QUESTÕES IBFC II

Português p/ TJ-PE (Todos os Cargos) - Com videoaulas

Professor: Rafaela Freitas

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Lista de Questões IBFC
Profª Rafaela Freitas

AULA EXTRA II
Questões IBFC comentadas

Olá, pessoal! Tudo bem?

Como foi a primeira aula de revisão? Foi uma ótima oportunidade para
conhecermos o perfil da banca!!

Estamos iniciando a nossa segunda aula de revisão com questões IBFC, mas
como ainda estamos aguardando o edital, estou aberta para sugestões de provas
IBFC que vocês gostariam de ver comentadas em uma outra aula em PDF e em
vídeo! Mandem as sugestões pelo fórum!! Nosso estudo deve ser constante!!

Vamos para a luta, meus amigos!!!

SUMÁRIO
Questões comentadas......................................................................................02
Lista de questões sem comentários....................................................................19
Considerações finais.........................................................................................31
Gabarito.........................................................................................................31

Nada é impossível para aqueles que fazem da dificuldade uma

oportunidade!!

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Dentro de um abraço
(Martha Medeiros)

Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?

Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria
nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias
do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa
estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema
assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e
na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade
da gente é irreproduzível.
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital,
numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a
um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é
o melhor lugar do mundo?
Meu palpite: dentro de um abraço.
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher
apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário?
Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não
se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e
sofre dentro de um abraço se dissolve.
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um

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recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma

situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em
meio ao paraíso.
O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas,
o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se
reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está
tudo dito.
[...]

01) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Em relação ao

texto, é correto afirmar que a autora:
a) parte da experiência particular para construir uma conclusão de sentido
mais geral.
b) lista bons lugares indicando que o que eles têm em comum é o fato de
serem caros.
c) introduz seu texto com uma pergunta que tem ela própria como
destinatário.
d) cita os lugares em que não gostaria de estar em função de serem cheios.
e) apresenta um abraço como um conforto apenas para os momentos
difíceis.

Comentário: as alternativas B, C, D e E extrapolam a interpretação do texto,

ou seja, interpreta além do que a autora colocou de informação, não podemos inferir
algumas informações, como como a de que os lugares bons são caros.
A alternativa A é a adequada, pois a autora parte da análise de suas
experiencias pessoais para chegar à conclusão de que dentro de um abraço é o
melhor lugar do mundo.
GABARITO: A

02) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) A pontuação

em um texto está a serviço dos sentidos que se pretende construir. Desse

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modo, em "Meu palpite: dentro de um abraço."(5°§), os dois pontos foram

empregados para:
a) introduzir uma enumeração
b) acelerar o ritmo do texto
c) corrigir a informação anterior
d) criar expectativa no leitor
e) introduzir um sinônimo

Comentário: observe que a autora foi falando no docerrer do texto sobre onde
era o melhor lugar do mundo. Ainda sem a resposta, quando ela diz “meu palpite”,
gera uma expectativa marcada pelo termo e pelo uso dos dois pontos, quer dizer
que o palpite será dado em seguida.
GABARITO: D

03) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Em "Fico

pensando nos lugares paradisíacos onde já estive"(2°§), o pronome em
destaque está empregado corretamente. Desse modo, dentre as
alternativas abaixo, assinale aquela em que também se acerta no emprego
deste termo.
a) Esta é uma idade onde sobra disposição.
b) Refiro-me a um tempo onde éramos felizes.
c) Busca-se um relacionamento onde haja parceria.
d) Falo daquela solução onde todos ficam satisfeitos.
e) O Brasil é um país onde o debate é favorecido.

Comentário: no trecho "Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já

estive"(2°§), o “onde” cumpre a função de pronome relativo indicando um lugar físico
(lugares paradisíacos). Não há outra função para o referido pronome, por isso, o
comendo da questão pede a alternativa em que o emprego do “onde” também foi
feito com adequação:
a) Esta é uma idade onde sobra disposição.

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Antecedente: idade. ERRADO: NÃO É LUGAR.

Correto seria: Esta é uma idade na qual sobra disposição.
b) Refiro-me a um tempo onde éramos felizes.
Antecedente: tempo. ERRADO: NÃO É LUGAR.
Correto seria: Refiro-me a um tempo em que éramos felizes.
c) Busca-se um relacionamento onde haja parceria.
Antecedente: relacionamento. ERRADO: NÃO É LUGAR.
Correto seria: Busca-se um relacionamento em que haja parceria.
d) Falo daquela solução onde todos ficam satisfeitos.
Antecedente: solução. ERRADO: NÃO É LUGAR.
Correto seria: Falo daquela solução com a qual todos ficam satisfeitos.
e) O Brasil é um país onde o debate é favorecido.
Perfeito!! O antecedente do “onde” é um lugar: país (Brasil)!
GABARITO: E

04) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) 0 texto

apresenta uma percepção subjetiva sobre o tema e explora um nível de
linguagem que:
a) prioriza elementos do registro informal.
b) caracteriza-se por expressões regionais.
c) faz uso de termos técnicos e jargões.
d) dá destaque à modalidade culta da língua.
e) retrata o universo infantil.

Comentário: embora o texto traga um tom íntimo, ou seja, subjetivo, a

linguagem utilizada é formal de acordo com a modalidade culta da língua.
GABARITO: D

05) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Assinale a opção

que aponta, devidamente, o processo de formação de palavras do vocábulo
"irreproduzível" (2°§).

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a) composição por justaposição

b) derivação imprópria
c) derivação prefixal e sufixal
d) composição por aglutinação
e) derivação parassintética

Comentário: o vocábulo "irreproduzível" é formado pelo uso do prefixo de

negação “i” e pelo sufixo “ível” acoplados ao radical “reproduz”. Observem que, tanto
a palavra “irreproduz” quanto a palavra “reproduzível” são possíveis, usando apenas
só o prefixo ou só o sufixo, por isso temos derivação prefixal e sufixal e não
parassíntese.
GABARITO: C

06) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) A forma verbal

"gostaria", presente no primeiro parágrafo do texto, possui um valor
semântico associado à sua flexão e revela uma ação:
a) pontual realizada no passado.
b) habitual em um passado recente.
c) futura relacionada a um fato passado.
d) presente relacionado a um fato futuro.
e) passada que se estende até o presente.

Comentário: “gostaria” é a forma da terceira pessoa singular do futuro do

pretérito do indicativo do verbo “gostar”. Os verbos flexionados no futuro do pretérito
revelam uma ação que futura que estão ligadas a um fato do passado.
A saber:
a) pontual realizada no passado = PRETÉRITO PERFEITO.
b) habitual em um passado recente = PRESENTE HABITUAL.
c) futura relacionada a um fato passado = FUTURO DO PRETÉRITO.
d) presente relacionado a um fato futuro = PRESENTE.
e) passada que se estende até o presente = PRETÉRITO IMPERFEITO.

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GABARITO: C
Considere o fragmento abaixo para responder às questões que
seguem.

"Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher
apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém
solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro." (6°§)

07) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) A preposição

"para" em todas as suas ocorrências introduz a noção de:
a) meio
b) destinatário
c) posse
d) modo
e) companhia

Comentário: a ideia é pensar assim:

O melhor lugar do mundo é destinado PARA criança, idosos, mulher
apaixonada...
GABARITO: B

08) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Assinale a opção

que apresente, em destaque, um termo que exerça a mesma função
sintática do que se encontra sublinhado no fragmento em análise.
a) "para uma criança"
b) "é sempre quente"
c) "é sempre seguro"
d) "dentro de um abraço"
e) "para alguém solitário"

Comentário: a função de “com medo” em “para um adolescente com medo”

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é qualicar dando características à “adolescente”. O mesmo acontece com

“solitário” da alternativa E, o termo caracteriza “alguém”.
GABARITO: E

09) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Em "Dentro de

um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta,
estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso." (7°§) , percebe-se
que a autora atribui, de modo indireto, uma caracteristica ao abraço. Trata-
se da:
a) satisfação
b) segurança
c) ambição
d) cautela
e) alienação

Comentário: dizer que "Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta”,

que nada causa medo, é o mesmo que dizer que dentro de um abraço é um
lugar seguro.
GABARITO: B

10) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) No fragmento

"Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz,
tanto melhor." (6°§), a oração em destaque confere ao período em que se
encontra um sentido de:
a) condição
b) oposição
c) consequência
d) causa
e) conformidade

Comentário: a presença da conjunção “se” denota uma condição introduzida

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por ela: faltar luz. Isso pode acontecer.

GABARITO: A
Mundo interior
(Martha Medeiros)

A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata e fiel

do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito. Poucas coisas
traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso não se aplica,
logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como teto um viaduto, ainda que eu
não duvide que até eles sejam capazes de ter seus códigos secretos de instalação.
No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja seu
ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé direito alto e
preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto seu salário: na
verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não revela seu mundo interior,
que se manifesta por meio de outros valores.
Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros quadrados
e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida ou monocromática.
Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido por um decorador
profissional. Se há fotos das pessoas que amamos espalhadas por porta-retratos ou
se há paredes nuas.
Tudo pode ser revelador se deixamos a comida estragar na geladeira, se temos
a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas por consertar.
Isso também é estilo de vida.
Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável na
junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brique? E um jogo lúdico tentar descobrir
o quanto há de granito e o quanto há de madeira na nossa personalidade. Qual o
grau de importância das plantas no nosso habitat, que nota daríamos para o quesito
vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam? Tapetes rotos nos comovem?
Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a confusão
dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas que parecem
cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do quarto. Há casas

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escuras. Há casas feias por fora e bonitas por dentro. Há casas pequenas onde cabem
toda a família e os amigos, há casas com lareira que se mantêm frias. Há casas
prontas para receber visitas e impróprias para receber a vida. Há casas com escadas,
casas com desníveis, casas divertidamente irregulares.
Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão, mas
nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo, o esconderijo
secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes.

11) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) De acordo com a autora, há uma

relação entre as casas e seus moradores. Trata-se de uma relação de:
a) identificação
b) dependência
c) oposição
d) complementaridade

Comentário: considerando que a casa de cada um reflete muito sobre quem

habita ali, a relação entre as duas partes é de identificação.
GABARITO: A

12) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) O conectivo que introduz o segundo

parágrafo expressa uma oposição entre:
a) a casa da gente e a casa dos outros.
b) os que não têm casa e os que a possuem.
c) o mundo interior e o mundo exterior.
d) o nosso jeito de ser e o jeito de morar.

Comentário: o conectivo “no entanto” introduz uma ressalva para marcar a

oposição entre quem tem uma moradia digna (de aluguel ou própria) e quem não
tem (moradores de rua).
GABARITO: B

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13) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) No sexto parágrafo, tem-se "há casas
com lareira que se mantêm frias” Nesse fragmento, percebe-se que o
acento da forma verbal em destaque deve-se à concordância com a
seguinte palavra:
a) "há"
b) "casas"
c) “lareira"
d) "frias"

Comentário: a forma verbal plural “mantêm” concordo com “casas”: “casas que
se mantêm frias”.
GABARITO: B

14) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) Por se tratar de uma crônica, a autora
privilegia uma modalidade mais informal de uso da língua. Assinale a opção
em que se verifica um exemplo de informalidade.
a) "Isso não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua" (1°§)
b) "na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo," (2°§)
c) "Se há fotos das pessoas que amamos espalhadas por porta-retratos"
(3°§)
d) "Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável" (5°§)

Comentário: os termos “combinadinho” e “esquizofrenia saudável” estão dando

a leveza presente em um discurso informal.
GABARITO: D

15) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) Considerado a estrutura das palavras

abaixo, percebe-se que em todas elas os prefixos aproximam-se quanto ao
valor semântico, EXCETO em uma. Assinale-a.
a) "impróprias"
b) "desníveis"

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c) "coabitamos"
d) "irregulares"

Comentário: nos vocábulos impróprias, desníveis e irregulares, os prefixos “i”,

“im”e “des” indicam negação. Já em coabitamos, o prefixo “co” denota algo em
comum.
GABARITO: C

16) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) Considerando que a autora tenta

aproximar as casas daqueles que a habitam, em "Há casas em que tudo o
que é aparente está em ordem, mas reina a confusão dentro dos armários."
(6°§), pode-se afirmar que aponta-se para a seguinte caracteristica
humana:
a) falsidade
b) organização
c) desprendimento
d) liberdade

Comentário: correspondendo a quem habita na casa, a bagunça escondida no

armário representa uma confusão interior disfarçada pela aparente organização e
tranquilidade da “casa arrumada”. Isso configura falsidade da parte de quem não se
mostra como realmente é.
GABARITO: A

17) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) Ao longo do sexto parágrafo, a autora

emprega diversas vezes a forma "Há" em orações sem sujeito. Assinale a
opção em que o emprego dessa forma verbal está INCORRETO.
a) Há muitas respostas possíveis.
b) A reunião ocorreu há duas semanas.
c) Daqui há dois dias nos veremos.
d) Há de ocorrer uma nova festa.

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Comentário: o verbo “haver” em orações sem sujeito deve ficar sempre no

singular e não sofrer flexões, já que é impessoal no sentido de “existir”. Mas essse
não é o único uso do verbo. Vejamos:
a) Há muitas respostas possíveis = CERTO. Verbo impessoal (sentido de
existir).
b) A reunião ocorreu há duas semanas = CERTO. Indica tempo decorrido.
c) Daqui há dois dias nos veremos = ERRADO. Indicando algo que ainda
irá acontecer (ação futura), usamos “a” em vez de “há”. (Daqui a dois dias nos
veremos...).
d) Há de ocorrer uma nova festa = uso tradicional do verbo.
GABARITO: C

18) Em "Li esta frase outro dia e achei perfeito." (1°§), os verbos
destacados expressam uma noção de tempo:
a) presente
b) passado
c) futuro
d) hipotético

Comentário: os verbos em destaque estão no pretérito perfeito e indicam uma

ação no passado. Bem simples, IBFC!
GABARITO: B

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19) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) A classe gramatical da palavra

"meio", presente na tira acima é:
a) numeral
b) adjetivo
c) substantivo
d) advérbio

Comentário: “meio perdida” indica estar um pouco perdida. “Meio” é um

advérbio.
GABARITO: D

20) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) A compreensão adequada da charge

exige o entendimento da combinação de elementos verbais e não-
verbais. Assim, pode-se afirmar que o humor é construído, sobretudo,
através:
a) do duplo sentido atribuído à palavra "perdida".
b) da representação de um ponto turístico carioca.
c) do rosto de desespero do personagem que corre.
d) do emprego formal do pronome de tratamento "senhor".

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Comentário: na análise de uma charge é imprescindível a compreensão do

nível verbal e do não verbal. Percebemos uma cena em uma cidade com alto
índice de violência e uma bala de revólver sendo personificada ao falar que está
perdida. Temos dois sentidos para o “perdida” e é isso que causa o humor: não
saber onde está quando tenta ir de um lugar para o outro ou estar sem rumo
depois do disparo, podendo atingir qualquer um, incusive o personagem que
foge.
GABARITO: A

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o
que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]
Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso
diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se
estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou
uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas.
Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem
graça.
Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio
burguês, metido a sensato. Noivo...
- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]
Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de
coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras
mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos
sorrisos de confança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.
- Bom rapaz. Bom rapaz.
Como se isso estivesse me interessando...
Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...]

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Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um
enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra.
Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...]
Quase respondi...
- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com
alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é
chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fno.
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São
Paulo: Ática, 1996)

Vocabulário:
Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na
Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e vontade de
revolução.

21. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) Ao longo do texto a visão que

o narrador tem de si é alternada com o modo pelo qual os outros o veem. Assim,
percebe-se que o rótulo de “Bom rapaz. Bom rapaz.” (6º§) deve-se ao fato de
o narrador:
a) dedicar-se ao chute de tampinhas.
b) ler o livro de um autor famoso.
c) ter uma péssima fama no bairro.
d) passar a cumprimentar as senhoras.
e) conseguir um emprego noturno.

Comentário: segundo o texto, a boa fama do rapaz foi dada pelas sonhoras
do bairro após ele ter conseguido uma ocupação à noite, um emprego.
GABARITO: E

22. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) Em “Há algum tempo venho

afinando certa mania.” (1º§), nota-se que o termo destacado pertence à
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seguinte classe gramatical:

a) substantivo.
b) adjetivo.
c) pronome.
d) advérbio.
e) interjeição.

Comentário: algumas palavras mudam de classe gramatical dependendo do

uso delas em determinado contexto. O vocábulo “certo” (e flexões – “certa
mania”) é um adjetivo que está sendo usado como pronome indefinido, ligado
ao substantivo “mania”.
GABARITO: C

23. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) No terceiro parágrafo, no

trecho “Ele, a camisa; eu, o avesso.”, foi empregado um recurso coesivo que
confere expressividade ao texto. Trata-se da:
a) elipse.
b) anáfora.
c) catáfora.
d) repetição.
e) sinonímia.

Comentário: no trecho “Ele, a camisa; eu, o avesso.” Ocorreu a elipse do

verbo “ser”, assim: “Ele é a camisa; eu sou o avesso.”. Os verbos foram
substituídos pelo uso da vírgula.
GABARITO: A

24. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) A oração “Depois que arrumei

ocupação à noite,”(5º§) é introduzida por uma locução conjuntiva que apresenta
o mesmo valor semântico da seguinte conjunção

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a) porquanto.
b) conforme.
c) embora.
d) quando.
e) pois.

Comentário: a locução conjuntiva “depois que” denota ideia de tempo, o

que ocorre com a conjunção “quando” da alternativa D.
GABARITO: D

25. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) O emprego do acento grave

em “Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança.“ (5º§) justifica-se
pela mesma razão do que ocorre no seguinte exemplo
a) Entregou o documento às meninas.
b) Manteve-se sempre fiel às suas convicções.
c) Saiu, às pressas, mas não reclamou.
d) Às experiências, dedicou sua vida.
e) Deu um retorno às fãs.

Comentário: a crase em “às vezes” é justificada por ser uma expressão

adverbial feminina, o que também ocorreu em “às pressas”.
A crase na alternativa A ocorreu por exigência de preposição pela regência
do verbo “entregar” e pelo uso do artigo feminino antes de “meninas”. É a regra
geral do uso da crase. O mesmo aconteceu nas demais alternativas.
B: manter-se fiel A alguma coisa ou A alguém.
D: dedicou alguma coisa A outra coisa ou A alguém.
E: dar retorno A alguém ou A alguma coisa.
GABARITO: C

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Dentro de um abraço
(Martha Medeiros)

Onde é que você gostaria de estar agora, neste exato momento?

Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria
nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias
do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa
estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema
assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e
na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade
da gente é irreproduzível.
Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital,
numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a
um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.
E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é
o melhor lugar do mundo?
Meu palpite: dentro de um abraço.
Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher
apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário?
Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não
se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e
sofre dentro de um abraço se dissolve.
Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um
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recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma

situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em
meio ao paraíso.
O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas,
o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se
reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está
tudo dito.
[...]

01) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Em relação ao

texto, é correto afirmar que a autora:
a) parte da experiência particular para construir uma conclusão de sentido
mais geral.
b) lista bons lugares indicando que o que eles têm em comum é o fato de
serem caros.
c) introduz seu texto com uma pergunta que tem ela própria como
destinatário.
d) cita os lugares em que não gostaria de estar em função de serem cheios.
e) apresenta um abraço como um conforto apenas para os momentos
difíceis.

02) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) A pontuação

em um texto está a serviço dos sentidos que se pretende construir. Desse
modo, em "Meu palpite: dentro de um abraço."(5°§), os dois pontos foram
empregados para:
a) introduzir uma enumeração
b) acelerar o ritmo do texto
c) corrigir a informação anterior
d) criar expectativa no leitor
e) introduzir um sinônimo

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03) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Em "Fico

pensando nos lugares paradisíacos onde já estive"(2°§), o pronome em
destaque está empregado corretamente. Desse modo, dentre as
alternativas abaixo, assinale aquela em que também se acerta no emprego
deste termo.
a) Esta é uma idade onde sobra disposição.
b) Refiro-me a um tempo onde éramos felizes.
c) Busca-se um relacionamento onde haja parceria.
d) Falo daquela solução onde todos ficam satisfeitos.
e) O Brasil é um país onde o debate é favorecido.

04) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) 0 texto

apresenta uma percepção subjetiva sobre o tema e explora um nível de
linguagem que:
a) prioriza elementos do registro informal.
b) caracteriza-se por expressões regionais.
c) faz uso de termos técnicos e jargões.
d) dá destaque à modalidade culta da língua.
e) retrata o universo infantil.

05) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Assinale a opção

que aponta, devidamente, o processo de formação de palavras do vocábulo
"irreproduzível" (2°§).
a) composição por justaposição
b) derivação imprópria
c) derivação prefixal e sufixal
d) composição por aglutinação
e) derivação parassintética

06) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) A forma verbal

"gostaria", presente no primeiro parágrafo do texto, possui um valor

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semântico associado à sua flexão e revela uma ação:

a) pontual realizada no passado.
b) habitual em um passado recente.
c) futura relacionada a um fato passado.
d) presente relacionado a um fato futuro.
e) passada que se estende até o presente.

Considere o fragmento abaixo para responder às questões que

seguem.

"Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher
apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém
solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro." (6°§)

07) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) A preposição

"para" em todas as suas ocorrências introduz a noção de:
a) meio
b) destinatário
c) posse
d) modo
e) companhia

08) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Assinale a opção

que apresente, em destaque, um termo que exerça a mesma função
sintática do que se encontra sublinhado no fragmento em análise.
a) "para uma criança"
b) "é sempre quente"
c) "é sempre seguro"
d) "dentro de um abraço"
e) "para alguém solitário"

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09) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) Em "Dentro de

um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta,
estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso." (7°§) , percebe-se
que a autora atribui, de modo indireto, uma caracteristica ao abraço. Trata-
se da:
a) satisfação
b) segurança
c) ambição
d) cautela
e) alienação

10) (Câmara de Vassouras/RJ – 2015 – Médio – IBFC) No fragmento

"Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz,
tanto melhor." (6°§), a oração em destaque confere ao periodo em que se
encontra um sentido de:
a) condição
b) oposição
c) consequência
d) causa
e) conformidade

Mundo interior
(Martha Medeiros)

A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata e fiel

do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito. Poucas coisas
traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso não se aplica,
logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como teto um viaduto, ainda que eu
não duvide que até eles sejam capazes de ter seus códigos secretos de instalação.
No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja seu
ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé direito alto e

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preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto seu salário: na
verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não revela seu mundo interior,
que se manifesta por meio de outros valores.
Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros quadrados
e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida ou monocromática.
Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido por um decorador
profissional. Se há fotos das pessoas que amamos espalhadas por porta-retratos ou
se há paredes nuas.
Tudo pode ser revelador se deixamos a comida estragar na geladeira, se temos
a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas por consertar.
Isso também é estilo de vida.
Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável na
junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brique? E um jogo lúdico tentar descobrir
o quanto há de granito e o quanto há de madeira na nossa personalidade. Qual o
grau de importância das plantas no nosso habitat, que nota daríamos para o quesito
vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam? Tapetes rotos nos comovem?
Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a confusão
dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas que parecem
cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do quarto. Há casas
escuras. Há casas feias por fora e bonitas por dentro. Há casas pequenas onde cabem
toda a família e os amigos, há casas com lareira que se mantêm frias. Há casas
prontas para receber visitas e impróprias para receber a vida. Há casas com escadas,
casas com desníveis, casas divertidamente irregulares.
Pode parecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão, mas
nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo, o esconderijo
secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes.

11) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) De acordo com a autora, há uma

relação entre as casas e seus moradores. Trata-se de uma relação de:
a) identificação
b) dependência

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c) oposição
d) complementaridade

12) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) 0 conectivo que introduz o segundo

parágrafo expressa uma oposição entre:
a) a casa da gente e a casa dos outros.
b) os que não têm casa e os que a possuem.
c) o mundo interior e o mundo exterior.
d) o nosso jeito de ser e o jeito de morar.

13) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) No sexto parágrafo, tem-se "há casas
com lareira que se mantêm frias” Nesse fragmento, percebe-se que o
acento da forma verbal em destaque deve-se à concordância com a
seguinte palavra:
a) "há"
b) "casas"
c) “lareira"
d) "frias"

14) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) Por se tratar de uma crónica, a autora
privilegia uma modalidade mais informal de uso da língua. Assinale a opção
em que se verifica um exemplo de informalidade.
a) "Isso não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua" (1°§)
b) "na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo," (2°§)
c) "Se há fotos das pessoas que amamos espalhadas por porta-retratos"
(3°§)
d) "Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável" (5°§)

15) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) Considerado a estrutura das palavras

abaixo, percebe-se que em todas elas os prefixos aproximam-se quanto ao
valor semântico, EXCETO em uma. Assinale-a.

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a) "impróprias"
b) "desníveis"
c) "coabitamos"
d) "irregulares"

16) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) Considerando que a autora tenta

aproximar as casas daqueles que a habitam, em "Há casas em que tudo o
que é aparente está em ordem, mas reina a confusão dentro dos armários."
(6°§), pode-se afirmar que aponta-se para a seguinte caracteristica
humana:
a) falsidade
b) organização
c) desprendimento
d) liberdade

17) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) Ao longo do sexto parágrafo, a autora

emprega diversas vezes a forma "Há" em orações sem sujeito. Assinale a
opção em que o emprego dessa forma verbal está INCORRETO.
a) Há muitas respostas possíveis.
b) A reunião ocorreu há duas semanas.
c) Daqui há dois dias nos veremos.
d) Há de ocorrer uma nova festa.

18) Em "Li esta frase outro dia e achei perfeito." (1°§), os verbos
destacados expressam uma noção de tempo:
a) presente
b) passado
c) futuro
d) hipotético

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19) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) A classe gramatical da palavra

"meio", presente na tira acima é:
a) numeral
b) adjetivo
c) substantivo
d) advérbio

20) (MGS – 2016 – Médio – IBFC) A compreensão adequada da charge

exige o entendimento da combinação de elementos verbais e não-
verbais. Assim, pode-se afirmar que o humor é construído, sobretudo,
através:
a) do duplo sentido atribuído à palavra "perdida".
b) da representação de um ponto turístico carioca.
c) do rosto de desespero do personagem que corre.
d) do emprego formal do pronome de tratamento "senhor".

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Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o
que achava. [...] Não sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]
Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso
diferenciar ao longe que tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se
estiver de cortiça para baixo) e qual a força que devo empregar no chute. Dou
uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas.
Mas é muito desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem
graça.
Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio
burguês, metido a sensato. Noivo...
- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]
Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de
coisas que sou e que não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras
mães de família que já me cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos
sorrisos de confança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.
- Bom rapaz. Bom rapaz.
Como se isso estivesse me interessando...
Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze
horas. De quando em vez levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o
“Contraponto” e leio sempre). [...]

Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um
enorme anel de grau no dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra.
Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com um troço daquele? [...]
Quase respondi...
- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com
alguma bossa. Agora, minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é
chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais fno.
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São
Paulo: Ática, 1996)

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Vocabulário:
Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na
Inglaterra, em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e vontade de
revolução.

21. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) Ao longo do texto a visão que

o narrador tem de si é alternada com o modo pelo qual os outros o veem. Assim,
percebe-se que o rótulo de “Bom rapaz. Bom rapaz.” (6º§) deve-se ao fato de
o narrador:
a) dedicar-se ao chute de tampinhas.
b) ler o livro de um autor famoso.
c) ter uma péssima fama no bairro.
d) passar a cumprimentar as senhoras.
e) conseguir um emprego noturno.

22. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) Em “Há algum tempo venho

afinando certa mania.” (1º§), nota-se que o termo destacado pertence à
seguinte classe gramatical:
a) substantivo.
b) adjetivo.
c) pronome.
d) advérbio.
e) interjeição.

23. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) No terceiro parágrafo, no

trecho “Ele, a camisa; eu, o avesso.”, foi empregado um recurso coesivo que
confere expressividade ao texto. Trata-se da:
a) elipse.
b) anáfora.
c) catáfora.

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d) repetição.
e) sinonímia.

24. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) A oração “Depois que arrumei

ocupação à noite,”(5º§) é introduzida por uma locução conjuntiva que apresenta
o mesmo valor semântico da seguinte conjunção
a) porquanto.
b) conforme.
c) embora.
d) quando.
e) pois.

25. (EBSERH – 2017 – Advogado – IBFC) O emprego do acento grave

em “Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança.“ (5º§) justifica-se
pela mesma razão do que ocorre no seguinte exemplo
a) Entregou o documento às meninas.
b) Manteve-se sempre fiel às suas convicções.
c) Saiu, às pressas, mas não reclamou.
d) Às experiências, dedicou sua vida.
e) Deu um retorno às fãs.

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Algumas considerações!
Meus queridos alunos, com as
duas aulas de revisão podemos
perceber o seguinte:
- O IBFC gosta de interpretação de textos, não é!
- A banca gosta mesmo da escritora Martha Medeiros! Ela é de Porto Alegre
e escreve lindas crônicas. Vale à pena buscar textos dela e ler nas suas horas
de lazer!!
- Leiam crônicas de vários autores, não apenas da Martha medeiros, pois a
IBFC gosta muito desse gênero textual.
- Quem estava se preparando com questões da FCC vai “tirar de letrta” as
questões IBFC, certo! Ponto para nós!
- Nas poucas questões de 2017 que temos, podemos perceber o mesmo
estilo dos anos anteriores.

Espero ter ajudado!! Até a próxima aula. Forte abraço!

Rafaela Freitas.

1. A 6. C 11. A 16. A 21. E

2. D 7. B 12. B 17. C 22. C
3. E 8. E 13. B 18. B 23. A
4. D 9. B 14. D 19. D 24. D
5. C 10. A 15. C 20. A 25. C

Contatos:
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