Relatório 03 - Eletricidade

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI

Instituto de Engenharia Mecânica – IEM

Eletricidade Experimental – EEL621P

Turma: T07 – Professor: Marcel Fernando Da Costa Parentoni

PRÁTICA 03 -

CIRCUITOS MAGNÉTICOS

Aluno: Daniel Rodrigo da Silva

Matrícula: 2017020325

ITAJUBÁ

Outubro, 2021
Sumário
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................3

1.1. Objetivos....................................................................................................3

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO..............................................................................4

2.1. Campo Magnético e Força Magnetomotriz...............................................4

2.2. Relutância..................................................................................................5

2.3. Analogia Circuitos Magnéticos / Circuitos Eléctricos................................5

2.4. Saturação..................................................................................................6

2.5. Histerese...................................................................................................7

3. METODOLOGIA..............................................................................................8

3.1. Material......................................................................................................8

3.2. Métodos.....................................................................................................8

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................10

5. CONCLUSÃO................................................................................................15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................16
2
1º Relatório de Eletricidade Experimental – EEL621P

1. INTRODUÇÃO
Dispositivos elétricos e eletromecânicos estão presentes em diversas aplicações
do nosso cotidiano. Sendo indispensáveis para a nossa convivência. Os exemplos
incluem e interruptores de lâmpada até a hidrogeradores.

Além disso tem-se motores elétricos, solenoides, eletroímãs, diversos


componentes de um computador, telefones, entre diversas outras aplicações de
dispositivos.

Estes equipamentos como um todo funcionam seguindo as leis do


eletromagnetismo.

O relatório a ser realizado contará com o primeiro capítulo sendo referente a


introdução e objetivos contidos neste trabalho. O capítulo 2 contém o referencial
teórico de circuitos magnéticos no qual será utilizado para a obtenção dos principais
parâmetros do sistema. O capítulo 3 irá conter os materiais utilizado nos ensaios,
bem como a metodologia empregada para a realização do experimento. O capítulo 4
apresenta os resultados e discussão obtidos ao desenvolver as metodologias
empregadas no ensaio. O capítulo 5 expõe as conclusões mais relevantes obtida
neste relatório. O último capitulo constara as referências bibliográficas utilizadas
neste trabalho.

1.1. Objetivos
Este presente relatório tem como objetivos principais a análise do fenômeno de
saturação e histerese presente em circuitos magnéticos. Além destes dois
parâmetros a ser obtido no relatório, tem-se como objetivo secundário:

 Entender os componentes de um circuito magnético;


 Compreender a analogia eletromagnética;
 Obter os valores de Tensão medidos;
 Calcular os valores de corrente medido;
 Ser capaz de analisar graficamente os parâmetros.
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
Os circuitos magnéticos, assim como os circuitos elétricos, podem ser
configurados de diversas maneiras possíveis, contudo, existe uma simplificação em
seu esboço no qual é verificado na Figura 1.

Figura 1 – Circuito Magnético exemplificado

A corrente I, ao passar pela bobina de N espiras, produz certo fluxo magnético.


Uma parcela deste fluxo fica confinada no núcleo, sendo denominado de fluxo útil, e
percorre o caminho ABCDA indicado por linha tracejada. A outra parcela do fluxo
produzido pela bobina, muito menor que a primeira, escapa do núcleo e fecha-se
pelo ar na região próxima a bobina. Este fluxo é denominado de fluxo disperso

A magnitude do fluxo estabelecido é uma função direta da força eletromotriz


aplicada, e resulta em uma dualidade com os circuitos elétricos que faz com que a
corrente resultante seja uma função da magnitude da tensão aplicada. O fluxo
estabelecido também está inversamente relacionado à oposição estrutural do
caminho magnético da mesma maneira que a corrente, em um circuito, está
inversamente relacionada à resistência do circuito.

2.1. Campo Magnético e Força Magnetomotriz


Campo Magnético é a concentração de magnetismo que é criado em torno de
uma carga magnética num determinado espaço. Ele é descrito através da Equação
1.

Φ
B= (1)
A
Onde A é igual área transversal (em m²), Φ corresponde ao fluxo (em T).

A ‘pressão’ sobre o sistema para que se estabeleçam linhas magnéticas de força


é determinada pela força magnetomotriz aplicada, que está diretamente relacionada
ao número de espiras e à corrente da bobina magnetizante, como mostra a Equação
2.

F=¿ (2)

Onde:

N – Número de espiras

I – Corrente, em amperes

2.2. Relutância
A relutância de um material à tentativa de estabelecer um fluxo magnético no seu
interior é dada de acordo com a Equação 3.

1
R= (3)
μA

onde ℛ é a relutância, l é o comprimento do caminho magnético e A é a área da


seção transversal. O A nas unidades Ae/Wb é o número de espiras do enrolamento
aplicado.

2.3. Analogia Circuitos Magnéticos / Circuitos Eléctricos


Os outros equacionamentos usados em circuitos elétricos também podem ser
usados quase que sem restrição nos circuitos magnéticos. Deve-se salientar, no
entanto, que o fluxo magnético não contém nenhum movimento físico de partículas
ou algo semelhante. O fluxo é, na verdade, o produto da indução pela área da
secção transversal e tem uma orientação dada pelo sentido das linhas de força.

A Tabela 1 apresenta os circuitos magnéticos e circuitos elétrico, exemplificando


a análise destes sistemas. Uma vez que a utilização de conceitos elétricos já se
encontra bastante difundidos e estudados ao longo do curso.
Tabela 1 - Analogia entre os circuitos magnéticos e elétricos

Analogia Circuitos Magnéticos / Circuitos Eléctricos


Circuito Magnético Circuito Elétrico
Fluxo (Φ) Corrente (I)
Força Magnetomotriz (F) Força Eletromotriz (U)

Relutância (R) Resistência (R)


Permeância Condutância
1 1
℘= G=
R R
Lei de Hopkison Lei de Ohm
F . m. m .=R Φ U =R I

2.4. Saturação
Visto em alguns materiais magnéticos, saturação é o estado alcançado quando
um aumento no campo magnético externo aplicado H não pode aumentar a
magnetização do material ainda mais, então a densidade de fluxo magnético total B
mais ou menos se estabiliza.

A saturação é uma característica de materiais ferromagnéticos e ferrimagnéticos,


como ferro, níquel, cobalto e suas ligas. Diferentes materiais ferromagnéticos têm
diferentes níveis de saturação. A Figura 1 apresenta o comportamento da curva de
saturação de um material.

Figura 2 - Curva de saturação

A saturação é mais claramente vista na curva de magnetização (também


chamada de curva BH ou curva de histerese) de uma substância, como uma
curvatura para a direita da curva (veja o gráfico à direita). À medida que o campo H
aumenta, o campo B se aproxima de um valor máximo assintoticamente, o nível de
saturação da substância. Tecnicamente, acima da saturação, o campo B continua
aumentando, mas na taxa paramagnética, que é várias ordens de magnitude menor
do que a taxa ferromagnética vista abaixo da saturação.

2.5. Histerese
Histerese é a propriedade de um material ou sistema físico de manter suas
propriedades mesmo sem haver continuidade dos estímulos que as provocaram. A
palavra histerese deriva de um termo grego que significa retardo.

Os materiais ferromagnéticos apresentam facilidade para serem imantados,


processo pelo qual são expostos a um campo magnético e tornam-se ímãs. Imagine
um material ferromagnético colocado dentro de um solenoide, por onde será
conduzida corrente elétrica. O fluxo de cargas pelo solenoide gera um campo
magnético, que imanta o núcleo ferromagnético. A histerese magnética é percebida
no comportamento dos campos magnéticos gerados pelo solenoide e pelo núcleo
ferromagnético quando há diminuição na intensidade da corrente elétrica que flui
pelo enrolamento de fios.

A Figura 3 apresenta alguns pontos importantes obtidos na curva de histerese de


um material, apontando o efeito da magnetização e sua relação com a intensidade
de campo magnético aplicado ao sistema.

Figura 3 - Curva de Histerese


3. METODOLOGIA
3.1. Material
Para este presente relatório foram utilizando os materiais listados abaixo:

 01 Variador de Tensão Monofásico Variac Tdgc2-1 4a 1kva 220vca;


 02 Multímetro Digital Fluke 15B+;
 01 Osciloscópio Digital Tektronix TPS 2024;
 01 Módulo de Cargas Resistivas De Lorenzo DLB CR001-2;
 01 Modulo de Cargas Indutivas De Lorenzo DLB CL001-2;
 01 Modulo de Cargas Capacitivas De Lorenzo DLB CC001-2;
 15 Cabos de conexão;
 01 Ponta de prova para medição de corrente AC /DC 100 KHZ;
 01 Alicate Wattimetro Digital ET-4091 – Minipa.
 Protoboard
 Indutor

3.2. Métodos
Com o sistema conectado, ajusta-se o Variador de Tensão Monofásico Variac
para a tensão de 31,5 volts, conferindo a tensão com o Multímetro Digital Fluke, com
o outro Multímetro Digital Fluke é feito a análise da corrente circulando no sistema,
na qual foi de 0,48 mA.

Existe neste ensaio, um protoboard, no qual será responsável por emitir um


sinal defasado ao circuito no valor de 90º, com o objetivo da análise do ciclo de
histerese.

Faz importante ressaltar que as informações obtidas pelos multímetros são


referentes ao valor em módulo eficaz. Através do Osciloscópio Digital Tektronix, são
conectados os conectores nos canais 01, 02 e 03. O canal 01 (cor amarela)
demonstra a curva da corrente, enquanto o canal 02 (em azul) demonstra o sinal
defasado de 90º, e o canal 03 demonstra a curva da tensão (em violeta).
A corrente que esta demonstrada no canal 01 é medida através do alicate
Wattímetro Digital, no qual ocorre um pequeno ruído em seu aferimento.

A partir deste ponto realiza-se o aumento do valor de tensão fornecida ao


circuito. Assim verificado o aumento da corrente até ocorrer o fenômeno da
histerese, observando a variação destes parâmetros. Os valores obtidos serão
disponibilizados através do capítulo seguinte.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Seguindo a metodologia corretamente e de acordo com a revisão teórica foi
possível obter os resultados para este experimento. Os dados de tensão e corrente
para os quatro pontos do experimento podem ser visualizados através da Tabela 2.

Tabela 2 - Valores lidos na primeira etapa do ensaio

Valores Lidos no Experimento


Parâmetros Pontos do Experimento Unidade
- 1 2 3 4 -
Tensão (V) 31,5 50,3 75,9 85,5 V
Corrente (I) 0,48 0,71 1,43 1,89 A

A visualização gráfica do primeiro ponto do experimento permitiu observar um


ruído na corrente, e as curvas deste primeiro ponto é visualizada na Figura 4.

Figura 4 - Curvas de tensão e corrente para uma tensão aplicada de 31,5 volts

Ao aumentar o valor de tensão fornecida para o valor de 50,3 volts, pode se


verificar o aumento da corrente também. De acordo com a Figura 5. A forma de
onda da tensão já está apresentando uma forma de onda bem distorcida, destoando
do comportamento senoidal.
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1º Relatório de Eletricidade Experimental – EEL621P

Figura 5 - Curvas de tensão e corrente para uma tensão aplicada de 50,3 volts

Ao chegar ao ponto do valor de tensão de 75,9 volts, o comportamento da


curva da tensão (cor amarela) encontra-se muito mais deformado que anteriormente,
conforme visto na Figura 6.

Figura 6 - Curvas de tensão e corrente para uma tensão aplicada de 75,9 volts

O último ponto, localizado em 85,5 volts, apresentou uma piora maior ainda
comparada com a curva anterior de 75,9 volts já apresentando uma saturação
definida no sistema. A Figura 7 está representando as curvas de tensão (amarela) e
corrente (violeta) no sistema.
Figura 7 - Curvas de tensão e corrente para uma tensão aplicada de 85,5 volts

Analisando agora o ciclo de histerese, foi realizado a análise com dois pontos de
tensão distintos: 66,1 volts e 76,1 volts.

Para o ciclo representado pela tensão de 66,1 volts, pode se observar uma área
um pouco menor, mas já ocorrendo o fenômeno da saturação. Visto na Figura 8.

Figura 8 - Curva de Saturação para uma tensão aplicada de 66,1 volts

Já para a tensão de 76,1 volts, o ciclo apresentou uma área maior com a
saturação muito mais definida, como pode ser observado através da Figura 9.

Figura 9 - Curva de Saturação para uma tensão aplicada de 76,1 volts


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Uma vez realizado as análises gráficas, para este relatório foi pedido a respostas
de perguntas acerca do experimento. A Tabela 3 dispõe quais perguntas serão
respondidas neste capítulo.

Tabela 3 - Questionário acerca do experimento realizado

Perguntas deste Relatório 


O circuito composto por resistores e capacitores foi utilizado para possibilitar a
medição de um valor proporcional e em fase com o fluxo magnético. Ciente dessa
lógica, observando as formas de onda de tensão e corrente no instante 5 m 13 s do
vídeo, desenhe no mesmo gráfico, qualitativamente, tal forma de onda proporcional
ao fluxo magnético.

Ciente de que há uma proporcionalidade entre o fluxo magnético e a tensão, traçar


a curva de tensão por corrente, obtendo assim o aspecto da curva de saturação

Analisando o ciclo de histerese, calcular a relação 𝐵𝑅/𝐵𝑚á𝑥 para 4 pontos de


ajuste da tensão aplicada

O vídeo no minuto 5 e 13 segundo apresentou o gráfico com a tensão aplicada


de 85,5 volts, representado na Figura 7. De acordo com a revisão teórica tem-se que
o equivalente ao fluxo magnético é a corrente. Portanto a Figura 10 demonstra a
curva destacada como sendo proporcional ao fluxo magnético.

Figura 10 – Curvas de Tensão e corrente vista no minuto 5:13

De acordo com os dados obtidos na Tabela 2, foi possível traçar a curva


representando a curva entre a corrente e a tensão de cada ponto. A FIGURA 11
representa este gráfico.
Curva de Tensão por Corrente
90

80

Tensão, em Volts 70

60

50

40

30
0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
Corrente, em Amperes

Figura 11 - Curva de Tensão por Corrente obtida para esse ensaio

Por último, observando o gráfico na Figura 9, e sabendo-se que a escala de cada


quadrado em Y representa 50 volts de altura, descobre-se que B máx = 100 V. Com
isso obtém-se a Tabela 4, com os valores de relação.

Tabela 4 - Valores de relação Br/Bmáx obtidos

Valores Lidos no Experimento


Parâmetros Pontos do Experimento Unidade
- 1 2 3 4 -
Relação Br/Bmáx 0,315 0,503 0,759 0,855 -
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5. CONCLUSÃO
Este experimento consistiu em analisar o funcionamento de circuitos magnéticos,
bem como suas características e curvas principais. Através da analogia de circuitos
magnéticos com circuitos elétricos, foi possível estabelecer a análise do
comportamento dos parâmetros com base na tensão e corrente medidas.

As curvas de histerese foram analisadas e verificou-se a relação da tensão pela


corrente, foi qual foi possível verificar que até uma determinada tensão fornecida ao
sistema, sua corrente aumenta, chegando-se a um limite chamado de saturação,
onde o material não consegue produzir mais fluxo magnético conforme aumenta-se
mais o campo magnético.

A curva de tensão por corrente gerada neste relatório foi responsável por obter a
visualização de que o sistema estaria entrando em saturação devido ao aumento de
tensão fornecido com a leitura dos dados do ensaio. Observou se um
comportamento assintótico tendendo, portanto, ao limite, assim como visto na
literatura.

Este relatório demonstrou também a relação entre o valor máximo de densidade


de fluxo e a relação com cada ponto obtido através do ensaio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Boylestad, R. L. Introdução à Análise de Circuitos. 12 ed. Pearson Prentice
Hall,2012.

Parentoni, M. F. da C. Circuitos Magnéticos. Notas de Aula. Universidade Federal


de Itajubá. Itajubá. 2021.

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