Saúde Mental - SLIDES

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Apresentação

• Graduado em História, Esp. Políticas Públicas e Mestre em


Sociologia da Educação

• Desde 2017 trabalha com concursos públicos

• Referência em redação de concursos públicos: Mago da Redação!

Professor Raphael Reis t.me/profrapha profraphaelreis

www.professorraphaelreis.com.br
Saúde brasileira

- O acesso à saúde é um direito universal garantido na CF 88: o não


cumprimento fere o princípio da dignidade humana e o exercício da
cidadania

- Há um gasto aproximado de 290 bilhões com a Saúde (2019)

- Consultas, exames, cirurgias, fisioterapia, tratamento odontológico, saúde da


família, remédios

- 70% da população usa o SUS

- Mesmo os 30% acabam usando: vacinas, transplante de órgãos, remédios


Saúde Mental

- Formas do indivíduo lindar com o mundo e consigo mesmo

- Reação às exigências da vida e como equilibra os seus desejos,


capacidades, ambições, ideias e emoções

- Dois principais desdobramentos: depressão e ansiedade


Depressão:

- OMS: é o transtorno mais difundido no mundo

- Até 2030 será a principal causa de incapacitação para o trabalho

- Brasil: 5,8% da população brasileira é diagnosticada com depressão

- Reação bioquímica que impede o indivíduo experimentar prazer e bem-estar


Ansiedade:

- Um estado de desequilíbrio em que as preocupações aparecem em


proporção muito maior do que os desafios enfrentados

- O Brasil é o país com o maior índice de pessoas ansiosas

- Depressão e ansiedade podem desencadear o suicídio

- OMS: 90% dos suicídios está relacionado à alguma patologia de ordem


mental

- Brasil: 6 a cada 100 mil habitantes Mundo: 12 a cada 1000 mil habitantes

- A taxa vem aumentando: jovens, indígenas e policiais


SUS e patologias mentais

- Poucos recursos: foram gastos 2,6 bilhões em 2019, mesmo valor do que
em 2009 (Fiocruz)

- Em 2020: aporte de quase 100 milhões

- 53% dos brasileiros indicam piora na saúde mental no contexto pandêmico


(Instituto IPSOS)

- Pressão do mundo do trabalho: sociedade do desempenho, da produtividade

- Atletas de alto rendimento -> Olimpíadas 2021 -> caso de Simone Biles

- Uso das redes sociais -> solidão


Na segunda metade do século XX, a psiquiatra alagoana Nise da Silveira
revolucionou o tratamento em saúde mental por meio do emprego de práticas
humanizadas no cuidado dos pacientes. Antes da atuação da médica, os portadores
de transtornos da mente eram excluídos do convívio social e submetidos a terapias
agressivas sem nenhum resultado benéfico. Entretanto, mesmo com os esforços de
Nise, a saúde mental continua sendo uma preocupação, uma vez que a exclusão dos
enfermos e a pressão exercida sobre eles agrava a situação.

Em primeira análise, os indivíduos acometidos por problemas de saúde mental


são colocados à margem e excluídos do convívio social. Dentro dessa perspectiva,
ficam privados de relações fundamentais ao desenvolvimento humano, conforme
salienta o sociólogo Émile Durkheim ao discutir o conceito de socialização. Para o
pensador, é na relação com o diferente que são apreendidas as regras de
convivência, as expectativas e os limites de uma sociedade, sendo, desse modo, um
processo essencial para qualquer pessoa.
Além disso, a pressão social exercida sobre os portadores de psicopatologias
dificulta o restabelecimento dos enfermos. Exemplo disso foi o ocorrido com
Simone Biles, ginasta da equipe dos Estados Unidos nas Olimpíadas de Tóquio cujo
desempenho era o mais esperado na modalidade. Na ocasião, sob altas expectativas,
a atleta desistiu de competir por causa da sua saúde mental, dando um importante
exemplo de que é preciso cuidar da mente, independente da pressão da sociedade.
Portanto, são necessárias ações urgentes para minimizar a exclusão e a
cobrança sobre os portadores de transtornos psíquicos. Para isso, a mídia, com seu
potencial de difusão de informações, deve colocar em evidência as psicopatologias,
não sob o prisma da discriminação, mas da integração dos enfermos à sociedade,
por meio de novelas, programas e reportagens, a fim de ampliar o conhecimento da
população sobre esse assunto. Além disso, as instituições de ensino de todos os
níveis devem dar especial atenção à socialização dos acometidos por doenças da
mente. Assim, o legado de Nise da Silveira será amplamente aproveitado.
“O Estado não se preocupa com pessoas como você”. Esta frase foi proferida
por uma assistente social a Arthur Fleck, personagem do filme “Coringa” que
apresenta transtornos mentais. Assim como ele, milhões de pessoas são afetadas por
doenças psicológicas devido à negligência de políticas de saúde mental e ao
contexto social que impõe um padrão de felicidade.
Em primeira análise, historicamente, os Estados Modernos excluem o portador
de enfermidade psíquica das relações sociais. Nesse sentido, o filósofo Foucault
demonstra que a loucura é uma construção social formulada para encarcerar pessoas
consideradas “anormais”, “diferentes”. Isso é observado na política de saúde mental
brasileira do século XX: na cidade de Barbacena, o hospital psiquiátrico “Colônia”
recebia diversas pessoas indesejáveis socialmente, as quais passavam por
tratamentos desumanos, conforme relatos da jornalista Daniela Arbex em seu livro
“O Holocausto Brasileiro”.
Além disso, o imperativo à felicidade criado pela sociedade capitalista
intensifica a proliferação de doenças da mente. De acordo com dados da OMS, 5%
da população mundial apresenta depressão. Isso é resultado de uma sociedade que
cobra resultados, sucesso a todo custo e conquistas materiais. Ademais, as redes
sociais, conforme o filósofo Byung-Chul Han, criam uma ilusão de felicidade
constante, proporcionando, assim, distorções da realidade social e o aumento da
sensação de solidão e de ansiedade.
Portanto, o Estado deve elaborar políticas públicas que incluam as pessoas com
doenças mentais, por meio de propostas antimanicomiais, consideradas como o
melhor caminho pela OMS, com a finalidade de respeitar os direitos humanos e
evitar a reprodução de um “Holocausto Brasileiro”. Ademais os indivíduos devem
buscar o ócio criativo, por meio da redução do uso das redes sociais e priorizar
contatos reais, para a melhora das relações humanas. Assim, a situação de Arthur
Fleck não será mais um caso comum.
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