem como todo o tempo em que o trabalhador está adstrito à realização
da sua prestação, em especial para efeitos de ensaios, pesquisa, estudo, actividades
promocionais e de divulgação e ainda outros trabalhos de preparação ou finalização
do espectáculo. O contrato de trabalho a termo certo tem a duração máxima de seis
anos, não lhe sendo aplicável o regime previsto no Código do Trabalho em matéria de
contratos sucessivos e limite de renovações.

Aos profissionais das artes do espectáculo e do audiovisual é aplicável o regime de


segurança social dos trabalhadores por conta de outrem, com as especificidades
constantes da presente lei. Os profissionais das artes do espectáculo e do audiovisual
têm direito à protecção nas eventualidades garantidas pelo regime de segurança
social dos trabalhadores por conta de outrem e ao subsídio de reconversão
profissional.

1 — O prazo de garantia para atribuição do subsídio de desemprego é de 450 dias de


trabalho por conta de outrem, com o correspondente registo de remunerações, num
período de 36 meses imediatamente anterior à data do desemprego.

2 — O prazo de garantia para atribuição do subsídio social de desemprego é de 180


dias de trabalho por conta de outrem, com o correspondente registo de remunerações,
num período de 18 meses imediatamente anterior à data do desemprego.

1 — Os profissionais das artes do espectáculo e do audiovisual abrangidos pela


presente lei que, em função da especificidade das suas actividades, tenham cessado o
exercício da sua actividade antes de poderem beneficiar de uma pensão de velhice
têm direito à atribuição de um subsídio de reconversão profissional, desde que
preencham os seguintes requisitos:

a) Terem exercido, comprovadamente, uma actividade artística como profissionais


durante um período não inferior a 10 anos, com registo de remunerações nos últimos
cinco anos;

b) Terem cessado o exercício da actividade artística há mais de seis meses e menos


de dois anos;

c) Terem rendimentos inferiores à remuneração mínima mensal garantida.


2 — O montante do subsídio de reconversão profissional é fixado caso a caso, não
podendo exceder o valor de 12 indexantes de apoio social.

3 — O subsídio de reconversão profissional pode ser atribuído por uma só vez ou em


prestações mensais que não podem exceder os 24 meses.

4 — Os encargos correspondentes ao pagamento do subsídio de reconversão


profissional são suportados conjuntamente por verbas do Ministério da Cultura e por
verbas do Instituto do Emprego e Formação Profissional, I. P.

6 — O subsídio de reconversão profissional não é cumulável com o pagamento do


montante único das prestações de desemprego.

Sem prejuízo do disposto no Código do Trabalho em matéria de retribuição, não


integram o conceito de retribuição dos trabalhadores das artes do espectáculo e do
audiovisual as importâncias despendidas pelo empregador a favor do trabalhador na
constituição de seguros de doença, de acidentes pessoais e de seguros de vida
que garantam exclusivamente o risco de morte, invalidez ou reforma por velhice,
no último caso desde que o benefício seja garantido após os 55 anos de idade,
desde que não garantam o pagamento e este se não verifique, nomeadamente por
resgate ou adiantamento de qualquer capital em vida durante os primeiros cinco anos.

Perante a legislação em vigor, a chamada reforma antecipada só pode ser requerida


pelos trabalhadores por conta de outrem mediante a verificação de determinadas
condições: nas situações de desemprego involuntário de longa duração; nas
actividades profissionais com protecção especial, devido à sua natureza penosa ou
desgastante: mineiros, pescadores, bailarinos, etc.

Proposta de trabalho:

Determinadas actividades ou profissões exigem, pelo seu carácter intensivo, um


tratamento jurídico diferenciado ao nível da segurança social, condições de
trabalho e dos mecanismos de certificação profissional, de forma a serem
equiparados ou não discriminados negativamente face aos restantes
trabalhadores.

1- Identifique no sector cultural os grupos profissionais que podem requerer esta


particular atenção em termos laborais.

2- Analise as condições de trabalho, os regimes de segurança social e os


mecanismos de certificação profissional destas profissões. Explicite a pertinência
da existência do regime de segurança social que prevê para os bailarinos a
antecipação da idade da reforma, tendo em conta tratar-se de uma profissão de
desgaste físico rápido.

Atividade Integradora “Viver bem, bem viver”:


1- Pesquise e analise notícias sobre acidentes de trabalho de profissionais da
área artística. Analise os riscos inerentes a essas profissões e as
consequências.

2- Elabore três questões para o jogo “Elo mais fraco”, relacionadas com as
profissões da área do espetáculo e riscos profissionais associados.

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