Manual Pratico para Visitas Nos Hospitais

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

Ministério Internacional Tempo de Missõ es

Introdução

Sabemos que Jesus quando visitou a casa de Pedro, encontrou sua sogra
doente e a curou (Mt 8:14-17). Jesus curou vários enfermos (Mt 4:23).

Em seu sermão escatológico, o Senhor Jesus declarou que dirá aos que
estiverem à sua direita: "Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança
o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo, porque
adoeci e me visitaste" (Mt 25:34-36).

À luz disso chegamos à conclusão que Jesus tinha cuidado para com os
enfermos. Estava desejoso de não apenas curá-los fisicamente, mas
também curá-los espiritualmente. Ao Paralítico de Cafarnaum Ele disse:
"Filho, perdoados são os teus pecados" (Mar 2:5). Depois, para que os
homens cressem que Ele era Deus, e tinha, portanto, poder para perdoar
pecados, disse também ao paralítico: "Levanta-te, toma o teu leito, e vai
para tua casa" (Mt 2:17).

Requisitos Indispensáveis ao Evangelista 

Este ponto serve para todas as lições subseqüentes que tratam da obra de
evangelização, independente do grupo a ser alcançado pelas boas notícias
de Deus. O evangelista precisa de possuir e cultivar os seguintes
requisitos, as seguintes marcas:

1. Conversão 
Só uma pessoa que já teve uma experiência da conversão pode
evangelizar. Ninguém pode falar daquilo que não conhece, que não tem,
que não sabe. A mulher samaritana é um exemplo de alguém que
compartilha Jesus depois que teve um encontro com Ele (João 4:28,29).
Paulo tornou-se um evangelista, um vaso de benção, depois que foi
alcançado pela benção da salvação no caminho de Damasco (At 9:1-15).

2. Poder de Deus
Antes de sua ascensão ao céu, o Senhor Jesus Cristo disse aos seus
discípulos que testemunhassem d'Ele em Jerusalém, em toda a Judéia e
Samaria, e até os confins da terra (At 1:6). Porém, Jesus deixou claro que
eles não deveriam realizar tal missão com o poder humano, mas com o
poder do Espírito Santo de Deus.

Em que Consiste a Evangelização

Manual Prá tico Para Visitas nos Hospitais Pá gina 1


Ministério Internacional Tempo de Missõ es

A evangelização consiste na obra de uma pessoa convertida e motivada


pelo poder do Espírito Santo de Deus, em compartilhar, com outra pessoa
não convertida as boas notícias de Deus, como o perdão e o amor de
Jesus, tendo em vista sua conversão e serviço à Deus.

Conhecendo os Regulamentos dos Hospitais

Nenhum evangelista deve procurar evangelizar nos hospitais quebrando


os seus regulamentos. Há nos hospitais certas normas para visitas que
devem ser observadas diligentemente pelo evangelista.

As normas dos hospitais visam o bem-estar do paciente, do enfermo, e o


evangelista certamente está preocupado com o bem-estar do paciente, do
enfermo a ser evangelizado. O evangelista não deseja ir ao hospital só
para um desencargo de consciência, ou coisa parecida.

Os hospitais tem normas para visitas a pacientes na enfermaria, a quartos


e nos centros de tratamento intensivo. Tais normas não são sem
propósito, e por isso devem ser observadas.

Assim sendo, procure saber quais as normas dos hospitais de sua cidade e
procure evangelizar os pacientes de acordo com as normas estabelecidas.

O Comportamento do Evangelista nos Hospitais 


Ao ir a um hospital com o propósito de evangelizar, observe as seguintes
sugestões:

1. Seja breve 
É preferível que o enfermo peça para você voltar ou ficar mais um pouco,
a ficar cansado de sua presença e agradecer a Deus por sua partida.

2. Saiba ouvir 
Muitas vezes o paciente quer falar alguma coisa. Ele pode querer
compartilhar alguma necessidade não apenas física, mas psicológica,
moral ou espiritual. Ouça-o.

3. Não dê palpites médicos 


Mesmo que você seja médico ou enfermeiro, não estará ali naquele
instante como tal; quanto mais não sendo um profissional da área médica.
Mesmo que o paciente lhe peça uma opinião sobre como proceder à luz
de seus estado clínico, não se aventure a sugerir-lhe coisa alguma.
Oriente-o sempre a conversar com o médico dele sobre o assunto.

Manual Prá tico Para Visitas nos Hospitais Pá gina 2


Ministério Internacional Tempo de Missõ es

4. Não faça promessa de cura 


Nem sempre Deus cura. Deus pode curar, mas há exemplos na Bíblia de
pessoas piedosas com enfermidades que não foram curadas. O Apóstolo
Paulo tinha um espinho na carne (II Cor 12:7-10); O pastor Timóteo
tinha problemas de estômago e freqüentes enfermidades (I Tm 5:23); O
pastor da Igreja de Filipos, Epafrodito, andava doente, quase à morte (Fl
2:25-27); e Paulo acabou deixando o companheiro Trófimo doente em
Mileto (II Tm 4:20).
Porque razão esses homens piedosos e dedicados não foram curados de
suas enfermidades? É difícil responder, porém, uma das possíveis
respostas é esta: A cura não é o fim último de Deus. Muitas vezes Deus
pode ter um propósito especial com a enfermidade, e sua cura
atrapalharia tal propósito (II Cor 12:7-9; João 11:14,15; 9:1-3; Sal
119:67,71; Hb 5:8). Nem sempre Deus cura, a despeito da fé daquele que
ora ou do doente.

5. Deus usa os médicos e todos os demais recursos da medicina


A Bíblia ensina isso. Paulo tinha ao seu lado o médico Lucas, por causa
de suas enfermidades (Cl 4:14; II Tm 4:11; Fl 24) Jesus, ao contar a
parábola do bom samaritano, fala-nos de como Ele usou os recursos
medicinais da época (Luc 10:33,34). Dessa forma, o óleo que aos
presbíteros é recomendado usar em Tiago 5:14 diz respeito a um recurso
medicinal, e não a um recurso espiritual.

6. Ore pelo enfermo


Peça a Deus que o cure, se for essa a vontade d'Ele. Mas, peça também a
Deus para consolá-lo, confortá-lo e salvá-lo pela fé em Cristo Jesus. Leia
a Bíblia com ele. Evite proceder como os amigos de Jó. Não procure
relacionar a enfermidade com algum pecado. Selecione alguns textos
para serem usados no hospital, mas não leia todos para um só enfermo.
Há textos maravilhosos na Bíblia: Salmos 20; 23; 27; 32; 42; 46; Isaias
53; Jeremias 33:3; Mateus 6:34; 11:28-30; João 14:1-6; Romanos 5:1-8;
8:18-28; 8:31-39; etc. Você pode encontrar muitos outros textos.

7. Não queira fazer tudo numa visita apenas


Muitas vezes a primeira visita serve apenas para criar um elo entre o
evangelista e o enfermo. Não se precipite. Creia que o Espírito Santo de
Deus estará agindo enquanto você trabalhar com o enfermo como um
evangelista.

Conclusão 
A visita de evangelização nos hospitais deve visar realmente ajudar o
enfermo, tendo em vista seu estado físico, emocional e espiritual.

Manual Prá tico Para Visitas nos Hospitais Pá gina 3


Ministério Internacional Tempo de Missõ es

Normalmente os enfermos são receptivos à Palavra de Deus e à oração.


Não obstante, seja prudente, tenha tato. Não leve o enfermo ao enfado.
Não se esqueça que você deseja o bem do paciente, e não um simples
desencargo de consciência.

Respeite as normas dos hospitais. Prepare-se com antecedência. Escolha


um texto bíblico previamente. Se puder, leve para o enfermo alguma
literatura da igreja, com o carimbo contendo endereço, horário de culto e
telefone. Não fique ansioso por frutos imediatos e visíveis. Não se
esqueça que um é o que planta, outro o que sega, mas Deus é quem dá o
crescimento (I Cor 3:6-8).

Manual Prá tico Para Visitas nos Hospitais Pá gina 4

Você também pode gostar