Manual - Encarregado - de - Dados CGE PARANA

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Governador do Estado do Paraná


Carlos Massa Ratinho Junior

Controlador-Geral do Estado do Paraná


Raul Clei Coccaro Siqueira

Elaboração - Assessoria Técnica


Anne J Mosca
Mineia Luckfett de Oliveira

Revisão
Léia Rachel Castellar

Projeto Gráfico
Alyne Luz

Contato: [email protected]
1. APRESENTAÇÃO...................................................................... 4
2. CONCEITO .............................................................................. 5
3. QUEM PODE SER ................................................................... 6
4. DESIGNAÇÃO ........................................................................ 8
5. ATRIBUIÇÕES ........................................................................ 9
6. PUBLICIDADE ........................................................................ 11
7. GARANTIAS ............................................................................ 12
8. RESPONSABILIDADES ......................................................... 13
9. ORIENTAÇÕES E CAPACITAÇÃO ...................................... 14
10. FUNDAMENTO LEGAL ....................................................... 15
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO

Esta cartilha, elaborada pela Controladoria-Geral do


Estado, tem como escopo abordar aspectos relevantes
pertinentes ao Encarregado pelo Tratamento de Dados
Pessoais, figura de suma importância na aplicação das
normas concernentes à Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD).

O conteúdo aborda, dentre outros, as atribuições,


garantias e responsabilidades do Encarregado, à luz da
legislação aplicável, e traz, ainda, um tópico específico
sobre a indicação de quem pode exercer essa função,
no âmbito dos órgãos e entidades do Poder Executivo
Estadual.

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CONCEITO

Na LGPD, a figura do Data Protection Officer (DPO)


apresenta-se como Encarregado pelo Tratamento de
Dados Pessoais, que é a pessoa indicada pelo controlador
e operador, para atuar como canal de comunicação entre
o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade
Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

O Encarregado deve envolver-se com todas as questões


de proteção de dados, participando das reuniões e
decisões de gestão do órgão ou entidade, e recebendo
informações sobre as atividades de tratamento de dados.

FUNDAMENTO LEGAL
Art. 5º, VIII da LGPD; Art. 2º, VIII do Decreto nº 6.474/2020

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QUEM PODE SER

Para exercer as atribuições de Encarregado, o indicado


deve possuir conhecimentos multidisciplinares, essenciais
à sua atribuição, preferencialmente, os relativos aos
temas de: privacidade e proteção de dados pessoais,
análise jurídica, gestão de riscos, governança de dados e
acesso à informação no setor público.

Com a alteração promovida pela Medida Provisória


869/2018, o Encarregado pode ser pessoa física ou
jurídica. Porém, apesar de não haver vedação legal para
a designação do Encarregado como pessoa jurídica, um
terceirizado pode ter dificuldades em exercer as suas
funções de forma satisfatória, considerando que não
conhece a fundo os procedimentos de governança do
órgão e entidade.

Importante observar que o inciso II, do § 2º, do art. 1º


da Resolução CGE nº 13/2020 é taxativo quanto ao
impedimento do Encarregado se encontrar lotado nas
unidades de Tecnologia da Informação, ou ser gestor
responsável de sistemas de informação do órgão ou
da entidade. Essa vedação ocorre para que se evite o
conflito de interesses, considerando que o profissional da
área de TI é responsável pela segurança da informação.
Por outro lado, é permitido ao órgão ou entidade da

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Administração Pública Estadual indicar o respectivo
Agente de Compliance como o Encarregado pelo
Tratamento dos Dados Pessoais, considerando a
similitude das atribuições de gestão de riscos, atividades
de proteção e fomento à adoção de boas práticas de
gestão e governança pública, previstas no art. 15, do
Anexo I do Decreto Estadual nº 2.741/ 2019.

FUNDAMENTO LEGAL
Art. 1º, § 1º da Instrução Normativa SDG/ME nº 117/2020;
Art. 1º da Resolução CGE nº 13/2021; Art. 1º, § 2º da
Resolução CGE nº 13/2021

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DESIGNAÇÃO

Cabe à autoridade máxima do órgão ou da entidade


da Administração Pública Estadual direta, indireta,
autárquica e fundacional indicar, por meio de ato
próprio, o Encarregado, nos termos do inciso III, do
art. 23, e do art. 41 da Lei Federal nº 13.709/2018, e do
inciso I, do art. 8º do Decreto Estadual nº 6.474/2020.

A referida indicação deve ser comunicada, mediante


ofício, via eProtocolo, à Controladoria-Geral do Estado.

FUNDAMENTO LEGAL
Art. 1º, e Parágrafo único do Art. 4º da Resolução CGE
nº 13/2021

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ATRIBUIÇÕES

Ao Encarregado compete as seguintes atribuições:

a. auxiliar o órgão ou entidade a adaptar seus processos


de acordo com a LGPD, incluindo a responsabilidade
quanto à orientação e aplicação de boas práticas e
governança;

b. trabalhar de forma integrada com o respectivo


controlador e operador, considerando a necessidade
de um monitoramento regular e sistemático das
atividades desses;

c. estar acessível quando necessária a sua interveniência;

d. receber reclamações e comunicações dos titulares,


prestar esclarecimentos e adotar providências;

e. receber comunicações da Autoridade Nacional


de Proteção de Dados Pessoais (ANPD) e adotar
providências;

f. orientar os funcionários e os contratados da entidade


a respeito das práticas a serem tomadas em relação à
proteção de dados pessoais;

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g. auxiliar o controlador a apresentar Relatório de
Impacto de Proteção aos Dados Pessoais, quando
solicitado;

h. receber comunicações e atender às normas


complementares da Autoridade Nacional de Proteção
de Dados Pessoais (ANPD);

i. informar à Agência Nacional de Proteção de Dados


Pessoais (ANPD) e aos titulares dos dados, eventuais
incidentes de privacidade, observadas as Política
Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da
Privacidade e as orientações da CGE.

Além destas, poderão ser definidas outras atribuições


em normas complementares.

FUNDAMENTO LEGAL
Art. 41, § 2º da LGPD; Art. 9º do Decreto nº 6.474/2020

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PUBLICIDADE

A identidade e as informações de contato do encarregado


devem ser divulgadas publicamente, de forma clara e
objetiva, no Portal da Transparência do Estado e nos
sítios eletrônicos dos respectivos órgãos e entidades,
em seção denominada “Política de Tratamento de Dados
Pessoais”, contendo:

I. Nome e cargo do encarregado indicado pelo


controlador;

II. Localização;

III. Horário de atendimento;

IV. Telefone e e-mail específicos para orientação e


esclarecimento de dúvidas.

FUNDAMENTO LEGAL
Art. 41, § 1º da LGPD; Art. 10, § 2º do Decreto nº
6.474/2020; Art. 2º da Resolução CGE nº 13/2021

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GARANTIAS

Para que o Encarregado possa exercer suas atribuições,


são asseguradas a esse, determinadas garantias, tais
como:

I. acesso direto à alta administração, ou seja, aos


Secretários de Estado, e aos Dirigentes dos órgãos e
entidades da Administração Pública Estadual direta,
indireta, autárquica e fundacional do Poder Executivo
do Estado;

II. pronto apoio das unidades administrativas no


atendimento das solicitações de informações; e

III. contínuo aperfeiçoamento relacionado aos temas de


privacidade e proteção de dados pessoais, observada
a disponibilidade orçamentária e financeira do órgão
ou entidade.

FUNDAMENTO LEGAL
Art. 3º da Resolução CGE nº 13/2021;
Art. 5º do Decreto Estadual nº 6.474/2020

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RESPONSABILIDADES

A princípio, considerando a função consultiva do


Encarregado, esse não será responsabilizado por eventual
aplicação de sanção ou responsabilidades ao agente
de tratamento de dados (controlador ou operador)
advindas de violação à LGPD, não cabendo ao mesmo
adotar medidas junto às operações de tratamento de
dados. Assim, compete ao agente de tratamento adotar,
ou não, as orientações do DPO, analisando os riscos.

Porém, a não responsabilidade do Encarregado não é


absoluta, podendo ele responder, em casos excepcionais
de vazamento de dados e de não conformidade
com a LGPD, onde seja comprovada a negligência, a
imprudência, a imperícia ou o dolo que induza o agente
de tratamento de dados a agir em desacordo com os
mandamentos da LGPD.

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ORIENTAÇÕES E
CAPACITAÇÃO
A Controladoria-Geral do Estado, entre outras
competências, é responsável pela promoção de
capacitação dos Encarregados pelo Tratamento de Dados
Pessoais, preferencialmente àqueles pertencentes à
Administração Pública direta, bem como pela orientação
dos mesmos quanto à implementação da LGPD.

FUNDAMENTO LEGAL
Art. 5º do Decreto Estadual nº 6.474/2020

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FUNDAMENTO LEGAL

Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 - Lei Geral de


Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Instrução Normativa SGD/ME nº 117, de 19 de novembro


de 2020 - Dispõe sobre a indicação do Encarregado pelo
Tratamento dos Dados Pessoais no âmbito dos órgãos e
das entidades da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional.

Decreto Estadual nº 6.474, de 14 de dezembro de 2020


- Regulamenta a aplicação da Lei Federal nº 13.709, de
14 de agosto de 2018 – Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais (LGPD), no âmbito da Administração Pública
Estadual direta, autárquica e fundacional do Poder
Executivo do Estado do Paraná.

Resolução CGE nº 13, de 03 de março de 2021 - Dispõe


sobre a indicação do Encarregado pelo Tratamento dos
Dados Pessoais, no âmbito dos órgãos e das entidades
da Administração Pública Estadual direta, indireta,
autárquica e fundacional do Poder Executivo do Estado
do Paraná.

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RUA MATEUS LEME, 2018 - CURITIBA - PR
(41) 3883-4000 | WWW.CGE.PR.GOV.BR

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