02 Topografia Geral
02 Topografia Geral
02 Topografia Geral
1. Topografia
1.1. Conceitos
1.2. Representação
1.3. Divisão
2. Modelos Terrestres
a)Modelo Real
b)Modelo Geoidal
Permite que a superfície terrestre seja representada por uma superfície fictícia
definida pelo prolongamento do nível médio dos mares (NMM) por sobre os continentes. Este
modelo, evidentemente, irá apresentar a superfície do terreno deformada em relação à sua
forma e posição reais.
O modelo geoidal é determinado, matematicamente, através de medidas
gravimétricas (força da gravidade) realizadas sobre a superfície terrestre. Os levantamentos
gravimétricos, por sua vez, são específicos da Geodésia e, portanto, não serão abordados por
esta disciplina.
c)Modelo Elipsoidal
Onde:
DATUM: é um sistema de referência utilizado para o cômputo ou correlação dos
resultados de um levantamento. Existem dois tipos de datums: o vertical e o horizontal. O
datum vertical é uma superfície de nível utilizada no referenciamento das altitudes tomadas
sobre a superfície terrestre. O datum horizontal, por sua vez, é utilizado no referenciamento
das posições tomadas sobre a superfície terrestre. Este último é definido: pelas coordenadas
geográficas de um ponto inicial, pela direção da linha entre este ponto inicial e um segundo
ponto especificado, e pelas duas dimensões (a e b) que definem o elipsóide utilizado para
representação da superfície terrestre.
SAD: South American Datum, oficializado para uso no Brasil em 1969, é
representado pelo vértice Chuá, situado próximo à cidade de Uberaba-MG.
a: é a dimensão que representa o semi-eixo maior do elipsóide (em metros).
b: é a dimensão que representa o semi-eixo menor do elipsóide (em metros).
f: é a relação entre o semi-eixo menor e o semi-eixo maior do elipsóide, ou seja, o
seu achatamento.
d)Modelo Esférico
Este é um modelo bastante simples, onde a Terra é representada como se fosse uma
esfera. O produto desta representação, no entanto, é o mais distante da realidade, ou seja, o
terreno representado segundo este modelo apresenta-se bastante deformado no que diz
respeito à forma das suas feições e à posição relativa das mesmas. Um exemplo deste tipo de
representação são os globos encontrados em livrarias e papelarias.
Linha dos Pólos ou Eixo da Terra: é a reta que une o pólo Norte ao pólo Sul e em
torno do qual a Terra gira. (Movimento de Rotação)
Equador: é o círculo máximo da Terra, cujo plano é normal à linha dos pólos.
3. Erros em Topografia
Por melhores que sejam os equipamentos e por mais cuidado que se tome ao proceder
um levantamento topográfico, as medidas obtidas jamais estarão isentas de erros.
Assim, os erros pertinentes às medições topográficas podem ser classificados como:
a)Naturais: são aqueles ocasionados por fatores ambientais, ou seja, temperatura,
vento, refração e pressão atmosféricas, ação da gravidade, etc.. Alguns destes erros são
classificados como erros sistemáticos e dificilmente podem ser evitados. São passíveis de
correção desde que sejam tomadas as devidas precauções durante a medição.
b)Instrumentais: são aqueles ocasionados por defeitos ou imperfeições dos
instrumentos ou aparelhos utilizados nas medições. Alguns destes erros são classificados
como erros acidentais e ocorrem ocasionalmente, podendo ser evitados e/ou corrigidos com a
aferição e calibragem constante dos aparelhos.
c)Pessoais: são aqueles ocasionados pela falta de cuidado do operador. Os mais
comuns são: erro na leitura dos ângulos, erro na leitura da régua graduada, na contagem do
número de trenadas, ponto visado errado, aparelho fora de prumo, aparelho fora de nível, etc..
São classificados como erros grosseiros e não devem ocorrer jamais pois não são passíveis de
correção.
É importante ressaltar que alguns erros se anulam durante a medição ou durante o
processo de cálculo. Portanto, um levantamento que aparentemente não apresenta erros, não
significa estar necessariamente correto.
São elas:
São elas:
- Distância Horizontal (DH): é a distância medida entre dois pontos, no
plano horizontal. Este plano pode, conforme indicado na figura a seguir (GARCIA, 1984),
passar tanto pelo ponto A, quanto pelo ponto B em questão.
5. Unidades de Medida
A seguir encontram-se as unidades mais comumente utilizadas para expressar cada uma
das grandezas mencionadas.
O sistema de unidades utilizado no Brasil é o Métrico Decimal, porém, em função dos
equipamentos e da bibliografia utilizada, na sua grande maioria importada, algumas unidades
relacionadas abaixo apresentarão seus valores correspondentes no sistema Americano, ou seja,
em Pés/Polegadas.
360 = 400g = 2
onde = 3,141592.
Atenção: As unidades angulares devem ser trabalhadas sempre com seis (6) casas
decimais. As demais unidades, com duas (2) casas decimais.
1
E
M L
Onde:
"L" representa qualquer comprimento linear real, medido sobre o terreno.
"" representa um comprimento linear gráfico qualquer, medido sobre o papel, e que
correspondente ao comprimento medido sobre o terreno.
"M" é denominado Título ou Módulo da escala e representa o inverso de ( / L).
A escala pode ser apresentada sob a forma de:
fração : 1/100, 1/2000 etc. ou
proporção : 1:100, 1:2000 etc.
Podemos dizer ainda que a escala é:
de ampliação : quando L (Ex.: 2:1)
natural : quando = L (Ex.: 1:1)
de redução : quando L (Ex.: 1:50)
Para a representação de uma porção bidimensional (área) do terreno, terão que ser
levadas em consideração as dimensões reais desta (em largura e comprimento), bem como, as
dimensões x e y do papel onde ela (a porção) será projetada. Assim, ao aplicar a relação
fundamental de escala, ter-se-á como resultado duas escalas, uma para cada eixo. A escala
escolhida para melhor representar a porção em questão deve ser aquela de maior módulo, ou
seja, cuja razão seja menor.
É importante ressaltar que os tamanhos de folha mais utilizados para a
representação da superfície terrestre seguem as normas da ABNT, que variam do tamanho A0
(máximo) ao A5 (mínimo).
E
P
Onde:
P: é a incerteza, erro ou precisão do levantamento topográfico, medida em metros,
e que não deve aparecer no desenho.
Por exemplo: a representação de uma região na escala 1:50.000, considerando o
erro de graficismo igual a 0,2mm, permite que a posição de um ponto do terreno possa ser
determinada com um erro relativo de até 10m sem que isto afete a precisão da carta.
Analogamente, para a escala 1:5.000, o erro relativo permitido em um
levantamento seria de apenas 1m.
Desta forma, pode-se concluir que o erro admissível na determinação de um ponto
do terreno diminui à medida em que a escala aumenta.
Aplicação Escala
Detalhes de terrenos urbanos 1:50
7.6. Exercícios
1.Para representar, no papel, uma linha reta que no terreno mede 45m, utilizando-
se a escala 1:450, pergunta-se: qual será o valor desta linha em cm?
2.A distância entre dois pontos, medida sobre uma planta topográfica, é de
520mm. Sabendo-se que, no terreno, estes pontos estão distantes 215,5m, determine qual seria
a escala da planta.
3.A distância entre dois pontos, medida sobre uma planta topográfica, é de 55cm.
Para uma escala igual a 1:250, qual será o valor real desta distância?
4.Se a avaliação de uma área resultou em 2575cm2 na escala 1:500, a quantos m2
corresponderá esta mesma área, no terreno?
5.A área limite de um projeto de Engenharia corresponde a 25 km2. Determine a
escala do projeto em questão, se a área representada equivale a 5000 cm2.
6.Construa uma escala gráfica para a escala nominal 1:600.
7.Construa uma escala gráfica para a escala nominal 1:25.000.
8.Construa uma escala gráfica para a escala numérica 1:1.000.000.
9.Quantas folhas de papel tamanho A4 serão necessárias para representar uma
superfície de 350m x 280m, na escala 1:500?
10.Quantas folhas seriam necessárias se, para o exercício anterior, fossem
descontadas margens de 20mm para cada lado da folha?
11.Quantas folhas seriam necessárias se, para o exercício anterior, a folha
utilizada fosse a A4 deitada?
12.Pesquise em plantas, cartas e mapas de várias escalas, as características de
construção e representação das escalas gráficas utilizadas (intervalo, unidade, comprimento).
8. Medida de Distâncias
Como já foi visto, a distância horizontal (DH) entre dois pontos, em Topografia, é o
comprimento do segmento de reta entre estes pontos, projetado sobre um plano horizontal.
Para a obtenção desta distância, existem alguns processos, os quais veremos a seguir.
b)Trena de Lona
é feita de pano oleado ao qual estão ligados fios de arame muito finos que
lhe dão alguma consistência e invariabilidade de comprimento;
é graduada em metros, centímetros e milímetros em um ou ambos os lados
e com indicação dos decímetros;
o comprimento varia de 20 a 50 metros;
não é um dispositivo preciso pois deforma com a temperatura, tensão e
umidade (encolhe e mofa);
pouquíssimo utilizada atualmente.
a)Piquetes
b)Estacas
c)Fichas
d)Balizas
e)Nível de Cantoneira
f)Barômetro de Bolso
g)Dinamômetro
aparelho que se destina à medição das tensões que são aplicadas aos
diastímetros para fins de correção dos valores obtidos no levantamento;
as correções são efetuadas em função do coeficiente de elasticidade do
material com que o diastímetro foi fabricado.
h)Termômetro
i)Nível de Mangueira
j)Cadernetas de Campo
Diastímetro Precisão
Fita e trena de aço 1cm/100m
Trena plástica 5cm/100m
Trena de lona 25cm/100m
a)Amarração de Detalhes
Por triangulação
Devendo-se medir os alinhamentos a e b, além do alinhamento
principal DB, para que o canto superior esquerdo da piscina representada na figura a seguir
(BORGES, 1988) fique determinado.
A referida piscina só estará completamente amarrada se os
outros cantos também forem triangulados.
b)Alinhamentos Perpendiculares
b.1)Triângulo Retângulo
b.2)Triângulo Equilátero
CA.DE
AB =
CD
a
DH c = .DH m
ao desvio vertical ou falta de horizontalidade: ocorre quando o
terreno é muito inclinado. Assim, mede-se uma série de linhas inclinadas em vez de medir as
projeções destas linhas sobre o plano horizontal, como na figura a seguir (BORGES, 1988).
O erro devido ao desvio vertical (Cdv), para um único lance, pode ser
encontrado através da relação entre o desnível do terreno (DN) e o comprimento do
diastímetro ():
DN 2
C dv =
2.
Este erro é cumulativo e sempre positivo. Assim, a distância
horizontal correta (DHc) entre dois pontos será encontrada subtraindo-se da distância
horizontal medida (DHm), o desvio vertical (Cdv) multiplicado pelo número de lances (N)
dado com o diastímetro:
DH c = DH m ( N .Cdv )
8.f 2
Cc =
3.
Este erro é cumulativo, provoca uma redução do diastímetro e,
consequentemente, resulta numa medida de distância maior que a real. Assim, a distância
horizontal correta (DHc) entre dois pontos será encontrada subtraindo-se da distância
horizontal medida (DHm), o erro da catenária (Cc) multiplicado pelo número de lances (N)
dado com o diastímetro:
DH c = DH m ( N .Cc )
leituras dos ângulos verticais e horizontais e da régua graduada, para o posterior cálculo das
distâncias horizontais e verticais.
Como indicado na figura abaixo (BORGES, 1988), a estádia do teodolito é
composta de:
3 fios estadimétricos horizontais (FS, FM e FI)
1 fio estadimétrico vertical
Da figura tem-se:
f = distância focal da objetiva
F = foco exterior à objetiva
c = distância do centro ótico do aparelho à objetiva
C = c + f = constante do instrumento
d = distância do foco à régua graduada
H = AB = B - A = FS - FI = diferença entre as leituras
M = FM = leitura do retículo médio
Pelas regras de semelhança pode-se escrever que:
a ' b' AB
f d
AB
d .f
a ' b'
f
a ' b' fornecido pelo fabricante
100
AB. f
d
f
100
d = 100 . H
DH = d + C
Portanto,
DH = 100 . H + C
DH = 100 . H . cos2 + C
QS = RS + RM - MQ
onde,
QS = DN = diferença de nível
RS = I = altura do instrumento
MQ = M = FM = leitura do retículo médio
FS FI
FM
2
Do triângulo ORM, tem-se que
RM = OR . tg
RM = DH . tg
RM = (100 . H . cos2 + C ) . tg
RM = (100 . H . cos2 . tg + C . tg
RM = 100 . H . cos2 . sen / cos + C . tg
RM = 100 . H . cos . sen + C . tg
ora,
cos . sen = (sen 2) / 2
então,
RM = 100 . H . (sen 2 ) / 2 + C . tg
desprezando-se a última parcela tem-se,
RM = 50 . H . sen 2
substituindo na equação inicial, resulta
DN = 50 . H . sen 2 - FM + I
Logo:
DN = 50 . H . sen 2 + FM - I
8.5.6. Exercícios
1.De um piquete (A) foi visada uma mira colocada em um outro piquete (B).
Foram feitas as seguintes leituras:
fio inferior = 0,417m
fio médio = 1,518m
ângulo vertical = 530' em visada descendente (A B)
altura do instrumento (A) = 1,500m
Calcule a distância horizontal entre os pontos (AB) sabendo-se que a luneta
é do tipo analática.
2.Considerando os dados do exercício anterior, calcule a distância vertical
ou diferença de nível entre os pontos e determine o sentido de inclinação do terreno.
3.Ainda em relação ao exercício anterior, determine qual é a altitude (h) do
ponto (B), sabendo-se que a altitude do ponto (A) é de 584,025m.
4.Um teodolito acha-se estacionado na estaca número (1) de uma poligonal
e a cota, deste ponto, é 200,000m. O eixo da luneta de um teodolito encontra-se a 1,700m do
solo. Para a estaca de número (2), de cota 224,385; foram feitas as seguintes leituras:
retículo inferior = 0,325m
retículo superior = 2,675m
Calcule a distância horizontal entre as estacas.
5.De um ponto com altitude 314,010m foi visada uma régua, situada em um
segundo ponto de altitude 345,710m. Com as leituras: = 12 em visada ascendente; I =
1,620m; e sabendo-se que a distância horizontal entre estes pontos é de 157,100m; calcule H,
FM, FI, FS.
6.Para uma poligonal triangular, calcule a cota de um ponto (C) sabendo-se
que:
DH(AB) = 100,320m
Hz(CAB) = 6610'
Hz(CBA) = 4142'
h(A) = 151,444m
(AC) = 1240'
7.Em relação ao exercício anterior, qual será a cota do ponto (C) se a altura
do instrumento no ponto (A) for igual a 1,342m?
8.O quadro abaixo indica valores para a diferença dos fios superior e
inferior (H) e ângulos verticais tomados de uma estação para localizar pontos de um curso
d’água em um levantamento. A altura do aparelho foi de 1,83m e a altitude da estação de
143,78m. Nos pontos em que não houve a possibilidade de projetar a altura do aparelho sobre
a régua, a leitura do fio médio está anotada junto ao ângulo vertical. Determine as distâncias
horizontais entre a estação e os pontos, bem como, as altitudes dos mesmos.
Ponto H (m)
1 0,041 +219’
2 0,072 +157’ em 1,43m
3 0,555 +000’ em 2,71m
4 1,313 -213’
5 1,111 -455’ em 1,93m
6 0,316 +030’
De acordo com alguns autores, a medida eletrônica de distâncias não pode ser
considerada um tipo de medida direta pois não necessita percorrer o alinhamento a medir para
obter o seu comprimento.
Nem por isso deve ser considerada um tipo de medida indireta, pois não envolve a
leitura de réguas e cálculos posteriores para a obtenção das distâncias.
Na verdade, durante uma medição eletrônica, o operador intervém muito pouco na
obtenção das medidas, pois todas são obtidas automaticamente através de um simples
pressionar de botão.
a)Trena Eletrônica
b)Teodolito Eletrônico
c)Distanciômetro Eletrônico
d)Estação Total
na maioria das estações, os dados registrados pelo coletor podem ser
transferidos para um computador através de uma interface RS 232 padrão
(mesma utilizada nos computadores para ligação de scanners, plotters,
etc.);
a utilização de módulos ou cartões especiais (tipo PMCIA), quando cheios,
podem ser removidos e transferidos para um computador (com slot
PCMCIA ou com leitor externo) para processamento posterior.
A figura a seguir ilustra um cartão PCMCIA com capacidade de
armazenamento entre 512 Kb a 4 Mb.
e)Nível Digital
este tipo de régua, que pode ser de alumínio, metal ínvar ou fibra de vidro,
é resistente à umidade e bastante precisa quanto à divisão da graduação;
os valores medidos podem ser armazenados internamente pelo próprio
equipamento ou em coletores de dados. Estes dados podem ser
transmitidos para um computador através de uma interface RS 232
padrão;
a régua é mantida na posição vertical, sobre o ponto a medir, com a ajuda
de um nível de bolha circular, como mostra a figura a seguir;
f)Nível a Laser
este tipo de nível é um aparelho peculiar pois não apresenta luneta nem
visor LCD; a leitura da altura da régua (FM), utilizada no cálculo das
distâncias por estadimetria, é efetuada diretamente sobre a mesma, com o
auxílio do detetor laser, pela pessoa encarregada de segurá-la;
os detetores são dotados de visor LCD que automaticamente se iluminam e
soam uma campainha ao detectar o raio laser emitido pelo nível;
alguns modelos de nível e detetores funcionam com pilha alcalina comum;
outros, com bateria específica recarregável;
o alcance deste tipo de nível depende do modelo e marca, enquanto a
precisão, depende da sensibilidade do detetor e da régua utilizada;
assim como para o nível digital, a régua deve ser mantida na posição
vertical, sobre o ponto a medir, com a ajuda de um nível de bolha
circular;
é utilizado em serviços de nivelamento convencional e na construção civil.
As figuras a seguir ilustram dois níveis a laser de diferentes fabricantes. O
primeiro é um nível WILD LNA10 e, o segundo, um SOKKIA LP31. Estes níveis se auto
nivelam (após ajuste grosseiro da bolha circular) e possuem um sistema giratório de emissão
do infravermelho. O LNA10 tem um alcance de 80m e o LP31 de 120m.
11.Medidas Angulares
a)Internos
A figura a seguir ilustra os ângulos horizontais internos medidos em todos os pontos de uma
poligonal fechada.
A relação entre os ângulos horizontais internos de uma poligonal fechada é dada por:
Hz i 180.(n 2)
b)Externos
A figura a seguir ilustra os ângulos horizontais externos medidos em todos os pontos de uma
poligonal fechada.
A relação entre os ângulos horizontais externos de uma poligonal fechada é dada por:
Hz e 180.(n 2)
c)Deflexão
Tombando a Luneta
A figura a seguir ilustra as deflexões medidas em todos os pontos de uma poligonal fechada,
tombando a luneta.
De Hzi 180
Dd 180 Hzi
Girando o Aparelho
A figura a seguir ilustra a deflexão medida em um dos pontos de uma poligonal fechada,
girando o aparelho.
Nos levantamentos topográficos, a escolha do tipo de ângulo horizontal que será medido depende
do projeto e, a medida destes ângulos, constitui-se numa das suas maiores fontes de erro.
Assim, para evitar ou mesmo eliminar erros concernentes às imperfeições do aparelho, à pontaria e
leitura daqueles ângulos, utilizam-se métodos em que se realizam mais de uma medição do ângulo horizontal para
um mesmo ponto de poligonal. São eles:
a)Método da Repetição
Hz n Hz 1
Hz
(n 1)
Onde:
b)Método da Reiteração
( Hz 2 Hz 1 )
Hz
n
Onde:
Como já explicitado anteriormente, a linha que une o pólo Norte ao pólo Sul da
Terra (aqueles representados nos mapas) é denominada linha dos pólos ou eixo de rotação.
Estes pólos são denominados geográficos ou verdadeiros e, em função disso, a linha que os
une, também é tida como verdadeira.
Reconhecimento do Terreno
Levantamento da Poligonal
Levantamento das Feições Planimétricas
Fechamentos, Área, Coordenadas
Desenho da Planta e Memorial Descritivo
Assim, deste ponto (P) são medidas as distâncias aos pontos definidores da
referida superfície, bem como, os ângulos horizontais entre os alinhamentos que possuem (P)
como vértice.
A medida das distâncias poderá ser realizada através de método direto, indireto ou
eletrônico e a medida dos ângulos poderá ser realizada através do emprego de teodolitos óticos
ou eletrônicos.
A figura a seguir ilustra uma superfície demarcada por sete pontos com o ponto (P)
estrategicamente localizado no interior da mesma. De (P) são medidos os ângulos horizontais
(Hz1 a Hz7) e as distâncias horizontais (DH1 a DH7).
Assim, mede-se a distância horizontal entre os pontos (P) e (Q), que constituirão
uma base de referência, bem como, todos os ângulos horizontais formados entre a base e os
demais pontos demarcados.
A figura a seguir ilustra uma superfície demarcada por sete pontos com os pontos
(P) e (Q) estrategicamente localizados no interior da mesma. De (P) e (Q) são medidos os
ângulos horizontais entre a base e os pontos (1 a 7).
De cada triângulo são conhecidos dois ângulos e um lado (base definida por PQ).
As demais distâncias e ângulos necessários à determinação da superfície em questão são
determinados por relações trigonométricas.
a)Aberta: o ponto inicial (ponto de partida ou PP) não coincide com o ponto
final (ponto de chegada ou PC).
e)Não Apoiada: parte de um ponto que pode ser conhecido ou não e chega a
um ponto desconhecido. Pode ser aberta ou fechada.
As margens (ou folgas) normalmente aplicadas são de 25 a 30mm para a lateral esquerda
e de 5 a 15mm para as outras laterais.
Hz i 360 Hz e
Hz i 180.(n 2)
O erro encontrado não pode ser maior que a tolerância angular ().
5" n
Hz i .e
Cn
Hz i
4. Transporte do azimute
Az (P) Az (P 1) Hz(P)
5. Variações em X e Y
6. Fechamento linear
X 0 e Y 0
ex ey
Cx( P ) .DH( P ) e Cy( P ) .DH( P )
P P
8. Precisão do levantamento
P
M onde ex2 ey2
10. Área
O nivelamento destes pontos, porém, não termina com a determinação do desnível entre
eles mas, inclui também, o transporte da cota ou altitude de um ponto conhecido (RN –
Referência de Nível) para os pontos nivelados.
A cota de um ponto da superfície terrestre, por sua vez, pode ser definida como a
distância vertical deste ponto à uma superfície qualquer de referência (que é fictícia e que,
portanto, não é o Geóide). Esta superfície de referência pode estar situada abaixo ou acima da
superfície determinada pelo nível médio dos mares.
A figura a seguir (GARCIA, 1984) ilustra a cota (c) e a altitude (h) tomados para um
mesmo ponto da superfície terrestre (A). Torna-se evidente que os valores de c e h não são
iguais pois os níveis de referência são distintos.
Baseia-se na diferença de pressão com a altitude, tendo como princípio que, para
um determinado ponto da superfície terrestre, o valor da altitude é inversamente proporcional
ao valor da pressão atmosférica.
Este método, em função dos equipamentos que utiliza, permite obter valores em
campo que estão diretamente relacionados ao nível verdadeiro.
Atualmente, com os avanços da tecnologia GPS e dos níveis laser e digital, este
método não é mais empregado.
a)Altímetro Analógico
b)Altímetro Digital
A distância vertical ou diferença de nível entre dois pontos, por este método,
é dada pela relação:
b)Clisímetro
permite ler ângulos com precisão desde 1' (teodolito topográfico) até 0,5"
(teodolito de precisão ou geodésico);
os topográficos, por serem mecânicos, são indicados para lances inferiores
a 250m;
os de precisão, que podem ser prismáticos ou eletrônicos, são indicados
para lances superiores a 250m.
Este método diferencia-se dos demais pois está baseado somente na leitura de
réguas ou miras graduadas, não envolvendo ângulos.
O aparelho utilizado deve estar estacionado a meia distância entre os pontos (ré e
vante), dentro ou fora do alinhamento a medir.
a)Nível Ótico
b)Nível Digital
c)Nível a Laser
13.3.1. Simples
Deve-se tomar o cuidado para que o desnível entre os pontos não exceda o
comprimento da régua (4m).
Após proceder a leitura dos fios estadimétricos (FS, FM e FI) nos pontos de
ré e vante, o desnível pode ser determinado pela relação:
DN FM re FM vante
13.3.2. Composto
Este método, ilustrado pela figura abaixo (GARCIA, 1984), exige que se
instale o nível mais de uma vez, por ser, o desnível do terreno entre os pontos a nivelar,
superior ao comprimento da régua.
DN P FM re FM int erm .
Assim, o desnível total entre os pontos extremos será dado pelo somatório
dos desníveis parciais.
DN DNP
Este erro, ao ser processado, poderá resultar em valores diferentes de zero, para
mais ou para menos, e deverá ser distribuído proporcionalmente entre as estações da
poligonal, caso esteja abaixo do erro médio total temível.
m 5mm P
1:750.
DN
d(%) .100
DH
DN
d arc.tg
DH
DN
d(%) .100
DH
DN
d arc.tg
DH
Como ilustrado na figura a seguir, as curvas de nível ou isolinhas são linhas curvas
fechadas formadas a partir da interseção de vários planos horizontais com a superfície do
terreno.
As curvas mestras são representadas por traços mais espessos e são todas
cotadas.
Duas ou mais curvas de nível jamais poderão convergir para formar uma
curva única, com exceção das paredes verticais de rocha. Figura de
GARCIA e PIEDADE (1984).
Uma curva de nível inicia e termina no mesmo ponto, portanto, ela não
pode surgir do nada e desaparecer repentinamente. Figura de GARCIA e
PIEDADE (1984).
Por serem as águas (em qualquer estado: sólido, líquido e gasoso) as grandes
responsáveis pela atual conformação da superfície terrestre, é necessário que se conheçam
algumas das leis que regem a sua evolução e dinâmica, de forma a compreender melhor a sua
estreita relação com o terreno e a maneira como este se apresenta.
Leis:
1a. Lei: Qualquer curso d’água está compreendido entre duas elevações cujas
linhas de crista vão se afastando à medida que o declive da linha de aguada
vai diminuindo.
2a. Lei: Quando dois cursos d’água se encontram, a linha de crista que os
separa está sensivelmente orientada no prolongamento do curso d’água
resultante.
3a. Lei: Se dois cursos d’água descem paralelamente uma encosta e tomam
depois direções opostas, as linhas que separam os cotovelos indicam a
depressão mais profunda entre as vertentes.
4a. Lei: Se alguns cursos d’água partem dos arredores de um mesmo ponto e
seguem direções diversas, há, ordinariamente, na sua origem comum, um
ponto culminante.
6a. Lei: Em uma zona regularmente modelada, uma linha de crista se baixa
quando dois cursos d’água se aproximam e vice-versa. Ao máximo
afastamento corresponde um cume, ao mínimo, um colo.
7a. Lei: Em relação a dois cursos d’água que correm em níveis diferentes,
pode-se afirmar que a linha de crista principal que os separa aproxima-se,
sensivelmente, do mais elevado.
8a. Lei: Sempre que uma linha de crista muda de direção lança um
contraforte na direção de sua bissetriz. Este contraforte pode ser pequeno,
mas sempre existente.
9a. Lei: Quando dois cursos d’água vizinhos nascem do mesmo lado de uma
encosta um contraforte ou uma garupa se lança entre os dois e os separa. Na
a)Quadriculação
b)Irradiação Taqueométrica
c)Seções Transversais
14.4.7. Interpolação
a)Interpolação Gráfica
b)Interpolação Numérica
AC. AB
AE
( AC BD)
Classificação Relevo
Plano Com desníveis próximos de zero
Ondulado Com desníveis 20m
Movimentado Com elevações entre 20 e 50m
Acidentado Com elevações entre 50 e 100m
Montuoso Com elevações entre 100 e 1000m
Montanhoso Com elevações superiores a 1000m
15. Planialtimetria
A altimetria, por sua vez, fornece um elemento a mais, que é a coordenada (z) de pontos
isolados do terreno (pontos cotados) ou de planos horizontais de interseção com o terreno
(curvas de nível).
Determinar a área a ser ocupada pela água e o volume que será armazenado
Projetar o desvio provisório de cursos d’água ou rios
Realizar o estudo de impactos ambientais (fauna e flora)
Planejamento urbano
Peritagem.
Como descrito acima, de posse da planta, carta ou mapa, o engenheiro pode dar início
aos estudos que antecedem às fases de planejamento e viabilização de diversos projetos.
A avaliação de áreas de figuras planas faz parte deste estudo preliminar e tem como
objetivo informar ao engenheiro quais as áreas aproximadas envolvidas por um determinado
projeto.
( AG . h1 ) ( BF. h 2 ) ( BF. h 3 )
S1 S2 S3
2 2 2
( CD FE )
S4 . h4
2
b
S E bI . h
2
onde,
Nestes casos, a precisão da área obtida é tanto maior quanto menor for o
valor de (h).
Para a avaliação de áreas, dois tipos de gabaritos podem ser utilizados. São
eles:
S h.b i
para i = 1, 2, ... , n
16.1.3.2. Quadrículas
S s Q .Q n
A precisão da área obtida por este método é tanto maior quanto menor
for a área da quadrícula.
Para a avaliação final da área, toma-se sempre a média de (no mínimo) três
leituras com o planímetro.
O método consiste em tomar como amostra uma figura cuja área seja
conhecida e que esteja representada sobre papel cuja gramatura seja a mesma da figura que se
quer avaliar.
A área da figura que ser quer avaliar poderá, então, ser facilmente obtida
através de uma regra de três simples, ou, através da seguinte relação:
s
S A .P
pA
Segundo DOMINGUES (1979) a área de uma superfície plana limitada por uma
poligonal fechada pode ser determinada analiticamente quando se conhecem as coordenadas
ortogonais dos seus vértices.
1(Yi 1 Yi )(Xi 1 Xi )
n
2S