Disturbio Do PAC
Disturbio Do PAC
4 Declaração de
5 posicionamento e
6
Diretriz Prática
7 Distúrbio do Processamento
8 Auditivo (DPA)
Data: Abril 2017
9
10 Prefácio Geral
11 Este documento apresenta o Guia Prático da Sociedade Britânica de Audiologia (BSA. Este
12 guia prático representa, com o melhor conhecimento da BSA, baseado em evidências e boas
13 práticas, dada a declarada metodologia e escopo do documento e na época da publicação.
14
15 Embora tenha havido cuidado na preparação das informações fornecidas pela BSA, a BSA não
16 garante e não pode garantir a interpretação e aplicação das mesmas. A BSA não pode ser
17 responsabilizada por quaisquer erros ou omissões, e a BSA não aceita qualquer
18 responsabilidade por qualquer perda ou dano de qualquer maneira. Este documento substitui
19 qualquer procedimento recomendado anterior pela BSA e permanece até ser substituído ou
20 retirado pela BSA.
21
22 Comentários deste documento serão bem-vindos e deverão ser enviados para:
23
24 Sociedade Britânica de Audiologia
25 Blackburn House,
26 Redhouse Road
27 Seafield,
28 Bathgate
29 EH47 7AQ
30 Tel: +44 (0)118 9660622
31 [email protected]
32 www.thebsa.org
33
34 Publicado pela Sociedade Britânica de Audiologia
36 Todos os direitos reservados: Este documento pode ser livremente reproduzido inteiramente para
37 propósitos educacionais e sem obtenção de lucros . Nenhum outro tipo de reprodução é permitido sem
38 a permissão escrita da Sociedade Britânica de Audiologia.
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45 Autores e Agradecimentos
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47 Produzido por: O Grupo de Interesses especiais do Transtorno do Processamento Auditivo
48
49 Autores Principais
David R. Moore1. Diretor, Centro de Pesquisa de Ciências da Comunicação, Hospital Infantil de
50
51 Cincinnnati; Professor de Otorrinolaringologia e Neurociência, Universidade de Cincinatti USA
52
53 Nicole G. Campbell1. Professora Associada, Cientista Audiológica Principal, USAIS, Faculdade de
54 Engenharia e meio ambiente, Universidade de Southampton. UK (Reino Unido)
55
56 Principais autores; contribuíram igualmente ao escrever o documento
1
57
58 Autores contribuintes
59
60 Stuart Rosen. Professor em Ciência da Fala e Escuta, Faculdade Universitária, Londres, UK
61
62 Doris-Eva Bamiou. Consultor em Medicina Audiovestibular, Hospital Nacional para Neurologia
63 e Neurocirurgia; Professor experiente, UCL Instituto do Ouvido, Faculdade Universitária
64 Londres, UK
65
66 Tony Sirimanna. Médico Audiológico consultor; Audiologia, Medicina Audiológica e
67 Departamento de Implantes Coclear, Great Ormond Street Hospital, Londrino, UK
68
69 Pauline Grant. Consultor Principal, Escute para Aprender, UK
70
71 Kelvin Wakeham. Diretor clínico delegado de Audiologia, Chime Social Empreendimentos, UK
72
73 Com agradecimentos para: Os experts anônimos nacionais e internacionais que serviram
74 como revisores, adicionalmente , com os pareceres recebidos com a consulta de membros e do
75 Grupo de Orientação Profissional.
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79Conteúdo
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1. Antecedentes e finalidade deste documento………………………………………………………………… 5
2. Definição atualizada pela BSA de DPA e categorias de DPA....………….…………………………………
6
3. Guia de Avaliação de DPA…..……………………………………………………………………………………........7
4. Orientação de Manejo de DPA..…………………………………………………………………………………… 10
5. Pesquisas atuais e direções futuras……………………………………………………………………… 12
6. Pensamentos Finais e caminho a seguir………………………………………………………………………. 14
7. Referências……………………………………………………………………………………………………………….. 15
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133 Nações Unidas, argumentando que a falta de reabilitação das crianças neo zelandesas com DPA
Pagina
134 viola seu direito de acesso à educação e interações sociais. Os Ministérios da Saúde e da
Educação da Nova Zelândia, subsequentemente, encomendaram uma pesquisa que concluiu
que as necessidades da maioria das crianças com DPA não estão sendo atendidas e levou à
fundação de um grupo nacional de especialistas em DPA (Esplin & Wright, 2014). O recente CID
-10 agora inclui um código de diagnóstico específico, i.e H93.25 para Distúrbios do
Processamento Auditivo Central (DPAC), um termo usado intercambiavelmente com DPA).
Nota do tradutor: Relatório Branco é um relatório ou guia que informa aos leitores, de forma
concisa, acerca de um problema complexo. Tem o objetivo de ajudar os leitores a entender e/
ou resolver um problema e tomar decisões.
135 Como resultado destas publicações alguns temas em comum estão emergindo:
136
137 • Concordância com relação às limitações do audiograma de puro tom em fornecer
138 informações sobre a percepção da fala no silêncio e no ruído e as demandas do dia a dia
139 na audição.
140 • Necessidade de reduzir o número de testes ao mesmo tempo com aumento de
141 qualidade - normas apropriadas, confiabilidade e validade.
142 • Preocupação que problemas de escuta não são nem identificados ou tratados antes dos
143 7 anos de idade. A adaptação precoce de dispositivos para perda auditiva claramente
144 demonstra que a identificação precoce e manejo fornecem os melhores resultados
145 • Importância de relacionar testamento de habilidade com escuta e audição do dia a dia,
146 e reabilitações efetivas.
147 • Importância de funções cognitivas e suas deficiências, para o DPA e todos os outros
148 aspectos da audição.
149 • Valor do cuidado médico individualizado e audiológico, especialmente dada a natureza
150 heterogênea do DPA.
151
152 A BSA está comprometida em fortalecer a colaboração internacional para melhor compreender
153
o DPA e aconselhar práticas melhores. À luz de rápidos desenvolvimentos em evolução, nós
154
oferecemos este Guia, encurtado e revisado, que complementa documentos existentes, e vai
155 ser atualizado se necessário. Seu propósito é gerar mais diálogos e pesquisa, e prover
156 informações para profissionais e financiadores para realizar escolhas baseadas em evidências.
157 O guia anterior de práticas de de DPA (BSA, 2011b) fornece detalhes adicionais acerca de
158 manejos de intervenções específicas e folhetos de prática úteis.
159
160 2. Definição atualizada pela BSA de DPA e categorias de DPA
161
O DPA é caracterizado por uma percepção deficiente da fala e de sons não falados. Tem sua
162 origem na função neural prejudicada, que pode incluir as vias aferentes e eferentes do sistema
nervoso auditivo central (SNAC), bem como outros sistemas de processamento neural que
163 fornecem modulação "de cima para baixo" do SNAC. Esses outros sistemas incluem, mas não
164 estão limitados a linguagem, leitura, fala, atenção, função executiva, memória, emoção, visão e
165 ação. DPA é frequentemente encontrado ao lado, e pode contribuir para distúrbios primários
166 desses sistemas.
167
168 O DPA impacta a vida cotidiana principalmente através da redução da habilidade de escuta, e
de responder apropriadamente à fala e outros sons. Indivíduos que se apresentam à clínicas
169 tipicamente relatam dificuldades de escuta e outros comportamentos consistentes com
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172 Esses comportamentos incluem maior dificuldade de ouvir no ruído, ouvir mal a fala,
173 solicitações frequentes de repetição e falta de atenção e / ou memória das instruções
174 auditivas. Atenção e memória insuficientes podem ser uma característica secundária (por
175 exemplo, fadiga associada às demandas de escuta) ou uma característica primária. Em
176 crianças, também pode haver relatos de deficiência geral de fala, linguagem, alfabetização,
atenção e desempenho acadêmico.
177
Anteriormente, recomendamos três categorias de DPA que parecem ter tido aceitação
178
internacional (BSA, 2011a, b). Aqui, propomos alguns refinamentos:
179
180 • DPAC Desenvolvimental: Casos que se apresentam na infância com audiometria
181 audiométrica normal e nenhuma outra etiologia conhecida ou fatores de risco
182 potenciais além de uma história familiar de comunicação do desenvolvimento e
183 distúrbios relacionados. Esses indivíduos podem reter DPA até a idade adulta.
184 • DPAC Adquirido: Casos associados com envelhecimento ou algum evento ambiental ou
médico conhecido ( ex. lesão cerebral, exposição a ruído, ototoxicidade).
185
186 • DPAC Secundário: Casos onde DPA ocorre na presença, ou como resultado de
deficiência de escuta periférica tanto transiente ou permanente.
187
188 Há continuidade de foco internacional do DPA Desenvolvimental, principalmente por causa de
189 preocupações de que ele pode contribuir para dificuldades de aprendizagem, especialmente
190 afetando linguagem e alfabetização, e consequentemente em desempenho escolar pobre. O
191 DPA Desenvolvimental deve ser encarado como parte de problemas de aprendizagem na
192 infância. Conforme novas evidências se acumulam na base biológica do DPA, e fatores
193 genéticos predisponentes, parece provável que estas categorias se tornarão mais refinadas. É
194 também importante considerar que DPA Adquirido e Secundário, juntamente com o conceito
195 de DPA através da vida. A alta co-ocorrência de DPA com dificuldades de linguagem, atenção,
196 memória e dificuldades executivas em tanto em crianças como adultos , acentuam a
197 importância de uma abordagem multi-facetada através da vida. Nós também estamos vendo
198 uma grande população envelhecida, onde a interação entre cognição, escuta e processamento
199 auditivo em declínio precisa ser considerada e apropriadamente manejada. Clínicos podem
200 escolher abordar o assunto de diferentes formas, por exemplo solicitando que linguagem,
201 memória e cognição sejam avaliadas antes do encaminhamento para o teste de DPA, ou por
oferecer um serviço inter disciplinário e interno que cubra tanto a avaliação e intervenção.
202
203
204 3. Guia de Avaliação de DPA
205 Os documentos da BSA (2011a,b e o "relatório branco" (Moore, et al, 2013, levaram a um
206 aumento da insatisfação internacional com os atuais, e mais comumente usados, protocolos
7
207 clínicos do DPA. Embora temos sido eficazes em organizar um consenso que questiona os
Pagina
208 princípios fundamentais destes protocolos, nós temos sido menos eficazes em propor uma
agenda alternativa útil. Continua a não haver um critério diagnóstico universalmente aceito ou
bateria de testes para DPA.
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248 Testes de percepção de fala em silêncio ou usando ruído ou mascaradores de fala podem
249 seguir a seguir. Por exemplo a Escuta em Ruído Espacializado - Testes de Frases (LiSN-S)
250 (Cameron and Dillon, 2007) pode ser usado para diagnosticar "distúrbio do processamento
251 espacial" (DPE), uma habilidade reduzida em usar pistas espaciais para ouvir no ruídos de fundo.
252 De Bonis (2015) sugeriu o Teste de Palavras-Em-Ruído (WIN) e o Teste em ruído Bamford-
253 Kowal-Bench (BKB - SIN). Estes testes estão ambos adequados para crianças, e apresenta frases
254 e palavras monossilábicas, respectivamente, em um plano de fundo de balbucio multi-locutor.
255 Eles portanto tem alguma especificidade funcional, adequação à idade, alta confiabilidade e
256 validade, e estão bem padronizados. Contudo, todos os testes de percepção de fala tem
257 reconhecido envolvimento da linguagem, atenção e memória operacional. Outro questão
258 importante diz respeito à extensão em que testes de fala estão disponíveis em um idioma
259 apropriado (ex. idioma nativo), e até mesmo sotaques porque estes são conhecidos por ter um
260 efeito altamente significativo no desempenho do teste (Dawes e Bishop, 2007; Loo et al., 2014).
261 Há também uma necessidade de mais desenvolvimento de medidas apropriadas de fala no-
262 ruído que tenham estes recursos, mas mas medindo funções diferentes (ex. atenção auditiva),
263 ou para uso com outras populações específicas (ex. crianças mais jovens e grupos de diferentes
culturas e idiomas).
264
265 Nao há critérios acordados sobre quando eletrofisiologia deve estar inclusa na avaliação clínica
266 de DPA. Há pouca evidência para apoiar a inclusão destes testes em casos de audiometria
267 normal, com a exceção de da ABR que quando usada com emissões oto-acústicas e/ou
268 potencial microfônico coclear é necessária em identificar transtorno do espectro da neuropatia
269 auditiva (TENA; BSA, 2013). Vários estudos relataram anormalidades da ABR evocada por fala,
270 associada com uma variedade de problemas de aprendizado que inclui percepção auditiva
271 prejudicada (Hornickel et al., 2012). Discussões adicionais do TENA e suas relações com DPA
272 continuam na Seção 5. Geralmente, encaminhamentos (ex para ENT, Neurologia, SLT), devem
ser consideradas após qualquer eletrofisiologia anormal.
273
274 A extensão que déficits de escuta são atribuídos à linguagem ou fatores cognitivos, podem ser
275 informados pela linguagem inicial e avaliações cognitivas feitas anteriormente ou juntamente
276 com testes audiológicos. Por exemplo, Escuta Australiana está agora testando a memória
277 operacional verbal usando "span de dígitos" (Cameron et al.,2015) e um teste simples de
278 atenção auditiva (Zhang et al., 2012) esta em desenvolvimento clínico. Contudo, é importante
279 para audiologistas reconhecer que testes cognitivos e diagnósticos alternativos podem ter suas
280 limitações. Por exemplo, o mau desempenho de uma criança em um teste de fala no ruído não
281 pode ser considerado de origem auditiva, em vez de baseado em um problema de atenção,
mesmo se a criança passar em um único teste de atenção.
282
283 DeBonis (2015) sugeriu que identificar um déficit auditivo em crianças de idade escolar pode
284 envolver um desempenho fora das normas em pelo menos duas de quatro medidas, com pelo
9
285 menos uma destas medidas sendo um teste de Fala-No-Ruído. Prescrição de tal critério é
Pagina
286 atualmente necessário em algumas jurisdições para receber apoio e financiamento. Contudo,
aderência a critérios arbitrários tem infelizmente contribuído para muito da atual controvérsia
em DPA.
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287 Problemas práticos com critérios arbitrários em diretrizes profissionais (ex. ASHA, 2005; AAA,
288 2010) foram destaque por Wilson e Arnott (2013), que analisaram nove cenários diferentes
289 para diagnóstico de de DPA baseado em vários desses critérios. Eles relataram taxas hipotéticas
290 gerais de diagnósticos variando de 7.3% até 96.0% entre 150 crianças de idade escolar
291 encaminhadas ao serviço de audiologia para avaliação de DPA. Além do absurdo de uma gama
292 tão grande de taxas, é importante perceber que qualquer diagnóstico de DPA precisa ser
293 acompanhado pelo critério usado, tanto quanto ao relatar pesquisas e quando aplicado
clinicamente.
294
295 Finalmente, um relatório integrado e plano de manejo (veja abaixo) precisam ser
296 desenvolvidos; com preocupações primárias versus secundárias cuidadosamente consideradas.
297 Todos os resultados devem ser analisados e integrados no contexto de outros relatórios
298 profissionais, funções cognitivas e apoio já presente - uma abordagem holística. Em vez de
299 rotular uma pessoa com APD, é mais útil e apropriado descrever a audição apresentada e / ou
300 problema de escuta e delinear uma abordagem baseada em evidências para atender às
301 necessidades específicas do paciente em particular. Quando um rótulo de DPA é, no entanto,
302 necessário para assegurar apoio/financiamento (ex. CID-10; H93.25), nós recomendamos que o
303 teste inclua apenas medidas que preencham os critérios da especificidade funcional,
confiabilidade, validade, adequação à idade e normatização, como descrito acima e uma
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declaração clara do critério diagnóstico está incluída.
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321 Table 1: Estratégias de Manejo com evidências de apoio (baseado emCampbell et al, 2012)
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Estratégias Compensatórias
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323 5. Pesquisas atuais e direções futuras
324 Nos últimos quatro anos, assistimos a uma onda de interesse em, e em publicações de
325 DPA(e.g. Barry & Moore, 2014; Chermak et al., 2012, 2014(b); Dillon et al., 2012; Gallun & Lee,
326 2014; Kopp-Scheinpflug & Tempel, 2015; Ludwig et al., 2014; Tomlin et al., 2015; de Wit et al.,
327 2016). Esses reforços resultaram em uma ampliação do escopo do DPA, mas com um aumento
328 no foco nas diferenças individuais e um interesse renovado em mecanismos biológicos. O
329 resultado foi colocar DPA em uma trajetória científica mais rigorosa.
12
330 O escopo do DPA foi ampliado por causa de um maior reconhecimento dos fenômenos
331 auditivos que são centralmente (Gallun & Lee, 2014) e perifericamente (Saxena et al., 2015)
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332 mediados. Esses fenômenos incluem aspectos de neuropatologia, trauma auditivo, maturação,
envelhecimento e cognição.
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333 Cada fenômeno foi associado com mudanças na percepção auditiva na ausência de perdas
334 auditivas audiométricas. Dois novos termos "sinaptopatia auditiva", uma forma de Transtorno
335 do Espectro da Neuropatia Auditiva (Moser et al., 2013), e "perda da escuta oculta" (HHL;
336 Schaette & McAlpine, 2011), cobrindo uma gama de neuropatias, patologia de celulas ciliadas
337 e uma muitos déficits audiométricos de frequência (Liberman et al., 2016), tem sido usados
338 para descrever fenômenos biologicamente definidos originando na cóclea e troncos cerebrais
339 de adultos que podem se sobrepor com, ou contribuir para DPA. Acredita-se que esses
340 fenômenos periféricos reflitam a redução da transdução auditiva ou codificação temporal e
341 podem ter consequências perceptuais adversas (por exemplo, com a localização do som ou
342 ouvir a fala no ruído; Plack et al., 2014). Diagnósticos atuais de TENA são baseados na ausência
343 ou audiometria de tronco encefálico grosseiramente anormal e emissões otoacústicas
344 presentes e/ou potencial microfônico coclear, com limiares de audiograma de tons-puros
345 variando de normal até deficiência auditiva profunda (BSA, 2013). Reflexos acústicos
346 contralaterais reduzidos foram recentemente relatados em respostas a sons de alto nível em
347 algumas crianças com limiares de escuta normais, mas com suspeita de DPA, sugerindo um
348 possível mecanismo para fala prejudicada em percepção do ruído (Saxena et al., 2015). Há
349 muito se sabe que o audiograma está longe de ser um preditor perfeito de habilidades de
350 escuta mais típicas, em particular aquelas que requerem uma percepção supra-limiar como em
351 fala-em-ruído (Bergman, 1971). Mecanismos subjacentes tais como déficits supra-limiares na
352 presença de limiares audiométricos normais estão atualmente em investigação intensiva. Por
353 exemplo, em um estudo longitudinal em andamento, White-Schwooch et al (2015) mediu a
354 precisão da codificação neural de consoantes no ruído e descobriu que crianças pré escolares
355 com processamento neural mais forte tinham tido habilidades de alfabetização e habilidades
356 de leitura superiores um ano depois.
357
358 O entendimento da função cerebral além do tradicional sistema auditivo continua a evoluir ,
359 com uma explosão de descobertas tanto em neuroimagem e em outra área emergente,
360 "pesquisa de escuta cognitiva" (ex Ronnberg et al., 2011). Estas descobertas enfatizam o
361 relacionamento íntimo e obrigatório entre escuta e outros fenômenos cognitivos (ex. atenção,
memória, linguagem, QI, função executiva). Excluir crianças de um diagnóstico de DPA baseado
362
em dificuldades cognitivas, como previamente aconselhado (ASHA, 1996) ,é portanto,
363
provavelmente excluir aqueles com mais necessidade de cuidados
364
365 Medicina individualizada virou recentemente uma frase de efeito para enfatizar as diferenças
366 genéticas entre nós que estão se tornando acessíveis na era moderna da medicina molecular
367 (Chen et al., 2012). Identificar déficits específicos em subgrupos de pacientes pode ajudar na
368 procura de biomarcadores para sua apresentação clínica. Na outra extremidade da
369 metodologia, nós catalogamos variantes de gene individual contribuindo para aspectos de
13
370 patologia auditiva central, para que possamos procurar estas variantes em genomas
individuais. Esses desenvolvimentos podem resultar em intervenções especificas
Pagina
371
comportamentais e acústicas, ou tratamentos preventivos no caso de estágios precoces
subclínicos de DPA (Ruan et al., 2014). Por enquanto, entretanto, aumentar a conscientização
da necessidade de adaptar a avaliação e manejo ao indivíduos, deve elevar o padrão de
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