O Direito Urbanístico Brasileiro Na Preservação de Centros Históricos. SILVA, Eder Donizeti Da Silva
O Direito Urbanístico Brasileiro Na Preservação de Centros Históricos. SILVA, Eder Donizeti Da Silva
O Direito Urbanístico Brasileiro Na Preservação de Centros Históricos. SILVA, Eder Donizeti Da Silva
EDITORA UFS
coordenadora do programa editorial
São Cristóvão/SE
2021
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BY NC SA ^
Obra selecionada e publicada com recursos públicos advindos do Edital
001/2020 do Programa Editorial da UFS.
capa
desenhos
ficha catalográfica
e-ISBN: 978-65-86195-53-8
CDU 711.025:34(81)
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
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– 1– – 4– – 7–
Construção Teórica das A Busca da Materialização dos Instrumentos Legais de
Ações Preservacionistas e Paradigmas em Leis Preservação do Patrimônio:
Intervencionistas Sobre o do Tombamento ao Termo de
Patrimônio Ambiental Urbano – 5– Ajustamento de Conduta
Breve História da Preservação
– 2– do Patrimônio Ambiental Urbano – 8–
As Transformações nas Constituições Brasileiras A Competência dos Estados e
das Ações Preservacionistas e Anteriores a 1988 Municípios Brasileiros na
Intervencionistas Através da Preservação e Reabilitação de
Avaliação das Normas Nacionais – 6– Centros Históricos
e Internacionais Repensando Caminhos com
a Constituição de 1988: – 9–
– 3– a Promoção do Direito As Ações
As Ações Preservacionistas Urbanístico ou a Confirmação Aplicadas ao Patrimônio
e Intervencionistas Sobre os da Antiga Legislação Natural e suas Possíveis
Centros Históricos de Alguns Referente à Preservação e Transferências para o
Países Comparadas as do Brasil Restauro no Brasil Patrimônio Ambiental Urbano
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INTRODUÇÃO
^
PRIMEIRA PARTE
Notas
SEGUNDA PARTE
A Ideologia do Patrimônio
Notas
pública:
Notas
Notas
TERCEIRA PARTE
passam a poder ser autoras de Ação Civil Pública (Art. 5º 46) e esta
passa a servir no interesse de proteger os interesses coletivos e pre-
ceituar ações de tutela sobre o Meio Ambiente (Lei Federal 6938 de
31 de agosto de 1981). Mas existe um problema na própria denomi-
nação da modalidade, essa perspectiva exposta por Dinamarco (apud
Milaré, 2001, p. 400) traz à tona a pergunta de quem poderá postular
em juízo a tutela jurisdicional coletiva (quem estaria legitimado e que
modalidade de legitimação seria essa) e quem se sujeitaria àquela
principal qualidade da sentença (a imutabilidade), ou seja, quem
estaria abrangido pela coisa julgada material.
Vigilar (apud Milaré, 2001, p. 403-404) cita que o termo Ação
Civil Pública é muito impróprio e somente se explica entre nós por um
fator histórico, e que a expressão não revela, por si só, coisa nenhu-
ma, ela serve para adjetivar o instituto da ação (ou seja: civil pública),
empregada pela primeira vez em nosso ordenamento jurídico positi-
vado na referida Lei Complementar 40/81, não revela sequer o direito
material que se pretende tutelar, que poderia ser o meio ambiente,
o consumidor, o patrimônio cultural e outros interesses transindivi-
duais; a expressão é incorreta, poderiam ser usados termos como
ações ambientais, ações consumeristas, ações coletivas; o termo en-
tão é subjetivado por quem o emprega, ficando determinado como
Ação Civil Pública, uma vez que é o Ministério Público que o ajuíza
(Art. 5).
Machado (1987, p. 18-20) analisa a atuação preparatória visando
à proposição da Ação Civil Pública referente à atuação das associa-
Notas
1 “Res in patrimônio são as coisas que integram os bens de uma pessoa, que
podem ser objeto de apropriação privada e de atos jurídicos. Constituem as
res privatae. O vocábulo patrimonium (do latim pater, patris) tem entre os
romanos dois sentidos, um lato, e outro restrito. Stricto sensu, patrimônio
designa o conjunto das coisas corpóreas que são propriedade do paterfamilias;
lato sensu, patrimônio como, alias, em nosso direito, designa o conjunto de
bens, assim como os direitos e ações inerentes a uma pessoa, quer ativos, quer
passivos”. CRETELLA JUNIOR, J. Direito Romano moderno: introdução ao
direito civil brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2000. p. 99.
2 CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1999. p. 37-39.
3 BUENO, S. Minidicionário da Língua Portuguesa. 6 ed. São Paulo: LISA,
1992. p. 497.
mento deve ser conciliado com a defesa do meio ambiente (Art. 204).
A proteção do meio ambiente é tratada do Art. 204 ao 216 da CE/PE.
Os dois pontos fortes da CE/PE são o estabelecimento das áreas
de especial interesse urbanístico, social, ambiental, cultural, artístico,
turístico e de utilização pública (Art.139), e a busca de diálogo entre
os entes Municipais e a União (Art. 199 e 205) através do respeito do
direito do cidadão e da elaboração de um Plano Diretor voltado para
o desenvolvimento urbano, que procurem, entre outras situações, a
proteção do meio ambiente (Art. 146). O ponto negativo da CE/PE é
seu maior desenvolvimento relativo à preservação do patrimônio na-
tural (meio ambiente), deixando a desejar em relação ao patrimônio
cultural e, especialmente, em relação ao patrimônio ambiental urbano.
A legislação do Estado de Pernambuco voltada para a preserva-
ção patrimonial tem na Lei 7970, de 18 de setembro de 197948, e no
Decreto 6239 que a regulamenta, de 11 de janeiro de 198049, as prin-
cipais ações jurídicas voltadas para a defesa do patrimônio histórico,
artístico, cultural e ambiental do Estado. O Decreto 6239/80 trabalha
a questão dos usos que serão dados aos bens tombados seguindo
a questão do Decreto federal 80978, de 12 de dezembro de 197750.
O processo do tombamento estadual segue os mesmos princípios
do Dec. 25/37, a diferença são os tipos de Livro do Tombo, destacan-
do-se o Livro do Tombo de Conjuntos Urbanos, Sítios Históricos e de
Cidades Históricas. O prazo para impugnar a notificação na legisla-
ção pernambucana também difere do Dec. 25/37, ou seja, os prazos
são maiores, 30 dias, já o federal é de 15 dias. O destombamento do
Notas
Notas
FRANÇA. Guia Visual da Folha de São Paulo. São Paulo: Folha de São
Paulo, 1996.
Revistas
GRELLA VIEIRA, F. apud MILARÉ, Édis. (coord.). Ação Civil Pública: Lei
7.347/1985 – 15 anos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001. p. 227.
MEIO ELETRÔNICO