ARIDAN

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ARIDAN...LEKEKUN...

BEJERECUM
FAVAS DE USO LITÚRGICO

FAVAS
A fava simboliza o sol mineral, o embrião.
Às favas fazem parte dos frutos que compõem as oferendas rituais. Elas representam os
filhos-homens esperados; numerosas tradições confirmam e explicam essa aproximação.
Segundo Plínio, a fava era usada no culto dos mortos por acreditar-se que continha a alma
dos mortos.
Às favas, na qualidade de símbolos dos mortos e de sua prosperidade, pertencem ao grupo
dos Deuses protetores. No sacrifício que se costumava realizar na primavera, elas
representavam a primeira dádiva vinda de baixo da terra, a primeira oferenda dos mortos
aos vivos, o signo de sua fecundidade, ou seja de sua encarnação.
E isso leva-nos a compreender as razões da proibição estabelecida por Orfeu e Pitágoras para
os quais comer favas era o equivalente a comer a cabeça dos próprios pais, a partilhar do
alimento dos mortos e, graças a isso, permanecer dentro do ciclo das reencarnações e
sujeitar-se aos poderes da matéria.

No entanto fora do âmbito dessa teoria, as favas constituem, ao contrário, o elemento


essencial da comunhão como os Deuses, no ápice dos rituais.
Em resumo as favas são as primícias da terra, o símbolo de todas as benfeitorias proveniente
dos Deuses que habitam debaixo da terra.
O "campo de favas" - denominação que os egípcios usavam com sentido simbólico, era o
lugar onde os defuntos aguardavam a reencarnação, o que confirma a interpretação
simbólica geral dessa leguminosa.
Dentro do cultos dos Vodoo/Ò rìşà/inkice e outros, a fava representa e confirma a
ancestralidade dos Deuses. Em nossos rituais, fazemos uso tanto da fava inteira como ralada,
em forma de pó.
O pó, assim como a cinza é comparado ao sêmen, ao pólen das flores, à posteridade.
Inversamente, por vezes é signo da morte. Fazer uso da fava e do pó da fava representa
perpetuarmos nossa ancestralidade, as primícias da terra e dos Deuses

ARIDAN

Àrìdan Nome científico – Tetrepleura tetráptera (Schum & Thour.) Taub. Leguminosae-
Mimosoideae Nome popular – Fava de Àrìdan Considerações: O fruto é constituído por uma
polpa carnosa, com pequenas sementes marrom/escuro.
A fruta possui uma fragrância, caracteristicamente picante e odor aromático, o que é
atribuído à sua propriedade repelente de insetos. É usado como especiarias e aroma
(exóticos aromas tropicais) e envenenamento de peixes.
Descrição : Árvore de origem africana é cultivada no Brasil, provavelmente trazida pelos
escravos para utilização litúrgica.
A Tetrepleura Tetráptera (Schumach. E Thonn) Taub, Mimosaceae, vulgarmente conhecida
como Àrìdan (fruta), termo(Yorùbá) no sudoeste da Nigéria também conhecida no Congo
como, kiaka na língua (Akwa e Mbaamba), eyaka (Lingala), chiacha (Tsangui) sekeseke (Bira,
Mbuti) akolongo (Azande) Angulu (África Central, provem de uma árvore robusta e perene é
geralmente encontrada na floresta de várzea da África tropical. Uso Ritualístico: Pertence ao
Ò rìşà Ọ sányìn.

LELEKUN

E uma tradicional fava muito utilizada nos ritos das nações candomblecistas.
Serve de elemento de ligação entre o Ò run e o Ayè.
Proporciona o fortalecimento físico e espiritual do iniciado durante o período de reclusão e
traz a consagração a eles, trazendo as primícias da terra e sua ligação com a ancestralidade.
Muito empregada em banhos, atin, magias e diversas comidas de orixá entra no omierò, ebó,
Ebori, feituras e odun. Ela esquenta, energiza e sacraliza fetiches dos orixás. Ligada à Ọ mọlu,
Ọ șóòsì e Oxalá é outro item fundamental e de suma importância dentro dos ritos da diáspora.

BEJERECUM

Nome Científico : Xylopia aromatica (Lam.) Mart.


Nomes Populares: Pindaíba, Biriba, Pimenta-de-negro, Pimenta-da-guiné.
Aframomum melegueta é uma espécie de planta da família do gengibre, Zingiberaceae.
A especiaria conhecida como grão-do-paraíso, malagueta ou pimenta-da-guiné, de sabor
pungente e apimentado, é obtida a partir das suas sementes moídas.
É nativa da África Ocidental.

Tem sabor apimentado e resinoso.


Pode ser moída junto com o café, Senegal (café Touba).

Sangue Branco Vegetal/Mineral.


Efún no Iorubá significa giz.

É um potente giz branco empregado nas pinturas iniciáticas de todos os Ò rìşà,


principalmente os Ò rìṣà fúnfún. É considerado muito sagrado, traz o equilíbrio, tranquilidade,
paz e paciência, promove limpeza e renovação energética, a longevidade, a calma; de igual
modo, pode expandir, iluminar, despertar, clarear, suavizar.

O efún é entre os três elementos o que representa o dia e o àmò (barro), elemento
fundamental da origem dos seres.

Aṣa Àtijọ

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