ABNT NBR 7187 21 Projeto de Pontes de Concreto Armado e de Concreto Protendido
ABNT NBR 7187 21 Projeto de Pontes de Concreto Armado e de Concreto Protendido
ABNT NBR 7187 21 Projeto de Pontes de Concreto Armado e de Concreto Protendido
601/0001-50
Número de referência
ABNT NBR 7187:2021
72 páginas
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................ix
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Simbologia...........................................................................................................................3
5 Requisitos e apresentação do projeto..............................................................................3
5.1 Generalidades......................................................................................................................3
5.2 Elementos básicos do projeto...........................................................................................3
5.3 Memorial descritivo e justificativo.....................................................................................3
5.4 Memorial de cálculo............................................................................................................3
5.5 Desenhos.............................................................................................................................4
6 Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliação da conformidade
do projeto.............................................................................................................................4
7 Ações a considerar.............................................................................................................5
7.1 Generalidades......................................................................................................................5
7.2 Ações permanentes............................................................................................................5
7.2.1 Generalidades......................................................................................................................5
7.2.2 Peso próprio dos elementos estruturais..........................................................................5
7.2.3 Pavimentação......................................................................................................................5
7.2.4 Lastro ferroviário, trilhos e dormentes.............................................................................5
7.2.5 Empuxo de terra..................................................................................................................6
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J.1 Generalidades....................................................................................................................64
J.2 Projeto................................................................................................................................64
J.3 Acompanhamento técnico...............................................................................................64
J.4 Plano de inspeção e manutenção....................................................................................65
J.5 Especificações do sistema...............................................................................................65
J.5.1 Componentes do sistema.................................................................................................65
J.5.2 Cabos.................................................................................................................................65
J.5.3 Ancoragens........................................................................................................................66
J.5.4 Proteção.............................................................................................................................66
J.6 Limites e tolerâncias.........................................................................................................66
J.7 Comportamento estrutural...............................................................................................67
J.7.1 Generalidades....................................................................................................................67
J.7.2 Rigidez equivalente dos estais........................................................................................67
J.7.3 Rigidez exata dos estais...................................................................................................68
J.7.4 Força de vento...................................................................................................................68
Anexo K (informativo) Lajes de transição.........................................................................................69
K.1 Generalidades....................................................................................................................69
K.2 Dimensões-limite...............................................................................................................69
K.3 Análise estrutural..............................................................................................................69
K.4 Detalhes construtivos.......................................................................................................70
Bibliografia..........................................................................................................................................72
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Figuras
Figura 1 – Geometria dos elementos sujeitos à pressão da água em movimento......................10
Figura 2 – Geometria do acúmulo de detritos................................................................................. 11
Figura 3 – Largura da seção transversal da fibra de cota y...........................................................13
Figura 4 – Valores estimados para distância entre pontos de momento nulo.............................16
Figura 5 – Exemplos de laje de continuidade..................................................................................20
Figura 6 – Solução de pré-laje e capa de concreto em obras em vigas pré-moldadas...............21
Figura 7 – Movimentos resultantes nas juntas de dilatação..........................................................25
Figura E.1 – Cisalhamento longitudinal na ligação entre mesa e alma........................................46
Figura E.2 – Elementos geométricos na ligação entre mesa e alma.............................................47
Figura F.1 – Tensões de cisalhamento, devido ao esforço cortante, em seção
celular simétrica................................................................................................................49
Figura F.2 – Fluxo de cisalhamento, devido à torção, em seção celular simétrica.....................50
Figura F.3 – Campos de tensões na alma........................................................................................50
Figura F.4 – Exemplo de diagrama de momentos fletores transversais em seção caixão.........51
Figura F.5 – Campo de tensões na alma em função da presença de momento transversal.......51
Figura G.1 – Identificação dos símbolos.........................................................................................54
Figura G.2 – Representação da articulação de concreto em elementos de seção retangular.......54
Figura G.3 – Forças de tração nos elementos articulados............................................................56
Figura G.4 – Indicação da armadura para absorver as forças de tração......................................57
Tabelas
Tabela 1 – Valores de k em função do ângulo de incidência para seções retangulares...............9
Tabela 2 – Variação linear de temperatura ao longo da altura da seção transversal..................12
Tabela 3 – Distribuição da temperatura ao longo da altura da seção transversal.......................13
Tabela 4 – Distribuição da temperatura ao longo da altura da seção transversal para diferentes
alturas da seção transversal e de pavimentação...........................................................14
Tabela A.1 – Tipos de análises..........................................................................................................28
Tabela B.1 – Definição das categorias de utilização e dos fatores de importância
de utilização (Fator I)........................................................................................................33
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Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 7187 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Pontes de Concreto Simples,
Armado e Protendido (ABNT/CEE-231). O 1º Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 11, de 25.11.2020 a 04.01.2021. O 2º Projeto de Revisão circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 05, de 11.05.2021 a 09.06.2021.
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A ABNT NBR 7187:2021 cancela e substitui a ABNT NBR 7187:2003, a qual foi tecnicamente revisada.
Scope
This Standard establishes the procedures and basic requirements for the design of concrete bridges,
viaducts and footbridges.
This Standard applies to projects for the repair and rehabilitation of existing structures, not including
repair and rehabilitation systems and materials.
This Standard applies to normal concrete structures, identified by a dry specific mass greater than
2,000 kg/m3, not exceeding 2,800 kg/m3, of strength group I (C20 to C50) and strength group II (C55
to C90). Among the special concretes excluded from this Standard are mass concrete and concrete
without fines.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os procedimentos e requisitos básicos para o projeto de pontes, viadutos e
passarelas de concreto.
Esta Norma se aplica aos projetos de recuperação e reforço de estruturas existentes, não abrangendo
sistemas e materiais de reforço.
Esta Norma se aplica às estruturas de concretos normais, identificados por massa específica seca
maior do que 2 000 kg/m3, não excedendo 2 800 kg/m3, do grupo I de resistência (C20 a C50) e do
grupo II de resistência (C55 a C90). Entre os concretos especiais excluídos desta Norma estão o
concreto-massa e o concreto sem finos.
NOTA As classes do concreto em função de sua massa específica, resistência à compressão axial e
consistência são estabelecidas na ABNT NBR 8953.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
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ABNT NBR 7188, Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras
estruturas
ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação –
Procedimento
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 6118 e os seguintes.
3.1
barreira rígida
perfil-padrão, engastado na estrutura, com a função de proteção lateral da pista rodoviária
NOTA Os requisitos mínimos exigíveis para o projeto construtivo e implantação de barreiras de concreto
para segurança no tráfego são estabelecidos na ABNT NBR 14885.
3.2
guarda-corpo
elemento contínuo ou vazado de proteção do pedestre na borda do passeio
3.3
infraestrutura
conjunto de elementos destinados a receber as cargas provenientes da mesoestrutura ou diretamente
da superestrutura e transferi-las para o substrato
3.4
mesoestrutura
conjunto de elementos destinados a receber as cargas provenientes da superestrutura e transferi-las
para a infraestrutura
3.5
obra de arte especial
OAE
estrutura classificada como ponte, viaduto ou passarela
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3.6
passarela
estrutura longilínea, destinada a transpor obstáculos naturais e/ou artificiais exclusimente para pedestres
e/ou ciclistas
3.7
ponte
estrutura sujeita à ação de carga em movimento, com posicionamento variável, chamada de carga móvel,
utilizada para transpor um obstáculo natural (como rio, córrego, vale etc.)
3.8
superestrutura
conjunto de elementos destinados a receber as cargas permanentes e acidentais e transferi-las para
a mesoestrutura ou diretamente para a infraestrutura
3.9
vão
distância horizontal no eixo da superestrutura entre dois apoios consecutivos
3.10
viaduto
estrutura para transpor um obstáculo artificial (como avenida, rodovia etc.)
3.11
viga pré-fabricada
viga pré-moldada executada industrialmente, em instalações permanentes de empresa destinada para
este fim
NOTA Os requisitos para o projeto, a execução e o controle de estruturas de concreto pré-moldado são
estabelecidos na ABNT NBR 9062.
4 Simbologia
No projeto das pontes, viadutos e passarelas de concreto devem ser adotadas as simbologias geral
e específica estabelecidas na ABNT NBR 6118 ou de outras normas brasileiras pertinentes.
As grandezas representadas pelos símbolos constantes desta Norma devem sempre ser expressas
em unidades do Sistema Internacional (SI).
5.4.2 Os símbolos não usuais devem ser bem definidos, as equações aplicadas devem figurar antes
da introdução dos valores numéricos e informar as citações bibliográficas utilizadas.
5.4.3 Sendo os cálculos efetuados com auxílio de computadores, devem ser fornecidas as identificações
dos programas e as indicações claras dos dados de entrada e de saída.
5.5 Desenhos
5.5.1 Os desenhos, em formato normalizado e escalas adequadas, devem conter todos os elementos
necessários para a execução da obra e estar condizentes com os cálculos.
5.5.2 Os desenhos de implantação da obra devem conter sua localização e os elementos principais do
projeto geométrico, de forma a ficar perfeitamente definida sua integração com as características locais.
5.5.3 Em perfil, devem ser mostradas as cotas do greide, do terreno natural, dos aterros de acesso
ou cortes, do obstáculo transposto (como curso d´água, níveis de maré, rodovia, ferrovia e outros),
constando também no desenho os gabaritos impostos, em largura e altura. Devem ser mostradas
inclusive as cotas dos elementos de fundação, os perfis dos boletins de sondagens com indicação do
lençol freático e o perfil geológico/geotécnico do terreno, estimado a partir das sondagens e ensaios
geotécnicos realizados.
5.5.4 Em planta, o desenho deve ser lançado sobre bases obtidas do levantamento topográfico (inclusive
cadastro de interferências) com as linhas rebaixadas, mostrando a compatibilização da obra com as
condições locais, indicando saias de aterro e taludes de cortes, e fornecendo as coordenadas para
locação das fundações.
5.5.5 Devem também constar nos desenhos de implantação outras informações importantes relativas
à obra, principalmente: classe em que se enquadra (em relação às cargas móveis), classe de agressividade
ambiental, especificações dos materiais que serão utilizados e, conforme o tipo de fundação, pressões no
terreno exercidas por sapatas rasas ou bases de tubulões, cargas em estacas e comprimentos previstos.
5.5.6 Os desenhos de formas devem detalhar todos os elementos componentes da estrutura, através
de plantas, elevações e cortes, mostrando, além de todas as dimensões, dados complementares, como:
contraflechas, aberturas provisórias para as fases construtivas, detalhes de drenagem da pista, de fixação
de postes e outros.
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5.5.7 Os desenhos de armação devem indicar tipo de aço, quantidade, bitola, dimensões e formas,
posição e espaçamento das barras ou cabos, tipos de emendas e ganchos, raios mínimos de dobramento,
cobrimentos, bem como prever espaços para lançamento do concreto e utilização de vibradores. Devem
também constar nos desenhos de armação os planos e tabelas de protensão.
5.5.8 Nos desenhos de detalhamento dos cabos de protensão, devem constar os dados estabelecidos
na ABNT NBR 14931:2004, A.8.2, assim como o tipo de bainha adotada para projeto, detalhes com
os ângulos de saída dos cabos e as respectivas dimensões dos nichos de ancoragem.
5.5.9 No caso de metodologias executivas serem consideradas como premissas do projeto estrutural,
influenciando na estabilidade da estrutura durante a construção, nos esforços finais ou na mudança de
geometria da estrutura, serão necessários desenhos específicos da sistemática construtiva prevista.
6.2 A avaliação da conformidade do projeto deve ser realizada, devendo essa avaliação ser elaborada
por profissional habilitado, independente e diferente do projetista, requerida e contratada pelo contratante,
e registrada em documento específico que acompanhará a documentação do projeto citada na Seção 5.
7 Ações a considerar
7.1 Generalidades
Conforme definição constante na ABNT NBR 8681, ações são as causas que provocam o aparecimento
de esforços ou deformações nas estruturas, e classificam-se em:
a) permanentes;
b) variáveis;
c) excepcionais.
Ações cujas intensidades podem ser consideradas como constantes ao longo da vida útil da construção.
Também são consideradas ações permanentes as que crescem no tempo, tendendo a um valor-limite
constante. As ações permanentes compreendem, entre outras:
b) cargas provenientes do peso da pavimentação, dos trilhos, dos dormentes, dos lastros, dos
revestimentos, das barreiras rígidas, dos guarda-rodas, dos guarda-corpos e de dispositivos de
sinalização;
e) deformações impostas, isto é, provocadas por fluência e retração do concreto, e por deslocamentos
de apoios.
7.2.2.1 Na avaliação das cargas devidas ao peso próprio dos elementos estruturais, o peso específico
deve ser tomado no mínimo igual a 24 kN/m3, para o concreto simples, e 25 kN/m3, para o concreto
armado ou protendido.
7.2.2.2 Devem ser consideradas cargas devidas ao peso do enchimento para compatibilização do
greide com a laje do tabuleiro.
7.2.3 Pavimentação
Na avaliação da carga devida ao peso da pavimentação, deve ser adotado para peso específico do
material empregado o valor mínimo de 24 kN/m3, prevendo-se uma carga adicional de 2 kN/m2 para
atender a um possível recapeamento. A consideração desta carga adicional pode ser dispensada,
a critério do proprietário da obra.
As cargas correspondentes ao lastro ferroviário devem ser determinadas por meio de ensaios utilizando
o material da jazida. Na ausência de ensaios, deve ser considerado um peso específico aparente
mínimo de 19 kN/m3. Deve ser suposto que o lastro atinja o nível superior dos dormentes e preencha
completamente o espaço limitado pelos guarda-lastros, até o seu bordo superior, mesmo se na seção
transversal do projeto assim não for indicado. Na ausência de indicações precisas, a carga referente
aos dormentes, trilhos e acessórios deve ser considerada no mínimo igual a 8 kN/m por via.
7.2.5.1 O empuxo de terra atuante sobre as estruturas deve ser determinado de acordo com os princípios
da mecânica dos solos, em função de sua natureza (ativo, passivo ou de repouso), das características
geomecânicas e geométricas do maciço (aterro, solo natural ou sobrecarga), da presença do nível d’água,
assim como da rigidez dos paramentos. Como simplificação, pode ser suposto que o solo não tenha
coesão e que não haja atrito entre o terreno e a estrutura, desde que as solicitações assim determinadas
estejam a favor da segurança. O peso específico do solo úmido deve ser definido de acordo com
as características do material natural ou do material a ser utilizado no corpo do aterro, não sendo inferior
a 18 kN/m3 e o ângulo de atrito interno no máximo igual a 30°.
7.2.5.2 Os empuxos ativo e de repouso devem ser considerados nas situações mais desfavoráveis.
A atuação do empuxo passivo só pode ser considerada quando os deslocamentos relativos à sua plena
mobilização não prejudicarem o desempenho da estrutura e sua ocorrência puder ser garantida ao longo
de toda a vida útil da obra. Quando a superestrutura funcionar como arrimo dos aterros de acesso,
a ação do empuxo de terra proveniente desses aterros deve ser considerada unilateralmente (em ambos
os lados alternadamente). Nos casos de tabuleiro em curva ou esconso, deve ser considerada a atuação
simultânea dos empuxos nas extremidades, quando for mais desfavorável.
sobre os pilares. Para grupo de pilares alinhados transversalmente, quando a largura fictícia, obtida
de acordo com 7.2.5.1, for superior à distância transversal entre eixos de pilares, a nova largura fictícia
a considerar deve ser:
a) para os pilares externos, a semidistância entre eixos acrescida de uma vez e meia a largura do pilar;
7.2.5.4 Pode ser prescindida a consideração da ação do empuxo de terra sobre os elementos estruturais
implantados em terraplenos horizontais de aterros previamente executados e estabilizados, desde que
sejam adotadas precauções especiais no projeto e na execução como: compactação adequada,
inclinações convenientes dos taludes, distâncias mínimas dos elementos às bordas do aterro, terreno
de fundação com suficiente capacidade de suporte, entre outras.
7.2.5.5 Quando os aterros dos encontros forem executados sobre solos moles, deve ser analisada
a presença de solicitações horizontais adicionais nas fundações em virtude de carregamentos não
uniformes na superfície do terreno (efeito Tschebotarioff).
7.2.6.1 O empuxo d´água e a subpressão devem ser considerados nas situações mais desfavoráveis
para a verificação dos estados-limites, sendo dada especial atenção ao estudo dos níveis máximo e
mínimo dos cursos d’água e do lençol freático.
7.2.6.2 No caso de utilização de contrapeso enterrado, deve-se, na avaliação de seu peso, considerar
a hipótese de submersão total do contrapeso, salvo se comprovada a impossibilidade de ocorrência
dessa situação.
7.2.6.3 Nos elementos estruturais que funcionam como arrimo do aterro de aproximação, deve ser
prevista, em toda a altura destes elementos, uma camada filtrante contínua, na face em contato com
o solo contido, associada a um sistema de drenos, de modo a evitar a situação de pressões hidrostáticas.
Caso contrário, deve ser considerado nos cálculos o empuxo d´água resultante.
7.2.7.1 As forças de protensão e respectivas perdas devem ser consideradas conforme disposto na
ABNT NBR 6118.
7.2.7.2 Em estruturas protendidas hiperestáticas deve ser considerada a ação indireta da protensão
que gera os esforços hiperestáticos de protensão.
7.2.7.3 No caso de estruturas hiperestáticas, que têm sua condição estrutural modificada durante
os estágios de construção (por exemplo, obras construídas pelo método dos balanços sucessivos e
obras estaiadas), devem ser considerados os esforços hiperestáticos de protensão gerados pelo efeito
do tempo (deformação lenta).
7.2.8 Retração
A deformação específica por retração do concreto pode ser avaliada conforme o Anexo A.
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7.2.9 Fluência
A deformação específica por fluência do concreto pode ser avaliada conforme o Anexo A.
7.3.2.1 Devem ser considerados os valores característicos das cargas móveis rodoviárias, incluindo
cargas verticais, efeito dinâmico, força centrífuga, efeitos da frenação e da aceleração, fixados na
ABNT NBR 7188. Para outros usos específicos onde as cargas móveis não são abrangidas pela
ABNT NBR 7188, estes valores devem ser definidos pelo proprietário da obra.
7.3.2.2 Na ausência de norma específica, os valores característicos das cargas móveis ferroviárias,
incluindo cargas verticais, efeito dinâmico, força centrífuga, choque lateral, efeitos da frenação e da
aceleração, devem ser definidos pelo proprietário da obra.
No projeto e no cálculo estrutural, devem ser consideradas as ações (estáticas e dinâmicas) passíveis
de ocorrerem durante o período da construção, notadamente aquelas devidas a equipamentos e
estruturas auxiliares de montagem e de lançamento de elementos estruturais e seus efeitos em cada
etapa executiva da obra.
7.3.4.2 Na combinação de ação do vento com ações das cargas móveis, a área frontal efetiva utilizada
no cálculo da força de arrasto do vento deve considerar:
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b) para pontes ferroviárias, uma altura de 4 m a partir do topo dos trilhos.
c) para passarelas de pedestres, uma altura de 1,70 m a partir da superfície do pavimento.
Deve ser calculado conforme 7.2.5, transformando as cargas móveis no terrapleno em altura de terra
equivalente. Quando a superestrutura funcionar como arrimo dos aterros de acesso, a ação deve ser
considerada em apenas uma das extremidades, a menos que seja mais desfavorável considerá-la
simultaneamente nas duas extremidades, como nos casos de tabuleiros em curva horizontal ou esconsos.
7.3.6.1 Generalidades
A pressão da água em movimento sobre os pilares e elementos das fundações pode ser determinada
pela seguinte equação:
p = k ⋅ v a2
onde
k é um coeficiente dimensional.
a) k = 0,34 para elementos com seção transversal circular (ver Figura 1).
b) k = 0,71 para elementos com seção transversal retangular (ver Figura 1) com ângulo de incidência
de 90°. O valor de k em função do ângulo de incidência do movimento das águas em relação
ao plano da face do elemento deve ser o estabelecido na Tabela 1.
c) k = 0,26 para elementos com seção transversal de extremidade triangular (ver Figura 1) com
ângulo entre as paredes igual ou inferior a 30°.
d) k = 0,47 para elementos com seção transversal de extremidade triangular (ver Figura 1) com
ângulo entre as paredes igual a 90°.
e) k = 0,26 a 0,47, interpolado linearmente em função do ângulo das paredes, para elementos com
seção transversal de extremidade triangular (ver Figura 1) com ângulo entre as paredes variando
de 30° a 90°.
f) k = 0,26 para elementos com seção transversal de extremidade em arco (ver Figura 1) com interseção
das paredes em ângulo igual ou inferior a 90°.
90° 0,71
45° 0,54
0° 0
Para situações intermediárias, o valor de k deve ser obtido por interpolação linear.
A pressão p deve ser considerada sobre uma área igual à da projeção do elemento
em um plano perpendicular à direção do movimento da água.
Os detritos carregados pela água em movimento (como troncos flutuantes, raízes e outros) podem se
acumular nos pilares da ponte e, bloqueando partes do leito do rio, aumentar a pressão da água nos
apoios da ponte. Esse acúmulo é função da disponibilidade destes detritos e do nível de esforços de
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A possível ocorrência de carreamento de detritos deve ser informada ao engenheiro responsável pelo
projeto pela autoridade competente sobre a ponte, devendo a pressão da água também ser aplicada
no acúmulo de detritos alojado contra os apoios. As dimensões e o formato do acúmulo de detritos
(ver Figura 2) são de difícil determinação. Como referência, na falta de dados mais precisos, pode-se
adotar o seguinte:
a) a dimensão A deve ser a metade da profundidade da água, mas não superior a 3,0 m;
b) a dimensão B deve ser a metade da soma dos comprimentos dos vãos adjacentes, mas não superior
a 12,0 m acrescidos da largura do elemento estrutural.
A pressão da água em movimento sobre o acúmulo de detritos deve ser calculada utilizando o fator
dimensional k igual a 0,71.
7.3.7.1 O efeito dinâmico das ondas e das águas em movimento deve ser determinado através de
métodos baseados na hidrodinâmica.
7.3.7.2 Em obras costeiras devem ser elaborados estudos específicos considerando os efeitos conjuntos
de ondas, marés, correntes, conformação da costa e vento.
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Variações uniformes de temperatura devem ser consideradas de acordo com a ABNT NBR 6118.
7.3.8.2.1 Generalidades
As variações da temperatura ao longo da altura de cada seção transversal devem ser consideradas
conforme os métodos 1 ou 2 desta Norma e devem ser combinadas com as variações uniformes de
temperatura (ver 7.3.8.1).
As variações da temperatura ao longo da altura de cada seção transversal podem ser consideradas
por meio de uma variação linear equivalente, conforme Tabela 2.
5 h ≥ 1, 5 m
7 h < 1, 5 m
Seção em laje ou retangular
7 –
Seção em viga
5 –
Seção celular
Para valores de espessura de revestimento menores que 100 mm, a variação de temperatura deve ser multiplicada
por: 1,2 para hrevestimento = 70 mm, 1,4 para hrevestimento = 50 mm e 1,5 caso não haja revestimento. Para
espessuras intermediárias, permite-se interpolar linearmente o fator de multiplicação.
Não usar variação de temperatura menor que 5 °C, exceto no caso de linearização por meio do método 2.
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As variações da temperatura ao longo da altura de cada seção transversal devem ser consideradas,
combinadas com as variações uniformes de temperatura, conforme Tabela 3.
Seção em laje
● h1 = 0,3h; ≤ 0,15 m
● h2 = 0,3h; ≥ 0,10 m e ≤ 0,25 m
Seção em viga ● h3 = 0,3h; ≤ 0,10 m + hrevestimento e ≤ h-h1-h2
Seção celular
y ys
T ( y ) = ∫ b ( y ) ⋅ T ( y ) ⋅ y ⋅ dy
Ic y i
onde
Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto, incluindo, quando for o caso, as mesas
colaborantes.
∆T = T ( y s ) − T ( y i )
O gradiente térmico é dado pela relação ∆T/h, sendo h a altura da seção transversal.
A Tabela 4 apresenta os valores das temperaturas ao longo da altura que devem ser considerados
para diferentes espessuras de laje e de pavimentação.
São aquelas cuja ocorrência acontece em circunstâncias anormais. Compreendem os choques de objetos
móveis, as explosões, os fenômenos naturais pouco frequentes, como ventos ou enchentes catastróficas
e sismos, entre outros.
7.4.2.1 Nos pilares e passarelas passíveis de serem atingidos por veículos rodoviários, deve-se considerar
as ações indicadas na ABNT NBR 7188.
7.4.2.2 Os pilares passíveis de serem atingidos por embarcações devem ter sua segurança verificada
considerando a tonelagem da embarcação e a energia do impacto.
7.4.2.3 Dispensa-se essa verificação se o projeto contemplar dispositivos físicos ou estrutura auxiliar
independente capaz de proteger a estrutura principal, absorvendo o impacto.
As verificações de segurança quanto às demais ações excepcionais somente devem ser realizadas
em construções especiais, a critério do proprietário da obra.
8.1.2 O modelo deve representar a geometria dos elementos estruturais, os carregamentos atuantes,
as condições de contorno, as características e respostas dos materiais, sempre em função do objetivo
específico da análise.
8.3 Ações
8.3.1 Devem ser consideradas no projeto todas as ações que tenham probabilidade de ocorrer na
estrutura, as relacionadas na Seção 7, além de outras que possam ser definidas pelo proprietário da obra.
8.3.2 Os coeficientes de ponderação das ações, suas combinações, assim como os respectivos fatores
de redução, devem estar de acordo com a ABNT NBR 8681.
8.4.1 A análise estrutural deve ser feita a partir de um modelo estrutural adequado ao objetivo da
análise. Em um projeto, pode ser necessário mais de um modelo para realizar as verificações previstas
nesta Norma.
8.4.3 Estruturas cujo comportamento seja sensível à deformabilidade das fundações devem ser calculadas
considerando-se a interação entre solo e estrutura.
8.5.1 Generalidades
8.5.1.1 A composição das seções dos elementos estruturais e seus vãos teóricos devem seguir
o disposto na ABNT NBR 6118, exceto a distância a entre pontos de momento nulo que deve ser
definida conforme 8.5.1.2.
8.5.1.2 O cômputo da distância a entre pontos de momento nulo deve ser feito mediante exame dos
diagramas de momentos fletores na estrutura para as combinações de ações em análise.
A distância a entre pontos de momento nulo pode ser estimada de acordo com a Figura 4, desde que
as seguintes hipóteses sejam verificadas:
É permitida a análise estrutural de vigas contínuas utilizando apenas a largura colaborante do meio do vão,
para todas as seções, inclusive nos apoios sob momentos negativos. No entanto, para as verificações dos
estados-limites, deve-se usar a largura do semitramo em estudo.
8.5.1.3 No cálculo das solicitações, admite-se a simplificação de considerar a estrutura não fissurada,
adotando-se o momento de inércia da seção bruta de concreto e módulo de elasticidade secante.
Deve-se verificar a estabilidade lateral de vigas pré-moldadas, principalmente nas situações transitórias,
que devem englobar as etapas de içamento, transporte, montagem sobre apoios e montagem com
contraventamento nos apoios.
As verificações nas situações provisórias devem ser feitas na fase de planejamento da obra com base
em um plano de transporte e montagem dos elementos estruturais. Essas verificações devem ser
desenvolvidas por profissional habilitado para esta atividade.
As ações a serem consideradas nas situações transitórias são: peso próprio, vento, protensão e,
dependendo da duração do evento, gradiente térmico provocando deformação lateral.
Devem ser consideradas ainda imperfeições iniciais, considerando um desvio lateral de ℓ/300 (ℓ é
o comprimento da viga). No caso de transporte, a superelevação máxima da via deve ser incluída na
verificação.
Os efeitos de segunda ordem em relação à estabilidade lateral podem ser desprezados se a seguinte
condição for satisfeita:
0f ⋅ h1 3
≤ 50
bf 4 3
onde
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h é a altura da viga;
Para vigas que não atendam a esta condição, os efeitos de segunda ordem devem ser calculados por
método apropriado, garantindo a estabilidade lateral.
A estabilidade lateral também pode ser garantida por dispositivos mecânicos de contenção do talão
comprimido.
Esta condição não dispensa a verificação do equilíbrio de corpo rígido das etapas de montagem.
8.5.3.1 Generalidades
A análise estrutural com efeitos de 2ª ordem deve assegurar que, para as combinações mais desfavoráveis
das ações de cálculo, não ocorra perda de estabilidade nem esgotamento da capacidade resistente
de cálculo.
Nesta análise devem ser respeitados os requisitos estabelecidos na ABNT NBR 6118, devendo ser
considerada a influência da não linearidade física e geométrica dos elementos estruturais.
8.5.3.2.1 Generalidades
Consiste na análise não linear de 2ª ordem efetuada de maneira refinada com discretização adequada
dos elementos, consideração da relação momento-curvatura em cada seção de acordo com a reologia
do concreto armado, e consideração da não linearidade geométrica de maneira não aproximada.
De forma geral, o principal efeito da não linearidade física pode ser considerado por meio da construção
da relação momento-curvatura de cada seção, considerando a armadura conhecida e também o valor
da força normal atuante.
Para a análise refinada, a consideração da não linearidade geométrica deve ser feita de maneira não
aproximada. Este efeito pode ser avaliado com uma discretização adequada do elemento na modelagem
estrutural, escrevendo as equações de equilíbrio na posição deformada.
8.5.3.3 Métodos aproximados para análise não linear com efeitos de 2ª ordem
8.5.3.3.1 Generalidades
De forma análoga ao estabelecido na ABNT NBR 6118, a análise dos efeitos de 2ª ordem pode ser dividida
entre local e global para estruturas aporticadas. Porém, deve ser considerado na análise global um
valor apropriado da rigidez dos elementos estruturais.
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Pilares em balanço podem ser analisados como elementos isolados, considerando os métodos descritos
na ABNT NBR 6118:2014, 15.8.3, de acordo com suas respectivas limitações de esbeltez.
Para a análise dos esforços globais de 2ª ordem pode ser considerada a não linearidade física de
maneira aproximada, tomando-se os seguintes valores de rigidez para os elementos estruturais:
b) Vigas em concreto armado com As’ ≠ As: (EI)sec = 0,4 EcIc
c) Vigas em concreto armado com As’ = As: (EI)sec = 0,5 EcIc
onde
Ic é o momento de inércia da seção bruta de concreto, incluindo, quando for o caso, as mesas
colaborantes.
Estes valores de rigidez são aproximados, não contemplam o efeito da fluência e não podem ser usados
para avaliar os esforços locais de 2ª ordem, mesmo com uma discretização maior da modelagem.
Para considerar imperfeições construtivas, deve ser considerado um desaprumo dos elementos verticais
dado pela inclinação θ1, conforme equação a seguir:
1
θ1 =
100 ⋅ H
onde
8.5.5.1 Para assegurar um comportamento satisfatório das passarelas sob o aspecto de conforto do
usuário, deve-se limitar a frequência própria da estrutura (f) conforme descrito em 8.5.5.2 a 8.5.5.5.
8.5.5.2 Caso a primeira frequência vertical da passarela seja inferior a 5Hz, deve ser comprovado
que as acelerações verticais da passarela em sua utilização normal não ultrapassam 0,7 m/s2.
8.5.5.3 Similarmente, caso a primeira frequência horizontal da passarela seja inferior a 2,5Hz, deve ser
comprovado que as acelerações horizontais da passarela em sua utilização normal não ultrapassam
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0,2 m/s2.
8.5.5.4 Estes valores devem ser obtidos a partir de uma análise dinâmica da passarela. Essa análise
pode ser realizada de acordo com o Anexo C.
8.5.5.5 Caso as frequências vertical e horizontal sejam superiores aos valores indicados em 8.5.5.2
e 8.5.5.3, nenhuma verificação é necessária.
8.6.1 Generalidades
Devem ser realizados de acordo com a ABNT NBR 6118 e atender ao disposto em 8.6.2 a 8.6.7.
A avaliação da interação entre cisalhamento longitudinal e flexão transversal em almas de pontes celulares
(seção caixão) pode ser realizada conforme o Anexo F.
8.6.5 Equilíbrio estático durante a construção pelo método dos balanços sucessivos
A verificação do equilíbrio estático durante a construção pelo método dos balanços sucessivos deve
ser realizada conforme o Anexo H.
Modelos simplificados de análise e dimensionamento das lajes de continuidade podem ser encontradas
no Anexo I.
Nas demais situações, a análise estrutural e o dimensionamento devem ser realizados conforme a
ABNT NBR 6118, por meio de um modelo estrutural representativo de toda a estrutura, incluindo-se
os aparelhos de apoio, meso e infraestrutura.
9 Disposições construtivas
9.1 Dimensões das peças
9.1.1 Lajes maciças
As espessuras h das lajes maciças que fazem parte das estruturas objeto desta Norma devem estar
de acordo com os valores mínimos indicados a seguir:
b) lajes destinadas à passagem de tráfego rodoviário, exceto lajes de continuidade: h ≥ 18 cm;
Nas lajes nervuradas destinadas às estruturas tratadas por esta Norma, devem ser observados os limites
mínimos especificados a seguir:
Nas lajes ocas, com formas perdidas na forma de tubos ou dutos de seção retangular, destinadas
às estruturas tratadas por esta Norma, devem ser observados os mesmos limites especificados em 9.1.2,
admitindo-se para a mesa inferior uma espessura mínima de 10 cm.
9.1.4 Vigas
9.1.4.1 As vigas de seção retangular e as vigas de seção T, duplo T ou celular concretadas no local,
nas estruturas de que trata esta Norma, não podem ter largura de alma bw menor do que 20 cm.
9.1.5 Pilares
9.1.5.1 A menor dimensão transversal dos pilares maciços, nas estruturas de que trata esta Norma,
não pode ser inferior a 40 cm, nem a 1/25 de sua altura livre. No caso de pilares com seção transversal
celular, a espessura das paredes não pode ser inferior a 20 cm.
9.1.5.2 Quando a execução desses pilares for prevista com a utilização do sistema de formas deslizantes,
deve-se aumentar a espessura mínima das paredes para 25 cm, por meio de acréscimos nos cobrimentos
de 2,5 cm, não sendo permitido considerar tais acréscimos no dimensionamento.
9.1.5.3 No caso de estruturas de passarelas, a menor dimensão transversal dos pilares maciços
pode ser reduzida até o limite mínimo de 30 cm desde que essa dimensão não seja inferior a 1/25 de
sua altura livre.
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9.1.6 Pilares-parede
A espessura dos pilares-parede, nas estruturas de que trata esta Norma, não pode ser inferior a 30 cm
nem a 1/25 de sua altura livre.
A espessura das paredes estruturais, nas estruturas de que trata esta Norma, não pode ser inferior
a 20 cm nem a 1/25 de sua altura livre.
9.2 Aberturas
9.2.2 Nos casos de estruturas celulares, as aberturas provisórias para retirada de formas internas,
inspeção e eventual aplicação de protensão no interior da célula devem ser previstas no projeto, devendo
ser incluídas nos desenhos de formas e de armação pertinentes, juntamente com a indicação da maneira
de executar seu fechamento e da fase construtiva correspondente.
9.2.3 Além disso, devem ser dispostas aberturas permanentes, de modo a permitir, a qualquer tempo,
o acesso ao interior de vigas ou pilares de seção celular, para inspeção e manutenção da estrutura,
equipamentos de controle e canalizações eventualmente existentes. Da mesma forma que no caso
das provisórias, as aberturas permanentes devem ser devidamente detalhadas no projeto estrutural.
9.3 Drenagem
Sistemas de drenagem que garantam o perfeito escoamento das águas pluviais, que incidem sobre
os tabuleiros das pontes, devem ser previstos nos projetos. Além disso, nos casos de obras com vigas
ou pilares de seção celular, devem ser previstos, em cada um dos diversos compartimentos, drenos
para o caso de eventual infiltração de águas pluviais, devendo sua locação e detalhamento constar
nos projetos.
Podem ser embutidas canalizações em elementos da estrutura, desde que estejam de acordo com
os seguintes requisitos:
a) os efeitos causados na resistência e na deformabilidade da estrutura por essas canalizações devem
ser considerados no seu dimensionamento;
b) todos os detalhes referentes às canalizações embutidas, como locação, diâmetro, qualidade do
material, juntas, caixas de passagem ou inspeção etc., devem constar no projeto;
d) quando uma canalização atravessa dois elementos da estrutura separados por uma junta de dilatação,
devem ser previstos no projeto de dispositivos adequados, que permitam os movimentos relativos
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Os elementos estruturais não podem conter canalizações embutidas destinadas a suportar pressões
internas superiores a 0,3 MPa.
9.5.1 Generalidades
Além das prescrições pertinentes da ABNT NBR 6118, devem ser observadas as disposições construtivas
relacionadas em 9.5.2.
9.5.2 Distribuição da armadura longitudinal de tração do vigamento principal nas mesas das
vigas de seção T, L ou celular
Quando as mesas das vigas de seção T, L ou celular estiverem situadas em zona tracionada, 40 % a 60 %
da armadura longitudinal de tração calculada para o vigamento principal deve ser disposta fora da projeção
da alma da viga na laje, de um ou de ambos os lados da alma, quando for o caso, respeitados os seguintes
requisitos:
a) devem ser dispostas no mínimo duas barras na largura da alma, com espaçamento s ≤ 20 cm;
b) não podem ser dispostas na laje barras cujo diâmetro seja superior a 1/10 da espessura dessa laje;
c) a extremidade de uma barra longitudinal tracionada disposta na mesa, determinada com a consideração
do deslocamento do diagrama de forças de tração e do comprimento de ancoragem necessário,
deve ser prolongada conforme E.4;
e) no cálculo da resistência à flexão, devem ser consideradas apenas as armaduras passivas que
se localizam na região da largura colaborante bf.
9.6.1 Deve ser observado o disposto na ABNT NBR 6118:2014, Seções 18 e 20.
9.6.2 Para as estruturas abrangidas por esta Norma, permite-se utilizar monocordoalhas engraxadas,
desde que associadas com armaduras aderentes (passivas ou ativas), com uma taxa mínima de
armadura passiva de 0,20 % da área de concreto da seção bruta.
9.8.1 As juntas de dilatação devem ser detalhadas no projeto estrutural, prevendo-se dispositivos
adequados capazes de acompanhar os movimentos da estrutura e de prover uma perfeita vedação
do local.
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9.8.2 Todas as ações, que provoquem movimentos horizontais nas seções com junta, devem ser
consideradas utilizando-se as combinações raras de serviço, de acordo com a ABNT NBR 8681:2003,
5.1.5.
9.8.3 Se os movimentos resultantes (ures) não forem perpendiculares à junta de dilatação, como
nos casos de existência de condicionamentos geométricos (esconsidade da obra ou aparelhos de apoio
guiados) e/ou solicitações na direção paralela à junta, cálculos vetoriais devem ser aplicados para determinar
os movimentos perpendicular (u90) e paralelo (u0) a que cada junta de dilatação estará sujeita e assim
verificar a adequação do dispositivo detalhado (ver Figura 7).
9.8.4 Os dispositivos adotados devem absorver, segundo cada uma das duas direções descritas,
as componentes relativas aos movimentos de abertura e de fechamento de junta, ou seja, devem suportar,
em cada direção, a amplitude de movimentos dada no mínimo pela soma dos valores absolutos obtidos
para os dois casos:
∆u = |uabertura| + |ufechamento|
9.9.1 O projeto estrutural deve conter todos os elementos necessários para garantir o correto
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funcionamento dos aparelhos de apoio, como suas dimensões, posicionamento, tipo e características
do material de constituição, instruções de montagem e colocação, detalhe do berço de assentamento
e eventuais dispositivos de proteção.
9.9.2 Devem ser observadas, para os diversos tipos de aparelhos de apoio, as normas brasileiras
pertinentes e, na falta de norma brasileira, pode ser utilizada a EN 1337 (todas as partes).
9.9.3 A substituição eventual dos aparelhos de apoio deve também ser prevista no projeto estrutural.
Para tanto, devem constar nos desenhos e no memorial de cálculo o detalhamento e a descrição da
operação de macaqueamento (inclusive cargas a serem aplicadas nos equipamentos e elevação máxima),
desmontagem, se for o caso, e substituição. Os elementos estruturais impactados por essa operação
devem ser detalhados e dimensionados de modo a atender às solicitações decorrentes.
9.10.1 Generalidades
Para as estruturas a serem executadas pela união entre dois ou mais elementos de concreto
pré-moldado, a posição e os detalhes das ligações devem constar no projeto, conforme as prescrições
da ABNT NBR 9062.
Os tipos mais comuns de ligação entre elementos pré-moldados aplicados em obras de arte especiais
são os indicados em 9.10.2 a 9.10.4.
9.10.2.2 Neste tipo de união, deve ser atendido o estado-limite de descompressão na combinação
rara de ações.
9.10.3.1 Neste tipo de união, é prevista uma faixa entre os elementos a serem ligados, com espessura
mínima de 10 cm, que deve ser preenchida com concreto de classe de resistência igual ou superior
ao utilizado na fabricação dos referidos elementos.
9.10.3.2 Nos casos de estruturas em concreto protendido, é essencial que as aberturas destinadas
à passagem das armaduras de protensão sejam cuidadosamente executadas, de modo a manter entre
si um perfeito alinhamento. Deve-se tomar as devidas precauções para que, por ocasião da execução
da concretagem da ligação, não haja contaminação nem amassamento das bainhas onde estão alojadas
as armaduras de protensão.
Neste tipo de união, é prevista uma faixa entre os elementos a serem ligados, com espessura da ordem
de 1 cm, que deve ser preenchida com argamassa com resistência característica à compressão igual
ou superior à do concreto utilizado na fabricação dos referidos elementos. Aplicam-se a este tipo de
ligação os mesmos requisitos estabelecidos em 9.10.3.
Deve-se prever, no projeto das estruturas de que trata esta Norma, a execução de lajes de concreto,
dispostas nas extremidades das obras, de modo a estabelecer uma transição entre a estrutura propriamente
dita e os aterros de acesso, a fim de eliminar os inconvenientes usuais causados pelo adensamento
desses aterros junto à estrutura e o desconforto decorrente dos desníveis assim provocados. Para
mais detalhes, ver Anexo K.
Recomenda-se que seja previsto o uso de dispositivos que facilitem o acesso para inspeção e manutenção
de obras de arte especiais.
10 Execução da estrutura
A execução das estruturas de que trata esta Norma deve ser realizada em conformidade com os requisitos
da ABNT NBR 14931.
Anexo A
(informativo)
Os modelos de previsão apresentados na ABNT NBR 6118:2014, Anexo A, têm caráter informativo e
podem, na falta de dados melhores, serem usados no projeto de estruturas com concretos comuns.
Outros valores podem ser usados, desde que comprovados experimentalmente, ou ainda desde que
respaldados por outras normas pertinentes ou literatura técnica.
Estruturas com concreto de alto desempenho com adição de sílica ativa, com concreto autoadensável,
com concreto leve, com concreto pesado e elementos espessos possuem cinéticas da fluência básica
e da fluência de secagem muito diferentes. Nesses casos, convém utilizar outros modelos de previsão
específicos, apresentados na literatura técnica.
Valores experimentais típicos podem apresentar uma dispersão de cerca de 30 % sobre os valores
de fluência e retração previstos. Quando uma maior precisão for necessária devido à sensibilidade
estrutural à fluência e/ou retração, uma avaliação experimental destes efeitos e do desenvolvimento
de deformações lentas com o tempo devem ser realizadas.
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A.2.1 Generalidades
Esta Seção descreve diferentes métodos para avaliar os efeitos do tempo no comportamento estrutural
do concreto.
Efeitos do tempo no comportamento do concreto estrutural, como a variação da deformação e/ou dos
esforços internos, devem ser considerados, em geral, nas condições de serviço. Em casos particulares,
como estruturas que tem sua condição estrutural modificada durante os estágios de construção e que
os efeitos das ações não possam ser totalmente redistribuídos (por exemplo, obras construídas pelo
método dos balanços sucessivos), o efeito do tempo deve ser considerado também em ELU.
Quando as tensões de compressão no concreto forem inferiores a 0, 45 fck (t ) , sob combinações quase
permanentes, uma análise linear estrutural e um modelo de envelhecimento visco elástico linear são
apropriados. O efeito do tempo no comportamento do concreto pode ser descrito por um coeficiente
de fluência ϕ (t,t0 ) ou uma função da fluência J (t,t0 ) ou alternativamente, por uma função de relaxação
R (t, t0 ) . Para altas tensões de compressão, os efeitos não lineares da fluência devem ser considerados.
A análise dos efeitos do tempo para avaliação das deformações e dos esforços internos de estruturas
com vínculos rígidos de concreto armado e protendido pode ser conduzida assumindo que as estruturas
possuam um comportamento homogêneo, e que a variabilidade limitada das propriedades do concreto
nas diferentes regiões da estrutura possa ser ignorada. Qualquer variação nas condições de vinculação
durante os estágios de construção deve ser considerada na avaliação.
A.2.2.1 Generalidades
Diferentes tipos de análise e suas aplicações típicas são apresentados na Tabela A.1.
As seguintes hipóteses são admitidas para todos os métodos apresentados na Tabela A.1:
b) para cada tipo de concreto em uma seção, as propriedades médias de fluência e retração são
adotadas ignorando qualquer pequena diferença em diferentes locais;
c) o princípio da superposição é válido para avaliação da deformação total devida às ações aplicadas
em várias idades.
σ (t ) σ (t ) n 1 ϕ (t,ti )
εc (t ) = c 0 + ϕ (t,t0 ) ⋅ c 0 + ∑ i =1 + ⋅ ∆σc (ti ) + εcs (t,ts )
Eci (t0 ) Eci (28) Eci (ti ) Eci (28)
onde
Nesta equação, a primeira parcela representa a deformação instantânea devida à tensão aplicada
no instante t0. A segunda parcela representa a fluência devida a esta tensão. A terceira parcela
representa a soma da deformação instantânea e da fluência devida à variação de tensões ocorrendo
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b) Admite-se que a armadura apresenta comportamento linear sob carregamentos instantâneos.
Quando a tensão no aço de protensão for superior a 0,5 fptk, a relaxação e um comportamento variável
de deformações devem ser considerados.
d) No caso de elementos lineares, as seções são consideradas planas antes e após as deformações.
A fluência do concreto em cada seção depende do histórico de tensões. Isto é considerado por um processo
incremental passo a passo. A análise estrutural é realizada em intervalos de tempo sucessivos mantendo
as condições de equilíbrio e compatibilidade e usando as propriedades básicas dos materiais, relevantes
no tempo considerado. A deformação é computada em intervalos de tempo sucessivos usando a variação
das tensões no concreto nos intervalos anteriores.
Em um instante t onde a tensão aplicada é , a deformação por fluência εcc (t ) , a deformação potencial
por fluência ε ∞cc (t ) (ou seja, a deformação por fluência atingida quando o instante t = ∞ , se a tensão
aplicada no instante t for mantida constante) e a taxa de fluência são teoricamente derivadas de todo
o histórico de carregamento.
A deformação potencial por fluência no instante pode ser avaliada usando o principio da superposição,
conforme equação a seguir:
dε ∞cc (t ) dσ ϕ (∞,t )
= ⋅
dt dt Eci
No instante t, é possível definir um tempo equivalente te de tal modo que, sob uma tensão constante
aplicada no instante te, é obtida a mesma deformação por fluência e deformação potencial por fluência;
te atende ao disposto na seguinte equação:
A taxa de fluência no instante t pode assim ser calculada usando a curva de fluência correspondente
ao instante equivalente, conforme equação a seguir:
dεcc (t ) ∂β (t ,t )
= ε ∞cc (t ) ⋅ c e
dt ∂t
Em estruturas com vínculos rígidos, tensões e deformações podem ser inicialmente avaliadas por meio
de uma análise elástica linear da estrutura na qual o módulo de elasticidade é assumido constante.
— J (t,t0 ) representa a deformação dependente da tensão total por unidade de tensão, ou seja, a
deformação correspondente ao instante t resultante de uma tensão unitária mantida constante e
aplicada no instante t0.
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Sob ações diretas (carregamentos impostos) as tensões elásticas não são modificadas pela fluência.
As tensões podem ser avaliadas no instante t pela integração dos incrementos das deformações elásticas
multiplicados pelo fator de fluência J (t, τ ) ⋅ Eci , conforme as equações a seguir:
S (t ) = Sel (t0 )
t
D (t ) = Eci ⋅ ∫0 J (t, τ ) dDel ( τ )
Sob ações indiretas (deformações impostas) as deformações elásticas não são modificadas pela fluência.
As tensões podem ser avaliadas no instante t pela integração dos incrementos das tensões elásticas
multiplicadas pelo fator de relaxação R (t, τ ) Eci , conforme as equações a seguir:
D (t ) = Del (t )
1 t
S (t ) = ⋅ ∫ R (t, τ ) dSel ( τ )
Eci 0
Em uma estrutura submetida a carregamentos impostos constantes, cujo esquema estático inicial
é modificado em um esquema final pela introdução de vinculações adicionais no tempo t1 ≥ t0
(t0 sendo a idade da estrutura no momento do carregamento), a distribuição de tensões evolui para
onde
O método do coeficiente de envelhecimento permite que variações nas tensões, deformações, forças
e deslocamentos devidos ao efeito do tempo no comportamento do concreto e do aço de protensão
no tempo infinito sejam calculadas sem análises ligadas a instantes discretos. Em especial, ao nível
de uma seção, as mudanças na deformação axial e curvatura devido à fluência, retração e relaxação
podem ser determinadas usando um procedimento relativamente simples.
A deformação produzida pela variação de tensões com o tempo no concreto pode ser tomada como
resultado de uma variação de tensões aplicada e mantida constante a partir de uma idade intermediária,
conforme equação a seguir:
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t
Eci (28) Eci (28)
∫ E (ô) + ϕ28 (t, τ ) dσ ( τ ) = E (t ) + χ (t,t0 ) ⋅ ϕ28 (t, τ ) ⋅ ∆σ t0 → t
τ= t0 ci ci 0
Onde χ é o coeficiente de envelhecimento. O valor de χ pode ser determinado a qualquer instante dado,
por meio de um cálculo passo a passo ou ser tomado igual a 0,80 para o instante t = ∞ .
Relaxação com deformação variável pode ser avaliada de uma maneira simplificada no tempo infinito
como sendo a relaxação em um comprimento constante, multiplicado por um fator de redução de 0,80.
Forças no tempo t∞ podem ser calculadas para aquelas estruturas que irão sofrer mudanças nas condições
de vinculação (por exemplo, construções vão a vão, construções em balanços livres, mudança dos apoios etc.),
usando uma abordagem simplificada. Nestes casos, como uma primeira aproximação, a distribuição dos
esforços internos no instante t∞ pode ser tomada como:
E (t ) ϕ (∞,t0 ) − ϕ (t1,t0 )
S∞ = S0 + (S1 − S0 ) ⋅ ci 1 ⋅
Eci (t0 ) 1 + χ ⋅ ϕ (∞,t1)
onde
Anexo B
(normativo)
Ações sísmicas
B.1 Generalidades
Este Anexo fixa os requisitos mínimos para a verificação da segurança de pontes de concreto referentes
às ações sísmicas. Estes requisitos específicos complementam, para pontes de concreto, os requisitos
gerais relativos à resistência sísmica para estruturas estabelecidos na ABNT NBR 15421.
Em princípio, os requisitos apresentados neste Anexo são aplicáveis a pontes de concreto armado e
protendido em que a resistência às ações horizontais é conferida primariamente por flexão nos pilares
e/ou pelos encontros, ou seja, pontes em que pilares verticais suportam o tráfego aplicado no tabuleiro.
Estes requisitos podem ser também aplicados, mas complementados por requisitos específicos, a outros
tipos de pontes.
a) dg: deslocamento horizontal máximo do solo nas condições sísmicas de projeto;
b) Llim: distância-limite entre juntas para a não consideração da variabilidade espacial da ação sísmica;
c) Lg: distância a partir da qual os movimentos sísmicos do solo são considerados como não
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correlacionados;
d) wx: peso efetivo para a análise, valor do peso da ponte a ser considerado na análise sísmica.
Para cada ponte deve também ser definida uma categoria de utilização e um correspondente fator de
importância de utilização (Fator I), conforme a Tabela B.1. As estruturas necessárias para o acesso
às pontes de categoria II ou III, também devem ser categorizadas como tal.
Tabela B.1 – Definição das categorias de utilização e dos fatores de importância de utilização (Fator I)
Categoria Fator
Natureza da utilização
de utilização I
I Pontes usuais, todas aquelas não classificadas como de categoria II ou III. 1,0
Pontes essenciais, aquelas que devem estar operacionais após
II a ocorrência do sismo de projeto, para os veículos necessários 1,25
às atividades ligadas a emergência, segurança e Defesa Nacional.
Pontes críticas, aquelas que devem estar operacionais para todo o tráfego
III 1,50
após a ocorrência do sismo de projeto.
B.3.1 Generalidades
As definições de zonas sísmicas e categorias sísmicas são as mesmas da ABNT NBR 15421:2006.
Estas são definidas em relação às acelerações sísmicas características horizontais ag para terrenos
da classe B (“rocha”) como apresentado na ABNT NBR 15421:2006, Figura 1. Estas definições são
resumidas na Tabela B.2.
As pontes localizadas na zona sísmica 1 devem apresentar sistemas estruturais resistentes às ações
sísmicas horizontais em duas direções ortogonais, inclusive com um mecanismo de resistência a esforços
de torção. Devem resistir a cargas horizontais aplicadas simultaneamente à toda a estrutura e
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independentemente em cada uma de duas direções ortogonais, com valor numérico igual a:
Fx = 0, 01⋅ w x
onde
O peso efetivo para a análise deve considerar as cargas permanentes atuantes, incluindo o peso
do tabuleiro e metade do peso dos pilares (somente no caso de pilares monoliticamente ligados às
superestruturas), além de 20 % da carga móvel em pontes rodoviárias e 30 % da carga móvel em
pontes ferroviárias.
NOTA Os requisitos de detalhamento especial para pontes serão definidos em documentos complementares
a esta Norma.
onde
Deve ser utilizado um modelo tridimensional para a ponte, que considere a distribuição espacial de
massa e rigidez de todos os elementos significativos para a adequada distribuição de forças e deslocamentos
na estrutura. Nas estruturas de concreto, o modelo deve considerar a perda de rigidez devida à fissuração,
conforme a ABNT NBR 6118.
Deve ser verificado se os deslocamentos avaliados podem implicar em danos ou risco de perda de
estabilidade para os elementos estruturais.
Os efeitos de 2ª ordem devidos aos sismos em pilares, em uma combinação de cálculo, podem ser
avaliados de forma aproximada, considerando um momento adicional igual ao produto da força axial
de cálculo pelo deslocamento relativo das respectivas extremidades.
O número de modos a ser considerado na análise espectral deve ser suficiente para capturar ao
menos 90 % da massa total em cada uma das direções ortogonais consideradas na análise.
O espectro de projeto conforme a ABNT NBR 15421:2006, 6.3, deve ser considerado nas direções
ortogonais analisadas.
Todas as respostas modais obtidas em termos de forças, momentos e reações de apoio devem ser
multiplicadas pelo fator I/R.
A análise com históricos de acelerações no tempo deve consistir da análise dinâmica de um modelo
definido de acordo com os requisitos estabelecidos em B.3.6, submetido a históricos de acelerações
no tempo aplicados à sua base, compatíveis com o espectro de projeto definido para a estrutura, de
acordo com B.4.2. Pelo menos três conjuntos de acelerogramas devem ser considerados na análise.
Os acelerogramas a serem aplicados devem ser afetados de um fator de escala, de forma que os espectros
de resposta em uma direção considerada, para o amortecimento de 5 %, tenham valores de aceleração
não inferiores a 10 % dos valores correspondentes no espectro de projeto em uma faixa entre 0,2T
e 1,5T, sendo T o período fundamental da ponte nesta direção.
Os efeitos finais obtidos na análise correspondem às envoltórias dos efeitos máximos obtidos com
cada um dos conjuntos de acelerogramas considerados.
A variabilidade espacial da ação sísmica deve ser considerada se, em um trecho da ponte entre juntas:
Llim = Lg /1,5
onde
Lg é a distância a partir da qual os movimentos sísmicos do solo são considerados como não
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correlacionados.
Os efeitos sísmicos inerciais devem considerar a envoltória dos espectros de projeto, conforme
ABNT NBR 15421:2006, 6.3, para as diferentes classes de terreno presentes no trecho considerado.
A variabilidade espacial da ação sísmica pode ser considerada de forma aproximada, pela aplicação
pseudoestática de deslocamentos horizontais nos apoios dos pilares, separadamente nas duas direções
de análise.
Nestas configurações, os deslocamentos relativos máximos entre dois apoios dos pilares estão
limitados a:
L
∆di = 2 ⋅ dg ⋅ β ⋅ i
Lg
onde
ags0 é a aceleração espectral para o período de 0,0 s, expresso em metro por segundo ao
quadrado (m/s2);
Se os dois apoios estão na mesma classe de terreno β = 0, 5 . Se os dois apoios estão em classes
diferentes de terreno β = 1, 0 .
Os efeitos finais da variabilidade espacial da ação sísmica devem ser obtidos pela combinação, pela regra
da raiz quadrada da soma dos quadrados, dos efeitos sísmicos inerciais com os efeitos da aplicação
pseudoestática de deslocamentos horizontais.
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Anexo C
(informativo)
C.1 Generalidades
Um estado-limite de serviço em passarelas é produzido pelo caminhar das pessoas. A excitação dessa
atividade pode produzir vibrações indesejadas seja para aumentar as ações, como também produzir
desconforto aos usuários no sentido vertical e lateral.
Este Anexo apresenta uma metodologia para cálculo e verificação da aceleração máxima considerando
o caminhar de pessoas, e determinação do nível de conforto.
Se necessário, podem ser usadas metodologias da dinâmica de estruturas para estudos mais detalhados.
Neste caso, devem ser realizadas medições das frequências naturais em campo antes de colocar em
operação a passarela.
b) fator das forças induzidas lateralmente de média 0,0378 e desvio-padrão 0,0144 (adimensional).
d ⋅L⋅b
amáx. = K a,95% ⋅ ⋅ C ⋅ K f2 ⋅ K1 ⋅ ζK 2
Mi
onde
K1 = a1 ⋅ f12 + a2 ⋅ f1 + a3
K 2 = b1 ⋅ f12 + b2 ⋅ f1 + b3
ζ é o parâmetro de amortecimento;
a1, a2, a3, b1, b2 e b3 são as constantes obtidas conforme as Tabelas C.1 e C.2;
c) nível de conforto mínimo: as acelerações são perceptíveis, porém ainda toleráveis;
Anexo D
(normativo)
D.1 Generalidades
Entende-se por estruturas existentes aquelas que atravessaram uma parte significativa da sua vida
útil, tendo tido oportunidade de demonstrar suas habilidades na prestação dos serviços para os quais
foram construídas.
Este Anexo não se aplica a estruturas recém-construídas, no recebimento destas ou no início da operação.
d) Desvios de obra – geometria (como seções, posição das armaduras, prumo, vãos etc.), aplicação
dos materiais, homogeneidade e qualidade final dos materiais.
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D.2.1 Generalidades
As estruturas existentes devem ser acompanhadas por meio de inspeção especial e com periodicidade
estipulada pela ABNT NBR 9452.
Para anomalias que afetam a durabilidade da OAE, deve ser realizada intervenção corretiva conforme
a ABNT NBR 9452.
Caso a verificação estrutural, para as cargas vigentes no momento da verificação, indiquem que a anomalia
observada decorre de uma limitação estrutural, deve-se reforçar o elemento estrutural em questão de
acordo com a norma vigente, eliminando essa limitação. Nos casos críticos em que o reforço seja difícil,
complexo, ou mesmo pouco confiável, a solução pode ser demolir e reconstruir os elementos estruturais
comprometidos.
Para situações onde não existam projetos originais executivos e sem detalhes construtivos suficientes
para embasar uma análise completa do comportamento da estrutura, a estrutura deve ter o seu projeto
reconstituído utilizando critérios, recomendações e normas da época de sua construção, e em seguida
ser verificada para as condições atuais de esforços e normas vigentes. Além disso, a critério do
profissional responsável pela verificação, pode ser necessário realizar investigações adicionais, como
provas de carga, abertura de pontos de inspeção da armadura existente e métodos não destrutivos
de investigação.
D.2.4.1 Generalidades
Para o caso de estruturas existentes e em bom estado, quando a verificação estrutural não identificar
limitação estrutural coerente com a anomalia observada, sendo necessário apenas intervenções para
recuperação dos requisitos de durabilidade, a verificação estrutural requerida pode ser feita com
a alteração descrita em D.2.4.2 e D.2.4.3.
É permitido adotar para as obras rodoviárias existentes reduções nos coeficientes de majoração de
esforços, quando forem atendidas as seguintes condições:
a) quando a obra apresentar parâmetros estruturais e de durabilidade com classificação igual ou
superior a 4, obtida em inspeção especial, conforme a ABNT NBR 9452, sempre condicionando
a confirmação da classificação estrutural mediante uma verificação estrutural, considerando
também a caracterização geométrica e dos materiais na condição atual;
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b) casos em que não exista limitação de acesso a todos os elementos estruturais, a menos que se
adotem outras providências destinadas a sanar essa deficiência;
c) quando a obra demonstrar um bom comportamento estrutural, no mínimo ao longo de 30 (trinta) anos
após o início de operação, correspondente a parte significativa de sua vida útil, obrigatoriamente
comprovado por meio de verificação estrutural.
Atendida a integralidade dos requisitos acima colocados, é permitido adotar para as obras rodoviárias
os seguintes coeficientes de majoração de esforços:
Obras liberadas com essas condições devem passar por inspeções com periodicidade definidas pelo
profissional responsável pela avaliação.
As condições apresentadas em D.2.4.2 para obras rodoviárias podem ser empregadas em obras
ferroviárias somente quando forem utilizadas ações variáveis representativas das ações efetivas
atuais nessas estruturas, baseadas em normas brasileiras pertinentes.
Na falta de norma brasileira de cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias, a utilização
de coeficientes de ponderação reduzidos somente pode ser feita baseada nas condições estruturais
atuais, incluindo a verificação da conformidade geométrica, a caracterização dos materiais, a inspeção
especial e a caracterização das ações, incluindo comportamento estrutural avaliado por meio de
monitoração, ou estudo estatístico específico para a ferrovia.
Na verificação da fadiga, a vida útil residual deve ser indicada pela entidade que administra a ferrovia.
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Anexo E
(normativo)
O esforço cortante longitudinal na junção entre a mesa e a alma é determinado pela variação das
forças normais longitudinais no trecho considerado, e calculado pela seguinte expressão:
Vfd = η ⋅ VSd
onde
Vfd
nfd = ⋅ tgθ f
0, 9 ⋅ d
onde
θf é o ângulo, no plano, entre o campo de compressão na mesa (biela) e o eixo longitudinal da viga.
b − bw
η = ef
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2 ⋅ bef
onde
Essa expressão para o cálculo de η assume viga T com a alma no eixo da mesa. Casos particulares,
com larguras de mesa distintas para cada lado da alma, devem ser calculados com a geometria em
análise, e haverá um valor de η para cada lado.
onde
Essa expressão para o cálculo de η assume armadura simétrica em relação ao eixo da viga. Casos
particulares, com distribuições de armadura distintas para cada lado da alma, devem ser calculados
com a geometria em análise, e haverá um valor de η para cada lado.
Em caso de existência de armadura ativa e passiva, η deve ser determinado com as áreas de armadura
ponderadas pela tensão de cálculo de cada aço.
Para garantir segurança adequada com relação ao esmagamento da diagonal comprimida na mesa,
deve-se verificar a seguinte condição:
Vfd ≤ VRd2,f
onde
hf é a espessura da mesa.
Asf Vfd
= ⋅ tgθf
sf 0, 9 ⋅ d ⋅ fyd
onde
com
Vcf 0 = 0, 6 ⋅fctd ⋅ hf ⋅ d
para modelo II (45° < θf ≤ 30°) Vcf = Vcf0 quando Vfd = Vcf0
Nos casos em que exista o efeito combinado de cisalhamento longitudinal na ligação entre alma e
mesa e flexão transversal, a armadura transversal adotada deve ser a maior entre aquela calculada
pelas expressões descritas anteriormente e a soma da armadura calculada para a flexão transversal
com metade da armadura calculada pelas expressões acima. Alternativamente, pode-se combinar
o cisalhamento longitudinal com a flexão transversal usando o Anexo F.
A taxa geométrica mínima de armadura de costura deve ser obtida pela seguinte expressão:
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Asf f
ρsf = ≥ 0, 2 ⋅ ctm
hf ⋅ sf fyk
( bef − bw )
∆a = ⋅ cotgθf
2
Essa expressão para o cálculo de ∆aℓ assume armadura simétrica em relação ao eixo da viga.
Alternativamente, a força de tração adicional na flange tracionada pode ser calculada pela seguinte
expressão:
Vfd
∆Ftd = ⋅ (bef − bw ) ⋅ cotgθ f
0, 9 ⋅ d
Anexo F
(informativo)
F.1 Generalidades
As prescrições deste Anexo têm caráter informativo, outros métodos podem ser utilizados, desde que
respaldados por normas pertinentes ou literatura técnica.
As expressões a seguir são referentes às seções unicelulares simétricas e de alma vertical, no entanto,
o método de interação entre cisalhamento longitudinal e flexão transversal é geral e pode ser adaptado
a outras geometrias.
F.2 Cisalhamento
O cisalhamento em almas de pontes celulares de concreto, em geral, tem influência do esforço cortante
e do momento torçor. Em seções unicelulares simétricas, a força cortante na direção do eixo de simetria
em seções unicelulares se divide igualmente em cada alma (ver Figura F.1).
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Figura F.1 – Tensões de cisalhamento, devido ao esforço cortante, em seção celular simétrica
A resultante de esforço cortante na alma devido à torção, em geral, pode ser determinada por meio da
formulação de Bredt, que assume o fluxo de cisalhamento constante ao longo do quadro, conforme
Figura F.2.
TSd
ϕ=
2 ⋅ A0
onde
A0 = b0 ⋅ h0
Os campos de tensões na alma são assumidos conforme Figura F.3, compatíveis com os modelos de
estado-limite último da ABNT NBR 6118.
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Figura F.5.
Nessa configuração, em que a biela se torna excêntrica, a alma é capaz de resistir aos esforços combinados,
sem acréscimo de armadura, desde que a resistência da biela não seja excedida. A largura do campo
de compressão é limitada pela resistência à compressão da biela, ou seja:
V T
y mín. = Sd + Sd ⋅ bw
VRd2 TRd2
onde
VRd2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas de concreto;
TRd2 é o momento resistente de cálculo à torção, que representa o limite de resistência das diagonais
comprimidas de concreto;
b w é a largura da alma.
b − y mín.
mRd1 = C ⋅ w
2
com
TSd
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VSd +
2 ⋅ b0
C=
0, 9 ⋅ d ⋅ cotgθ
onde
No caso de o momento fletor solicitante de cálculo ser maior que o momento resistente mRd1, há
necessidade de armadura adicional. Para métodos de dimensionamento dessa armadura adicional,
recomenda-se ver Referência [5].
Anexo G
(informativo)
Articulação de concreto
a largura da articulação
b comprimento da articulação
— a ≤ 0, 3 ⋅ d
— t ≤ 0, 2 ⋅ a ≤ 2 cm
— tgα ≤ 0,1
— bb ≤ 0, 7 ⋅ a ≤ 5 cm
Ac,mín. ≤ Ac ≤ Ac,máx.
com
Ac = a ⋅ b
10 ⋅ Nd,máx.
Ac ,mín. =
Eci
3 ⋅ fcd ⋅ 1 + λ 1 − α d ⋅
12800 ⋅ 3 ⋅ fcd
12800 ⋅ Nd
Ac ,máx. =
α d ⋅ Eci
onde
λ = 1, 2 – 4 ⋅ a d ≤ 0, 8
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α d = 0, 5 ⋅ α Gd + α Qd
Nd,máx. é a força normal de cálculo máxima atuando na articulação, expressa em quilonewtons (kN);
O valor de cálculo do ângulo de rotação da articulação não pode exceder à capacidade de rotação da
articulação, conforme a seguir:
α d ≤ αRd
12800 ⋅ Nd
αRd =
a ⋅ b ⋅ Eci
Fz1d = 0, 3 ⋅ (1 – b c ) ⋅ Nd,máx.
Fz2d = 0, 03 ⋅ a b ⋅ Nd,máx.
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Recomendam-se os arranjos das armações para resistir a Fyd, Fz1d e Fz2d indicados na Figura G.4.
requerem armação resistente ao corte, constituída de barras verticais, alinhadas segundo seu eixo
de rotação (ver Figura G.2), com comprimentos de pelo menos 30 ϕ, medidos para um lado e outro
da articulação. Os valores Vd e Nd da expressão acima devem pertencer à mesma combinação de
carregamento do ELU.
Forças cortantes cujo valor de cálculo Vd exceda Nd/4 não são admitidas no tipo de articulação de
concreto tratado neste Anexo.
Anexo H
(normativo)
As ações permanentes a serem consideradas durante a fase construtiva devem ser: o peso próprio
dos balanços de concreto estabilizantes (Gsk,aduela) e não estabilizantes (Gnk,aduela), e o peso próprio
da treliça de içamento ou treliça com forma móvel (Gsk,tre e Gnk,tre).
Diferenças de geometria entre os dois lados do balanço devem ser avaliadas, inclusive a diferença de
tamanho e a quantidade de blocos de ancoragem de cabos.
As ações devidas ao vento (Fw,k) devem ser calculadas de acordo com a ABNT NBR 6123.
Devem ser consideradas as ações acidentais provenientes de peso de ferramentas manuais, pequenos
equipamentos de campo, pessoal e material passíveis de ocorrerem durante o período da construção.
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Na falta de dados mais precisos, deve ser aplicada uma carga uniformemente distribuída de 1,00 kN/m2,
aplicada apenas ao balanço crítico.
Trata-se da situação de desbalanceamento devido à concretagem de uma parcela da aduela (δ) a mais
em um dos lados do balanço (ver Figura H.1).
Para aduelas moldadas in loco, em geral, a concretagem é realizada de forma alternada (um lado por
vez) e por partes: executa-se primeiro a laje de fundo, em seguida as almas e, por fim, a laje superior,
não existindo assim uma aduela inteira de desbalanceamento entre os lados.
Deve-se avaliar o efeito do desbalanceamento nos dois lados do balanço, isto é, a enésima aduela
sendo executada primeiro à direita e, alternativamente, primeiro à esquerda.
A Figura H.1 representa o desbalanceamento a partir do lado direito, ou seja, as ações permanentes do
lado esquerdo são estabilizantes (Gs) e do lado direito não estabilizantes (Gn). As duas combinações
especiais de ações que devem ser avaliadas são:
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m −1 m −1
1, 05 ⋅ ∑ Gnk ,aduela i + δ ⋅ Gnk ,aduela m + Gnk ,tre ⊕ 1, 00 ⋅ ∑ Gsk ,aduela i + Gsk ,tre ⊕ 1, 35 ⋅ Qk ⊕ 1, 2 ⋅ 0, 6 ⋅ Fw ,k
i =1 i =1
A Figura H.2 representa o desbalanceamento a partir da queda da treliça do lado esquerdo, ou seja,
as ações permanentes do lado esquerdo são estabilizantes (Gs) e do lado direito não estabilizantes (Gn).
A combinação excepcional de ações que deve ser avaliada é:
m −1 m −1
1, 0 ⋅ ∑ Gnk ,aduela i + Gnk ,tre ⊕ 1, 0 ⋅ ∑ Gsk ,aduela i − Gsk ,tre ⊕ Ψ0 ⋅ Qk
i =1 i =1
O valor de Ψ0 deve ser assumido, na combinação excepcional, como o mesmo de Ψ2 para combinações
normais.
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Anexo I
(informativo)
I.1 Generalidades
Este Anexo apresenta modelos simplificados de análise e dimensionamento das lajes de continuidade
para vãos adjcentes de comprimentos próximos (0,7 < Li/Li+1 < 1,3) e distância entre juntas de dilatação
limitada a 120 m (ver Figura I.1).
Na determinação dos esforços solicitantes de flexão, pode-se utilizar a seguinte simplificação: tratar
as lajes de continuidade como barras engastadas em ambas as extremidades sujeitas a momentos
fletores provenientes das rotações impostas pelos vãos adjacentes, dos recalques dos aparelhos de
apoio e da ação direta da carga móvel sobre a laje.
Para elaboração dos cálculos no modelo simplificado, deve-se determinar o momento de inércia da
laje de continuidade e o módulo de elasticidade secante do concreto.
Figura I.1 – Comprimento dos tramos (L – distância entre eixos dos aparelhos de apoio)
I.2.1 Generalidades
Devem ser determinados os momentos fletores causados pela rotação imposta na laje de continuidade
provocados pelo carregamento dos vãos adjacentes (ver Figura I.2), pelo recalque diferencial de
aparelhos de apoio elastoméricos (ver Figura I.2) e por carregamento da própria laje de continuidade.
A carga permanente a ser considerada deve ser aquela aplicada após a construção do tabuleiro (como
pavimento, recapeamento, barreira rígida etc.), ver Figura I.3.
A carga móvel deve ser posicionada nas situações que provocam a maior rotação e a maior reação
possíveis nos apoios (quando aplicável o efeito de recalque). A carga do veículo deve ser aplicada
apenas em um vão adjacente por caso de carregamento (ver Figuras I.4 e I.5).
A carga móvel deve ser posicionada sobre a laje de continuidade de modo a produzir as maiores solicitações.
Nos casos de carregamento que o veículo for considerado na laje de continuidade, este não pode ser
incluído nos vãos adjacentes, e vice-versa.
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Anexo J
(informativo)
Pontes estaiadas
J.1 Generalidades
Neste Anexo são apresentadas recomendações para o desenvolvimento de projetos de obras estaiadas,
de acordo com a experiência de projetos e obras desenvolvidas no Brasil que seguem os padrões
internacionais de projeto.
Deve-se consultar como complemento deste Anexo as Referências [7], [8] e [9].
J.2 Projeto
Deve-se indicar no projeto de forma clara para cada um dos estais, a tensão máxima, a tensão mínima,
a máxima variação de tensão e a força de instalação.
Deve-se indicar os ângulos dos estais em planta e elevação bem como a tolerância de execução. Para
a forma dos nichos somente o ângulo não é suficiente para que a obra garanta o correto posicionamento
das ancoragens, assim, deve conter o máximo de elementos geométricos necessários para garantir
o posicionamento adequado das ancoragens.
A catenária dos estais deve ser considerada para determinação do ângulo das ancoragens.
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O projeto deve indicar o plano de instrumentação para acompanhamento técnico durante a execução da
obra com intuito de estabelecer um controle dos deslocamentos e dos esforços nos diversos elementos
estruturais.
Assim como nas obras construídas em avanços sucessivos, o acompanhamento técnico deve fazer
o controle de deslocamentos das aduelas, a fim de garantir o atendimento aos limites constantes em J.6 e
consequentemente o greide de projeto. Para garantir maior precisão no controle das flechas, deve-se
fazer a calibração do modelo estrutural através de retroanálise com os dados dos ensaios realizados
pela obra e de leituras realizadas ao longo do processo construtivo.
O plano de inspeção e manutenção deve incluir recomendações específicas para cada projeto orientando
os intervalos e condições de inspeções de rotina.
O responsável pela obra deve demonstrar que foi realizada a avaliação da conformidade de todos
os materiais e componentes utilizados nos estais (ver Figura J.1).
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J.5.2 Cabos
As cordoalhas utilizadas nas estruturas estaiadas devem estar de acordo com as normas nacionais ou
normas internacionais para o aço de alta resistência para armaduras de protensão com características
de relaxação baixa e tratamento contra corrosão.
J.5.3 Ancoragens
As ancoragens devem ser submetidas a ensaios de fadiga para avaliação da sua conformidade.
Os elementos internos, como desviadores e clavetes devem resistir à variação de tensão em conformidade
com o ensaio recomendado pela Referência [7]. Esses sistemas devem permitir ajustes para corrigir
desvios que possam ocorrer na execução dos nichos. Se o desvio ocorrido for maior, deve-se fazer
a avaliação da conformidade do sistema para a situação final.
O detalhamento de projeto deve atender aos requisitos de durabilidade e de estanqueidade para o sistema
na região das ancoragens. As ancoragens devem apresentar estanqueidade em conformidade com
o ensaio recomendado pela Referência [7].
J.5.4 Proteção
Os cabos devem estar envoltos de um tubo que garanta a proteção dos estais contra os agentes
externos e que tenham durabilidade equivalente à vida útil do sistema.
Estes tubos devem possuir sistema para reduzir as vibrações provenientes das ações do vento e de
chuvas quando necessário.
O conjunto de estais deve contar com um sistema de proteção contra descargas elétricas e sinalização aérea.
Quando for possível o acesso de pessoas não autorizadas aos estais, recomenda-se a utilização de
tubo antivandalismo com hmín. = 2,5 m.
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Para a utilização dos sistemas presentes no mercado, cuja avaliação da conformidade tenha seguido
os padrões internacionalmente aceitos, deve-se limitar a tensão máxima de projeto a 0, 45 ⋅ fptk , na
combinação rara.
Da mesma forma para a fadiga, deve-se limitar a flutuação de tensão para cordoalhas paralelas em
110 MPa.
Esses limites foram avaliados para um desvio máximo no ângulo dos estais de ± 0,6° para a combinação
frequente, com desvio permanente máximo de ± 0,3°, esse valor deve ser considerado como desvio
máximo admissível.
Quando não for possível atender a nenhum destes limites, normalmente devido a imprevistos ocorridos
na execução, deve-se realizar uma avaliação técnica do sistema com as condições obtidas.
Para verificação em estado-limite último, recomenda-se o limite de 0, 55 ⋅ fptk para cargas de construção
e procedimento de substituição dos estais.
J.7.1 Generalidades
Os estais são elementos esbeltos com rigidez praticamente nula à flexão e sujeitos a grandes deslocamentos.
A rigidez do estai varia de acordo com a tensão e a configuração geométrica.
Para a obtenção dos esforços dos estais em todas as etapas do projeto, os modelos de cálculo de
pontes estaiadas devem representar de forma correta a não linearidade geométrica destes elementos.
Os modelos devem contemplar todas as etapas de execução. O estudo deve incluir os esforços acidentais
de todas as etapas e os esforços de protensão. Deve-se considerar também os efeitos de fluência e
retração em obras de concreto, bem como as variações de temperatura.
Os estais não sofrem perdas por relaxação, pois o nível de tensão em serviço não ultrapassa 0, 5 ⋅ fptk .
Cada um dos estais podem ser representados no modelo de cálculo através de elementos de treliça
com suas respectivas seções transversais. Normalmente as seções dos cabos são obtidas através de
métodos iterativos.
A rigidez axial destes elementos deve ser corrigida por um fator que considera o nível de tensão e
a projeção horizontal do estai, conforme a seguir:
Eeq = α cor ⋅ Es
1
α cor =
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ρ2 ⋅ d 2
1+ ⋅ Es
12 ⋅ σ3
onde
ρ é o peso linear;
σ é a tensão no cabo.
A Figura J.2 apresenta a variação da rigidez dos estais a partir da utilização da equação apresentada
para cabos com fptk = 1770 MPa.
O projetista pode optar pela utilização de modelos de cabos para análise da estrutura e obtenção dos
esforços nos estais. Neste caso, os estais podem ser modelados através de elementos discretos ou
a partir de elementos que representem o comportamento não linear geométrico dos cabos.
Para obras com o tabuleiro esbelto, sugere-se que se faça um ensaio em túnel de vento para determinação
dos esforços e detecção de possíveis problemas de instabilidade aerodinâmica em serviço ou na fase
construtiva.
Anexo K
(informativo)
Lajes de transição
K.1 Generalidades
Também nomeadas como lajes de aproximação, as lajes de transição são elementos estruturais utilizados
para abranger a área crítica entre a zona de aproximação e o encontro das obras de arte especiais.
O cálculo e o dimensionamento deste elemento devem ser desenvolvidos à luz da ABNT NBR 6118,
considerando-se todos os carregamentos utilizados no dimensionamento da laje do tabuleiro, acrescido
do enchimento, se houver, adotando-se ainda o coeficiente de impacto vertical (CIV) previsto na
ABNT NBR 7188 (não se aplicam os coeficientes de impacto adicional – CIA e de número de faixas – CNF).
K.2 Dimensões-limite
Deve-se considerar a espessura mínima de 0,25 m e a extensão mínima de 4,0 m.
A extensão deve sempre ser considerada paralela ao eixo longitudinal da obra de arte especial (ver
Figura K.1).
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Não pode ser considerada toda a laje apoiada sob base elástica.
De modo simplificado, é aceitável o cálculo com apoios indeslocáveis, considerando o vão teórico da
laje equivalente a 0,75 da extensão total, mas o detalhamento deve seguir as dimensões mínimas
indicadas em K.2 (ver Figura K.3).
As solicitações advindas das ações permanentes e acidentais da laje de transição somente devem ser
consideradas em outros elementos quando forem desfavoráveis para o cálculo destes.
m f
Com o objetivo de reduzir as manifestações patológicas na laje de transição, o projeto estrutural deve
conter:
a) Recomendações para uma correta compactação do terreno junto ao encontro/cortina da obra
de arte especial, inclusive com a verificação da estabilidade do talude (caso exista) sob a laje de
transição e proteção superficial do mesmo, com o intuito de se evitar fuga de material.
c) Implantação de elemento mais rígido (viga ou engrossamento) junto à estrutura da obra de arte
especial (cortina ou consolo).
Ressalta-se que a laje de transição em aproximações de obras de arte especiais não tem como objetivo
evitar o recalque, mas, distribuir esse possível recalque ao longo de seu comprimento, proporcionando
uma transição suave entre o terrapleno e a estrutura.
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Bibliografia
[1] ABNT NBR 8953, Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por grupos
de resistência e consistência.
[4] STUCCHI, F. R.; CAVALCANTI, P. S. P.; DANTAS, J. P. R.; CAIXETA, E. C. Fatigue Experimental
Research on Reinforced Concrete Slabs. Proceedings of fib Symposium. Prague, 2011.
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