Manual de Prática de Anestesiologia - Tecnicas Maxilares
Manual de Prática de Anestesiologia - Tecnicas Maxilares
Manual de Prática de Anestesiologia - Tecnicas Maxilares
Curso de Odontologia
Disciplina de Anestesiologia e Cirurgia Bucal
Semestre 2021.2
MANUAL PARA
PRÁTICA DE
ANESTESIOLOGIA E
CIRURGIA BUCAL
-Técnicas Anestésicas Maxilares-
São Luís,
2021
TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR
Áreas anestesiadas:
1. Polpas do 3º, 2º e 1º molares superiores (todo o dente = 72%; raiz
mesiovestibular do 1º molar superior não anestesiada = 28%);
2. Tecido periodontal vestibular e osso sobrejacente a esses dentes.
1. Ao avançar a agulha lentamente nos tecidos moles, não deve haver resistência e
desconforto ao paciente. Caso seja encontrada alguma resistência, o ângulo da
agulha em direção à linha média está muito grande.
2. Risco de aspiração positiva: 3.1%.
3. Utilizar agulha longa produz profundidade de penetração excessiva aumentando
o risco de hematoma.
4. Formação de hematoma intraoral visível é a complicação mais comum dessa
técnica anestésica, visto a possibilidade de penetração no plexo venoso
pterigóideo e na artéria maxilar.
5. Caso a tentativa de realizar essa anestesia seja feita com uma injeção mais lateral
à localização desejada, ocorre a possibilidade de produzir graus variáveis de
anestesia mandibular (a divisão mandibular do trigêmeo está localizada
lateralmente ao nervo ASP).
Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio (ASM)
Áreas anestesiadas:
1. Polpas do 1º e 2º pré-molares superiores e raiz mesiovestibular do 1º molar
superior;
2. Tecido periodontal vestibular e osso sobrejacente a esses dentes.
1. Para evitar a dor, não introduzir a agulha muito próxima ao periósteo e não
injetar rapidamente.
2. Risco de aspiração positiva: < 3%
3. Caso toque a agulha no osso muito brevemente, faça reinserção da agulha
mais axialmente ao longo eixo do dente.
4. Caso o depósito da solução anestésica seja com a agulha posicionada nos
tecidos muito lateralmente à altura da prega mucovestibular, haverá falha
na anestesia. Para corrigir, é preciso reinserir mais medialmente.
5. Formação de hematoma é uma complicação rara.
6. Em caso de falhas consecutivas na anestesia, opte pelo bloqueio do nervo
alveolar superior posterior ou nervo alveolar superior anterior.
Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Anterior (ASA)
Bloqueio do Nervo Infraorbitário
Áreas anestesiadas:
1. Polpas do incisivo central superior ao canino superior.
2. Em 72% dos pacientes, as polpas dos pré-molares superiores e a raiz
mesiovestibular do primeiro molar superior.
3. Tecido periodontal vestibular e osso sobrejacente a esses dentes.
4. Pálpebra inferior, aspecto lateral do nariz e lábio superior ➔ Nervo
Infraorbitário (palpebral inferior, nasal lateral e labial superior).
Extraída do
Manual de Anestesia Local, Malamed, 2021
Áreas anestesiadas:
1. Tecidos moles e duros palatinos distais ao canino e medialmente até a linha
média.
Técnica:
1. Monte a sua carpule com uma agulha curta de calibre 27;
2. Posicione-se de frente para o paciente na posição de 7 ou 8 horas se a
anestesia for no NPM direito e na posição de 11h se for no NPM esquerdo.
3. Solicite ao paciente que abra bem a boca, estenda o pescoço e gire a cabeça
para a esquerda ou para a direita para melhorar a visibilidade;
4. Localize o forame palatino maior que se localiza mais frequentemente num
ponto distal ao segundo molar superior e 1cm da linha média palatina.
5. Prepare o tecido no local de injeção, apenas 1 a 2 mm anterior ao forame
palatino maior com aplicação de anestésico tópico ou isquemia com
pressão por 30 segundos;
6. Avance a carpule a partir do lado oposto da boca formando um ângulo reto
com a área-alvo. Estabilize bem a carpule.
Extraídas do Manual de Anestesia Local, Malamed, 2021
1. Não entre no canal palatino maior. Embora isso não seja perigoso, não há
nenhuma razão para se entrar no canal.
2. Risco de aspiração positiva: < 1%.
3. A anestesia do palato na área do primeiro pré-molar superior pode ser
inadequada devido às fibras superpostas do nervo nasopalatino. Para
corrigir, a infiltração local pode ser necessária como um suplemento na
área anestesiada inadequadamente.
4. As complicações podem ser a isquemia e necrose dos tecidos moles quando
uma solução vasoconstritora muito concentrada é utilizada para a
hemostasia por um período prolongado.
Áreas anestesiadas:
Técnica:
1. Monte a sua carpule com uma agulha curta de calibre 27;
2. Posicione-se na posição de 9 ou 10h para a mesma direção do paciente;
Extraída do Manual de
Anestesia Local, Malamed, 2021
Referências
MALAMED, Stanley F. Manual de Anestesia Local. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021.