Uma Escrava para o Ceo PDF

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Uma escrava para o Ceo

Capítulo 1 A pequena Sanders


Palavras: 4624 | Lançado em: 08/07/2021
Anne Sanders corria na vida como se fosse uma maratona, após terminar a escola com honras se
candidatou a uma bolsa universitária que ganhou sem muito esforço porque cumpria todos os
requisitos básicos, era pobre, inteligente e de uma pequena cidade, saiu sua cidade natal com
muitas esperanças era a primeira mulher em sua família a buscar um diploma universitário, já
que ela tinha 2 irmãs mais novas, esperava que suas conquistas garantissem o futuro de sua mãe
e de suas irmãs, elas foram abandonadas por seu pai quando o terceira filha estava a caminho,
sua mãe trabalhava muito para sustentá-las e já era hora de ela ganhar dinheiro para ajudá-la.
Acreditou que com a bolsa de estudos tudo ficaria resolvido, mas quando chegou para se
matricular na universidade percebeu que a bolsa cobriria apenas 50% da cota de custos e não
incluía material de estudo, moradia ou pensão alimentaria para sobreviver, ela começou a
trabalhar antes que o dinheiro do motel acabasse, e assim que conseguiu o emprego se mudou
para morar em um apartamento compartilhado por várias alunas, assim o pagamento do aluguel e
as despesas da casa eram divididos, de maneira que ela tinha menos despesas e poderia pagar o
empréstimo de estudante que teve que fazer no banco para cobrir suas despesas do primeiro ano
da universidade, depois de 3 anos já havia se acostumado com a loucura da cidade, vindo de uma
cidade tão pequena não estava acostumada à correria da cidade, mas agora se sentia confortável
ali, acordava cedo para ir aos encontros de tese e nas tardes trabalhava em uma cafeteria na área
mais movimentada da metrópole, não lhe pagavam muito, mas ela sempre podia ganhar boas
gorjetas quando usava sua gentileza, não poderia aspirar a mais sem um diploma ou experiência
laboral, ela nunca precisou trabalhar antes porque ficava em casa cuidando de suas irmãs mais
novas, então agora esperava terminar seu processo de graduação e se candidatar a um emprego
de verdade.
- Ei! Anne, você já tem dinheiro para o aluguel?
- Me desculpe Beth, eles têm que me pagar esses dias, quando eu tiver vou passar para você
- Ok, mas não se esqueça, temos que pagar até o final de semana, mês passado já atrasamos por
sua causa
- Me desculpe, meu chefe sempre nos pagava no dia 5 de cada mês, eu prometo que até lá eu
terei
- Ok, ah, você poderia levar o lixo para fora antes de ir? Aca
bei de pintar minhas unhas e não quero estragá-las
- Tá bom... — bufou com relutância, sempre acabava fazendo de tudo porque a diva não podia
estragar as unhas
Saindo para o trabalho, encontrou na caixa do correio outra notificação de taxas em atraso do
banco, tinha que pagar o empréstimo o mais rápido possível ou iriam cobrar mais juros pelo
atraso, ela mal tinha o suficiente para pagar a taxa normal, não podia se dar ao luxo de que suas
mensalidades aumentassem, seu dia estava sendo péssimo, naquela manhã o garoto de quem ela
gostava começou a namorar uma de suas colegas de classe, agora tinha que implorar para que
seu salário fosse adiantado, ela chegou a tempo como de costume para limpar antes de colocar o
avental e servir os clientes
- Anne hoje nossos suprimentos têm que chegar, preciso que você verifique se todos os produtos
estão aí, irei ao banco para fazer um depósito tentarei voltar o mais rápido possível
- Sim senhor, eu cuido de tudo
- Não se esqueça de verificar se o café é mesmo de origem colombiana, da última vez eles nos
enviaram outro
- Sim senhor... Ah, eu queria perguntar sobre o pagamento, desta vez você poderia me pagar
antes do dia 5? Eu tenho que pagar o meu empréstimo de estudante
- Quando terminar o seu turno, venha ao meu escritório e conversaremos sobre isso.
- Ok senhor, vou cuidar dos clientes enquanto espero o entregador
- Não se esqueça, nenhum café que não seja colombiano, se te trouxerem outro tipo de café
manda eles para o inferno
- Sim senhor — ela riu, o Sr. Pitt era um homem mandão e fácil de irritar, mas às vezes gostava
de seu humor
A tarde estava passando como de costume, sem muito drama até que aquele homem entrou pela
porta, quando o viu ficou pasma como acabasse de ver uma miragem, aquelas que você vê
quando está morrendo de sede no deserto, sua garganta secou de repente ela estava morrendo de
sede, o homem caminhava em sua direção e falava com outro sem prestar atenção nela, passou
por ela como se fosse invisível e sentou em uma das mesas, cruzou as pernas, tirou os óculos e
levantou a mão, e naquele momento por alguma razão Anne pensou que seu dia ruim tinha
mudado, e ela estava certa, o que ela não sabia é que tinha mudado para algo muito pior.
Capítulo 2 O chefe
Palavras: 4533 | Lançado em: 08/07/2021
Marcus estava sorrindo, seu dia seria ótimo pensou, haviam confirmado a assinatura de um
contrato que daria milhões para sua empresa, após negociar por meses seu adversário finalmente
cedeu e lhe venderia parte de suas ações, com isso ele iria ocupar 52% do mercado e não haveria
ninguém para atrapalhar seu caminho, sem dúvida depois disso sua mãe o deixaria em paz, ele
estava cansado de ela vê-lo como um playboy e lhe agendar todas as semanas um encontro com
alguma garota, desde a morte de seu pai ele tinha tentado deixar aquela vida para trás e ganhar o
respeito de sua família e principalmente dos acionistas da empresa que herdou de seu pai, se
conseguisse essa compra poderia garantir o futuro da empresa, sim hoje com certeza seja um dia
glorioso conclui
- Senhor os documentos já estão prontos
- Já estava na hora, estou esperando há mais de 1 hora
- Sinto muito senhor, mas como você sabe agora está sem um assistente pessoal
- De novo?
- Você a demitiu segunda-feira passada, não se lembra?
- Ah sim, ela era uma inepta
- Acredito que o problema dela era que ela não falava japonês senhor, ela era boa em todo o resto
- Ela deveria ter me dito isso antes de me entregar papéis não traduzidos para assinar
- Sinto muito senhor, você está certo, foi um erro tremendo — acrescentou ironicamente
- Frank, preciso que você ache outra assistente com urgência, não posso trabalhar se não tiver
ninguém para cuidar dos meus assuntos
- Vou colocar um anúncio no jornal, espero que apareça alguém novo, você sabe que não é fácil
encontrar profissionais que estejam dispostos a trabalhar para você
- O que você quer dizer?
- Bem, com sua fama, as pessoas não querem nem mesmo se inscrever para o posto
- Ahh, então a fofoca já saiu dessa empresa?
- Sinto muito senhor, eu sei que você tem seus motivos, mas talvez você pudesse ser menos
exigente com o currículo
- Tudo bem, mas pelo menos deve ser uma pessoa que tenhas a capacidade para este trabalho
- Claro senhor
- Sobre o encontro que minha mãe marcou esta tarde, cancele, diga a ela que estou ocupado
- Vai ficar chateada
- Eu sei, mas quando eu assinar este contrato tenho certeza de que ela vai e
ntender
- De acordo senhor
- Não sei Frank, mas tenho a impressão de que hoje vai ser um grande dia para mim - retrucou
sorrindo
- Espero que sim — disse o motorista em voz baixa
Saíram da Castle Enterprise e se dirigiram ao local da reunião, quando ficaram no semáforo viu a
pequena cafeteria que frequentava assiduamente quando ele era um estudante universitário, por
algum motivo sentiu a necessidade imperiosa de chegar lá, como se fosse um ímã que estava lhe
atraindo para ficar e tomar um café.
- Frank, faça um desvio, antes de ir tomarei um café
- Claro senhor, onde quer ficar?
- Na próxima esquina
- Ah já vi
Estacionaram em frente a cafeteria, as lembranças de Marcus o inundaram, se lembrou de cada
detalhe dos tempos de faculdade, era jovem e imaturo, não tinha ideia de que suas festas
selvagens e falta de responsabilidade levariam seu pai a uma vida de constante preocupação, uma
coisa terrível para quem sofria uma doença do coração, ele não sabia, ou pelo menos essa foi a
desculpa que ele usava quando a culpa pesava sobre ele, sua própria família uma vez havia
apontado isso claramente, seu pai morreu por causa dele, e a dor o havia mudado do dia para a
noite, feito dele um homem diferente, frio e sem apego, alguém que trabalhava e negociava,
desde então buscou viver de forma cautelosa e sem escândalos, as festas acabaram para ele anos
atrás. Uma jovem sorridente o tirou de seus pensamentos, ela estava limpando as mesas, a viu
pela janela, ela não percebeu sua presença, era linda e inocente, como uma garota que ele
conheceu uma vez quando era pequeno e brincava em um parque durante as férias de verão nos
arredores da cidade, parecia feliz limpando o lugar, uma sensação estranha percorreu seu corpo,
quando sua mente procurou encontrar uma resposta para essa reação inesperada e estranha, seu
motorista o interrompeu
- Senhor... não temos muito tempo
- Claro, vamos
Eles entraram na cafeteria o Frank ainda falava com ele, intencionalmente tentou ignorar a
balconista que se virou para olhá-lo ao ouvir a campainha na entrada, ela não tirava os olhos
dele, isso o incomodou, por algum motivo ele se preocupou com sua aparência, não queria dar
uma má impressão para aquela moça, se sentou, tirou os óculos que usava para o computador,
depois levantou a mão para chamar e encarar a mulher
Capítulo 3 Um acidente milionário
Palavras: 4938 | Lançado em: 08/07/2021
Anne respirou fundo antes de caminhar até o homem que a chamava sem nem mesmo olhar para
ela, enquanto caminhava em sua direção, seu coração começou a bater loucamente, como se ela
estivesse se encaminhando para a morte, pensou, tentou acalmar sua agitação e sorriu
gentilmente antes de falar com seus clientes recém-chegados
- Boa tarde
- Boa tarde — disse o homem com uma voz tremendamente sensual que lhe deu arrepios
- Aqui está o cardápio, hoje temos o café especial da casa com desconto de 5% — Marcus se
virou para olhá-la surpreso, pois a mulher estava oferecendo o produto com desconto, ela não
percebeu que era um homem milionário?
- Eu quero um café expresso sem açúcar — disse ele tentando não rir
- E você? — ela perguntou a Frank
- Eu? — o citado respondeu muito surpreso, ele nem havia se sentado
- Você pode pedir algo se quiser — respondeu seu chefe
- Ahh, agradeço sua consideração senhor, mas não quero nada, muito obrigado
- De acordo — disse ela e caminhou em direção ao mostrador
- Sente-se pelo menos — lhe disse seu chefe
- Certo
- Você acredita que a menina sabe que eu não preciso do desconto?
- Hahaha, eu suponho que ela estava muito distraída com outra coisa senhor
- O que você quer dizer?
- Nada, nada
- Quanto tempo temos?
- Cerca de 30 minutos
- Não chegaremos lá se ela não se apressar
- Ela certamente estará de volta em breve, o senhor só pediu um café simples
Anne estava recebendo os suprimentos, eles não poderiam ter escolhido pior hora para chegar,
pensou, chegaram justamente quando ela tinha clientes para atender, seu chefe ainda não tinha
voltado, o entregador estava á atrasando para fazer ó café que eles pediram, ela precisava
apressar o entregador
- Não posso esperar mais — disse Marcus muito irritado
- Lá vem ela senhor
- Nossa, já era hora
- Desculpem a demora, tive um problema
- Já estamos esperando há meia hora — disse Marcus irritado
- Desculpe senhor — ela tentou se desculpar, mas voltou a ser interrompida
- Senhorita, você sabe quanto custa cada minuto do meu tempo?
- Minhas desculpas, tive que receber os suprimentos da loja
- Você sempre ignora seus clientes para cuidar de outras coisas?
- Eu não estava ignorando-o senhor
- Do seu ponto de vista talvez não, mas do meu ponto de vista sim
- Penso que você está exagerando senhor — respondeu ela tentando abaixar a xícara sobre a
mesa, mas Marcus,
indignado com a resposta dela, se levantou e bateu no braço de Anne fazendo com que o café
espirrasse por todo seu terno caro
- Mais que merda! — Marcus disse bravo, Anne cobriu a boca de surpresa, foi um acidente
desastroso, o homem estava manchado de café colombiano, ele nunca mais poderia usar aquelas
roupas de novo, pensou Anne
- Lamento muito senhor — ela tentou limpá-lo com a mão, passando-o sobre seu tórax, Marcus
deu um pulo para trás como se o tivesse queimado
- Me solta! Você já fez muito
- Sinto muito senhor — ela se desculpou novamente
- O que está acontecendo aqui? — perguntou o chefe de Anne que acabava de chegar, ao ver
Marcus, mudou de expressão — senhor, que prazer tê-lo aqui, Anne o que há de errado?
- Sua funcionária acabou de derramar café em mim
- O quê? O que você fez Anne?
- Eu... foi um acidente
- Sinto muito senhor, minha empregada...
- Ela é uma inepta me fez esperar meia hora por um simples café expresso e aí ela fica chateada e
joga o café em mim
- Mil desculpas, senhor, vou cuidar para que algo assim nunca aconteça novamente
- Vamos Frank, já estou muito atrasado
- Claro senhor
Quando o Sr. Castle saiu, seu chefe olhou para ela muito irritado
- Você tem a mínima ideia de quem você acabou de ofender?
- Não senhor, por favor me escute...
- Não quero desculpas, não é a primeira vez que você causa problemas na loja
- Mas senhor...
- Sinto muito Anne, mas terei que despedi-la
O dia dela acabou pior do que ela pensava, um simples erro e ela estava desempregada, pelo
menos desta vez ela poderia pagar o aluguel e seu empréstimo no prazo, pensou, porque seu
chefe lhe deu o pagamento de 2 anos de trabalho, não sobraria muito, mas pelo menos teria o
suficiente para sobreviver mais um mês, precisava conseguir um emprego com urgência, amanhã
começaria a procurar outro emprego nos jornais, concluiu Anne tristemente
Marcus chegou muito atrasado, ele teve que ir para casa se trocar antes de ir para a reunião, se
atrasou exatamente 45 minutos e isso custou o futuro de sua empresa, quando chegou os
empresários já tinham ido muito chateados pelo seu atraso
- O que você vai fazer agora senhor?
- Eu não sei, que eles não tenham esperado só pode significar duas coisas
- Que coisas, senhor?
- Um, eles se arrependeram da venda, dois, eles pensaram que eu estava zombando deles
- Nenhuma dessas opções parece muito encorajadora senhor
- Admito que perdi... por enquanto, mas vou ver como conseguir esse contrato de volta
Capítulo 4 A entrevista de trabalho
Palavras: 4973 | Lançado em: 08/07/2021
Anne estava lendo o jornal com a intenção de encontrar uma oferta de trabalho que se encaixasse
com suas habilidades quando encontrou um anúncio bastante estranho na seção de empregos
"Procurada assistente executiva para uma empresa importante ..."
O quê? pensou ao ver os requisitos solicitados: "com personalidade forte" outro dizia "resistência
emocional", era brincadeira? Procuravam uma assistente ou um soldado universal? Não
importava, ela precisava do emprego, eles pediam alguém com título universitário, ela estava
quase se formando, só precisava da tese, mesmo assim tentaria conseguir esse emprego era sua
oportunidade para ter experiencia laboral, foi ao computador e preparou um currículo atraente,
imprimiu e foi dormir, amanhã ela iria para a entrevista
Eram 8 da manhã quando Anne chegou a um prédio extremamente luxuoso, aparentemente a
empresa era uma multinacional importadora, quando chegou na recepção se anunciou com a bela
mulher que falava ao telefone
- Bom dia, vim para uma entrevista
- Para ser assistente do CEO? — perguntou a mulher olhando para ela da cabeça aos pés
- Isso mesmo
- Ok, vá até o 10.º andar, você deve deixar seu currículo no departamento de recursos humanos
- Ok, muito obrigado
Ela pegou o elevador até o décimo andar, quando se aproximou da recepcionista, ela sorriu
gentilmente e perguntou como poderia ajudá-la
- Bom dia, vim me candidatar ao cargo de auxiliar
- Ahh sim, me dê seu currículo e por favor aguarde
- Certo — ela respondeu e lhe entregou sua pasta, em seguida, foi se sentar ao lado de outra
jovem que aparentemente estava concorrendo para o mesmo cargo.
Marcus estava assinando alguns papéis quando Frank entrou, ele era seu motorista há mais de 4
anos, mas agora estava trabalhando como assistente enquanto eles escolhiam outra pessoa
- Senhor, lhe trago os currículos dos candidatos ao cargo — lhe deu 2 pastas
- Só dois?
- Você não é o chefe mais popular, você sabe
- Entendo — checou a primeira pasta e descartou dizendo — esta não, parece que ela já esteve
em muitas empresas, não confio em quem anda por toda parte e nunca se conserva em um
trabalho
Ele olhou o currículo a seguir e viu a foto da jovem, parecia familiar, ele leu seus dados e ergueu
uma sobrancelha
- Esta mulher, traga-a para mim
- Mas é a que tem menos preparação
- Eu quero vê-la — disse ele com firmeza
- Tudo bem — respondeu Frank, seu chefe não ia repetir aquela ordem
A Anne esperava um pouco nervosa para
que lhe dessem uma resposta, quando lhe disseram para subir ao vigésimo sexto andar as suas
mãos já suavam, chegou à recepção do andar onde lhe disseram que faria a sua entrevista
- Bom dia, me disseram que eu teria uma entrevista neste andar — a mulher olhou para ela um
pouco estranha e então disse:
- Você é a nova assistente?
- Não sei, vim para a entrevista
- Oh entendo, vá para a oficina do CEO ele está esperando por você
Anne entrou no escritório indicado, esta não era sua primeira entrevista, mas parecia que era
- Bom dia — disse ao entrar, a pessoa que lhe faria a entrevista estava sentado no escritório do
CEO, então seria o chefe quem a entrevistaria? ela começou a tremer, mais quando a cadeira
girou e ele viu quem era parou de tremer e começou a ter um ataque do coração
- Então você é a Srta. Sanders ...
Marcus olhou para ela com atenção, estava mais bonita do que ele se lembrava, e agora que ela
estava arrumada até parecia muito sexy, de repente o sermão que ele queria dar-lhe por ter
perdido um contrato milionário por conta do acidente do café, não parecia mais ser uma
prioridade, ela parecia tão inocente e esperançosa
- Senhor ... o café ...
- Então você perdeu seu emprego – disse com indiferença
- Sim
- Por que eu deveria te contratar? você não sabe nem fazer café a tempo — ele não tinha intenção
alguma de contratá-la, estava apenas provocando-a
- Porque sou uma pessoa muito trabalhadora e responsável — respondeu ela de forma
convincente
- Este trabalho é muito demandante senhorita Sanders — argumentou sério
- Prometo ao senhor que cumprirei todas as minhas obrigações e exigências deste trabalho se me
der a oportunidade — olhou para ela por um momento, parecia desesperada e então uma ideia
um tanto desprezível lhe veio à mente, mas ao mesmo tempo lhe pareceu muito interessante
- Tem certeza disso, Srta. Sanders? meus horários podem ser muito exigentes — indicou como
último aviso, se dissesse sim estaria assinando sua própria sentença
- Eu preciso do emprego senhor, eu prometo que não vou te decepcionar
- Tudo bem, o trabalho é seu, você pode ir ao departamento de recursos humanos assinar os
papéis necessários para formalizá-lo, pode sair agora — indicou ele com um sorriso
maquiavélico.
- Tudo bem ..., muito obrigada, senhor — ela respondeu um tanto surpresa
Anne saiu da sala sem entender do porquê exatamente ela havia sido contratada, sua rival era
uma pessoa muito capaz, com muito mais experiência do que ela e tinha um título, porém no
final, ela foi a escolhida
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Capítulo 5 Um plano maquiavélico
Palavras: 5809 | Lançado em: 08/07/2021
Marcus estava sorrindo quando a jovem fechou a porta, a princípio ele só planejava vê-la para
que ela soubesse quantos milhões seu pequeno acidente lhe custou, mas quando a viu de pé em
sua frente vestida como uma assistente executiva com aqueles olhos morenos e inocentes, ele
não quis que a história entre os dois acabasse assim, ela precisava de um emprego, e ele
precisava de uma assistente, embora Anne não reunisse todos os requisitos que exigia posto, ele
poderia treiná-la, e como bônus ensinar-lhe boas maneiras pensou, ele não queria machucá-la,
mas queria se vingar de alguma forma. Então, que melhor maneira de fazê-la pagar pela perda do
contrato, do que fazendo-a trabalhar para que a empresa recupere os milhões que se perderam
por sua causa? Ele ainda estava com seus pensamentos maquiavélicos quando Frank entrou,
muito surpreso.
- Você realmente a contratou?
- Sim
- Por quê?
- Ela precisava de um trabalho
- Mas ela não está qualificada, não mais do que a outra pessoa que se candidatou
- Eu quero dar uma chance à jovem
- Hmm, se você diz ...
- Eu só tento ajudar uma pessoa que precisa
- E desde quando você é tão generoso? — o comentário escapou dele, embora fosse apenas um
motorista Frank era um amigo para Marcus
- Ok você me pegou ... eu quero me vingar do que aconteceu o outro dia na cafeteria
- Mas isso foi um acidente
- Um acidente que me custou milhões
- Eu sei senhor, mas ela não parece ser uma má pessoa
- Eu sei, é por isso que eu a contratei
- Eu pensei que o tinha feito para se vingar....
- Bom ... não há nenhuma regra que diga que eu não posso fazer isso ao mesmo tempo
Anne voltou para casa feliz, depois da entrevista ela assinou o contrato de trabalho e lhe deram
suas credenciais, a agenda de seu chefe, e lhe disseram que deveria ficar atenta ao celular porque
seu novo chefe poderia ligar ou mandar mensagens a qualquer momento para pedir algo a ela, foi
dormir cedo, amanhã seria um novo dia, pensou antes de fechar os olhos.
Eram 6 da manhã quando Marcus acordou para sair a correr como de costume, quando chegou
em casa meia hora depois pegou o celular e ligou para o número de sua nova assistente
Anne ainda estava no quarto sonho quando seu celular tocou com insistência, ela abriu os olhos
assustada e olhou para o relógio da tela do telefone, eram seis e meia da manhã, quem diabos iria
ligar para ela a essa hora? O número era desconhecido
- Olá? — perguntou ela insegura
- Bom dia senhorita Sanders, eu te espero em minha casa com um café expresso em mãos em no
máximo de uma hora
- O quê? quem fala?
- Seu chefe — respondeu e desligou
- Mas que porra foi essa! — reclamou
Ela tropeçou saindo da cama até chegar à pasta que lhe deram no dia anterior, verificou o número
de seu chefe e era realmente o mesmo
- Merda! Por que diabos eu não salvei o número dele? — se recriminou
lass='p_sj'>Foi ao banheiro, se lavou e preparou rapidamente, só tinha lhe dado uma hora para
chegar em casa com um café expresso, o que lhe dava apenas 30 minutos para comprar um café e
chegar à sua residência que felizmente ficava no centro da cidade metropolitana
Quando Marcus terminou a ligação estava sorrindo, era evidente que sua jovem assistente ainda
estava dormindo quando ele ligou, se sentiu um pouco culpado por ser tão impertinente, mas ela
disse que estava disposta a fazer o que fosse necessário para obter o trabalho, deixou o celular na
cama e foi para o banheiro tomar banho
Anne chegou 55 minutos depois no endereço que lhe indicaram, era um prédio luxuoso com
apartamentos que custavam mais do que ela ganharia em toda a sua vida, entrou na recepção e
mostrou sua credencial aos guardas que a deixaram ir para o andar onde ficava a casa de seu
chefe, tocou a campainha mas ninguém respondeu, voltou a tocar pela segunda vez e um Marcus
Castle muito molhado abriu a porta, ele estava enrolado em uma toalha que o cobria apenas da
cintura para baixo, ela engoliu em seco e tentou ficar de pé sem recuar.
- Bom dia — disse ela ao se recuperar do choque
- Bom dia, senhorita Sanders, entre ... — indicou afastando-se alguns centímetros da porta, ela
passou rapidamente
- Aqui está o seu café — disse ela apenas olhando para ele o necessário para não parecer rude,
ele sorriu quando ela se virou para olhar para a sala, pegou a xícara e disse:
- Sente-se, vou me vestir, eu já volto — ela não se moveu um centímetro até que ele desapareceu
no quarto
- Ufa — ela finalmente exalou
Anne se virou para olhar o apartamento, era enorme, e muito luxuoso, seu chefe era muito limpo
e organizado, se sentou no sofá para esperar, suas mãos suavam, quando ela pensou em seu
primeiro dia de trabalho nunca lhe havia passado pela cabeça ver seu novo chefe seminu, por
Deus! o homem era uma escultura viva com seu metro e noventa de altura, músculos firmes,
cabelo escuro e olhos verdes esmeralda, se não tomasse cuidado, começaria a gostar dele, pensou
Marcus terminou de se vestir e saiu para a sala, sua assistente estava sentada esperando que ele
lhe dissesse o que fazer a seguir.
- Bom ... você já passou sua primeira prova senhorita Sanders, a partir de agora espero que
chegue a essa hora todos os dias — acrescentou por último, antes de tomar um gole de seu café
— aliás, o café está do jeito que eu gosto
- Quer dizer que tenho que vir aqui todos os dias nesta mesma hora?
- Exatamente
- Mas me disseram que meu horário de trabalho seria das 9h às 17h.
- Você é minha assistente correto?
- Sim
- Então quem deveria te dizer o seu horário sou eu — ela não tinha nada a dizer sobre isto, ele
tinha razão — você tem algum problema com isto?
- Não senhor — ela respondeu rapidamente, a última coisa que ela queria era ser demitida no
primeiro dia de trabalho
- Bom, parece que eu e você nós daremos muito bem Srta. Sanders — disse ele com um sorriso
que lhe deu escalafrios
Capítulo 6 Inferno de trabalho
Palavras: 4986 | Lançado em: 09/07/2021
Ela estava olhando para ele um pouco decepcionada, talvez? Obviamente ele não tinha planejado
convidá-la para sua casa todas as manhãs, ficou simplesmente surpreso com a tenacidade da
jovem, ela havia chegado em exatamente uma hora, e com o café que ele gostava, não seria fácil
fazê-la sofrer um pouco, pensou, bom isso foi até que lhe ocorreu a ideia de torturá-la todas as
manhãs com aquele ritual, pelo menos agora ele teria alguém com quem tomar o café da manhã,
pensou.
- Já tomou café? — perguntou a Anne, que ainda estava meditando em silêncio
- Não tive tempo — respondeu com sinceridade
- Bem, então você pode preparar o café da manhã, você encontrará tudo de que precisa na
cozinha — ele indicou a direção
- Quer que eu faça seu café da manhã?
- Suponho que não será problema, já que você trabalhou anteriormente em uma cafeteria,
esperava que você tivesse dotes culinários quando a contratei — ele disse sarcasticamente, ela
olhou para ele levantando uma sobrancelha, a estava desafiando
- O que você quer para o café da manhã?
- Ficarei satisfeito com algumas torradas, ovos mexidos e suco de laranja
- Ok, isso não será um problema
Ela foi até a cozinha e colocou um avental, se o homem quisesse testar seus dotes culinários ela
os mostraria a ele, era evidente que aquele trabalho não seria como ela esperava, mas também
não estava sendo tão horrível, então não reclamaria sobre nada, começou a preparar o que seu
chefe havia pedido, ele veio para o balcão da cozinha e deixou seu tablet lá, então se aproximou
dela para ver o que ela estava fazendo, Anne tentou ignorá-lo enquanto cortava alguns tomates
para colocar nos ovos mexidos
- O que faz? — ele sussurrou nas costas dela muito curioso, ela deu um pulo de susto, e cortou a
ponta do dedo
- Merda! quase me matou de susto — apertou a ferida que estava sangrando
- Você se cortou! — disse surpreso, foi até o balcão e pegou alguns guardanapos de papel, a
seguir agarrou a mão dela e colocou debaixo da torneira para limpar o ferimento — você deve ter
mais cuidado! — acrescentou aborrecido? mas foi culpa dele, ela o olhava indignada, até alguns
segundos depois quando outro tipo de emoção a dominou, ela estava com calor?
- Estou bem — respondeu ela tentando fazer com que ele soltasse sua mão para se afastar dele
- Quieta! — ele ordenou, então levou o dedo perto dos lábios e soprou como se ela fosse uma
menina, seu hálito fresco a deixou bêbada e ela quase caiu para trás — Você está bem? —
acrescentou preocupado — Não consegue ver sangue? — Ela olhou para ele confusa, até que seu
cérebro func
ionou novamente e ela entendeu o que ele queria dizer a ela.
- Ah ... sim é isso — mentiu
- Venha se sentar, vou trazer uma bandinha
- Não é nada, estou bem, é um corte insignificante — ele a ignorou e a fez sentar no balcão da
cozinha
Ele foi até um móvel e tirou uma caixa de primeiros socorros, então voltou e passou desinfetante
antes de colocar um curativo em seu dedo, ela olhou para ele hipnotizada
- Acredito que teremos que comprar para o café da manhã — sugeriu
- Por Deus! é um pequeno corte de nada, vou terminar o café da manhã em alguns instantes —
respondeu incomoda se levantando para se livrar de tanta intimidade, ela já estava ardendo
pensou
- Está bem então…— disse ele sem remédio
Anne terminou os benditos ovos mexidos e os dois se sentaram para o café da manhã, ela ainda
estava muito quieta pensando no que havia acontecido entre eles, a situação era muito estranha,
pensou, afinal trabalhar para Marcus Castle não era tão ruim, bom…. isso é o que ela pensava até
eles chegarem ao escritório
Duas horas depois Anne queria chorar, ela tinha tantos papéis para processar e documentos para
traduzir, que pensou que precisaria trabalhar 24 horas para entregar os papéis no prazo, Marcus
ligava para ela a cada 5 minutos pedindo um documento que estava pendente de assinar o
telefone não parava de tocar, e aparentemente ninguém lhe havia dito que ela era a encarregada
de passar todos os documentos dos demais departamentos para seu chefe, e antes de fazer isto ela
tinha que classificá-los de acordo com a data e o grau de importância para que seu chefe pudesse
assiná-los a tempo.
- Vou enlouquecer — reclamou ela para si mesma
- Logo você vai se acostumar — disse um homem sorrindo, ela o olhou desesperada, era o Frank
- Frank preciso de ajuda ... — implorou a ele
- Ah não, não olhe para mim, eu mal recuperei a minha vida hoje
- Como você conseguiu fazer tudo isto?
- Eu não fiz, é por isso que você tem tanta papelada acumulada
- Não vou conseguir terminar nada a tempo
- É melhor que você consiga, pelo menos se quiser continuar neste trabalho — avisou
- Ele vai me despedir, certo?
- Olha, tente se concentrar nas coisas importantes, e nunca, nunca diga a ele que você não pode
fazer alguma coisa
- Não vou desistir tão fácil
- Esse é o espírito, prometo que em alguns dias você se acostumará ao ritmo do Sr. Castle
- Mesmo se eu morrer tentando ... eu vou conseguir! — lhe prometeu
Capítulo 7 Se você precisar de ajuda, não peça ao chefe
Palavras: 4695 | Lançado em: 09/07/2021
Uma semana depois, Marcus estava assinando alguns papéis quando Frank entrou sorrindo em
sua sala sem saber se aplaudia ou dava um sermão ao seu querido chefe.
- Bom dia, senhor
- Bom dia, Frank
- Era mesmo necessário que você o mandasse ela preparar todos os relatórios da próxima reunião
trimestral na primeira semana de trabalho dela?
- Ela tem que conhecer os documentos com os que trabalhará neste escritório
- Todos na primeira semana?
- Tanto faz, ela terá que fazer isso em algum momento
- Você está desfrutando do desespero dela? — seu chefe ergueu a cabeça e sorriu
- Um pouco…
- Quer que ela fuja e fique sem assistente de novo?
- Não, eu gosto da menina, além disso ela prepara uns ovos mexidos paradisíacos
- Ovos mexidos? Como sabe isso?
- Porque ela preparou para mim o café da manhã — Frank olhou para ele intrigado
- Você e ela? ... Vocês? — ele apontou, juntando as mãos
- O quê? Não! ... ela vai todas as manhas para me levar um café
- Ah é por isso que você me disse para não te procurar esses dias, por um momento acreditei que
ela o tivesse dado algo mais que um café — sugeriu ele ironicamente
- Não imagine coisas que não existem... Admito que ela é muito atraente, mas você sabe que não
brinco com mulher do trabalho
- Claro, eu só pensei que você a contratou só porque você gostava dela
- O quê?
- Quando você a viu no café, você parecia ter visto algum tipo de visão, você a encarou por
muito tempo
- Ah, isso foi porque ela me lembrou de alguém que eu conheci no passado
- Entendo, então não tem nada a ver com o fato dela ser linda
- Não — ele mentiu, Frank apenas riu, seu chefe não conseguia esconder nada dele
- Tudo bem, mas se você quer que ela fique aqui terá que ser mais flexível com sua vingança
- Vou pensar sobre isso — disse ele com um meio sorriso
- Ela não vai desistir tão facilmente
- Espero que não
- Você gosta que ela seja tão persistente, não é?
- Admito que pensei que ela fosse desistir na primeira semana
- Mas ela não desistiu
- E não vai, ela é do tipo de pessoa que quanto mais você bate, mais resiste
- Esperemos que sim
Anne ainda estava separando papéis quando encontrou uma inconsistência nas datas dos
relatórios, um documento estava faltando, então ela foi ao escritório de seu chefe para perguntar
sobre isso
- Desculpe-me por inco
modá-lo senhor, mas está faltando um documento nos relatórios do mês de abril
- De qual departamento?
- Vendas
- E por que você está me perguntando?
- Como assim?
- Se o relatório que está faltando é do departamento de vendas, por que você vem perguntar a
mim?
- Eu…
- Não me incomode com coisas que você deve resolver sozinho
- Desculpe senhor
- Espere ... — Marcus teve pena dela no último momento
- Sim?
- Se faltam relatórios, você pode baixá-los diretamente do sistema ERP
- Claro, desculpe pelo transtorno
- Srta. Sanders ...
- Sim
- Se você quiser manter este emprego aprenda a pensar por si mesma — ele estava dizendo que
ela era uma idiota?
- Eu farei isso senhor ... — ela respondeu antes de se virar e xingá-lo em voz baixa
Mais que droga! pensou, era preciso que ele sempre a tratasse como se ela fosse uma inepta, mal
trabalhava lá há uma semana e meia, ainda não dava conta de tudo o que era relacionado aos
sistemas da empresa, teria que perguntar a alguém do departamento de recursos humanos para
obter ajuda, se sentou em seu escritório e ligou para Joey
- Olá Joey, poderia me enviar alguém que entenda de sistema ERP, preciso baixar alguns
relatórios
- Olá, Anne, sim, eu vou te mandar o menino que sempre me ajuda com essas coisas
Quinze minutos depois chegou um homem que Joey chamou de "menino", porém, era um
espécime atraente e masculino, era tão alto quanto seu chefe e bem constituído como ele, ela
ficou constrangida quando ele sorriu para ela e se aproximou como se eles fossem melhores
amigos
- Olá, sou o Chris, vim ajudá-la com o sistema
- Oi Chris, eu sou Anne, muito obrigada por ter vindo, você está literalmente salvando minha
vida — ela sorriu para ele, o homem parecia muito simpático
- Deixa eu te mostrar como você deve usá-lo, sente-se — indicou ele e então se inclinou por trás
dela praticamente abraçando-a
Ela encolheu os ombros o máximo que pôde para que peito dele não grudasse em suas costas,
mas era impossível, Chris estava explicando tudo que ela precisava saber quando Marcus saiu de
seu escritório para falar com ela
- Senhorita Sanders eu preciso... — ele se calou quando viu a cena, Anne estava sorrindo radiante
enquanto um homem muito bonito se inclinava sobre ela, mas o que diabos está acontecendo
aqui? pensou
Quando ela ouviu a voz de seu chefe, levantou a cabeça e olhou nos olhos dele, ele estava
chateado?
- O que está acontecendo aqui?
Capítulo 8 O ciúme chega sem aviso
Palavras: 4897 | Lançado em: 09/07/2021
Marcus tentou esconder seu aborrecimento, mas não conseguiu, ver sua linda assistente meio
abraçada por outro homem o fez sentir uma azia no estômago, ele queria tirá-la de lá
imediatamente, queria pegá-la da mão, arrastá-la até a oficina dele e colocar um cadeado na
porta, mas ele não fez nada do que pensou, em vez disso ele disse:
- O que está acontecendo aqui?
- Nada — respondeu Anne se levantando da cadeira e batendo a cabeça no corpo do Chris
- Ai — disse Chris ao ser atingido pela cabeça de Anne no queixo
- Lamento muito, foi um acidente — disse ela ignorando totalmente seu chefe ao ser dar conta de
que acabara de machucar o Chris, ela começou a acariciar o queixo do homem — Sinto muito
mesmo — repetiu ela
Ao ver a cena, Marcus teve vontade de arrancar os olhos dela..., mas o que diabos ela estava
fazendo? Ele não aguentou mais o ciúme que de repente o inundou e agarrou o braço dela para
afastá-la.
- O que está acontecendo Srta. Sanders?
- Nada o Chris estava me ajudando com o sistema ERP
- Ah sim?
- Sim, eu ainda não sei como usar ... — ao ver a expressão do chefe, ela rapidamente se
corrigiu ... eu quis dizer ainda não sei usar bem
- Estou vendo…
- Venha ao meu escritório — ordenou secamente, ela o seguiu, deixando o Chris sem entender o
que havia acontecido
Quando chegaram ao escritório, ela fechou a porta, juntou as mãos e olhou para baixo esperando
que ele lhe desse outro sermão, mas não foi isso que aconteceu, Marcus se aproximou dela e
ficou a trinta centímetros de distância e ergueu o queixo dela com um dedo, ela não entendeu o
que ele estava fazendo, ele a soltou e disse:
- Senhorita Sanders se você não sabe fazer alguma coisa, pode me dizer
- O quê? — ele estava sendo legal com ela? pensou desconfiada
- Sei que você tem muito a aprender, se não souber fazer alguma coisa pode me falar e eu posso
te mandar para um programa de treinamento
- Ahhh — disse ela — não sabia — acrescentou ela
- Você é minha assistente certo?
- Sim
- Então se você precisar de algo deve me perguntar
- Eu entendo senhor, eu só pedi ajuda ao Chris porque ...
- Tenha cuidado com ele
- Por que diz isso? — porque eu cuido do que é meu, pensou Marcus, mas em vez disso ele disse:
- Porque sua fama entre as mulheres é muito conhecida
- Ahh ... eu não tinha ideia
- Foi o que eu imaginei
- O senhor pensa que eu ...
- Não ...
— mentiu descaradamente para ela — Quero que você cuide do seu trabalho e não tenha
distrações — acrescentou para que ela lhe acreditasse.
- Claro senhor, prometo que estou aqui para trabalhar e não para esse tipo de coisa — disse ela de
forma tão convincente que ele acreditou nela, e sorriu mentalmente
- Espero que sim, depositei minha confiança em você, não me decepcione senhorita Sanders
- Eu não vou senhor
- Você pode ir... Ah Sanders, amanhã você pode tirar o dia para aprender com um técnico sobre
os sistemas da empresa — ele não se arriscaria com uma segunda aula personalizada da Anne
com o Chris, pensou.
- Muito obrigada senhor — ela estava muito animada, sorriu para ele e o coração de Marcus de
repente começou a bater
Saiu do escritório sorrindo, estava feliz, amanhã ela teria uma folga da papelada e poderia
aprender mais coisas para fazer direito seu trabalho, apesar de todo o estresse estava aprendendo
muito na empresa, embora às vezes quisesse decapitar seu chefe, ela pagaria toas as suas contas e
logo terminaria de se formar na faculdade
Marcus moveu a cabeça em negação. O que diabos ele acabava de fazer? Por que ele agiu de
forma tão estranha? Desde quando ele se importava com quem sua assistente estava dormindo,
isso não era normal, nunca se interessou por suas assistentes, estava se metendo nos assuntos
pessoais de Anne ... Anne? Agora ele até a chamava pelo nome, o que lhe acontecia com aquela
mulher? quase que pulou para cima do Chris porque morria de ciúmes, e o que ele disse sobre o
pobre homem, isso era totalmente falso, todos sabiam que ele era uma pessoa gentil e não o
mulherengo que pintou para sua assistente, Frank estaria certo? ele gostava daquela mulher? Isso
não era possível, Anne era tão ... ele procurou a palavra em sua mente, mas não achou nada
aborrecível para dizer sobre ela, sempre teve uma facilidade de classificar as pessoas que
estavam na vida dele, por que não podia fazer o mesmo com ela? Anne só era uma assistente
simples, não é? seu celular tocou e distraído atendeu sem nem olhar quem estava ligando
- Olá
- Oi filho, finalmente você atendeu a minha ligação
- Mãe?
- Por acaso você tem outra mãe?
- Não ... O que você quer? Estou ocupado — mentiu, não queria ouvir outro monólogo sobre
porque ele deveria se casar quanto antes.
- Eu queria te avisar que marquei um jantar para hoje
- Estou muito ocupado esta semana mãe, hoje mais ainda
- Você sempre está ocupado, não quero desculpas, já mandei alguém te buscar
- Alguém?
- Sim, e tenho certeza de que você vai adorar ela
Capítulo 9 Um encontro com o passado
Palavras: 5226 | Lançado em: 10/07/2021
Merda! Marcus xingou mentalmente, sua mãe marcou outro encontro às cegas, e desta vez ela
fez questão de que ele comparecesse enviando a mulher para procurá-lo na empresa, como
diabos ele iria sair da situação desta vez? estava cansado de que sua mãe se intrometesse em sua
vida, ela não entendia que ele não queria ter um relacionamento sério por enquanto, muito menos
se casar
- E agora como diabos vou me livrar da mulher?
- Que mulher?
- Frank…. Eu preciso que você me salve
- Do quê?
- De uma mulher
- Huh?
- Minha mãe marcou um encontro para mim
- Ahhh ... cancele como sempre
- Não posso
- Por quê?
- Porque ela mandou a mulher me procurar aqui
- Sério? suas táticas melhoraram — disse ele sorrindo
- Eu sei, não estou com vontade de aguentar mais um encontro só para fazer feliz a minha mãe
- O que aconteceu?
- Nada… por que pergunta?
- Porque seu humor está pior que de costume
- Ahh
- Tem a ver com a Srta. Sanders?
- Hmm ... como você soube?
- Bom, ultimamente tudo tem a ver com ela
- Já vejo
- Então?
- Não importa, eu preciso que você me ajude a me livrar da mulher
- Eu não acredito que possa fazer muita coisa, mas talvez ...
- Talvez…?
- Bom, eu suponho que talvez sua nova assistente possa fazer algo sobre isso
Meia hora depois Anne estava terminando de preparar um documento quando uma bela mulher
se aproximou de sua mesa
- Olá — ergueu a cabeça para ver quem acabara de falar com ela, a jovem tinha uns 27 anos,
pensou, estava com um vestido muito elegante, como se fosse sair para um encontro
- Boa tarde, em que posso te ajudar?
- Vim ver o Marcus — Marcus? talvez fosse uma amiga, pensou
- Claro, me diga seu nome por favor
- Diga a ele que é uma velha amiga
- De acordo…. — pegou o telefone e ligou pelo interfone
- Senhor, uma pessoa quer te ver, diz que é uma velha amiga
- Ah, tudo bem, deixe ela passar — ela desligou e disse
- Pode passar
- Obrigado
A dama caminhou até a porta em câmera lenta, ela parecia uma modelo, pensou, de repente teve
uma sensação estranha no estômago e entendeu que essa mulher não era apenas uma velha amiga
Quando a mulher que esperava abriu a porta, Marcus pensou que estava vendo um fantasma, de
todas as mulheres que sua mãe poderia mandar para ele, ela tinha que ter escolhido a ex-
namorada que mais o machucou?
- Olá Marcus — disse ela sorrindo
- O que faz aqui? — se levantou da cadeira muito surpreso
- Sua mãe nos marcou um encontro
- Entendo — respondeu ele ao se aproximar mais de sua visita
- Você não está feliz em me ver?
- A verdade é que não
- Você mudou muito ..
. — disse ela surpresa pela sua frialdade
- As pessoas mudam
- Mais você ainda é muito atraente
- Parece que você não mudou nada
- Vamos! Marcus, eu não posso acreditar que você ainda guarda rancor de mim
- Eu não sei, na verdade pensei que você estava morta
- Admito que foi uma desculpa péssima, mas funcionou na época
- Você mentiu para mim e fugiu
- Foi por uma boa causa, juro
- Boa causa? Você me usou para conseguir o que queria
- Eu precisava daquele dinheiro, você não entende, naquela época eu era uma órfã sem futuro
- E agora?
- Não importa mais, me formei e sou um cirurgião muito respeitável, tão respeitável que sua mãe
não se opôs a que saíssemos juntos
- Você acredita que eu me importo com o que ela pensa de você?
- Por favor, já passaram mais de 10 anos, vamos deixar o que aconteceu no passado
- Você tem razão, está tudo no passado e aí vai ficar
- Você está cancelando o nosso encontro?
- Foi minha mãe quem confirmou o encontro, não eu, além do que eu já tinha um encontro
marcado para hoje
- Uau! Você me odeia tanto que nem quer jantar comigo
- Eu não te odeio, mas não tenho interesse em me relacionar novamente com você
- Eu quero que você me dê outra chance ... Marcus
- Precisa de mais dinheiro?
- Olha, quando seu pai me ofereceu dinheiro para fugir, pensei que era o melhor, eu tinha apenas
17 anos e nós dois sabemos que nunca teriam nos deixado ficar juntos, não se eu não fosse
ninguém importante
- E agora você supõe que é digna?
- Sua mãe pensa assim
- Ela vai mudar de ideia quando descobrir sobre suas origens
- Você seria capaz de lhe contar que eu fui seu primeiro amor?
- Isso está no passado
- Você ainda está solteiro por algum motivo
- É verdade, mas esse motivo não é você
- Pensa que eu não soube da vida que você levava depois que eu te larguei? Sei que você virou
um playboy por minha causa
- Isso está no passado, assim como você — ela se aproximou dele e pegou sua mão
- Você tem certeza disso?
Alguém bateu na porta, sua assistente entrou com algumas pastas nas mãos
- Senhor, lhe trago alguns documentos para assinar — disse antes de olhar a cena tão íntima, logo
ficou muito quieta ao ver o que estava acontecendo — desculpe, eu não queria interromper ...
- Não se preocupe Anne, você não poderia ter chegado em um momento melhor
Anne ficou surpresa com seu chefe, foi a primeira vez que ele a chamou pelo seu nome, Marcus
largou a mulher que o segurava pela mão e caminhou em sua direção até ficar ao seu lado e a
agarrou pela cintura para trazê-la mais perto. O que diabos estava acontecendo? pensou, ela
olhou para o rosto dele, mas ele estava olhando para sua visitante
- Marcus quem é ela?
- Ela ... é o meu encontro de hoje
Capítulo 10 Uma ajuda extra nunca cai mal
Palavras: 3899 | Lançado em: 10/07/2021
O quê? pensou Anne quando ouviu as palavras de seu chefe, o que diabos estava acontecendo
aqui?
- Sério Marcus? você vai me rejeitar por conta de uma assistente — a mulher olhou para Anne
com desprezo
- Cuidado com suas palavras Brianna
- Tudo bem, eu vou embora ... por enquanto, mas não pense que nossa conversa acabou aqui —
Marcus olhou para ela com indiferença
- Faça o que quiser tanto faz para mim — a mulher saiu da oficina cuspindo fogo
Quando a tal Brianna saiu, Anne se virou, Marcus ainda a segurava pela cintura e olhava para a
parede como se estivesse em transe, ela tirou a mão dele e perguntou
- O que foi tudo isso? — Marcus voltou à realidade e se desculpou
- Me desculpe ... eu ... eu só queria me livrar de um fantasma
- Quem era ela?
- Alguém que pensei que nunca mais veria — ele estava pálido
- Você está bem, senhor? — Ele olhou para ela, os olhos de Anne eram profundos e lhe davam
paz de espírito, pensou
- Sim, estou bem, sinto muito pelo que aconteceu Srta. Sanders — disse após se recuperar do
choque de ver Brianna após 10 anos
- Não se preocupe, acredito que entendo o que aconteceu
- Ah sim? — disse ele intrigado
- Você queria se livrar dela
- Precisamente
- É uma ex-namorada maluca que o está perseguindo ou algo assim? — ele riu
- Você é muito perceptiva Srta. Sanders
- Entendo ... Só vim entregar esses papéis e perguntar se posso chegar amanhã um pouco mais
tarde, aproveitando que me deu o dia livre para conhecer os sistemas informáticos da empresa
- Está tudo bem? — Ele estava preocupado com ela?
- Sim, eu só tenho que ir a uma reunião com o tutor da minha tese
- Ah sim, como vai isso?
- Mais ou menos, estou travada a algumas semanas
- Sobre o que é sua tese?
- É sobre importação de produtos naturais, estou travada há semanas, estou tendo problemas para
selecionar minhas variáveis de foco
- Importação? essa é a minha área de especialização — ele insinuou
- Claro — respondeu ela sem entender sua indireta — vou deixar os papéis n
a mesa — disse e deixou as pastas sobre a mesa — bem, se você não precisa de mais nada ...
- Não pode ir... ah obrigado por me ajudar a me livrar da Brianna
- Mas eu não fiz nada
- Você veio na hora certa para salvar meu pescoço
- Hahaha, não seja tão dramático
- Você está sendo mais útil do que pensei que seria — respondeu ele pensativo
- Tento lhe ser útil — respondeu ela sorrindo, Marcus olhou para ela fascinado, vendo que ele
não dizia nada mais ela insistiu — bem, se não precisa de mais nada suponho que eu vou indo —
ela se virou para ir embora
- Espere ... Srta. Sanders, tenho uma proposta para você
- Do que se trata? - respondeu ela, virando-se
- Eu acredito que eu e você podemos nos ajudar
- O que quer dizer?
- Vou te contar um segredo ...
- Tudo bem ... — disse ela surpresa
- Minha mãe está obcecada em me casar
- Ahhh ... é por isso que você tentava se livrar da "Brianna"
- Sim — mentiu, não quis revelar toda a verdade para ela — minha mãe está sempre organizando
encontros às cegas para mim
- Já entendi
- Eu preciso da sua ajuda
- Eu? como eu poderia ajudar?
- Não sei, mas tenho certeza que uma garota tão criativa quanto você pode resolver isso
- Você quer que eu seja seu espantalho?
- É uma maneira interessante colocar, mas sim — ela riu, foi a primeira vez que ela fez isso na
presença dele, o coração de Marcos disparou
- Você é mesmo uma pessoa muito estranha — disse ela rindo
- O que quer dizer?
- Nada, mas ... se eu o ajudar, o que ganho em troca?
- Se você aceitar, eu vou te ajudar com sua tese
- É sério? — de repente ela parecia interessada no trato
- Claro, você tem a minha palavra de que em no máximo 3 meses você termina a tese ... com a
minha ajuda é claro — ela olhou para ele seria, ele sabia que estava refletindo sobre sua proposta
- Hmm, penso que é um bom trato, mas ainda não sei como fazer para ajudá-lo
- Não se preocupe senhorita Sanders, em breve você saberá
Capítulo 11 Admitir a verdade e só para os valentes
Palavras: 6717 | Lançado em: 12/07/2021
Que dia estranho pensou a Anne quando saiu do prédio para ir para casa, o chefe dela agiu
estranho o dia todo, ela tinha certeza que ele estava chateado pelo que aconteceu com o Chris, e
falando no diabo, o homem estava se aproximando dela na calçada do prédio
- Olá Anne, você vai para casa?
- Oi Chris, sim, terminei o trabalho por hoje
- Ótimo, você quer que eu te leve?
- Ehh ... eu não sei, eu não moro na metrópole, moro na periferia e fica muito longe — disse
como desculpa, seu chefe a avisou sobre ele e de certa forma agora estava muito desconfiada do
Chris
- Eu entendo, não se preocupe, não tem problema eu te levo
- Você é muito gentil, mas….
- A senhorita Sanders tem um compromisso comigo agora — os interrompeu seu chefe se
aproximando deles, ela se virou para olhá-lo muito surpresa, ele fez uma senha com os olhos
para ela seguir o jogo
- Sim, é verdade, prometi ajudar o Sr. Castle com um assunto ... de qualquer maneira, muito
obrigado pela sua oferta
- Tudo bem, eu entendo, será outro dia então — respondeu Chris um pouco decepcionado
- Podemos ir, Srta. Sanders? — insistiu seu chefe
- Tudo bem, até logo Chris — ela se despediu e foi atrás de seu chefe
Eles caminharam em silêncio até que ficaram a uma distância segura para falar em privado, o
chefe dela estava muito sério, isso a preocupou, ela queria melhorar o ânimo dele então fez um
comentário engraçado
- Acredito que estamos a mão agora, acabou de salvar meu pescoço — ela sorriu para ele, olhou
para ela, mas ainda estava sério
- Você parece ter um pretendente muito persistente, Srta. Sanders
- Você pensa que ele gosta de mim? — ele olhou para ela como se ela tivesse dito o óbvio
- Porque outro motivo ele se ofereceria para levá-la — disse ironicamente
- Você me avisou, mas eu não pensei que ele se interessaria por mim — ele sorriu sem poder
evitar, Anne era muito inocente pensou
- Eu suponho que ele não pôde evitar — ele falou mais para si mesmo do que para sua assistente,
ele entendia perfeitamente a situação do Chris
- O quê? — disse ela sem entender o comentário
- Bom acredito que eu entendo por que ele está interessado — o comentário dele a pegou de
surpresa, ela corou, isso a deixou ainda mais atraente pensou Marcus, ela queria mudar de
assunto então disse:
- De qualquer forma, obrigado por me livrar da situação, então eu vou indo...
- Espere…
- O quê?
- Vou levá-la para casa
- Não precisa, eu vou pegar o ônibus
- Teoricamente nós tínhamos um compromisso, se você for sozinha ele vai descobrir que você
mentiu para ele
- Eu não menti para ele! Foi você ... — disse ela indignada
- Fiz isso para te salvar dos avanços dele — respondeu como desculpa incomodado
- Certo, vamos então! — disse ela fazendo um gesto de rendição
Eles foram para o estacionamento, quando já estavam sentados no carro, ele perguntou a ela
- Onde você mora?
- Eu moro fora da cidade, perto da fundação para crianças órfãs
- Ah ... acredito que sei onde é, você mora com sua família? — ele não queria ser mal
interpretado, pensou
- Não, eles não moram na cidade
- Onde mora sua família? — perguntou curioso, não fazia ideia que ela estava sozinha na cidade
- Em um povoado perto das montanhas
- Então você não é daqui?
- Não, me mudei para fazer a faculdade e ter me
lhores oportunidades de trabalho — isso explica muita coisa pensou Marcus, Anne era uma
jovem muito inocente, obviamente ela não cresceu na cidade, concluiu
- Eu entendo, você planeja ficar depois da sua formatura? — de repente ele percebeu que sua
assistente poderia desaparecer da noite para o dia, e não gostou nada da ideia, o que estava
acontecendo com ele?
- Sim, tenho 2 irmãs mais novas que precisam do meu apoio — Marcus ficou aliviado
- Então você vai ficar muito tempo ...
- Não há muitas opções de trabalho para um administrador em um povoado pequeno, então
suponho que sim — disse ela encolhendo os ombros.
- Eu entendo, você sente falta da sua família? — ele queria saber se ela era próxima de seus
parentes
- Sempre, mas não posso me dar ao luxo de visitá-los com muita frequência
- Por que não?
- Tenho empréstimos estudantis para pagar, mas o dinheiro nunca é o suficiente para ir vê-las,
pode virar à direita aqui — disse ela
- Lamento que tenha perdido o emprego — ele mentiu, porque graças a isso ela agora trabalhava
para ele
- Agora eu tenho um emprego melhor, então não há nada do que lamentar
- Você gosta do seu novo emprego? — perguntou surpreso
- Admito que tudo é novo para mim, mas estou aprendendo coisas que vão me ajudar no futuro
— ele sorriu de seu otimismo, as últimas semanas havia tornado a vida dela impossível, mas ela
só tinha percebido o lado positivo das coisas, Marcus estava se sentindo culpado agora
- Fico feliz em saber disso, não quero perder minha nova assistente — disse ele brincando
- E espantalho — acrescentou ela sorrindo
- Claro, uma assistente multifacética
- Chegamos — indicou ela quando se aproximaram da casa
- Você mora em uma casa compartilhada? — ficou surpreso, pensou que pelo menos ela viveria
em um apartamento próprio
- Sim, é tudo que posso pagar agora
- Entendo, se o seu salário não for suficiente ...
- Ah não, meu salário é justo, mas com minha dívida no banco, minhas despesas aqui e o
dinheiro que mando para minha mãe, por enquanto isso é tudo o que eu posso ter — ao ouvir
todas as responsabilidades assumidas por sua jovem assistente, o coração de Marcus se partiu,
quando ele tinha sua idade levava uma vida bagunçada e egoísta.
- Mais se precisar de ajuda, é só pedir — ela olhou para ele surpresa com sua repentina gentileza,
o que estava acontecendo com o chefe dela? pensou
- Vai me ajudar muito se eu terminar a tese nesse semestre
- Claro, considere isso feito — ela saiu do carro e antes de fechar a porta disse:
- Bom, até amanhã senhor ... ah eu não poderei levar seu café pela manhã
- Claro, vou dar um jeito — disse ele com tristeza, já se acostumou a vê-la cedo todas as manhãs
— não se preocupe — acrescentou ao ver que ela ainda não dizia nada
- Ok ... muito obrigado por me trazer
Quando Anne entrou na casa, Marcus ficou por alguns momentos observando-a desaparecer atrás
da porta, o que diabos ele estava fazendo lá? pensou quando voltou à realidade, desde quando ele
levava funcionários para casa? Quando a viu na calçada, sua única intenção era impedir o Chris
dar cima de sua assistente, nunca pensou que iria acabar trazendo-a para casa e tendo uma
conversa tão íntima, ficar sabendo o quão nobre era Anne o fez se sentir pior ainda por pressioná-
la tanto no trabalho, mais maldição ele não se arrependia de nada! não queria que ela fosse
embora, não queria que ninguém a incomodasse, não queria que ninguém a tocasse, o Frank
tinha razão, ele gostava da pequena Anne
Capítulo 12 A mãe do chefe
Palavras: 6386 | Lançado em: 13/07/2021
Quando o Marcus chegou em casa o celular dele tocou, era a mãe dele, que já havia ligado pelo
menos umas 5 vezes, sem dúvida querendo saber porque ele cancelou o encontro com a Brianna,
não tinha outra escolha a não ser atendê-la, senão ficaria histérica e criaria mais problemas para
ele
- Oi mãe
- Você realmente tem um caso com uma assistente? — o questionou irritada
- Brianna te contou? — perguntou ele
- Ela me ligou depois que você a dispensou, não acredito que você recusou uma cirurgiã
renomada por causa de uma aventura de escritório, sei que tem necessidades filho, mas pensei
que já tivesse amadurecido o suficiente para separar seu trabalho dos assuntos pessoais Marcus
— maldita Brianna! pensou, não podia acreditar que tivesse que se desculpar por enviar aquela
vadia para o inferno, mas ele não queria colocar Anne em apuros, então disse:
- Você está perdendo o toque mãe, sua escolha para mim não poderia ter sido pior, não tive outra
opção a não ser usar minha assistente como desculpa para me livrar dela — disse irritado
- Foi o que pensei, mas tinha que perguntar, o que tem de errado com a Brianna?
- Ela é minha ex, é uma golpista, você deveria ter verificado melhor o passado dela
- Farei isso, mas você não pode fugir do casamento para sempre Marcus — pelo menos vou
tentar, pensou ele, porém disse:
- Eu não estou fugindo, mas não vou me casar com um golpista, disso tenho certeza
Mas que merda! pensou, aquela maldita mulher teve a coragem de usar sua assistente como uma
desculpa para com sua mãe, como se ele precisasse de uma desculpa para mandá-la para o
inferno, depois de tudo o que ela tinha lhe feito, ela realmente pensava que eles poderiam se
envolver em um relacionamento de novo?, a Brianna estava louca, pensou, quando se
conheceram ele era jovem e ingênuo, foi enganado pelo seu charme e beleza, ela o manipulou
para conseguir fundos para garantir seu futuro, quando conseguiu o que queria, lhe disse que
tinha câncer e que se trataria no exterior e Marcus acreditou nela, então descobriu a verdade, seu
pai pagou a Brianna para deixá-lo, seu coração se partiu em mil pedaços, não voltou a confiar em
nenhuma mulher, e em sua imaturidade se dedicou a se vingar de seu pai, perdendo 4 anos de sua
vida em festas desenfreadas, culpou seu pai quando na realidade ela era a erva venenosa, e agora
ela estava voltando para sua vida pensando que eles tinham um futuro juntos. Estava muito
chateado, Brianna cometeu um erro mortal, ela envolveu Anne no assunto, sabia perfeitamente
bem que sua mãe tentaria demitir sua assistente se ele tivesse um relacionamento com Anne, e
ela tinha feito isso intencionalmente para se vingar dele por ter cancelado o encontro. Era um
aviso, mas ele não deixaria ninguém se metesse em sua vida pessoal, e muito menos deixaria
alguém machucar a Anne, ele veria um jeito de se vingar daquela vadia, pensou
Anne estava jantando quando Beth desceu de seu quarto para perguntar sobre seus assuntos.
- Olá Anne
- Olá Beth — ela a encarou por uns instantes sem disser nada então lhe perguntou — você
precisa de alguma coisa?
- Não, eu só estava curioso sobre o seu novo amigo
- Novo amigo?
- Aquele que te trouxe para casa
- Ahh, ele não é meu amigo, ele é meu chefe
- Nossa! Anne, e eu que sempre te vi como uma santa
- Não imagine coisas, não acontece nada entre nós
- Ah não?
- Não, ele só me
trouxe porquê…. — não quis lhe dar detalhes, Beth era uma fofoqueira e isso só iria piorar as
coisas para ela
- Porque…
- Não importa, não há nada entre nós
- Se você diz...
De manhã, Anne foi à universidade para sua reunião e depois foi ao trabalho para seu
treinamento, quando chegou ao escritório encontrou um bilhete de seu chefe
"Verifique sua gaveta"
Que mensagem estranha, pensou, ela abriu a gaveta e encontrou um spray de pimenta e uma
máquina de choque elétrico, que exagero! pensou, mas de certa forma ela também ficou contente
em saber que ele se importava com ela
- Boa tarde — Anne ainda sorria quando levantou a cabeça e viu uma mulher muito elegante
- Boa tarde, em que posso te ajudar?
- Vim ver meu filho — ops é a louca da mãe dele pensou Anne — você é a assistente dele? —
perguntou levantando a sobrancelha
- Sim senhora — respondeu e pegou o telefone e ligou para seu chefe
- Boa tarde senhor, sua mãe está aqui
- Minha mãe?
- Sim
- Ok, deixe-a passar
- Claro — desligou — pode entrar senhora
A mulher olhou para ela pela última vez da cabeça aos pés antes de se virar e ir para o escritório,
Anne sentiu um calafrio, o tipo que você sente quando a morte está ao seu redor, pensou
- Mãe, o que você está fazendo aqui?
- Vim para ver com meus próprios olhos a mulher que arruinou seu encontro
- Já te disse que era só uma desculpa para me livrar da Brianna
- Bem, agora que a vi, me parece que Brianna tem motivos para se sentir ameaçada
- Esqueça mãe eu não vou sair com a Brianna e muito menos vou me casar com ela
- Qual é o problema entre vocês?
- Eu já te disse que ela é uma golpista
- Você não me deu detalhes
- Ela não é confiável
- Você diz isso porque seu pai financiou seus estudos
- Você sabia?
- Claro, quem você pensa que deu a ideia ao seu pai?
- Você ... e você quer que eu me case com ela?
- Eu pensei que se eu trouxesse a mulher que te arruinou, talvez você ...
- É uma piada?
- Filho, estou tentando há dois anos que você se case, mas todas as minhas tentativas falharam
- Chega! quero que pare com isso agora, não quero que se intrometa na minha vida pessoal de
novo, não disse nada antes porque me sentia culpado pela morte do meu pai, mas já tive o
suficiente, de agora em diante eu não quero que volte a se meter na minha vida amorosa
- Marcus, eu só quero que você se estabeleça como chefe de família, você sabe que o futuro
dessa família está em suas mãos
- Eu já sei e tenho procurado cuidar de tudo desde a morte do meu pai, e tenho feito um bom
trabalho, você é a única que não vê isto, não vou mais tolerar que você me trate como se fosse
um adolescente irresponsável, sei que você quer o melhor para mim, mas já estou crescido mãe,
vou tomar as minhas próprias decisões
Sua mãe olhou para ele indignada, era a primeira vez que o Marcus a enfrentava sobre este
assunto
- Ok, mas no dia em que você me apresentar a sua futura esposa, espero que ela seja uma mulher
excepcional
- Não se preocupe mãe, o dia em que eu me casar sem dúvida alguma será com uma mulher
excepcional
Capítulo 13 Eu cuido do que é meu
Palavras: 5491 | Lançado em: 13/07/2021
Anne ficou preocupada, ouviu que seu chefe estava discutindo com sua mãe, esperava que não
fosse pelo que aconteceu ontem, ela não queria ter problemas
- Olá Anne
- Oi Frank
- Por que você tem essa cara? aconteceu alguma coisa?
- A mãe do Sr. Castle está com ele
- Merda!
- Parece que eles estão discutindo
- Isso não é bom
- Foi o que eu pensei, devo ir agora, me avisa se o chefe precisar de alguma coisa
- De acordo
Anne foi ao departamento de recursos humanos para receber os cursos de informática que tinha
pendentes, estava morrendo de curiosidade, mas tinha certeza de que Frank lhe daria detalhes
quando voltasse.
Marcus estava muito chateado, não conseguia acreditar que sua mãe pensava que ele ainda era
um adolescente irresponsável que ela poderia manipular usando o sentimento de culpa que sentia
pela morte prematura de seu pai
- Está tudo está bem? — Frank perguntou entrando em sua sala
- Minha mãe me fez uma visita
- As coisas estão tão ruins assim?
- Ela cruzou a linha desta vez
- Entendo
- Tive que parar o carro dela ou me enlouqueceria
- Já estava na hora ... Eu já estava me perguntando quanto mais você conseguiria suportar antes
de decidir fazer algo ao respeito
- Meu encontro de ontem foi com a Brianna
- A garota que te largou?
- Sim
- Nossa! imagino que ela não sabia sobre o que aconteceu entre vocês
- Sabia sim, descobri que a ideia de comprar a garota foi dela
- Merda! então…
- Ela acreditava que se trouxesse a mulher que me arruinou, eu milagrosamente me tornaria o
filho de seus sonhos
- Uau! O que pensa fazer agora?
- Nada, eu disse a ela que cuidaria da minha vida amorosa de agora em diante
- Você acredita que ela vai aceitar isso?
- Claro que não, mas pelo menos deixei minha posição clara
- De acordo... — disse Frank reflexivo
- Você precisava de algo?
- Eu só queria saber se sua visita à zona portuária ainda está de pé
- Ah é amanhã
- Sim
- Claro
- Quer que eu vá te buscar?
- Sim vai ser o melhor
- Vai levar a senhorita Sanders?
- Por que não, acredito que seria bom para ela saber algo mais sobre importação, está escrevendo
uma tese sobre isso
- Entendo, então pego vocês em sua casa?
- Às 8
- Perfeito
Anne terminou seus cursos e voltou para seu escritório, eram quase 5 da tarde quando ela
acabou, esperava que seu chefe ainda estivesse trabalhando para cumprimentá-lo antes de ir para
casa
- Boa tarde senhor, terminei o meu curso de formação, queria saber se precisava de alguma coisa
antes de eu ir embora
- Como foi?
- Bem, acredito que sei agora o que é preciso para fazer meu trabalho
- Fico feliz por você
- Está tu
do bem?
- Sim por quê?
- Sua mãe venho hoje e eu pensei ... Me desculpe, eu não quero me intrometer nos seus assuntos
- Suponho que, como me espantalho você deveria saber sobre isto, ela veio me dar um sermão
por ter cancelado o meu encontro ontem
- Entendo, suponho que agora as coisas vão piorar — ela pressagiou
- É provável que agora ela se esforce mais em me conseguir uma esposa — sugeriu, na verdade
ele tinha certeza de que sua mãe não desistiria
- Então você vai precisar de mim mais do que nunca — ele se surpreendeu sorrindo, sua
assistente era muito leal
- Receio que sim — disse encolhendo os ombros, afinal a visita de sua mãe não acabou sendo um
desastre total, pensou
- Vou fazer o meu melhor — disse ela com um sorriso forçado
- Amanhã começaremos a trabalhar na sua tese
- Sério?
- Sim, iremos para a zona portuária e você poderá coletar os dados da fonte primaria
- Isso é ótimo, eu preciso fazer algumas entrevistas
- Bom, você não vai encontrar uma oportunidade melhor
- Muito obrigado senhor
- De nada, de qualquer maneira, você só fará seu trabalho
- Eu entendo, se você não precisa de mais nada eu gostaria de me retirar
- Você pode ir, até amanhã no horário de sempre
- Claro senhor
Na manhã seguinte, Anne chegou com um expresso e donuts na casa de Marcus.
- Bom dia, senhor
- Bom dia Srta. Sanders
- O Frank virá nos buscar às 8, há tempo para o café da manhã ... se quiser — sugeriu ele
- Ovos mexidos? — ela perguntou sorrindo
- Eu adoraria
Quando terminaram o café da manhã, Frank chegou e eles foram para o porto, Anne estava muito
animada com sua primeira incursão no mundo dos negócios, quando se candidatou para este
emprego pensou que ficaria trancada em um escritório todos os dias, mas aparentemente ela ser a
assistente de um CEO tinha certas vantagens
- Vou falar com alguns funcionários agora, você pode aproveitar para fazer suas entrevistas
- Certo
Entraram em um armazém gigantesco, as caixas que deveriam ser carregadas nos contêineres
ficavam ali armazenadas, era uma área de carga, muitos funcionários transportavam os produtos
em pequenos tratores, Anne conversava com um dos transportadores quando houve um acidente
próximo à entrada, um dos tratores perdeu a direção e colidiu com a fileira de caixas empilhadas
na área onde estavam Anne e seu chefe, ela estava muito distraída para perceber o desastre,
Marcus, por outro lado, sempre à procura de sua assistente viu o que estava prestes a acontecer,
saiu correndo em sua direção, uma fileira de caixas começou a cair de repente criando uma onda
de desastres, as pessoas começaram a correr para escapar
- Anne! — gritou ele, mas com o barulho das máquinas ela o ouviu
Marcus chegou bem a tempo de protegê-la com seu corpo antes que uma pilha de caixas caísse
em cima deles, Anne não sabia o que estava acontecendo até que foi tarde demais, seu chefe a
jogou no chão e então uma escuridão a envolveu completamente

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