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Aspectos pedagógicos

O diretor de escola na gestão da sala de aula

As ações de natureza pedagógica devem ser colocadas como eixo do trabalho da


equipe de gestão da escola. Essas ações dizem respeito à gestão da Proposta
Pedagógica, do Currículo Básico, do Plano de Melhoria, do desenvolvimento
profissional e da avaliação, ou seja, dos próprios elementos que constituem a natureza
da atividade escolar.

Todos os membros da equipe escolar devem estar envolvidos nessas ações, mas a
responsabilidade direta sobre elas é da competência do diretor de escola.

Em função disso, cada escola deverá assegurar a efetivação do currículo e da


intervenção pedagógica, quando for necessário corrigir os rumos das ações, bem como
garantir a aprendizagem de todos os alunos. Nesse contexto, compete ao diretor de
escola:
• conhecer, apropriar-se e divulgar os resultados das avaliações externas para toda a
comunidade escolar, conscientizando-a e sensibilizando-a da necessidade da
recuperação;
• coordenar e mobilizar a equipe escolar para a elaboração do Plano de Melhoria;
• articular as ações de planejamento às ações avaliativas, tendo como ponto de
partida os resultados da aprendizagem dos estudantes;
• definir, no coletivo escolar, propostas de intervenção pedagógica que melhor
atendam à sua realidade, considerando as ações de implementação do currículo;
• dar o suporte necessário para o desenvolvimento das ações planejadas no âmbito
da sala de aula;
• monitorar e acompanhar as ações de execução do Plano de Melhoria;
• promover um trabalho compartilhado com o Conselho de Escola durante todo o
processo de implementação do currículo, da intervenção pedagógica e da
recuperação;
• garantir ambiente de trabalho acolhedor, possibilitando que cada indivíduo possa
exercer seus direitos, seus deveres e suas responsabilidades, de acordo com as
atribuições de cada cargo ou função;
• conscientizar estudantes, professores e família quanto à importância de sua
participação nas avaliações sistêmicas;
• promover, junto aos membros da equipe escolar, momentos de reflexão e
avaliação sobre os resultados obtidos após a intervenção pedagógica para a
redefinição de metas.

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Procedimentos

O diretor de escola é responsável pelo desenvolvimento e transformação do processo


pedagógico da escola.

Para isso, ele deve seguir estes procedimentos:


• conhecer os aspectos pedagógicos da legislação educacional vigente;
• utilizar os pressupostos legais na tomada de decisão;
• estudar e promover estudos coletivos dos documentos orientados da SEDUC para
garantir a implementação do Currículo Oficial;
• conhecer as linhas de ação da SEDUC e divulgá-las no âmbito escolar, bem como
adotá-las como pressupostos norteadores das ações pedagógicas da escola;
• utilizar a Lei 9.394/96 para embasar a prática pedagógica e fundamentar
legalmente as ações educativas da escola;
• monitorar a execução do Protocolo de Observação de Sala de Aula do Professor
Coordenador por meio de reuniões periódicas;
• conhecer a Proposta Pedagógica da unidade escolar;
• divulgar junto à comunidade escolar os princípios e valores contidos na Proposta
Pedagógica;
• acompanhar a execução da Proposta Pedagógica;
• monitorar a qualidade do tempo pedagógico acompanhando, por amostragem
semanal, o trabalho em sala de aula para análise junto ao professor coordenador;
• acompanhar e analisar os registros efetuados pelos professores nos diários de
classe;
• certificar-se da existência do planejamento das aulas;
• acompanhar a realização da Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC),
garantindo a presença de todos os professores e monitorando a ação gestora do
professor coordenador;
• mobilizar a comunidade escolar e os pais dos alunos quanto ao acompanhamento
das atividades pedagógicas dos alunos;
• adotar providências para prover a unidade escolar de condições físicas e materiais
necessárias ao desenvolvimento das práticas pedagógicas;
• gerenciar a utilização de todos os recursos didáticos tecnológicos, garantindo o
intercâmbio entre os professores de todos os segmentos e modalidades de ensino;
• otimizar a utilização do laboratório de tecnologias, concebendo-o como espaço
propício à aprendizagem (sala de aula);
• propiciar a infraestrutura necessária à utilização dos suportes tecnológicos nas
ações pedagógicas;
• acompanhar a elaboração e execução dos planos de ensino;
• certificar-se da existência dos planos de ensino para cada bimestre letivo;
• analisar e socializar, bimestralmente, os resultados do desempenho dos alunos nas
avaliações internas e externas;
• tomar decisões colegiadas quanto à manutenção e/ou melhoria do resultado do
desempenho dos alunos;
• buscar, coletivamente, soluções para os problemas pedagógicos da escola;

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• encaminhar à Diretoria de Ensino os problemas pedagógicos que ultrapassem os
limites e as possibilidades da escola e monitorar as estratégias de solução dos
órgãos competentes.

Atividade

Promova reuniões com o professor coordenador, o supervisor e a equipe gestora para


discutir processos e estratégias de ensino e de aprendizagem levando em consideração
os diferentes tipos de trabalho que podem ser adotados em sala de aula para os
diversos perfis de alunos.

Grande parte do que se chama “problema de aprendizagem” é, na verdade, “problema


de ensino”. Ensinar é mesmo difícil, principalmente quando a realidade da sala de aula
conta com cerca de 40 alunos, sendo todos tão diferentes entre si.

Diante desse cenário, reflita sobre a questão:

• Como proceder para que todos aprendam, considerando as diferenças de


velocidade e as habilidades de cada aluno?

Um caminho é trabalhar de forma diversificada, dando a atenção necessária a todos,


mantendo o grupo classe coeso e estimulado, como se pode ver a seguir:

• Atendimento individualizado – cada aluno é único, diferente de todos os demais.


Por isso, é compreensível que os professores tenham como aspiração oferecer
orientação mais individualizada, que lhes permita atender todos e cada um. É esse
um dos grandes motivos pelo qual os professores reclamam por terem tantos
alunos na classe: acham que não conseguem ensinar todos na medida em que
gostariam. O contato mais próximo possibilita conhecer melhor cada aluno, suas
características, suas dificuldades e dúvidas.

• Trabalho em grupos – esta modalidade de ensino leva os alunos a interagir com


seus colegas e com o professor, permitindo que recursos individuais sejam
partilhados. No grupo, os alunos parecem se sentir mais à vontade para apresentar
suas ideias, contrapor pontos de vista e fazer perguntas. Com a ajuda do professor,
aprendem a planejar seu trabalho, a negociar entendimentos divergentes, a
organizar sua maneira de proceder, a perseguir soluções e avaliá-las em face dos
resultados alcançados.

• Trabalho com o conjunto da classe – este tipo de estratégia é excelente ocasião


para sistematizar conhecimentos, estimular o esclarecimento de dúvidas e articular
conceitos. Além disso, oferece a todos os alunos a noção de que eles estão
acompanhando o ritmo da classe e, assim, preserva o autoconceito de cada um. O
risco de trabalhar com o conjunto da classe é que alguns alunos, justamente os que
enfrentam maior dificuldade, podem ficar “perdidos”, e os mais avançados,

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aborrecidos e entediados. Por essa razão, é preciso que o professor saiba quando
recorrer a essa forma de ensinar.

Nesse sentido, é fundamental que o professor faça um planejamento cuidadoso,


levando em conta o que conhece de cada aluno e a intencionalidade do que se
pretende ensinar em cada uma das aulas. Com isso, a interação professor-aluno fica
mais dinâmica e o professor pode acompanhar mais de perto o processo de
aprendizagem de seus alunos.

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