PRÉ-PROJETO UFRJ Educacao
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2. TEMA
3. HIPÓTESES
4. DELIMITAÇÃO
5. VARIÁVEIS
O termo "raça” não se esgota no domínio das ciências biológicas, mas ultrapassa
esse purismo dado que se mantém no cerne das sociedades humanas, particularmente
na brasileira, sendo persistente motivo lastreador de comportamentos e ideologias
persecutórias e exclusivas de determinado grupo.
No Brasil, a extrema miscigenação deu aso à crença largamente difundida de que
não existe racismo, assim, desenhou-se um cenário que procurou afirmar que todos os
brasileiros eram misturados, não existindo, portanto, desigualdade com marcador racial,
ou seja, que entre nós não existe racismo.
O mito em questão teve alguma utilidade prática, mesmo que no momento em que
a energia historicamente ponto ao que parece, a utilidade se evidencia em três
planos distintos. Primeiro, generalizou no Estado de Espírito farisaico, que permite
atribuir à incapacidade a irresponsabilidade do negro os dramas humanos da
população de cor da cidade, com que eles estavam atestavam como indícios
móveis de desigualdade Econômica, social e política na ordenação das Relações
raciais (FERNANDES, 2008, p.
8. REFERENCIAL TEÓRICO
A preocupação com as Relações Raciais teve inicio no Brasil com uma primeira
leva de pensadores que procurava estudar as consequências da miscigenação no povo
brasileiro, avança a partir disso para na década de 1950 as Relações Raciais passam a
ser vista sob outro ponto argumentativo, em que se fragmenta o entendimento de que no
Brasil não existe racismo, mas apenas classismo.
Esse novo viés inaugura-se com os estudos de Florestan Fernandes, mas tem
como grande expoente Carlos Hasenbalg para quem:
9. REFERENCIAL METODOLÓGICO
FIGUEIREDO, Angela. Classe média negra: trajetórias e perfis. Salvador: Edufba, 2012.
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por
emancipação. Petropólis: Vozes, 2017.
GONZALEZ, Lélia; HASENBALG, Carlos. Lugar de negro. São Paulo: Marco Zero, 1982.
______ (org). Estratégias e políticas de combate à discriminação racial. São Paulo: USP;
Estação Ciência, 1996.
NOGUEIRA, Oracy. Tanto preto quanto branco: estudo de relações raciais. São Paulo: TA
Queiroz, 1985.
PIERSON, Donald. Brancos e negros na Bahia. São Paulo: Editora Nacional, 1971.
PRADO JUNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo: colônia. 12. ed. São
Paulo: Brasiliense, 1972.