Manual 10651 PDF
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ESPAÇOS
SOCIOEDUCATIVOS
Duração: 25H
.......................................................................................................................................... 24 Adequaçã o às
34 Material educativo
................................................................................................................................................... 35 Bibliografia e
Netgrafia.......................................................................................................................................... 37
Objetivos:
✓ Identificar as mudanças na sociedade portuguesa que levam à necessidade
de criar espaços socioeducativos.
➢ Organizaçã o do espaço
• - Funcionalidade e adequaçã o do espaço interior e exterior
• - Ateliers
• - Espaço exterior
➢ Adequaçã o à s necessidades e evoluçã o do grupo
➢ Organizaçã o do tempo
➢ Seguro
➢ Funcional
➢ Qualidade estética
➢ Resistência
➢ Multiplicidade de utilizaçõ es
➢ Funcionalidade
➢ Versatilidade
➢ Durabilidade
➢ Segurança
➢ Valor estético
➢ Igualdade de género
➢ Rico e variado
➢ Polivalente
➢ Resistente
➢ Acessível
✓ Material educativo
Alterações na sociedade portuguesa
Alteração na composição dos setores produtivos e na distribuição da
população ativa
➢ No setor primário: apesar dos bons solos agrícolas, reside uma agricultura
de subsistência.
Taxa de atividade:
Os homens têm trabalhado em maior nú mero do que as mulheres.
Porém, isso tem vindo a mudar pois como se pode ver no grá fico em 1970 a
percentagem de homens era bem maior que a de mulheres mas em 2006, a
percentagem de homens e mulheres já era quase igual. Este aumento de
percentagem das mulheres que fazem parte da populaçã o activa deve-se à
feminização do mercado de trabalho.
É ao nível do setor terciário que se verifica um forte crescimento, motivando a
terciarizaçã o da sociedade, devido ao incremento das funçõ es sociais do Estado, à
complexificaçã o da actividade econó mica, ao desenvolvimento dos meios de
comunicaçã o social e dos transportes.
Causas
➢ Turismo;
➢ Estado providência;
Consequências
➢ Evoluçã o da Economia;
➢ Desenvolvimento do Turismo;
➢ Poluiçã o.
Crescente feminização do trabalho por razões económicas e sociais
Nos primórdios da divisão social do trabalho, tanto a mulher livre quanto a
mulher escrava tinham o seu espaço de trabalho pertencente á esfera doméstica,
pois eram responsá veis pela manutençã o, subsistência e reproduçã o.
Com o advento da Revolução Industrial a presença feminina ampliou-se
intensamente, em destaque na maquinaria.
Nas questões relativas à “natureza” da mulher surgem na histó ria noçõ es de que as
mulheres desempenhariam papéis passivos e os homens teriam a
preponderâ ncia nos papéis ativos. No entanto, quando hoje pensamos na imagem
de uma mulher “passiva, obediente, dedicada aos seus filhos e ao lar”, esta está
associada a uma imagem quase de “escravidã o”. A maternidade e a dedicaçã o aos
filhos é um dos fatores que leva à associaçã o de que a mulher se dedique menos a
outras tarefas. Há assim um forte contributo de fatores inconscientes de socializaçã o
e culturalizaçã o no reconhecimento do masculino e do feminino.
Ainda há poucos anos era raro assistir à difícil tomada de decisão, por parte das
mulheres, entre uma carreira profissionalizante e a família. Eram poucas as
mulheres que abdicavam de uma vida doméstica a cuidar dos filhos, sofrendo
sempre muitas pressõ es e imposiçõ es pelos estereó tipos de género. No entanto, com
o passar dos tempos e com as mudanças que a pró pria sociedade vive, a atividade
profissional é valorizada pelas mulheres por vá rias razõ es: o maior poder que lhes é
atribuído na relaçã o conjugal perante o companheiro, bem como o
reconhecimento de competências específicas antes desvalorizadas no universo
feminino, ou ainda a recusa no fechamento doméstico com o intuito de desenvolver
relaçõ es sociais.
A crescente individualização e independência financeira da mulher vem
também atribuir-lhe algum protagonismo na tomada de decisã o aquando de um
divó rcio.
De facto, no contexto da relaçã o familiar atual, embora persistam assimetrias, o
ambiente é mais democrá tico e a dominaçã o masculina menos opressiva. No
entanto, o nã o reconhecimento do peso da carga doméstica e a idêntica nã o
valorizaçã o deste contributo, levaram a que vá rios movimentos feministas se
formassem na luta pelos direitos da mulher.
Sob o impulso dos movimentos feministas dos anos 70’ pretendia-se exatamente
acabar com a extrema dependência da mulher para o homem de um ponto de vista
econó mico. Na existência de uma hierarquia social, a mulher estaria sempre
colocada num ponto desvalorizado. O trabalho doméstico é um trabalho que nã o é
pago, logo é desvalorizado pela sociedade. Assim, a proposta feminista veio no
sentido do trabalho doméstico ser recompensado.
O feminismo conseguiu de facto resultados consideráveis no que respeita aos
direitos das mulheres no plano legislativo em diversos países. Tal como já referimos,
atualmente, sã o cada vez mais as mulheres que conseguem conciliar uma carreira
com as responsabilidades familiares e o lazer. Os homens têm também cada vez
mais a consciência da importância de estar em família, conjugando também eles
cada vez mais a carreira, a família e os tempos livres. Mas isso nã o é ainda suficiente
para impor uma divisã o menos assimétrica das responsabilidades familiares nem
mesmo para derrotar a desigualdade entre sexos no mercado de trabalho.
Quando pensamos na atividade feminina e na divisão dos cuidados com os filhos
é impossível nã o pensarmos na questã o de quem é que fica com as crianças
quando ambos os pais estã o a trabalhar. Normalmente as taxas de atividades das
mã es com filhos pequenos tendem a estar diretamente proporcionais a uma
existência e qualidade na rede de equipamentos sócio-educativos públicos.
Quando os países carecem destes equipamentos são então mais frequentes as
situaçõ es em que as mã es estã o em casa, interrompem a atividade laboral ou
trabalham em part-time.
O caso de Portugal parece fugir a estas duas situações, pois embora sejam
escassos os equipamentos apoiados pelo Estado, sã o mesmo os recursos exteriores
à família os mais utilizados pelas famílias portuguesas. Assim, o recurso à s creches,
amas, infantá rios, jardins-de-infâ ncia, prolongamentos na escola, colégios ou
centros de ATL sã o uma constante. Existe mesmo um esforço financeiro das
famílias para assegurar a guarda das crianças. As consequências deste esforço
financeiro, reproduzem-se posteriormente num esforço físico e culpabilizaçã o face
à s dificuldades em conciliar trabalho e vida familiar, e levam a que muitas mã es
portuguesas se sintam frustradas quanto ao desempenho do seu papel
materno.
Há ainda um longo caminho a percorrer, sendo que, esta ambiciosa gestã o
igualitá ria entre família e carreira só traz benefícios para todos os intervenientes.
Além do aumento da auto-estima e motivaçã o para as mulheres e das excelentes
oportunidades de se relacionarem com os filhos e de criarem laços fortes para os
homens, as crianças sã o as que ganham mais ao poderem interagir em tempo de
qualidade com ambos os progenitores/cuidadores, podendo estas tirar um enorme
proveito quando esta gestão de tempo é equilibrada e simétrica.
Novas formas de família
Um ponto interessante na evolução do conceito de família refere-se a uniã o
está vel que se refletiu na expansã o da definiçã o do conceito família. A ideia da uniã o
está vel foi reapreciar vínculos afetivos que nã o necessariamente estariam sendo
reconhecidos pelo casamento e baseia-se em convivência, em respeito, harmonia.
Observou-se que o casamento deixou de ser um requisito para a formação da
família, uma vez que aquela família patriarcal carregada pelos nossos ancestrais
onde o “Pai” era o administrador e a mã e colocada como a guardiã do lar, perdeu
completamente essa visã o limitada. O conceito de família foi abrangido, nã o tendo
mais um cará ter limitado. A família passa a ser compreendida como entidade
socioafetiva que tem o dever de afeto e cooperação entre seus membros.
Por via do jogo e das atividades em grupo, observa-se a educaçã o como algo que vai
mais além do que proporcionar/transmitir conhecimentos.
trabalha nos tempos livres:
no desenvolvimento local e intervençã o comunitá ria
Nas sociedades urbanas, a família é, nos primeiros anos de vida das crianças, o seu
primeiro e principal grupo de referência. Daí o seu importante papel no processo de
desenvolvimento e socializaçã o das crianças. A família e os seus membros não só
servem de modelo de comportamento, como também sã o os que marcam os
padrõ es de relaçã o e configuram a primeira visã o do mundo para a criança.
Surgiu alteraçã o no acompanhamento escolar das crianças, devido a antigamente
abandonarem o pré-escolar por dificuldades financeiras dos agregados.
Atualmente a lei obriga a escolaridade obrigató ria até mais tarde.
Antigamente as brincadeiras e diversõ es das crianças era mais em conjunto com a
família e amigos, sendo substituído hoje em dia por as novas tecnologias.
acentuar a importâ ncia das interaçõ es e relaçõ es entre os sistemas que têm
uma influência direta ou indireta na educaçã o das crianças, de modo a tirar proveito
das suas potencialidades e ultrapassar as suas limitaçõ es, para alargar e diversificar
oportunidades educativas das crianças e apoiar o trabalho dos adultos.
Organização do espaço
O estabelecimento educativo deve organizar-se como um contexto facilitador do
desenvolvimento e da aprendizagem das crianças, proporcionando também
oportunidades de formaçã o dos adultos que nele trabalham. Estabelece
procedimentos de interaçã o entre os diferentes intervenientes (entre crianças,
entre crianças e adultos e entre adultos), tem um papel na gestã o de recursos
humanos e materiais, o que implica a prospeçã o de meios para melhorar as funções
educativas da instituição. O estabelecimento educativo tem uma influência
determinante no trabalho que o/a educador/a realiza com o seu grupo de crianças e
pais/famílias, bem como na dinâmica da equipa educativa.
Neste sentido, o/a educador/a deve apoiar a compreensã o que as crianças têm,
desde muito cedo, dos sentimentos, intençõ es e emoçõ es dos outros, facilitando o
desenvolvimento da compreensã o do que os outros pensam, sentem e desejam.
Cabe também ao/à educador/a, em situaçõ es de conflito, apoiar a explicitaçã o e
aceitaçã o dos diferentes pontos de vista, favorecendo a negociaçã o e a resolução
conjunta do problema.
Organização do tempo
O tempo educativo tem uma distribuição flexível, embora corresponda a
momentos que se repetem com uma certa periodicidade. A sucessã o de cada dia, as
manhã s e as tardes têm um determinado ritmo, existindo, deste modo, uma rotina
que é pedagó gica porque é intencionalmente planeada pelo/a educador/a e porque
é conhecida pelas crianças, que sabem o que podem fazer nos vá rios momentos e
prever a sua sucessã o, tendo a liberdade de propor modificaçõ es. Nem todos os
dias são iguais, as propostas do/a educador/a ou das crianças podem modificar o
quotidiano habitual.
O tempo diário inscreve-se num tempo, semanal, mensal e anual, que tem
ritmos pró prios e cuja organizaçã o tem, também, de ser planeada. A vivência destas
diferentes unidades de tempo permite que a criança se vá progressivamente
apropriando de referências temporais que sã o securizantes e que servem como
fundamento para a compreensã o do tempo: passado, presente, futuro.
Porque o tempo é de cada criança, do grupo e do/a educador/a, importa que a sua
organizaçã o seja decidida pelo/a educador/a e pelas crianças. Um tempo que
contemple de forma equilibrada diversos ritmos e tipos de atividade, em diferentes
situaçõ es — individual, com outra criança, com um pequeno grupo, com todo o
grupo — e permita oportunidades de aprendizagem diversificadas. Trata-se de
prever e organizar um tempo simultaneamente estruturado e flexível, em que os
diferentes momentos tenham sentido para as crianças e que tenha em conta que
precisam de tempo para fazerem experiências e explorarem, para brincarem, para
experimentarem novas ideias, modificarem as suas realizações e para as
aperfeiçoarem.
➢ Revistas e Livros
Devem ser adequados a cada faixa etá ria, ajudando no desenvolvimento a nível
linguístico
➢ Bricolage
É importante para o desenvolvimento da criança, uma vez que esta pode criar o seu
pró prio brinquedo
➢ Jogos
Bibliografia e Netgrafia
✓ COSTA J. e Santos, A. L. (2003). A falar como os bebés. O desenvolvimento
linguístico das crianças. Primeiros passos. Editorial Caminho, SA. Lisboa.