Direito Administrativo
Direito Administrativo
Direito Administrativo
DIREITO
ADMINISTRATIVO
Professor José Aras
APRESENTAÇÃO
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BENS PÚBLICOS
Observação: Os artigos 20 e 26 da
CF/88 abordam um rol exemplificativo,
pois, não esgotam os bens públicos.
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1. ESPÉCIES DE BENS PÚBLICOS
Observações:
Os bens de uso (comum e especial) são afetados. Enquanto que, os
bens dominicais são desafetados.
A afetação é o fato administrativo pelo qual se atribui destinação
pública. A desafetação, por sua vez, é o fato administrativo pelo qual
o bem público desativado, deixando de servir a finalidade pública
anterior.
A afetação ou desafetação do bem ocorre através da lei, fato
administrativo ou ato administrativo.
A desafetação de imóveis da administração pública direta autárquica e
fundacional somente se efetiva por meio de lei específica.
O simples uso é capaz de afetar um bem público, porém, o simples não
uso, não desafeta o bem público.
A desafetação parcial é possível quando o bem público for divisível.
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2. CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS
b) Não-onerabilidade: O bem público não pode ser onerado; não pode ser
objeto de penhor, hipoteca e anticrese. Princípio da indisponibilidade dos
bens públicos.
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III. Desafetação - Mediante lei autorizativa;
IV. Licitação - Se o bem for imóvel ou móvel, a licitação será na
modalidade leilão.
Observações:
Além dos bens públicos, os bens privados que estiverem afetados ao
serviço público gozam também da impenhorabilidade enquanto
estiverem servindo a coletividade. É o que acontece, por exemplo, com
veículos privados alugados à administração para utilização como
viatura policial.
No quesito da Inalienabilidade, se o bem for imóvel, em regra, a
modalidade de licitação será a concorrência. Se for bem móvel, a
modalidade é o leilão, tudo isso na forma do art. 17, I e II da Lei
8.666/93.
Normal Anormal
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3.2. Quanto ao destinatário
Comum Privativo
Observações:
A concessão de uso constitui modalidade de contrato administrativo,
precedido de licitação e tem prazo definido. A rescisão antecipada gera
direito à indenização ao concessionário.
A permissão de uso é doutrinariamente equiparada à autorização de
uso, que, por sua vez, se consubstancia em um ato administrativo
unilateral, discricionário, precário.
A característica da precariedade se explica pelo fato de não ter prazo
preestabelecido. De modo que a revogação, que pode ser feita a
qualquer tempo, não dará direito a indenização.
Vale consignar que quando a permissão ou a autorização for consentida
com prazo preestabelecido (permissão ou autorização qualificada ou
condicionada), a revogação antecipada dará direito a indenização.
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A) concessão de direito real de uso
B) autorização de uso
C) concessão de uso
D) permissão de uso
E) cessão de uso
3. Os bens dominicais
(A) podem ser alienados por meio de institutos privados.
(B) são afetados a uma finalidade pública específica.
(C) são aqueles que pertencem a todos, como por exemplo, mares e
praças.
(D) não podem ser alienados, seja por meio de institutos privados ou
públicos.
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5. Com relação aos bens públicos, pode-se afirmar:
I - o transcurso do tempo, dependendo de situações concretas, pode resultar
em apropriação por terceiros;
II - segundo a Constituição Federal, mostra-se defeso a incidência de
execução forçada sobre os bens públicos;
III - a Constituição Federal veda, atualmente, apenas a usucapião de imóveis
públicos situados em zona urbana;
IV - a inalienabilidade não se apresenta em caráter absoluto, existindo leis
que disciplinam a alienação de bens públicos.
a) todas as proposições estão corretas;
b) todas as proposições estão incorretas;
c) apenas a proposição II está correta;
d) estão corretas as proposições II e IV;
e) estão corretas as proposições I e II.
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b) Os bens públicos de uso especial podem ser alienados enquanto
mantiverem essa característica;
c) Os bens públicos dominicais estão sob o domínio público, sendo
impenhoráveis, porém podem ser usucapidos;
d) Os bens públicos são imprescritíveis.
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SERVIDORES PÚBLICOS
REGIME CONSTITUCIONAL
I. Acesso e Ingresso
Acesso Ingresso
Os cargos, empregos e funções O ingresso em cargos e empregos
públicas são acessíveis aos públicos depende, efetivamente, da
brasileiros (norma plena) e aos aprovação em concurso público.
estrangeiros (norma contida, ou Ingresso somente para
seja, carente de lei específica). aprovados em concurso!
Acesso a todos!
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o STJ 552. O portador de surdez unilateral não se qualifica
como pessoa com deficiência para o fim de disputar as vagas
reservadas em concursos públicos.
Concursos Públicos podem exigir aprovação em psicoteste, teste de
aptidão física e limite na faixa etária – não cabe limitação em
relação ao gênero, ao estado civil e a raça – mera previsão de
limitação no edital não é suficiente, somente por Lei.
o SV 44. Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a
habilitação de candidato a cargo público.
o Súmula 686/STF. Só por lei se pode sujeitar a exame
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
o STF 683. O limite de idade para a inscrição em concurso
público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da
Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.
Em relação a Leis e Jurisprudência:
o TST 363. Contrato nulo. Efeitos. A contratação de servidor
público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso
público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º,
somente lhe conferindo direito ao pagamento da
contraprestação pactuada, em relação ao número de horas
trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e
dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
o SV 43. É inconstitucional toda modalidade de provimento que
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em
concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que
não integra a carreira na qual anteriormente investido.
o STF 684. É inconstitucional o veto não motivado à
participação de candidato a concurso público.
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O nepotismo cruzado também é vedado > é aquele em que o agente
público nomeia pessoa ligada a outro agente público, enquanto a
segunda autoridade nomeia uma pessoa ligada por vínculos de
parentescos ao primeiro agente, como troca de favores, também
entendido como designações recíprocas.
o SV 13. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em
linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou
de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.
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cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado,
nem ser substituído por decisão judicial.
o SV 6. Não viola a Constituição o estabelecimento de
remuneração inferior ao salário mínimo para as praças
prestadoras de serviço militar inicial.
o SV 15. O cálculo de gratificações e outras vantagens do
servidor público não incide sobre o abono utilizado para se
atingir o salário mínimo.
o SV 16. Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98),
da Constituição, referem-se ao total da remuneração
percebida pelo servidor público.
o SV 37. Não cabe ao poder judiciário, que não tem função
legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob
o fundamento de isonomia - Súmula 339/COAD.
o SV 42. É inconstitucional a vinculação do reajuste de
vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices
federais de correção monetária - Súmula 681/STF.
o SV 55. O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos
servidores inativos - Súmula 680/STF.
o STF 679. A fixação de vencimentos dos servidores públicos
não pode ser objeto de convenção coletiva.
o STF 682. Não ofende a Constituição a correção monetária no
pagamento com atraso dos vencimentos de servidores
públicos.
o STJ 736. Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que
tenham como causa de pedir o descumprimento de normas
trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos
trabalhadores.
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hipóteses expressamente previstas também no próprio texto
constitucional.
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Dentre todos os direitos, alguns incisos não são aplicados aos
servidores públicos > incisos I, II, III, V, VI, X, XI, XIV e XXI.
o Aplicam-se os incisos IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI,
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX.
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REGIME INFRACONSTITUCIONAL – LEI 8.112/90
A lei divide-se em:
- Conceitos e Direitos do servidor (art. 1 ao 115)
- Regime disciplinar do servidor (art. 116 ao 182)
- Seguridade social do servidor (art. 183 ao 250) > o art. 185 é
essencial!
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II. Regime Disciplinar (art. 116 ao 182)
o STJ 591. É permitida a prova emprestada no processo
administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo
juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.
o STJ 592. O excesso de prazo para conclusão do processo
administrativo disciplinar só causa nulidade se houver
demonstração de prejuízo à defesa.
o STJ 611. Desde que devidamente motivada e com amparo em
investigação ou sindicância, é permitida a instauração de processo
administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face
do poder-dever de autotutela imposta à Administração.
o STJ. 635. Os prazos prescricionais previstos no art. 142 da Lei n.
8.112/1990 iniciam-se na data em que a autoridade competente
para a abertura do procedimento administrativo toma
conhecimento do fato, interrompem-se com o primeiro ato de
instauração válido - sindicância de caráter punitivo ou processo
disciplinar - e voltam a fluir por inteiro, após decorridos 140 dias
desde a interrupção.
o STJ 641. A portaria de instauração do processo administrativo
disciplina prescinde da exposição detalhada dos fatos a serem
apurados.
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RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL
DO ESTADO
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1. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA X OBJETIVA
Objetiva Subjetiva
O dano decorre de conduta comissiva dos O dano decorre de omissão
agentes públicos, conforme previsão do estatal (falta do serviço), aplica-
art. 37, §6º, da CF, que consagra a teoria se a responsabilidade subjetiva
do risco administrativo. do estado, aplicando-se a teoria
Desse modo, a administração responderá da culpa administrativa,
pelos danos que seus agentes, nessa conforme orientação doutrinária
qualidade, causem a terceiros, sendo e jurisprudencial.
dispensável a avaliação de culpa ou dolo. -
- Fato + elemento subjetivo
Fato + nexo causal = dano > gera o dever (culpa ou dolo) + nexo causal =
de indenizar ou reparar dano > gera dever de indenizar
ou reparar
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3. TEORIA DO RISCO INTEGRAL (SEGURADOR UNIVERSAL)
A teoria do risco integral envolve a responsabilidade objetiva da
administração.
Não admite as excludentes de responsabilidade.
Na teoria do risco integral, o Estado apresenta-se como segurador
universal, de modo que assume integralmente o risco da atividade.
Aplica-se aos danos decorrentes de atividade ambiental, nuclear e
aqueles causados por atentados terroristas com uso de aeronave de
matrícula brasileira, salvo taxi aéreo.
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Federal e Municípios. Alcança, na realidade, as pessoas jurídicas de
direito público e de direito privado prestadoras de serviços públicos.
Assim, incidem também sobre as autarquias e fundações públicas
(pessoas jurídicas de direito público), além das empresas públicas e
sociedades de economia mista (quando prestadoras de serviços
públicos), bem como as delegatárias de serviços públicos.
As delegatárias (concessionárias e permissionárias) respondem de
forma objetiva por danos causados a seus usuários e a terceiros.
Quanto a essas pessoas jurídicas, a responsabilidade do estado é
subsidiária. Vale lembrar que será subsidiária a responsabilidade
envolvendo tabeliães e oficiais de registros.
Consigne-se, ainda, que tem natureza solidária a responsabilidade pelo
fornecimento de medicamentos e prestação de serviços de saúde à
população.
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QUESTÕES DE TREINO:
1. A responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva não exige
caracterização da culpa estatal pelo não-cumprimento de dever legal, uma
vez que a Constituição brasileira adota para a matéria a teoria da
responsabilidade civil objetiva.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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b) Perante o transportado, a responsabilidade da transportadora que
exerça função pública sob concessão é contratual e subjetiva.
c) A Constituição Federal de 1988 adotou o princípio da
responsabilidade civil subjetiva para as autarquias.
d) De acordo com a teoria da responsabilidade objetiva, o Estado
responde pelos danos causados por seus agentes a terceiros,
independentemente da prova de culpa ou da demonstração do nexo
causal.
e) Uma sociedade de economia mista prestadora de serviço público
responderá por danos causados a terceiros independentemente da
prova de culpa.
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I. Os efeitos da ação regressiva transmitem-se aos herdeiros e sucessores do
agente público culpado, respeitado o limite do valor do patrimônio
transferido.
II. A ação regressiva pode ser movida mesmo após terminado o vínculo entre
o agente e a administração pública.
III. A ação por meio da qual o Estado requer ressarcimento aos cofres
públicos de prejuízo causado por agente público considerado culpado
prescreve em 5 anos.
IV. A orientação dominante na jurisprudência e na doutrina é de ser cabível,
em casos de reparação do dano, a denunciação da lide pela administração a
seus agentes.
Estão certos apenas os itens:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
GABARITO
1. E 2. E 3. C 4. E 5. E 6. C 7. A 8. C
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INTERVENÇÃO DO ESTADO
SOBRE A PROPRIEDADE PRIVADA
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Não gera direito a indenização.
Afeta o caráter absoluto da propriedade > está intimamente ligada
ao poder de polícia do Estado.
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1.5. Tombamento
Visa proteger o patrimônio histórico, cultural e artístico Nacional.
Realiza-se através de órgãos públicos ou entidades da
administração pública indireta, a exemplo do IPHAN (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – autarquia federal).
Incide sobre bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos.
Em regra, não gera direito à indenização.
Embora os bens públicos tombados sejam absolutamente
inalienáveis, o bem privado tombado pode ser vendido livremente,
não persistindo o direito de preferência antes instituído no Decreto
25/1937.
O bem tombado pode ser gravado com penhor, anticrese e
hipoteca, por exemplo.
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1.5.2. Efeitos do tombamento:
a) Aos proprietários: dever de manutenção e conservação; proibição
de alterar o bem e necessidade de autorização para retirar o bem do
País.
b) À entidade responsável pelo tombamento: dever subsidiário de
conservação da coisa e dever de fiscalização.
c) Aos vizinhos: sofrem uma servidão administrativa envolvendo a
denominada “área de entorno”, dentro da qual não se pode realizar
construções ou inserir placas ou pinturas que tirem a visibilidade do
bem tombado.
1.6. Desapropriação
Espécie de intervenção supressiva.
Resulta na perda da propriedade pelo particular.
Constitui modo originário de aquisição.
Incide sobre bens móveis ou imóveis, de valor patrimonial > apenas
não se aplica à moeda corrente (dinheiro) e aos direitos
personalíssimos (vida, honra, intimidade).
Para fins didáticos, a desapropriação se divide em dois grandes
grupos: desapropriações com ou sem caráter sancionatório.
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Existem três espécies de desapropriação sancionatória:
a) Desapropriação urbana: É de competência exclusiva
dos Municípios e o pagamento da indenização se dará através de
títulos da dívida pública, com prazo de resgate até 10 anos,
desde que a emissão seja autorizada pelo Senado Federal. Vale
registrar que o não cumprimento da função social da
propriedade urbana não resulta na imediata desapropriação, na
medida em que o Município deve atender a passos antecedentes
à desapropriação: o primeiro passo é a notificação para a
edificação (construção) ou o parcelamento compulsório; o
segundo passo é a imposição do IPTU progressivo no tempo
(pelo prazo de cinco anos e a alíquota máxima de 15); terceiro
passo é a desapropriação sancionatória. Para a imposição de
qualquer dessas medidas interventivas, o Município precisa ser
dotado de plano diretor e de uma lei específica para a área
(imóvel) em que serão aplicadas.
b) Desapropriação rural: É da competência exclusiva da
União, realizada através do INCRA (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária), quando o proprietário deixa de
cumprir a função social da propriedade rural.
A indenização se dá através de títulos da dívida agrária, no prazo
de resgate de até 20 anos, sendo os dois primeiros anos de
carência (ou seja, o pagamento ocorre apenas a partir do 3º ano
das emissões). Consigne-se que se no imóvel tiver benfeitorias
úteis ou necessárias, estas serão indenizadas de forma prévia e
em dinheiro, de modo que, as benfeitorias voluptuárias e a terra
nua (sem benfeitoria) é que serão indenizadas através de TDA
(títulos da dívida agrária). NÃO são passiveis dessa
desapropriação a pequena ou média propriedade rural (a não ser
que tenha mais de uma pequena ou medida propriedade rural),
e também NÃO atinge a propriedade produtiva (que cumpre a
função social).
c) Desapropriação confiscatória: constitui a modalidade
MAIS grave de desapropriação em razão da plantação ILEGAL de
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substâncias psicotrópicas ou da utilização de mão-de-obra
análoga à escrava. A expropriação é feita sem o pagamento de
qualquer indenização. O confisco se estende também para todos
os bens vinculados ao tráfico de entorpecentes ou à utilização
de mão-de-obra escrava e os imóveis arrecadados serão
utilizados para assentamento de colonos e parcelamento
popular.
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correspondendo, portanto, ao exercício do poder de
polícia do Estado, por isso mesmo absolutamente
indelegável; A declaração pode ser feita pelo Poder
Executivo (mediante decreto expropriatório) ou pelo
Poder Legislativo (mediante lei, cabendo, nesse caso, ao
Executivo os atos subsequentes da desapropriação). O
objetivo da fase declaratória é o de fixar o estado do bem,
realizando as avaliações necessárias para aferir o preço a
ser oferecido ao proprietário a título de indenização. A
Administração tem o prazo de 5 anos para concluir a fase
declaratória na desapropriação por utilidade pública.
Tratando-se de desapropriação por interesse social, esse
prazo é de 2 anos.
2ª) Fase executória: Nela, promove-se a desapropriação,
de forma amigável (se o proprietário aceitar o valor da
indenização oferecida pelo Poder Público) ou pela via
judicial (quando o proprietário não aceitar o preço
oferecido). Daí se vê que a desapropriação, nessa fase,
não tem natureza auto executória. Diferentemente do que
ocorre com a fase declaratória, a fase executória pode ser
delegada às pessoas integrantes da administração pública
indireta, bem como às delegatárias de serviços públicos
(concessionárias e permissionárias), já que corresponde
aos denominados atos materiais ligados ao exercício ao
poder de polícia, mas não exercício do poder de polícia em
si, que, conforme já estudado, é absolutamente
indelegável. Na ação judicial de desapropriação é cabível
o pedido de imissão provisória na posse do imóvel,
mediante dois requisitos: deposito prévio da quantia
oferecida e demonstração de urgência, à luz dos quais o
juiz é obrigado a conceder o pedido em favor do
expropriante.
Também merece registro o fato de que na ação judicial a
contestação somente pode versar sobre vício do processo
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ou impugnar a oferta do preço, já que não cabe ao juiz
avaliar se se trata ou não de caso de utilidade pública ou
interesse social (ou seja, não cabe ao poder judiciário
adentrar no mérito do ato administrativo).
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2.4. Desapropriação Indireta: Corresponde a um fato
administrativo através do qual o poder público retira a propriedade
particular sem a observância de um processo. Por causar danos ao
proprietário, a desapropriação indireta dá ensejo a indenização, não
sendo possível ao proprietário reaver o bem ao qual já tenha sido dada
determinada utilidade pública. Geralmente a desapropriação indireta é
configurada em situações equivalentes ao esbulho (ou invasão) de um
determinado imóvel pela Administração Pública.
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2. O Município Y promove o tombamento de um antigo bonde, já desativado,
pertencente a um colecionador particular. Nesse caso,
A) o proprietário pode insurgir‐se contra o ato do tombamento, uma
vez que se trata de um bem móvel.
B) o proprietário fica impedido de alienar o bem, mas pode propor ação
visando a compelir o Município a desapropriar o bem, mediante
remuneração.
C) o proprietário não poderá alienar livremente o bem tombado,
devendo garantir o direito de preferência do Poder Público.
D) o proprietário do bem, mesmo diante do tombamento promovido
pelo Município, poderá gravá-lo com o penhor.
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A) comprovação da necessidade ou utilidade pública ou de interesse
social; pagamento de indenização prévia ao ato de imissão na posse
pelo Poder Público, e que seja justa e em dinheiro; e observância de
ato administrativo, sem contraditório por parte do proprietário.
B) comprovação da necessidade ou utilidade pública ou de interesse
social; pagamento de indenização prévia ao ato de imissão na posse
pelo Poder Público, e que seja justa e em dinheiro; e observância de
procedimento administrativo, com respeito ao contraditório e ampla
defesa por parte do proprietário.
C) comprovação da necessidade ou utilidade pública ou de interesse
social; pagamento de indenização prévia ao ato de imissão na posse
pelo Poder Público, e que seja justa e em títulos da dívida pública ou
quaisquer outros títulos públicos, negociáveis no mercado financeiro;
e observância de procedimento administrativo, com respeito ao
contraditório e ampla defesa por parte do proprietário.
D) comprovação da necessidade ou utilidade pública ou de interesse
social; pagamento de indenização, posteriormente ao ato de imissão
na posse pelo
Poder Público, e que seja justa e em dinheiro, e observância de
procedimento administrativo, com respeito ao contraditório e ampla
defesa por parte do proprietário
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D) A requisição de imóveis é restrição imposta ao proprietário que não
utiliza adequadamente a sua propriedade.
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expropriatório desenvolvido por pessoa jurídica integrante da
administração descentralizada.
GABARITO
1. D 2. D 3. C 4. B 5. C 6. A 7. A 8. B 9. A 10. B
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SERVIÇOS PÚBLICOS
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empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua
conta e risco e por prazo determinado.
Em suma, as concessões de serviços públicos configuram contratos
administrativos firmados com prazo certo, através de licitação por meio
de concorrência com pessoas jurídicas ou consórcios de pessoas
jurídicas para prestação de serviços públicos em seu próprio nome, por
sua conta e risco.
No momento em que o serviço não é prestado adequadamente, a
intervenção do serviço poderá ser feita, mediante decreto do chefe do
poder executivo.
i) A administração tem 30 dias para iniciar um processo
administrativo, garantindo a ampla defesa > podendo tramitar
por 180 dias, no máximo;
ii) Ao final do prazo máximo, existem dois possíveis resultados:
o serviço poderá ser considerado adequado e a concessão ser
devolvida, ou o serviço poderá ser considerado inadequado e o
poder público extingue a concessão, conhecido como o instituto
da caducidade.
1. POLÍTICA TARIFÁRIA
As concessões comuns são marcadas pelo fato de que a remuneração
do concessionário é feita através do recebimento das tarifas pagas
pelos usuários, observado o princípio da modicidade e preservada
pelas regras de reajuste e revisão previstas na lei, no edital e no
contrato administrativo de concessão.
Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim
de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro, inclusive envolvendo
a teoria da imprevisão, como, por exemplo, as hipóteses de fato do
príncipe, uma vez que, ressalvados os impostos sobre a renda, a
criação, alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos
legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu
impacto, implicará a revisão da tarifa, para mais ou para menos,
conforme o caso.
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Haverá direito à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
também nas hipóteses de caso fortuito, força maior, áleas
administrativas, áleas extraordinárias e fatos imprevisíveis, na forma
como estudada no capítulo relativo a contratos administrativos.
Admite-se o recebimento, em favor da concessionária, de outras fontes
provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou
de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a
favorecer a modicidade das tarifas, as quais serão obrigatoriamente
consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro
do contrato, a exemplo de receitas provenientes da locação de espaços
para lojas, lanchonetes e estacionamentos, bem como espaços
publicitários.
É possível, no processo de licitação, a inversão da ordem das fases de
habilitação e julgamento na concorrência, hipótese em que encerrada
a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances, será
aberto o invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais
bem classificado, para verificação do atendimento das condições
fixadas no edital.
Por sua vez, o contrato de concessão poderá prever o emprego de
mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes ou
relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem.
Conforme estudado no capítulo próprio, os concessionários respondem
objetiva e diretamente pelos prejuízos causados durante a execução
dos serviços (a usuários ou terceiros, não usuários dos serviços
públicos), sendo apenas subsidiária a responsabilidade do Estado.
2. DA INTERVENÇÃO NA CONCESSÃO
A fim de averiguar o atendimento dos princípios pertinentes à
prestação do serviço adequado, poderá, o poder concedente, intervir
na concessão.
A intervenção é realizada mediante decreto, que indicará a designação
do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da
medida.
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No prazo de trinta dias após o decreto, cabe ao poder concedente
instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas
determinantes da medida e apurar responsabilidades, dentro de até
cento em oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a
intervenção, assegurado ao concessionário o direito de ampla defesa.
Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão (mediante
caducidade), a administração do serviço será devolvida à
concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que
responderá pelos atos praticados durante a sua gestão.
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42
4. PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
O contrato pelo qual o parceiro privado assume o compromisso de
disponibilizar à administração pública ou à comunidade uma certa
utilidade mensurável mediante a operação e manutenção de uma obra
por ele previamente projetada, financiada e construída. O contrato de
concessão divide-se em concessão patrocinada e a concessão
administrativa.
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Importante previsão relativa às PPP’s envolve o direito ao equilíbrio
econômico-financeiro à luz da teoria da imprevisão. Isto porque, a lei
de PPP’s prevê a repartição de riscos entre as partes, inclusive os
referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea
econômica extraordinária. Ou seja, os prejuízos decorrentes desses
fatores serão suportados, meio a meio, pelas partes contratantes:
poder concedente e concessionário.
Naturalmente que os prejuízos decorrentes de fato da administração
(inexecução contratual) são suportados unicamente pelo poder
concedente.
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Vê-se que, diferentemente do que ocorre quanto às concessões, a
permissão pode ser outorgada à pessoa física.
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depende de licitação e, quando revogado pela administração pública, gera,
para o autorizatário, o direito à correspondente indenização.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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c) A permissão tem caráter precário, mediante contrato de adesão
tanto com pessoas jurídicas quanto físicas, admitindo qualquer
modalidade de licitação.
d) A instituição de um órgão gestor e a criação de um fundo Garantidor
de Parcerias Público-Privadas são essenciais para as parcerias público-
privadas em que a União figurar como parceira.
e) A concessão de serviço público exige autorização legislativa,
licitação exclusivamente pela modalidade concorrência, formalização
de contrato e prazo determinado, abrangendo somente pessoas
jurídicas ou consórcio de empresas.
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b) mais restrito do que certas formulações doutrinárias, face à
dicotomia constitucional estabelecida entre serviços públicos e
atividades econômicas exploradas pelo Estado.
c) amplo, posto que as atividades estatais em geral, como regra,
comportam execução por delegação, mediante concessão ou
permissão.
d) restrito, vez que apenas pode ser considerado serviço público aquele
prestado diretamente pelo Estado.
e) restrito, vez que apenas pode ser considerado serviço público aquele
prestado mediante concessão ou permissão.
11. Quanto aos usuários, os serviços públicos podem ser gerais ou específicos
(divisíveis, para alguns autores); o serviço de telefonia é um exemplo de
serviço público divisível.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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15. A permissão de serviço público, formalizada mediante celebração de
contrato de adesão entre o poder concedente e a pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para o seu desempenho, por sua conta e risco, tem
como características a precariedade e a possibilidade de revogação unilateral
do contrato pelo poder concedente.
( ) CERTO ( ) ERRADO
19. Considere que um detento tenha sido morto por seus colegas de
carceragem, dentro da cela de uma delegacia de polícia do estado do Acre.
Nessa situação, o Acre responde pelos danos materiais e morais resultantes
dessa morte, mesmo que reste demonstrada a ausência de culpa dos agentes
públicos responsáveis pela segurança dos presos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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a) o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente,
tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros
definidores da qualidade do serviço.
b) a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições
legais ou regulamentares concernentes à concessão.
c) a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou
operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido.
d) a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado
por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais.
e) o poder público retomar o serviço durante o prazo da concessão, por
motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após
prévio pagamento da indenização devida.
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e) No contrato de concessão patrocinada, no âmbito das parcerias
público-privadas, os riscos do negócio jurídico decorrentes de caso
fortuito ou força maior serão suportados exclusivamente pelo parceiro
privado.
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e) A competência para julgar eventual ação de indenização proposta
contra a concessionária de serviço público será da justiça federal, já
que se trata de uma delegação de serviço público federal.
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26. Entende-se por permissão de serviço público a:
a) expedição de ato unilateral, discricionário e precário, em favor de
pessoa jurídica ou física que comprove formalmente perante o poder
concedente, a sua plena capacidade para a prestação do serviço.
b) transferência através de contrato por prazo determinado e prévia
licitação, na modalidade concorrência, celebrado pelo poder
concedente com a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, que tenha
demonstrado capacidade para a sua prestação, por sua conta e risco.
c) outorga mediante ato unilateral e precário, expedido pelo poder
público à pessoa física ou jurídica que tenha demonstrado no decorrer
do procedimento licitatório, capacidade para a prestação do serviço,
por sua conta e risco.
d) contratação mediante ato administrativo discricionário e precário,
sem necessidade de realização do certame licitatório, de pessoa
jurídica que comprove plena capacidade para a execução do serviço.
e) delegação a título precário, mediante contrato de adesão e prévia
licitação, objetivando a prestação de serviço público, formalizado entre
o poder público e a pessoa física ou jurídica que tenha demonstrado,
no procedimento licitatório, capacidade para a sua prestação.
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e) Trata-se de ato que depende de licitação, pois há viabilidade de
competição.
28. O Jurista José dos Santos Carvalho Filho apresenta o seguinte conceito
para
um dos princípios dos serviços públicos: Significa de um lado, que os serviços
públicos devem ser prestados com a maior amplitude possível, vale dizer,
deve
beneficiar o maior número de indivíduos. Mas é preciso dar relevo também
ao
outro sentido, que é o de serem eles prestados, sem discriminação entre os
beneficiários, quando tenham estes as mesmas condições técnicas e jurídicas
para a fruição. Trata-se do princípio da:
a) modicidade.
b) continuidade.
c) eficiência.
d) generalidade.
e) atualidade.
GABARITO:
1. E 2. B 3. E 4. A 5. A 6. C 7. C 8. C 9. B 10. C
11. C 12. C 13. E 14. C 15. C 16. C 17. E
18. E 19. C 20. E 21. B 22. C 23. B 24. D
25. D 26. E 27. A 28. D
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
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Efetiva-se através da criação de novas pessoas jurídicas para
desenvolver a função pública. Cria-se, assim, autarquias, fundações
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista (além de
suas subsidiárias).
As entidades que compõem a administração pública indireta são
regidas por três princípios: Tutela, Especialidade e Legalidade.
a) Tutela → Controle que a administração pública direta realiza
sobre as entidades da administração pública indireta. A tutela
(que não se confunde com a autotutela) não se realiza com
vínculo de subordinação hierárquica, já que envolve diferentes
pessoas jurídicas, dotadas, portanto, de autonomia. No plano
Federal, a tutela denomina-se supervisão ministerial, como
acontece, por exemplo, quando o ministério da previdência
(órgão da União) controle o Instituto Nacional de Seguro Social
(autarquia federal).
b) Especialidade → Justifica a própria descentralização
administrativa, uma vez que a criação dessas pessoas jurídicas
se faz com o objetivo de prestar determinada atividade com alto
grau de especialização. É o que acontece, por exemplo, com o
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional),
autarquia federal que cuida da proteção do patrimônio histórico
brasileiro.
c) Legalidade → Aplica-se porque a criação de qualquer pessoa
da administração pública indireta depende sempre de lei
autorizativa, conforme regras insertas no art. 37, XIX e XX, da
CF. Trata-se de lei ordinária específica, porque trata de um único
tema. As autarquias e as fundações públicas de direito privado
nascem diretamente da lei.
Observação:
Frise-se que todas as entidades da administração pública (direta ou
indireta) sujeitam-se a limitações públicas, dentre as quais a
necessidade de realização de concurso público, licitação e controle
financeiro, a cargo dos Tribunais de Contas.
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As fundações públicas constituídas como pessoas jurídicas de direito
privado têm sua criação autorizada mediante lei ordinária específica,
são criadas por decreto e terão sua área de atuação definida em lei
complementar.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista nascem
quando do arquivamento dos seus atos constitutivos na Junta
Comercial ou Cartório de Pessoas Jurídicas competente.
A criação das subsidiárias também depende de autorização em lei
ordinária específica.
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procuradores, foro privativo, inclusive as mesmas aplicando a falência a essas
duplo grau de jurisdição prerrogativas das autarquias. entidades, entretanto.
obrigatório, dentre outros). As fundações públicas se Seus empregados são
confundem com as fundações regidos pela CLT e essas
privadas, que são sempre pessoas jurídicas não
pessoas jurídicas de direito gozam de imunidade ou
privado e não integram a isenções fiscais.
administração pública indireta, Vale ressaltar, entretanto,
como, por exemplo, a que quando essas entidades
Fundação Ayrton Sena, prestam serviços públicos,
Fundação Roberto Marinho, sem finalidade lucrativa (a
Fundação Bradesco e exemplo da EBCT –
Fundação José Aras. Além das “Correios”), sofrem uma
autarquias e fundações maior interferência de
públicas comuns, existe no normas de direito público e,
direito brasileiro as autarquias por isso, terão algumas
em regime especial prerrogativas públicas, a
(denominadas de agências exemplo de
reguladoras) e as agências impenhorabilidade de seus
executivas, isto é, autarquias e bens e imunidade tributária.
fundações públicas
qualificadas pela assinatura de
contrato de gestão.
O regime especial aplicado às
agências reguladoras se
consubstancia na maior
extensão do seu poder
normativo e na maior
estabilidade conferida a seus
dirigentes, na medida em que
exercem mandato, de modo
que somente podem perder o
cargo em decorrência de
renúncia, processo judicial ou
administrativo, com garantia
de ampla defesa e
contraditório. Após o exercício
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do mandato, o dirigente fica
sujeito a um período de
quarentena, continuando
vinculado à agência e proibido
de prestar serviços ao setor
regulamentado, a fim de evitar
que transfira informações
privilegiadas.
Por sua vez, a qualificação das
autarquias ou fundações
públicas como agências
executivas se realiza, como
dito, por meio da assinatura de
um contrato de gestão, através
do qual essa entidade tem
ampliada a sua autonomia, em
troca do cumprimento de
metas de desempenho, na
forma do art. 37, §8º, da CF. O
descumprimento dessas metas
de desempenho implicará na
desqualificação da entidade.
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II. Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP’s);
III. Organizações Sociais (OS’s).
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e) se apenas as afirmativas I, II, IV e V estão corretas.
5. Julgue:
A gestão das agências reguladoras mereceu um tratamento legislativo
especial, tendo em vista a complexidade de suas atividades. Entre as
inovações constantes de seu regramento, está a figura da denominada
“estabilidade” de seus dirigentes, materializado no fato de exercerem
mandato.
( ) CERTO ( ) ERRADO
6. A empresa pública:
a) é pessoa jurídica de direito público interno, criada por lei, com
patrimônio próprio, exercendo função delegada pelo Estado;
b) é pessoa jurídica de direito público interno, criada por lei, com
patrimônio próprio, sem vínculo de subordinação hierárquica,
exercendo funções típica do Estado;
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c) é pessoa jurídica de direito privado, criada por lei, com capital
dividido entre o Estado e particulares, com patrimônio próprio, para a
realização de serviço público ou atividade econômica, regendo-se pelas
normas das sociedades anônimas, com as adaptações previstas na sua
lei de criação;
d) é pessoa jurídica de direito privado, criada por lei, com capital
exclusivamente público, ainda que vindo de suas Administrações
Indiretas, com patrimônio próprio, destinadas ao exercício de serviço
público ou de atividade econômica de relevante interesse coletivo,
podendo-se revestir de qualquer forma e organização empresarial;
e) é pessoa jurídica de direito privado, criada por lei, com capital
exclusivamente público, não se admitindo que venha de suas
Administrações Indiretas, com patrimônio próprio, destinadas ao
exercício de serviço público ou de atividade econômica de relevante
interesse coletivo, podendo-se revestir de qualquer forma e
organização empresarial.
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Assinale a alternativa correta:
a) somente a proposição IV está incorreta
b) as proposições I e V estão incorretas
c) somente a proposição V está incorreta
d) as proposições I, II e V estão incorretas
e) somente a proposição II está incorreta
GABARITO
1. B 2. E 3. E 4. B 5. C 6. D 7. C 8. C 9. C
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63
CONTROLE LEGISLATIVO, JUDICIAL
E ADMINISTRATIVO
CONTROLE LEGISLATIVO
Realizado em duas vertentes: Político e Financeiro.
o Controle político > envolve atos de governo (art. 42 ao 58, CF/88)
– de competência das casas legislativas > CPI.
o Controle financeiro > de competência das casas legislativas, com
auxilio dos tribunais de contas.
Tribunal de Contas
o TCU trata das verbas federais > fiscaliza (art. 70 ao 75, CF/88).
o TCE trata das verbas de aplicação estadual.
o TCM trata das verbas de aplicação municipais (apenas 5 em todo
Brasil) > A CF proíbe a criação de novos tribunais de contas
municipais.
CONTROLE ADMINISTRATIVO
Controle interno > própria administração realiza sobre seus próprios
atos = autotutela!
A administração tem o dever de anular seus próprios atos, quando
eivados de nulidade, podendo revogá-los ou alterá-los, por
conveniência e oportunidade.
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A revogação ou anulação são atos discricionários > não deve conduzir
abusos!
Controle realizado de ofício ou provocado.
CONTROLE JUDICIAL
Controle externo.
Atenta-se ao princípio da Legalidade > ato ilegal será extinto pela
anulação!
O Controle Judicial da Administração Pública é função do Poder
Judiciário sobre os atos administrativos exercidos pelos Três Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário). Esse Controle, destarte, como o
próprio nome já diz, é exercido exclusivamente pelos órgãos do Poder
Judiciário e tem atuação sobre os atos administrativos praticados pelo
Executivo, Legislativo e Judiciário.
Assegura que esse tipo de controle poderá recair sobre qualquer ato
da administração pública que tem a finalidade de garantir a atuação
administrativa idônea e adstrita, porém, é vedado ao Poder Judiciário
apreciar o mérito administrativo e restringe-se ao controle de
legalidade e da legitimidade do ato impugnado.
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65
devendo o interessado formular denúncia ao Tribunal de Contas do
Estado.
B) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar
eventual irregularidade, mas pode, de ofício, remeter os elementos da
denúncia para o Tribunal de Contas do Estado.
C) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra
e pode determinar, diante de irregularidades, a imediata sustação da
execução do contrato impugnado.
D) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra
e pode indicar prazo para que o órgão ou a entidade adote as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada
ilegalidade.
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3) A União celebrou convênio com o Município Alfa para a implantação de um
sistema de esgotamento sanitário. O Governo Federal repassou recursos ao
ente local, ficando o município encarregado da licitação e da contratação da
sociedade empresária responsável pelas obras. Após um certame conturbado,
cercado de denúncias de favorecimento e conduzido sob a estreita supervisão
do prefeito, sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. Em
escutas telefônicas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário,
comprovou-se o direcionamento da licitação para favorecer a sociedade
empresária Vale Tudo Ltda., que tem, como sócios, os filhos do prefeito do
Município Alfa. Tendo sido feita perícia no orçamento, identificou-se
superfaturamento no preço contratado. Com base na situação narrada,
assinale a afirmativa correta.
A) Não compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar o emprego
dos recursos em questão, pois, a partir do momento em que ocorre a
transferência de titularidade dos valores, encerra-se a jurisdição da
Corte de Contas Federal.
B) O direcionamento da licitação constitui hipótese de frustração da
licitude do certame, configurando ato de improbidade administrativa
que atenta contra os princípios da Administração Pública e, por isso,
sujeita os agentes públicos somente à perda da função pública e ao
pagamento de multa civil.
C) Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de improbidade,
de forma que terceiros, como é o caso da sociedade empresária Vale
Tudo Ltda., não podem ser réus da ação judicial e, por consequência,
imunes à eventual condenação ao ressarcimento do erário causado
pelo superfaturamento.
D) Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou
prejuízo ao erário, os agentes públicos envolvidos e a sociedade
empresária Vale Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral ressarcimento do
dano, sem prejuízo de outras medidas, como a proibição de contratar
com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por um prazo
determinado.
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4) A pretexto de regulamentar a Lei nº 8.987/1995, que dispõe sobre a
concessão e a permissão de serviços públicos, o Presidente da República
editou o Decreto XYZ, que estabelece diversas hipóteses de gratuidade para
os serviços de transporte de passageiros. A respeito da possibilidade de
controle do Decreto XYZ, expedido pelo chefe do Poder Executivo, assinale a
afirmativa correta.
A) Como ato de natureza essencialmente política, o Decreto XYZ não
está sujeito a qualquer forma de controle.
B) Como ato discricionário, o Decreto XYZ não está sujeito a qualquer
forma de controle.
C) Como ato normativo infralegal, o Decreto XYZ está sujeito apenas
ao controle pelo Poder Judiciário.
D) Como ato normativo infralegal, o Decreto XYZ sujeita-se ao controle
judicial e ao controle legislativo.
GABARITO:
1) D 2) B 3) D 4) D
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LICITAÇÃO E CONTRATOS
A licitação visa assegurar Quanto aos contratos
igualdade de condições a administrativos, essa mesma
todos os concorrentes, regra prevê o direito do
efetivando os princípios da Contratado à manutenção do
Conforme o art. 37, XXI,
isonomia, impessoalidade, equilíbrio-econômico-
da CF, a licitação é
julgamento objetivo, financeiro.
procedimento via de regra
vinculação ao instrumento
obrigatório para a
convocatório, adjudicação
contratação, pela
compulsória, dentre outros.
administração pública, de
obras, serviços, compras e
alienações.
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IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
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2. A AÇÃO CIVIL POR ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Embora qualquer pessoa possa representar à autoridade
administrativa competente para que seja instaurada investigação
destinada a apurar a prática de ato de improbidade, a ação civil por
atos de improbidade somente pode ser proposta contra os agentes
públicos responsáveis e os beneficiários (diretos ou indiretos) do ato
pelas pessoas jurídicas lesadas, assim como pelo Ministério Público.
Quando o Ministério Público não for autor da ação, deverá fiscal da lei,
sob pena de nulidade absoluta. Quando for autor da ação, a pessoa
jurídica lesada será assistente litisconsorcial, buscando o integral
ressarcimento ao erário.
O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se
enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações de cunho
patrimonial previstas na lei de improbidade, até o limite do valor da
herança.
Cabe acordo, conciliação, transação envolvendo ações civis por atos de
improbidade.
É possível a concessão de liminar para a indisponibilidade dos bens,
abrangendo todo o patrimônio do(s) réu(s), a fim de garantir o integral
ressarcimento ao erário.
Antes da citação do(s) réu(s) a lei determina que seja realizada a
notificação prévia do requerido, a fim de apresentar manifestação
escrita (defesa prévia). À luz dessa manifestação o Juiz decidirá se
recebe ou não a petição inicial. Não recebendo, sentencia, extinguindo
o processo. Se receber, cita o(s) réu(s) para apresentar contestação.
A falta da notificação prévia só anula o processo se houver prejuízo,
de acordo com a máxima segundo a qual “pas de nullitè sans grief”
(não há nulidade sem prejuízo).
3. ATOS E SANÇÕES
3.1. Atos Administrativos
A lei de improbidade prevê quatro diferentes tipos de atos
administrativos. Além do ato relativo à concessão indevida de
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benefícios fiscais (art. 10-A), a lei prevê os atos de enriquecimento
ilícito, lesão ao erário e violação aos princípios da administração
pública, insertos de forma meramente exemplificativa nos incisos
previstos, respectivamente, nos seus arts. 9º, 10 e 11.
Considerando que o ato de improbidade depende da presença de
elemento subjetivo (culpa ou dolo genérico), importante anotar que
os atos de enriquecimento ilícito e de violação aos princípios da
administração pública só podem ser praticados de forma dolosa,
enquanto que os atos que implicam prejuízo ao erário admitem
forma dolosa ou culposa.
4. A PRESCRIÇÃO
As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na lei podem
ser propostas:
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I. Até cinco anos após o término do exercício de mandato, de
cargo em comissão ou de função de confiança;
II. Dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para
faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço
público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego;
III. Até cinco anos da data da apresentação à administração
pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no
parágrafo único do art. 1 desta Lei.
Cumpre consignar que a ação que visa o ressarcimento ao erário
decorrente de atos de improbidade praticados de forma dolosa tem
natureza imprescritível, na forma do art. 37, § 5º, da CF.
5. A DECLARAÇÃO DE BENS
A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à
apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu
patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente, compreendendo imóveis, móveis, semoventes, dinheiro,
títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais,
localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os
bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e
de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do
declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o
agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou
função, podendo o declarante, a seu critério, entregar cópia da
declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal
na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos
de qualquer natureza, com as necessárias atualizações.
Será punido com a pena de demissão “a bem do serviço público”, ou
seja, não poderá mais retornar ao serviço público, o agente público
que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo
determinado, ou que a prestar falsa, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis.
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QUESTÕES PARA TREINO:
1. Assinale a alternativa correta:
a) somente o servidor público pode enquadrar-se como sujeito ativo
da improbidade administrativa;
b) os membros da Magistratura, do Ministério Público e do Tribunal de
Contas não podem ser incluídos como sujeitos ativos, por desfrutarem
da prerrogativa da vitaliciedade;
c) mesmo um particular que induza ou concorra para a prática do ato
de improbidade ou dele de beneficie direta ou indiretamente sofre a
incidência da lei;
d) os mesários em eleição e os jurados não podem figurar no rol dos
sujeitos ativos da conduta tida por atentatória da probidade;
e) os servidores celetistas dos entes governamentais, enquanto
perdurar esse vínculo, não podem ser sujeitos às sanções decorrentes
da improbidade administrativa.
3. Entende-se por agentes públicos, para os fins legais, além dos servidores
investidos em cargos ou empregos, também aqueles que, transitoriamente,
com ou sem remuneração, exerçam funções em entidades da administração
direta ou indireta.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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cinco a oito anos, em decorrência dos seguintes atos de improbidade
administrativa:
a) receber vantagem econômica de qualquer natureza, mesmo que
indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração de
que esteja obrigado.
b) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das
atribuições do cargo, que deva permanecer em segredo.
c) perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou
aplicação de verba pública de qualquer natureza.
d) permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da
respectiva divulgação oficial, teor de medida econômica capaz de
afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
e) realizar operação financeira sem observância das normas legais e
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea.
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e) Uma das consequências da prática de ato de improbidade pelo
agente público infrator é a perda dos direitos políticos, a qual somente
se efetiva após sentença condenatória transitada em julgado.
GABARITO:
1. C 2. C 3. C 4. E 5. C 6. E 7. E 8. C 9. E
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PODERES ADMINISTRATIVOS
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1) PODER HIERARQUICO
Poder de distribuir competências no âmbito interno da
administração.
Não existe hierarquia entre pessoas jurídicas distintas.
Consiste nas atribuições de comando, chefia e direção dentro da
estrutura administrativa, portanto, é um poder interno e permanente
exercido pelos chefes de repartição sobre seus agentes subordinados
e pela administração central no atinente aos órgãos públicos.
Existe a possibilidade de delegar atribuições.
o A delegação não transfere a competência > somente empresta.
o A administração delega, mas também poderá exercer a
atribuição.
o A extinção da delegação ocorre através da revogação.
o São indelegáveis:
i. competência exclusiva;
ii. ato normativo;
iii. decisão de recurso administrativo.
2) PODER DISCIPLINAR
Poder de apurar infrações e aplicar punições a todos aqueles que
possuem vínculo com a administração pública.
o Os servidores possuem vínculo, mas, alguns terceiros também
possuem > prisioneiros em cumprimento de pena, alunos
universitários, etc.
Poder disciplinar pressupõe um vínculo.
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3) PODER NORMATIVO
Também conhecido como Poder Regulamentar.
Poder que a Administração possui de editar atos complementares,
buscando a fiel execução da lei.
o Poder de dar fiel execução à lei.
4) PODER DE POLÍCIA
O Poder de Polícia não pressupõe vínculo > é geral, cabível para todos.
Poder de limitar ou condicionar direito individual, buscando
favorecer o coletivo.
O poder de polícia administrativa irá incidir sobre bens, direitos e
atividades, tem caráter predominantemente preventivo, podendo ser
repressivo e fiscalizador, tem por objetivo prevenir ou reprimir ilícitos
administrativos.
Em regra, o poder de polícia é indelegável, mas, caso a pessoa jurídica
privada seja da administração, o poder de policia pode ser delegado,
desde que não exista concorrência. Delegável para pessoas de direito
público.
Possui atributos característicos do seu exercício, quais sejam:
i. Discricionariedade > Em regra é discricionário, mas é
cabível de forma vinculada em situações especiais.
ii. Autoexecutoriedade > Afasta o controle jurisdicional
prévio, mas não afasta o posterior.
iii. Coercibilidade > Imposição coercitiva das medidas
adotadas pela Administração, que diante de eventuais
resistências dos administrados, pode se valer, inclusive, da
força pública para garantir o seu cumprimento. Todo ato de
polícia administrativa é imperativo, de observância
obrigatória.
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Atenção!
Polícia Administrativa Polícia Judiciária
- Direito administrativo. - Direito penal ou processual penal.
- Atuação com bens, direitos e - Atuação com pessoas.
atividades. - Apuração de crimes.
- Apuração de infrações. - Em regra, é repressiva.
- Em regra, é preventiva.
QUESTÕES DE TREINO
1) Sobre o Poder de Polícia exercido pela Administração Pública, assinale a
afirmativa incorreta.
A) Limita o uso, gozo e disposição da propriedade e restringe o
exercício da liberdade dos indivíduos em benefício do interesse público.
B) Restringe direitos individuais, interferindo na órbita do interesse
privado, para salvaguardar o interesse público.
C) Admite até o emprego da força pública para o seu normal
cumprimento, quando houver resistência por parte do administrado.
D) Impede ou paralisa atividades antissociais.
E) Atua para a punição de agentes públicos que se recusarem a
executar as tarefas em conformidade com as determinações
superiores, desde que manifestamente legais.
GABARITO: 1) E 2) C
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LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD)
Lei 13.709/18
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O país contará com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados
Pessoais (ANPD), com finalidade de fiscalizar e, se a LGPD for
descumprida, penalizar. A ANPD também terá as tarefas de regular e
de orientar, preventivamente, sobre como aplicar a lei. Cidadãos e
organizações poderão colaborar com a autoridade.
A LGDP também estipula os agentes de tratamento de dados e
suas funções, nas organizações: tem o controlador, que toma as
decisões sobre o tratamento; o operador, que realiza o tratamento, em
nome do controlador; e o encarregado, que interage com cidadãos e
autoridade nacional (e poderá ou não ser exigido, a depender do tipo
ou porte da organização e do volume de dados tratados).
QUESTÕES DE TREINO
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2) Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às
normas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei
13.709/2018), ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis
pela autoridade nacional:
I. advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas;
II. multa diária não superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais); III.
publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua
ocorrência; IV. suspensão por prazo indeterminado do exercício da atividade
de tratamento dos dados pessoais a que se refere a infração; V. bloqueio dos
dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização.
Analise os itens acima e assinale
A) se apenas o item I estiver correto.
B) se apenas os itens II e IV estiverem corretos.
C) se apenas os itens I, III e V estiverem corretos.
D) se apenas os itens I, II e V estiverem corretos.
E) se apenas os itens II, III, IV e V estiverem corretos.
B) aleatório.
C) oculto.
D) suspeito.
E) anonimizado.
GABARITO: 1) C 2) C 3) E
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PARABÉNS PELO EMPENHO!
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