Matemática - Teórico - VOLUME3

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Caro aluno

Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em pe-
ríodo integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos
de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto
contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de
material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A
seguir, apresentamos cada seção:

incidência do tema nas principais provas vivenciando

De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desenvol- Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu
vida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e nos distanciamento da realidade cotidiana, o que dificulta a compreensão
principais vestibulares voltados para o curso de Medicina em todo de determinados conceitos e impede o aprofundamento nos temas
o território nacional. para além da superficial memorização de fórmulas ou regras. Para
evitar bloqueios na aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida
a seção “Vivenciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma
preocupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações entre
aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm contato em
teoria seu dia a dia.

Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada coleção


tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolução das ques-
tões propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, com-
pletos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas aplicação do conteúdo
que complementam as explicações dadas em sala de aula. Qua-
dros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fazem
e compõem um conjunto abrangente de informações para o aluno parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos compilados,
que vai se dedicar à rotina intensa de estudos. deparamos-nos com modelos de exercícios resolvidos e comenta-
dos, fazendo com que aquilo que pareça abstrato e de difícil com-
preensão torne-se mais acessível e de bom entendimento aos olhos
do aluno. Por meio dessas resoluções, é possível rever, a qualquer
momento, as explicações dadas em sala de aula.
multimídia
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cuidadosa
seleção de conteúdos multimídia para complementar o repertório
do aluno, apresentada em boxes para facilitar a compreensão, com áreas de conhecimento do Enem
indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, livros, etc. Tudo isso é en-
contrado em subcategorias que facilitam o aprofundamento nos Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho ao
temas estudados – há obras de arte, poemas, imagens, artigos e até fim da escolaridade básica, organizamos essa seção para que o
sugestões de aplicativos que facilitam os estudos, com conteúdos aluno conheça as diversas habilidades e competências abordadas
essenciais para ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, na prova. Os livros da “Coleção Vestibulares de Medicina” contêm,
em uma seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais a cada aula, algumas dessas habilidades. No compilado “Áreas de
o conhecimento do nosso aluno. Conhecimento do Enem” há modelos de exercícios que não são
apenas resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva
e descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no dia.
Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para ajudá-lo a
apurar as questões na prática, a identificá-las na prova e a resolvê-
conexão entre disciplinas -las com tranquilidade.

Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é ela-


borada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que trata
de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares atuais não
exigem mais dos candidatos apenas o puro conhecimento dos diagrama de ideias
conteúdos de cada área, de cada disciplina.
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso, cria-
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abrangem
mos para os nossos alunos o máximo de recursos para orientá-los
conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, como Bio-
em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de Ideias”, para aque-
logia e Química, História e Geografia, Biologia e Matemática, entre
les que aprendem visualmente os conteúdos e processos por meio
outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato com essa realidade
de esquemas cognitivos, mapas mentais e fluxogramas.
por meio de explicações que relacionam a aula do dia com aulas
de outras disciplinas e conteúdos de outros livros, sempre utilizan- Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo
do temas da atualidade. Assim, o aluno consegue entender que da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta aos
cada disciplina não existe de forma isolada, mas faz parte de uma principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a organiza-
grande engrenagem no mundo em que ele vive. ção dos estudos e até a resolução dos exercícios.

Herlan Fellini

1
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2020
Todos os direitos reservados.

Autores
Herlan Fellini
Pedro Tadeu 7BEFSBatista
Vitor Okuhara

Diretor-geral
Herlan Fellini

Diretor editorial
Pedro Tadeu Vader Batista

Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta

Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica


Hexag Sistema de Ensino

Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva

Projeto gráfico e capa


Raphael Campos Silva

Imagens
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)

ISBN: 978-65-88825-01-3

Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo
o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
posição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos
direitos sobre as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não repre-
sentando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.

2020
Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino.
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SUMÁRIO
MATEMÁTICA
ÁLGEBRA
Aulas 17 e 18: Função polinomial do 2.º grau 6
Aulas 19 e 20: Equações, inequações e funções exponenciais 13
Aulas 21 e 22: Definição e propriedades dos logaritmos 20
Aulas 23 e 24: Equações, inequações e sistemas de equações logarítmicas 29
Aulas 25 e 26: Funções logarítmicas 37

TRIGONOMETRIA E ARITMÉTICA
Aulas 17 e 18: Juros simples e compostos 42
Aulas 19 e 20: Conceitos trigonométricos 47
Aulas 21 e 22: Relações fundamentais da trigonometria 68
Aulas 23 e 24: Transformações trigonométricas 72
Aulas 25 e 26: Equações trigonométricas 80

GEOMETRIAS PLANA E ESPACIAL


Aulas 17 e 18: Polígonos 86
Aulas 19 e 20: Áreas dos quadriláteros e razão de semelhanças para áreas 93
Aulas 21 e 22: Área do círculo, setor e segmento circular 100
Aulas 23 e 24: Poliedros e noções de geometria métrica de posição 104
Aulas 25 e 26: Prismas 113

3
Competência 1 – Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais.
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações – naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Competência 2 – Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Competência 3 – Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.
H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Competência 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.
H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.
Competência 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações
algébricas.
H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.
H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.
Competência 6 – Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de
tendência, extrapolação, interpolação e interpretação.
H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.
Competência 7 – Compreender o caráter aleatório e não determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos ade-
quados para medidas, determinação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em
uma distribuição estatística.
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados
H27
(não em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.

4
ÁLGEBRA: Incidência do tema nas principais provas

O Enem exigirá conceitos básicos de logaritmos Todos os temas deste caderno são importantes
e exponenciais em situações problemas, nos para a primeira e segunda fases, portanto,
quais o raciocínio lógico matemático será explo- deve-se ter ampla habilidade em interpretação
rado. Questões de função do 2º grau ocorrem de gráficos polinomiais do 2º grau, exponenciais
cada vez mais nessa prova. e logaritmos.

Função polinomial do 2º grau tem grande Em sua segunda fase, possui questões difíceis Questões de logaritmos e exponenciais têm
incidência, com questões médias e difíceis, para todos os temas deste caderno. Funções alta incidência na prova, portanto, deve-se
portanto, deve-se saber as condições de exponenciais e logarítmicas possuem incidên- saber relacionar todas as propriedades de
existência de logaritmos. cia menor que funções do 2º grau. logaritmos e exponenciais.

Funções exponenciais e logarítmicas não A prova exigirá grande habilidade com A prova exigirá firme análise das proprieda- Ocorre questões elevadas para todos os temas
possuem grande incidência em sua prova, logaritmos e exponenciais. Funções do 2º des de logaritmos e exponenciais, podendo deste caderno, portanto, deve-se possuir gran-
porém, as propriedades e como trabalhá-las grau podem ser cobradas com interpretação ocorrer questões de funções nessas áreas. de habilidade nas propriedades logarítmicas.
será cobrado. de texto.

UFMG

A prova pode cobrar questões medianas e A prova possui questões dissertativas e A Faculdade de Ciências Médicas de Minas
difíceis de funções em todos os temas deste objetivas com alto grau de dificuldade, Gerais por possuir uma quantidade de
caderno. portanto, deve-se saber resolver logaritmos e questões menor pode exigir diversas áreas da
exponenciais. matemática dentro de uma questão. Saber dos
os conceitos desse caderno é fundamental.

Oscila em relação ao grau de exigência para O processo seletivo exigirá grande conheci- A prova cobra habilidade em resolução de
as questões de logaritmos e de exponenciais. mento de funções do 2º grau. problemas do 2º grau junto com as proprieda-
Funções do 2º grau são muito bem exploradas des de logaritmos.
nessa prova.

5
AULAS FUNÇÃO POLINOMIAL DE 2.º GRAU
17 E 18
COMPETÊNCIAS: 3, 4 e 5 HABILIDADES: 13, 15, 19, 20 e 21

1. ESTUDO DA FUNÇÃO f(x) = – 3x2 + x + 5 e f(5) = – 3 · (5)2 + 5 + 5 e f(5) = – 65

POLINOMIAL DO 2.° GRAU O gráfico de uma função polinomial do 2.° grau ou qua-
drática é uma curva aberta chamada parábola.

1.1. Definição Pode-se destacar três importantes características do gráfico


da função quadrática.
A função f: R é R dada por f(x) = ax2 + bx + c, com
a, b e c reais e a ≠ 0, denomina-se função polinomial do ƒ concavidade;
2.° grau ou função quadrática. Os números representados ƒ posição em relação ao eixo x;
por a, b e c são os coeficientes da função. Observe que se
ƒ localização do seu vértice.
a = 0, tem-se uma função do 1.° grau.

Assim, são funções polinomiais do 2.° grau:

f(x) = x2 – 3x + 4 coeficientes: a = 1, b = – 3 e c = 4

f(x) = – x2 + __3x coeficientes: a = –1, b = __3 e c = 0


2 2
Em geral, o domínio da função quadrática é \ ou um de
seus subconjuntos. Entretanto, quando essa função está liga-
da a uma situação real, é preciso verificar o que representa
a variável independente x para determinar o seu domínio.
2. CONCAVIDADE
Exemplo: Pelos exemplos dados, é possível observar que, em algu-
mas parábolas, a abertura ou concavidade está voltada
Considere que a função f é do 2.° grau, em que f(0) = 5,
para cima, enquanto em outras está voltada para baixo.
f(1) = 3 e f(–1) = 1. Escreva a lei de formação dessa função
e calcule f(5). Observe:
Como a função f é do 2.° grau, pode-se escrever: f(x) = ax2 Em f(x) = x2, temos a = 1 > 0.
+ bx + c, com a ≠ 0. [ Concavidade voltada para cima.
Usando os dados: Em f(x) = –x2 + 2x + 3, temos a = –1 < 0
f(0) = 5 ä a · 02 + b · 0 + c = 5 ä c = 5 [ Concavidade voltada para baixo.
f(1) = 3 ä a · 12 + b · 1 + c = 3 ä a + b + 5 = 3 ä
A concavidade de uma parábola que representa uma
a + b = – 2 (I)
função quadrática f(x) = ax2 + bx + c do 2.° grau depende
f(– 1) = 1 ä a · (– 1)2 + b · (– 1) + c = 1 ä a – b +
do sinal do coeficiente a:
5 = 1 ä a – b = – 4 (II)

Resolvendo o sistema formado por (I) e (II):

{ aa +– bb == –4–2 œ 2a = –6 ä a = -3
Substituindo em (I): – 3 + b = –2 ä b = 1.
Como a = – 3, b = 1 e c = 5, a lei de formação da função será

6
3. ZEROS DE UMA Sendo D = b² – 4ac, em que a, b e c são os coeficientes de
uma função de segundo grau f(x) = ax² + bx + c.
FUNÇÃO QUADRÁTICA Como os pontos de intersecção do gráfico da função
quadrática com o eixo das abscissas representam as raízes
Já foi visto que os zeros ou raízes de uma função f(x) são os
da função, o discriminante indica a posição da parábola em
valores do domínio para os quais f(x) = 0.
relação ao eixo x.
Dessa forma, os zeros ou raízes da função quadrática
Se D > 0, a função possui duas raízes distintas, x1 e x2;
f(x) = ax2 + bx + c são as raízes da equação do 2.° grau
portanto, intercepta o eixo x em dois pontos distintos:
ax2 + bx + c = 0.
Por exemplo, para determinar as raízes da função f(x) = x2 – 7x + 6,
deve-se fazer:
f(x) = 0 ä x² – 7x + 6 = 0

Assim, os números 1 e 6 são os zeros da função f(x) = x2 – 7x + 6.


Se D < 0, a função não possui raízes reais; portanto, não
3.1. Interpretação geométrica das raízes intercepta o eixo x:
Os zeros ou raízes de uma função são os valores de x tais
que f(x) = 0. No plano cartesiano, são os pontos do gráfico
da função que possuem ordenada nula.
Geometricamente, os zeros ou raízes de uma função poli-
nomial do 2.° grau são as abscissas dos pontos em que a
parábola intercepta o eixo x.

Exemplo:
ƒ Determinar os zeros da função f(x) = x2 – 2x – 3.
Considere a equação do 2.° grau x2 – 2x – 3 = 0. Se D = 0, a função possui duas raízes reais iguais, x1 = x2;
D = (–2)2 – 4 · 1 · (–3) = 16 > 0 é a função possui dois portanto, intercepta o eixo x em apenas um ponto, tangen-
zeros reais diferentes ciando o eixo:
___
– (–2) ± √16 2 ± 4 x’ = 3
x = __________ = _____
2∙1 2 x’’ = –1 {
Como a função possui dois zeros reais diferentes, a parábola
intercepta o eixo x em dois pontos distintos: (–1, 0) e (3, 0).

3.2. Estudo do discriminante (D)


Sabe-se que o discriminante de uma equação de 2.º grau
fornece informação sobre a quantidade de raízes reais dis-
tintas da equação:
ƒ Se D > 0, a equação do segundo grau possui duas
raízes reais distintas.
4. VÉRTICE DA PARÁBOLA
Para determinar as coordenadas do vértice da parábola
ƒ Se D < 0, a equação do segundo grau não possui raíz- que representa a função do 2.° grau f(x) = ax2 + bx + c,
es reais. basta aplicar as fórmulas:
ƒ Se D = 0, a equação do segundo grau possui duas b
xv = – __ e D
yv = – __
raízes reais iguais. 2a 4a

7
ƒ Se a função possui uma raiz dupla, o seu gráfico corta o Pelos esboços, pode-se observar que a função y = ax2 + bx + c
eixo x num único ponto que, evidentemente, será o vértice. apresenta um valor mínimo yv = – __ D , que é a ordenada do
4a
b vértice V. Nesse caso, a abscissa do vértice V é denominada
x = xv = – __
2a ponto de mínimo da função.
ƒ Se a função não possui zeros reais, a parábola não cor-
ta o eixo x. Entretanto, mesmo nesse caso, continuam
valendo as fórmulas que determinam o vértice da pa-
rábola. A demonstração desse fato pode ser realizada
tomando-se dois pontos da parábola que sejam equi-
distantes do eixo de simetria.

Exemplo:
Determinar a e b de modo que o gráfico da
função definida por y = ax2 + bx – 9 tenha o vértice no
ponto (4, – 25).
Pelos dados do problema, xv = 4.
b =4ä
Como xv = – b/2a, tem-se: – __
2a
ä – b = 8a ä b = – 8a.

Substituindo na função dada, obtém-se:


y = ax2 + bx – 9 ä – 25 = a · 42 + (– 8a) · 4 – 9
Daí, 16a – 32a – 9 = –25 ä – 16a = – 16 ä
äa=1
Como b = – 8a ä b = – 8 · 1 ä b = – 8
a=1eb=–8 Nesse outro caso, pelos esboços, pode-se observar que
a função y = ax2 + bx + c apresenta um valor máximo
D , que é a ordenada do vértice V. Nesse caso, a
yv = – __
4.1. Valor mínimo ou valor 4a
máximo da função quadrática abscissa do vértice V é denominada ponto de máximo da
função.
Pelos esboços dos gráficos das funções quadráticas, é pos-
sível perceber que, dependendo da posição da parábola
D é o valor mínimo da função.
ƒ Se a > 0, y = – __
(concavidade para cima ou para baixo), a função pode ter 4a
um valor mínimo ou um valor máximo, e que esses valores
D é o valor máximo da função.
ƒ Se a < 0, y = – __
correspondem à ordenada do vértice da parábola. 4a

Exemplo:
A função f(x) = x2 – x – 6 admite valor máximo ou valor
mínimo? Qual é esse valor?
f(x) = x2 – x – 6

Como a = 1 > 0, a função admite valor mínimo, que pode


ser calculado:
D = b2 – 4ac = (– 1)2 – 4 · 1 · (– 6) = 1 + 24 = 25

D = – ____
y = – __ 25 = – ___
25
4a 4·1 4
25.
O valor mínimo da função é y = – ___
4

8
Crescimento e decrescimento de uma função quadrática
a>0
{ b
f(x) é crescente para x [ R | x > – __
2a }
{ b
f(x) é decrescente para x [ R | x < – __
2a }
a<0
{ b
f(x) é crescente para x [ R | x < – __
2a } A função apresenta forma f(x) = a(x – x1)(x – x2). Como as
raízes são 1 e 3, tem-se:
{ b
f(x) é decrescente para x [ R | x > – __
2a } f(x) = a(x – 1)(x – 3)
É possível observar a partir do gráfico que f(0) = –3, logo:
4.2. Forma fatorada de uma f(0) = a(0 – 1)(0 – 3) = –3
função quadrática a(–1)( –3) = –3
3a = –3
Uma função de 2.º grau f(x) = ax² + bx + c pode ser escrita
em função de suas raízes x1 e x2 da seguinte maneira: a = –1.
f(x) = ax² + bx + c = a(x – x1)(x – x2) Assim, a lei de formação da função é f(x) = (–1)(x – 1)(x – 3).
Efetuando a multiplicação, tem-se:
Exemplo:
f(x) = (–1)(x – 1)(x – 3) = –x² + 4x – 3
Encontre a lei de formação da função de 2.º grau represen-
tada no plano cartesiano a seguir: f(x) = –x² + 4x – 3

VIVENCIANDO

No dia a dia, há muitas situações definidas pelas funções do 2.º grau. Durante uma partida de futebol, por exemplo,
quando um jogador faz um lançamento para um companheiro, observa-se que a trajetória descrita pela bola é uma
parábola e a altura máxima atingida pela bola nada mais é do que o vértice da parábola. A antena parabólica tem a
forma de parábola, originando o seu nome. Se vários furos forem feitos em um recipiente cheio de água, os pequenos
jorros de água que sairão pelos furos descreverão parábolas. Além disso, a função do 2.º grau também está presente
nas construções: é possível observar que os arcos da ponte Juscelino Kubitschek, situada em Brasília, têm a forma
de parábolas.

9
Resolução:
Aplicação do conteúdo
Substituindo V(x) e C(x) na expressão do lucro, tem-se:
2
1. Considere o gráfico da função f definida por f(x) = 3x – px + q: L(x) = 2x2 + x – (3x2 – 15x + 21) ä
L(x) = 2x2 + x – 3x2 + 15x – 21 = – x2 + 16x – 21.
y A quantidade máxima é o valor da primeira coordenada
do vértice:
Assim, serão vendidas 8 peças.
b = – _____
xv = – ___ 16 = – ___
16 = 8
2 2a 2(–1) –2
2
x

Determine a expressão de f(x).


Resolução:

Observe que o vértice mínimo é indicado por xv = 2.


__ = –(–p)
Logo, –b ____ = __p = 2 Ÿ p = 12. multimídia: sites
2a 2(3) 6
O valor onde o gráfico intercepta o eixo Y é dado por (0,2). PhotoMath

Assim, q = 2. A equação, portanto, é dada pela expressão: PhotoMath é um aplicativo que resolve prob-
f(x) = 3x2 – 12x + 2. lemas matemáticos diversos de uma maneira
muito simples. O aplicativo funciona de for-
2. O custo de produção de um determinado artigo é dado ma semelhante aos leitores de QR, ofere-
por C(x) = 3x2 – 15x + 21. Se a venda de x unidades é
cendo a solução para o cálculo matemático
dada por V(x) = 2x2 + x, para que o lucro L(x) = V(x) – C(x)
seja máximo, quantas peças deverão ser vendidas? em apenas alguns segundos. Para isso, basta
enquadrar a equação desejada na tela. O
aplicativo é uma boa opção para conferir se o
seu raciocínio foi corretamente desenvolvido.

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

A função do 2.º grau possui um papel importante na análise dos movimentos uniformemente variados (MUV) em
Física, pois, em razão da aceleração, os corpos variam a velocidade e o espaço em função do tempo. A expressão que
os relaciona é:
S = S0 + V0 t + __1 ∙ at², onde:
2
A: ACELERAÇÃO, S: ESPAÇO, V: VELOCIDADE E T: TEMPO.

Além disso, as funções do 2.º grau também possuem aplicações na Administração e Contabilidade relacionando as
funções custo, receita e lucro; e na Engenharia Civil, presente em diversas construções.

10
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 21 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação
proposta a partir de conhecimentos algébricos adquiridos.

Modelo
(Enem) A Igreja de São Francisco de Assis, obra arquitetônica modernista de Oscar Niemeyer, localizada na Lagoa da Pam-
pulha, em Belo Horizonte, possui abóbadas parabólicas. A seta na Figura 1 ilustra uma das abóbadas na entrada principal
da capela. A Figura 2 fornece uma vista frontal dessa abóbada, com medidas hipotéticas para simplificar os cálculos.

Qual a medida da altura H, em metro, indicada na Figura 2?


a) 16/3
b) 31/5
c) 25/4
d) 25/3
e) 75/2

Análise expositiva - Habilidade 21: O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar um problema do
D cotidiano e utilizar seus conhecimentos sobre equação do 2.º grau para a sua resolução.
Calculando:
Parábola:
Pontos (5,0) e (4,3)
f(x) = ax² + bx + c
b = 0 (parábola simétrica ao eixo y)
f(0) = c = H

{ 0 = a∙52 + H {
-3=-16a - H 3
25
3 = a∙42 + H Ÿ 0 = 25a + H Ÿ-3 = 9a Ÿ a = - __1 Ÿ H = ___
3
Alternativa D

11
DIAGRAMA DE IDEIAS

FUNÇÃO DO 2º GRAU
f(x) = ax2 + bx + c

CONCAVIDADE GRÁFICO

a>0 a<0 ∆<0 ∆=0


P/ CIMA P/ BAIXO 2 PONTOS 1 PONTO

∆>0

NÃO CORTA
O EIXO X
RAÍZES

CORTA O VÉRTICE DA
EIXO X PARÁBOLA

PONTO PONTO
MÁXIMO MÍNIMO
X = -b ± ∆
2a a<0 a>0
∆ = b2 -4ac
∆ > 0: 2 RAÍZES REAIS E DISTINTAS xvértice yvértice
∆ = 0: 2 RAÍZES REAIS E IGUAIS -b -∆
∆ < 0: NÃO POSSUI RAIZ REAL
,
2a 4a

12
AULAS EQUAÇÕES, INEQUAÇÕES E
19 E 20 FUNÇÕES EXPONENCIAIS
3, 4, 5, 19, 20, 21,
COMPETÊNCIAS: 1, 5 e 6 HABILIDADES:
22, 23, 24, 25 e 26

1. EQUAÇÕES EXPONENCIAIS 1.1. Resolução de equações


Toda equação que contém incógnita no expoente é deno- exponenciais com o uso de artifícios
minada equação exponencial.
Exemplos: Exemplo:
2x = 8 Resolva a equação 4x – 5 · 2x + 4 = 0.
3x+1 · 3x–2 = 27 Nesse caso, não é possível transformar os termos para uma
32x–5 = 18 mesma base de modo a obter uma equação do tipo ax = ap
10 · 3x – 5 · 3x – 1 = 0 como visto anteriormente.

Para resolver uma equação exponencial, é preciso trans- Utilizando as propriedades da potenciação, será realizada
formá-la de modo a obter potências de mesma base no uma transformação na equação dada:
primeiro e no segundo membro da equação, utilizando as 4x – 5 · 2x + 4 = 0 ä (22)x – 5 · 2x + 4 = 0 ä
definições e propriedades da potenciação. Além disso, será
usado o seguinte fato: ä (2x)2 – 5 · 2x + 4 = 0

Se a > 0, a ≠ 1 e x é a incógnita da equação ax = ap, então Fazendo 2x = y, tem-se a equação do 2.° grau em y:
x = p.
y2 – 5y + 4 = 0
Exemplos:
ƒ Resolva a equação 4 = 512.
x
5 ± 3 ä y’ = 4
Resolvendo a equação, tem-se: y = _____
2 y” = 1 {
Utilizando as propriedades das potências, o 1.° e o 2.° Por fim, voltando à igualdade 2x = y, obtém-se:
membros da equação devem ser transformados em potên-
{22 == 14 ää 22 == 22 [[ xx == 02
x x 2

cias de mesma base: x x 0

S = {0,2}.
4x = (22)x = 22x
512 = 29 (fatoração) }
ä 22x = 29 ä 2x = 9 ä x = __9
2

2. FUNÇÃO EXPONENCIAL
O conjunto solução é S = __9 .
2 {} A função f : R é R dada por f(x) = ax (com a > 0 e a ≠ 1)
ƒ Resolva a equação 0,5x+1 = 82x. é denominada função exponencial de base a.
Reescrevendo 0,5 como um quociente, tem-se 0,5 = __1. Uti- Por que a base deve ser positiva e diferente de 1?
2
lizando as propriedades de potenciação, tem-se que __1 = 2–1.
2 Observe:
Agora que ambos os termos da equação são potências de
ƒ Se a < 0, então f(x) = ax não estaria definida para todo
mesma base, tem-se:
x real.
0,5x + 1 = 82x à 2–x – 1 = 26x à –x – 1 = 6x à
__ 2 2 ()
Por exemplo, supondo a = –2 e x = __1, tem-se: f __1 = (–2)1/2
1
7x = –1 à x = – __
7 2 ()
Ÿ f __1 = √-2 , que não é um número real.
ƒ Se a = 1, então f(x) = ax é uma função constante: f(x) = 1x
7{ }
Assim, o conjunto solução é S = – __1 . f(x) = 1, para todo x real.

13
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

Exponencial é um tema com muitas aplicações interdisciplinares. Em Química e Física, podem ser estudados decai-
mentos e meias-vidas de elementos radioativos. Em Biologia, é possível estudar o crescimento de uma cultura de
bactérias e a decomposição de certas substâncias.

2.1. Função exponencial ƒ Não possui assíntotas verticais nem oblíquas.

de base a com a > 1


ƒ Domínio R; contradomínio R+.
ƒ Contínua em todo o domínio.
ƒ A função é estritamente crescente em R e, portanto,
injetiva.
ƒ Não possui zeros. O gráfico intercepta o eixo das orde-
nadas no ponto (0,1).
ƒ Admite a assíntota horizontal y = 0 quando x é −Ü.
ƒ Não possui assíntotas verticais nem oblíquas.
Existem fenômenos que podem ser descritos por meio de
uma função do tipo exponencial, como os juros do dinheiro
acumulado, o crescimento ou decrescimento de populações
animais ou vegetais e a desintegração radioativa.

Aplicação do conteúdo
1. Uma cultura, inicialmente com 100 bactérias, repro-
duz-se em condições ideais. Suponha que, por divisão
celular, cada bactéria dessa cultura dê origem a duas
outras bactérias idênticas por hora.
a) Qual a população dessa cultu-
ra após 3 horas do instante inicial?
2.2. Função exponencial de b) Depois de quantas horas a população des-
base a com 0 < a < 1 sa cultura será de 51.200 bactérias?
Resolução:
ƒ Domínio R; contradomínio R+.
a) No instante inicial, tem-se 100 bactérias.
ƒ Contínua em todo o domínio. Uma hora depois, tem-se: 100 · 2 = 200 bactérias
Decorrida mais uma hora (depois de 2 horas do instante
ƒ A função é estritamente decrescente em R e, portanto, inicial), a população será de (100 · 22) = 100 ∙ 22 = 400
injetiva. bactérias.
ƒ Não possui zeros. O gráfico intercepta o eixo das orde- Decorrida outra uma hora (depois de 3 horas do instante
inicial), a população será de (100 · 22) · 2 = 100 ∙ 23 = 800
nadas no ponto (0,1).
bactérias. E assim por diante.
ƒ Admite a assíntota horizontal y = 0 quando x é + Ü. Depois de 3 horas, tem-se 800 bactérias.

14
b) Depois de n horas, haverá uma população P dada O gráfico mostra o número de mudas N(t) = ba t (0 < a z
n
por P = 100 · 2 . 1 e b > 0) a serem plantadas no tempo t (em anos) numa
De acordo com os dados do problema, tem-se: determinada região.
51200 ä 2n = 512.
51200 = 100 · 2n ä 2n = _____
100
Resolvendo a equação, tem-se: 2n = 29 ä n = 9.
Assim, a população da cultura será de 51.200 bacté-
rias depois de 9 horas.

2. Seja f(x) = 4x – 6 · 2x + 8.
a) Calcule f(0).
b) Encontre todos os valores re-
ais de x para os quais f(x) = 168.
Resolução:
a) f(0) = 40 - 6 · 20 + 8 = 3.
b) 4x – 6 · 2x + 8 = 168 Ÿ 4x – 6 · 2x – 160 = 0 Ÿ
(2x)2 – 6 · 2x – 160 = 0. De acordo com os dados, qual o número de mudas a serem
Resolvendo a equação, tem-se: plantadas, quando t = 2 anos?
2x = 16 Ÿ x = 4 ou 2x = –10 (não convém). a) 2.137.
Assim, x = 4. b) 2.150.
c) 2.250.
d) 2.437.
3. Se m
__ é a fração irredutível que é solução da equação
n
exponencial 9x – 9x-1 = 1944, calcule m – n . e) 2.500.

Resolução: Resolução:
Resolvendo a equação, tem-se: Considerando os pontos (1, 1500) e (3, 3375) do gráfico,
9x – 9x-1 = 1944. tem-se o seguinte sistema:
Reescrevendo a equação, tem-se:
9x = 1944.
9x – __
9
Colocando 9x em evidência:
1 = 1944 œ 9x __ 8 = 1944 œ
{1500 = b · a1 (I)
3375 = b · a3 (II)
(
9x 1 – __
9) ( )
9
Fazendo (II) dividido por (I), tem-se:

9x = 1944
_______∙ 9 = 9x = 2187 œ (32)x = 37 a2 = 2,25 Ÿ a = 1,5 e b = 1000
8
3 = 3 œ 2x = 7 œ x = 7/2.
2x 7
Assim, N(t) = 1000 · (1,5)t Ÿ N(2) = 1000 · (1,5)2 = 2250 .
Assim, tem-se: m – n = 7 – 2 = 5.
Alternativa C
4. Em um experimento no laboratório de pesquisa, ob-
servou-se que o número de bactérias de uma determi-
nada cultura, sob certas condições, evolui conforme a
função B(t) = 10 · 3t - 1, em que B(t) expressa a quan-
3. INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS
tidade de bactérias e t representa o tempo em horas. Com base no crescimento e no decrescimento da função
Qual o tempo decorrido, em horas, para atingir uma cul- f(x) = ax, com a [ R*+ – {1}, pode-se comparar quaisquer
tura de 810 bactérias depois do início do experimento? dois de seus expoentes.
Resolução:
Se B(t) = 810 , então é possível escrever:
B(t) = 810 = 10 · 3t-1 Ÿ
3t-1 = 81 Ÿ 3t-1 = 34 Ÿ t –1 = 4 Ÿ t = 5.
? 5 horas

5. As matas ciliares desempenham importante papel na


manutenção das nascentes e na estabilidade dos solos
nas áreas marginais. Com o desenvolvimento do agro-
negócio e o crescimento das cidades, as matas ciliares
vêm sendo destruídas. Um dos métodos usados para a
sua recuperação é o plantio de mudas.

15
Para satisfazer a condição f(x) ≥ 0, deve-se ter x ≤ –1 ou x ≥ 4.
S = {x [ R | x ≤ –1 ou x ≥ 4}.
3x –1 x+5
ƒ Resolva a inequação __1
3
< __1 .
3 () ()
()
Como a base __1 está compreendida entre 0 e 1, tem-se:
3

( __31 ) < __1 ä 3x – 1 > x + 5


()
3x –1 x+5

3
(O sentido da desigualdade se inverte.)
2x > 6
x>3
Usando essas relações, e lembrando que ax1 = ax2 ä x1 = x2, é S = {x [ R | x > 3}.
possível resolver algumas inequações exponenciais.
Aplicação do conteúdo
1. Resolver as inequações exponenciais (em ℝ):
a) 2x < 32.
1 x d 243.
()
b) __
9
__
1 .
c) ( √ 2 )x > ____
___
3
√______
16
5
d) 0,16x > √ 15,625 .
2
__
e) 3t ≤ 9 .
t

multimídia: vídeo 2-x d 0.


f) _______
2
3x - x – 1
FONTE: YOUTUBE
Resolução:
Crescimento das Funções Exponenciais
Aplicando as propriedades das potências e utilizando al-
guns artifícios algébricos, tem-se:
Exemplos:
2 – 3x
ƒ Resolva a inequação ( dXX
5 )x ≥ ( dXX
5 )4. a) 2x < 32 Ÿ 2x < 25 Ÿ (base > 1) Ÿ x < 5.
Como a base dXX
5 é maior que 1, tem-se: 1 x d 243 Ÿ (3-2)x d 35 Ÿ (base > 1)
( )
b) __
9 5.
( dXX5 )x2 – 3x ≥ ( dXX5 )4 à x2 – 3x ≥ 4 Ÿ –2x d 5 Ÿ 2x t –5 Ÿ x t – __
__
2
1
____ 1
___
c) ( √ 2 ) > 3 ___ Ÿ (2 ) > 3 __ Ÿ 2x/2 >
x 1/2 x
(O sentido da desigualdade se conserva.) √ 16 √ 24
x
2 Ÿ (base > 1) Ÿ > – Ÿ x > – __
-4/3 __ 4
__ 8.
x2 – 3x – 4 ≥ 0 é inequação do 2.º grau. 2 3 3

Cálculo das raízes da função f(x) = x2 – 3x – 4 : d) Utilizando a representação decimal na base


10 e decompondo os números, tem-se:
3 ± 5 x’ = 4
x2 – 3x – 4 = 0 ä _____
2 x” = –1 { ______
0,16x > 5√15,625 Ÿ (24 ∙ 10-2)x > √56 ∙10-3 Ÿ
5
______

Sinal da função f: 24x ∙ 10-2x > (56 ∙ 10-3)1/5 Ÿ 24x ∙ 10-2x > 56/5 ∙ 10-3/5
ƒ Observando que 10 = 2 · 5, desmembra-se cada termo
10 dessa forma e reagrupam-se as potências:
24x ∙ (2 ∙ 5)-2x > 5 6/5 ∙ (2 ∙ 5)-3/5 Ÿ
24x ∙ 2-2x ∙ 5-2x > 56/5 ∙ 2–3/5 ∙ 5-3/5 Ÿ
24x ∙ 2-2x ∙ 23/5 > 52x ∙ 56/5 ∙ 5-3/5

16
Note que os sinais dos expoentes mudam ao serem tro- 2. Depois de um estudo em uma colmeia de abelhas,
cados os membros, pois os termos são divididos do lado verificou-se que, no instante t = 0, o número de abe-
oposto, e o sinal do expoente muda. Aplicando as proprie- lhas era 1.000 e que o crescimento populacional da
colmeia é dado pela função f, na qual f é definida por
dades de potências, tem-se: 2t
__
f(t) = 1000 ∙ 2 , em que t é o tempo decorrido em dias.
3

3 2x +__3 Supondo que não haja mortes na colmeia, em quantos


( ) ( )
__
4x -2x
22x + > 1 Ÿ __2 > __2 Ÿ
3/5
2 ∙ 2 ∙ 2 > 1 Ÿ _____
____________________ 5 5

dias no mínimo essa colmeia atingirá uma população


2x
5 ∙5 ∙5 6/5 -3/5
52x + 5 3
__
5 5
0 de 64.000 abelhas?
3 3.
Ÿ(base < 1) Ÿ 2x + __ < 0 Ÿ x < – ___
5 10
Resolução:
e) 3t ≤ 9 2/t Ÿ 3t ≤ (32)2/t Ÿ 3t d 34/t Ÿ (base > 1) Ÿ

t2 – 4 d 0.
4 d 0 Ÿ _____
4 Ÿ t – __ Deve-se calcular o menor valor de t para o qual se tem
t d __
t t t f(t) t 64000. Assim:
Observando os intervalos, verifica-se que “t” não pode ser 2t
__
3
2t

1000 ∙ 2 t 64000 œ 2 t 26 œ t t 9.
__
3

nulo devido ao denominador, e o quociente assume valores


negativos em ]–∞–2]‰]0,2].
–2 0 2
t2 – 4 + – – +
t – – + +
2
t – 4/t – + – +

S = { t \| t ≤ –2 ou 0 < t ≤ 2}

2-x ≤ 0.
f) ______
x2- x
3 –1
Note que o quociente não se anula, pois o numerador
é maior do que zero. Além disso, é positivo, o que
significa que o quociente será negativo somente se o multimídia: sites
denominador também o for. Tem-se:
2-x ≤ 0 Ÿ 3x2 - x – 1 < 0 Ÿ 3x2 - x < 1 Ÿ
______
x -x
3 –1 2 pt.khanacademy.org/math/algebra/intro-
3x - x < 30 o (base > 1) Ÿ x2 – x < 0 Ÿ x(x – 1) < 0.
2 duction-to-exponential-functions/expo-
nential-vs-linear-growth/v/exponential-
O produto será negativo entre as raízes 0 e 1. Ou seja, t -growth-functions
 ]0,1[.

VIVENCIANDO

No cotidiano, as funções exponenciais são aplicadas nos juros compostos. Observe uma aplicação rotineira:
1. (UPE-SSA) Mariana fez um empréstimo à base de juros compostos, num banco que cobra 10% ao mês. Ao final de
180 dias, o montante a ser pago por ela será de R$ 9.000,00. Com o dinheiro do empréstimo, Mariana realizou alguns
pagamentos, chegando a sua casa com R$ 1.250,00. Quanto ela gastou, aproximadamente, com os pagamentos?

Adote (1,1)6 = 1,8


a) R$ 1.333,00 d) R$ 3.750,00
b) R$ 2.755,00 e) R$ 4.500,00
c) R$ 3.260,00

17
Resolução:
Sendo 180 dias correspondentes a 6 meses, considerando como sendo x o valor que Maria-
na pegou emprestado e y o valor gasto com os pagamentos, pode-se escrever:
M = C(1+i)t
M = 9000,
C = x,
i = 0,1,
t = 6,
9000 = x ∙ (1,1)6 o x = 5000
x – y = 1250 o 5000 – y = 1250 o y = 3750 reais
Alternativa D

ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a Habilidade 21 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação
proposta a partir de conhecimentos algébricos adquiridos.

Modelo
(Enem) A população mundial está ficando mais velha, os índices de natalidade diminuíram e a expectativa de vida
aumentou. No gráfico seguinte, são apresentados dados obtidos por pesquisa realizada pela Organização das Nações
Unidas (ONU), a respeito da quantidade de pessoas com 60 anos ou mais em todo o mundo. Os números da coluna da
direita representam as faixas percentuais. Por exemplo, em 1950, havia 95 milhões de pessoas com 60 anos ou mais
nos países desenvolvidos, número entre 10% e 15% da população total nos países desenvolvidos.

Países em
desenvolvimento

Suponha que o modelo exponencial y = 363.e0,03x , em que x = 0 corresponde ao ano 2000, x = 1 corresponde ao ano
2001, e assim sucessivamente, e que y é a população em milhões de habitantes no ano x, seja usado para estimar essa
população com 60 anos ou mais de idade nos países em desenvolvimento entre 2010 e 2050. Desse modo, conside-
rando e 0,3 = 1,35, estima-se que a população com 60 anos ou mais estará, em 2030, entre:
a) 490 e 510 milhões. c) 780 e 800 milhões. e) 870 e 910 milhões.
b) 550 e 620 milhões. d) 810 e 860 milhões.

18
Análise expositiva - Habilidade 7: O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar um problema
E do cotidiano e utilizar seus conhecimentos para modelar e resolver problemas a partir da aplicação de
expressões algébricas.
y = 363∙e0,03∙30 œ y = 363∙e0,9 œ y = 363(e0,3)3 œ y = 363(1,35)3 = 893
Assim, está entre 870 e 910.
Alternativa E

DIAGRAMA DE IDEIAS

EQUAÇÕES FUNÇÃO INEQUAÇÕES


EXPONENCIAIS EXPONENCIAL EXPONENCIAIS

F(x) = ax
ax = aY X =Y
a>0ea≠1

SE a > 1 SE 0 < a < 1


MESMA BASE
aX > aY aX > aY
DECOMPOR AS
POTÊNCIAS EM
IGUALA OS BASES IGUAIS
X >Y X <Y
EXPONENTES

ATENÇÃO!
INVERTE
GRÁFICO O SINAL

CRESCENTE DECRESCENTE
(a > 1) (0 < a < 1)

ASSÍNTOTA
HORIZONTAL

19
AULAS DEFINIÇÃO E PROPRIEDADES
21 E 22 DOS LOGARITMOS
1, 3, 4, 10, 11, 12, 13
COMPETÊNCIAS: 1, 3 e 5 HABILIDADES:
e 21

1. O QUE SÃO LOGARITMOS? Se a base do logaritmo for 10, costuma-se omiti-la na sua
representação.
Todo número positivo pode ser escrito como uma potência
log10 b = log b (log é logaritmo decimal)
de base 10 ou como uma aproximação dessa potência.
Para muitos números, isso pode ser feito com facilidade. O conjunto dos logaritmos na base 10 de todos os númer-
Observe alguns exemplos: os reais positivos é denominado sistema de logaritmos
decimais.
1 = 100 0,1 = 10-1
Há, ainda, o sistema de logaritmos neperianos, no
10 = 101 0,01 = 10–2
qual a base desses logaritmos é o número irracional
100 = 102 0,001 = 10–3 e = 2,71828...
1000 = 103 0,0001 = 10–4 Esse sistema também é conhecido como sistema de loga-
10000 = 104 0,00001 = 10–5 ritmos naturais e tem grande aplicação no estudo de diver-
sos fenômenos da natureza.
Contudo, na maioria dos casos, torna-se difícil escrever um
número como potência de base 10. Por exemplo, como os loge b = In b (In é logaritmo natural)
expoentes aproximados, por falta, até a 3.ª casa decimal,
tem-se: 1.1. O número e
2 = 100,301 Entre tantos números fascinantes, existe o número e, base
3 = 100,477 dos logaritmos neperianos, também chamados de logarit-
7 = 100,845 mos naturais.
Quem o designou foi o matemático suíço Leonhard Euler
Dessa forma, o número 0,301 é denominado logaritmo de
2 na base 10. (1707-1783), que provou ser esse número o limite de
x
Indica-se: log102 = 0,301, ou seja, 2 = 100,301. ( )
1 + __1x quando x cresce infinitamente.

O número 0,778 é denominado logaritmo de 6 na base 10. Por meio de um artifício, o valor aproximado de e (com
9 casas decimais!) pode ser memorizado facilmente:
Indica-se: log106 = 0,778, ou seja, 6 = 100,778.
e = 2,718281828... Mas lembre-se: não se trata de uma
No entanto, os logaritmos podem ser escritos em qualquer dízima periódica!
base positiva diferente de 1.
Veja:
Exemplos:
Calcule:
ƒ log28 = 3, porque 23 = 8
a) log6 36
ƒ log7 2 = 0,356, porque 2 = 70,356
log6 36 = x ä 36 = 6x ä 6² = 6x ä x = 2
ƒ log5 125 = 3, porque 125 = 5 3

log6 36 = 2
ƒ log8 47 = 1,852, porque 47 = 81,852
b) log10 0,01
Afirma-se que o logaritmo de um número positivo b
(chamado logaritmando), na base a, positiva e diferente de log10 0,01 = x ä 0,01 = 10x ä 10– 2 = 10x ä
1, é o expoente x ao qual se deve elevar a para se obter b. äx = – 2
loga b = x œ b = a , com b > 0, a > 0 e a ≠ 1
x
log10 0,01 = –2

20
c) log1 2dXX
/4
2=x ƒ Logaritmando positivos: b > 0
x __ ƒ Base positiva e diferente de 1: a > 0 e a ≠ 1
()
Ÿ __1 = 2√2 Ÿ (2-2) x = 23/2
4
Exemplo:
–2x = __3 Ÿ x = – __3
2 4 Para quais valores de x existe log3 (x – 5)?
Calcule log 1,4. Use 2 = 100,301 e 7 = 100,845. Para que o logaritmo exista, o logaritmando deve ser posi-
tivo, e a base deve ser positiva e diferente de 1.
Usando a definição de logaritmo, tem-se:
Como a base é 3 (positiva e diferente de 1), deve-se impor
log1,4 = x ä 1,4 = 10x.
apenas a condição para o logaritmando.
O logaritmo de 1,4 é o expoente x ao qual se deve elevar
Assim: x – 5 > 0 ä x > 5
10 para obter 1,4.
log3 (x – 5) existe para todo x real, tal que x > 5.
Resolvendo a equação exponencial, tem-se:
14 = 10x
1,4 = 10x ä ___
10 1.3. Consequências da definição
0,301
2 · 7 = 10x ä 10
____ · 100,845 = 10x
___________ 1. O logaritmo de 1 em qualquer base é igual a zero:
10 101
loga 1 = 0, pois a0 = 1
10 0,301 + 0,845 – 1
= 10 ä 10
x 0,146
= 10 ä x = 0,146
x
2. O logaritmo da própria base é igual a 1:
log1,4 = 0,146 loga a = 1, pois a1 = a
3. O logaritmo de uma potência da base é igual ao expoente:
1.2. Condição de existência loga am = m, pois loga am = p à ap = am
de um logaritmo Portanto, p = m, então, loga am = m.
Considere os logaritmos: 4. O logaritmo de b na base a é o expoente ao qual deve-se
elevar a para obter b, assim:
log2 4 = x ä 4 = 2x ä 22 = 2x [ x = 2
log10 0,1 = x ä 0,1 = 10x ä alog = b, pois ax = b à x = logab
b
a

ä 10–1 = 10x [ x = –1 Substituindo x por logab em ax = b, resulta alog = b.


b
a

Observe que não existe o logaritmo x quando o logaritman-


do é negativo, ou quando a base é negativa ou igual a 1. Exemplos:
Para logab existir, deve ocorrer: Que número natural log10 (log10 10) representa?

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

Quando há um problema com uma incógnita no expoente, a ferramenta dos logaritmos é utilizada para se chegar
a uma solução. É frequente o uso de escalas logarítmicas, como nos problemas da física de acústica que se utilizam
da medida bel ou decibel (unidade que está em escala logarítmica) e nos problemas da geografia na medição da
magnitude de um sismo. A famosa escala Richter também está em escala logarítmica. As questões de química, na
medição de pH e de pOH, também estão em escala cologarítmica.

21
Como log10 10 = 1, obtém-se: Aplicando a propriedade do logaritmo de um produto, tem-se:

log10 (log10 10) = log10 1 = 0 log(2 · 2 · 3) = log2 + log 2 + log3

log10 (log10 10) = 0 Substituindo os valores fornecidos, tem-se:


log(12) = a + a + b = 2a + b
Determine o valor da expressão
5 2. Resolva a equação log2 (x + 2) + log2 (x – 2) = 5.
log7 73 + log9 16 + 2 log2.
As condições de existência são: x + 2 > 0 e
Calculando o valor de cada uma das parcelas, resulta:
x – 2 > 0, portanto x > – 2 e x > 2
log7 73 = 3 Então: x > 2.
log9 16 = log9 1 = 0 Usando a propriedade do logaritmo de um produto,
5 transforma-se a soma dos dois logaritmos no logaritmo
2 log2 = 5 do produto.
5
log7 73 + log9 16 + 2 log2 = 3 + 0 + 5 = 8 log2 (x + 2) + log2 (x – 2) = 5 Ÿ log2 (x + 2)(x – 2) = 5
O valor da expressão é 8. Pela definição de logaritmo, tem-se:
(x + 2)(x – 2) = 25 Ÿ x2 – 4 = 32
x2 = 36 Ÿ x = ± 6
Somente o valor 6 satisfaz as condições de existência.
Logo, S = {6}.
Se ocorrer a substituição

x = -6 em log2(x + 2)(x – 2) = 5, obtém-se:

log2[(–4)(–8)] = 5 Ÿ log2(32) = 5, o que é verdadeiro.


multimídia: vídeo
Então por que x = – 6 não é solução do problema? Porque
FONTE: YOUTUBE a equação é log2 (x + 2) + log2 (x – 2) = 5,
Logaritmos e não log2(x + 2)(x – 2) = 5.
Apesar de a segunda equação ser consequência da
primeira, aplicar essa propriedade do logaritmo do
2. PRIMEIRA PROPRIEDADE: produto (ou qualquer outra propriedade) só é per-
mitido se a condição de existência for satisfeita.
LOGARITMO DE UM PRODUTO
O logaritmo de um produto é igual à soma dos logaritmos
dos fatores, tomados na mesma base, ou seja: 3. SEGUNDA PROPRIEDADE:
LOGARITMO DE UM QUOCIENTE
logb (a · c) = logb a + logb c, com a > 0, c > 0, b > 0 e
bÞ1 O logaritmo de um quociente é igual ao logaritmo do di-
videndo menos o logaritmo do divisor tomadas na mesma
base, ou seja:
Exemplos:
1. Se log 2 = a e log 3 = b, calcule log 12 em função de logb __ac = logb a – logb c,com a > 0, c > 0, b > 0 e b Þ 1
a e b.
Fatorando 12, segue que 12 = 2 · 2 · 3, portanto: Exemplo:
log(12) = log(2 · 2 · 3) 1. Sabendo que log2 = 0,301 e log3 = 0,477,

22
calcule: e aplicando o logaritmo de base a em ambos os membros
a) log 6 da equação, tem-se:
log 6 = log(2 · 3) = log2 + log3 Ÿ
log 6 = 0,301 + 0,477 = 0,778
loga x = logaalogab
log 6 = 0,778 loga x = logab · logaa
b) log 5
10 = log10 – log2 = 1 – 0,301 = 0,699 logax = logab
log 5 = log___
2
log 5 = 0,699 Portanto, x = b; logo:
c) log 2,5 alogab = b
25 = log__
log 2,5 = log___ 5 = log5 – log2 Ÿ
10 2
log 2,5 = 0,699 – 0,301 = 0,398
log 2,5 = 0,398 5. USANDO AS PROPRIEDADES
DOS LOGARITMOS NA
RESOLUÇÃO DE SISTEMAS
Exemplo:
x + y = 110
1. Resolva o sistema:
log x + log y = 3
As condições de existência são x > 0 e y > 0.
Aplicando a propriedade do logaritmo de um produto na
multimídia: sites 2.ª equação, obtém-se:

pt.khanacademy.org/math/algebra2/exponential- log x + log y = 3 Ÿ log (x · y) = 3


-and-logarithmic-functions/introduction-to
Usando a definição de logaritmo, vem:
-logarithms/v/logarithms
log(x · y) = 3 Ÿ xy = 103
xy = 1000

4. TERCEIRA PROPRIEDADE: Tem-se, então, o sistema equivalente:

LOGARITMO DE UMA POTÊNCIA x + y = 110 (I)


xy = 1000 (II)
O logaritmo de uma potência é igual ao produto do expo-
ente pelo logaritmo da base da potência, ou seja: De (I), vem: x = 110 – y (III)
logb a = n · logb a, com a > 0, b > 0, b Þ 1 e n [ R
n
Substituindo (III) em (II), resulta:
Exemplo: (110 – y) y = 1000
__
1. log √3 y9 = 100
y2 – 110y + 1000 = 0
Transformando, obtém-se: y0 = 10
__
log√3 = log3 = __1 · log3 = __1 · 0,477 = 0,2385 Substituindo os valores de y em (III), obtém-se:
2 2
__
log√3 = 0,2385 y = 100 Ÿ x = 110 – 100 ou
y = 10 Ÿ x = 110 – 10
Há uma consequência dessa propriedade:
x = 10 x = 100
alogab = b
Como esses valores satisfazem as condições de existência,
Demonstração: tem-se: x = 10 e y = 100 ou x = 100 e y = 10
Fazendo x = alogab = b S = {(10, 100), (100, 10)}

23
6. RESUMO DAS PROPRIEDADES 5. Escreva as expressões a seguir por meio de um único
logaritmo:
Se b > 0, c > 0, m [ R, a > 0 e a Þ 1 valem as proprie- a) 3 · log4 7
dades dos logaritmos: 3 · log4 7 = log473 = log4 343
b) log3 x – log32
P1: loga (b · c) = loga(b) + loga(c) log3 x – log32 = log3 __x
2
()
P2: loga __bc = loga(b) – loga(c) c) log 6 + log 3
log 6 + log 3 = log (6 · 3) = log 18
P3: loga (bm) = m logab d) log5 4 + log5 x – log5 3
P4: alogab= b log5 4 + log5 x – log5 3 = log5 4x – log5 3 =
4x
= log5 __
3

6.1. Exemplos de aplicação


das propriedades
7. MUDANÇA DE BASE
Em diversas situações são encontrados logaritmos es-
critos em uma certa base, mas deseja-se esse mesmo
1. Determine o desenvolvimento logarítmico da expressão logaritmo escrito em outra base, como na equação lo-
__

( )
a√b .
log ____
c3
__
garítmica a seguir:
log2(x + 4) = log4(25)
log ( ____
c ) 3 ( a c· b ) = log ( a · b ) – log c =
a√b = log ____
3
3
Na resolução dessa equação, se o logaritmo do membro
da direita possuísse base 2, seria possível encontrar o con-
1 · log b – 3 · log c
= log a + log b – log c3 = log a + __ junto solução facilmente. Para realizar essa transformação,
2
pode-se efetuar uma mudança de base.
__
Logo, log ____
c3 ( )
a√b = log a + __1 · log b – 3 · log c.
2
7.1. Fórmula para mudança
2. Dados loga m = 11 e loga n = 6, qual é o valor de loga (m3n2)? de base de um logaritmo
loga (m3n2) = logam3 + loga n2 = Considere que queremos encontrar o valor de logab, saben-
do o valor de logcb e logca, sendo que:
= 3 · loga m + 2 · loga n = 3 · 11 + 2 · 6 = 45
Então, loga (m3n2) = 45. Se a > 0, a Þ 1, b > 0, c > 0 e c Þ 1. Então:
loga b = x
3. Se log 2 = a e log 3 = b, expresse log 72 em função de logc b = y
a e b.
Pela definição de logaritmos, tem-se:
log 72 = log (23 · 32) = log 23 + log 32 =
loga b = x Ÿ ax = b
= 3 · log 2 + 2 · log 3 = 3a + 2b
logc b = y Ÿ cy = b
Então, log 72 = 3a + 2b.
Igualando as duas primeiras expressões, segue que:
4. Sabendo que logaA = 2 logaC – __1 logaD, calcule A em a x = cy
3
função de c e d.
__

( )
2
c__
loga c2 – loga d = loga c2 – loga √ d = loga ___
3
3
√d
Aplicando o logaritmo na base c em ambos os membros
da equação, tem-se:
Daí:
logc ax = logc cy Ÿ x · logc a = y · logc c
3
√d( )
2
c__
logaA = loga ___
2
c__
œ A = ___
3
√d Como y = logcb e logcc = 1, segue que:
2
c__ logc b
Logo, A = 3___ x · logc a = logc b · 1 Ÿ x = loga b = _____
√d logc a

24
Assim, conclui-se que: Assim, quando a base de um logaritmo apresentar um ex-
poente, é possível transpor o inverso desse expoente mul-
Se a > 0, a Þ 1, b > 0, c > 0 e c Þ 1:
tiplicando o logaritmo.
logc b
loga b = _____
logc a 7.3. Propriedades operatórias
dos logaritmos
Exemplos:
log25 loga (b · c) = loga b + loga c
1. log75 = _____ (na base 2)
log27 loga __bc = loga b – loga c
log 5 1 = – log b
2. log75 = ____ (na base 10) loga __
log 7 b a

3. log525 = 2 œ log25 5 = __1


m
loga b = m · loga b
2 __
3
__ 4
__ 1
loga √ b = __
m
4. logba = œ loga b =
4 m · loga b
3 logc b
Caso você possua uma calculadora que calcule apenas lo- loga b = _____
logc a
garitmos decimais, ou seja, em base 10, como proceder 1
para calcular log2 5? loga b = _____ ou logab ∙ logba = 1
logb a
1
logam (b) = __
Pela fórmula de mudança de base, tem-se que: m loga (b).
log10 5 ___ 0,7
log25 = ___________ # =2,3.
log10 2 0,3 7.4. Exemplos de aplicação da
fórmula de mudança de base
7.2. Consequências da fórmula 1. Escreva log2 8 usando logaritmos na base 10.
de mudança de base logc b
loga b = _____
log10 8
Ÿ log2 8 = _____
logc a log10 2
Nessa propriedade de mudança de base, fazendo c = b,
ocorre um caso importante: 2. Calcule o valor da expressão log3 5 · log25 81.

logb b _____ log3 81 log3 34


loga b = _____ = 1 log3 5 · log25 81 = log3 5 · ______ = log3 5 · _____ =
logb a logb a log3 25 log3 52
4
= log3 5 · _______ 4=2
= __
Assim, pode-se escrever que, quando existirem os logarit- 2 · log3 5 2
mos envolvidos:

1
loga b = _____
logb a
ou logb a · loga b =1 8. COLOGARITMO
Denomina-se cologaritmo de um número N (N > 0) numa
Ou seja, quando existirem, logb a é inverso de loga b. base a (a > 0 e a Þ 1) o oposto do logaritmo do número
Outra consequência envolve potências da base do logarit- N na base a ou o logaritmo do inverso de N na base a.
mo. Considere o seguinte logaritmo: 1
cologa N = – loga N ou cologa N = loga __
N
logam (b)

A base apresenta um expoente m. Aplicando a fórmula de


mudança de base para a base a, tem-se:
9. APLICAÇÃO DOS LOGARITMOS
NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES
loga (b)
logam (b) = _______
loga (am)
EXPONENCIAIS E DE PROBLEMAS
Observe que loga (am) = m · loga (a) = m, portanto: Exemplos:
1. Resolva a equação 3x = 5.
loga (b) __
1
logam (b) = ______
m = m loga (b) Dados: log 3 # 0,47712 e log 5 # 0,69897

25
3x = 5 Ÿ log 3x = log 5 Ÿ x · log 3 = log 5 Ÿ Daí:
5x = 4 Ÿ log 5x = log 4 Ÿ log 5x = log 22 Ÿ
log 5 0,69897
Ÿx = ____ Ÿ x > _______ > 1,46 Ÿ x · log 5 = 2 · log 2 Ÿ
log 3 0,47712
2 · log 2 0,60
Ÿx = _______ = ____ > 0,86
log5 0,70
S = {1,46}.
5x = 3 Ÿ log 5x = log 3 Ÿ x · log 5 = log 3 Ÿ
0,48
Dados log 2 = 0,30; log 3 = 0,48 e log 5 = 0,70, resolva a Ÿ x = log 3/log 5 = ____ > 0,69
equação 52x – 7 . 5x + 12 = 0. 0,70
S = {0,69; 0,86}.
52x – 7 · 5x + 12 = 0 Ÿ (5x)2 – 7(5x) + 12 = 0
2. Resolva a equação ex – 27 = 0, dados log e = 0,43 e
log 3 = 0,48.
Fazendo 5x = y, tem-se:
ex – 27 = 0 Ÿ ex = 27 Ÿ log ex = log 27 Ÿ
y2 – 7y + 12 = 0
Ÿ log ex = log 33 Ÿ x · log e = 3 · log 3 Ÿ
D = (–7)2 – 4(1) (12) = 1
3 · log 3 3 · 0,48
Ÿ x = _______ = ______ = 3,34
y9 = 4 e y0 = 3 log e 0,43
S = {3,34}.

VIVENCIANDO

Alguns medicamentos apresentam comportamento exponencial ao serem eliminados pelo corpo humano. O uso de
logaritmos permite quantificar o tempo de eliminação pelo organismo:
1. (Acafe) Quando um paciente ingere um medicamento, a droga entra na corrente sanguínea e, ao passar pelo
fígado e pelos rins, é metabolizada e eliminada. A quantidade de medicamentos, em miligramas, presente no
t
___
organismo de um paciente é calculada pela função Q(t) = 30 ∙ 21 – 10 , onde t é o tempo dado em horas.
O tempo necessário para que a quantidade de medicamento em um paciente se reduza a 40% da quantidade inicial, é:
Dado: log 2 = 0,3
a) 13 horas e 33 minutos.
b) 6 horas e 06 minutos.
c) 13 horas e 20 minutos.
d) 6 horas e 40 minutos.
Resolução:
0
___
1–
Mas t = 0 ŸQ(t) 100% ŸQ(0) = 30 ∙ 2 10

Para: 40% ∙ 60 = 0,4 ∙ 60 = 24


t
1 – ___
24 = 30 ∙ 2 10 Ÿ
t t
1 – ___ 1 – ___
0,8 = 2 10Ÿlog 2
0,8 = log2 2 10

log100,8 ____________
log 8 – log1010 ____________ 3 ∙ log102 – 1 ________
log 23 – log1010 __________ 3 ∙ 0,3 – 1 ____
– 0,1
log2 0,8 = _______ = 10 = 10 = = = = – __1
log102 log102 log102 log102 0,3 0,3 3

26
Assim,
t Ÿ –10 = 30 – 3t Ÿ 3t = 40 Ÿ t = ___
– __1 = 1 – ___ 40 horas = 800min = 13h20min
3 10 3
Alternativa C

ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a Habilidade 21 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação
proposta a partir de conhecimentos algébricos adquiridos.

Modelo
(Enem) Para realizar a viagem dos sonhos, uma pessoa precisava fazer um empréstimo no valor de R$ 5.000,00. Para
pagar as prestações, dispõe de, no máximo, R$ 400,00 mensais. Para esse valor de empréstimo, o valor da prestação
(P) é calculado em função do número de prestações (n) segundo a fórmula:
5000 ∙ 1,013n ∙ 0,013
P = ____________________
(1,013n – 1)
Se necessário, utilize 0,005 como aproximação para log 1,013; 2,602 como aproximação para log 400; 2,525 como
aproximação para log 335.

De acordo com a fórmula dada, o menor número de parcelas, cujos valores não comprometem o limite definido pela
pessoa, é:
a) 12.
b) 14.
c) 15.
d) 16.
e) 17.

Análise expositiva - Habilidade 21: O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema e utili-
D zar seus conhecimentos sobre as propriedades logaritmicas para a sua resolução.
Cálculo:
Pmáx = 400
5000∙1,013n∙0,013
400 = ___________________ Ÿ400(1,013n –1) = 65∙1,013n Ÿ 400∙1,013n – 400 = 65∙1,013n
(1,013n – 1)
335∙1,013n = 400 Ÿ 1,013n = ____
335 ( )
400 Ÿlog 1,013n = log ____
400 Ÿ n∙log 1,013 = log 400 – log 335
335
n∙ 0,005 = 2,602 – 2,525 Ÿ n = 15,4 Ÿ 16 parcelas

Alternativa D

27
DIAGRAMA DE IDEIAS

CONSEQUÊNCIAS
PROPRIEDADES
DA DEFINIÇÃO

LOGARITMOS
loga(b ∙ c) = logab + logac

loga( b ) = logab - logac


logab = x ax = b c

logb1 = 0 logab = 1 logabn = n ∙ logab

logamb = 1 logab
b0 = 1 b1 = a m

alog m= m
a MUDANÇA DE BASE
logcb
logab =
logca

28
AULAS EQUAÇÕES, INEQUAÇÕES E SISTEMAS
23 E 24 DE EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
COMPETÊNCIAS: 5e6 HABILIDADES: 19, 21, 22, 23 e 25

1. EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS Exemplo:


1. Resolver a equação log2(9 – x) – log2(2x) = 0:
A seguir, serão estudadas as equações logarítmicas, ou
seja, aquelas nas quais a incógnita está envolvida no loga- Condição de existência:
ritmando ou na base do logaritmo. De modo geral, a maio-
9–x>0 x<9
ria das equações logarítmicas pode ser reduzida a uma das Ÿ
2x > 0 x>0
duas formas a seguir.
Portanto, 0 < x < 9.
1.1. Igualdade entre um Transpondo o termo log2(2x) para o outro membro da
logaritmo e um número real equação, tem-se:

loga(x) = b log2(9 – x) = log2(2x)

Utiliza-se então a definição do logaritmo: Como a função logarítmica é injetiva, pode-se escrever:
loga(x) = b log2 (9 – x) = log2 (2x) Ÿ 9 – x = 2x
b
Então a = x
9 = 2x + x

Exemplo: 9 = 3x
1. Resolver a equação log2(x – 2) = 3 x=3

Condição de existência: Como x = 3 satisfaz a condição de existência, o conjunto


x–2>0 solução é S = {3}.
x>2

Como loga b = c Ÿ ac = b: 1.3. Exemplos de equações


log2 (x – 2) = 3 Ÿ 23 = x – 2 Ÿ 8 = x – 2 Ÿ x = 10
logarítmicas
Os exemplos a seguir mostram como as propriedades estu-
Como 10 > 2, então o conjunto solução é S = {10}. dadas são aplicadas na resolução de equações logarítmicas.
1. log2 (x – 3) + log2 x = 2
1.2. Igualdade entre
Condição de existência: x – 3 > 0 e x > 0 Ÿ
logaritmos de mesma base Ÿ x > 3 e x > 0 Ÿ x > 3.
loga(x) = loga(y)
Há dois modos diferentes de resolução:
Como a função logarítmica é injetiva, pode-se dizer que, para
I. log2 (x – 3) + log2 x = 2 Ÿ
dois números reais quaisquer x1 e x2, segue que log(x1) Þ log(x2).
Assim, se loga (x) = loga (y), implica que x = y: Ÿ log2 [(x – 3)x] = 2

loga (x) = loga (y) Ÿ x = y Usando a definição de logaritmo:

É importante ressaltar que isso é válido somente se as bas- (x – 3)x = 22 Ÿ x2 – 3x – 4 = 0


es forem as mesmas. Se isso não ocorrer, é possível aplicar
a fórmula de mudança de base. x’ = 4 e x’’ = –1

29
II. log2 (x – 3) + log2 x = log2 22 Ÿ Verificação:
Ÿlog2 [(x – 3)x] = log2 4 x–1=2–1=1>0
x=2
Usando o fato de que a função logarítmica é injetiva:
1 + 2 · log10 (x – 1) = 1 + 2 · 0 = 1 > 0
(x – 3)x = 4 Ÿ x2 – 3x – 4 = 0
Portanto, 2 [ S.
D = 25 S = {2}.

x’ = 4 e x’’ = –1 4. logx – 1 4 = 2

Verificação: como a condição de existência é x > 3, então Condição de existência: x – 1 > 0 e x – 1 Þ 1 Ÿ


4 [ S e – 1 Ó S. Ÿx>1exÞ2
S = {4}. logx – 1 4 = 2 Ÿ (x – 1)2 = 4 Ÿ

2. log3 (x2 – 3x – 1) = 1 + log3 (x – 2) Ÿ x2 – 2x + 1 = 4 Ÿ x2 – 2x – 3 = 0


'= 16
Condição de existência: x2 – 3x – 1 > 0 e
x’ = 3 e x’’ = –1
x–2>0
log3 (x2 – 3x – 1) = 1 + log3 (x – 2) Ÿ Verificação:
x = 3: 3 > 1 e 3 Þ 2. Logo, 3 [ S.
Ÿ log3 (x2 – 3x – 1) = log3 3 + log3 (x – 2) Ÿ
x = –1: –1 < 1. Então, –1 Ó S.
Ÿ log3 (x2 – 3x – 1) = log3 [3(x – 2)] Ÿ
S = {3}.
Ÿ x2 – 3x – 1 = 3x – 6 Ÿ x2 – 6x + 5 = 0
5. log2 (log3 x) = 2
D = 16
Condição de existência: x > 0 e log3 x > 0
x’ = 5 e x’’ = 1 log2 (log3 x) = 2 Ÿ 22 = log3 x Ÿ log3 x = 4 Ÿ

Verificação: Ÿ 34 = x Ÿ x = 81

x2 – 3x – 1 = 25 – 15 – 1 = 9 > 0 Verificação: 81 > 0 e log3 81 = 4 > 0.


x=5 Então, 81 [ S.
x–2=5–2=3>0
S = {81}.
x2 – 3x – 1 = 1 – 3 – 1 = –3 < 0
x=1 6. log210 x – 3 · log10 x + 2 = 0
x – 2 = 1 – 2 = –1 < 0
Condição de existência: x > 0
Portanto, 5 [ S e 1 Ó S.
A equação pode ser escrita na forma:
S = {5}.
(log10 x)2 – 3 · log10 x + 2 = 0
3. log10 [1 + 2 log10 (x – 1)] = 0
Fazendo log10 x = y, tem-se:
Condição de existência: x – 1 > 0 e y2 – 3y + 2 = 0
1 + 2 . log10 (x – 1) > 0 D=1
log10 [1 + 2 · log10 (x – 1)] = 0 Ÿ y’ = 2 e y’’ = 1
Ÿ 100 = 1 + 2 · log10 (x – 1) Ÿ Como log10 x = y, então:
Ÿ 1 = 1 + 2 · log10 (x – 1) Ÿ
Ÿ 2 · log10 (x – 1) = 0 Ÿ log10 (x – 1) = 0 Ÿ log10 x = 2 Ÿ 102 = x Ÿ x = 100
Ÿ 100 = x – 1 Ÿ 1 = x – 1 Ÿ x = 2 log10 x = 1 Ÿ 101 = x Ÿ x = 10

30
Verificação: 100 > 0 e 10 > 0. Logo, 100 [ S e 10 [ S.
2. SISTEMAS DE EQUAÇÕES
S = {10, 100}.
LOGARÍTMICAS
7. 2 · log10 x = log10 4 + log10 3x São sistemas de equações que são resolvidos aplicando-se
Condição de existência: x > 0 e 3x > 0 Ÿ x > 0 as propriedades operatórias dos logaritmos.

2 · log10 x = log10 4 + log10 3x Ÿ Exemplo:


log10 x – log10 y = log10 2
Ÿ log10 x2 = log10 (4 · 3x) Ÿ x2 = 12x Ÿ 1. Resolva o sistema .
4x – y = 16
Ÿ x – 12x = 0 Ÿ x(x – 12) = 0
2
ƒ Condições de existência: x > 0 e y > 0
x’ = 0 e x’’ = 12 ƒ Preparação do sistema:
Verificação: como se deve ter x > 0, então 0 Ó S e 12 [ S. log10 x – log10 y = log10 2 Ÿ
S = {12}. log10 _xy = log10 2 Ÿ
()
8. log9 x + log27 x – log3 x = –1 Ÿ _xy = 2 Ÿ x = 2y
Condição de existência: x > 0 4x – y = 16 Ÿ 4x – y = 42 Ÿ x – y = 2
log9 x + log27 x – log3 x = – 1 ƒ Resolvendo o sistema:
Escrevendo os logaritmos na base 3: x = 2y
Ÿ 2y – y = 2 Ÿ y = 2
log3 x ______
log3 x x–y=2
_____ + – log3 x = –1
log3 9 log3 27 x = 2y Ÿ x = 2(2) Ÿ x = 4
Como log3 9 = 2 e log3 27 = 3, tem-se: ƒ Verificação: x = 4 > 0 e y = 2 > 0
log3 x _____
log x S = {(4, 2)}.
_____ + 3 – log3 x = – 1 Ÿ
2 3
3 · log3 x + 2 log3 x – 6 · log3 x ___
Ÿ _______________________
6
= –6 Ÿ
6 3. INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
Ÿ 3 · log3 x + 2 · log3 x – 6 · log3 x = –6 Ÿ Considere as inequações a seguir:
Ÿ– log3 x = –6 Ÿ log3 x = 6 Ÿ 3 = x Ÿ6
ƒ log2x t log4(x – 1)2
Ÿ x = 729 ƒ ln (x2 – x) d e2
Verificação: 729 > 0 Ÿ 729 [ S ƒ log2(x) – 5 log(x) + 6> 0
S = {729}. Elas são exemplos de inequações logarítmicas. A seguir,
serão estudados três casos de inequações logarítmicas.
9. log2 (x + 7) – log2 (x – 11) = 2

Condição de existência:
3.1. Primeiro caso: inequações
x + 7 > 0 e x > -7 e
redutíveis a uma desigualdade
x – 11 > 0 Ÿ x > 11
de logaritmos de mesma base
log2 (x + 7) – log2 (x – 11) = 2 Ÿ Exemplo: logc a> logc b

(
Ÿ log2 _____
x – 11 )
x + 7 = 2 Ÿ 22 = _____
x+7 Ÿ
x –11
Para resolver essa inequação, é preciso relembrar como se
comporta uma função logarítmica de acordo com sua base.
x + 7 Ÿ 4x – 44 = x + 7 Ÿ
Ÿ ________ Considere uma função logarítmica:
x – 11
Ÿ 4x – x = 7 + 44 Ÿ 3x = 51 Ÿ x = 17 f(x) = logc (x), onde x> 0, c > 0 e c z 1.
Se a base c for maior que 1, a função logarítmica será
Verificação: como 17 > 11, então 17 [ S.
crescente. Considerando dois valores a e b positivos, em
S = {17}. que b > a, tem-se:

31
Assim, a condição de existência é 1 < x < 3 (I).
ƒ Agora, como a base é maior que 1, tem-se:
loga (x – 1) d loga(3 – x) Ÿ x – 1 d 3 – x
2x d 4

logcb > logca Ÿ b > a x d 2 (II)


A solução deve estar contida no intervalo
Como a função logarítmica f(x) = logc(x) é injetora, pode-se
1 < x < 3; portanto:
afirmar que, se logcb > logca, necessariamente segue que
b > a, ou seja, o sinal de desigualdade se mantém.
No entanto, se a base c for menor que 1, a função loga-
rítmica será decrescente. Novamente, considerando dois
valores a e b positivos, onde b > a, tem-se:
Assim, o conjunto solução S do problema é:
S = {x  R | 1 < x d 2}
log__21 (3x – 12) > log__21 (9)

ƒ Em primeiro lugar, calcula-se a condição de existência


do logaritmo:
3x – 12 > 0 Ÿ 3x > 12 Ÿ x > 4 (I)
ƒ Agora, como a base é __1, o sentido da desigualdade
2
inverte:

log__21 (3x – 12) > log__21 (9) Ÿ 3x – 12 < 9


logcb < logca Ÿ b > a 3x < 21

Nesse caso, é possível concluir por meio do gráfico da função x < 7 (II)
logarítmica que, se logcb < logca, necessariamente segue Realizando a intersecção dos intervalos (I) e (II), encon-
que b > a, ou seja, o sinal de desigualdade inverte. tra-se o conjunto solução:
Resumindo, tem-se:
Se c > 1: logcb > logca Ÿ b > a (o sinal se mantém)
Se 0 < c < 1: logcb > logca Ÿ b < a (o sinal inverte)

S = {x  R | 4 < x < 7}
Aplicação do conteúdo
1. Encontre o conjunto solução das seguintes inequa-
ções logarítmicas:
3.2. Segundo caso: inequações
redutíveis a uma desigualdade entre
loga (x – 1) ≤ loga (3 – x) com a > 1 um logaritmo e um número real
ƒ Em primeiro lugar, deve-se sempre considerar a Exemplo: logca d k
condição de existência dos logaritmos, na qual o loga-
Para resolver esse tipo de inequação logarítmica, deve-se
ritmando deve ser positivo:
transformá-la em uma inequação do 1.º caso. Para isso, é
x–1>0Ÿx>1 e 3–x>0Ÿx<3 utilizada uma propriedade dos logaritmos:

32
k = logb(bk), para k  R, b  R, b > 0 e b z 1

É possível provar que essa propriedade é válida por meio


da propriedade dos logaritmos de potências:
logb(bk) = k logb (b) = k ˜ 1 = k
Depois de reescrita, a inequação deve ser resolvida da ma- S = {x  R | –2  x d –1 ou 1 d x < 2}
neira demonstrada anteriormente.
3. Qual o intervalo de x, no qual a função f(x) = ln (2x – 5)
é negativa?
Aplicação do conteúdo
ƒ Calculando a condição de existência:
1. Resolva a inequação log2(15 – x) d 3.
2x – 5 > 0 Ÿ x > __5 (I)
ƒ Como sempre, calcula-se em primeiro lugar a condição 2
de existência: ƒ Para a função ser negativa, segue que f(x) < 0, portanto:
15 – x > 0 Ÿ x < 15 (I) ln(2x – 5) < 0
ƒ Em seguida, deve-se reescrever o segundo membro da ln(2x – 5) < ln(e)0 Ÿ ln(2x – 5) < ln1
inequação como um logaritmo e resolver a inequação:
Como o número e, base do logaritmo natural, é um núme-
3 = log2(23) = log28 ro irracional maior que 1, tem-se:
log2(15 – x) d log28 ln(2x – 5) < ln1 Ÿ 2x – 5 < 1
15 – x d 8 x < 3 (II).
ƒ x t 7 (como a base é maior que 1, o sentido da desi- Por fim, pode-se calcular o conjunto solução S:
gualdade se mantém) (II)
Por fim, calcula-se a intersecção dos intervalos (I) e (II) para
encontrar o conjunto solução:

S = {x  R | 5/2 < x < 3}

S = {x  R |7 d x < 15}
3.3. Terceiro caso: inequações
2. Resolva a inequação log (4 – x2) t –1.
1
__
3 que utilizam substituição por
ƒ Impondo a condição de existência, tem-se: uma incógnita auxiliar
4 – x2 > 0 Ÿ –2 < x < 2 (I) De modo a facilitar sua manipulação algébrica, algumas
inequações exigem uma substituição de variável. Como no
ƒ Reescrevendo o segundo membro da inequação como
segundo caso, a ideia é reduzir a inequação a uma inequa-
um logaritmo e substituindo na inequação:
ção do 1.º caso. Observe a seguir um exemplo desse tipo
[( ) ]
–1
– 1 = log__31 __1 = log__31 3 de inequação:
3
log3 (4 – x2) t log__31 3
__1
Aplicação do conteúdo
4 – x2 d 3 (como a base é um número entre 0 e 1, o sentido
da desigualdade inverte). 1. Encontre o conjunto solução da inequação

1 ≤ x2 log22(x – 1) – log2 (x – 1) – 6 d 0.
x2 – 1 $ 0
ƒ Calculando a condição de existência:
Resolvendo a inequação do segundo grau, tem-se: x d – 1
x – 1 > 0 Ÿ x > 1 (I)
ou x > 1 (II).
ƒ Realizando a seguinte substituição de incógnita:
Portanto, o conjunto solução é a intersecção dos intervalos
(I) e (II): log2(x – 1) = k

33
Dessa maneira, tem-se a seguinte inequação do segundo Também é possível escrever como:
grau: k2 – k – 6 d 0.
log2 (x – 1) t –2
ƒ Resolvendo a inequação em k:
log2 (x – 1) d 3
k2 – k – 6 d 0
Resolvendo cada inequação, tem-se:
Raízes: k1 = –2 e k2 = 3.
log2(x – 1) t log2(2–2) Ÿ x – 1 t 2–2 Ÿ x t __5
4
Concavidade.
log2 (x – 1) d log2 23 Ÿ x – 1 d 23 Ÿ x d 9

Portanto, __5 d x d 9 (II).


4
Realizando a intersecção dos intervalos (I) e (II), encontra-
-se o conjunto solução S:

Portanto, a solução em k da inequação é –2 d k d 3.


ƒ Retornando à variável original, onde k = log2 (x – 1), S = {x  R | 5/4 d x d 9}
tem-se:
–2 d log2(x – 1) d 3

ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
A Habilidade 25 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação proposta a partir da análise de
gráficos e tabelas.

Modelo
(Enem) Um engenheiro projetou um automóvel, cujos vidros das portas dianteiras foram desenhados de forma que
suas bordas superiores fossem representadas pela curva de equação y = log(x), conforme a figura.

34
A forma do vidro foi concebida de modo que o eixo x sempre divida ao meio a altura h do vidro e a base do vidro seja
paralela ao eixo x. Obedecendo a essas condições, o engenheiro determinou uma expressão que fornece a altura h do
vidro em função da medida n de sua base, em metros.

A expressão algébrica que determina a altura do vidro é:

( ) ( )
_____ _____
+ √n2 + 4 – log n__________
a) log n__________ – √n2 + 4 .
2 2

b) log 1 + __n – log 1 – __n .


( ) ( )
2 2

c) log 1 + __n + log 1 – __n .


( ) ( )
2 2

( )
_____
n + √n2 + 4 .
d) log __________
2

( )
_____
n + √n2 + 4n .
e) 2 log __________
2

Análise expositiva - Habilidade 25: A questão exige que o aluno seja capaz de interpretar os dados
E fornecidos pelo gráfico para a sua resolução.
Montando o sistema:
log (k + n) = __h
2
log k = -- __h
2
2 log (k + n) = h
2 log k = h
Segue que:
log (k + n) = –log k
log (k + n) + log k = 0
log (k² + kn) = 0
k² + kn = 1
k² + kn – 1 = 0 _______ h = 2 log (k + n)
[–n + √ (n² + 4n)]
Resolvendo essa equação do 2.º grau, resulta que k = _____________ ; assim, .
( )
_____
2 n + √n2 + 4n
2 log __________
Alternativa E 2

35
DIAGRAMA DE IDEIAS

LOGARITMOS

SISTEMAS INEQUAÇÕES

SÃO RESOLVIDOS 1º CASO


EQUAÇÕES DESIGUALDADE DE
APLICANDO AS
PROPRIEDADES MESMA BASE
OPERATÓRIAS
logcb > logca
IGUALDADE

SE c > 1 b > a (sinal mantém)


SE 0 < c < 1 b < a (sinal inverte)
LOGARITMO E LOGARITMOS DE
NÚMERO REAL MESMA BASE 2º CASO
DESIGUALDADE ENTRE UM
LOGARITMO E UM NÚMERO
loga(x) = b loga(x) = loga(y)
3º CASO
SUBSTITUIÇÃO POR UMA
x=y INCÓGNITA AUXILIAR

logCa ≤ k

TRANSFORMAR NO
1º CASO, UTILIZANDO A
SEGUINTE PROPRIEDADE

36
AULAS FUNÇÕES LOGARÍTMICAS
25 E 26
3, 4, 5, 19, 20, 21,
COMPETÊNCIAS: 1, 5 e 6 HABILIDADES:
22, 23, 24, 25 e 26

1. FUNÇÃO LOGARÍTMICA É importante lembrar que, se f –1(x) é função inversa de


f(x), segue que f[f–1(x)] = x; como a função logarítmica é a
Para todo número real positivo a Þ 1, a função exponen- inversa da função exponencial, tem-se:
cial f: R o R*, x
+ f(x) = a é uma correspondência biunívoca
aloga x = x e loga (ax) = x para todo x [ R
entre R e R+*. Ela é crescente se a > 1, decrescente se
0 < a < 1 e tem a seguinte propriedade: Assim, loga x é o expoente ao qual se deve elevar a base a
f(x1 + x2) = f(x1) · f(x2), ou seja ax1 + x2 = ax1 · a x2 para obter o número x, ou seja, y = loga x œ ay = x, como
já foi visto.
Essas considerações garantem que f possui uma função inversa. As funções logarítmicas mais usadas são aquelas cuja base
a é maior do que 1. Particularmente, as de base 10 (logarit-
mos decimais), as de base 2 (logaritmos binários) e as base
Nota e (logaritmos naturais).
Dizer que f(x) é uma correspondência biunívoca é o São exemplos de função logarítmica as funções de R*+ em
mesmo que dizer que f é uma função bijetiva. R definidas por:
ƒ f(x) = log2 x

2. DEFINIÇÃO DA FUNÇÃO ƒ g(x) = log10 x = log x


ƒ h(x) = loge x = ln x
LOGARÍTMICA ƒ i(x) = log x
A inversa da função exponencial de base a é a função
f: R*+ oR, que associa a cada número real positivo x o
número real loga x, denominado logaritmo de x na base a, 3. GRÁFICO DA FUNÇÃO
com a > 0 e a Þ 1.
LOGARÍTMICA
Observe que f: R o R*, x
+ dada por f(x) = a , tem a proprieda-
Observe os seguintes gráficos de função logarítmica:
de f(x1 + x2) = f(x1) · f(x2), ou seja, ax1 + x2 = ax1 · a x2. A sua in-
versa g: R*+ o R, dada por g(x) = logax, tem a propriedade f(x) = log2 x
g(x1 · x2) = g(x1) + g(x2), isto é, loga (x1 · x2) = loga x1 + loga x2.
x __1 __1 1 2 4
4 2
y = f(x) –2 –1 0 1 2

Domínio da função logarítmica: R*+


Imagem da função logarítmica: R

37
f(x) = log x ƒ A função logarítmica é ilimitada, superior e inferior-
mente. No caso de a > 1 ser ilimitada superiormente,
x __1 __1 1 2 4 significa que se pode dar a loga x um valor tão grande
4 2
quanto se queira, desde que tomemos x suficiente-
y = f(x) 2 1 0 –1 –2 mente grande.
ƒ Ao contrário da função exponencial f(x) = ax com
a > 1, que cresce rapidamente, a função logarítmica
loga x com a > 1 cresce muito lentamente. Por exemplo,
se log10 x = 1.000, então x = 101000. Assim, se quisermos
que log10 x seja maior do que 1.000, será preciso tomar
um número x que tenha pelo menos 1.001 algarismos;
ƒ A função logarítmica é injetiva, pois números po-
sitivos diferentes têm logaritmos diferentes. Ela é
também sobrejetiva, pois, dado qualquer número
real b, existe sempre um único número real positi-
vo x tal que loga x = b. Portanto, ela é bijetiva (há
uma correspondência biunívoca entre R*+ e R).

Observe a seguir o gráfico da função exponencial g(x) = 10x e


da função logarítmica f(x) = log(x). Veja a simetria em relação Exemplos:
à reta h(x) = x, pois f(x) e g(x) são funções inversas: 1. Encontre o domínio da função

f(x)=logx − 2(3x − 12)

Pelas condições de existência dos logaritmos, tem-se:


Logaritmando:
3x − 12 > 0
x > 4 (I)
Base:
x−2>0
x > 2 (II)
Como consequência da definição de função logarítmica e Fazendo a intersecção de (I) e (II):
da análise dos gráficos, é possível concluir que:
(I) ˆ (II): x > 4
ƒ O gráfico da função logarítmica passa pelo ponto (1,0),
isto é, f(1) = 0, ou, ainda, loga 1 = 0. O domínio de f(x) é : {xR | x>4}

ƒ O gráfico nunca toca o eixo y nem ocupa pontos dos 2. Dada f(x) = 2 log(500x) e g(x) = log(x ∙ 5
__ )
6
quadrantes II e III, pois seu domínio é R*.
+
calcule fog(120).
ƒ Quando a > 1, a função logarítmica é crescente (x1 > x2
œ loga x1 > loga x2). Calculando g(120):

ƒ Somente números positivos possuem logaritmo real, g(120) = log(120 ∙ __5) = log(100) = 2
6
pois a função x o ax assume somente valores positivos. Logo:
ƒ Se a > 1, os números maiores do que 1 têm fog(120) = f(g(120)) = f(2) = 2 log(500 ∙ 2) Ÿ
logaritmo positivo, e os números compreendidos entre
0 e 1 têm logaritmo negativo. fog(120) = 2 log(1000) = 2 ∙ 3 = 6

ƒ Se 0 < a < 1, os números maiores do que 1 têm loga-


ritmo negativo, e os números compreendidos entre 0 e
1 têm logaritmo positivo.

38
DIAGRAMA DE IDEIAS

FUNÇÃO
LOGARÍTMICA

GRÁFICO FUNÇÃO INVERSA DA


FUNÇÃO EXPONENCIAL
a>1
f(x) = logax
f(x) = y = logax
Y

ay = x

f:R R*+

X
NUNCA TOCA
O EIXO Y
0<a<1
f(x) = logax
Y

39
TRIGONOMETRIA E ARITMÉTICA: Incidência do tema
nas principais provas

Cada vez mais, o Enem apresenta questões O vestibular para o ingresso na USP exigirá
sobre trigonometria, elevando o grau de dos seus candidatos amplo conhecimento em
dificuldade em cada prova, e questões sobre trigonometria e questões com matemática
matemática financeira são tradicionais. financeira.

Geralmente, aborda questões trigonométricas, Em sua segunda fase, ocorrerá algu- Aplicar juros compostos e simples é
de maneira clara e até mesmo associadas à ma questão elevada com os conceitos fundamental, oscilando de questões simples
geometria plana, também podendo ocorrer trigonométricos abordados neste caderno, e até elevadas, não faltando questões de
juros simples e compostos. questões sobre matemática financeira têm trigonometria.
baixa incidência.

Com temas próximos à Unesp, a prova da Questões contextualizadas sobre trigono- Por possuir um vestibular tradicional, exigirá O processo seletivo exigirá conhecimento em
Einstein possui questões de mediano grau de metria com alto nível de dificuldade são habilidade em trigonometria, e questões trigonometria, com questões contextualizadas
dificuldade em trigonometria e matemática encontradas nesse processo seletivo. Saber contextualizadas serão cobradas. e tradicionais. Juros simples e compostos
financeira com baixa incidência. auxiliar essa área com geometria plana ou possuem incidência menor nessa prova.
espacial é fundamental.

UFMG

Por meio de situações do cotidiano, a prova Trigonometria não será cobrada em questões Pode ocorrer na prova conceitos trigonomé-
exigirá boa resolução em matemática financei- de geometria e dinâmica. Podemos encontrar tricos aliados à geometria plana. Deve-se
ra. É de extrema importância o conhecimento também questões de juros simples e ter conhecimento amplo em matemática
em trigonometria. compostos. financeira.

Pode oscilar dentro da trigonometria, trazendo Essa prova tem alta incidência em trigono- A Faculdade Souza Marques pode trazer ao
questões fáceis e elevadas. Realizar arco duplo metria. Questões contextualizadas de juros seu candidato questões contextualizadas e
é de extrema importância para essa prova. podem aparecer. com um grau de dificuldade alto em trigono-
metria. Juros simples e compostos possuem
baixa incidência.

41
AULAS JUROS SIMPLES E COMPOSTOS
17 E 18
COMPETÊNCIA: 5 HABILIDADES: 21 e 23

1. PORCENTAGEM esse indivíduo deverá devolver depois de certo período, além


dos R$ 200,00 um valor denominado juro. Se outra pessoa
Já foi visto que uma razão centesimal é definida como uma for contemplada com R$ 1.000,00 de empréstimo, os juros
razão em que o denominador é 100: pagos por essa pessoa naturalmente serão maiores que os
1 o ___
___ 10 o ___25 o ___
50 o ___ 75 juros pagos pela primeira. Os juros pagos devem ser, então,
100 100 100 100 100 proporcionais ao capital, justificando o uso das porcentagens.
Uma razão percentual pode ser representada também na A taxa de juros i (do inglês “interest”) é utilizada para cal-
forma decimal ou como taxa: cular a quantidade de juros J gerada sobre o capital C em
1 = 0,01 = 1%
___ certo período de tempo, podendo ser ao dia (a.d.), ao mês
100 (a.m.) ou ao ano (a.a.). Os juros em um período de tempo
10 = 0,1 = 10%
___ são calculados da seguinte maneira:
100
25 = 0,25 = 25%
___ J=C·i
100
50 = 0,5 = 50% No caso de um empréstimo, o valor total a ser pago é
___
100 chamado de montante (M) e é calculado pela soma do
75 = 0,75 = 75%
___ capital com os juros:
100
M=C+J
A porcentagem p de um valor é dada pelo produto entre a
Observe que:
taxa i e o principal P:
J=C·i
p=i·P
Por exemplo: M = C + J Ÿ M = C + C · i Ÿ M = C(1 + i)

20 = 10% · 200 (lemos “20 é 10 por cento de 200”) O fator (1 + i) é, então, o fator de atualização do capital
para se obter o montante.
Foi visto também que um aumento percentual pode ser
calculado facilmente por meio do fator de atualização Aplicação do conteúdo
f, em que:
1. Se um banco cobra 10% de juros ao mês sobre em-
f = (1 r i) préstimos, quanto deverá ser pago no final de um mês
no caso de um empréstimo de R$ 5.000,00?
Um valor A é atualizado para outro valor B da seguinte maneira:
Resolução:
B = f ·A
Devem ser calculados os juros a serem pagos ao final de
ƒ Para aumentar o valor A e obter B, tem-se: um mês:
B = (1 + i ) · A J = 10% · 5000,00 = 500,00
ƒ Para diminuir o valor A e obter B, tem-se: Assim, o montante a ser pago será de M = 5.000,00 + 500,00
B = (1 – i ) · A = 5.500,00 reais.

2. JUROS SIMPLES E JUROS COMPOSTOS


2. Ao pagar R$ 10.500,00 ao banco depois de um mês
por um empréstimo de R$ 10.000,00, qual a taxa de ju-
ros a.m. aplicada?
As porcentagens são muito utilizadas em cálculos financei-
ros. Considere que um banco conceda um empréstimo de Resolução:
R$ 200,00 para um indivíduo (valor denominado capital); O valor total pago pode ser calculado da seguinte maneira:

42
M = C(1 + i) i = 0,05 = 5%
10.500 = 10.000(1 + i) Assim, a taxa de juros aplicada foi de 5% ao mês.
1 + i = 1,05

VIVENCIANDO

No atual sistema econômico, a Matemática Financeira possui diversas aplicações. Algumas situações estão presentes
no dia a dia das pessoas, como compras no crediário ou com cartão de crédito, financiamentos de casa e carros,
realizações de empréstimos, investimentos em bolsas de valores, entre outras. Se você, por exemplo, ao receber seu
salário, separar um valor e poupá-lo, sem a utilização de uma poupança, o valor permanecerá o mesmo daqui a um
ano. Contudo, se a mesma quantia for colocada em uma Poupança, no final de um ano o valor terá aumentado. Da
mesma forma, caso você peça empréstimo ao banco, no final de um ano o valor a ser pago será maior. Por quê? Por
causa dos juros, que estão constantemente presentes no cotidiano.

2.1. Juros simples É necessário cuidado na resolução de problemas envolven-


do juros, pois a taxa deve ser compatível com o período de
Um capital aplicado a um regime de juros simples (também tempo considerado. Se a taxa de juros for, por exemplo, 2%
denominado regime de capitalização simples) possui ao mês, e se deseja calcular os juros em 1 ano, deve-se
seus juros calculados sempre em relação à quantia inicial. considerar o período de tempo como 12 meses.
Ou seja, os juros gerados em cada período são sempre iguais.
Se um capital C é aplicado em regime de juros simples à Aplicação do conteúdo
taxa de juros i, tem-se: 1. Um capital no valor de R$ 2.000,00 foi aplicado a
juros simples de 0,5% ao dia. Qual o montante gerado
Após 1 período de tempo: J1 = C · i em dois meses?
Após 2 períodos de tempo: J2 = C · i
Resolução:
...
Após t períodos de tempo: Jt = C · i Como se passaram 2 meses, tem-se que t = 60 dias. Logo,
Somando todos os juros acumulados, tem-se: os juros gerados foram de:

J = C · i + C · i + ... + C · i = C · i · t J = 0,5% ∙ 60 ∙ 2.000


t VEZES J = 600,00

Assim, a quantidade de juros acumulados em t períodos é: Assim, o montante total é de M = 2.000 + 600 = 2.600,00 reais.

J=C·i·t 2. Um capital de R$ 600,00, aplicado à taxa de ju-


ros simples de 20% ao ano, gerou um montante de
Logo, o montante após t períodos pode ser calculado so- R$ 1.080,00 depois de certo tempo. Qual foi esse tempo?
mando o capital com os juros:
Resolução:
M = C + C · i · t = C(1 + i · t)
1080 – 600 = 480 (juros obtidos após todo o período
Observe que o cálculo de juros nada mais é do que um de aplicação)
cálculo de variação percentual. O capital é multiplicado por
?% de 600 = 480
(1 + i) para se obter o montante, pois há um aumento per-
centual. Nos juros simples, em cada período é gerado C ∙ i . ___ 80 = 80% (porcentagem do rendimento)
480 = ___
600 100
Como se passaram t períodos de tempo, foi gerado no total
um juros no valor de C · i · t. Como 80 : 20 = 4, o tempo de aplicação foi de 4 anos.

43
2. O capital de R$ 2.000,00, aplicado a juros compostos,
2.2. Juros compostos rende, depois de 4 meses, juros de R$ 165,00. Qual foi a
Atualmente, o regime de capitalização mais utilizado é o taxa de juros mensal?
de juros compostos. Nele, os juros são aplicados sempre ao Resolução:
montante do período imediatamente anterior. Dessa forma,
os juros gerados em cada período são cada vez maiores. C: 2000
t: 4 meses
Se um capital C é aplicado a juros compostos à taxa de j: 165
juros i, tem-se: M: 2165 = 2000 + 165
Montante após 1 período: i: ?
M1 = C(1 + i) M = C(1 + i)t Ÿ 2165 = 2000(1 + i)4 Ÿ
Montante após 2 períodos: 2165 Ÿ (1 + i)4 = 1,0825 Ÿ
Ÿ (1 + i)4 = ____
M2 = M1 · (1 + i) = C(1 + i)(1 + i) = C(1 + i)2 2000
______
Montante após 3 períodos: Ÿ 1 + i = 4√1,0825 Ÿ 1 + i = 1,02005981 Ÿ
M3 = M2 · (1 + i) = C(1 + i)²(1 + i) = C(1 + i)³ Ÿ i = 0,020015981 o 2,0015981%
... Portanto, a taxa de juros foi de aproximadamente 2% ao mês.
Montante após t períodos: Mt = C(1 + i)t
Portanto, se um capital C é aplicado a juros compostos à taxa 3. Qual deve ser o tempo para que a quantia de R$ 30.000,00
gere o montante de R$ 32.781,81, quando aplicada a taxa de
de juros i por t períodos de tempo, o montante M final será de:
3% ao mês, no sistema de juros compostos?
M = C(1 + i)t Resolução:
A principal característica do regime em juros compostos é C: 30.000
seu crescimento exponencial. M: 32.781,81
Observe uma comparação do mesmo capital de R$ 100,00 aplica- i: 3% ao mês (0,03)
do a 10% ao mês sob regime de juros simples e juros compostos: t: ?

M = C (1 + i)t Ÿ (1 + i)t = __
C
Tempo (em Montante a Montante a juros 32.781,81
t ________
meses) juros simples compostos
Ÿ(1,03) = Ÿ (1,03)t = 1,092727 Ÿ
30.000
log 1,092727
0 100,00 100,00
Ÿ t = log1,03 1,092727 = ___________ = 3
log 1,03
1 110,00 110,00
O tempo deve ser de 3 meses.
2 120,00 121,00

3 130,00 133,10

4 140,00 146,41

Aplicação do conteúdo
1. Quanto receberá de juros, no fim de um semestre,
uma pessoa que investiu, a juros compostos, a quantia
de R$ 6.000,00 a taxa de 1% ao mês?
Resolução:
multimídia: livros
C: 6000 Uma História Sobre o Ensino de Juros
t: 1 semestre = 6 meses A partir de uma investigação sobre
o ensino de juros presente em livros
i: 1% (0,01) ao mês
didáticos de Matemática durante o século
M = 6000 ∙ (1,01)6 = 6369,120904 XIX, considera-se que a matemática
1 + 0,01 escolar do período dava ênfase ao
ensino desse conteúdo devido ao caráter
Considere M = 6369,12 e comercial, que permeava a sociedade,
j = 6369,12 – 6000,00 = 369,12 reforçando a interferência da política e da
economia sobre a educação.
Logo, a pessoa receberá R$ 369,12 de juros.

44
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

No decorrer da história da humanidade, o homem notou que o dinheiro perdia valor de acordo com o tempo; assim,
deveria ser realizada a correção monetária, aumentando o poder de compra do capital. A ideia de juros pode ser
atribuída aos primeiros indícios de civilizações existentes. Fatos históricos relatam que, na Babilônia, comerciantes
emprestavam sementes aos agricultores, que, ao colherem a plantação, pagavam as sementes emprestadas mais
uma determinada parte da colheita, isto é, pagavam com juros.

ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 21 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação
proposta a partir de conhecimentos algébricos adquiridos.

Modelo
(Enem) Um empréstimo foi feito à taxa mensal de i%, usando juros compostos, em oito parcelas fixas e iguais a P.
O devedor tem a possibilidade de quitar a dívida antecipadamente a qualquer momento, pagando para isso o valor
atual das parcelas ainda a pagar. Após pagar a 5.ª parcela, resolve quitar a dívida no ato de pagar a 6.ª parcela.
A expressão que corresponde ao valor total pago pela quitação do empréstimo é:

a) d)

[ ] [( ]
1
P 1 + _________ 1
+ __________ 1
P _________ 1
+ __________ 1
+ __________
( i
) ( ) i
) ( 2i
) (1 + 3i )
2
1+ ____ 1+ i
____ 1+ ____ 1+ ____ ____
100 100 100 100 100
b) e)

[ 1+
1
P 1 + _________
( i
____
100
1
+ __________
) (1 + 2i 2
____
100 ) ] [(1+
1
P _________
i
____
100
1+
1
+ __________
) ( i
____
100
2
1
+ __________
) ( 1+ i
____
100
3
)]
c)

[ 1+
1
P 1 + _________
( i
____
100
2
1
+ __________
) ( 1+ i 2
____
100 )]

45
Análise expositiva - Habilidade 21: O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar um problema
A do cotidiano e utilizar seus conhecimentos para modelar e resolver problemas a partir da aplicação de
expressões algébricas.
Calculando:
Parcela = P
Para quitar a dívida na sexta parcela, o valor a ser pago deve ser igual a:

(
1+
P
P + __________
100
i
____
) (
1+
P
+ __________
100
i
____ 2
1+[1
= P 1 + _________
) i
____
100
1
+ __________
( 1+ i 2
____
100 ) ( ) ]
Alternativa A

DIAGRAMA DE IDEIAS

JUROS

SIMPLES COMPOSTOS

CÁLCULO SOBRE A CÁLCULO SOBRE O


QUANTIA INICIAL MONTANTE DO PERÍODO

J=C∙i∙t
M = C (1 + i)t
M = C (1 + i ∙ t)

J: JUROS
C: CAPITAL INICIAL
i: TAXA DE JUROS
t: PERÍODO

46
AULAS CONCEITOS TRIGONOMÉTRICOS
19 E 20
COMPETÊNCIAS: 2e3 HABILIDADES: 6, 7, 8, 9 e 14

1. ARCOS E ÂNGULOS 2. UNIDADES PARA MEDIR ARCOS


Antes dos estudos dos conceitos trigonométricos, é impor- DE CIRCUNFERÊNCIA (OU ÂNGULOS)
tante recordar alguns conceitos já conhecidos da geome-
tria plana: As unidades mais utilizadas na medição de arcos de circun-
ferência (ou ângulos) são o grau e o radiano.
ƒ Arco geométrico: é uma das partes da circunferên-
cia delimitada por dois pontos (incluindo os pontos). ƒ Grau: quando uma circunferência é dividida em 360
Quando os dois pontos coincidem, tem-se um arco partes congruentes, cada uma dessas partes é um arco
nulo ou arco de uma volta. de um grau (1º).
p
Considere o arco AB , que vai de A para B no sentido an-
ti-horário:

ƒ Arco e ângulo central: todo arco de circunferência


possui um ângulo central que o subtende.
p p
ARCO AB DE 90º ARCO AB DE 180º
(UM QUARTO DE VOLTA) (MEIA VOLTA)

p p
ARCO: CD ARCO: AB p p
^ ^ ARCO AB DE 270º ARCO AB DE 360º
ÂNGULO CENTRAL: C O D ÂNGULO CENTRAL: A O B (TRÊS QUARTOS DE VOLTA) (UMA VOLTA OU NULO)

ƒ Comprimento da circunferência de raio r: C = 2pr. ƒ Radiano: um arco de radiano (1 rad) é um arco cujo
comprimento retificado é igual ao raio da circunferên-
ƒ Comprimento de medida de arco: a medida de cia. Isso deve ser interpretado da seguinte maneira: se
um arco é a medida do ângulo central que o subtende, houver um ângulo central de medida 1 radiano, então
independentemente do raio da circunferência que con- ele subtenderá um arco de medida 1 radiano (lembre
tém o arco. Geralmente, são utilizadas unidades como que a medida do arco é igual à medida do ângulo) e
o grau e o radiano para medir arcos. O comprimento do comprimento de 1 raio. Se houver um ângulo central de
arco é a medida linear do arco, sendo usadas unidades medida 2 radianos, então ele subtenderá um arco de
como “metro”, “centímetro”, etc. medida 2 radianos e comprimento de 2 raios.
ƒ Relação entre o comprimento ℓ e a medida a Se houver um ângulo central de medida x radianos, então
(em graus) do arco: ele subtenderá um arco de medida x radianos e compri-
a ·2pr, pois ___
2pr = __
ℓ mento de x raios. Assim, ø = xr, se a medida x do arco for
ℓ = ___
360 360 a dada em radianos.

47
Nota
Considerando que um arco de 180º mede p rad,
é possível realizar a conversão de unidades usando
uma regra de três simples. Entretanto, é recomendá-
vel fazer as conversões entre grau e radiano mental-
mente, sem recorrer à regra de três. Esse procedimen-
COMPRIMENTO DO ARCO AB = COMPRIMENTO DE OA (R) OU M( AB ) = 1 RAD
p p p
to é muito simples se for observado que:
p rad.
ƒ 90º é __1 de 180º, logo, é __1 de p rad o 90º = __
2 2 2
2.1. Relação entre as p rad.
ƒ 30º é __1 de 180º, logo, é __1 de p rad o 30º = __
6 6 6
unidades para medir arcos 1 1 p
ƒ 60º é __ de 180º, logo, é __de p rad o 60º = __ rad.
Como cada arco de comprimento ø = r tem medida de 1 3 3 3
rad, pode-se afirmar que o arco correspondente à circun- p rad.
ƒ 45º é __1 de 180º, logo, é __1 de p rad o 45º = __
ferência, cujo comprimento é 2 pr e tem medida 2 p rad. 4 4 4
Você pode (e deve) memorizar essas relações para
a)
agilizar as conversões.
Observe mais uma: 120º é o dobro de 60º; assim, 120º
p rad = ___
= 2 · __ 2p rad.
3 3

p
Aplicação do conteúdo
AB : arco de 360º ou arco de 2p rad.
1. Converta 30º em radianos.
b)
Resolução:

grau radiano
180 p
30 x
6
p Ÿ 6x = p Ÿ x = __
180 = __
Ÿ ___ p rad
x
( )
AB : arco de 90º ____
p

4
2p rad.
360º ou arco de ___
4
30
1
p rad.
6

Assim, 30º = __
c) 6
3p rad em graus.
2. Escreva ___
4
Resolução:

grau radiano
180 p
p
( )
2
2p rad.
360º ou arco de ___
AB : arco de 180º ____
2
x 3p
___
4
d)
180 = ___
Ÿ ___ p Ÿ ___
180 = __
4 Ÿ 4x = 540 Ÿ x = 135º
x 3p
___ x 3
4
3p rad = 135º.
Assim, ___
4
3. Transforme 18º30’ em radianos.

Resolução:
p

4( ) 3p rad.
AB : arco de 270º __3 de 360º ou arco de ___
2 Os graus dados devem ser transformados em minutos:

48
1º = 60’ a) 120º

18º 30’ = 18 . 60’ + 30 = 1080’ + 30’ = 1110’ Resolução:


p = ___
120º = 2 · 60º = 2 · __ 2p
180º = 180 . 60’ = 10800’ 3 3
b) 330º
minuto radiano Resolução:
10800 p
330º = 11 · 30º = 11 · π__ = 11π
____
6 6
1110 x
c) 225º
p Ÿ ___
10800 = __
Ÿ _____ pŸ
360 = __ Resolução:
1110 x 37 x p = ___
225º = 5 · 45º = 5 · __ 5p
4 4
37p
Ÿ 360x = 37p Ÿ x = ____
360 d) 15º

37p rad. Resolução:


Assim, 18º 30’ = ____ p = ___
p
360 15º = __1 · 30º = __1 · __
2 2 6 12
5p rad em graus.
4. Converta ___
16 e) 90º

Resolução: Resolução:
p
90º = __1 · 180º = __1 · p = __
2 2 2
grau radiano
p 7p
180 f) ___
6
x 5p
___ Resolução:
16 7p = 7 · 30º = 210º
___
6
Ÿ ___ p Ÿ ___
180 = ___ 180 = ___
16 Ÿ 16x = 900 Ÿ x = 56,25º
7p
x 5p
___ x 5 g) ___
16 4
Resolução:
7p = 7 · 45º = 315º
___
Como x = 56,25°, deve-se transformar a fração do grau
4
( 4 )
0,25 ou __1 em minutos:
4p
h) ___
0,25 · 60’ = 15’ ou __1 de 60’ = 15’ 3
4 Resolução:
5p rad = 56º 15’.
Assim, x = 56º 15’, ou seja, ___ 4p = 4 · 60º = 240º
6 ___
3
5. Transforme:
5p
i) ___
a) 1 rad em graus 9
Resolução:
Resolução: 5p = 5 · ____
___ 180º = 5 · 20º = 100º
___ p Ÿ px = 180 Ÿ
180 = __ 9 9
x 1
2p
180
___
x p = 180
____ |57,3º ou 57º18’ j) ___
3,14 3
Resolução:
Portanto, 1 rad | 57º 18’. 2p = 2 · 60º = 120º
___
3
b) 1 grau em radianos
7. Qual é a medida, em radianos, de um arco de 20 cm
Resolução: de comprimento contido numa circunferência de raio
8 cm?
p Ÿ 180x = p Ÿ
180 = __
___
1 x Resolução:
p 3,14
x = ___ = ____ |0,017 rad ø = 20 cm; r = 8 cm
180 180
a = __ør = ___
20 = 2,5 rad
Assim, 1º | 0,017 rad. 8
ou
6. Em cada item, transforme em radianos ou em graus 8 cm = _____
____ 20 cm Ÿ x = ___
20 = 2,5 rad
sem usar regra de três: 1 rad x rad 8

49
8. Qual é o comprimento de um arco correspondente a
um ângulo central de 60º contido numa circunferência 3. CIRCUNFERÊNCIA UNITÁRIA OU
de raio 1 cm?
CIRCUNFERÊNCIA TRIGONOMÉTRICA
Resolução:
A circunferência orientada cujo raio tem 1 unidade de compri-
p rad
180º = __
Deve-se converter 60º em rad: 60º = ____
3 3 mento e na qual o sentido positivo é o anti-horário é denomi-
p
__
Dados a = e r = 1, tem-se:
nada circunferência unitária (ou circunferência trigonométrica).
3
ø Ÿ ø = a · r = __
a = __ p · 1 = __
p cm
r 3 3
ou
1 cm = _____
____ x cm p
__
1 rad __p rad Ÿ x = 3 cm
3
p cm, isto é, aproximada-
Assim, o comprimento do arco é __
3
mente 1,05 cm.

9. O ponteiro dos minutos de um relógio mede 10 cm. Um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais será
Qual é a distância que sua extremidade percorre em associado à circunferência unitária de centro O, fixando o
30 minutos?
ponto A de coordenadas (1, 0) como origem dos arcos (ob-
serve a figura a seguir).

Resolução:

Em 30 minutos, o ponteiro percorre __1 da circunferência, ou


2
seja, 180º.
Assim, a = 180º = p rad.
Como o percurso é dado por ø = a · r, tem-se: 4. ARCOS CÔNGRUOS
ø = p · 10 | 3,14 · 10 | 31,4 cm (OU CONGRUENTES)
Assim, a distância percorrida é de aproximadamente 31, 4 cm. Quando o ponto da circunferência, final do arco iniciado
em (1, 0), for o mesmo para dois arcos diferentes (por
exemplo, 0 e 2p), esses arcos serão denominados
côngruos ou congruentes. É importante observar que
todos os arcos côngruos diferem entre si de um múltiplo de
2p, que é o comprimento de cada volta.

multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
Introdução aos radianos
3
AO NÚMERO __ ESTÁ ASSOCIADO O PONTO B.
3

50
p e __
ƒ 60º e 60º – 3 · 360º ou __ p – 3 · 2p são côngruos.
3 3
No último exemplo, o sinal negativo significa que as três
B voltas completas foram dadas no sentido horário. Afirma-se,
nesse caso, que 60º – 3 · 360º = – 1020º ou – ____17p são
3
arcos negativos.
A
Assim:
ƒ Se um arco mede a°, os arcos côngruos a ele podem
ser dados pela expressão a° + k · 360º, com k [ Z;
ƒ Se um arco mede x radianos, os arcos côngruos a
3
AO NÚMERO ____ + 23 TAMBÉM ESTÁ ASSOCIADO O PONTO B. ele podem ser dados pela expressão x + k · 2p ou
3
x + 2kp, com k [ Z;
ƒ Como a cada ponto da circunferência podem estar asso-
ciados infinitos arcos côngruos, afirma-se que o arco da
B 1.ª volta positiva (entre 0 e 2p ou 0º e 360º), associado
a um ponto da circunferência, é a 1.ª determinação de
qualquer arco côngruo associado ao mesmo ponto.
A
5. DETERMINAÇÃO
DE QUADRANTES
Os eixos x e y dividem a circunferência unitária em quatro
3
____ partes congruentes denominadas quadrantes, numeradas
AO NÚMERO + 2 · 23 ESTÁ ASSOCIADO O MESMO PONTO B.
3
de 1 a 4 e contadas a partir de A no sentido positivo.
p ou 60º de A
Na primeira figura, o ponto se deslocou __
3
até B.

Na segunda figura, o ponto se deslocou uma volta inteira


p ou 60º, isto é, deslocou-se ___
(2p ou 360º) e mais __ 7p ou
3 3
420º.
Na terceira figura, o ponto se deslocou duas voltas inteiras
p ou 60º, isto é, ____
(2 · 2p ou 2 · 360º) e mais __ 13p.
3 3
Considerando que o ponto se deslocasse k voltas, o nú-
p
mero associado à extremidade B do arco AB seria escrito
assim:
p + k · 2p
__ ou 60º + k · 360º, com k [ Z
3
Então, é possível definir:

Dois arcos são côngruos ou congruentes quando suas


medidas diferem de um múltiplo de 2p rad ou 360º.

Exemplos
p e __
ƒ 30º e 30º + 360º ou __ p + 2p são côngruos;
6 6
Para determinar em que quadrante se encontra determi-
p e __
ƒ 45º e 45º + 2 · 360º ou __ p + 2 · 2p são côngruos;
4 4 nado arco, é preciso saber em que quadrantes está a sua

51
1.ª determinação. Para isso, basta reduzir cada arco à 1.ª Ÿ –200º = 160º – 360º
determinação e, em seguida, verificar o valor do arco de
acordo com os pontos iniciais e finais de cada quadrante: Observe que 90º < 160º < 180º (2.º quadrante).

ƒ 1.º quadrante: 1.ª determinação entre 0º e 90º ou 0 Como –1640º é côngruo de 160º, ele está no
p rad.
e __ 2.º quadrante.
2
p
ƒ 2.º quadrante: 1.ª determinação entre 90º e 180º ou __ A expressão geral dos arcos côngruos é:
2
e p rad. 160º + k · 360º, com k [ Z.
ƒ 3.º quadrante: 1.ª determinação entre 180º e 270º ou
37S
3p rad.
p e ___ b) ____ rad
2 3
ƒ 4.º quadrante: 1.º determinação entre 270º e 360º Resolução:
3p e 2 p rad.
ou ___
2
Retirando-se um número inteiro de voltas completas, en-
Aplicação do conteúdo contra-se a 1.ª determinação positiva. Então:

1. Determine o menor arco não negativo côngruo ao arco


p + 36p = __
37p = _______
____ p + ____ p + 12p =
36p = __
3 3 3 3 3
de 1320º, ou seja, a 1.ª determinação do arco de 1320º.
Descubra também a que quadrante pertence o arco. p+6·2·p
= __
3
Resolução: p; assim, a
O número de voltas é 6 e a 1.ª determinação é __
3
Deve-se obter o menor valor não negativo de D, tal que p + 2 kp, com k [ Z;
expressão geral dos arcos côngruos é __
3
a + k · 360º = 1320º, com k [ Z. p < __
além disso, 0 < __ p, portanto, __
p rad pertence ao 1.º
3 2 3
Assim: quadrante.

1320 360 3. Represente na circunferência unitária as extremi-


p + kp,
dades dos arcos, em rad, pela expressão x = __
240 3 3
com k [ Z.

a k Resolução:
Ÿ 1320º = 240º + 3 · 360º
Tem-se:
Logo, o arco pedido mede 240º. p
ƒ para k = 0 Ÿ x = __
3
Observe ainda que k = 3 representa o número de voltas p
ƒ para k = 1 Ÿ x = + p = ___
__ 4p
3 3
completas dadas. Além disso, como 180º < 240º < 270º, p p
ƒ para k = 2 Ÿ x = + 2p côngruos de __
__
( )
então 1320º pertence ao 3.º quadrante. 3 3
Para os demais valores de k, obtém-se:
2. Determine o quadrante de cada arco, além de repre-
sentar a expressão geral dos arcos côngruos. p (com extremidades em P );
ƒ arcos côngruos de __
3 1
p
__
ƒ arcos côngruos de + p (com extremidades em P2).
3
Nota
É importante observar que, para localizar o quadrante
e encontrar a expressão geral dos arcos côngruos, é
necessário achar a 1.ª determinação positiva.

a) –1640º

Resolução:

1640 360 Ÿ – 1640º = –200º – 4 · 360º 4. Encontre a expressão que representa todos os arcos
200 4 voltas côngruos aos indicados na figura:

52
Resolução:

Observe que os três ângulos dividem o círculo em partes


iguais a 120º; assimm, é possível representar todos os ar-
cos a partir de um deles, de preferência o menor, aumen-
tando 120º; portanto, a expressão é 60° + k · 120º, com
k [ Z.

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

Estudar trigonometria possibilita estudar a periodicidade de certos fenômenos. Por exemplo, em Geografia, fenô-
menos climáticos como a variação da temperatura de acordo com o dia do ano podem ser fenômenos periódicos.
Em Física, é possível estudar a frequência com que as ondas do mar se movimentam em relação a um certo ponto
(uma boia), uma vez que as ondas do mar, vistas de perfil, assumem uma forma ondulatória. Movimento circular e
acústica são outros dois fenômenos que se comportam com uma certa periodicidade. Ou seja, todos os fenômenos
mencionados podem ser modelados por uma função trigonométrica.

6. A IDEIA DE SENO, COSSENO E


TANGENTE DE UM NÚMERO REAL
Os valores sen a, cos a e tg a foram definidos ape-
nas para ângulos, no primeiro quadrante, isto é, para
p, com a indicando a medida do ângulo em radianos.
0 < a < __
2
Para esses valores de a foram demonstradas duas impor-
tantes relações:
sen a
sen2 a + cos2 a = 1 e tg a = _____
cos a
Os valores de sen a, cos a e tg a foram estendi-
dos para a = 0 (ângulo nulo), a = __ p (ângulo reto) e
2
p < a < O (ângulos obtusos) para possibilitar
__ Note que essa definição coincide com aquela dada para
a resolução ângulos agudos, pois, como todos os pontos da circunfe-
2
de quaiquer triângulos, mas sem justificativa desses valores. rência trigonométrica estão à distância 1 da origem, pela
Agora, a noção de sen a, cos a e tg a será estendida para relação de Pitágoras, tem-se:
todos os valores reais de a.
sen2 a + cos2 a = 1
Considere P(x,y) um ponto da circunferência trigonométri-
ca, ponto final do arco de medida a rad, definido a partir Essa relação entre o cosseno e o seno de um arco é de-
do número real a. Nessas condições, definem-se: nominada“relação fundamental”. Por ela se conclui que
sempre que houver o seno de um arco, por exemplo, será
sen a = ordenada de P
possível encontrar o valor do cosseno do mesmo arco.
cos a = abscissa de P
Assim, essa definição, estendida agora para qualquer nú-
sen a , cos a ≠ 0
tg a = _____
cos a mero real, mantém as relações fundamentais.

53
Observe também que tg a não é definida para alguns valores
de a, como para a = __p e ___
3p, em que cos a = 0.
2 2
Dessa maneira, ao associar um número real a a um arco
da circunferência, o número real está sendo associado ao
ponto P, cuja abscissa é o cosseno de a e cuja ordenada
é o seno de a.
Apesar da definição de seno e cosseno na circunferência
trigonométrica necessitar do arco em radianos – por cau-
sa da associação com os números reais (como exposto no
início do capítulo) –, não há problema em se referir aos
valores dos ângulos em graus. Assim, é possível pensar em
seno e cosseno de arcos (ou ângulos) maiores do que 90º,
algo impensável quando se trabalhava com triângulos re-
tângulos. Também é possível pensar em senos e cossenos
de ângulos negativos.
Geometricamente, o cosseno de x é a abscissa de P, e o
seno de x é a ordenada de P.
Observe, agora, o significado geométrico de tangente de
um ângulo x.
Para isso, considere na circunferência trigonométrica a reta
t, tangente à circunferência no ponto A, com a mesma
orientação do eixo y.
Observe as figuras com P em cada um dos quadrantes:

Em todos os casos, DORP e DOAT são semelhantes.


Dessa semelhança, tem-se:
— — —
PR ___
___ AT sen x = __
_____ AT
—— = —— ou cos x 1
OR OA

sen x= tg x então tem-se tg x = AT,ou seja, geome-
____
Comocos x — 
tricamente, tg x é AT, medida algébrica de AT.
‹___›
Se T é o encontro das retas OP e t, no caso de essas retas

serem paralelas, não existe AT,e, por isso, não existe tg x.
p e tg ___ p=0
T Por exemplo, tg __
2 2 (
3p não existem veja que cos __
2
3p = 0 .
e cos ___
2 )
Como a reta‹___›
t é orientada “para cima”, o ponto T (en-
contro de OP com t) será positivo quando P for do 1.°
ou do 3.° quadrante, e negativo quando P for do 2.º ou
P do 4.º quadrante. Assim, sabe-se o sinal da tangente em
qualquer quadrante.

7. VALORES NOTÁVEIS
7.1. Valores notáveis do seno
p
Considerando x como a medida de um arco AP , os va-
lores de sen x são chamados valores notáveis, quando
p , x = __
x = __ p, x = __
p, x = 0, x = __
p ,x = p, x = ___
3 p, ou x = 2 p.
6 4 3 2 2

54
p (30º)
x = __ p = __1
sen __
6 6 2
p (90º)
x = __ p=1
sen __
2 2

__
p (60º)
x = __ p = ___
sen __
√3
3 3 2

3p (270º)
x = ___ 3p = –1
sen ___
2 2

__
p (45º)
x = __ sen __

p ___
= 2
4 4 2
x = S (180º) sen S= 0

x = 0 (0º) sen 0 = 0 x = 2 p (360º) sen 2p = 0

55
Observe a tabela com os valores notáveis do seno:

sen x x

0 0
3
1__ p (30º)
__ 2
2 6

dXX
2
___ p (45º)
__
2 4

d___
XX
3 p (60º)
__
2 3 p = ___
cos __
dXX
3 dXX
3
ou cos 30º = ___
6 2 2
1 p (90º)
__
2

0 p (180º)

–1 p (270º)
3___
2

0 2p (360º)

cos BB
S = ___
dXX
2 dXX
2
ou cos 45º = ___
4 2 2

multimídia: sites
pt.khanacademy.org/math/trigonometry/
unit-circle-trig-func

cos 0 = 1 ou cos 0º = 1
7.2. Valores notáveis do cosseno

1
2

p = __1
cos __ ou cos 60º = __1 p=0
cos __ ou cos 90º = 0
3 2 2 2

56
Observe a tabela com os valores notáveis do cosseno

cos
x
x

1 0

d___
XX
3 p (30º)
__
2 6

d XX
2
___ p (45º)
__
2 4

1__ p (60º)
__
2 3

0 p (90º)
__
2

cos p = –1 ou cos 180º = –1


–1 p (180º)

0 3p
___ (270º)
2

1 2p (360º)

7.3. Valores notáveis da tangente

3p = 0
cos ___ ou cos 270º = 0
2

p (30º)
x = __ p = ___
tg __
dXX
3
6 6 3

p (45º)
x = __ p=1
tg __
cos 2p = 1 ou cos 360º = 1 4 4

57
p (60º)
x = __ p = dXX
tg __ 3
3 3

3p
x = ___ 3p
Não é definida a tg ___
2 2

x=0 tg 0 = 0

x=2p tg 2p = 0
Observe a tabela com os valores notáveis da tangente:

tg x x
p
x = __ p.
Não é definida a tg __
2 2 0 0

d___
XX
3 p (30º)
__
3 6

1 p (45º)
__
4
dXX
3 p (60º)
__
3

' p (90º)
__
2

0 p (180º)

' 3p
___ (270º)
2

0 2p (360º)
x=S tg S = 0.

58
8. REDUÇÃO AO 1.º QUADRANTE
DA 1.ª VOLTA POSITIVA
Seno e cosseno, como coordenadas de um ponto, possuem
sinais que dependem do quadrante em que se encontram.
Observe o diagrama a seguir:

Lembre-se: cos a = – cos (p – a)


cos a: abscissa de P
sen a: ordenada de P
sen a
_____
tg a = cos a

ƒ Se o arco é do 1.º quadrante, o cosseno é positivo, o


seno é positivo e a tangente é positiva.
ƒ Se o arco é do 2.º quadrante, o cosseno é negativo, o
tg a = – tg (p – a)
seno é positivo e a tangente é negativa.
ƒ Se o arco é do 3.º quadrante, o cosseno é negativo, o
seno é negativo e a tangente é positiva.
8.2. Segundo caso: a está
ƒ Se o arco é do 4.º quadrante, o cosseno é positivo, o
no 3.º quadrante
3p
seno é negativo e a tangente é negativa. (S < a < ___
2)
Observe, agora, como é possível determinar o valor do O ponto P’ é o simétrico de P em relação ao ponto O.
seno e do cosseno, em qualquer quadrante, quando co-
nhecidos seus valores no 1.º quadrante. Esse processo é
denominado redução ao 1.º quadrante. Examine cada fi-
gura considerando, inicialmente, apenas os valores de a
da 1.ª volta positiva.

8.1. Primeiro caso: a está


no 2.º quadrante
( __p2 < a < p ) sen a = – sen (a – p)
O ponto P’ é o simétrico de P em relação ao eixo y.

sen a = sen (p – a) cos a = – cos (a – p)

59
Para facilitar a compreensão inicial do processo, considere
os arcos medidos em graus. Lembre-se de que é perfeita-
mente adequado o uso de graus para se referir à medida
de ângulos e arcos no círculo trigonométrico.
O melhor procedimento é evitar as fórmulas e, em cada caso
particular, fazer a construção que foi vista anteriormente.

Aplicação do conteúdo
1. Determine:
tg a = tg (a – p)
a) sen 120º, cos 120º e tg 120º

8.3. Terceiro caso: a está


no 4.º quadrante
( ___
3p< D < 2p
2 )
O ponto P’ é o simétrico de P em relação ao eixo x.

Resolução:
180º – 120º = 60º
__
√3
sen 120º = sen 60º = ___
2
sen a = – sen (2p – a) 1
cos 120º = – cos 60º = – __
2

__
cos a = cos (2 p – a) tg 120º = – tg 60º = – √ 3

b) sen 240º, cos 240º e tg 240º

tg a = – tg (2p – a)

60
Resolução:
240º – 180º = 60º __
√3
sen 240º = – sen 60º = – ___
2
1
cos 240º = – cos 60º = – __
__ 2
tg 240º = tg 60º = √ 3

5p 5p 5p
b) sen ___, cos ___ e tg ___
6 6 6
Resolução:
c) sen 315º, cos 315º e tg 315º 5p = _______
p – ___ 6p – 5p = __p
6 6 6
sen ___ p = __
5p = sen __ 1
6 6 2 __
p = – ___
5p = – cos __
cos ___
√3
6 6 2
__
p = – ___
5p = – tg __
tg ___
√3
6 6 3

Resolução:
360º – 315º = 45º __
√2
sen 315º = – sen 45º = –_____
2
√2
cos 315º = cos 45º = ___
2
tg 315º = – tg 45º = –1

3. Determine x, tal que:


1
a) 0 ≤ x < 2S e sen x = – __
2
Resolução:
Sabe-se que sen __p = __
1 . Então, fazendo as simetrias
6 2
necessárias, descobrem-se os possíveis valores de x,
7p e ____
que são ___ 11p.
6 6
2. Agora, com os ângulos medidos em radianos, determine:
4p 4p 4p
a) sen ___, cos ___ e tg ___
3 3 3
Resolução:
4p – p = _______
___ 4p – 3p = __p
3 3 3__
sen 4p
___ p
__
= – sen = –
√3
___
3 3 2
cos 4p
___ p
__
= – cos = – 1
__
3 3 2
__
tg 4p
__ p
__
= tg = √ 3
3 3

61
7p
b) 0 ≤ x < 2S e sen x = sen ___ 3p
5. Determine o valor de sen x e tg x, sabendo que p < x < ___
9 1 2
e cos x = – __ .
3
Resolução:
7p (140º). Outro
Resolução:
Um dos valores de x é o próprio ___
9
2p (40º), descoberto ao fazer
valor é ___ uma simetria Aplicando a relação fundamental:
9 7p ou x = ___
2p .
em relação ao eixo 0y. Assim, x = ___
( )
ƒ sen2 x + cos2 x = 1 Ÿ sen2 x + – __1 = 1
2
9 9 3
1
__
Ÿ sen x = 1 – Ÿ sen x = Ÿ
2 2 8
__
9 9
___
Ÿ sen x = r √8/9 Ÿ sen x = ± ____ 2dXX
2
3
2dXX
Como p < x < 3 p/2, então sen x = – ____ 2.
3
2dXX
– ____2
sen
____ x
ƒ tg x = cos x Ÿ tg x =_____3 Ÿ tg x = 2dXX
2
– __1
3

4. Simplifique:
a) cos (90º + x) 9. TRABALHANDO COM
Resolução: ARCOS CÔNGRUOS
Foi visto que, para ângulos complementares, Conhecidos os valores de sen x e de cos x da 1.ª volta
como 90º – x e x, tem-se sen (90º – x) = cos x e positiva e usando arcos côngruos, é possível calcular sen x
cos (90º – x) = sen x.
p; e cos x para qualquer x.
Considere, sem perda de generalidade, que 0 < x < __
2
portanto, 90º + x pertence ao 2.º quadrante:
180º – (90º + x) = 90º – x Aplicação do conteúdo
cos (90º + x) = – cos (90º – x) = – sen x 1. Calcule, em cada item, o valor do seno.
a) sen 390º
Resolução:
390º = 360º + 30º

1 VOLTA

b) sen (270º – x)
Resolução:

270º – x pertence ao 3.º quadrante


(270º – x) – 180º = 90° – x
sen (270º – x) = – sen (90º – x) = – cos x

sen 390º é igual a sen 30º.


Assim, sen 390º = __1.
2
13p
b) sen ____
4

62
Resolução: Resolução:

____ 8p + ___
13p = ___ 5p 870º = 720º + 150º
4 4 4
2 VOLTAS
1 VOLTA

225º

1
sen 870º = __
2
13p é igual a sen ___ dXX dXX
2, pois sen p/4 = ___
5p, que é – ___ 2. 17p
e) sen ____
sen ____ 3
4 4 2 2
dXX
2.
13p = – ___ Resolução:
Então, sen ____
4 2
____ 12p + ___
17p = ____ 5p
21p 3 3 3
c) sen ____
2
Resolução: 4 p (2 VOLTAS)

21p = ____
____ p
20p + __
2 2 2

10 p (5 VOLTAS)

__
√3
17p = – ___
sen ____
3 2

f) sen (–120º)
21p = 1
sen ____
2 Resolução:

d) sen 870° –120º o côngruo a 240º

63
5p
(
b) cos – ___
4 )
Resolução:
5p (–225°) é côngruo a ___
– ___ 3p
4 4

__
√3
sen (–120º) = – ___
2

2. Determine todos os valores reais de x, para os quais


dXX
3
sen x = ___ .
2
Resolução:

p = ___
dXX dXX
p = ___
Sabemos que sen __
dXX
3
dXX
2
3 e pela figura vemos também Se cos __
4 2 ( 4)
2, então cos – ___
2
2.
5p = – ___
3.
2p = ___
sen ___
3 2
Então, os valores reais de x podem ser __ p, ___
2p e to-
3 3
p + 2 kp ou
dos os arcos côngruos a eles, ou seja, x = __
3
2p + 2kp, com k [ Z.
x = ___
3

3. Calcule:
a) cos 750º
Resolução:
750º = 720º + 30º

2 VOLTAS

dXX
3.
Então, cos 750º é igual a cos 30º, isto é, cos 750º = ___
2

64
VIVENCIANDO

Depois de aprender todos os tópicos que compreendem a trigonometria, você, como um futuro aluno de Medicina,
poderá modelar os batimentos cardíacos de uma pessoa por meio de função trigonométrica. Observe um exemplo a
partir de uma questão dada em um vestibular:
1. (UFSM) Cerca de 24,3% da população brasileira é hipertensa, quadro que pode ser agravado pelo consumo
excessivo de sal. A variação da pressão sanguínea P (em mmHg) de um certo indivíduo é expressa em função
do tempo por

( )
8π t
P(t) = 100 − 20cos ___
3
onde t é dado em segundos. Cada período dessa função representa um batimento cardíaco.
Analise as afirmativas:
I. A frequência cardíaca desse indivíduo é de 80 batimentos por minuto.
II. A pressão em t = 2 segundos é de 110 mmHg.
III. A amplitude da função P(t) é de 30 mmHg.

Está(ão) correta(s):
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

Resolução:

I. Verdadeira. A frequência cardíaca em segundos:


1 = __
___
(
1 = __4. em minutos basta P(2) = 100 – 20 cos ___
2π __3 3
___ 3 )
8π · 2 multiplicar por 60, o que resulta em 80 batimentos por minuto.

8π 4
___
3
II. Verdadeira. Pois

( 8π · 2
P(2) = 100 – 20 cos ___
3 )
P(2) = 100 – 20 · – __1
2 ( )
III. Falsa. A amplitude da função é de 20mmHg.

Alternativa B

65
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a Habilidade 14 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação pro-
posta com conhecimentos de geometria.

Modelo
(Enem)

O polígono que dá forma a essa calçada é invariante por rotações, em torno de seu centro, de:
a) 45°.
b) 60°.
c) 90°.
d) 120°.
e) 180°.

Análise expositiva - Habilidade 14: O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema e
D utilizar seus conhecimentos sobre os conceitos iniciais de trigonometria para a sua resolução.
360º : 3 = 120º

120º

Alternativa D

66
DIAGRAMA DE IDEIAS

CONCEITOS TRIGONOMÉTRICOS

ARCOS CIRCUNFERÊNCIA
RADIANOS
CÔNGRUOS TRIGONOMÉTRICA

RADIANOS VARIAÇÃO DE SINAL

SENO COSSENO

ÂNGULOS NOTÁVEIS TANGENTE


30º 45º 60º
1 2 3
SEN
2 2 2
3 2 1
COS
2 2 2

TG 3 1 3
3

NA CIRCUNFERÊNCIA
0º 90º 180º 270º 360º
SEN 0 1 0 -1 0

COS 1 0 -1 0 1

TG 0 E 0 E 0

67
AULAS RELAÇÕES FUNDAMENTAIS
21 E 22 DA TRIGONOMETRIA
COMPETÊNCIAS: 2, 4 e 5 HABILIDADES: 6, 7, 8, 9, 14, 15 e 24

1. RELAÇÕES FUNDAMENTAIS Aplicação do conteúdo


As relações entre os valores das funções trigonométricas 1. Dado sen x = – 1 3p, determine tg x e
__ , com p < x < ___
4 2
de um mesmo arco são denominadas relações trigonomé- sec x.
tricas. Observe algumas já conhecidas: Resolução:
sen x + cos x = 1 para todo x [ R
2 2
Aplicando as relações fundamentais:
tg x = ____ p + kp
sen x para todo x ≠ __ 2
cos x 2 ( )
sen2 x + cos2 x = 1 Ÿ – __ 1 + cos2 x = 1
4 ___
cos
____ x
cotg x = sen x para todos x ≠ kp 15
___ √ 15
____
Ÿ cos x =
2
Ÿ cos x = ±
16 4
p ___
1
sec x = ____ __
cos x para todo x ≠ 2 + kp √ 15, então:
Como x é do 3.° quadrante, cos x = – ____
4
cossec x = ____1 1
– __ ___
sen x para todo x ≠ kp sen
____x ____4 √ 15
____
tg x = cos x Ÿ tg x = ___ Ÿ tg x =
√ 15 15
2. RELAÇÕES DECORRENTES 1
____
– ____
1
______
4 ___
√ 15
____
sec x = cos x Ÿ sec x = ___ Ÿ sec x = – 4
DAS FUNDAMENTAIS √ 15
– ____
15
4
A partir das relações fundamentais, pode-se chegar a ou-
2. Dado cossec x = 7 p < x < p, determine cos x.
__ , com __
tras relações também importantes: 4 2
sen2 x+ _____
ƒ sen2 x + cos2 x = 1 Ÿ _____ cos2 x = _____
1 Ÿ Resolução:
cos x cos2 x cos2 x
2

Ÿ tg2 x + 1 = sec2 x, para cos x ≠ 0 Tem-se:


1
cossec x = ____ 7 ____
__ 1
Assim: sen x Ÿ 4 = sen x Ÿ 7 · sen x = 4
p + kp, k [ Z
tg2 x + 1 = sec2 x para x ≠ __ Ÿ sen x = __4
2 7
4 2 + cos2 x = 1 Ÿ
()
2
sen x
ƒ sen x + cos x = 1 Ÿ 2 + _____
2 2 _____ cos2 x = _____
1 Ÿ sen2 x + cos2 x = 1 Ÿ __
sen x sen2 x sen2 x 7 ___
Ÿ1 + cotg2 x = cossec2 x, para sen x ≠ 0 Ÿcos x =
2 33
___ Ÿ cos x = ±
√ 33
____
Assim:
49 ___ 7
√ 33
Como x é do 2.° quadrante, cos x = – ____.
cotg2 x + 1 = cossec2 x para x ≠ kp, k [ Z 7
3. Determine o valor de m para que se tenha, simultan-
______
sen x e cotg x = ____
____
ƒ Sabe-se que tg x = cos cos x eamente, sen x = √( m – 2 ) e cos x = m – 1.
x sen x . Multiplican-
do essas expressões membro a membro, tem-se: Resolução:
tg x · cotg x = _____ cos x
sen x · ____ 1
___
cos x sen x = Ÿ cotg x = tg x , quan- Usando a relação sen2 x + cos2 x = 1 e fazendo as substi-
do sen x ≠ 0 e cos x ≠ 0 tuições, tem-se:
_____
Assim: (√m – 2 )2 + (m – 1)2 = 1 Ÿ

p + kp e x ≠ p + kp,
1 para x ≠ __ Ÿm – 2 + m2 – 2m + 1 = 1 Ÿ m2 – m – 2 = 0
cotg x = ___
tg x 2
(equação do 2.° grau em m)
kp , k [ Z
ou seja, x ≠ ___
2 D=9 m’ = 2 e m” = –1

68
O valor m = –1 não satisfaz, pois Mas:
_____ ______ ___
√m – 2 = √– 1 – 2 = √–3  R ou porque 5 2–1Ÿ
cotg2 2x + 1 = cossec2 2x Ÿ cotg2 2x = __
3 ()
cos x = –1 – 1 = –2 não satisfaz a existência do cosseno. 25 – 1 Ÿ cotg2 2x = ___
16
_____ Ÿ cotg2 2x = ___
Já o valor m = 2 serve para sen x = √2 – 2 = 0 e cos x = 2 – 1 = 1. 9 9

Portanto, m = 2.

p.
cotg x + cossec x
4. Simplifique a expressão y = _____________
sen x , supon- 3. IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS
do 0 < x < __
2 Toda igualdade envolvendo funções trigonométricas, que
Resolução: se verifica para todos os valores do domínio das funções, é
Escrevendo todos os termos da expressão em função de uma identidade trigonométrica. Por exemplo, considerando
sen x e cos x, tem-se: o domínio das funções, a igualdade sen x . sec x = tg x é
cos x + ____
____ 1 uma identidade trigonométrica, uma vez que, independen-
cotg x + cossec x __________
_____________ sen x sen xŸ p + kp,
y= sen x = sen x temente do valor de x, ela se verifica. Para x ≠ __
2
cos x + 1
_______ tem-se:
y = sen
_______ x _______ cos x + 1 ____
cos x + 1 _______
sen x = (sen x)2 = sen x · sen x Ÿ
1
1 sen x
sen x · sec x = sen x · ____ ____
cos x = cos x = tg x
cos x + 1
y = _______
sen2 x Já a igualdade sen x + cos x = 1, para x [ R, não é uma
identidade, pois ela não é verdadeira para todo x [ R. Afir-
Como sen2 x + cos2 x = 1 œ sen2 x = 1 – cos2 x, fazemos
ma-se que sen x + cos x = 1 é uma equação trigonométrica.
a substituição:
Há vários caminhos para demonstrar que uma igualdade é
y = ________ cos x + 1
cos x + 1 = ________________ Ÿ
1 – cos2 x (1 + cos x)(1 – cos x) uma identidade. Observe a seguir alguns novos exemplos
de aplicação.
1
y = _______
1 – cos x
1 .
Portanto, y = _______ Aplicação do conteúdo
1 – cos x
__
√2 1. Demonstre que (1 – cos2 x) (cotg2 x + 1) = 1, para x ≠ kp,
5. Dado sen x = ___ , calcule o valor da expressão é uma identidade.
2 2
sec x – 1.
A =________
tg2 x + 1 Resolução:
Resolução:
Simplificando o primeiro membro da igualdade, expressan-
Escrevendo a expressão dada em função de sen x e cos x: do-o em função de sen x de cos x:

A= 2 sec 2
________x – 1 ( ____
)
1 2
_________
= sen x 2 =
____ + 1 _____
1 –1
_____
cos x – 1 ________
cos 2
x Ÿ ( )
cos2 x + 1 =
(1 – cos2 x ) _____
sen2 x
tg x + 1
( )
( )
2
cos x sen x +1 cos2 x + sen2 x = sen2 x · ____
1 =1
cos2 x (1 – cos2 x) ___________
1 – cos2 x
________ sen2 x sen2X
cos2 x
A = ___________ 1 – cos2 x · ___________
= ________ cos2 x Ÿ
sen2 x + cos2 x
___________ cos x sen x + cos2 x
2 2

cos2 x tg x
sen2 x = sen2 x
A = _____ 2. Demonstre que _______ = sen
____x é uma identidade
sec x
1 p
__
para x ≠ + kp. 1 + tg 2
x
__
√2 2
Como sen x = ___ , então o valor da expressão é
__ 2 Resolução:
( )
2
√2
A = ___ = __2 = __1.
2 4 2 Simplificando isoladamente cada membro:
6. Se sen x · cos x = 0,3, então qual o valor de cotg 2x? 2 sen x ____
____ sen x
tg x _____
_______ cos x cos
_____x = ____
sen x
ƒ f(x) = = = cos x · cos x Ÿ
2

Resolução: 1+ tg2 x sec2 x _____ 1


cos2 x
Sabendo que sen 2x = 2 · sen x · cos x, então: f(x) = sen x · cos x
sen x · cos x = 3/10
(· 2) 3Ÿ
2 · sen x · cos x = __
5 ____
ƒ g(x) = sec sen x= sen x · cos x
sen x = ____
3 Ÿ cossec 2x = __
Ÿ sen 2x = __ 5 x ____
1
5 3 cos x

69
3. Demonstre a identidade sec2 x – sen2 x = tg2 x + cos2 x. 4. Demonstre que sen4 x – cos4 x = – cos 2x.
Resolução: Resolução:
2 2 2 2
Considerando sec x – sen x como f(x) e tg x + cos x sen4 x – cos4 x = (sen2 x – cos2 x) (sen2 x + cos2 x) Ÿ
como g(x), pode-se fazer:
sen4 x – cos4 x = (sen2 x – cos2 x) · 1 Ÿ
f(x) – g(x) = sec2 x – sen2 x – tg2 x – cos2 x = sen4 x – cos4 x = –1 (cos2 x – sen2 x) = –1 · cos 2x = – cos 2x
= (sec2 x – tg2 x) – (sen2 x + cos2 x) = 1 – 1 = 0
se f(x) – g(x) = 0, então f(x) = g(x) ou
sec2 x – sen2 x = tg2 x + cos2 x.

ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a Habilidade 14 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação
proposta com conhecimentos de geometria.

Modelo
(Enem) Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), produtos sazonais são aqueles que apresen-
tam ciclos bem definidos de produção, consumo e preço. Resumidamente, existem épocas do ano em que a sua dis-
ponibilidade nos mercados varejistas ora é escassa, com preços elevados, ora é abundante, com preços mais baixos,
o que ocorre no mês de produção máxima da safra.
A partir de uma série histórica, observou-se que o preço P, em reais, do quilograma de um certo produto sazonal pode
ser descrito pela função:
πX – π
P(x) = 8 + 5cos ______ ( )
6
Onde x representa o mês do ano, sendo x = 1 associado ao mês de janeiro, x = 2 ao mês de fevereiro, e assim, suces-
sivamente, até x = 12 associado ao mês de dezembro.
Na safra, o mês de produção máxima desse produto é:
a) janeiro; d) julho;
b) abril; e) outubro.
c) junho;
Análise expositiva - Habilidade 14: O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema e
D utilizar seus conhecimentos acerca das relações fundamentais e das equações trigonométricas.

(
πX – π
A produção é máxima quando o preço é mínimo, isto é, quando cos ______
6 ) = –1. O menor valor positivo de x para o
qual se tem o preço mínimo é tal que:

(
cos ______
6 )
πX – π = cos(π + 2kπ) Ÿ______πX – π
6
= π + 2kπ Ÿ x = 12k + 7, k [ Z.
Portanto, para k = 0, segue que x = 7, e o mês de produção máxima desse produto é julho.
Alternativa D

70
DIAGRAMA DE IDEIAS

RELAÇÕES FUNDAMENTAIS EQUAÇÕES


TRIGONOMÉTRICAS TRIGONOMÉTRICAS

sen2(x) + cos2(x) = 1 A INCÓGNITA APARECE NAS MEDIDAS


DOS ARCOS OU DOS ÂNGULOS DE
sen(x) FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
tg(x) =
cos(x)

1 PODEM SER DAS SEGUINTES FORMAS:


sec(x) =
cos(x)
cos(x)
cotg(x) =
sen(x) sen(x) = a
1
cossec(x) =
sen(x)
cos(x) = a
1
cotg(x) = tg(x) = a
tg(x)

tg2(x) + 1 = sec2(x) sen(Ʉ) = sen(Ʌ)

cotg2(x) + 1 = cossec2(x) tg(Ʉ) = tg(Ʌ)

71
AULAS TRANSFORMAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
23 E 24
COMPETÊNCIAS: 2, 4 e 5 HABILIDADES: 6, 7, 8, 9, 14, 15 e 24

1. INTRODUÇÃO Calculando as áreas dos triângulos:


k · h sen a
ƒ AABO = ________
Considere a comparação entre sen (60° + 30°) e sen 2
p · h sen b
60° + sen 30°: ƒ ABOC = ________
2
sen (60° + 30°) = sen
__ 90° = 1__ k · p sen (a + b)
ƒ AAOC = ____________
√ 3 __ √3 + 1
sen 60° + sen 30° = ___ + 1 = ______ 2
2 2 2
Assim, sen (60° + 30°) ≠ sen 60° + sen 30°. Segue que:

É possível verificar que: ƒ cos a = __h Ÿ h = k · cos a


k
ƒ sen (a + b) ≠ sen a + sen b h
ƒ cos b = __
p Ÿ h = p · cos b
ƒ sen (a – b) ≠ sen a – sen b
A área do triângulo maior é igual à soma da área dos triân-
ƒ cos (a + b) ≠ cos a + cos b
gulos menores:
ƒ cos (a – b) ≠ cos a – cos b
AAOC = AABO + ABOC Ÿ
k · p sen (a + b) k · h sen a ________
p · h sen b
Nota Ÿ ____________ = ________ + Ÿ
Compare também:
2 2 2
kp sen (a + b) kp cos b sen a kp cos a sen b
ƒ cos (60° + 30°) e cos 60° + cos 30° Ÿ___________ =___________ +___________ Ÿ
ƒ tg (60° - 30°) e tg 60º – tg 30°
2 2 2
Ÿ sen (a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a
ƒ sen (90° + 0°) e sen 90° + sen 0°
As afirmações abaixo são ambas falsas: Essa fórmula, embora tenha sido demonstrada em um
sen (a + b) = sen a + sen b
cos (a + b) = cos a + cos b triângulo, pode ser utilizada para quaisquer a e b reais.

Será analisado a seguir como é possível expressar


sen (a ± b) e cos (a ± b) em função de sen a, sen b, cos a e
Exemplos
cos b, sendo a e b dois números reais quaisquer. Será visto ƒ sen 75° = sen (45° + 30°) Ÿ
também tg (a ± b) em função de tg a e tg b.
sen 75° = sen 45° · cos 30° + sen 30° · cos 45° Ÿ
dXX dXX dXX
3 + __1 · ___
2 · ___ 2Ÿ
2. FÓRMULAS DE ADIÇÃO sen 75° = ___
2 2 2 2
dXX dXX
6 + ___2Ÿ
sen 75° = ___
E SUBTRAÇÃO 4 4
dXX
6 + dXX2
sen 75° =_______
2.1. Expressão de sen (a + b) 4
Considere o triângulo a seguir: ƒ sen (p + x) = sen p · cos x + sen x · cos p Ÿ
sen (p + x) = 0 · cos x + sen x (–1) = –sen x

2.2. Expressão de sen (a – b)


a – b = a + (–b)
Considerando que: sen (–b) = –sen b
cos (–b) = cos b

72
Daí, tem-se: sen (a – b) = sen [a + (–b)]. Assim, segue que: cos (a – b) = cos [a + (–b)].
Desenvolvendo o 2.° membro, tem-se: Desenvolvendo o 2.° membro, tem-se:
sen (a – b) = sen a · cos (–b) + sen (–b) · cos a, isto é: cos (a – b) = cos a . cos (- b) – sen a . sen (- b),
sen (a – b) = sen a · cos b – sen b · cos a ou seja:
cos (a – b) = cos a · cos b + sen a · sen b
Para quaisquer a e b reais.
Para quaisquer a e b reais.
Exemplos
ƒ sen (15°) = sen (45° – 30°) Ÿ Exemplos
sen (15°) = sen 45° · cos 30° – sen 30° · cos 45° Ÿ ƒ cos (15°) = cos (45° – 30°) Ÿ
dXX dXX dXX
3 – __1 · ___
2 · ___ dXX
2 = ___ dXX
6 – ___ dXX
6 – dXX
2 =_______2
sen (15°) = ___ cos (15°) = cos 45° · cos 30° + sen 45° · sen 30° Ÿ
2 2 2 2 4 4 4 dXX dXX dXX
dXX
2 · ___
cos (15°) = ___
dXX
3 + ___ dXX
6 + ___
2 · __1 = ___ 6 + dXX
2 =_______2
ƒ sen (p – x) = sen p · cos x – sen x · cos p Ÿ 2 2 2 2 4 4 4
ƒ cos (p – x) = cos p · cos x + sen p · sen x Ÿ
sen (p – x) = 0 – sen x · (–1) = sen x
cos (p – x) = (–1) · cos x + 0 · sen x = – cos x
Isso demonstra que ângulos suplementares possuem se-
nos iguais.
2.5. Expressão de tg (a + b)
2.3. Expressão de cos (a + b) p + kp, com k [ Z:
Para a, b e a + b ≠ __
2
p – x (arcos complementares),
Sabendo que cos x = sen __
então:
2 ( ) tg a + tg b
tg (a + b) = ___________
1 – tg a · tg b
p – (a + b) = sen __
cos (a + b) = sen __ p–a–b Ÿ
2 [ ]
2 ( ) Aplicação do conteúdo
p–a –b Ÿ
cos (a + b) = sen __
2 [( ) ] 1. Calcule o valor de tg(75°)
p – a · cos b – cos __
cos (a + b) = sen __ p – a · sen b
2 ( ) 2 ( ) Resolução:
tg(30º) + tg(45º)
p – a = cos a e cos __
p – a = sen a, tem-se: tg(75º) = tg(30º + 45º) = ______________ Ÿ
Como sen __( ) ( ) __
1 - tg (30º) tg(45º)
__
2 2
√3
___ √3 + 3
______ __
cos (a + b) = cos a · cos b – sen a · sen b +1 √
tg(75º) = 3
____________
__ = 3
_________ = 3 +__3
______
√3
___ 3 – √3
_____ 3 – √3
Para quaisquer a e b reais. 1– .1
3 3
Racionalizando o denominador:
Exemplos __ __
√3 +__3 ______

__
tg(75º) = ______ 12 + 6__√3 Ÿ
. 3 +__3= ________
ƒ cos (75°) = cos (45° + 30°) Ÿ 3 – √3 3 + √3 32 – √32
__
tg(75º) = 2 + √3
cos (75°) = cos 45° · cos 30° – sen 45° · sen 30° Ÿ
dXX dXX dXX
3 – ___
2 · ___ dXX
2 · __1 = ___ dXX
6 – ___ dXX
6 – dXX
2 =_______2
cos (75°) = ___
2 2 2 2 4 4 4 2.6. Expressão de tg (a – b)
ƒ cos (p + x) = cos p · cos x – sen p · sen x Ÿ p + kp, com k [ Z:
Para a, b e a – b ≠ __
2
cos (p + x) = (–1) · cos x – 0 · sen x = –cos x tg a – tg b
tg (a – b) = ___________
1 + tg a · tg b
2.4. Expressão de cos (a – b) 2.6.1. Quadro-resumo
Sabendo que:
sen (a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a
a – b = a + (–b) sen (a – b) = sen a · cos b – sen b · cos a
cos (–b) = cos b cos (a + b) = cos a · cos b – sen a · sen b
sen (–b) = –sen b cos (a – b) = cos a · cos b + sen a · sen b

73
tg a + tg b
tg (a + b) = ___________
1 – tg a · tg b (
cos ___
2 )
3p + x = cos ___
3p · cos x – sen ___
2
3p · sen x Ÿ
2
tg a – tg b
tg (a – b) = ___________
1 + tg a · tg b
( 2 )
3p + x = 0 · cos x – (–1) · sen x = sen x
cos ___
cos (p + x)
cotg (p + x) = _________ Ÿ
sen (p + x)
Aplicação do conteúdo
cos p · cos x – sen p · sen x
cotg (p + x) = ______________________
1. Dado sen x = 1 p , calcule sen __
__ , com 0 < x < __ p–x . sen p · cos x + sen x · cos p Ÿ
3 2 6 ( )
–1 · cos x – 0 · sen x = _____
cotg (p + x) = _________________ cos x
–cos x = ____
Resolução: 0 · cos x + sen x · (–1) –sen x sen x
Realizando as substituições na expressão:
Inicialmente, deve-se calcular o valor de cos x:
(cos x) (– cos x)
(cos x) (– cos x) ____________
sen2 x + cos2 x = 1 Ÿ __1 + cos2 x = 1 Ÿ y = ____________cos x = cos x = – cos x
____
sen x · sen x
9 __ __
√8
2 1
__
9 9
8
__
Ÿcos x = 1 – = Ÿ cos x = ± 8
__
9
=± ___
3 √ Obs.: cotg (x) = ____
cos (x)
1 = _____
tg (x) sen (x)
p
__
Como 0 < x < , tem-se cos x = .
dXX
8
___
2 3 4. Dados sen x = 4 p , e x + y = __
__ , com 0 < x < __ p , deter-
Aplicando a fórmula: 5 2 3
mine sen y:
p – x = sen __
sen __ p · cos x – sen x · cos __
pŸ Resolução:
(
6 ) 6__ 6 __ __ ______ ______ ___

p – x = __
sen __
√ 8 – __
1 · ___ √
__

__
3 = ___
1 · ___ √
8 – ___
__
√8 – √3
3 = _______
2

16 = ___
cos x = + √ 1 – sen x = 1 – ___
25 25 5 √
9 = __
3

(
6 )
2 3 3 2 6 6 6
.
Isolando y:
2. Dados sen x = 3 5 , calcule cos (x + y) sa-
__ e cos y = ___ p Ÿ y = __ p–x
5 13 x + y = __
p e ___
bendo que 0 < x < __ 3p < y < 2p. 3 3
2 2 Calculando sen y:
Resolução: sen y = sen __p–x Ÿ
(3 )
p: p pŸ
sen y = sen · cos x – sen x · cos __
__
Calculando cos x 0 < x < __
( ) 3 3
2 __ __ __
______ ______ ___
√ 3 __
___ 3 4
__ 1
__ 3 √ 3 ___
____ 4 3 √3 – 4
_______
cos x = + √ 1 – sen x = 1 – ___
2
25 √
9 = ___
16 = __
25 5
4
√ sen y = · – · =
2 5 5 2 10 10
– =
10

2 (
3p < y < 2p :
Calculando sen y ___
______
) _____
5. Aplicando as fórmulas de soma de arcos, calcule no
triângulo retângulo a seguir a tangente de x:
______
sen y = – √1 – cos y = – 1 – ___
2
169 √
25 = – ___
169
12
144 = – ___
13 √
Aplicando a fórmula:
cos (x + y) = cos x · cos y – sen x · sen y Ÿ
5 – __3 – ___
cos (x + y) = __4 · ___ ( )
20 + ___
12 = ___
5 13 5 13 65 65 65
36 = ___
56

3. Simplifique a expressão Resolução:


p + x · cos (p – x)
sen __ Seja a e E, como na figura a seguir:
y=
2 (
____________________ .
)
3p
cos ___
2 ( )
+ x · cotg (p + x)
Resolução:

Deve-se desenvolver separadamente os termos:


p + x = sen __
sen __ p · cos x + sen x · cos __

(2 ) 2 2
p
__
(2 )
sen + x = 1 · cos x + sen x · 0 = cos x
3 = 0,3
tg a = ___
cos (p – x) = cos p · cos x + sen p · sen x Ÿ 10
3 + 4 = ___
tg b = _____ 7 = 0,7
cos (p – x) = –1 · cos x + 0 · sen x = –cos x 10 10

74
Mas: Assim, pode-se escrever:
b=a+xŸx=b–a cos 2a = cos2 a – sen2 a Ÿ cos 2a = 2 · cos2 a – 1
Assim: cos 2a = 1 – 2 · sen2 a
tg b – tg a
tg x = tg (b – a) = ____________ Ÿ tg a + tg a 2 · tg a
1 + tg b · tg a ƒ tg 2a = tg (a + a) = ___________ = _______ ,
1 – tg a · tg a 1 – tg2 a
0,7 – 0,3 0,4 0,4 40
tg x = __________ = _______ = ____ = ___ válida para quando existirem as tangentes envolvidas.
1 + 0,7 · 0,3 1 + 0,21 1,21 121
__
__ cos(D) + √___
3 Assim:
6. Simplifique a expressão 1 sen(D). 2 · tg a
2 2 tg 2a = _______
Resolução: 1 – tg2 a
__
√3
Observe que sen(30º) = __1 e cos(30º) = ___ . Pode-se, Aplicação do conteúdo
2 2
então, reescrever a expressão: dXX
3 p , determine sen 2x,
1. Dado sen x = ___ , com 0 < x < __
__ 2 2
√3
__1 cos(D) + ___ cos 2x e tg 2x usando as fórmulas do arco duplo.
sen(D  sen(30º) cos(D) + cos(30º) sen (D)
2 2
Resolução:
Entretanto, como sen(a) cos(b) + sen(b) cos(a) = sen(a + b),
tem-se: Calculando:
p
ƒ cos x 0 < x < __
sen(30º) cos(a) + cos(30º) sen(a) = sen(30º + a) ( 2 ) __
p √3
Sendo 0 < x < e sen x = , tem-se x = __
__ ___ p.
2 2 3
3. FÓRMULAS DO ARCO DUPLO p = __1.
Assim: cos x = cos __
3 2
A seguir, serão estudadas as expressões das funções trigo- ƒ tg x
nométricas dos arcos duplos, ou seja, dos arcos de medida Como x = __ p = √__
p, então tg x = tg __ 3.
3 3
2a. Trata-se de um caso particular das formulas de adição,
Determinando, agora, sen 2x, cos 2x e tg 2x:
sendo suficiente fazer b = a. __ __
√ 3 __
___ 1 √3
___
sen 2x = 2 · sen x · cos x = 2 · · =
Retomando e desenvolvendo as fórmulas da adição, tem-se: 2 2 2
__

() ( )
2
√3 2
ƒ sen 2a = sen (a + a) = cos 2x = cos x – sen x = __1 – ___
2 2
Ÿ
2 2
= sen a · cos a + sen a · cos a = cos 2x = __1 – __3 = – __2 = – __1
4 4 4 2
= 2 · sen a · cos a Ÿ sen 2a = 2 · sen a · cos a __
2 · tg x _______

ƒ cos 2a = cos (a + a) = tg 2x = _______
2
= 2 · __3 2 Ÿ
1 – tg x 1 – (√3 )
__ __
= cos a · cos a – sen a · sen a = 2√3 = ____
2√3 Ÿ
tg 2x = ____
= cos2 a – sen2 a Ÿ cos 2a = cos2 a – sen2 a 1 –__3 –2
tg 2x = -√3
Além dessa fórmula, para cos 2a é possível obter mais duas
2. Sabendo que sen x + cos x = 0,2, determine o valor
fórmulas alternativas apenas combinando a relação funda-
de sen 2x.
mental com ela:
sen2 a + cos2 a = 1 Ÿ sen2 a = 1 – cos2 a (I) Resolução:
ou Acompanhe o emprego de um artifício:
cos a = 1 – sen2 a (II)
2

(sen x + cos x)2 = (0,2)2 Ÿ


Substituindo (I) em cos 2a = cos2 a – sen2 a, tem-se: Ÿ sen2 x + 2 · sen x · cos x + cos2 x = 0,04 Ÿ
cos 2a = cos2 a – (1 – cos2 a) Ÿ cos 2a = 2 · cos2 a – 1 Ÿ sen2 x + cos2 x + 2 · sen x · cos x = 0,04 Ÿ
1 sen 2x
Substituindo (II) em cos 2a = cos2 a – sen2 a, tem-se:
Ÿ 1 + sen 2x = 0,04 Ÿ sen 2x = 0,04 – 1 Ÿ
cos 2a = (1 – sen2 a) – sen2 a Ÿ
Ÿ cos 2a = 1 – 2 · sen2 a Ÿ sen 2x = –0,96

75
3. Dados sen a = 1
__ e sen b = 1 p , deter-
__ , com 0 < a, b < __ sen x __________
____ cos x – sen x
1 – cos
1 – tg x ________
2
mine cos (2a + 2b).
4 2
ƒ g(x) = ______ = sen x = cos x cos
x x
__________
+ sen x Ÿ
1 + tg x 1 + ____ __________
cos x cos x
Resolução: cos x – sen
__________
g(x) = cos x + sen xx
1 – tg x
cos 2x = ______
ƒ Desenvolvendo cos (2a + 2b), tem-se: Como f(x) = g(x), então ________ .
1 + sen 2x 1 + tg x
cos (2a + 2b) = cos 2a · cos 2b – sen 2a · sen 2b (I) 5. Simplifique a expressão k = sen 3a cos
_____ 3a
_____
sen a – cos a .
ƒ Determinando cos a e Resolução:
p:
cos b 0 < a,b < __
( 2 ) k = _____
sen a
cos 3a Ÿ
sen 3a – _____
cos a
______ __ __
________
√3 sen 3a · cos a – sen a · cos 3a
Ÿk = _______________________
cos a = + √1 – sen2a = √ 1 = __
1 – ___
4 4 √
3 = ___
2 sen (3a – a)
__________
sen a · cos a
______ ___ ___ Ÿ sen a · cos a
________
√ 15

1 =
cos b = + √1 – sen2b = 1 – ___
16 √ 15 = ____
___
16 4 Sabendo que 2 · sen a · cos a = sen 2a, multiplicando o
ƒ Determinando cos 2a, cos 2b, sen 2a e sen 2b: numerador e o denominador por 2, resulta:
__
2
k = ____________ 2 · sen 2a Ÿ k = 2
2 · sen 2a Ÿ k = ________
2 √3
cos 2a = 2 · cos a – 1 = 2 ___
2 ( )
–1Ÿ 2 · sen a · cos a sen 2a

cos 2a = 2 · __ 3 – 1 = __
3 – 1 = __ 1
4 2 2
__ 2
4. FÓRMULAS DO ARCO METADE
√ 15
cos 2b = 2 · cos2 b – 1 = 2 ___
4 ( )
–1Ÿ Essas fórmulas permitem relacionar as funções trigono-
métricas de um arco a com as funções trigonométricas do
15 – 1 = ___
cos 2b = 2 · ___ 15 – 1 = __
7
arco __a.
16 8 8 2
__ __
√ 3 ___

1 · ___
sen 2a = 2 · sen a · cos a = 2 · __ = 3 4.1. Expressão para o
2 2 2
√ 15
1 · ____ √ 15
___ ___
cálculo de cos
sen 2b = 2 · sen b · cos b = 2 · __ = ____
4 4 8
Sabendo que cos 2x = 2 · cos2 x – 1, tem-se:
ƒ Substituindo esses valores na igualdade (I), tem-se:
__ ___ ___ cos 2x = 2 · cos2 x – 1 Ÿ 2 · cos2 x = 1 + cos 2x Ÿ
√ 3 ____
√ √ 45
cos (2a + 2b) = __ 7 – ___
1 · __ · 15 = ___
7 – ____ Ÿ 1 + cos 2x
2 8 2 8 16 16 Ÿcos2 x = ________
__ 2
7–3 5 √
cos (2a + 2b) = _______ a
__
Fazendo 2x = a, segue que x = . Assim:
16 2
a 1 + cos a
cos2 __ = _______
cos 2x = 1______
4. Demonstre a igualdade ________
– tg x
1 + sen 2x 1 + tg x
. ()
2 2

Resolução:
4.2. Expressão para o
Considere cada lado da igualdade separadamente para cálculo de sen
simplificá-los:
ƒ f(x) = ________ cos2 x – sen2 x Ÿ
cos 2x = _______________ Sabendo que cos 2x = 1 – 2 · sen2 x, tem-se:
1 + sen 2x 1 + 2 · sen x · cos x
cos 2x = 1 – 2 · sen2 x Ÿ 2 · sen2 x = 1 – cos 2x Ÿ
cos2 x – sen2 x
f(x) = _________________________ Ÿ
sen x + cos2 x + 2 · sen x · cos x
2 1 – cos 2x
Ÿsen2 x = ________
2
(cos x + sen x) (cos x – sen x)
f(x) = ______________________ Ÿ Fazendo 2x = a, segue que x = __a . Assim:
(cos x + sen x)2 2
cos x – sen x
f(x) = __________ sen2 __a = _______
() 1 – cos a
cos x + sen x 2 2

76
x
2 · tg __
Aplicação do conteúdo 3. Demonstre que sen x = _______ x ≠ 0.
2 , para cos __
dXX 1 + tg2 __x 2
2
1. Dado cos 45° = ___ , determine sen 22° 30’, cos 22° 2
2
30’ e tg 22° 30’. Resolução:
sen __x
Resolução: 2· 2
_____
2 · tg __x cos __x
Considere que: _______ 2 = ________ 2 =
1 + tg2 __x sen x
2 __
a = 45º 2 _____ 2
45º Ÿ
22° 30’ = ___ 1+
a = 22º30'
__
2
2 cos2 __x
2
2 · sen x
__
Aplicando as fórmulas, tem-se: dXX
2 _______ 2
1 – ___ x
ƒ sen 22° 30’ =
2 1 – cos
_________ 45º = ______ 2 = cos __ 2 · sen __x · cos2 __x
2 2 = ____________ 2 = 2
_____________ 2=
2 – dXX
2 x
__
______ cos2 __x + sen2 __x 1 · cos
2
= 2 = ______
______ 2 – dXX
2Ÿ 2
____________ 2
2 4 cos x
2 __
d2XXXXXX 2
XXXXXX
Ÿ sen 22° 30’ = ______
4 d
2 – dXX – dXX
2 = _______ 2
x
= 2 · sen · cos __x = sen 2 · __x = sen x
__
2 __
√2 2 2 ( )
2
1 + ___
ƒ cos 22º 30’ =
2 1 + cos
_________ 45º = ______ 2 =
2 2 Resolução:
2 + dXX
______ 2 __
2
______ 2 + √2
______ 2 · tg __x
= = Ÿ sen x = _______ 2 = _____ 4
2 · 2 = __
2 4 2 __x 1 + 2 2 5
d2XXXXXX 1 + tg
XXXXXX
Ÿ cos 22° 30’ = ______
4 d
2 + dXX + dXX
2 = _______
2
2
1 – tg 2 __
2
x
cos x = _______ 1 – 22 = – __
2 = _____ 3
d2XXXXXX
– dXX
_______ 2 1 + tg 2 __x 1 + 22 5
sen 22º
_________30’ 2
_______ 2
ƒ tg 22º 30’ = = =
cos 22º 30’ _______
d2XXXXXX
+ dXX
2 4
__
2 sen
____x
tg x = cos x = ___5 4
= – __
d 3
__ 3
d
XXXXXX
d
2– 2XX XXXXXX
d
2– 2=XX –
= _______ = ______ 5
d2XXXXXX
dXX
+ 2 2 + dXX
2
Obs.: demonstre a relação utilizada aqui.

d (2 + 2 ) (2 – 2 ) = d
XXXXXXXXXXXXXX
( 2 – dXX2 ) ( 2 – dXX2 ) XXXXXXXXXX
= ______________ 4 – 4dXX
2 +2
__________ =
5. FÓRMULAS DE TRANSFORMAÇÃO DE
dXX dXX 4–2

= d
XXXXXXX
6 – 4dXX
2
_______
2
= dXXXXXXX
3 – 2dXX
2
PRODUTO (FÓRMULAS DE PROSTAFÉRESE)
p e cos __
2. Sendo 0 < x < __ x =4
__ , encontre o valor de sen
x e cos x.
2 2 5 5.1. Forma fatorada de
Resolução:
sen x + sen y e sen x – sen y
1 + cos x Ÿ __4 2 =_______
ƒ cos2 __x =_______
2 2 5 2()
1 + cos x Ÿ Sabendo que:

16
___ 1 + cos
_______ x ƒ sen(a + b) = sen a · cos b + sen b · cos a (I)
Ÿ = Ÿ 25 + 25 cos x = 32 Ÿ
25 2 ƒ sen(a – b) = sen a · cos b – sen b · cos a (II)
Ÿ 25 cos x = 7 Ÿ cos x = ___ 7
25
Fazendo (I) + (II) e (I) – (II), tem-se:
ƒ sen2 x + cos2 x = 1 Ÿsen2 x + ___7 2=1Ÿ
25 ( ) ƒ sen (a + b) + sen (a – b) = 2 · sen a · cos b
Ÿ sen2 x = 1 – 49
___ 625 – 49 Ÿ
Ÿ sen2 x = _______
625 625 ƒ sen (a + b) – sen (a – b) = 2 · sen b · cos a
____
Ÿ sen x = r ___
625 √
576 Ÿ sen x = ± ___24
25 Indicando a + b = x e a – b = y, tem-se
x+y x–y
p, então sen x = ___
24. a = ____ e b = ____.
Como 0 < x < __ 2 2
2 25

77
Assim: 4. Demonstre que sen 3x + sen x = tg 2x.
___________
x+y x–y cos 3x + cos x
sen x + sen y = 2 · sen ____ · cos ____
2 2
Resolução:
x____
–y x____
+y
sen x – sen y = 2 · sen · cos
2 2
Seja f(x) = sen 3x + sen x . Então:
___________
cos 3x + cos x
5.2. Forma fatorada de 3x + x · cos _____
2 · sen _____ 3x – x
cos x + cos y e cos x – cos y f(x) = 2
____________________ 2 Ÿ
2 · cos 3x +
_____x · cos – x
3x
_____
2 2
Sabendo que:
2 · sen 2x · cos x = _____
f(x) = _____________ sen 2x = tg 2x
ƒ cos (a + b) = cos a · cos b – sen a · sen b (I) 2 · cos 2x · cos x cos 2x
ƒ cos (a – b) = cos a · cos b + sen a · sen b (II)
Seja g(x) = tg 2x. Como f(x) = g(x), está demonstrada a
Fazendo (I) + (II) e (I) – (II), tem-se:
identidade.
ƒ cos (a + b) + cos (a – b) = 2 · cos a · cos b
5. Escreva em forma de produto a expressão
ƒ cos (a + b) – cos (a – b) = –2 · sen a · sen b A = sen 2x + 2 · cos x.

Indicando a + b = x e a – b = y, tem-se: Resolução:


x+y x–y
a = ____ e b = ____.
2 2 A = sen 2x + 2 · cos x.
Assim: A = sen 2x + 2 · cos x = 2 · sen x cos x + 2 · cos x Ÿ
x+y x–y A = 2 · cos x · (sen x + 1) Ÿ
cos x + cos y = 2 · cos ____ · cos ____
2 2
A = 2 · cos x · sen x + sen __p Ÿ
cos x – cos y = –2 · sen
x____
+y
· sen
x____
–y ( 2 )
2 2 x + __p p
x – __

Aplicação do conteúdo
[
A = 2 · cos x · 2 · sen _____
2
2 · cos 2 Ÿ
_____
2 ]
p · cos __x – __
A = 2 · cos x · 2 · sen __x + __ p Ÿ
1. Transforme em produto (ou seja, fatore) a expressão
(
2 4 ) (
2 4 )
p · cos __x – __
A =4 · cos x · sen __x + __ p
sen 60° + sen 30°.
(
2 4 ) (
2 4 )
6. Se cos u = 3 3u. sen __u .
__ , determine o valor de 16 · sen ___
Resolução:
4 2 2
60º + 30º · cos ________
sen 60° + sen 30°= 2 · sen ________ 60º – 30º Ÿ Resolução:
2 2
sen 60° + sen 30° = 2 · sen 45° · cos 15° Comparando a expressão com o segundo termo da fórmu-
x+y x–y
2. Transforme em produto a expressão cos 5x + cos 3x. la cos x – cos y = – 2 · sen ____ · sen ____, tem-se:
2 2
x + y ___
____ 3u
Resolução: =
2 2 Ÿ x = 2u e y = u
5x – 3x Ÿ
5x + 3x · cos ______ x – y __u
____
cos 5x + cos 3x = 2 · cos ______ 2
=
2
2 2
cos 5x + cos 3x = 2 · cos 4x · cos x Substituindo na fórmula:
3. Fatore (ou seja, transforme em produto) a expressão cos 2u – cos u = – 2 sen ___ uŸ
3u · sen __
sen 2a – sen a. 2 2
Ÿ 2 cos u – 1 – cos u = – 2 sen
2 3u
___ uŸ
‚ sen __
2 2
Resolução: 9 –1 – __
Ÿ 2 · ___ 3 = – 2 sen ___ uŸ
3u · sen __
16 4 2 2
2a – a · cos ______
sen 2a – sen a = 2 · sen _____ 2a + a Ÿ 5
__ 3u
___ u
__
2 2 Ÿ – = – 2 sen · sen Ÿ
8 2 2
sen 2a – sen a = 2 · sen __a · cos __
3a Ÿ 16 sen 3u
___ u
__
· sen = 5
2 2 2 2

78
7. Demonstre que sen x · cos y = 1
__ [sen (x – y) + sen (x + y)].
2
Resolução:

Sabendo que:
x+y x–y
( )
sen x + sen y = 2 · sen ____ · cos ____
2 2 ( )
x + y x – y
Fazendo____ = A e____ = B, chega-se à conclusão de que
2 2
A + B = x e A – B = y. Assim:
x+y x–y
( )
sen x + sen y = 2 · sen ____ · cos ____ Ÿ
2 2 ( )
Ÿ sen (A + B) + sen (A – B) = 2 · sen A · cos B Ÿ
1 [sen (A + B) + sen (A – B)]
Ÿ sen A · cos B = __
2
E, como essa dedução independe dos arcos considerados,
pode-se aplicá-la a x e y novamente.
Assim, tem-se:
1 [sen (x – y) + sen (x + y)]
sen x · cos x = __
2

79
AULAS EQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
25 E 26
COMPETÊNCIAS: 2, 4 e 5 HABILIDADES: 6, 7, 8, 9, 14, 15 e 24

p + 2kp ou x = ___
1. EQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS {
S = x [ R | x = __
6
5p + 2kp
6 }
b) tg x = 1
Observe as seguintes equações: Resolução:
ƒ sen x = 1
__
ƒ 2 · cos x = √3
ƒ 1 + tg 2x = 0

Essas equações são exemplos de equações trigonométri-


cas, pois nelas a incógnita aparece nas medidas dos arcos
ou dos ângulos de funções trigonométricas.
Não existe um modo único que permita resolver todas as
equações trigonométricas. Contudo, o objetivo é chegar
sempre a equações básicas do tipo sen x = a, cos x = a ou
tg x = a, que permitem obter a variável x a partir do con- p
Os arcos com tangente igual a 1 na 1.a determinação são __
p + kp.
5p. Então, em todas as voltas tem-se x = __ 4
hecimento dos valores de a, mesmo que seja necessário e ___
4 4
lançar mão de artifícios, transformações, identidades, etc.
S = x [ R I x = __ p + kp
{ 4 }
1.1. Equações de forma c) sen 2x = 1
sen x = a, cos x = a e tg x = a Resolução:

Aplicação do conteúdo
1. Resolva as seguintes equações:
1
a) sen x = __
2
Resolução:

Essa equação pode ser resolvida do mesmo modo que as


anteriores, embora se tenha sen 2x e não sen x.
Como sen __ p = 1, tem-se:
2
p +2kp
__
Sabe-se que na 1.a determinação os arcos com seno igual a __1 p p + kp
2 2x = + 2 kp Ÿ x = 2
__ _______ = __
p e ___
são __ p + 2 kp ou
5p. Então, em todas as voltas tem-se x = __ 2 2 4
6 6 6
p + kp
S = x [ R I x = __
x= 5p
___
6
+ 2 kp. { 4 }
80
p = ___
dXX
Portanto, S = π
3
d) cos ( x – __
3 ) 2 {
__ , ___
4 4 }
5p .

Resolução:
3. Resolva a equação cos 2x + cos x + 1 = 0 para 0 < x < 2p.
Resolução:

Como cos 2x = 2 · cos2 x – 1, substituindo na equação,


tem-se:
2 · cos2 x – 1 + cos x + 1 = 0 Ÿ 2 · cos2 x + cos x = 0
Ÿ cos x · (2 · cos x + 1) = 0

Assim:
Como a p ____
__ 11p
__ na 1. determinação 6 e 6 têm cosseno igual
√3
a ___ , tem-se:
2
p = __
x – __ p + 2 kp Ÿx = __
p + __p + 2 kp Ÿx = __
p + 2 kp
3 6 6 3 2
ou
p = ____
x – __ p + 2 kp Ÿ
11p + __
11p + 2 kp Ÿ x = ____
3 6 6 3
p 2p + __
côngruo a __ p
6( 6 )
p + 2kp
13p + 2kp = __
Ÿx = ____
6 6
p + 2kp ou x = __
S = x [ R I x = __ p + 2kp
{ 2 6 } cos x = 0 ou 2 · cos x + 1 = 0

p ou x = ___
cos x = 0 Ÿ x = __ 3p
2. Resolva a equação cos x . tg x – cos x = 0 no intervalo
2 2
[0,2p].
1 Ÿ x = ___
2 · cos x + 1 = 0 Ÿ cos x = – __ 4p
2p ou x = ___
Resolução: 2 3 3
p, ___
cos x · tg x – cos x = 0 Ÿ cos x · (tg x – 1) = 0 Ÿ {
S = __ 3p , ___
2 2 3 3
2p , ___
4p
}
cos x = 0 ou tg x = 1
4. Resolva a equação cos x + cos 3x + cos 2x = 0 para
p ou x = ___
cos x = 0 Ÿ x = __ 3p
0 ≤ x ≤ 2p.
2 2
p e x = ___
Como a tg x não é determinada para x = __ 3p, esses Resolução:
2 2
valores não servem.
p ou x = ___
5p , pois x [ [0,2p] cos x + cos 3x + cos 2x = 0 Ÿ
tg x = 1 Ÿ x = __
4 4
x + 3x · cos _____
Ÿ2 · cos _____ x – 3x + cos 2x = 0 Ÿ
Outra resolução: 2 2
p + kp
cos x = 0 Ÿ x = __
2 2 · cos 2x · cos (–x) + cos 2x = 0 Ÿ
p [ [0,2p]
k = 0 Ÿx = __
2
p 3p [ [0,2p] 2 · cos 2x · cos x + cos 2x = 0 Ÿ
k = 1 Ÿ x = + p = ___
__
2 2
ou Ÿ cos 2x · (2 · cos x + 1) = 0
p + kp
tg x = 1 Ÿ x = __
4
p [ [0,2p]
k = 0 Ÿ x = __
Tem-se:
4
5p
___ cos 2x = 0 ou 2 · cos x + 1 = 0
k=1Ÿx= [ [0,2p]
4 p ou 2x = ___ 5p
3p ou 2x = ___
p e ___3p são do intervalo, mas não servem na cos 2x = 0 Ÿ 2x = __
Os valores __ 2 2 2
2 2 7p
___
equação inicial. ou 2x = (pois 0 ≤ 2x ≤ 4p)
2

81
Assim:
Aplicação do conteúdo
p ou x = ___
x = __ 3p ou x = ___
5p ou x = ___
7p
4 4 4 4 1. Resolva a equação em cada item:
2p ou x = ___
1 Ÿ x = ___ 4p S
2 · cos x + 1 = 0 Ÿ cos x = – __ a) sen x = sen __
2 3 3 9
p, ___
{
S = __ 3p , ___
5p , ___
4 4 4 4 3 3
7p , ___
}
4p
2p , ___ Resolução:

p [ 1.° quadrante, tem-se:


Como __
9
1.2. Equações do tipo sen a = sen b, p Ÿ x = __
sen x = sen __
9
p + 2 kp ou
9
cos a = cos b, tg a = tg b p 8p + 2 kp
x = p – __ + 2 kp = ___
( )
9 9
Da redução ao 1.° quadrante, tem-se:
ƒ sen a = sen b

p + 2 kp ou x = ___
a = b + 2 kp
{
S = x [ R | x = __
2S
9
8p + 2kp
9 }
sen a = sen b Ÿ b) cos x = cos ___
a = p – b + 2 kp 5
Resolução:
ƒ cos a = cos b
2p Ÿ x = ___
cos x = cos ___ 2p + 2kS ou
5 5

(
x = 2p – ___
5 )
2p + 2kπ = ___
8p + 2kπ
5

cos a = cos b Ÿ D = ± b + 2 kp

ƒ tg a = tg b

tg

{ 2p + 2kp ou x = ___
S = x [ R I x = ___
5
8p + 2kp
5 }
Outra resolução:
2p + 2kp ou x = – ___
x = ___ 2p + 2k S
5 5

8p
côngruo a ___
5
a = b + 2 kp
tg a = tg b Ÿ a = p + b + 2 kp Ÿ a = b + kp { 2p + 2kp ou x = ___
S = x [ R I x = ___
5
8p + 2kp
5 }
82
3S p + 2kp Ÿ 2x = ___7p + 2kp Ÿ
c) tg x = tg ___ 2x = p – __
( )
10 8 8
Resolução: 7p
Ÿx = ___ + kp
16
p + kp ou x = ___
3p Ÿ x = ___
tg x = tg ___
10
3p + kπ
10
{
S = x [ R | x = ___
16
7p +kp
16 }
2. Resolva, algébrica e graficamente, a equação sen x = cos x.
tg
Resolução:
p–x Ÿ
sen x = cos x Ÿ sen x = sen __
2 ( )
p – x + 2kp Ÿ 2x = __
Ÿx = __ p + 2kp Ÿ
2 2
p
Ÿ x = __ + kp
4

{ 3p +kp
S = x [ R I x = ___
10 }
2S
d) sen x = cos ___
5
Resolução:

p – ___ p , a equação fica


2p = sen __
Fazendo cos ___
assim:
5 2 5 ( 10)
2p = sen ___

p
sen x = sen ___
10
que é do tipo da do item a. Então: Graficamente: as soluções da equação sen x = cos x são as
intersecções dos gráficos de sen x e de cos x, ou seja:
p Ÿ x = ___
sen x = sen ___ p + 2kp ou
10 10 p + kp.
x = __
p + 2kp = ___
x = p – ___ 9p + 2 kp 4
( 10 ) 10
p
{ 9p + 2kp
S = x [ R | x = + 2kp ou x = ___
___
10 10 }
S
e) sen 2x = sen __
8
Resolução:
p Ÿ 2x = __
sen 2x = sen __ p + 2kp Ÿ
8 8
p
___
Ÿx = + kp
16
ou

83
DIAGRAMA DE IDEIAS

TRANSFORMAÇÕES
TRIGONOMÉTRICAS

OPERAÇÕES OPERAÇÕES
COM SENO COM COSSENO

SOMA SOMA
sen(a + b) = sen(a) ∙ cos(b) + sen(b) ∙ cos(a) cos(a + b) = cos(a) ∙ cos(b) - sen(a) ∙ sen(b)

DIFERENÇA DIFERENÇA
sen(a - b) = sen(a) ∙ cos(b) - sen(b) ∙ cos(a) cos(a - b) = cos(a) ∙ cos(b) + sen(a) ∙ sen(b)

ARCO DUPLO ARCO DUPLO


sen(2a) = 2sen(a) ∙ cos(a) cos(2a) = cos2(a) - sen2(a)

ARCO METADE ARCO METADE


sen ( a ) = 1 - cos(a) cos ( a ) = 1 + cos(a)
2 2 2 2

OPERAÇÕES
COM TANGENTE

SOMA
tg(a) + tg(b)
tg(a + b) =
1 - tg(a) ∙ tg(b)

DIFERENÇA
tg(a) - tg(b)
tg(a - b) =
1 + tg(a) ∙ tg(b)

ARCO DUPLO
2tg(a)
tg(2a) =
1 - tg2(a)

84
GEOMETRIAS PLANA E ESPACIAL: Incidência do tema
nas principais provas

No Enem, encontramos alta incidência de A prova possui elevada incidência de geometria


questões de geometria plana, com níveis de plana. Com questões muito difíceis e abstratas,
dificuldade baixo e mediano, e relacionadas ao exigirá construções geométricas.
cotidiano.

A prova exigirá resolução da geometria plana Cálculo de áreas será cobrado de maneira A prova exigirá raciocínio para resolver
aliada a uma situação do cotidiano. Deve-se objetiva, na segunda fase. Deve-se ter problemas geométricos em áreas. Razão de
saber resolver todos os tipos de área. amplo conhecimento, pois suas questões semelhança entre figuras planas é um conhe-
são difíceis. cimento essencial para essa prova.

Nesse processo seletivo, as questões de Possui alta incidência de questões de geome- Por se tratar de um vestibular tradicional, Por ter um vestibular considerado tradicional,
geometria plana estarão ligadas a situações tria plana, com nível de dificuldade médio, e ocorrem muitas questões abstratas com abordará cálculo de áreas, de maneira objetiva
do cotidiano. A interpretação de texto deve ser sempre conectadas a problemas cotidianos. elevado grau de dificuldade, e serão cobradas e até mesmo contextualizada, oscilando de
proeminente nessa prova. construções geométricas. questões medianas para elevadas.

UFMG

A prova exigirá cálculo de áreas em todas as Geometria plana terá alta incidência e Nesse processo seletivo, ocorre questões de
disciplinas das Exatas. associada às geometrias espacial e analítica. geometria plana associada a outras áreas
Será exigido cálculo de áreas e com razões de da Matemática. Polígonos possuem baixa
semelhança. incidência e cálculo de áreas é um tema muito
abordado.

A geometria plana, como um todo, tem alta Geometria plana ocorrerá na prova com A prova trará questões sobre áreas, com grau
incidência nessa prova, com questões que questões de nível médio. Cálculo de áreas e de dificuldade mediano e elevado. Razões de
envolvem situações problemas. o estudo de polígonos foram abordados em semelhança também podem aparecer.
suas provas mais recentes.

85
AULAS POLÍGONOS
17 E 18
COMPETÊNCIA: 2 HABILIDADES: 7, 8 e 9

1. DEFINIÇÃO ƒ Polígono não convexo: uma reta qualquer pode


cortar o polígono em mais de dois pontos.
Considere, num plano, n pontos (n t 3), A1, A2, A3, ..., An,
ordenados de modo que três consecutivos não sejam co-
lineares.
Denomina-se polígono A1 A2A3...An a figura formada pela
união dos n segmentos consecutivos não colineares.

2.2. Quanto à quantidade de lados


De acordo com o número de lados, os polígonos podem
receber as denominações:
triângulo — 3 lados
quadrilátero — 4 lados
pentágono — 5 lados
ƒ Vértices do polígono: A1, A2, A3, ..., A8.
—— —— —— hexágono — 6 lados
ƒ Lados do polígono: A1A2, A2A3, ..., A7A8.
heptágono — 7 lados
ƒ Perímetro: (2p) é a soma dos comprimentos de todos octógono — 8 lados
os lados.
eneágono — 9 lados
ƒ Gênero de um polígono: é a nomenclatura baseada no
decágono — 10 lados
número de lados.
undecágono — 11 lados
ƒ Vértices adjacentes: dois vértices P e Q são adjacentes
—— dodecágono — 12 lados
se, e somente se, PQ é lado.
pentadecágono — 15 lados
ƒ Diagonal de um polígono: é um segmento de reta que
une dois vértices não adjacentes. icoságono — 20 lados
Os demais são denominados polígonos de n lados.

2. CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍGONOS ƒ Um polígono é equilátero quando todos os seus lados


são congruentes.

2.1. Quanto à região ƒ Um polígono é equiângulo quando todos os seus ân-


gulos internos são congruentes.
ƒ Polígono convexo: uma reta qualquer corta o polígo-
no somente em dois pontos. ƒ Um polígono é regular quando é equilátero e equiângulo.
Veja alguns exemplos de polígonos regulares:
O segmento da região interior do polígono regular que
equidista dos vértices é denominado apótema. Na figura
a seguir, observe um pentágono regular e seu apótema
representado por a:

86
(n – 2) ˜ 180º
ai = __________
n

4. SOMA DOS ÂNGULOS EXTERNOS


DE UM POLÍGONO CONVEXO
Sabe-se que, num polígono convexo qualquer, a soma do
ângulo interno com o externo adjacente é sempre 180º.

Note que o apótema é também o raio da circunferência Assim:


inscrita ao polígono.

3. SOMA DOS ÂNGULOS INTERNOS


DE UM POLÍGONO CONVEXO
Para encontrar a soma dos ângulos internos de um polígo-
no convexo qualquer, basta fazer uma decomposição do 3
3
polígono em triângulos a partir de um ponto interior.

i1 + e1 = 180º
i2 + e2 = 180º
n igualdades
...
in + en = 180º
Somando:
Si + Se = n ˜ 180º
n ˜ 180º – 360º + Se = n ˜ 180º
Exemplo: Logo, Se = 360º.
Heptágono convexo Se o polígono for regular:
No heptágono convexo, é possível formar 7 triângulos que
360º
ae = ____
possuam, todos eles, um vértice em comum no ponto in- n
terior do polígono. Como em cada triângulo a soma dos
ângulos internos é igual a 180°, tem-se que a soma dos
ângulos internos do polígono Si é dada por: 5. NÚMERO DE DIAGONAIS
Si = 7 ˜ 180º – (a + b + c + d + e + f + g) DE UM POLÍGONO CONVEXO
360º

Si = 7 ˜ 180º – 360º
Generalizando, para um polígono de n lados, tem-
se:
Si = n ˜ 180º – 360º
Si = (n – 2) ˜ 180º

Se o polígono for regular, todos os ângulos internos serão


congruentes; portanto, cada ângulo interno ai poderá ser
calculado como:

87
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

Você sabia que os alvéolos das colmeias possuem formato hexagonal?


Ao construir os alvéolos das colmeias, as abelhas procuram obter uma forma que otimize a economia de cera, ou
seja, que apresente o maior volume para a menor porção de material empregado. Assim, é preciso que a parede de
um alvéolo também sirva ao alvéolo vizinho. Para isso, os alvéolos não poderiam ser cilíndricos. Os alvéolos precis-
ariam ter a forma de um prisma, e os únicos prismas regulares que se justapõem sem deixar buracos são o prismas
triangulares, quadrangulares e os hexagonais, sendo este último o escolhido pelas abelhas, por ser o que apresenta
maior volume.

Exemplo: 6. POLÍGONO REGULAR DE GÊNERO PAR


Heptágono convexo
Observe que as diagonais que partem de um determinado
vértice do polígono unem esse vértice com todos os outros
vértices do polígono, exceto 3 deles: o próprio vértice e
os outros adjacentes a ele. Assim, se o polígono possui 7
vértices, um vértice em particular possui 7 – 3 diagonais
que partem dele.
Diagonais que partem de um vértice:

Dv = 7 – 3 Exemplo:
Octógono regular
O número Dv representa as diagonais que partem de ape-
nas um vértice. Como o polígono possui 7 vértices, o núme- Diagonais que não passam pelo centro.
ro total de diagonais é: Perceba que:
ƒ De um vértice é possível traçar 8 – 4 diagonais que não
passam pelo centro.
7 ˜ (7 – 3)
DT = ________
2 ƒ Como são 8 vértices, então o total de diagonais que
8 ˜(8 – 4)
não passam pelo centro é igual a _______.
2
Note que, ao multiplicar 7(7 – 3), cada diagonal está sendo
Generalizando, tem-se:
contada duas vezes; portanto, deve-se dividir por 2 para se dv = n – 4
obter o número de diagonais. n par = n · (n – 4)
dnc =________ e dc = __n
Generalizando, tem-se que: 2 2

ƒ Número de diagonais que partem de um vértice é igual Em que dv é o número de diagonais que não passam pelo
a n – 3. centro de um vértice, dnc é o número total de diagonais que
não passam pelo centro, e dc o número de diagonais que
ƒ Número de diagonais de um polígono convexo é igual passam pelo centro.
n ˜(n – 3)
a _______. Observe que dnc + dc = DT.
2

88
Resumo: 2Si1 = Si2
2 ∙ 180°(n1 – 2) = 180°(n2 – 2)
Soma dos ângulos internos: Si =180° · (n – 2) 2 ∙ (n1 – 2) = n2 – 2
Soma dos ângulos externos: Se = 360° 2 ∙ (n – 2) = (n + 2 – 2)
Ângulo interno de polígono regular: 2n – 4 = n
180° · (n – 2) n=4
Si = ________
ai = ___
n n
(360°)
Se = _____
Ângulo externo de polígono regular: ae = __
n n
n · (n – 3)
Número de diagonais: D =_____
2

Aplicação do conteúdo
1. Em qual polígono convexo o número de diagonais é
igual ao número de lados?
Resolução:
Igualando a fórmula do número de diagonais a n, tem-se:
n(n – 3)
n = _____ multimídia: sites
2
2n = n(n – 3)
Tangram
Como n ≠ 0:
2=n–3 O Tangram é um antigo jogo chinês, que
consiste na formação de figuras e desenhos
n=5
por meio de 7 peças (2 triângulos grandes,
Logo, o polígono em questão é o pentágono. 1 triângulo médio, 2 triângulos pequenos, 1
quadrado e 1 paralelogramo), além de facili-
2. Sendo n o número de lados de um polígono convexo,
sabendo que a soma dos ângulos internos de um po- tar o estudo da geometria, ele desenvolve a
lígono de n + 2 lados é o dobro da soma dos ângulos criatividade e o raciocínio lógico, que são fun-
internos do polígono de n lados, calcule n. damentais para o estudo da matemática e da
ciência. Que tal baixar o aplicativo Tangram, e
Resolução:
começar um jogo de raciocínio viciante?
Sendo n1 = n e n2 = n + 2, tem-se:

VIVENCIANDO

No cotidiano é comum o uso de polígonos regulares. Andando pelas


ruas de qualquer cidade, é possível observar uma variedade de formas
que lembram os polígonos: uma placa de trânsito, um semáforo ou
até mesmo uma faixa de pedestres. Além disso, algumas formações
poligonais são utilizadas na engenharia. Por exemplo, na ponte Her-
cílio Luz (SC) pode-se ver a formação de triângulos e quadriláteros
formados pelas barras de aço que ligam as torres.

89
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
A habilidade 7 exige que o aluno consiga utilizar seu conhecimento geométrico para realizar a leitura e a represen-
tação da realidade e agir sobre ela.

Modelo
(Enem) Para uma alimentação saudável, recomenda-se ingerir, em relação ao total de calorias diárias, 60% de car-
boidratos, 10% de proteínas e 30% de gorduras. Uma nutricionista, para melhorar a visualização dessas porcentagens,
quer dispor esses dados em um polígono. Ela pode fazer isso em um triângulo equilátero, um losango, um pentágono
regular, um hexágono regular ou um octógono regular, desde que o polígono seja dividido em regiões cujas áreas
sejam proporcionais às porcentagens mencionadas. Ela desenhou as seguintes figuras:

Entre esses polígonos, o único que satisfaz as condições necessárias para representar a ingestão correta de diferentes
tipos de alimentos é o
a) triângulo;
b) losango;
c) pentágono;
d) hexágono;
e) octógono.

90
Análise expositiva - Habilidade 7: Nessa questão, é necessário que o aluno saiba identificar os diferentes
C tipos de figuras geométricas e conheça seus características e propriedades.
Excetuando-se o triângulo equilátero, cada polígono pode ser dividido em 2n triângulos retângulos con-
gruentes, com n sendo o número de lados do polígono. Além disso, sejam c, p e g respectivamente as
frações da área de cada polígono correspondentes às quantidades de carboidratos, proteínas e gorduras.
Desse modo, para o losango, o pentágono, o hexágono e o octógono, respectivamente, tem-se:

( 2 8 8) (10 10 10 )
(c, p, g) = __1 ,__1 ,__3 ; (c, p, g) = __
6 ,__
(12
3 ; (c, p, g) = __
1 ,__ 7 , __
) (4 16 16)
1 , __1 e (c, p, g) = __3,__1 ,__3 ;
12 3
Em particular, para o triângulo equilátero, considere a figura.

(9 )
É possível observar que (c, p, g) = __5 , __1 , __1 ;
9 3
Assim, o único polígono que satisfaz é o pentágono.
Alternativa C

91
DIAGRAMA DE IDEIAS

POLÍGONOS FIGURA GEOMÉTRICA

CLASSIFICAÇÃO FÓRMULAS

QUANTO À QUANTO AOS


REGIÃO LADOS

• CONVEXO • REGULARES
• NÃO CONVEXO • IRREGULARES

POLÍGONO
DIAGONAL SOMA
REGULAR

n ∙ (n - 3) ÂNGULOS INTERNOS: ÂNGULOS INTERNOS:


D=
2 o
ai = 180 ∙ (n - 2) Si = 180o ∙ (n - 2)
n
ÂNGULOS EXTERNOS:
ÂNGULOS EXTERNOS:
o
Se = 360o
ae= 360
n

92
AULAS ÁREAS DOS QUADRILÁTEROS E RAZÃO
19 E 20 DE SEMELHANÇAS PARA ÁREAS
COMPETÊNCIAS: 2e3 HABILIDADES: 6, 7, 8, 9 e 14

1. ÁREA DOS QUADRILÁTEROS ƒ losango;


ƒ retângulo;
E RAZÃO DE SEMELHANÇA ƒ quadrado.
PARA ÁREAS 1.2.1. Trapézio
Um trapézio é um quadrilátero convexo que possui pelo
1.1. Áreas de figuras planas menos dois lados paralelos.
De modo intuitivo, pode-se afirmar que a área de uma figura
plana é o quanto ela ocupa no plano em que está contida.
Se for adotada uma unidade de área, sabendo o quanto ela
ocupa, torna-se possível compará-la com outras figuras:

Um trapézio pode ser:


ƒ Isósceles: se os dois lados não paralelos forem
congruentes.

Observe que a figura ocupa 18 unidades de área; portanto,


sua área é de 18 u.a. (unidades de área).
É possível calcular a área de determinadas figuras planas
se algumas de suas dimensões relevantes forem conhe-
cidas. A seguir será estudado quais são os quadriláteros
notáveis e como calcular suas áreas.
ƒ Retângulo: se possuir dois ângulos internos retos.
1.2. Quadriláteros notáveis
Como já foi visto, um quadrilátero é um polígono que pos-
sui 4 lados, como o polígono ABCD da figura a seguir:

ƒ Escaleno: se os lados não paralelos não forem congruentes.

De acordo com as características que determinado quadri-


látero possui, é possível classificá-lo de diversas maneiras:
ƒ trapézio;
ƒ paralelogramo;

93
1.2.1.1. Características do trapézio ABCD 1.2.3. Losango
Um losango é um quadrilátero convexo que possui os qua-
tro lados congruentes.

B1 + b1
base média = MN = ______
2
B1 – b1
Mediana de Euler = PQ = ______ 1.2.3.1. Características do losango ABCD
2
ƒ É um paralelogramo equilátero.
(B1 + b1
Área (ABCD) = S = ______
2 )h
ƒ As diagonais se cruzam no ponto médio.
ƒ As diagonais de um losango determinam nele quatro
1.2.2. Paralelogramo triângulos de áreas iguais.
Um paralelogramo é um quadrilátero convexo que possui ƒ As diagonais são perpendiculares.
seus lados opostos paralelos.
ƒ As diagonais são bissetrizes.
ƒ Os ângulos opostos são congruentes.

1.2.2.1. Características do paralelogramo ABCD


ƒ Quadrilátero que possui os lados opostos paralelos.
ƒ Os lados opostos são congruentes.
2x ˜2y
D ˜d = ______
Área (ABCD) = ____ = 2xy
ƒ Os ângulos opostos são congruentes. 2 2
ƒ As diagonais se cruzam no ponto médio. Note que a área do losango é a metade do produto das
diagonais.
ƒ As diagonais de um paralelogramo determinam nele
quatro triângulos de área iguais.
1.2.4. Retângulo
O retângulo é um quadrilátero convexo que possui os
quatro ângulo internos congruentes. Como a soma dos
ângulos internos de um quadrilátero convexo equivale a
360º, cada ângulo interno correponde a 360°/4 = 90°, isto
é, os quatro ângulos internos são retos.
Área (ABCD) = a ·h

Nota
Observe que, mesmo que o segmento DC seja deslo-
cado ao longo da reta DC, paralelamente à AB, sendo
mantidas as mesmas base e altura, a área permanece
a mesma. ^ ^ ^ ^
A = B = C = D = 90°

94
1.2.4.1. Características do retângulo ABCD
ƒ É um paralelogramo equiângulo.
ƒ As diagonais são congruentes.
ƒ As diagonais se cruzam no ponto médio.
ƒ As diagonais de um retângulo determinam nele quatro
triângulos de áreas iguais.

__
Diagonal = CA = BD = a√2
Área (ABCD) = a2

1.2.6. Resumo das áreas


B = base maior
(B + b)h
Trapézio Área = _______ b = base menor
2
______
h = altura
Diagonal = AC = BD =√a2 + b2
Área (ABCD) = S = a ˜ b b = base
Paralelogramo Área = b ˜ h
h = altura
1.2.5. Quadrado
D = diagonal maior
D˜d
Um quadrado é um quadriláterno convexo que possui os Losango Área = ____
2 d = diagonal menor
quatro ângulos internos congruentes e os quatro lados
congruentes.
a = base
Retângulo Área = a ˜ b
Como um retângulo é um quadrilátero que possui os qua- b = altura
tro ângulos internos congruentes, e um losango é um qua-
drilátero que possui os quatro lados congruentes, pode-se
dizer também que um quadrilátero é um quadrado
Quadrado Área = ø2 ø = lado
quando for um losango e um retângulo.

Note que o quadrado é o caso mais particular de quadrilá-


teros notáveis, enquanto o trapézio é o caso menos parti-
cular. Também é possível observar que:
ƒ todo paralelogramo é também um trapézio;
ƒ todo losango é também um trapézio e um paralelo-
1.2.5.1. Características do quadrado ABCD gramo;

ƒ É um paralelogramo equiângulo e equilátero, ou seja, ƒ todo retângulo é também um trapézio e um paralelo-


regular. gramo;
ƒ As diagonais são congruentes. ƒ todo quadrado é também um retângulo, losango, para-
ƒ As diagonais se cruzam no ponto médio. lelogramo e um trapézio.

ƒ As diagonais de um quadrado determinam nele quatro Observe a seguir a esquematização dessas informações no
triângulos de áreas iguais. diagrama de Venn:

ƒ É simultaneamente retângulo e losango. U é o conjunto de todos os quadriláteros.


ƒ As diagonais são perpendiculares. T é o conjunto de todos os trapézios.
ƒ As diagonais são bissetrizes. P é o conjunto de todos os paralelogramos.

95
L é o conjunto de todos os losangos. O primeiro quadrado possui lado 2, portanto sua área A1 é
igual a 4 u.a.. O segundo quadrado possui como medida
R é o conjunto de todos os retângulos.
de seu lado o dobro da medida do quadrado anterior, po-
Q é o conjunto de todos os quadrados. rém sua área é igual a A2 = 16 u.a.. Ao dobrarmos a medi-
da de um segmento para obter uma figura semelhante, sua
área não será o dobro da primeira.
Considere os triângulos A1B1C1 e A2B2C2 semelhantes
a seguir:

A razão de semelhança k é:
2. RAZÃO DE SEMELHANÇA b h
k = __1 = __1
b2 h2
PARA ÁREAS A área S1 e S2 de cada triângulo é dada por:
Foi visto anteriormente como dois triângulos semelhantes
1b ˜h e
S1 = __ 1b ˜h
S2 = __
possuem dimensões de segmentos correspondentes pro-
2 1 1 2 2 2
porcionais. Entretanto, quando se trata de figuras seme-
lhantes, suas áreas não são diretamente proporcionais da Calculando a razão entre as áreas, tem-se:
mesma maneira que os segmentos correspondentes. Ob-
serve um exemplo: 1b ˜h
__
S__1 _______ b1 ˜ h1 __
b h
=2
1 1
= _____ = 1 ˜ __1 = k ˜ k = k2
1b ˜h
S2 __ b2 ˜ h2 b2 h2
2 2 2
Assim, tem-se que:
A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes é
igual ao quadrado da razão de semelhança.
Essa conclusão pode ser estendida para qualquer par de
polígonos semelhantes.

Exemplo:
1. Calcule a área do triângulo ADE na figura a seguir, em
que DE//BC:

multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
Área de Figuras Planas Parte III: Como os segmentos DE e BC são paralelos, os triângulos
Losangos, Trapézios, Polígonos... ABC e ADE são semelhantes. A razão de semelhança k
pode ser calculada pela razão das alturas:

96
8 = __
k = ___ 2
12 3
A área do triângulo ABC é:
1 ˜ 10 ˜ 12 = 60 cm2
SABC = __
2
A razão de semelhança para áreas é dada por k², portanto,
pode-se calcular a área SADE do triângulo ADE:
SADE
k2 = ___
SABC
SADE
()2 2 = ___
__
3 60
multimídia: sites
4 S 80
__ = ___ Ÿ S = ___ cm2 > 26,7 cm2
ADE
9 60 ADE 3 matematica.obmep.org.br/index.php/mo-
dulo/ver?modulo=20

VIVENCIANDO

Gerir o espaço e alocar áreas para que o uso do espaço seja otimizado são aplicações recorrentes do tópico de áreas
de figuras planas. Depois de estudar todas as matérias de áreas de figuras planas, considere uma aplicação que você
poderá realizar para utilizar e otimizar o espaço a seu favor:
1. (IFSUL) Uma plantação de café que está situada em um terreno retangular com dimensões de 157 metros
por 50 metros foi irrigada por um esguicho que tem a capacidade de molhar uma área circular de raio igual
a 15 metros.

Supondo que esse esguicho foi fixado em seis pontos distintos, objetivando molhar a maior região possível,
sendo que a mesma parte de café não foi molhada duas vezes e que os limites desse terreno não foram ultra-
passados, a área do terreno que ainda necessita ser irrigada corresponde aproximadamente a
a) 7.850 m2
b) 4.239 m2
c) 3.611 m2
d) 706,5 m2
Resolução:
Calculando:

}
Scafé = 157 · 50 = 7850
7850 – 4239 = 3611 m2
Sesguicho = 6 · π · 152 ≈ 4239
Alternativa C

97
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

O cálculo de áreas é frequentemente abordado na disciplina de Geografia, no segmento de geografia física. A divisão
de extensões territoriais por divisões político-administrativas, por vegetação, por clima ou de acordo com a necessida-
de do geógrafo é uma das ferramentas que o cálculo de áreas permite. Na disciplina de Física, há o cálculo da área
de um corpo que sofreu dilatação ou contração por meio de variação de temperatura.

ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a Habilidade 14 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação
proposta com conhecimentos de geometria.

Modelo
(Enem) Uma fábrica de fórmicas produz placas quadradas de lados de medida igual a y centímetros. Essas placas são
vendidas em caixas com N unidades e, na caixa, é especificada a área máxima S que pode ser coberta pelas N placas.
Devido a uma demanda do mercado por placas maiores, a fábrica triplicou a medida dos lados de suas placas e
conseguiu reuni-las em uma nova caixa, de tal forma que a área coberta S não fosse alterada.
A quantidade X, de placas do novo modelo, em cada nova caixa será igual a:
a) N/9. b) N/6. c) N/3. d) 3N. e) 9N.

Análise expositiva - Habilidade 14: O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema utili-
A zando cálculos de área de superfícies planas, nesse caso, quadrados, para a sua resolução.
Antes: Depois:
Área = y∙y = y² Área = 3y∙3y = 9y²
1 placa — y² 1 placa — 9y²
N placas — S X placas — S
S = N∙y² S = X∙9y²
Igualando:
N∙y² = X∙9y²
X = N/9
Alternativa A

98
DIAGRAMA DE IDEIAS

TRAPÉZIO QUADRADO PARALELOGRAMO

PODE SER: QUADRILÁTEROS


- ISÓSCELES
- ESCALENO
- RETÂNGULO

• AB // CD
AD // BC
• ÂNGULOS OPOSTOS
• RAZÃO DE SEMELHANÇA CONGRUENTES
PARA ÁREAS • DIAGONAIS SE CRUZAM
• IGUAL AO QUADRADO DA NO PONTO MÉDIO
RAZÃO DE SEMELHANÇA • ÁREA = S = b · h
b +b • SERVE PARA QUALQUER
BASE MÉDIA = MN = 2 1
2
POLÍGONO SEMELHANTE

MEDIANA DE EULER = S = PQ =
b2 - b1 • ÂNGULOS INTERNOS LOSANGO
2
CONGRUENTES
(b2 + b1) h
ÁREA (ABCD) = S = • É SIMULTANEAMENTE UM
2
LOSANGO E UM RETÂNGULO
• DIAGONAIS SE CRUZAM
RETÂNGULO NO PONTO MÉDIO
• DIAGONAIS SÃO PERPEN-
DICULARES E BISSETRIZES
• DIAGONAL = AC = BD = a 2
• ÁREA = a2

K = RAZÃO DE SEMELHANÇA
DOS POLÍGONOS A E A
1 2
A1 ÁREA DO POLÍGONO 1 • É UM PARALELOGRAMO
• ÂNGULOS INTERNOS CON- EQUILÁTERO
A2 ÁREA DO POLÍGONO 2
GRUENTES Â = B = C = D = 90º • DIAGONAIS SE CRUZAM
A1
• É UM PARALELOGRA- K2= NO PONTO MÉDIO
MO EQUIÂNGULO A2 • DIAGONAIS SÃO PERPEN-
• DIAGONAIS SE CRUZAM DICULARES E BISSETRIZES
NO PONTO MÉDIO • ÂNGULOS OPOSTOS
• DIAGONAL = D = AC = a2 + b2 SÃO CONGRUENTES

• ÁREA = A = a · b • ÁREA = A = D·d


2

99
AULAS ÁREA DO CÍRCULO, SETOR
21 E 22 E SEGMENTO CIRCULAR
COMPETÊNCIAS: 2e3 HABILIDADES: 6, 7, 8, 9 e 14

1. ÁREA DE UM CÍRCULO (DISCO) 2. ÁREA DE UMA COROA CIRCULAR


Como foi visto, uma circunferência de raio R é o conjunto Considere a figura a seguir:
de pontos que equidistam de um ponto O denominado
centro da circunferência. Um círculo é o conjunto de
pontos que possuem uma distância igual ou menor ao
raio. Em outras palavras, o círculo é a união da região inter-
na da circunferência com a circunferência.

Sendo:
ƒ O: centro dos círculos concêntricos.
ƒ P: ponto da circunferência maior.
ƒ Q: ponto da circunferência menor.
ƒ OP = R (raio do círculo maior)
ƒ OQ = r (raio do círculo menor)
1.1. Fórmula da área do círculo
Área da coroa circular = S = pR2 – pr2 = p · (R2 – r2)
A área AC da região interna da circunferência (círculo) de
raio R é calculada pela fórmula:
AC = pR2
3. ÁREA DE UM SETOR CIRCULAR
Uma maneira intuitiva de encontrar a área de um círculo é Considere a figura a seguir:
dividi-lo em pequenos setores. Na figura a seguir, por ex-
emplo, uma circunferência foi dividida em 8 setores, e cada
setor foi disposto de forma conveniente:

Sendo:
ƒ O: centro do círculo.

Ao rearranjar os setores, ocorre que, quanto maior a quan- ƒ P, Q: pontos distintos da circunferência.
tidade de setores em que a circunferência foi dividida, ƒ OP = OQ = R (raio do círculo = raio do setor).
mais próxima de um retângulo a nova figura se torna. Esse
ƒ a: medida do ângulo central.
retângulo possui dimensões pR e R, portanto sua área é
S = pR2. ƒ d: medida linear do arco PQ.

100
A área AS de um setor pode ser calculada facilmente se o
ângulo a for conhecido. A área do setor é proporcional ao 4. ÁREA DE UM
ângulo a:
AS ____ SEGMENTO CIRCULAR
__ = a
AC 360º Sendo:
Em que AC é a área total do círculo. ƒ O: centro do círculo.

360º · AS = a · AC ƒ P, Q: pontos distintos da circunferência.


a · A = ____a · pR2 ƒ OP= OQ = R (raio do círculo).
AS = ____
360º C 360º
ƒ a: media do ângulo central.
a pR2, a em graus.
Área do setor circular = S = ____
(
360º ) ƒ Área (segmento circular) :
a pR2 = _____
Área do setor circular = S = ___ a · R2,
2p ( ) 2
S = Área (setor POQ) – Área (triângulo POQ).

a em radianos. ƒ Área (segmento circular) :


R · R · sen a, a em graus.
a · pR2 – _________
S = ____
É possível, também, calcular sua área em função do arco d:
(
360º ) 2

d·R
Área do setor circular = S = ____
2

Exemplo:
1. Na figura a seguir, tem-se na região interior do quadrado
ABCD de raio 4 cm um setor circular de centro em A e raio
4 cm. Calcule a área da figura destacada.

A área destacada A é calculada pela diferença entre a área


AQ do quadrado ABCD e a área AS do setor circular:
A = AQ – AS

A área do quadrado é igual a AQ = 4² = 16 cm².


O setor circular possui ângulo central de 90° e raio 4cm;
portanto, sua área é dada por:
90º · p(4)2 = __
AS = ____ 1 · p · 16 = 4p cm2
360º 4
Assim, a área destacada é:
A = AQ – AS

A = 16 – 4p = 4(4 – p) cm²

101
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a Habilidade 14 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação
proposta com conhecimentos de geometria.

Modelo
(Enem) Uma empresa de telefonia celular possui duas antenas que serão substituídas por uma nova, mais potente. As
áreas de cobertura das antenas que serão substituídas são círculos de raio 2 km, cujas circunferências se tangenciam
no ponto O, como mostra a figura.

O ponto O indica a posição da nova antena, e sua região de cobertura será um círculo, cuja circunferência tangenciará
externamente as circunferências das áreas de cobertura menores.
Com a instalação da nova antena, a medida da área de cobertura, em quilômetros quadrados, foi ampliada em:
a) 8π.
b) 12π.
c) 16π.
d) 32π.
e) 64π.

Análise expositiva - Habilidade 14: O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar o problema
A utilizando cálculos de área de superfícies planas, nesse caso, círculos, para a sua resolução.
A área de uma circunferência é dada pela fórmula πr².
A área ocupada pelas antenas antigas era de 8π, com duas circunferências de raio 2, ou seja, área = 2·2²·π.
Já a área coberta pela nova antena é de 16π, pois o seu raio, analisando a figura, vale 4. Assim, a área = 4²π.
Ou seja, a área aumentou 8π.
Alternativa A

102
DIAGRAMA DE IDEIAS

ÁREA

SETOR SEGMENTO
CÍRCULO
CIRCULAR CIRCULAR

B
R R O
O L R R
Ʉ
A P Q

A = π R2 L∙R A = área do setor PÔQ -


A=
2 área do triângulo PÔQ

Ʉ0 0
2 R ∙ R sen(Ʉ )
A= 0 πR - 0
360 360
COROA
ɄEM GRAUS
CIRCULAR Ʉ0
R

L Ʉ0 π R2
A=
R 3600

A = π(R2 - r2)
O Ʌrad
R

Ʌ
A= R2
2

103
AULAS POLIEDROS E NOÇÕES DE
23 E 24 GEOMETRIA MÉTRICA DE POSIÇÃO
COMPETÊNCIA: 2 HABILIDADES: 6, 7, 8 e 9

1. POLIEDROS E NOÇÕES DE 1.3. Posições relativas entre retas


GEOMETRIA MÉTRICA DE POSIÇÃO ƒ Retas paralelas: duas retas são paralelas se, e so-
mente se, forem coplanares sem pontos em comum ou
forem coincidentes.
1.2. Postulados
ƒ Postulado da existência: existem pontos, retas e
planos. Sua existência é aceita sem prova.
ƒ Em uma reta existem infinitos pontos.
ƒ Em um plano existem infinitos pontos. ƒ Retas concorrentes: duas retas são concorrentes se, e
somente se, sua intersecção apresentar um único ponto.
ƒ Postulados de determinação:
ƒ Dois pontos distintos determinam uma única reta.

ƒ Três pontos não colineares determinam um único plano.


ƒ Retas reversas: duas retas são reversas se, e somente
se, não existir plano que contenha ambas.

ƒ Postulado de inclusão: se dois pontos de um plano


determinam uma reta, então a reta também está con-
tida no plano.

1.4. Determinação de planos


ƒ Três pontos distintos: como já foi exposto, três pon-
ƒ Postulado da intersecção: se dois planos distintos
tos distintos determinam um único plano.
possuem pelo menos um ponto em comum, então a
intersecção dos dois planos forma uma reta. ƒ Duas retas concorrentes: duas retas concorrentes
determinam um único plano.

104
ƒ Duas retas paralelas distintas: existe apenas um
único plano que contém duas retas paralelas distintas.
1.6. Posições relativas entre
planos
ƒ Planos coincidentes: dois planos são coincidentes
se todos os seus pontos são coincidentes.

ƒ Um reta e um ponto fora dela: enquanto existem


infinitos planos que contêm uma determinada reta, ƒ Planos concorrentes (ou secantes): dois planos
existe um único plano que contém uma reta e um não coincidentes são concorrentes se sua intersecção
ponto fora dela. apresenta uma única reta.

ƒ Planos paralelos: dois planos são paralelos se sua


intersecção é vazia.
1.5. Posições relativas
entre reta e plano
ƒ Reta contida no plano: uma reta está contida em
um plano se, e somente se, todos os pontos da reta Observe que não há a ideia de “planos reversos”.
também estão contidos no plano.
1.7. Perpendicularismo
ƒ Entre reta e plano: uma reta r e um plano D são
perpendiculares quando qualquer reta do plano D que
contém o ponto de intersecção P é perpendicular à reta r.

ƒ Reta paralela ao plano: uma reta é dita paralela


a um plano se, e somente se, entre eles não existirem
pontos em comum.

ƒ Reta concorrente ao plano: uma reta é concor- ƒ Entre planos: dois planos são perpendiculares se um
rente a um plano se, e somente se, existir somente deles contém uma reta que é perpendicular ao outro.
um único ponto em comum entre eles.

105
1.8. Projeção ortogonal 1.9. Ângulos
ƒ Ângulo entre reta e plano: o ângulo T formado por
ƒ Entre ponto e plano: a projeção ortogonal P’ de um
uma reta r e um plano D (não paralelos) é o ângulo
ponto P sobre um plano D é a intersecção entre a reta
entre a projeção ortogonal r’ sobre D e r:
perpendicular a D que passa por P.

ƒ Ângulo entre planos: considere dois planos D e E,


não paralelos, e a reta que representa sua intersecção
ƒ Entre reta e plano: pode acontecer de duas formas: é t. Agora, considere uma reta r em E que seja perpen-
ƒ Se a reta é perpendicular ao plano: a projeção dicular a t. O ângulo entre os planos D e E é o ângulo
ortogonal de uma reta r sobre um plano perpendicular formado por r e a sua projeção ortogonal r’ em D.
a r é um ponto.
ƒ Se a reta não é perpendicular ao plano: a proje-
ção ortogonal r’ de uma reta r sobre um plano D é a
intersecção entre o plano D e o plano perpendicular a
D que contém a reta r.

Observe que, se r e r’ não forem perpendiculares a t, o ân-


gulo formado entre elas será menor que T:

ƒ Entre um segmento de reta e plano: dados pon-


tos A e B fora do plano D, a projeção ortogonal do seg-

mento ABsobre o plano D é o segmento formado pe-
las projeções A’ e B’ dos pontos A e B, respectivamente.

2. POLIEDROS
Um poliedro consiste na região delimitada por planos. As
regiões poligonais determinadas pelos planos e suas inter-
secções são denominadas faces. Os lados dos polígonos
Como consequência, também é possível realizar projeções
são as arestas do poliedro, e os vértices das regiões poli-
ortogonais de figuras geométricas. Observe, a seguir, um
gonais são os vértices do poliedro.
quadrado ABCD contido no plano E, não paralelo a D. Sua
projeção ortogonal A’B’C’D’ no plano D é um retângulo: Observe um exemplo de poliedro:

106
No poliedro ABCDEFGH, tem-se: Uma região do plano é convexa quando o segmento de
ƒ ABCD, CDGH,..., EFGH são as faces do poliedro; reta que liga dois pontos quaisquer dessa região está intei-
    ramente contido nela. Nas figuras acima, a e b são regiões
ƒ AB,BC,CD,...,
 GHsão as arestas do poliedro;
convexas, e c e d são regiões não convexas do plano. De
ƒ A, B, C,..., H são os vértices do poliedro.
modo equivalente, pode-se dizer que uma região plana é
Observe que: convexa se qualquer reta r desse plano intersecta seu con-
torno em, no máximo, dois pontos:
ƒ faces são polígonos;
ƒ arestas são segmentos de reta;
ƒ vértices são pontos.

Observe:
REGIÕES PLANAS CONVEXAS

REGIÕES PLANAS NÃO CONVEXAS

Um poliedro é convexo quando o segmento que liga dois


Esse poliedro possui: de seus pontos está sempre contido nele.
ƒ 5 faces;
De modo equivalente, pode-se dizer que um poliedro é
ƒ 8 arestas; convexo se qualquer reta não paralela a nenhuma das fa-
ƒ 5 vértices. ces intersecta suas faces em, no máximo, dois pontos.
As figuras espaciais a seguir são exemplo de poliedros.

POLIEDROS CONVEXOS

POLIEDROS NÃO CONVEXOS

2.1. Poliedros convexos 2.2. Relação de Euler


O matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783) desco-
É importante recordar o que é uma região convexa do plano.
briu uma importante relação entre o número de vértices
(V), o número de arestas (A) e o número de faces (F) de
um poliedro convexo.
Observe os exemplos a seguir:

107
Examine o poliedro abaixo, que é um exemplo des-
sa situação:

POLIEDRO NÃO CONVEXO

Todo poliedro convexo satisfaz a relação de Euler, mas


nem todo poliedro que satisfaz a relação de Euler é
convexo.
Observe que, para cada um dos poliedros, o número de
3. Dados três números V, A e F, tal que V – A + F,
arestas é exatamente 2 unidades menor do que a soma do
nem sempre existe um poliedro que tenha V vértices,
número de faces com o número de vértices.
A arestas e F faces. Por exemplo: V = 1, A = 3 e F = 4.
Essa relação pode ser escrita assim:
4. Em uma superfície poliédrica aberta, vale a relação
V –A + F = 2 (relação de Euler) V – A + F = 1.
Em uma definição informal, uma superfície poliédrica
A relação de Euler vale para todos os poliedros conve- aberta pode ser entendida como um poliedro ao qual
xos. No entanto, ela não é condição necessária e suficiente faltam uma ou mais faces adjacentes. Uma caixa de
para que um poliedro seja convexo. Em outras palavras, a sapatos sem a tampa é uma superfície aberta.
relação pode valer para um determinado poliedro, mas não
significa que ele seja convexo.
O valor 2 dessa expressão é uma característica de todos os
poliedros convexos.
Aplicação do conteúdo
Observe a relação de Euler em mais um poliedro convexo: 1. Determine o número de arestas e o número de vérti-
ces de um poliedro convexo com seis faces quadrangu-
lares e quatro faces triangulares.

Resolução:

Como o poliedro tem 6 faces quadrangulares, tem-se:


6 ˜ 4 = 24 arestas
Notas:
O poliedro tem 4 faces triangulares:
1. Em alguns poliedros (não em todos) não convexos,
vale também a relação de Euler. 4 ˜ 3 = 12
Examine um exemplo dessa afirmação no poliedro Como cada aresta foi contada duas vezes, o número total
não convexo abaixo: de arestas é:
24 + 12 = 18
A = _______
2
Assim: F = 10, A = 18.
Aplicando a relação de Euler:
V – A + F = 2 Ÿ V – 18 + 10 = 2 Ÿ V = 10
Portanto, o poliedro tem 18 arestas e 10 vértices.
2. A expressão V – A + F pode assumir valores diferen-
tes de 2, quando o poliedro não é convexo. 2. Arquimedes descobriu um poliedro convexo formado
por 12 faces pentagonais e 20 faces hexagonais, todas

108
regulares. Esse poliedro inspirou a fabricação da bola Da relação de Euler, V – 2 = A – F, tem-se:
de futebol que apareceu na Copa do Mundo de 1970.
Quantos vértices possui esse poliedro? S = (V – 2) ˜ 360º.

4. POLIEDROS REGULARES
Um poliedro convexo é regular quando todas as faces são
regiões poligonais regulares e congruentes e em todos os
vértices concorre o mesmo número de arestas.

Resolução:

Como o poliedro tem 12 faces pentagonais, então:


12 ˜ 5 = 60 arestas
O poliedro tem 20 faces hexagonais, assim:
POLIEDRO REGULAR POLIEDRO REGULAR
20 ˜ 6 = 120 arestas.
Logo:
Nota:
F = 12 + 20 = 32
Uma região poligonal regular é limitada por um
polígono regular, ou seja, por um polígono que tem
Cada aresta foi contada duas vezes; portanto, tem-se: todos os lados e ângulos internos congruentes.
2A = 60 + 120 Ÿ 2A = 180 Ÿ A = 90
Como o poliedro é convexo, vale a relação de Euler,
Observe:
V – A + F = 2:
V – 90 + 32 = 2 Ÿ V = 2 + 90 – 32 Ÿ V = 60
Assim, o número de vértices é 60.

3. SOMA DOS ÂNGULOS DAS


FACES DE UM POLIEDRO CONVEXO
Em todo poliedro convexo, a soma dos ângulos das faces
é dada por:
S = (V – 2) ˜ 360º
5. PROPRIEDADE: EXISTEM APENAS
CINCO POLIEDROS REGULARES
Em que V é o número de vértices do poliedro.
CONVEXOS
Demonstração:
Considere um poliedro regular, sendo n o número de lados
Seja n1, n2, n3,..., nF o número de lados de cada uma das F de cada face e p o número de arestas que concorre em
faces do poliedro. cada vértice.

Assim, a soma dos ângulos das faces é: Assim, tem-se:

S = (n1 – 2) ˜ 180º + (n2 – 2) ˜ 180º+ ... 2 A = nF = pV


(nF–2 – 2) ˜ 180º + ... + (nF – 2) ˜ 180º Ÿ
O que acarreta:
Ÿ S = 180º (n1 + n2 + ... + nF) – 180° (2 + 2 + 2 + ... + 2) nF
nF e V = __
A = __ p
2A F parcelas 2

Ÿ S = 180º ˜ 2A – 180º ˜ 2 F Ÿ S = 360º (A – F) Substituindo esses valores na relação de Euler.

109
V – A + F = 2, temos:
nF – __
__ 2nF – npF + 2pF ___
nF + F = 2 Ÿ_____________ 4p
p = Ÿ
2 2p 2p
4p
Ÿ F(2n + 2 p – np) = 4 p Ÿ F = __________
2n + 2p – np
É preciso ter 2n + 2p – np > 0, isto é:
2n > np – 2p Ÿ CUBO: 6 FACES QUADRADAS E 3 ARESTAS QUE CONCORREM EM CADA VÉRTICE.
Ÿ 2n > p(n – 2) Ÿ
2n > p
Ÿ ____
n–2
Como p t 3, segue que:
Ÿ2n > 3n – 6 Ÿ
Ÿ–n>–6Ÿn<6 DODECAEDRO: 12 FACES PENTAGONAIS REGULARES CONGRUENTES
E 3 ARESTAS QUE CONCORREM EM CADA VÉRTICE.
Portanto, temos as seguintes possibilidades: n = 3, n = 4
e n = 5.
ƒ Para n = 3: 6. POLIEDROS DE PLATÃO
p = 3 o F = 4 (tetraedro)
4p Um poliedro é denominado poliedro de Platão se, e somen-
F = ____ o p = 4 o F = 8 (octaedro)
6–p te se, forem verificadas as seguintes condições:
p = 5 o F = 20 (icosaedro)
ƒ Todas as faces têm o mesmo número de arestas.
ƒ Para n = 4:
ƒ Em todos os vértices concorrem o mesmo número de
4p 2p
F = _____ = ____ o p = 3 o F = 6 (cubo) arestas.
8 – 2p 4 – p
ƒ Vale a relação de Euler: V – A + F = 2.
ƒ Para n = 5:
Dessa forma, todos os poliedros regulares convexos são
4p
F = ______ o p = 3 o F = 12 (dodecaedro) poliedros de Platão.
10 – 3p
Da mesma maneira que foi demonstrado que só existem
Examine estes desenhos: cinco poliedros regulares convexos, podemos demonstrar
que só existem cinco classes de poliedros de Plantão: te-
traedros, hexaedros, octaedros, dodecaedros e icosaedros.

TETRAEDRO: 4 FACES TRIANGULARES EQUILÁTERAS E 3


ARESTAS QUE CONCORREM EM CADA VÉRTICE.

OCTAEDRO: 8 FACES TRIANGULARES EQUILÁTERAS E 4


ARESTAS QUE CONCORREM EM CADA VÉRTICE.

ICOSAEDRO: 20 FACES TRIANGULARES EQUILÁTERAS E 5


ARESTAS QUE CONCORREM EM CADA VÉRTICE.

110
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
A Habilidade 7 exige que o aluno consiga utilizar seus conhecimentos geométricos para realizar a leitura e a repre-
sentação da realidade e agir sobre ela.

Modelo
(Enem) Para o modelo de um troféu foi escolhido um poliedro P, obtido a partir de cortes nos vértices de um cubo.
Com um corte plano em cada um dos cantos do cubo, retira-se o canto, que é um tetraedro de arestas menores do
que metade da aresta do cubo. Cada face do poliedro P, então, é pintada usando uma cor distinta das demais faces.
Com base nas informações, qual é a quantidade de cores que serão utilizadas na pintura das faces do troféu?
a) 6
b) 8
c) 14
d) 24
e) 30

Análise expositiva - Habilidade 7: Nessa questão, é necessário que o aluno saiba identificar os diferentes
C tipos de sólido geométrico e conheça suas características e propriedades.
Depois dos cortes, o poliedro P resultante é um sólido com 6 + 8 = 14 faces.
Alternativa C

111
DIAGRAMA DE IDEIAS

NOÇÕES DE GEOMETRIA POSIÇÕES RELATIVAS


DE POSIÇÃO ENTRE RETA E PLANO

DOIS PONTOS DISTINTOS RETA CONTIDA NO PLANO


DETERMINAM UMA ÚNICA RETA
A B
r
TRÊS PONTOS NÃO COLINEARES
Ʉ
DETERMINAM UM ÚNICO PLANO

POSIÇÕES RELATIVAS RETA PARALELA AO PLANO


ENTRE RETAS
r

PARALELAS
Ʉ
s
Ʉ r
RETA CONCORRENTE AO PLANO

CONCORRENTES P

r Ʉ

REVERSAS
(PLANOS DISTINTOS)

112
AULAS PRISMAS
25 E 26
COMPETÊNCIA: 2 HABILIDADES: 6, 7, 8 e 9

1. PRISMAS
Entre os poliedros mais conhecidos, destacam-se os pris-
mas. Observe a seguir alguns exemplos e procure perceber
suas características.

Tome dois segmentos consecutivos assim determinados,


 
por exemplo, AA’ e BB’.Essas retas determinam um plano,
pois seus lados AA’ e BB’ são paralelos. Disso decorre que
 
ABe A’B’ também são paralelos (pois estão contidos
em retas coplanares que não se intersectam por esta-
rem contidas em planos paralelos). Assim, o quadrilá-
tero AA’B’B é um paralelogramo. As regiões limitadas
por paralelogramos assim determinados, juntamente
com as regiões poligonais ABCDE e A’B’C’D’E’, de-
terminam um poliedro denominado prisma de bases
1.1. Construção e ABCDE e A’B’C’D’E’.
definição de prisma A região do espaço ocupada por um prisma é formada pe-
Considere uma região poligonal, por exemplo, ABCDE, los pontos dos segmentos nos quais cada extremidade está
contida em um plano D. Escolha um ponto A’ qualquer, em uma das bases.
não pertencente a D. Por A’ trace o plano E paralelo a D. As arestas AA’, BB’, CC’, DD’ e EE’ são denominadas ares-
Pelos demais pontos B, C, D, E trace retas paralelas a AA’ tas laterais. Todas as arestas laterais são paralelas e de
que cortam E nos pontos B’, C’, D’, E’. Essas retas são mesmo comprimento.
paralelas entre si.
Arestas laterais consecutivas determinam regiões que têm
a forma de paralelogramos e são chamadas de faces late-
rais do prisma.
As bases ABCDE e A’B’C’D’E’ são congruentes. A altura do
prisma é a distância entre as bases.

Nota:
Quando, nos exercícios relacionados a esse assunto,
as bases forem polígonos, deve-se entendê-las como
regiões poligonais (por exemplo, a expressão “prisma
cuja base é um quadrado” deve ser entendida como
"prisma cuja base é uma região quadrada").

113
Arestas laterais: AD, CF e BE
1.2. Caso particular: o
paralelepípedo ƒ Prisma reto de base pentagonal ou prisma reto pentagonal.
Quando a base é uma região em forma de paralelogramo,
tem-se um prisma particular denominado paralelepípedo.

Bases: regiões ABCDE e FGHIJ

Paralelepípedos são prismas cuja particularidade consiste em Faces laterais: regiões BCHG, CDIH, DEJI, AEJF e ABGF
que qualquer de suas faces pode ser tomada como base, (faces retangulares)
pois duas faces opostas quaisquer estão situadas em planos Arestas laterais: AF, BG, EJ, CH e DI
paralelos e são ligadas por arestas paralelas entre si.
ƒ Prisma reto de base retangular ou paralelepípedo re-

2. PRISMAS RETOS
tângulo ou bloco retangular.
Quando a base é uma região retangular, obtém-se um pa-
O prisma é reto quando as arestas laterais são perpendi- ralelepípedo retângulo ou bloco retangular, no qual cada
culares às bases, e oblíquo quando as arestas laterais não face é uma região retangular.
são perpendiculares às bases.

PRISMA RETO PRISMA OBLÍQUO

Dessa forma, num prisma reto, as faces laterais são regiões


retangulares. ƒ Cubo ou hexaedro regular.

De acordo com a região poligonal das bases, o prisma rece- Quando, em um prisma reto, a base é uma região poli-
be nomes especiais. Observe alguns exemplos: gonal regular, tem-se um prisma regular. Um exemplo é
o cubo ou hexaedro regular, que é um caso particular de
ƒ Prisma reto de base triangular ou prisma reto triangular. paralelepípedo retângulo, no qual cada face é uma região
quadrada. Assim:

Prisma regular é um prisma reto cuja base é uma


região poligonal regular.

Bases: regiões ABC e DEF


Faces laterais: regiões ABED, ACFD, BCFE (faces retangulares)

114
ƒ Como o triângulo ABD é retângulo em A, tem-se pela
Nota: relação de Pitágoras:

Todo quadrado é um retângulo. Todo retângulo é x2 = a2 + b2 (I)


um paralelogramo. Portanto, todo quadrado é um ƒ Como o triângulo DBH é retângulo em D, tem-se pela
paralelogramo. relação de Pitágoras:
d2 = x2 + c2 (II)
Examine essa classificação em um diagrama: ƒ Substituindo (I) em (II), segue que:
d2 = x2 + c2 = a2 + b2 + c2 Ÿ d = dXXXXXXXXXX
a2 + b2 + c2
No cubo, como ele é um caso particular de paralelepípedo
retângulo, tem-se:

Nota:
Todo cubo é um paralelepípedo retangular, mas nem
todo paralelepípedo retangular é cubo.

2.1. Cálculo da diagonal


de um paralelepípedo _________ ___
retângular e de um cubo d = √ a2 + a2 + a2 = √3a2
No paralelepípedo de dimensões a, b e c, tem-se: d = adXX
3

2.2. Área da superfície de um prisma


Em todo prisma, considere que:
ƒ Superfície lateral: é formada pelas faces laterais.
ƒ Superfície total: é formada pelas faces laterais e pe-
las bases.
ƒ Área lateral (Al): é a área da superfície lateral.
d = medida da diagonal do paralelepípedo
ƒ Área total (At): é a área da superfície total.
x = medida da diagonal da base

Na figura, é possível localizar dois triângulos retângulos:


Aplicação do conteúdo
1. Em um prisma hexagonal regular, a aresta da base
mede 3 cm e a aresta da face lateral mede 6 cm. Cal-
cule a área total.

t t

s
s

115
Resolução:

Na figura, é possível observar que:


s – medida da aresta lateral = 6 cm
t – medida da aresta da base = 3 cm

Assim:
Área lateral = A2 = 6(s ˜ t) = 6(6 ˜ 3) = 108 cm2
Área base = área da região limitada pelo hexágono regular Todo paralelepípedo retângulo é formado por 6 faces:
A região hexagonal é formada por regiões triangulares ƒ Duas regiões retangulares de medidas a e b.
equiláteras.
ƒ Duas regiões retangulares de medidas a e c.
Já foi visto que a área de uma__região triangular equilátera
<2√3. ƒ Duas regiões retangulares de medidas b e c.
de lado ℓ é dada por A = ____
4
Assim, segue que:
Área total = At = 2ab + 2ac + 2bc = 2(ab + ac + bc)
No exercício dado:
Área de cada caixa = At = 2(14 ˜ 20 + 20 ˜ 40 + 14 ˜ 40)=
= 2(280 + 800 + 560) = 3280 cm2
Como são 10.000 caixas, tem-se:
A = 3280 ˜ 10000 = 32800 000 cm2 = 3 280 m2
t Se 1 m = 100 cm, então
m2 = 10000 cm2
Nesse caso,__tem-se: __ __
t2√
____ 3 32√
____ 3 27 √3 2
_____ Serão necessários pelo menos 3.280 m2 de papelão.
Ab = 6 ˜ =6˜ = cm
4 4 2
3. Dispondo de uma folha de cartolina de 50 cm de
Como são duas __ bases, segue que: comprimento por 30 cm de largura, pode-se construir
27√3 = 27 dXX
2Ab = 2 ˜ _____ 3 cm2 uma caixa aberta cortando um quadrado de 8 cm de
2 lado em cada canto da folha (ver figura). Quantos cen-
Área total = área lateral + área das bases tímetros quadrados de material são necessários para
Nesse caso, a área total é dada por: que seja construída essa caixa?

AT = Aℓ + 2Ab = (108 + 27 dXX


3 ) cm2
Como dXX
3 = 1,7 tem-se: At = 153,9 cm2.

2. Uma indústria precisa fabricar 10.000 caixas de sa-


bão com as medidas da figura a seguir. Desprezando as
abas, calcule, aproximadamente, quantos metros qua-
drados de papelão serão necessários.

Montando a caixa, tem-se a figura a seguir:

Resolução:

A caixa tem a forma de um paralelepípedo retângulo:

116
Resolução: Como são 4 cantos, tem-se: 4 ∙ 64 = 256 cm2.
São necessários para fazer a caixa
Observando a caixa montada, é possível verificar que:
1 500 – 256 = 1 244 cm2 de material.
ƒ Duas regiões retangulares de 34 cm por 8 cm
A1 = 34 ∙ 8 = 272 cm2
ƒ Duas regiões retangulares de 14 cm por 8 cm
A2 = 14 ∙ 8 = 112 cm2
ƒ Uma região retangular de 34 cm por 14 cm (fundo da caixa)
A3 = 34 ∙ 14 = 476 cm2

Portanto, a quantidade de material usado é:


multimídia: livros
2 A1 + 2 A2 + A3 = 2 ∙ 272 + 2 ∙ 112 + 476 = 544 + 224
+ 476 = 1 244 cm2 O homem que calculava - Malba Tahan
Outra resolução: As proezas matemáticas do calculista persa Be-
remiz Samir – O homem que calculava – torna-
A região retangular de 50 cm por 30 cm tem área de 50 ∙ ram-se lendárias na antiga Arábia, encantando
30 = 1 500 cm2. reis, poetas, xeques e sábios. Nesse livro, Malba
Cada “canto” é um quadrado de 8 cm de lado e, portanto, Tahan relata as incríveis aventuras desse ho-
com área de 8 ∙ 8 = 64 cm2. mem singular e suas soluções fantásticas para
problemas aparentemente insolúveis.

VIVENCIANDO

A matemática está sempre presente no dia a dia por meio da natureza, dos animais, dos objetos, das construções, etc.
Os prédios, principalmente os históricos, trazem em sua arquitetura figuras geométricas que proporcionam caracterís-
ticas únicas, as quais simbolizam a cultura de uma sociedade. Já reparou que os prédios têm formato de um prisma?
Além disso, ao embrulhar um presente, são utilizadas caixas que possuem uma estrutura tridimensional de um cubo
ou prisma retangular.

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

A oftalmologia é a ciência dedicada ao estudo e tratamento de doenças dos olhos. Ao diagnosticar doenças ou de-
ficiências oculares, os oftalmologistas usam a luz refletida e refratada pelos prismas para examinar diferentes partes
dos olhos e encontrar os problemas. Os prismas utilizados para tratar uma doença ajudam a redirecionar a luz que
entra nos olhos para melhorar a visão do paciente.

117
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM

Habilidade
7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.

A Habilidade 7 exige que o aluno consiga utilizar seus conhecimentos geométricos para realizar a leitura e a repre-
sentação da realidade e agir sobre ela.

Modelo
(Enem) Uma rede hoteleira dispõe de cabanas simples na ilha de Gotland, na Suécia, conforme a figura 1. A estrutura
de sustentação de cada uma dessas cabanas está representada na figura 2. A ideia é permitir ao hóspede uma estada
livre de tecnologia, mas conectada com a natureza

A forma geométrica da superfície, cujas arestas estão representadas na figura 2, é um(a):


a) tetraedro;
b) pirâmide retangular;
c) tronco de pirâmide retangular;
d) prisma quadrangular reto;
e) prisma triangular reto.

Análise expositiva - Habilidade 7: Como a figura 2 possui faces opostas paralelas e iguais e base trian-
E gular, sua representação é dada por um prisma triangular reto.
Nessa questão, é necessário que o aluno saiba identificar os diferentes tipo de sólidos geométricos e conhe-
ça suas características e propriedades.
Alternativa E

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DIAGRAMA DE IDEIAS

PRISMAS

ELEMENTOS NOMENCLATURA CLASSIFICAÇÃO

BASE
DADOS DE ACORDO COM OS PRISMAS OBLÍQUOS
VÉRTICE POLÍGONOS DAS BASES QUANDO AS ARESTAS
LATERAIS NÃO SÃO PER-
POLÍGONO PENDICULARES À BASE
ALTURA ARESTA PRISMA
DA BASE
LATERAL PRISMAS RETOS
TRIANGULAR QUANDO AS ARESTAS
BASE LATERAIS SÃO PERPEN-
FACE
LATERAL ARESTA QUADRANGULAR DICULARES À BASE
BASE
PENTAGONAL PRISMAS REGULARES
PRISMA RETO CUJA
HEXAGONAL BASE É UMA REGIÃO
POLIGONAL REGULAR
... ...

ÁREA DE
CUBO
SUPERFÍCIE

ÁREA LATERAL (AL) PRISMA REGULAR


SOMA DAS ÁREAS DIAGONAL DA FACE ÁREA LATERAL
DAS FACES LATERAIS d=a 2 A = 4a2
D

ÁREA DA BASE (AB) d DIAGONAL DO CUBO ÁREA TOTAL


D=a 3 AT = 6a2
ÁREA DO POLÍGONO
FORMADO NA BASE

ÁREA TOTAL (AT) PARALELEPÍPEDO


AT = AL + 2AB

PRISMA REGULAR
DIAGONAL DO
c
D PARALELEPÍPEDO ÁREA DA BASE
a
b
d D = a2 + b2 + c2 AB = a ∙ b

DIAGONAL DA FACE ÁREA LATERAL ÁREA TOTAL


d = a2 + b2 AL = 2ab + 2bc + 2ac AT = AL + 2AB

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