Apostila Desenho Basico

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL – DEC

APOSTILA DE DESENHO BÁSICO – 1ª PARTE


TÓPICOS ABORDADOS:
1. O que é desenho? O que é desenho técnico?
2. Instrumentos e utensílios utilizados no desenho técnico
3. Tipos de papel e dobramentos das folhas
4. Caligrafia técnica e legenda
5. Traçado a mão livre
6. Linhas – tipos de linhas
7. Escala
8. Desenho Geométrico
9. Sistemas de Projeções – Representações de vistas
10. Perspectiva - Isométrica e Cavaleira

1. O que é desenho?
É o processo de criação visual com objetivo final. Um bom desenho mostra a melhor expressão visual
possível da essência daquilo que está representando.
Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma importante de comunicação. E essa comunicação
(representação gráfica) trouxe grandes contribuições para a compreensão da História, porque, por meio dos
desenhos feitos pelos povos antigos, podemos conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus hábitos e até
suas idéias.
O homem pré-histórico marcou na rocha seres humanos, animais, plantas, elementos do seu mundo,
expressando de uma forma intensa as suas vivências.
Entre os tipos de desenho temos:
a) Desenho artístico ou de expressão
b) Desenho de resolução ou de precisão - a geometria descritiva
c) Desenho de representação ou técnico
Com a necessidade de um tipo de linguagem, que pudesse ser entendida em qualquer idioma, o
homem criou diversas técnicas gráficas, utilizando os desenhos. O homem sempre manifestando a
necessidade de comunicação uns com os outros e pressionado pela Revolução Industrial, foi criado o
DESENHO TÉCNICO - que passou a ser usado por engenheiros e técnicos, como linguagem universal
expressando e registrando idéias, assim como fornecendo dados necessários à produção de produtos
intercambiáveis.
Ao contrário do desenho artístico, que serve da paisagem, modelos ou simplesmente da imaginação,
o desenho técnico não só fornece a intenção do projetista como, também, dá informações exatas de todos os
detalhes existentes na criação.
A importância deste desenho no processo industrial é tanta que mesmo aquele que nunca venha a
desenhar deve ser capaz de ler e interpretar corretamente o seu conteúdo.

1.1 - o que é desenho técnico?

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O desenho técnico é uma forma de representação gráfica usada, entre outras finalidades, para ilustrar
instrumentos de trabalho, como máquinas, peças e ferramentas, por exemplo.
É também a linguagem universal para identificar um produto segundo sua forma gráfica. Pois,
representam corpos, formas, dimensões e o material de que são constituídos.
O desenho técnico deve transmitir com exatidão todas as características do objeto a ser representado.
Como uma linguagem, o desenho técnico deve ser EXATO (para ser compreensível), deve ser
CLARO e de FÁCIL INTERPRETAÇÃO pelos que dele se utilizarem.
Do mesmo modo que a língua, o desenho técnico está subordinado a regras, que são as “Normas
Técnicas”. Para garantir a exatidão do desenho técnico, o desenhista deve seguir as regras estabelecidas
previamente por estas Normas e assim todos os elementos do desenho serão normalizados.
Cada área – arquitetura e engenharia civil, mecânica e marcenaria, por exemplo, tem seu próprio
desenho técnico, de acordo com as normas especificas. Observe alguns exemplos nas figuras 01, 02 e 03:

Figura 01 - Desenho Figura 02 - Desenho técnico Figura 03 - Desenho técnico de mecânica


técnico de arquitetura de marcenaria

Nesses desenhos, as representações foram feitas por meio de traços, símbolos, números e indicações
escritas, de acordo com normas técnicas. No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT -
Associação Brasileira de Normas Técnicas.

As NORMAS TÉCNICAS são internacionais, foram estabelecidas em convenções para que os países
adotassem um só sistema de normas na fabricação de máquinas e nos projetos.

1.2 – Normas técnicas


As normas técnicas são normas que devem ser utilizadas tanto para produtos, como para serviços, nos
mais variados campos. Para o desenho técnico, seja ele o mecânico ou o arquitetônico, as normas visam uma
uniformidade dentro de uma rede produtiva mundial.
NBR 10647 – Desenho Técnico
Esta norma tem como objetivo geral definir os termos empregados em desenho técnico quanto aos aspectos
geométricos: projetivos e não projetivos. Os desenhos projetivos correspondem às vistas ortográficas e as
perspectivas, enquanto os desenhos não projetivos correspondem aos fluxogramas, organogramas e gráficos.
A norma trata ainda o grau de elaboração dos desenhos que são: o esboço, o desenho preliminar, o croqui e o
desenho definitivo.
NBR 10068/87 – Folha de desenho – layout e dimensões
Esta norma estabelece as características dimensionais da folha de desenho, destacando os formatos das folhas
a partir do formato básico que é designado como A0 onde configura um retângulo de 1m² e os demais
formatos são bipartições do formato A0. Além disso, a norma apresenta layout da folha de desenho, onde
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especifica posição da legenda (identificação do desenho), sistemas de reprodução para arquivamentos e
outros itens.
NBR 10582 - Apresentação da folha para desenho técnico
Elaborada pela Comissão de Estudo de Desenho Técnico Geral, a norma fixa as condições exigíveis para a
localização e disposição do espaço para desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e respectivos
conteúdos. Sendo assim, a folha para o desenho deve conter: espaço para desenho, espaço para texto e espaço
para legenda. A legenda deve conter: designação da firma; projetista, desenhista ou outro responsável; local,
data e assinatura; nome e localização do projeto; conteúdo do desenho; escala; número do desenho e mais
outras informações essenciais.
NBR 8196 – Emprego de escalas
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos e
como requisito geral, a norma estabelece que a designação completa de uma escala deve consistir na palavra
“ESCALA”, seguida da indicação da relação, assim como pode ser abreviada para forma “ESC” e ser
indicada na folha do desenho.
NBR 8403/84 - Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas - Larguras das linhas.
Elaborada pela Comissão de Estudo de Desenho Técnico Geral, esta norma fixa tipos e o escalonamento de
larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. A característica principal da
norma é a fixação das espessuras para uso em desenho técnico: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40;
2,00mm e a definição de 10 tipos de linhas (contínua, traço e ponto, traço dois pontos, etc). Vale a pena
ressaltar que a representação das linhas utilizadas e vistas na norma de representação de projetos de
arquitetura difere um pouco da presente norma.
NBR 8402/94 - Execução de Caráter para Escrita em Desenho Técnico
Esta norma fixa condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos, enfatizando as principais
exigências na escrita: legibilidade, uniformidade e adequação à reprodução.
NBR 10126/87 – Cotagem em Desenho Técnico
Esta norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em desenhos técnicos, enfatizando que
quando necessário, devem ser consultadas outras normas técnicas de áreas específicas. Deixa claro também
que é necessário consultar outras normas como: NBR 8402, NBR 8403 e NBR 10067. Define assim que a
cotagem é a representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos,
notas e valor numérico numa unidade de medida.

1.3 - Classificações do desenho técnico


O desenho técnico obedece aos seguintes critérios:
a) Quanto ao aspecto geométrico:
Desenho projetivo Vista ortográfica – Projeção cilíndrica ortogonal do objeto
resultante das projeções de um objeto sobre sobre planos.
um ou mais planos de projeção que se Perspectiva - Projeção cilíndrica ou cônica sobre um único
fazem coincidir com o próprio desenho. plano.
Desenho não projetivo São representados por diagramas, cronogramas, gráficos,
não apresenta correspondência, por meio de esquemas, fluxogramas, etc.
projeções entre a figura e o que está
representado.
b) Quanto ao grau de elaboração:
Esboço Estado inicial de elaboração de um projeto, fase de estudos aguardando
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melhoramentos.

Estado intermediário da elaboração do projeto, ainda sujeitos a alterações,


Desenho preliminar
também chamado de ante-projeto.
Integrante da solução final do projeto completo, com todos os elementos
necessários para o perfeito entendimento do projeto. Também pode ser
Desenho definitivo
chamado de projeto para execução.

c) Quanto ao grau de pormenorização:


Detalhe Desenho de uma parte isolada de difícil compreensão, pode gerar dúvidas,
conseqüentemente isolamos esta parte, apresentando informações
complementares.
Detalhe do conjunto Desenho que mostra reunindo várias partes formando o todo.
d) Quanto à finalidade:
Fabricação Esquemas, detalhes ou conjuntos.
Montagem Informações específicas quanto à forma de montar as peças.
Ilustração Informações somente visuais.
e) Quanto ao material empregado: lápis, tinta (nanquim ou impressão).
f) Quanto à técnica de execução: Desenho a mão-livre, desenho com instrumentos, desenho por
computador.
g) Quanto ao modo de obtenção:
Original desenho matriz que serve para obtenção de novos exemplares.
cópia - reprodução na mesma grandeza original.
Reprodução ampliação - reprodução porém maior que a original.
redução - reprodução proporcional porém menor que a original.
2. Instrumentos e utensílios utilizados no desenho técnico
Para uma melhor apresentação do desenho (desenho preciso e límpido), devem ser utilizados
instrumentos adequados. Com a difusão dos programas de CAD ( Computer Aided Design), alguns materiais
de desenho se tornaram obsoletos. Mas, o conhecimento é importante no processo construção de
conhecimentos. Alguns materiais são:
a) Prancheta: Onde são fixados os papéis para a execução dos desenhos. Retângulo de
madeira apoiado sobre um cavalete onde os 4 lados devem estar no esquadro. A superfície
deve ser lisa. Deve-se ter cuidsdo com a iluminação para não formar sombra sobre o
desenho (Figura 04).
b) Régua Paralela: É uma régua composta de uma haste e fios para fixá-la na prancheta. Uma
vez fixa, desliza sobre ela e é possível traçar-se linhas paralelas horizontais ou ainda apoiar
esquadros para traçar-se linhas verticais ou com determinada inclinação. São fabricadas em
acrílico transparente e podem ser encontradas em vários tamanhos (Figura 05).
c) Régua T: É uma régua plana fixada na extremidade por uma guia. Serve para traçar linhas
retas horizontais e de apoio aos esquadros. Evoluiu para a atual régua paralela, que desliza
em linhas guia nas laterais da prancheta, e para o tecnígrafo, mais utilizado para desenhos
industriais (Figura 06).

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Figura 04 - Prancheta Figura 05 – Régua Paralela Figura 06 – Régua “T”

d) Esquadros: São fabricados em material transparente para observar os pontos de contato.


Tem forma de triângulo retângulo, formando ângulos de 45º, 30º e 60º (Figura 07). São
utilizados para o traçado de retas paralelas, retas oblíquas e retas perpendiculares as retas
dadas (ver item 2.1).
Para usar o esquadro, fixe-o com a palma da mão, incline o lápis em relação ao papel
aproximadamente 60º, de modo que a ponta fique ligeiramente afastada do esquadro. O
esquadro é usado de modo que fique à direita do traço, isso não vale para desenhistas
canhotos.
e) Escalímetro ou Escala: Desenvolvida no formato triangular com seis tipos de escala sendo
1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125 (Figura 08). a escala adotada deve ser indicada na
legenda do desenho e quando em uma mesma prancha se utilizar vários tipos de escala,
deve-se colocar abaixo do desenho cada uma.
A escala é a razão existente entre as medidas no papel do desenho e as medidas reais do
objeto. Veremos isto no capitulo referente ao estudo e uso das escalas.
Não se deve usar a escala para traçar linhas, pois o lápis suja a régua, gasta a
graduação e a linha não é regular por falta de apoio. Seu uso é exclusivamente para
marcar e tomar medidas.

Figura 07 – Par de esquadros Figura 08 – Modelos de escalímetros

f) Compasso: É o instrumento que serve para traçar circunferências ou arcos de circunferência.


O compasso serve para o traçado de círculos de quaisquer raios. (Figura 09). A posição
correta do seu uso é vertical com o movimento no sentido da esquerda para a direita.
Usa-se o compasso da seguinte forma: abre-se conforme o raio necessário, fixa-se a ponta
seca no centro da circunferência a traçar e, segura-se o compasso pela parte superior com os
dedos do indicador e polegar, rotaciona-se até completar a circunferência.
g) Transferidor: É um círculo ou semi círculo, fabricado em acrílico cristal com graduação de
grau e frações de grau, servindo para medir ângulos esféricos (Figura 10). Para medir ângulos,
coloca-se o diâmetro coincidindo com um dos lados do ângulo e o centro do transferidor sobre
o vértice. O outro lado nos dará no transferidor, a medida do ângulo.
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h) Gabaritos: São placas vazadas de acrílico transparente para serem utilizadas a fim de
desenhar perfis especiais e peças padronizadas como círculos, tubulações, elipses, louças
sanitárias, etc. Possuem diversas escalas (Figura 11).

Figura 09 - Compasso Figura 10 - Transferidor Figura 11 – Modelo de gabarito

i) Curva francesa: Também fabricado em acrílico cristal, usado no traçado de curvas


irregulares pelo grande número de arcos de circunferência que é composto. Usado para
determinação de curvas de elipse, parábola, hipérbole, etc. (Figura 12).
Para se desenhar uma curva deve-se começar por esboça-la a mão livre, valendo-se de dois
pontos que já tenham sido determinados. Só então a curva poderá ser aplicada, escolhendo-se
a parte que melhor se adapte à porção da linha considerada.
j) Reguá flexível: Permite qualquer tipo de curvatura (Figura 13).
k)Fita adesiva: Para fixar o papel de desenho na prancheta.
l) Borracha: Escolher sempre as mais macias e que não borrem o desenho (Figura 14).
m) Papel: Pode ser utilizado papel opaco ou transparente, tipo vegetal ou manteiga.

Figura 12 – Curva francesa Figura 13- Regua flexível Figura 14 - Borrachas

n) Lápis / Lapiseiras: Os lápis e lapiseiras de desenho são sextavados para que sejam bem
presos entre os dedos e não rolem sobre a mesa. O grafite deve ser de grânulo fino e resistente
à ruptura, além disso deve ter traço uniforme e fácil de ser apagado.
As lapiseiras devem apertar o grafite de modo que não escorreguem para dentro ao se forçar
sobre o papel e não girar no desenho.
A ponta apoia-se diretamente sobre a face da régua ou do esquadro girando lentamente a fim
de obter um traço uniforme.
As especificações dos lápis de desenhos variam conforme sua dureza, e as lapiseiras,
conforme sua espessura, assim ambos variam conforme o tipo de linha:
Tipos de linhas Lápis Lapiseiras
Linhas grossas 2B e B 0,7 mm
Linhas médias HB 0,5 mm
Linhas finas 2H 0,3 mm

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2.1. Movimento dos esquadros, da régua paralela e da lapiseira no traçado de
linhas:

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3. Tipos de papel, formatos e dobramentos das folhas
Os tipos de papel mais utilizados em desenho são:
Papel comum – Papel branco ofício usado para esboço sem muita importância (sujeito a
melhoramentos).
Papel sulforizê – Papel rugoso, branco opaco ou amarelado, muito bom para trabalhar a lápis.
Utilizado para execução de esboços e anteprojetos. Recomendados para desenhos coloridos e
desenhos a lápis. São vendidos em rolo ou em folha padronizada. A reprodução por cópia
heliográfica pode ser prejudicada.

Papel vegetal – Papel semitransparente e seu peso varia de 50 a 120 g por m2. Empregado para
copiar desenhos executados sobre o papel sulforizê, à tinta nanquim com a finalidade de obter a
cópia original do projeto. Não pode ser dobrado . É o mais indicado para o desenho de projetos
por ser resistente ao tempo e por permitir correções e raspagens.
A partir dessa cópia pelo processo da heliogravura obteremos o número de cópias necessárias à
à aprovação. É vendido no comércio em rolos de 20 m de comprimento e largura de 1.10m ou
1.57m e também em folhas padronizadas nos formatos da ABNT, tendo as margens já impressas.

Papel heliográfico – Papel sensível à luz e nele se faz a impressão pelo processo de
heliogravura, cópias do original em papel vegetal, apresentado tonalidades de azul, marrom ou
preto. Uma de suas faces é tratada por processo químico e reage em presença do amoníaco .
Existem diversos tipos de papel heliográfico , do mais fino ao mais resistente .

Os projetos realizados através de recursos computacionais, são plotados em folhas sulfite e cortados
nos tamanhos adequados. Neste caso, as cópias podem ser coloridas ou não.

3.1. Formatos do papel


Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos são padronizados obedecendo as normas
estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O formato básico, designado por A0
é o do retângulo de lado medindo 841 e 1189 mm, tendo área de 1 m². A partir deste formato básico derivam
os demais da série A (figura 15), pela bipartição ou duplicação sucessiva, que são: A0, A1, A2, A3 e A4 os
mais usados, porém existem ainda formatos menores que A4 e maiores que A0.
Formatos Linha de corte no original (mm) Margem esquerda (mm) Margem (mm)
AO 841 x 1189 25 10
A1 594 x 841 25 10
A2 420 x 594 25 10
A3 297 x 420 25 10
A4 210 x 297 25 5
Internamente ao traço que delimita o padrão será feito o traço da margem do desenho. No lado vertical
esquerdo sempre será 25 mm (para arquivamento do desenho em classificadores) e nos demais lados 10 mm,
com exceção do padrão A4 que será de 5 mm.

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Figura 15 – Formato básico de papel e suas derivações.

3.2. Dobragem de folhas


Na dobragem das folhas, o formato final deve ser o A4, facilitando o arquivamento em pastas. Os
formatos devem ser dobrados primeiramente na largura e posteriormente na altura; e de modo a ficar visível
o quadro destinado à legenda e o lado esquerdo à ser fixado no arquivo.
Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185 mm. A parte final a é
dobrada ao meio. Veja a figura 16.

Para não
perfurar a
parte superior
nos formatos
A0, A1 e A2,
faz-se uma
dobra
triangular, para

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Figura 16 – Dobragem das folhas

4. Caligrafia técnica
As Letras e Algarismos - Contribuem para o bom aspecto do desenho, assim como o papel e o
dobramento das folhas. Devem ser: LEGÍVEIS, DE RÁPIDO TRAÇADO E UNIFORMES.
O traçado das letras pode ser no sentido vertical ou com uma inclinação de 65° a 75° com a horizontal.

Figura 17 - Proporções e exemplos da caligrafia técnica

a) Dicas para desenho simplificado de letras:


Utilize a altura mínima de 3mm.
Escolha a altura das letras maiúsculas e divida em 3 partes iguais.
Utilize 1/3 para baixo para a altura das minúsculas.
A perna ou haste das letras (j, l, t, etc.) ocupa 1/3 para cima ou para baixo.
Evite letras grandes que possam aparecer mais que os desenhos.

b) Proporção entre as letras e algarismos (figura 17)


Os algarismos devem ter a mesma altura das letras maiúsculas.
Altura: as minúsculas devem ter 5/7 da altura das maiúsculas.
Largura: as minúsculas devem ter 4/7 da largura das maiúsculas.
Minúsculas: b, d, f, h, k, l, t devem ter a mesma altura das maiúsculas.
Minúsculas: g, j, p, q, y devem ultrapassar a pauta inferior 2/7 h.
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Pode-se agrupar as letras conforme a semelhantes do traçado.
Grupo I, L, T, H, F, E - traços retos e paralelos.
Grupo N, Z, V, A, X - traços retos com grande inclinação.
Grupo M, Y, K, W - traços inclinados e curtos.
Grupo J, D, U - traços retos e curvos.
Grupo O, Q, G, C - traços com duas pequenas retas e duas curvas, derivam da letra O.
Grupo P, R, B - traços retos e curvas com pequenos traços retos e horizontais.
Letra S - formado apenas de arcos.
Grupo i, l, x, z, v, w, k - traços retos.
Grupo f, j, t, y, r - traços retos e pequenos arcos.
Grupo n, m, u, h - traços retos e arcos.
Grupo o, a, e, c, b, d, g, p, q - traços básicos da letra o.
c) Grupo dos Algarismos (figura 17)
São um pouco mais estreitos que as letras maiúsculas, aproximadamente 4/7 da altura (1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9, 0)
d) Tabela da altura das letras maiúsculas em função da finalidade
Finalidade Altura da Maiúscula
Observações 3 a 5 mm
Títulos normais 7 a 10 mm
Títulos de projetos 16 a 20 mm

Obs: No final desta apostila você encontrará alguns exercícios de caligrafia técnica.

Exemplo de Letras Maiúsculas:

ABCDEFHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Exemplo de Letras Minúsculas:

abcdefhijklmnopqrstuvwxyz
Exemplos de Algarismos:

0123456789IVX

4.1. LEGENDAS
A legenda ou identificação na gíria profissional chama-se Carimbo , que tem a finalidade de
uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos . Os tamanhos e formatos dos carimbos
obedecem à tabela dos formatos A . Recomenda-se que o carimbo seja usado junto à margem, no canto
inferior direito (figura 18). Esta colocação é necessária para que haja boa visibilidade quando os desenhos
são arquivados. O carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando, no entanto, a critério
do escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados:

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Figura 18 – Localização da legenda.

Nome do escritório, companhia, empresa, etc.


Título do projeto
Nome do arquiteto ou engenheiro
Nome do desenhista e data
Escalas
Número de folhas e número da folha
Assinatura do responsável técnico pelo projeto e execução da obra
Nome e assinatura do cliente
Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho
Conteúdo da prancha

A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A0, A1, A2, A3, ou ao longo da largura da
folha de desenho no formato A4.
A legenda deve apresentar uma distribuição conveniente, não ultrapassando a largura de 175 mm.

Figura 19 – Exemplo de legenda pessoal.

Obs: Este é apenas um exemplo de legendas, em geral, cada projetista, engenheiro, arquiteto,
empresa, etc... cria o seu personalizado. Crie sua legenda e utilize-a em seus desenhos, assim, seu
projeto terá sua marca registrada!

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Normalmente, as legendas apresentam as seguintes dimensões:
Formatos L H
A0, A1, A2 175 mm Var. > 50 mm
A2, A3, A4 120 mm 35 - 50 mm
A4 90 mm 25 - 35 mm

5. Traçado/Esboço a mão livre


O traçado ou esboço é aceito, geralmente, como um meio universal e eficaz de comunicação, tanto
entre técnicos como entre leigos. Ao fixar-se uma idéia, por meio de um esboço, ela se torna permanente;
pode-se, então, aplicar todos os esforços da crítica para analisá-la e toda a capacidade criativa para refiná-la e
desenvolvê-la.
Portanto, na prática o desenho utilizado por Engenheiros e Arquitetos é predominantemente executado à mão
livre; pois, uma vez esboçada uma solução, sua complementação e apresentação final constituem,
habitualmente, mero trabalho de rotina que pode ser delegado a terceiros.

É aquele executado sem o auxílio de instrumentos de desenho, guardando as proporções aproximadas do


objeto representado. Pode ser cotado para a execução do desenho definitivo.

Recomendações para o desenho a mão livre:


Traçar primeiro as linhas finas e leves, depois reforçá-las corrigindo distorções da primeira.
O lápis deve ser segurado com desembaraço e não muito próximo a ponta.
Traçar linhas verticais de baixo para cima.
As linha horizontais devem ser traçadas da esquerda para direita.
As linhas inclinadas que se deslocam da vertical para a direita são traçadas de baixo para cima.
As linhas inclinadas que se deslocam da vertical para a esquerda são traçadas de cima para baixo.
Não se preocupe com a ondulação no traço, pois a direção é mais importante que a regularidade da linha.
As circunferências são desenhadas marcando-se o raio para cada lado das linhas de centro, ou para maior
precisão, acrescentando duas ou mais diagonais, passando pelo centro da circunferência e marcando
assim pontos equidistantes do centro igual ao raio figura .

Figura 20 – Traçado de circunferência a mão livre.

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EXERCÍCIOS:
1) Desenhe as figuras abaixo à mão-livre:

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5.1. Traçados com instrumentos
1. Pegar uma folha de papel A3 ou A4, por exemplo, e fixar a mesma, alinhando-a com a régua paralela
ou régua “T” (figura 21).
2. A maneira de fixar a folha com a fita adesiva é muito importante, faça seguindo o exemplo abaixo.
3. Fixar a folha pelas pontas nas ordens de 1 a 4.
4. Alinhar a folha paralelamente à régua, no sentido horizontal, fixar as pontas 1 e 2 (conforme
desenho), após complementar a ordem 3 e 4. Dando uma pequena pressão nas pontas.

Figura 21 – Fixação da folha em prancheta.

A maneira mais aconselhável de traçar: Cada traçado tem sua maneira própria de ser feito, para destro, a
linha horizontal deve partir sempre da esquerda para a direita, e a linha vertical de baixo para cima. Já para o
canhoto a linha horizontal sempre da direita para a esquerda, e a linha vertical de baixo para cima. As linhas
diagonais, para ambos, conforme for mais acessível – subindo ou descendo. Veja exemplo a seguir (Figura
22):

Figura 22 – Traçados horizontais e verticais.

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6. Linhas – tipos de linhas
As linhas servem para melhor representar um desenho, são usadas linhas de vários tipos e espessuras
e seu conhecimento e usos corretos são indispensáveis para a interpretação de desenhos.
As linhas quanto a espessura, classificam-se em grossas, médias e finas.
Fixada a espessura da primeira, para um desenho, a espessura da segunda será a metade e a da última
será a metade da segunda. A espessura da linha grossa deve ser proporcional ao tamanho do desenho.
Tipos de linhas e sua utilização:

Tipo Emprego

Arestas e contornos visíveis. Paredes em planta baixa e paredes cortadas.

Arestas e contornos não visíveis. Área edificada sob a cobertura.


Projeção de mezanino no ponto inferior.

Indicação do local do corte. Seta indicativa do sentido.


Posições externas de rebatimento. Partes de concreto em corte ou planta.

Sinais convencionais. Projeção da cobertura no projeto de planta baixa.

Eixos e linhas de centro de circunferência. Locação de estacas.


Linha de cota, linha de chamada e peças de cobertura. Revestimento de
parede, revestimento de piso, identificação de porta, janela

Hachuras (traço contínuo ou tracejado geralmente inclinadas a 45º).

Eixos de simetria (linha, ponto, linha).

Linha de ruptura

Descontinuidade

6.1. Recomendação para o traçado de linhas


As linhas cheias devem ser traçadas num só sentido. Não de deve voltar o lápis sobre a linha traçada.
Deve-se girar o lápis enquanto se traça a linha, para que a ponta tenha um desgaste uniforme, não
acarretando variação da espessura.
Nas linhas tracejadas os traços devem ter o mesmo comprimento e ser igualmente espaçados.

Quando uma linha tracejada, transversal a uma cheia, é traçada a partir


desta o primeiro traço deve tocar na linha cheia.

Quando duas linhas tracejadas partem de um mesmo ponto os seus


traços iniciais devem partir deste ponto.

Quando uma linha tracejada está no prolongamento de uma linha cheia,


o seu primeiro traço, o seu primeiro traço deve estar espaçado do
término desta.

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Nas concordâncias, o ponto de concordância não deve ser percebido.
Ao se concordar uma reta com uma curva, esta deve ser traçada
primeiro para facilitar a concordância.

Linhas de cota – Colocadas de preferência fora da


vista, paralelas às dimensões à serem cotadas e linha de chamada
terminadas nas linhas de chamada, nos eixos ou nos
contornos visíveis das vistas.

Linhas de chamada ou linhas de extensão –


Prolongam-se para fora das vistas para se indicar a
distância medida.

obs: Linhas de cota e de chamada


são sempre do tipo traço fino. linha de cota

Linhas de referência – São empregadas para representar alguma observação em relação a edificação.
Traçada erm linha fina inclinadas de preferência a 60° em relação a horizontal, terminadas em setas que
tocam a linha a qual se referem.

Linha de referência

Quando houver superposição de linhas no desenho, deve-se representar apenas uma delas, obedecida a
seguinte ordem de precedência: arestas visíveis, arestas invisíveis, linhas de corte, linhas de centro e linhas
de extensão.

7. Escala
7.1. Escala Numérica - é a relação que existe entre o tamanho do desenho de um objeto
e o seu tamanho real.
A necessidade de usarmos a escala surgiu com a impossibilidade de apresentarmos os objetos em
verdadeira grandeza, cujas dimensões eram muito grandes ou pequenas, existindo a necessidade de
guardar as proporções entre as medidas apresentadas no papel com as medidas que apresentam as
dimensões reais. Imagine você representar graficamente uma casa com suas dimensões reais em um
papel de tamanho A4 por exemplo!!!!
No desenho técnico, todo objeto deve ser desenhado o mais proporcional possível, isto é, toda medida
de determinada peça, contida no desenho, deverá manter uma certa relação com a medida do objeto
real.
Escala é a relação entre o tamanho de uma dimensão no desenho e a sua respectiva medida real.

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Por exemplo, um objeto em forma de placa quadrada tendo 50 cm de lado é representado num desenho por
um quadrado com 20 mm de lado. Neste caso, dizemos que a escala do desenho é:

Escala = medida do desenho = 20 mm = 20 mm = 1 ou 1:25


medida do objeto 50 cm 500 mm 25

Esta então é uma escala de redução. Por outro lado, quando o desenho e o objeto têm o mesmo
tamanho, a escala é dita natural. A NB-8 recomenda as seguintes escalas:

- Para redução 1:2; 1:2,5; 1:5; 1:10; 1:20; 1:25; 1:50; 1:100; 1:200; 1:500; 1:1000; 1:2000; etc.
- Para ampliação 2:1; 5:1; 10:1; 20:1; etc.

7.2. Tipos de escalas


Existem três tipos de escala: natural, de redução e de ampliação.

Notação da
Tipo de escala Emprego
escala (ABNT)

Em desenho de objetos que são


Natural 1:1
representados em seu tamanho real.
(lê-se, escala um por/pra um)
1:2 (lê-se, escala um por/pra dois)
1:2,5: 1:5 ; 1:10
Usadas para o desenho de objetos de
1:20 ; 1:25
Redução grandes dimensões.
1:50 ; 1:100
1:200 ; 1:500

2:1 - lê-se, escala dois por/pra um


Ampliação Usadas para o desenho de objetos de
5:1
pequenas dimensões.
10:1

Nos desenhos de construção civil, as escalas são quase sempre, de redução, e para detalhes pode-se chegar
a usar escalas naturais.

7.3. Fórmulas para cálculos de escalas


1) Fator de redução – forma 1/x , onde x é o fator de redução.

medida do objeto = medida do desenho


fator de redução

1/10 = Numa escala de 1:10, toda a peça foi reduzida a uma décima parte da sua medida real.
1/50 = Numa escala de 1:50, toda a peça foi reduzida 50 vezes em relação ao tamanho natural.

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2) Fator de ampliação – forma x/1, onde x é o fator de ampliação.

medida do objeto x fator de ampliação = medida do desenho

10/1 = Significa que numa escala de 10:1, a peça foi ampliada dez vezes em relação ao seu tamanho real.
50/1= Significa que numa escala de 50:1, a peça foi ampliada cinqüenta vezes em relação ao tamanho natural.

A escala deve constar na legenda, obrigatoriamente. Quando numa mesma folha houver
desenhos com várias escalas, elas devem ser indicadas em cada um deles.

Escalas mais usadas em projetos:


Localização - 1: 10.000 Escala = Distância Gráfica
Situação - 1:500
Distância Real
Planta baixa, cortes, elevações - 1 :50 e 1:100
Detalhes e perspectivas - 1:20 / 1:25 / 1/1

A interpretação de uma escala em relação à razão numérica é feita da seguinte forma:


PRIMEIRO NÚMERO = tamanho do desenho SEGUNDO NÚMERO = tamanho real do objeto

Desenho 1 : 100 Objeto

O exemplo significa que cada (1) unidade do desenho corresponde a 100 unidades reais, ou seja, 1 cm do
desenho corresponde a 100 cm reais (1 metro).

1m na escala 1:100 corresponde a 1 m = 0,01m (ou 1 cm)


100

Usam-se as seguintes notações: Escala 1/20 ou Escala 1: 20. A palavra "escala" pode ser escrita abreviada
- Esc. 1:20

Aplicando a fórmula pode-se descobrir:


1. Qual a escala na qual foi desenhado o objeto.
2. Qual o tamanho do desenho de um objeto em uma determinada escala.
3. Qual o tamanho real do objeto.

7.4. Exemplos de cálculos de escalas:


1) Qual a escala que se encontra uma medida representada na distância gráfica por 6cm e tem uma
distância real de 3m.

Med.des. = medida do objeto , 6cm = 3 m 0,06m = 3 m x = 3 = 50 (escala 1:50)


fator de redução x x 0,06

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2) Para uma escala de 1:50, que tamanho teria uma casa de 15,00 por 25,00?

Med.des. = medida do objeto = 15 = 0,30m Logo a construção desenhada na


fator de redução 50 escala 1:50, teria 0,3 x 0,5m ou 30 x
50 cm
Med.des. = medida do objeto = 25 = 0,50m
fator de redução 50

3) Qual a medida real de uma porta que tem uma distância gráfica de 3,2cm e está representada na escala
1:25?
Med.des. = medida do objeto , então: 3,2cm = x = 80cm
fator de redução 25

Lembretes:
- A escala diz respeito apenas ao tamanho do desenho, é na cotagem que colocaremos suas medidas reais.
- Não existe escala nas medidas angulares, apenas nas lineares.
- A escala pode mudar, mas as medidas reais NUNCA MUDAM.

7.5. Uso do escalímetro


Na prática o uso do escalímetro dispensa os cálculos. O escalímetro é uma régua graduada em metros
segundo fatores de redução indicados ao lado de cada graduação. Para uso em desenho de arquitetura o mais
comum é o de número 1, que contém as escalas 1:100, 1:125, 1:50, 1:75, 1:20 e 1:25.
O escalímetro pode ser usado para outras escalas, para isso basta usar um artifício simples:
Escala 1:10 – usa-se a escala 1:100 dividindo os valores por 10 (10cm passam a valer 1cm).
Escala 1:5 – usa-se a escala 1:50 dividindo os valores por 10 (5cm passam a valer 0,5cm).

e assim sucessivamente...
Exercícios
1. Represente 20mm nas escalas 1:5, 1:1 e 2:1:

2. Para uma escala 2:1, que tamanho teria uma peça de 2,5 x 5,0 cm?

3. Qual a representação gráfica de um trecho de estrada de 100 m na escala de 1:1000?

4. Qual a escala que se encontra uma medida representada na distância por 6cm e tem distância real de 3m?

5. Em que escala foi desenhada uma janela com 1,50 m, sabendo que o desenho está com 3 cm?
a - 1 :50 b - 1:20 c - 1:5 d - 1:100

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6. Complete as lacunas com os valores correspondentes:

7. Qual a largura real de um terreno, sabendo que sua planta está representada com 20cm e a escala indicada
é de 1:200?
a - 4000 m b - 40 m c - 40 cm d - 400 m

8. Qual a escala que devemos indicar na planta de uma cozinha com cotas 3 x 3 metros, sabendo que essas
dimensões correspondem a 12 x 12 cm na régua?
a - 1:20 b - 1 :25 c - 1 :200 d -1 :250

9. Deseja-se representar a escala gráfica de uma planta. Se a escala numérica é de 1:125, cada metro nessa
escala terá dimensão de:
a - 80 mm b - 8 cm c - 8mm d - 0,08cm

10. Desenhar as peças que seguem na escala indicada e seguindo as regras de cotagem:

ESCALA 2: 1 ESCALA 1: 1

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