GTDHS Resistência de Plantas Daninhas

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Manejo de Resistência de

Plantas Daninhas a
Herbicidas
Antonio Galli
Gerente Técnico de Agroquímicos
Tópicos:
1. Definição - resistência de plantas daninhas a herbicidas.
2. Critérios que classificam uma PD como resistente
3. Situação atual no mundo e no Brasil:
 Herbicidas em geral
 Glifosato
4. Medidas para reduzir risco de ocorrência de plantas daninhas resistentes a
herbicidas.
5. Alternativas de manejo das plantas daninhas resistentes a glifosato no
Brasil:
 Azevem (Lolium multiflorum)
 Buva (Conyza bonariensis e C. canadensis)
 Capim amargoso (Digitaria insularis)
6. Euphorbia heterophylla – status atual
7. Importância das coberturas mortas no controle das plantas daninhas
8. Considerações finais
Definição de Resistência:

Resistência de plantas daninhas a herbicidas é a


capacidade inerente e herdável de alguns biótipos,
dentro de uma determinada população, de sobreviver
e se reproduzir após a exposição à dose de um
herbicida, que normalmente seria letal a uma
população normal (susceptível) da mesma espécie
(Christoffoleti, 2003).
O que é um Biótipo Resistente?

É um indivíduo que possui a mesma


constituição genética, porém representa um
tipo morfológico individual, com diferenças
muitas vezes imperceptíveis em relação a
população original.
Outras Definições Importantes:

 Além do termo resistência, é importante definirmos


também:
 População Suscetível: Uma população é considerada
suscetível quando seus indivíduos são controlados pela
dose recomendada do herbicida.
 População Tolerante: Uma população é considerada
tolerante, quando originalmente apresentam
características que dificultam a ação de determinado
herbicida, exigindo doses ou manejo diferenciado para seu
controle.
Critérios para classificação de um biótipo
resistente a herbicida
(www.weedscience.com):
1. Deve atender plenamente a definição de resistência de planta
daninha.
2. Os resultados devem ser obtidos de protocolos com base científica.
3. Deve-se comprovar a herdabilidade da resistência ao herbicida.
4. Ser reconhecido como um fator de impacto nas práticas culturais
(baixa eficiência de controle na dose recomendada).
5. Ter identificação botânica da espécie da planta daninha em análise e
não ser resultado de uma seleção deliberada / artificial.

NOTA: Caso um desses critérios não seja atendido, essa planta daninha
não deve ser registrada como resistente.
Atenção com Casos de Baixa Performance

Deve-se ter muita atenção para que falhas na performance


não sejam confundidas com suspeitas de resistência de
plantas daninhas. Elas podem ocorrer devido:

 Tecnologia de aplicação,
 Dose utilizada,
 Condição fisiológica da planta daninha,
 Estádio de desenvolvimento da planta daninha,
 Interferência de fatores externos como: seca, chuva,
frio, geada, orvalho, poeira, qualidade da água etc.
Herbicida é o Fator que induz a
formação do Biótipo Resistente?
 Não, esse é um fenômeno espontâneo.

 Decorre da variabilidade genética natural das


populações de plantas daninhas.

 Ocorre em baixíssima freqüência.

 O herbicida é apenas o agente selecionador dos


indivíduos resistentes.
Como o Herbicida Afeta esse Equilíbrio?

Com a utilização de um herbicida, que não mais é eficiente para controlar um


determinado biótipo, esse será favorecido e ocorrerá mudança de flora nessa área.
Demais Populações Biótipo
Resistente

Tendência de
crescimento
Nº indivíduos

da população
resistente

Tendência de
Redução das
demais
populações

Demais
Populações
Biótipo Resistente Tempo
Como o ocorre a seleção do biótipo
resistente?
Suscetível
Uso contínuo de produto com
Resistente mesmo modo de ação

Ano 1

Ano 1 + n
Como Ocorre a seleção dos Biótipos Resistentes:

 Fatores principais de seleção:


 Aumento de pressão de seleção - uso repetitivo de herbicidas
com o mesmo mecanismo de ação (resistência cruzada).
 Aplicação de sub-dose (seleciona populações com baixo nível

de resistência)
 Que características são alteradas nos biótipos resistentes que
conferem resistência aos herbicidas?
 Alteração na conformação do sítio de ação do herbicida (enzima

ou proteína onde o herbicida atua).


 Aumento na taxa de metabolização do herbicida (o biótipo

resistente tem maior concentração de enzimas que degradam o


herbicida)
 Redução da absorção e/ou translocação do herbicida
Exemplo de alteração do sítio de ação do herbicida:

Sítio de ação dos herbicidas inibidores do transporte de elétrons (inibidores


da fotossíntese – Fotossistema II)
quinonas

QA QB H = Molécula de herbicida
Planta e- = elétrons
suscetível e- O herbicida H bloqueia o
H transporte de elétrons

QA QB
A alteração da conformação
Planta do sítio de ação impede que o
e-
resistente
e- herbicida H bloqueie o
transporte de elétrons

H
Translocação Diferenciada de Glyphosate:
Distribuição de glyphosate
% da dose aplicada

S
R

Folha Folhas Caule Raízes


Tratada

Feng et al., 2004 – Weed Sci. v.54, p.498-505


ESTUDO DE TRANSLOCAÇÃO DE
GLYPHOSATE COM C14:
NOTA: Planta R e S absorveram em torno de 73% da dose aplicada.

FOLHA TRATADA R
S
1600

1200 60 % do total
CPM

800
40% do total

400

0
0 20 40 60 80
HORAS

Fonte: Varga, L. – EMBRAPA cnpt - 2006


ESTUDO DE TRANSLOCAÇÃO DE
GLYPHOSATE COM C14:

PARTE AÉREA R
S
400

300
CPM

13% do total

200
7% do total

100

0
0 20 40 60 80
HORAS

Fonte: Varga, L. – EMBRAPA cnpt - 2006


ESTUDO DE TRANSLOCAÇÃO DE
GLYPHOSATE COM C14:

RAÍZES R
S
600

400 20% do total


CPM

200
6% do total

0
0 20 40 60 80
HORAS

Fonte: Varga, L. – EMBRAPA cnpt - 2006


Resistência de Plantas Daninhas - Brasil
Fonte:Weedscience – Maio 2008
PLANTAS DANINHAS RESISTENTES A HERBICIDAS NO BRASIL
No Nome Científico Nome Comum Ano Modo de Ação
1 Bidens pilosa Picão Preto 1993 Inibidor de ALS
2 Bidens subalternans Picão Preto 1996 Inibidor de ALS
3 Cyperus difformis Junquinho 2000 Inibidor de ALS
4 Euphorbia heterophylla Amendoim bravo - Leiteiro 1992 Inibidor de ALS
6 Euphorbia heterophylla Amendoim bravo - Leiteiro 2004 Inibidor de ALS
Resistência Multipla Inibidor de Protox
7 Euphorbia heterophylla Amendoim bravo - Leiteiro 2006 Inibidor de ALS
9 Euphorbia heterophylla Amendoim bravo - Leiteiro 2006 Inibidor de ALS
Resistência Multipla Inibidor de EPSPS
10 Fimbristylis miliacea Falso cominho 2001 Inibidor de ALS
11 Parthenium hysterophorus Losna branca 2004 Inibidor de ALS

12 Raphanus sativus Nabo - Rábano 2001 Inibidor de ALS


13 Sagittaria montevidensis Aguapé-de-flexa 1999 Inibidor de ALS
14 Brachiaria plantaginea Papuã 1997 Inibidor de ACCase
15 Digitaria ciliaris Milhã 2002 Inibidor de ACCase
16 Eleusine indica Capim pé-de-galinha 2003 Inibidor de ACCase
17 Conyza bonariensis Buva 2005 Inibidor de EPSPS
18 Conyza canadensis Buva 2006 Inibidor de EPSPS
19 Lolium multiflorum Azevem 2003 Inibidor de EPSPS
20 Digitaria insularis Capim Amargoso 2008 Inibidor de EPSPS
20 Echinochloa crus-galli Capim canevão - Jervão 1999 Auxina Sintética
21 Echinochloa crus-pavonis Capim jaú - Capituva 1999 Auxina Sintética
NOTA: No caso do glifosato está incluida a Euphorbia heterophylla , que não é resistente.
Resistência de Plantas Daninhas - Mundo
Fonte:Weedscience – Maio 2008
PLANTAS DANINHAS RESISTENTES A HERBICIDAS NO MUNDO
Grupo de Herbicida Modo de Ação Exemplo de Herbicida Total

Inibidor de ALS Inibidor da enzima acetolactato sintase (ALS) Chlorsulfuron 95

Inibidor do Fotossistema II Inibem o transporte fotossintético de eletrons no fotossistema II Atrazine 67

Inibidor de ACCase Inibidor da enzima AcetilCoA carboxilase (ACCase) Diclofop-methyl 35


Mimetizadores de Auxinas Sao compostos hormonais e causam uma desdiferenciação celular 2,4-D 26

Bipiridilos Inibidores do fotossistema I Paraquat 24


Ureias e Amidas Inibidores da fotossíntese no fotossistema II Chlorotoluron/Diuron 21

Glicinas Inibidores da enzima EPSP Glifosato 14


Dinitroanilinas e outros Inibidores da polarização da tubulina Trifluralina 10
Tiocarbamatos e Outros Inibidores da síntese de lipídios Triallate 8
Triazoles, Ureias e Branqueamento: Inibidores da biosintese de carotenoides Amitrole 4
Isoxazolidiones
Inibidores de protox Inibidor da protoporfirinogem oxidase (PPO) Oxyfluorfen 3
Inibidor de Carotenoides Branqueamento: Inibidor da biosintese de carotenoide (phytoene Flurtamone 3
desaturase step) - (PDS)
Cloroacetamidas e Outros Inibidor da divisão celular Butachlor 2

Ácido Arilaminopropionico Não conhecido Flamprop-methyl 2


Nitrilos e Outros Inibidor da fotossíntese no fotossistema II Bromoxynil 1
Inibidor de Mitose Inibidor de mitose e da polimerização da microtubilina Propham 1
Inibidor de celulose Inibidor da sintese da parede celular Dichlobenil 1
Pyrazoliums Não conhecido Difenzoquat 1
Organo arsenical Não conhecido MSMA 1
Numero total de biótipos resistentes a herbicidas no mundo 319
NOTA: No caso do glifosato está incluida a Euphorbia heterophylla , que não é resistência.
Número de plantas resistentes a herbicidas nos
principais grupos.
Número de espécies resistentes (Total)

Glicinas

Brasil Mundo
Auxinas Sintéticas

Bypyridiliums

Triazinas

Inibidores de ALS

Inibidores de ACCase

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Azevem resistente - áreas de ocorrência:

Guarapuava

Tapejara, Lagoa Vermelha,


Passo Fundo, Vacaria, Xanxerê, Faxinal,
Saranduva e Ibiaça Campos Novos,
Campo Belo

Santo Ângelo, Carazinho,


Ijui e Cruz Alta Caxias do Sul, Bento
Gonçalves, Garibaldi,
Flores da Cunha,
Farroupilha
Recomendações para Controle do
azevem resistente a Glifosato:
 Aplicar preferencialmente nos estágios iniciais de desenvolvimento.
 Nas aplicações de pré plantio, utilizar Roundup Transorb associado
com graminicidas:
 Nestas associação deve-se utilizar óleo mineral recomendado pelos fabricantes
dos graminicidas
 Fazer rotação de culturas que permitam utilizar herbicidas com
diferentes modo de ação.
 Plantio de trigo no inverno
 Iloxan (diclofop-methyl) – 1,0 a 1,5 L / ha
 Plantio de milho
 Sanson (nicosulfuron) – 1,0 a 1,25 L / ha

NOTA: Importante utilizar sempre sementes certificadas para evitar


contaminação de plantas daninhas.
EFEITO DA MISTURA DE GLIFOSATO VERSUS
GLIFOSATO ASSOCIADO COM GRAMINICIDA

Glyphosate / graminicida Glyphosate


Opção de manejo na cultura do Trigo:

Uso de Iloxan CE (diclofop-methyl) na dose de 300 a 420 g i.a/ha


Conyza bonariensis e Conyza canadensis

• Alta capacidade de disseminação (Relatos até 65 km -vento 16 km/h)


• Disseminação por ventos, pássaros, máquinas agrícolas, sementes de culturas
Conyza resistente a glifosato:
Primavera do Leste - MT

Áreas de
ocorrência:

Rio Verde - GO

Sul da Bahia

Conyza barariensis
Conyza canadensis SP
PR

Conyza barariensis RS
Rio Verde - GO
Recomendações para Controle
de buva resistente a Glifosato:
 Não deixe áreas em pousio. Manter o solo com cobertura vegetal,
pois o sombreamento reduz a germinação da buva.
 Aplicar preferencialmente nos estágios iniciais de desenvolvimento.
 Manejo de inverno (áreas de pousio ou pós safrinha de milho):
Roundup WG associado a Ally 4 a 6 g/ha + óleo mineral a 0.2% v/v.

NOTA: Atenção com o plantio da cultura subseqüente:


•Ally: aplicar 70 dias antes do plantio de milho e 60 dias antes da soja.
Recomendações para Controle
de buva resistente a Glifosato:
 Faça rotação de cultura que permita a utilização de herbicidas
com diferentes modo de ação:
 Milho (cultura de verão ou safrinha)
 Atrazina / Simazina (1500 g / 1500 ga.i./ha)

 Trigo ou Aveia como culturas de inverno


 Ally (Metsulfuron-methyl): 4 - 6 g/ha

 Utilize sementes certificadas para evitar risco de


contaminação.
Recomendações para Controle
de buva resistente a Glifosato:
 Como Manejo Emergencial:
 Caso o agricultor tenha arrendado área com buva resistente já

próximo ao plantio, ou não tenha feito nenhum dos manejos


anteriores, recomenda-se:
 Dessecar com Roundup WG associado ao 2,4-D (1,5 L/ha) por volta de 15
dias antes do plantio, com manejo complementar de Gramocil 1,25 a 1,5
L/há (Agral a 0.2% v/v), 2 a 3 dias antes do plantio.

NOTA: A eficiência do 2,4-D depende muito do estádio de desenvolvimento da


buva. Maior eficiência é observada em plantas vindas de sementes, com 10 a 15
cm de altura. Em plantas adultas, principalmente as rebrotadas após corte de
máquinas, a eficiência é bastante reduzida.
2,4-D: aplicar em torno de 10 dias antes do plantio da soja
Recomendações para Controle
de buva resistente a Glifosato:

Soja depois de milho safrinha mostrando


alta infestação de buva

Soja depois de trigo, mostrando baixa


infestação de buva, devido cobertura do
solo e uso de Ally na cultura de trigo.
Recomendações para Controle de buva
resistente a Glifosato em citrus:

 Aplicar Roundup nos estágios iniciais de desenvolvimento


da buva.
 Utilizar coberturas nas entrelinhas para suprimir a
germinação e desenvolvimento da buva.
 Na linha de plantio, mantenha também uma boa cobertura
do solo e faça manejo com glifosato para ter boa
cobertura morta sobre o solo.
INFESTAÇÃO TÍPICA EM CITRUS

Área com boa


cobertura e sem
buva
INFESTAÇÃO TÍPICA EM CITRUS:

Maior infestação nas áreas de


maior incidência de luz Área sombreada pela copa da
planta – sem infestação
Digitaria insularis – Capim Amargoso

 É uma das plantas daninhas de maior disseminação em


todo Brasil.
 Planta perene, entouceirada e rizomatosa, que floresce
praticamente todo ano.

 Tem alto potencial de produção de sementes, com excelente


dispersão pelo vento, dominando as áreas de pousio, e é de
difícil controle após a primeira floração.

 Reportada ocorrência de biótipo resistente na região de Guaíra –


Região Oeste do Paraná (divisa com Paraguai).
Digitaria insularis – Capim Amargoso

 Estamos avaliando ocorrência e opções de manejo:


 Fazer controle de pós colheita.
 Realizar dessecações na fase inicial de desenvolvimento, antes
da primeira floração.
 Utilizar as doses corretas de glifosato – fase adulta:
 Roundup Ultra : até 2.5 kg/ha
 Roundup Transorb: até 4.5 L/ha
 Realizar dessecação antecipada ao plantio e no caso de sobra,
complementar controle com outros dessecantes. Evitar que as
plantas não controladas produzam sementes.
 O uso de Select na dose de 0.5 L/ha, associado ao glifosato a
1440 g e.a./ha, para a fase vegetativa (15 a 20 cm de altura),
parece ser uma excelente alternativa de controle, porém essa
eficiência cai sensivelmente após florescimento.
Resultado Ensaio DIGIN – SCP:

% Controle das populações de capim amargoso (DIGIN) das


regiões de SCP (SP) e Palotina (PR), na fase de desenvolvimento
vegetativo (15 a 20 cm de altura), aos 15 DAT.

100
90
80
70
60
50
40
30
20
SCP - 15DAT PR - 15 DAT SCP - 25 DAT PR - 25 DAT

R Transorb 1.5 R Transorb 3 R Transorb 6 R Transorb 12


R Transorb 24 Select + Assist 0.5 R Tr + Select 3 + 0.5
Vista geral ensaio DIGIN – Sementes de
SCP fase inicial (15 – 20 cm) – 15 DAT

Testemunha
RT – 12 L/ha Select – 0.4 L/ha
RT – 3 L/ha

RT/Sel. (3 / 0.5 L/ha


RT – 24 L/ha
RT – 1,5 L/ha RT – 6 L/ha
Vista geral ensaio DIGIN – Sementes de Palotina
(PR) fase inicial (15 a 20 cm) – 15 DAT

Testemunha
RT/Sel. (3 / 0.5 L/ha

Select – 0.4 L/ha RT – 24 L/ha

RT – 12 L/ha RT – 6 L/ha

RT – 3 L/ha
RT – 1,5 L/ha
Euphorbia heterophylla (Leiteiro)

 Resistente a ALS e PROTOX


 É uma das plantas daninhas problema no RS para a cultura de Soja RR
 Uso de baixas doses de glifosato: no geral 540 g e.a./ha – seleção.
 Recomendação correta para manejo de pré-plantio: 720 a 1440 g
e.a./ha
 Recomendação do R Ready (Soja RR): 720 a 1200 g e.a./ha
 As doses devem se definidas segundo o estádio de
desenvolvimento das plantas. As menores doses são para
plantas jovens, na fase inicial de desenvolvimento.
 Apresenta alta variabilidade genética: em torno de 47 biótipos
 Tem alto potencial de produção de sementes
Euphorbia heterophylla

PLANTA DE ALTA VARIABILIDADE GENÉTICA -


OBSERVE AS DIFERENÇAS NO FORMATO DAS
FOLHAS
Euphorbia: resistência ainda não
confirmada
Euphorbia heterophylla - Média a alta
população - Controle em soja Roundup ATÉ O MOMENTO NÃO SE
Ready CONSTATOU NO CAMPO
100
NENHUMA ÁREA COM
90 RECLAMAÇÃO DE PLANTAS
80 DE EUPHORBIA
70
60
RESISTENTES A GLIFOSATO.
50
40 TODAS AS ÁREAS QUE
30
20
RECEBERAM A DOSE
10 CORRETA DE GLIFOSATO,
0 TIVERAM CONTROLE
1,0 l/ha 1,5 l/ha 2,0 l/ha 2,5 l/ha EFICIENTE
Precoce: 2 a 6 folhas (18 a 22 DAE)
Mediana: 4 a 8 folhas (23 a 29 DAE)
Tardia: 8 a 12 folhas (29 a 38 DAE)

Média de 19 experimentos (PR e RS)


Euphorbia heterophylla – Dados de Controle:
ESTUDO DE DOSES DE ROUNDUP READY EM PLANTAS DE
IPOAO & EPHHL – VITOR DEDRAF – RS – safra 2006/07.

120 EPHHL – 4 a 8 Folhas – IPOAO 6 a 12 folhas – 32 DAA

100

80
y = -3.5119x 2 + 39.488x - 8.7143
60
R2 = 0.9485

40

20

0
240 g 480 g 720 g 960 g 1200 g 1440 g 1680 g
e.a./ha e.a./ha e.a./ha e.a./ha e.a./ha e.a./ha e.a./ha
Controle de E. Heterophylla em Soja RR:
ATÉ O MOMENTO NÃO FOI CONSTATADO NO CAMPO NENHUMA ÁREA COM PLANTAS DE
EUPHORBIA RESISTENTES A GLIFOSATO.

TODAS AS ÁREAS QUE RECEBERAM A DOSE CORRETA DE GLIFOSATO, FORAM CONTROLADAS.


IMPORTANCIA DA COBERTURA
MORTA NO MANEJO DAS
PLANTAS DANINHAS
Pousio: Período de intenso crescimento das
populações de plantas daninhas
Influência da cobertura do solo sobre a
população de plantas daninhas

Brachiaria ruziziensis

Cobertura do solo = controle de plantas daninhas


Influência da cobertura do solo sobre a
população de plantas daninhas
Brachiaria ruziziensis

Cobertura do solo = controle de plantas daninhas


Influência da cobertura do solo sobre
a população de plantas daninhas

Brachiaria ruziziensis Milheto

Campo Novo do Parecis – MT - 2005


Cobertura do solo = controle de plantas daninhas
Santa Helena de Goiás - 2005
POUSIO
Densidade (plantas/m2)

- Trapoeraba 62,7
- Caruru 20,0
- Capim-colchão 69,3
- Erva Santa-Luzia 13,3
- C. carrapicho 4,0
- C. pé-de-galinha 8,0

Produtividade: 55,1 sc/ha


Cobertura morta: comparações
Presença de Plantas Daninhas (plantas/m 2)
80
70
Trapoeraba
Caruru
60 Capim-colchão
C. Carrapicho
50 C. Pé-de-galinha
40
30
20
10
0
Braquiária Milheto Cover Crop Pousio Braquiária
Produtividade
(sacas/ha)
70
68
66
64
62
60
58
56
54 Milheto
52
50
Braquiária Milheto Cover Crop Pousio
Habilidade Competitiva das Culturas:
 Importante dar boa condição para a cultura se
estabelecer:
 Dessecação bem feita – plantio no limpo,
 Buscar profundidade correta de plantio,
 Utilizar semente de qualidade / vigor,
 Adequar população por área / espaçamento na linha e
entrelinha / stand uniforme.
Quando a cultura não ocupa a área, as plantas daninhas se
estabelecem.
Cobertura do solo é uma excelente ferramenta para manejo das plantas
daninhas.
Frase de alerta que consta na bula
de todos os herbicidas:
“O uso continuado de herbicidas com o mesmo mecanismo
de ação pode contribuir para o aumento de população de
plantas daninhas a ele resistentes. Como prática de manejo
de resistência de plantas daninhas deverão ser aplicados
herbicidas, com diferentes mecanismos de ação,
devidamente registrados para a cultura. Não havendo
produtos alternativos, recomenda-se a rotação de culturas
que possibilite o uso de herbicidas com diferentes
mecanismos de ação. Para maiores esclarecimentos,
consulte um engenheiro agrônomo.”
Considerações Finais:
 Ações importantes que reduzem risco de plantas daninhas
resistentes:
 Evitar deixar áreas em pousio. 70 a 80% das plantas daninhas que irão
infestar a próxima cultura de verão são produzidas nesse período.
 Implantar culturas de inverno que permitam utilizar herbicidas com
diferentes modo de ação.
 Implantar culturas de cobertura para plantio direto. Solo com boa
cobertura vegetal não deixa espaço para as plantas daninhas.
 Caso a área fique em pousio, realizar manejo de pós colheita, evitando
deixar as plantas daninhas dominarem a área e produzirem sementes.
 Evitar uso de sub dose, pois isso seleciona populações mais tolerantes
dentro das espécies.
Considerações Finais:

 Ações importantes que reduzem risco de plantas daninhas


resistentes:
 Evitar uso de misturas desnecessárias, que podem reduzir a ação do
glifosato.
 Para as culturas RR, realizar a dessecação de pré plantio e plantar a
cultura no limpo.
 Realizar as aplicações seguindo as recomendações de bula e as boas
práticas agrícolas.
 Regulamentação do uso de misturas em tanque com diferentes
princípios ativos.

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