9 BNCC
9 BNCC
ISSN: 2525-8761
RESUMO
Desde a publicação dos PCNs até o presente, houve significativa e importante ampliação
do debate sobre sexualidade e educação sexual. Enquanto em 1997, com a publicação dos
PCNs, a educação brasileira vislumbrava a possibilidade de se trabalhar sexualidade e
gênero na escola, vinte anos depois o quadro é outro. O propósito deste estudo foi analisar
a abordagem da temática sexualidade na educação escolar, realizando uma apreciação
desde os PCNs até a atual BNCC. Para tal, observou-se os PCNs, a BNCC e trabalhos
acadêmicos sobre a temática sexualidade nas escolas. Foram realizadas buscas
sistemáticas em bases de dados bibliográficos, como o acervo da biblioteca da
Universidade do Estado da Bahia-UNEB, Campus IX, site do MEC e buscadores de
conteúdo científico como o Google Acadêmico, Scielo e Periódicos CAPES. O tema
Orientação Sexual contido no volume dez do PCN propõe questões que não devem ser
abordadas apenas nas aulas de Ciências, e sim promover debates em todas as áreas do
conhecimento, como tema transversal. A escola passa, então, a integrar, junto e
complementar à família, a educação oferecida às crianças e adolescentes. Ao considerar
a sexualidade na BNCC, verifica-se um retrocesso ao que foi proposto pelos PCNs, uma
vez que a temática sexualidade se encontra na seção de Ciências da Natureza, mais
precisamente no componente curricular Ciências, sendo ausente nas demais áreas do
conhecimento. O documento oficial associa a sexualidade aos conceitos relacionados à
saúde e à qualidade de vida, reservados ao oitavo ano do Ensino Fundamental. Diante
deste cenário, percebe-se a necessidade da elaboração de mais estudos sobre o assunto
ABSTRACT
Since the publication of the PCNs (Parâmetro Curricular Nacional – National Curricular
Parameters) to the present, there has been a significant and important enhance in the
debate on sexuality and sex education. While in 1997, with the publication of the PCNs,
Brazilian education envisioned the possibility of working on sexuality and gender in
school, twenty years later the scenario is different. The aim of this study was to analyze
the approach of sexuality in school education, conducting an appraisal from the PCNs to
the current BNCC (Base Nacional Comum Curricular – Common Core State Standards).
To this end, remarks were made in the PCNs, BNCC and in academic papers on sexuality
in schools. Systematic searches were carried out in bibliographic databases, such as the
library collection in the State University of Bahia-UNEB, Campus IX, MEC (Ministério
da Educação e Cultura – Culture and Education Ministry) website and search engines for
scientific content such as Google Scholar, Scielo and CAPES Journals. The subject
Sexual Orientation contained in PCN’s volume ten proposes questions that should not be
addressed only in Science classes, but promote debates in all areas of knowledge, as a
cross-cutting subject. School then starts to integrate, together and complementary to the
family, the education offered to children and adolescents. When considering sexuality in
the BNCC, there is a regression to what was proposed by the PCNs, since sexuality is
found in the section of Natural Sciences, more precisely in the curricular component
Sciences, being absent in other areas of knowledge. The official document associates
sexuality with concepts related to health and quality of life, restricted to the eighth grade
of middle school. In view of this scenario, it is noticeable that there is a need for further
studies on the sexuality and sexual diversity, and gender diversity subjects in the school
environment, in order to draw overviews on the BNCC unfolding in schools.
1 INTRODUÇÃO
A sexualidade está presente em todas as fases da vida humana e não se refere,
apenas, ao sexo, aos aparelhos genitais ou ao ato sexual. Ela contempla, para além disso,
temas como a identidade, o gênero, a orientação afetivo-sexual na qual indivíduos se
descobrem por meio de reflexões, desejos, valores, atitudes e convivências (individual ou
coletiva) que interferem na saúde física e mental (OMS, 2001; SILVA et al., 2019).
Considerando tal abrangência, é possível afirmar que o espaço escolar represente as
múltiplas expressões da sexualidade e com isso, venha promover um campo crítico-
reflexivo que visa mitigar relações negativas contra a diversidade (SEFFNER;
PICCHETTI, 2014).
Educação Sexual nas escolas (VIANNA, 2012; LEÃO et al., 2014; ABREU; SANTOS,
2015).
Monteiro e Ribeiro (2020) destacam que os PCNs contribuíram significativamente
na ampliação da discussão sobre as temáticas Sexualidade e Educação Sexual. Com isso,
foi permitida uma maior participação dos movimentos sociais, políticos e filosóficos na
sociedade (LEÃO et al., 2014). A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é
atualmente o documento normativo que determina o conjunto de aprendizagens
primordiais, que dentre elas, faz referência a sexualidade. O Conselho Nacional de
Educação aprovou este documento para o Ensino Fundamental no ano de 2017 e para o
Ensino Médio no ano seguinte. Com a publicação dos PCNs em 1997, gerou-se
perspectivas para se trabalhar temas como sexualidade e gênero nas escolas. Contudo,
com o passar de mais de duas décadas, o que se percebe é o distanciamento do estudo
destas temáticas (MONTEIRO; RIBEIRO, 2020). Por conseguinte, o propósito deste
estudo foi analisar a abordagem da temática “Sexualidade na educação escolar”, através
da apreciação dos PCNs até a atual BNCC.
2 MATERIAL E MÉTODOS
Para realização desta pesquisa, foram feitas análises nos PCNs (BRASIL, 1997a;
BRASIL, 1997b; BRASIL, 1998a; BRASIL, 1998b), na BNCC (BRASIL, 2017) e
trabalhos acadêmicos sobre sexualidade nas escolas. Para isso, foram realizadas buscas
sistemáticas em bases de dados bibliográficos, como o acervo da biblioteca da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus IX, site do MEC e buscadores de
conteúdos científicos, como Google Acadêmico, Scielo e Periódicos CAPES.
Nos buscadores de conteúdos científicos, foram utilizadas as seguintes palavras-
chave, com base no estudo de Silva et al. (2019): “PCNs e sexualidade”, “sexualidade”,
adolescência e sexualidade”, “orientação sexual”, “educação sexual”, “BNCC e
sexualidade”, “reprodução”, “diversidade sexual”, “ISTs”, “igualdade de gênero”, “saúde
sexual”, “relações de gênero” e “histórico da sexualidade”. A seleção das palavras-chaves
teve a função de conseguir explorar, ao máximo, a temática sexualidade na escola.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os conceitos acerca da sexualidade foram construídos desde a antiguidade, sendo
que cada cultura estabeleceu suas próprias normas e padrões sobre o assunto. Na
Babilônia e em Atenas (625 a.C. a 536 a.C.), de acordo com Heilborn (2006), as mulheres
deveriam ser submissas aos seus maridos. Ainda segundo a autora, apenas o homem
poderia tomar a iniciativa de se divorciar, que geralmente só ocorria quando sua mulher
era estéril. Além disso, o homem poderia ter amásias (amantes), entretanto, se a mulher
fosse infiel, seria condenada à morte (HEILBORN, 2006). Já o Egito Antigo se destacou
em relação à visão sobre o sexo na figura da mulher, pois proporcionou uma maior
liberdade a esta, comparada às outras civilizações. Neste mesmo período, não era vedado
o sexo antes do casamento e a mulher podia ter funções (trabalho) importantes na
sociedade (CANO et al., 2000; MAIA; MAIA, 2005).
O período clássico (VI-IV a.C.) por sua vez, caracterizava-se pela ideia de que as
mulheres deveriam permanecer virgens até o casamento. Salientando que, mesmo depois
deste, não era habitual a atração sexual entre marido e mulher. Um avanço foi o fato de
ser permitido às espartanas usar roupas curtas e as romanas irem a festas e teatros, mas
ainda prevalecia o domínio masculino (CRUZ; OLIVEIRA, 2002; MAIA; MAIA, 2005).
Foucault (1988, p.26) acredita que “o homem ocidental há três séculos tenha permanecido
atado” para expressar sobre sua sexualidade, no entanto, a partir da época clássica, “tenha
havido uma majoração constante e uma valorização cada vez maior do discurso sobre o
sexo”.
Principalmente a partir da década de 1950, passou-se a acreditar que a educação
impulsionaria a economia, proporcionando um maior desenvolvimento para o país. Nesse
momento, é possível inferir que a educação pautada em avanços científicos poderia
ressoar de maneira positiva sobre a discussão da sexualidade. As décadas de 1970 e 1980
ganharam destaque quanto ao número de estudantes que ingressavam nas escolas
(BRASIL, 1998a; SALLES, 2002). Nesta época, ocorria uma alteração científica, onde
se reajustavam as disciplinas em ciências pluridisciplinares (MORIN, 2000). No entanto,
Sampaio e Marin (2004) ressaltam que, nesse período, há uma deterioração do sistema
público de ensino, que pode ter afetado diretamente a discussão sobre sexualidade no
ambiente escolar, sendo aprimorados apenas a partir da década de 1990.
As temáticas que não faziam parte do conteúdo programático das disciplinas eram
consideradas atividades extraclasse. Os/as professores/as não costumavam dar muita
atenção e nem os cobrar em provas. Para nortear a maneira de trabalhar essas vertentes,
surgem, na década de 1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Ensino
Fundamental, começando pelas quatro primeiras séries (CUNHA, 1996; BRASIL,
1998a). Portanto, torna-se “um momento de encontro entre quem quer aprender e quem
quer ensinar, que não pode ser negligenciado” (CARVALHO, 1997, p. 153). Para a
Barros e Ribeiro (2012), que apontam que a maioria dos/das professores/as defendem a
ideia de que a sexualidade deve ser discutida apenas em disciplinas específicas, no caso,
em Ciências ou Biologia, visto que facilitaria a discussão sobre a temática.
Os estudos de Shimamoto (2004) e Lira e Jofili (2010) apontam que
alguns/algumas professores/as argumentam que, pelo assunto ser muito abrangente, fica
difícil saber responder todas as perguntas que surgem, principalmente as feitas de
surpresa. As autoras também observaram a existência de alguns educadores que, ao fazer
referência a temas considerados polêmicos, principalmente referentes ao corpo humano,
abordam de forma preconceituosa e às vezes, inadequada.
Segundo Bovo (2004), é possível instruir-se dos conteúdos específicos de cada
disciplina, sem deixar de lado os temas transversais. Essa perspectiva amplia a
responsabilidade dos/das professores/as no que diz respeito à formação dos educandos, e
busca a descoberta por parte dos estudantes em oferecer respostas prontas. O adequado é
estimular a criatividade, levantar questionamentos para que este indague e busque
descobrir, ao invés de memorizar “conteúdos esvaziados de significados” (BOVO, 2004;
JARDIM; BRÊTAS, 2006; ROITMAN; RAMOS, 2011). Morin (2000, p. 03) afirma que
“não é a quantidade de informações [...] que podem dar sozinhas um conhecimento
pertinente, mas sim a capacidade de colocar o conhecimento no contexto”.
Oliveira (2007) e Heilborn et al. (2009) chegam à conclusão de que as questões
afetivas são deixadas de lado pelos/as professores/as pelo risco de adentrar em valores e
condutas alheias, visto que o tema vai de encontro à intimidade. Além do mais, muitas
vezes os familiares dos estudantes não admitem que esse assunto seja abordado. “Quando
a escola é convocada a intervir, ela busca intervir na vida do corpo e na vida da espécie,
na saúde individual e coletiva, na vida das/os jovens, bem como na regulação e
organização da população” (ALTMANN, 2007, p. 294). Eis, então, um desafio a ser
alçado pelos/as professores/as. Até então, os PCNs acabam, às vezes, por contradizer
algumas propostas. De um lado, estimula o debate para assuntos reflexivos no que diz
respeito à comportamentos, de outro previne quanto à invasão da intimidade do sujeito.
Ao considerar a sexualidade na BNCC, verifica-se um retrocesso ao que foi
proposto pelos PCNs, uma vez que a temática sexualidade se encontra na seção de
Ciências da Natureza, mais precisamente no componente curricular Ciências, sendo
ausente nas demais áreas do conhecimento. O documento oficial associa a sexualidade a
conceitos relacionados à saúde e à qualidade de vida (SILVA et al., 2019), reservados ao
oitavo ano do Ensino Fundamental (MONTEIRO; RIBEIRO, 2020).
discutir sobre gênero nas escolas. Os/as professores/as devem assumir papéis de
responsabilidade com os estudantes, ensinando a lidar com as diferenças e estereótipos,
sem discriminação (MAIA; MAIA, 2005; BRAGA, 2006). Modesto (2018) aponta que
os documentos escolares devem considerar essas questões, já que sua magnitude e
urgência se faz presente no contexto escolar.
Vale salientar que o educador deve ter cuidado com sua opinião, tentando ao
máximo distanciar-se dela, não deixando seus julgamentos particulares agirem sobre os
estudantes (SHIMAMOTO, 2004; LIRA; JOFILI, 2010). Castro et al. (2004), Vieira e
Matsukura (2017), Furlanetto et al. (2018) e Rizza et al. (2018) lembram que os/as
professores/as encontram diversos obstáculos, tanto no aspecto formativo, quanto nas
elaborações, ao abordar a temática sexualidade. Esta última, deve-se às concepções, aos
valores que os docentes possuem. Este panorama revela que as preconizações estipuladas
pelos PCNs e BNCC como socioculturais, éticas da sexualidade e afetivas, durante o
processo de ensino-aprendizagem, poderão ser eximidas.
Os educadores carecem de uma formação que contribua com maiores
conhecimentos sobre o tema e uma maior dedicação para manter-se atualizados. Desse
modo, poderá proporcionar uma melhor assistência aos estudantes do novo milênio,
minimizando seus conflitos emocionais e dúvidas (SALLA; QUINTANA, 2002; MAIA;
MAIA, 2005; JARDIM; BRÊTAS, 2006; LIMA; VASCONCELOS, 2006). Vale apontar
que as adversidades presentes na sala de aula e em outros espaços escolares, podem e
devem contribuir com o processo de formação dos/as professores/as. Contudo, para que
este trabalho gere resultados positivos é necessário desconstruir orientações
predeterminadas direcionadas para grandes grupos. A formação continuada de
professores que atende as especificidades dos mesmos, em especial a sexualidade, tende
a ser proficiente (GESSER et al., 2012).
A grande maioria das atividades pedagógicas preocupa-se apenas em tratar da
sexualidade pelo âmbito da saúde sexual, prevenção de doenças e de gravidez indesejada.
Dessa forma, deve-se levar em conta a problematização da temática, visando uma
conscientização também a respeito das subjetividades de cada ser (AQUINO;
MARTELLI, 2012). Também é necessário que se discuta essas questões com diretores e
profissionais de equipes pedagógicas, pois eles participam da criação de projetos e da
construção do currículo escolar. Através dessa corresponsabilidade estabelecida, além de
muito contribuir para a formação dos estudantes, também estarão impulsionando a própria
família a realizar seu papel, visto que esta ainda desponta de um lugar chave na
socialização das novas gerações no que diz respeito a valores e princípios (BRASIL,
1998a; JARDIM; BRÊTAS, 2006; BARROS; RIBEIRO, 2012).
Roitman e Ramos (2011, p. 07) declaram que “o Brasil ainda está longe da
educação oferecida pelos países que estão no topo da educação básica mundial”.
Evidentemente, ainda existem inúmeras falhas na educação brasileira. No entanto, a
responsabilidade não se instala apenas na figura dos docentes (RICARDO;
ZYLBERSZTAJN, 2002; LIMA; VASCONCELOS, 2006). Ao analisar a educação
pública, deve-se observar a realidade com a qual se vive: “a superlotação nas salas de
aula, desvalorização do profissional, e a defasada estrutura física, metodológica e didática
nas escolas” (LIMA; VASCONCELOS, 2006, p. 399). Não obstante, observa-se que a
BNCC é um documento que não favorece a discussão sobre diversidade sexual e de
gênero na escola, sendo que a BNCC apresenta retrocessos na discussão de tal temática,
principalmente quando comparada àquelas apresentadas pelos PCNs (SILVA et al.,
2019).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As discussões relativas à sexualidade se apresentaram ao longo do tempo de
diversas maneiras, desde o caráter higienista, perpassando pelo controle da natalidade e
de ISTs, chegando aos dias atuais, com o levante dos movimentos sociais, na tentativa de
também enfatizar aspectos emocionais. A discussão da sexualidade, antes dos PCNs,
proporcionou a compreensão de quando se iniciou a preocupação com essa temática. A
discussão da diferença entre os gêneros masculino e feminino, assim como a medicina,
influenciaram o tratamento do tema de forma higiênica.
Ao analisar a sexualidade na adolescência pós PCN, observou-se que ela começou
a ser abordada de forma cada vez mais explícita. Pode-se notar que os parâmetros
influenciaram a abordagem nas escolas do tema supracitado. A sexualidade é considerada
um assunto complexo, e por essa razão, foi inserida no PCN como um tema transversal,
para que todas as disciplinas pudessem abordá-la. Tal fato facilita o entendimento dos
estudantes, visto que apenas os/as professores/as de Ciências e Biologia costumavam
abordar o tema nas aulas.
No tocante à atual BNCC, constata-se que ela limita a temática sexualidade à área
de Ciências da Natureza e em sua dimensão biológica, contextualizando-a à prevenção de
ISTs e gravidez na adolescência, aproximando-se assim, de concepções médico-
higienistas. Por esta ótica, o documento apresenta retrocessos quando comparada aos
PCNs, visto que este último documento, do final da década de 1990, aborda que questões
referentes à sexualidade deveriam ser trabalhadas pelos docentes das diferentes áreas do
conhecimento.
Embora vários autores apontem problemáticas nas preconizações da diversidade
de gênero pelos PCNs, verifica-se a omissão de forma explícita e implícita desta temática
na BNCC. Desse modo, observam-se limitações para a abordagem e elaboração de
atividades, discussões e projetos sobre gênero e diversidade sexual em âmbito escolar,
diante da falta de subsídios no documento norteador das ações docentes. Sobre esse
prisma, possivelmente os singelos avanços possibilitados pelos PCNs poderão retroceder
diante da implantação da BNCC.
Diante deste cenário, observa-se a necessidade da elaboração de mais estudos
sobre sexualidade e diversidade sexual e de gênero no ambiente escolar, para assim, traçar
panoramas sobre os desdobramentos da BNCC nas escolas. Nesta perspectiva, futuros
estudos utilizando metodologias investigativas como entrevistas e questionários, com
estudantes e professores/as da Educação Básica, sobre questões características à
sexualidade abordada em sala de aula e demais espaços educativos, contribuirão para
fornecer dados sobre o impacto (positivo ou negativo) que o documento oficial tem
causado no trabalho docente.
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