Petição Inicial de Concessão de Benefício Assistencial Ao Menor Portador de Deficiência
Petição Inicial de Concessão de Benefício Assistencial Ao Menor Portador de Deficiência
Petição Inicial de Concessão de Benefício Assistencial Ao Menor Portador de Deficiência
FATOS
Entretanto, os documentos carreados nos autos demonstram que o Autor é acometido por
grave patologia, de cará ter psiquiá trico, e que em decorrência desta enfermidade ele possui
limitaçã o do desempenho das atividades compatíveis com a sua idade, restringindo a participaçã o
social e prejudicando sua inserçã o no mercado de trabalho, futuramente.
Ainda, analisando os documentos acostados nos autos, observa-se que o Autor vive em
situaçã o de risco e vulnerabilidade social, eis que a renda total é insuficiente para promover a
subsistência da família com dignidade, demonstrando, assim, o estado de miséria em que se
encontra.
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A pretensã o do Autor vem amparada no art. 203, inciso V, da Constituiçã o Federal de 1988, na
Lei 8.742/93 e demais normas aplicá veis. Tais normas dispõ em que, para fazer jus ao Benefício
Assistencial, o Requerente deve estar incapacitado para o trabalho ou ser pessoa com mais de 65
anos de idade, além de comprovar a impossibilidade de ter seu sustento provido pelo seu nú cleo
familiar.
Da Deficiência
Conforme se observa nos documentos em anexo, o Autor é acometido por doença psiquiá trica
grave, que prejudica o desempenho das atividades compatíveis com a sua idade, tão como
restringe sua participação plena e efetiva na sociedade.
A enfermidade que aflige o Autor constitui barreira ao seu desenvolvimento natural, afetando
até mesmo o exercício das tarefas escolares, ainda que em acompanhamento especializado. Disto
importa frisar que a sua inserçã o no mercado de trabalho quando da maioridade será bastante
difícil, pois estará em disparidade de condiçõ es na busca pelo labor com as demais pessoas,
apresentando importante déficit mental.
Deve-se atentar ao estima social ocasionado pela limitaçã o psiquiá trica imposta ao Autor,
porquanto nã o é difícil presumir o quã o discriminado ele seja, especialmente considerando a faixa
etá ria em que se encontra (treze anos), experimentando o ambiente escolar, fase da vida em que
traços como o apresentado sã o avaliados e rechaçados pelos demais, quando afrontam a
normalidade do grupo a que pertencem.
Evidente que a patologia que acomete o Autor impõ e imensas dificuldades de inserçã o e
participaçã o social. Se nã o realizado o tratamento adequado, futuramente o Demandante nã o só
verá frustradas eventuais buscas por emprego, como também será levado à marginalizaçã o social,
inegavelmente.
Logo, resta demonstrado o direito do Autor ao benefício pretendido, do ponto de vista médico.
Da Miserabilidade
De outra banda, se encontra igualmente satisfeito, no caso em apreço, o requisito econô mico.
Isto, pois o grupo familiar do Requerente é composto por sete pessoas: o Autor, seu pai, sua avó e
quatro irmãos (menores de idade). A renda total da família é oriunda UNICAMENTE dos valores
auferidos pela Sra. XXXXXXXXXXXXXXX, avó do Demandante, no valor de R$ 880,00, a título de
pensã o por morte (INFBEN anexo).
Ora, Excelência, é “gritante” a situaçã o de MISÉ RIA no caso em tela, haja vista que a família,
composta por sete integrantes, possui a verba irrisó ria de R$ 880,00 reais para sobreviver. Aliá s,
merece destaque o fato de o grupo familiar ser composto por cinco crianças/adolescentes, que
certamente merecem cuidados especiais, decorrentes de sua faixa etá ria. Se nã o garantidas as
condiçõ es necessá rias a uma vida digna, sem dú vida serã o prejudicados futuramente, arcando com
as consequência da marginalizaçã o ora vivenciada.
Sendo assim, apó s a instruçã o processual, restará plenamente comprovado que o Autor
satisfaz todos os requisitos necessá rios à percepçã o do benefício pleiteado.
TUTELA DE URGÊNCIA
O Demandante necessita da concessã o do benefício em tela para custear a pró pria vida,
tendo em vista que nã o reú ne condiçõ es de prover seu sustento, nem tê-lo provido por sua família.
Por outro lado, vale ressaltar que os requisitos exigidos para a concessã o do benefício se
confundem com os necessá rios para o deferimento desta medida antecipató ria, motivo pelo qual,
em sentença, se tornará imperiosa a sua concessã o.
Assim, apó s a realizaçã o da perícia pertinente ao caso, ficará claro que o Requerente
preenche todos os requisitos necessá rios para o deferimento da antecipaçã o de tutela, tendo em
vista que o laudo socioeconô mico fará prova inequívoca do estado de miserabilidade, bem como o
laudo médico pericial nã o deixará dú vidas quanto à s moléstias incapacitantes, tornando, assim,
todas as alegaçõ es verossímeis. O periculum in mora se configura pelo fato de que se continuar
privado do recebimento do benefício, o Autor terá seu sustento prejudicado, tendo em vista o
cará ter alimentar do benefício.
PEDIDOS
3) A citaçã o do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para, querendo, apresentar defesa;
6) O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA, para que o INSS conceda o benefício
assistencial ao Autor, pagando as parcelas vencidas (a partir do requerimento administrativo) e
vincendas, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros
legais e morató rios, incidentes até a data do efetivo pagamento;
7) Em caso de recurso, a condenaçã o do Réu ao pagamento de custas e honorá rios advocatícios, eis
que cabíveis em segundo grau de jurisdiçã o, com fulcro no art. 55 da Lei 9.099/95 c/c art. 1º da
Lei 10.259/01.
Nesses Termos;
Pede Deferimento.
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF XX.XXX
1
Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ XX.XXX,XX) + parcelas vencidas (R$ X.XXX,XX).