A Evolução Do Sistema Da Tecnologia de Telefonia Móvel
A Evolução Do Sistema Da Tecnologia de Telefonia Móvel
A Evolução Do Sistema Da Tecnologia de Telefonia Móvel
A EVOLUÇÃO DO SISTEMA DA TECNOLOGIA DE TELEFONIA MÓVEL
COMO GERADORA DE COMUNICAÇÃO UBÍQUA E PERVASIVA
Resumo
A utilização das Tecnologias da Informação Móveis e Sem fio (TIMS) traz diversos atributos
da mobilidade ao contexto empresarial, como a liberdade de movimento, conveniência,
conectividade instantânea, personalização e acessibilidade. Os sistemas de comunicações
móveis revolucionaram a forma como as pessoas se comunicam, unindo comunicação e
mobilidade e com o passar dos anos, o acesso por meio da tecnologia sem fio teve grandes
evoluções relacionadas ao desempenho e eficiência. O objetivo desse trabalho é apresentar
uma retrospectiva das tecnologias móveis, apresentando informações atuais e futuras, a
evolução da telefonia móvel e da mobilidade tecnológica, desde o surgimento do primeiro
telefone até as tecnologias mais atuais, apresentando ainda a importância da comunicação
ubíqua, e a metodologia utilizada foi a revisão sistemática da literatura.
Abstract
The use of Information Technology and Mobile Wireless (TIMS) has several attributes of
mobility to the business context, such as freedom of movement, convenience, instant
connectivity, personalization and accessibility. Mobile communication systems have
revolutionized the way people communicate, joining communication and mobility and over
the years, access via wireless technology has had major developments related to the
performance and efficiency. The aim of this paper is to present a retrospective of mobile
technologies, with current and future information, the evolution of mobile and technological
mobility, since the emergence of the first phone to the latest technology and contains the
importance of ubiquitous communication, and methodology used was the systematic review
of the literature.
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1 Introdução
A utilização das Tecnologias da Informação Móveis e Sem fio (TIMS) traz diversos
atributos da mobilidade ao contexto empresarial, como a liberdade de movimento,
conveniência, conectividade instantânea, personalização e acessibilidade. A ubiquidade
incorpora a ideia de acessibilidade, na qual as pessoas são capazes de acessar redes a qualquer
momento de qualquer lugar, e por sua vez, são acessíveis a qualquer hora e em qualquer lugar,
objetivando propiciar aos usuários uma maior interação com o mundo digital, a qualquer
momento e utilizando qualquer dispositivo móvel (Junglas & Watson, 2006).
O crescimento da computação móvel e ubíqua, segundo Kumar, Liu, Sengupta e
Divya (2010), foi impulsionado pela transformação do ambiente corporativo e foi um grande
avanço, tendo permitido que dados fossem acessados em tempo real, em ambientes
geograficamente dispersos, possibilitando maior mobilidade. Os sistemas de comunicações
móveis revolucionaram a forma como as pessoas se comunicam, unindo comunicação e
mobilidade.
Com o passar dos anos, o acesso por meio da tecnologia sem fio teve grandes
evoluções relacionadas ao desempenho e eficiência, sendo que a primeira geração (1G)
cumpriu sua função com o serviço de voz móvel básica, enquanto a segunda geração (2G)
introduziu maior capacidade de serviços e cobertura, seguido pela terceira geração (3G), que
incorporou a busca de dados em alta velocidade e a quarta geração (4G) que fornece acesso a
vários serviços de telecomunicações aliados a aplicações de alta mobilidade e taxas de dados.
Já a quinta geração (5G) promete ser tecnologicamente mais inteligente, interligando todo o
mundo (Sharma, 2013).
Diante de uma evolução das tecnologias de dispositivos móveis cada vez mais
avançadas, na qual os usuários podem acessar as redes a qualquer momento, a partir de
qualquer lugar usando uma variedade de dispositivos, a questão que surge é: como se deu a
evolução das tecnologias móveis, desde o seu surgimento até as perspectivas futuras? Para
responder a essa questão, esse trabalho objetiva apresentar um olhar sobre o passado das
tecnologias móveis, apresentando informações atuais e futuras. Será apresentada a evolução
da telefonia móvel e da mobilidade tecnológica, desde o surgimento do primeiro telefone até
as tecnologias mais atuais, apresentando ainda a importância da comunicação ubíqua.
A metodologia utilizada será revisão sistemática da literatura, que segundo Noronha e
Ferreira (2000) são estudos que analisam a produção bibliográfica em determinada área
temática, dentro de um espaço de tempo, possibilitando obter uma visão geral sobre um tópico
específico, evidenciando novas ideias.
O trabalho está estruturado em cinco partes, começando pela introdução, seguindo
para a revisão da literatura onde são apresentados os principais conceitos que são relevantes
para o entendimento do artigo, a seguir é apresentado o método utilizado e a análise do
resultado da busca feita nas bases de dados, finalizando com as conclusões.
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2 Referencial Teórico
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O grande salto da telefonia móvel ocorreu no início dos anos 90, na qual muitas
empresas estavam envolvidas e empenhadas no desenvolvimento de novas tecnologias,
plataformas e linguagens de programação (Hagen, Breugst & Magedanz, 1998). O primeiro
aparelho móvel comercial surgiu por volta de 1985, mas a demanda não decolou até o início
dos anos 90, e nos dias de hoje, o mercado continua a ser dominado por algumas marcas,
como Nokia, Motorola, Sony Ericsson, Samsung e LG, mas há também algumas outras
marcas e fornecedores que foram introduzidas com sucesso no mercado. O crescimento da
procura por aparelhos móveis se deu na década de 90, quando houve o boom das
telecomunicações, quando a demanda superou a oferta disponível. Contrastando com outras
indústrias do setor eletrônico, a terceirização de fabricação de aparelhos móveis entre os
líderes do mercado era bastante rara neste período, refletindo tanto o rápido ritmo da evolução
tecnológica e a escassez de fornecedores e, dessa forma, empresas tiveram que investir
pesadamente na sua própria produção para suprir o déficit de abastecimento. A partir de 2001,
já com o excesso da produção mundial, as grandes marcas optaram pela terceirização da sua
produção como forma de racionalizar suas operações, sendo inicialmente a terceirização
restrita somente à fabricação, e, posteriormente, também outros serviços como design dos
aparelhos (Alcacer & Oxley, 2014).
Em 1994 a americana Qualcomm colocou no mercado uma outra tecnologia, a
Narrowband Code Division Multiple Access (CDMA), e que foi adotada como tecnologia
padrão pela indústria de telecomunicações. Já o assistente pessoal digital (PDA), foi
desenvolvido para ser uma versão portátil dos itens encontrados em um computador pessoal.
A Palm Inc. em 1996 lançou o Pilot 1000 e 5000, produtos pioneiros na computação portátil.
Em 1999 foi adquirida a Smart Code Techologie, uma avançada tecnologia com capacidade
de comunicação sem fio, superando as expectativas do mercado de telefonia móvel, uma vez
que possuía dispositivo de dados e comunicadores inteligentes (Kumar & Zahn, 2003).
Segundo estudos feitos por Lee, Trimi e Kim (2013), produtos e serviços como
iPhone, iTunes, iPad, Android tem um enorme efeito sobre a indústria e sobre o
comportamento dos consumidores. Para os autores, a tecnologia de telefonia móvel é
considerada atualmente como a que possui o crescimento mais rápido entre todas as
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). A razão para isso não é apenas a sua
mobilidade, uma diminuição nos custos e avanço de rede sem fio, mas também o
desenvolvimento e melhoria de telefones inteligentes em conjunto com um enorme aumento
do número de aplicações. Telefones inteligentes são usados não apenas para comunicações de
voz, mas para muitas outras funções interativas, como serviço de mensagens curtas (SMS),
internet móvel, comércio móvel e serviços bancários, de entretenimento móvel e jogos, redes
sociais, música, fotografia, e inúmeras outras aplicações. A intensificação das interações
sociais móveis criou um efeito de rede tremenda, que tem muito acelerado comportamentos
de imitação na adoção de tecnologia móvel.
O surgimento do iPhone em 2007, possibilitou que, por meio de uma tela de toque
multifuncional, o usuário pudesse interagir com seu aparelho usando apenas os dedos, e a
partir daí houve uma explosão no uso de smartphones, surgindo a utilização de aplicativos
móveis (APP’s) com as mais diversas finalidades e segundo Okazaki e Mendes (2013), em
2012 apenas uma loja de jogos atingiu 15 milhões de downloads, o que significa um grande
interesse por parte de usuários que buscam serviços móveis.
A comunicação móvel foi possível graças à rápida revolução na tecnologia móvel e
sem fio, que com o passar dos anos tornou elevado o número de usuários de dispositivos
móveis. De acordo com Ashiho (2003), o surgimento da tecnologia móvel se deu com a
geração 1G, que possuía somente a facilidade de voz, tendo sido substituído pela geração 2G,
cujos telefones digitais possuíam fax e serviços de mensagem. Já a tecnologia 3G, também
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chamada de terceira geração de tecnologia de telefones móveis foi desenvolvida, segundo
Sahoo, Hota e Barik (2014) na década de 90, sendo inserida no mercado nos anos 2000, e
além do aumento da velocidade foi incluído outros serviços como roaming global, qualidade
superior de voz, serviços de internet, acesso a TV/vídeo, Global Positioning System (GPS),
entre outros.
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obter informações sobre o ambiente ao seu redor, utilizando-a para controlar, configurar e
ajustar a aplicação para que melhor se adeque às características do ambiente.
Lyytinen e Yoo (2002) explicam que os principais desafios para computação ubíqua
originam de integrar a mobilidade em grande escala com a funcionalidade de computação
pervasiva. A computação ubíqua, enquanto se move com a as pessoas por meio de qualquer
dispositivo, pode construir modelos dinâmicos de forma incremental de seus vários ambientes
e configurar os seus serviços em conformidade.
No artigo seminal de Weiser escrito em 1991, ele estabeleceu uma diferença entre
computação ubíqua e dispositivos móveis, sendo que a primeira é invisível e onipresente e a
informação pode ser acessada de qualquer lugar a qualquer tempo por meio de dispositivos
móveis, que são palpáveis (Saccol & Reinhard, 2007).
3 Metodologia
Uma revisão sistemática é uma forma de pesquisa que utiliza como fonte de dados a
literatura sobre determinado tema, disponibilizando um resumo das evidências relacionadas a
uma estratégia de intervenção específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e
sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação selecionada (Linde &
Willich, 2003). É um estudo que tem por objetivo reunir criteriosamente estudos semelhantes,
avaliando sua qualidade. “Requer uma pergunta clara, a definição de uma estratégia de busca,
o estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão dos artigos e, acima de tudo, uma análise
criteriosa da qualidade da literatura selecionada” (Sampaio & Mancini, 2007, p. 83).
As revisões sistemáticas, como explicam Sampaio e Mancini (2007), tem como
características serem metódicas, explícitas e passíveis de reprodução, servindo para direcionar
o desenvolvimento de estudos, dando direcionamento a novos rumos para futuras
investigações e identificando quais métodos de pesquisa foram utilizados em uma área.
O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados Scopus, no período de
setembro a novembro de 2015, por meio das palavras-chave mobile and ubiquitous, no
período de 1990 a 2015, e nesta pesquisa inicial foram identificados 1712 artigos. Para o
refinamento da busca, foi escolhida a área Social Sciences e Humanities, quando o número de
artigos foi reduzido para 354 e com um refinamento ainda maior, buscando apenas por artigos
em inglês, espanhol e português, o número de publicações caiu para 75. Como o trabalho
aborda uma evolução do tema, procurou-se selecionar aqueles que mais se alinhavam dentro
do objetivo proposto, não se prendendo mais a refinamentos nem a outros critérios de busca.
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4.1 Origem dos Estudos
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Dentre os cinco países que mais publicaram, os três primeiros são de língua inglesa: os
Estados Unidos com 19 publicações, Austrália e Reino Unidos ambos com 11 publicações
cada. Na sequência o quarto e quinto país com mais publicações são a Espanha com 9 e China
com 5, respectivamente. Estes números revelam a grande concentração das publicações em
apenas 5 países, que totalizam 73,3% do total. A Figura 2 apresenta a relação dos países com
maior número de publicações.
Sob o aspecto de origem por universidade de afiliação, a concentração é menos
evidente. Tanto que a principal instituição ligada à produção dos trabalhos é espanhola, a
Univerdidad Autonoma de Madrid, com 5 estudos, conforme a Figura 3.
Nos termos descritos no método deste estudo, foi elaborada uma nuvem de palavras
produzida a partir das palavras-chave de todos os 75 artigos. Como interpretação da nuvem, o
tamanho da fonte das letras é proporcional ao número de vezes que os termos apareceram nas
palavras-chave. A Figura 4 apresenta a nuvem de palavras e demonstra conexões dos próprios
termos de busca: “mobile” e “ubiquitous” com outros termos ligados à tecnologia que permite
o uso dos dispositivos móveis, como “2G”, “3G”, “4G”e “5G”, referindo-se ao progressivo
avanço tecnológico a uma gama cada vez mais ampla de serviços a dispositivos também em
progressão de capacidade e serviços.
O termo “pervasive” remete à universalização do uso desta tecnologia, enquanto que o
termo “wireless” se dirige à própria mobilidade. Todos os principais termos revelam o acerto
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no foco central deste estudo, a tecnologia móvel e sua vasta disseminação social, com
consequente alteração de padrões de comunicação e prestação de serviços dos mais variados
segmentos.
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A Tabela 1 remonta a um breve resumo da evolução tecnológica das gerações ligadas
à mobilidade. Suas características sofreram evidentes evoluções que, sem dúvida,
contribuíram para alavancar a ubiquidade e uso massivo dos dispositivos.
5 Conclusão
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