Relatório Fonoaudiológico Linguagem Escrita - Passei Direto

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DISCIPLINA: FONO CLÍNICA NOS DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM ESCRITA – 5º PERÍODO

TRABALHO DE N2 – 2016.2

Dados de identificação
Nome: C.L.H.
Idade: 8 anos e 06 meses
Data de Nascimento: 20/05/2008
Avaliadores: Cristina Oliveira e Quézia Laine
Supervisor (a): Lidiane Tavares Pereira Batista

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

No período de 24 a 26 de Novembro de 2016, C.L.H., foi submetido à avaliação


fonoaudiológica quanto aos aspectos de leitura e escrita.
Ao ser questionado a respeito da queixa, o responsável referiu o seguinte: “é agressivo e
tem dificuldade de aprender”.
O pai referiu que adotou a criança quando tinha 1 ano e 05 meses, foi criado sabendo
quem eram seus irmãos e mãe biológica e mantendo contato com os mesmos, porém não
aceita os irmãos, não os considera. Eram moradores da cidade de Ouro Preto, mas há três
meses mora em Porto Velho, numa casa alugada no bairro Caladinho, a mesma tem luz elétrica,
quatro cômodos sendo uma cozinha, um banheiro, dois quartos e rua asfaltada. Moram cinco
pessoas na casa, sendo o pai, a mãe, o irmão de 11 anos com o qual brinca, mas sempre briga,
a irmã de 12 anos (a qual o paciente não gosta) e uma irmã de 2 anos, que quando brinca com a
mesma geralmente é agressivo e já chegou até a bater. A criança relaciona-se melhor com os
pais quando os irmãos estão para a escola e quando os mesmos chegam, este se isola no
quarto ou na área, passa horas sozinho. Na hora do almoço só vem se for chamado, apesar de
alimentar-se muito bem. A convivência familiar é difícil, pois o mesmo demonstra ter ciúmes dos
irmãos adotivos, principalmente da criança de dois anos, fato este que não foi mencionado pelo
pai, mas observado pela avaliadora.

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A criança está no 1° ano, professora referiu que na escola é agressivo com a mesma e os
colegas e que há alguns dias brigou com um colega e quando foi separar o mesmo bateu nela e
não quis fazer a prova. Não gosta de fazer as tarefas de casa.
Segundo o pai a criança nasceu com traço falciforme (anemia falciforme) já realizou o
tratamento e somente aos 21 anos fará revisão. Ainda segundo o pai a criança apresentava
convulsões e gritos noturnos, fato que não tem acontecido atualmente, quando está dormindo
tem dificuldade para acordar, pode ser balançado, sacudido, mas mesmo assim fica como se
estivesse desmaiado, quando acorda levanta-se assustado e frequentemente faz xixi na cama.
Já foi levado ao psicólogo quando estava na cidade de Ouro Preto e o mesmo receitou
fitoterápicos para a agressividade o encaminhou para avaliação neurológica devido a suspeita de
epilepsia e TDAH.
Quanto aos aspectos do desenvolvimento o pai soube referir apenas que a criança falou e
andou com 1 ano e 5 meses e que até antes cinco anos de idade era uma criança extremamente
carinhosa, e após os cinco anos tornou-se agressiva.
Utilizou-se para avaliação dos aspectos referente à percepção visual – nível pré-caligráfico
e comunicação oral, considerou-se a proposta de Braz e Pellicciotti (1988).
Quanto ao aspecto da percepção visual, foram pesquisados Discriminação Visual, Figura-
Fundo Visual, Memória-Visual e Analíse-Síntese Visual. Quanto ao aspecto da comunicação oral
foram pesquisados Contexto Pessoal, Noções Básicas, Lista de Palavras.
O paciente apresentou dificuldade em discriminação visual para grafemas e algarismos e
grupo de 2 elementos (tendo feito diversas trocas); não foi possível completar a prova de
discriminação visual de vocábulos, então passamos para a prova seguinte; não apresentou
dificuldade em figura-fundo de grafemas; não foi possível finalizar a avaliação do nível gráfico a
partir da prova de memória visual grafemas, então passamos para o nível pré-caligráfico. Em
que o paciente apresentou dificuldade em parear cores secundárias (verde claro/escuro e azul
claro/escuro); nenhuma dificuldade em discriminação de objetos, formas geométricas e formas
em objetos; nenhuma dificuldade discriminação figura-fundo de objetos, porém teve dificuldade
em discriminar figura-fundo de formas; dificuldade em memória visual a partir de 5 elementos
(tanto para objetos como para formas); nenhuma dificuldade em análise-síntese de objetos,
porém teve dificuldade em análise-síntese de formas.

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Na prova de contexto pessoal o paciente respondeu a maioria das perguntas, sendo que
quando foi perguntado sobre os irmão, ele não quis responder; apresentou dificuldade em
nomear cores secundárias (marrom, azul claro, verde claro, laranjado) nomeando apenas as
cores básicas; nomeou as formas básicas (círculo, triângulo, quadrado) não nomeando as
formas retângulo, losango e oval; partes do corpo nomeadas: cabeça, cabelo, olho, nariz, boca,
pescoço, costas, braço, mão, dedo, barriga, perna e pé); teve dificuldade em nomear a direita e a
esquerda tanto nele mesmo quanto no outro; não apresentou dificuldade em noção de espaço,
tamanho e distância; apresentou dificuldade em noção de quantidade e espessura; não
apresentou dificuldade em noção de altura, comprimento e igual/diferente; apresentou
dificuldade em ordenar figuras.
Dos quais a discriminação, figura-fundo e memória visual, encontram-se inadequadas
para a idade, pois as crianças de 8 anos em diante deveriam cumprir as provas adequadamente;
a discriminação de cores está inadequada para a idade; a discriminação de objetos, formas
geométricas e formas em objetos está adequada; discriminação figura-fundo de objetos
adequada, discriminação figura-fundo de formas geométricas inadequada; memória visual de
objetos e formas inadequada para a idade; análise-síntese visual de objetos adequada e análise-
síntese de formas inadequada para a idade.
Mediante o exposto, o diagnóstico fonoaudiológico sindrômico é de Distúrbio de
Aprendizagem.
Os diagnósticos fonoaudiológicos de manifestação são: dificuldade em memória,
dificuldade em discriminação e análise-síntese visual.
Sendo o diagnóstico fonoaudiológico etiológico orgânico, pois o paciente apresenta
patologia de base (anemia falciforme).
Estabelece-se prognóstico variável.
As condutas estabelecidas são: encaminhamento para terapia fonoaudiológica para
aprimorar leitura e escrita; neurologista para elucidação diagnóstica quanto a suspeita de TDAH
e psicólogo devido à agressividade.

Coloco-me a disposição para os esclarecimentos necessários.

Porto Velho, 26 de Novembro de 2016.

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___________________________ ___________________________
Estagiários Supervisora

Referência Bibliográfica:
BRAZ, Helena A.; PELLICCIOTTI, Thais H. F. Exame De Linguagem Tipiti.
1998.

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Nome: C.L.H.
Idade: 8 anos e 06 meses
Data de Nascimento: 20/05/2008
Avaliadores: Cristina Oliveira e Quézia Laine
Supervisor (a): Lidiane Tavares Pereira Batista

PARECER FONOAUDIOLÓGICO

No período de 24 a 26 de Novembro de 2016, C.L.H., foi submetido à avaliação


fonoaudiológica quanto aos aspectos de leitura e escrita.
Ao ser questionado a respeito da queixa, o responsável referiu o seguinte: “é agressivo e
tem dificuldade de aprender”.
Utilizou-se para avaliação dos aspectos referente à percepção visual – nível pré-caligráfico
e comunicação oral, considerou-se a proposta de Braz e Pellicciotti (1988).
Mediante o exposto, o diagnóstico fonoaudiológico sindrômico é de Distúrbio de
Aprendizagem.
Os diagnósticos fonoaudiológicos de manifestação são: dificuldade em memória,
dificuldade em discriminação e análise-síntese visual.
Sendo o diagnóstico fonoaudiológico etiológico orgânico, pois o paciente apresenta
patologia de base (anemia falciforme).
Estabelece-se prognóstico variável.
As condutas estabelecidas são: encaminhamento para terapia fonoaudiológica para
aprimorar leitura e escrita; neurologista para elucidação diagnóstica quanto a suspeita de TDAH
e psicólogo devido à agressividade.
Coloco-me a disposição para os esclarecimentos necessários.

Porto Velho, 26 de Novembro de 2016.

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1998.

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PLANEJAMENTO FONOAUDIOLÓGICO

Manifestação: Dificuldade de memória visual


Objetivo: Que o paciente seja capaz de reter memória da forma visual de
grafemas e vocábulos.
Estratégias: 1 – A terapeuta mostrará uma sequência de grafemas e solicitará que
o paciente reproduza a sequência com os mesmos grafemas que serão
disponibilizados a ele; sendo que começará com três grafemas e irá aumentar,
gradativamente, o número de grafemas, conforme o desempenho do mesmo.
2 – A terapeuta disponibilizará na mesa, em frente ao paciente, dez figuras
diferentes que fazem parte do cotidiano dele e dez vocábulos e solicitará o
pareamento da figura com o respectivo vocábulo.
3 – A terapeuta disponibilizará um jogo da memória com os algarismos (sendo que
o mesmo foi criado com folha de papel A4, impresso os algarismos de 0 a 9 e
recortados individualmente). O paciente será solicitado a encontrar os pares,
virando duas peças por vez e, se errar, é a vez da terapeuta.

Manifestação: Dificuldade discriminação visual


Objetivo: O paciente deverá ser capaz de perceber as diferenças e semelhanças
entre os traçados dos grafemas
Estratégias: 1 – A terapeuta colocará várias sequências de grafemas iguais e no
meio delas terá um grafema diferente e solicitará que o paciente aponte o
diferente.

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2 – A terapeuta disponibilizará massinha de modelar e solicitará ao paciente que


reproduza os grafemas que ela modelar (por exemplo, se a terapeuta modelar o
grafema M, o paciente fará o mesmo; e assim sucessivamente, com vários
grafemas).
3 – A terapeuta disponibilizará recortes de revista que contenham texto com letras
grandes e desenhará em uma folha de papel A4 os grafemas, solicitando que o
paciente circule os grafemas desenhados (por exemplo, se a terapeuta desenhar o
grafema B, o paciente terá que circular todas as letras “b” que encontrar no recorte
de revista; e assim sucessivamente, com vários grafemas).

Manifestação: Dificuldade em análise-síntese visual


Objetivo: Que o paciente seja capaz de dominar o arranjo de letras e sílabas para
formar palavras.
Estratégias: 1 – A terapeuta disponibilizará um jogo de quebra-cabeça de silábico
com 40 peças contendo uma sílaba em cada. As peças serão embaralhadas e
espalhadas sobre a mesa e o paciente será solicitado a montar dez palavras
relacionadas ao tema “animais”.
2 – A terapeuta disponibilizará vários jogos de 7 erros de letras e solicitará ao
paciente que circule os erros.
3 – A terapeuta disponibilizará uma folha de papel A4 com um quadro impresso
dez grafemas e solicitará que o paciente forme o máximo de palavras que ele
conseguir nas linhas impressas abaixo do quadro.

Porto Velho, 26 de Novembro de 2016.

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