Apostila Torno C.N.C. Mach 9
Apostila Torno C.N.C. Mach 9
Apostila Torno C.N.C. Mach 9
07
1. INTRODUÇÃO
1. 1. HISTÓRICO
Durante a 2ª Guerra Mundial, surgiu no Setor de Defesa Industrial dos Estados Unidos, a
necessidade de se produzir “cames” complexos (semelhante aos utilizados em máquinas automáticas)
dentro de tolerâncias rígidas. Estes cames eram produzidos artesanalmente observando-se a seguinte
seqüência:
a) Cálculo das coordenadas “X” e “Y” dos centros dos furos prévios em função das formas
dos cames;
b) Traçagem dos centros dos furos no material a ser usinado;
c) Furação;
d) Acabamento com lima;
Com este processo era trabalhoso e demorado, exigindo muita habilidade da parte do operário, às
vezes não se conseguia produzir cames com a precisão desejada.
Na mesma época uma fábrica de helicópteros (The Parsons Company) dos Estados Unidos, para
produzir o perfil exato das hélices, tinham que fabricar mais de 50 gabaritos diferentes, com a forma da
seção transversal da hélice é variável ao longo de seu comprimento. Os engenheiros dessa companhia,
baseados no processo de fabricação de cames, desenvolveram num computador, rotinas de cálculos para
determinar as coordenadas “X” e “Y” dos furos tangentes à curva desejada para os gabaritos. Isto
resolveu parcialmente o problema já que as coordenadas tinham que ser lidas e transferidas manualmente
para a furadeira, completando-se a operação com as mesmas dificuldades e morosidade do caso anterior.
Tentando aperfeiçoar o processo, os engenheiros diminuíram bastante a distância entre um furo e outro,
recalculando as diversas posições ao longo da curva, e utilizando desta vez uma fresadora, foram
posicionando manualmente a ferramenta de acordo com as coordenadas calculadas numa curva contínua
bastante próxima da desejada.
O passo seguinte seguinte foi decisivo para o aparecimento do CN. Surgiu a idéia de substituir o
fresamento manual da fresadora por um posicionamento automático, controlado pelo computador, que
também calcularia as coordenadas da curva.
As primeiras máquinas CN foram instaladas na indústria aeronáutica dos Estados Unidos em 1957.
A partir desta data os equipamentos foram se sofisticando, onde no final de 1958 foi introduzido na
máquina um trocador automático de ferramentas.
Apesar das máquinas CN terem uma versatilidade muito grande, não devemos utilizá-la em todos
os problemas de usinagem que surgirem.
1. 3. DEFINIÇÕES
Com o surgimento desta nova filosofia de trabalho, ou seja, do CN, surgiram definições
importantes que atualmente são muito utilizadas.
1 – Comando Numérico Ponto a Ponto (CN) – é o comando de concepção mais simples, utilizado
em máquinas simples, onde o interesse básico consiste no posicionamento exato da peça para o trabalho,
ou na repetição de um grande número de ciclos da operação. Atualmente com o grande desenvolvimento
da eletrônica este tipo de comando já está em desuso.
Atualmente existem CNC com mais de um microcomputador, e outros ainda que utilizam
microprocessadores, que apresentam como vantagem com relação aos microcomputadores a diminuição
dos custos, aumento da capacidade e redução do tamanho.
2. SISTEMA DE COORDENADAS
Toda geometria da peça é transmitida ao comando com auxílio de um sistema de coordenadas
cartesianas.
MOVIMENTO LONGITUDINAL
Z
MOVIMENTO TRANSVERSAL
O sistema de coordenadas é definido no plano formado pelo cruzamento de uma linha paralela ao
movimento longitudinal (Z), com uma linha paralela ao movimento transversal (X) .
Todo movimento da ponta da ferramenta é descrito neste plano “XZ”, em relação a uma origem
pré-estabelecida (X0,Z0). Lembrar que X é sempre a medida do diâmetro.
Observação:
O sinal positivo ou negativo introduzido na dimensão a ser programado é dado pelo quadrante,
onde a ferramenta está situada:
TORRE DI ANTEI RA
X+
2 º QUADRANTE 1 º QUADRANTE
Z - Z+
3 º QUADRANTE 4 º QUADRANTE
X-
TORRE TRASEIRA
X-
2º QUADRANTE 1º QUADRANTE
Z - Z+
3º QUADRANTE 4º QUADRANTE
X+
Neste sistema, a origem é estabelecida em função da peça a ser executada, ou seja, podemos
estabelecê-la em qualquer ponto do espaço para facilidade de programação. Este processo é denominado
“Zero Flutuante”.
Como vimos, a origem do sistema foi fixada como sendo os pontos X0, Z0. O ponto X0 é definido
pela linha de centro do eixo-árvore. O ponto Z0 é definido por qualquer linha perpendicular à linha de
centro do eixo-árvore.
X X
Z (+ ) Z (+ )
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
20 10X45°
E D
C MOVIMENTO COORDENADAS
ABSOLUTAS
B
PARTIDA META EIXO
DE PARA X Z
Ø80
Ø30
A A B 30 30
B C 50 20
C D 80 20
D E 80
A Z
D
C
B
Note-se que o ponto A é a origem do deslocamento para o ponto B, e B será origem para um
deslocamento até um ponto C, e assim sucessivamente.
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
20 10X45°
E D
C MOVIMENTO
COORDENADAS
INCREMENTAIS
B
PARTIDA META EIXO
DE PARA X Z
Ø80
Ø30
A A B 30
B C 20 -10
C D 30
D E -20
3. TIPOS DE FUNÇÕES
3. 1. FUNÇÕES DE POSICIONAMENTO:
Com o auxílio destas funções pode-se descrever a dimensão da peça a ser usinada, onde o diâmetro
estará definido pelo eixo X (transversal) e o comprimento pelo eixo Z (longitudinal).
3. 2. FUNÇÕES ESPECIAIS:
Função N:
Cada bloco de informação é identificado pela função “N”, seguida de até 4 dígitos.
As funções “N” são, geralmente ignoradas pelo comando, exceto quando utilizadas parra desvio
incondicional (função H) e procura de blocos.
Se usada, esta função deverá ser incrementada com valor de 5 em 5 ou de 10 em 10, afim de deixar
espaço para possíveis modificações no programa, e deve ser programada no início do bloco.
Função: Barra ( / )
Utilizamos a função barra ( / ) quando for necessário inibir a execução de blocos no programa,
sem alterar a programação.
Se o caracter “/ ” for digitado na frente de alguns blocos estes serão ignorados pelo comando,
desde que o operador tenha selecionado a opção INIBE BLOCOS, na página de Referência de
Trabalho.Caso a opção Inibe Blocos não seja selecionada, o comando executará os blocos normalmente,
inclusive os que contiverem o caracter “/ “.
Função: H
Esta função deve ser usada em programas contendo números seqüenciais “ N ”, pois o desvio
ocorre para um determinado bloco que contenha uma seqüência, onde “ N ” tem um valor exatamente
igual ao valor de “ H ”.
Este desvio deve ser executado somente no mesmo programa, não podendo utilizar-se de outro
sub-programa.
EXEMPLO: N00;__PEÇA_EXERCICIO #
N10 G99 #
.
.
H70 #
N30 T01 01;__BROCA_10mm #
N40 G54 #
N50 G0 X200. Z200. #
.
.
N70 T12 12;__DESB.INTER.#
Função: T
A Função T é usada para selecionar as ferramentas na torre informando para a máquina o seu
zeramento (PRE-SET), raio do inserto, sentido de corte e corretores.
É composta de 4 dígitos, onde os dois primeiros definem à máquina qual ferramenta iremos
trabalhar e os dois últimos o corretor que será utilizado para a correção das medidas e desgaste do inserto.
Exemplo:
T 13 13
Dimensões Corretores
Obs.: O giro da torre e o movimento dos carros não podem estar em um mesmo bloco. Dois
blocos serão necessários, um para o movimento dos carros e outro para o giro da torre.
Todo programa é constituído de blocos de informações que contém sempre um código “EOB”
(End Of Block) no final de cada bloco, representado pelo sinal “# ”.
Se na programação não houver nenhum valor numérico após a letra da função, o comando assume
o valor “ZERO”.
Os valores negativos devem ser sempre precedidos do sinal (-) , o que não ocorre para os dados
positivos.
Todas as funções definidas co-direcionalmente ao eixo “X” exprimem seus valores em diâmetro.
No início de um comentário deve-se colocar o caracter ponto e vírgula (;), visto que o comentário
é usado para controle de programas, documentação e também serve como mensagem ao operador .
O comentário pode conter qualquer caracter, exceto algumas funções miscelâneas de parada ou
fim de programa (M01, M02, M30, M00). Estas mensagens são ignoradas pelo comando durante a sua
execução, mas são úteis para prover o operador de informações, no início e em blocos com paradas do
ciclo de usinagem.
Exemplos:
;Peça_Nº123 #
Aplicação: Este grupo de funções definem à máquina o que fazer, preparando-a para
executar um tipo de operação, ou para receber determinada informação.
MODAIS: São funções que uma vez programadas permanecem na memória do comando, valendo
para todos os blocos posteriores, a menos que modificados por outra função ou a mesma.
NÃO MODAIS: Funções que todas as vezes que requeridas, devem ser programadas, ou seja são
válidas somente no bloco que as contém .
6. 1. FUNÇÃO: G00
Os eixos movem-se para a meta programada com a maior velocidade de avanço disponível para
cada modelo de máquina.
6. 2. FUNÇÃO: G01
Com esta função obtem-se movimentos retilíneos com qualquer ângulo, calculado através de
coordenadas e com um avanço (F) pré-determinado pelo programador.
Geralmente nos tornos CNC utiliza-se o avanço em mm/rotação , mas este também pode ser
utilizado em mm/min.
Tanto G02 como G03 executam operações de usinagem de arcos pré-definidos através de uma
movimentação apropriada e simultânea dos eixos.
Programa-se o sentido de interpolação circular (horária ou anti-horária), através dos códigos G02
ou G03.
6. 3. 1. Função: R
I é paralelo ao eixo X.
K é paralelo ao eixo Z.
As funções I e K são programadas tomando-se como referência a distância do centro do arco até a
origem do sistema de coordenadas.
X (+ )
Ce n t r o d o a r c o
Z (+ )
Or i g e m (X0 , Z 0 )
Notas:
A função “ I ” deve ser programada em diâmetro.
Caso o centro do arco ultrapasse a linha de centro deveremos dar o sinal correspondente ao
quadrante.
G02 (HORÁRIO)
X+
G03 (ANTI-HORÁRIO)
Z+
Observação:
No caso de termos ferramentas trabalhando em quadrantes diferentes, no eixo transversal
(quadrante negativo), deveremos inverter o código de interpolação circular (G02 e G03) em relação ao
sentido de deslocamento da ferramenta.
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO
.
.
.
N30 G X21. Z83.#
N40 G1 Z80. F.25#
N50 X24. Z78.5#
N60 Z50.#
N70 G2 X44. Z40. R10.#
ou
N70 G2 X44. Z40. I44. K50.#
N80 X50. Z25.#
N90 X78.#
N100 G3 X84. Z22. R3.#
ou
N100 G3 X84. Z22. I78. K22.#
N110 Z0#
Importante:
As Funções G02 e G03 não são modais, cancelam a função G0 e autorizam o código G01 para
movimentos subseqüentes.
6. 4. FUNÇÃO: G04
Na primeira vez que um bloco com G04 aparece no programa, a função “D” deve ser incluída no
bloco.
Os novos tempos usados nos blocos seguintes e que tiverem o mesmo valor da Função “D”,
podem ser requeridos apenas com a programação da Função G04.
Nota:
Quando o parâmetro “D” é usado para outro propósito, como por exemplo com G37, será
modificado qualquer tempo de permanência armazenado anteriormente. Por esta razão será necessário
restabelecer o tempo cancelado.
6. 5. FUNÇÃO: G20
Esta função define que o valor dimensional associado ao eixo X é em diâmetro, e aplica-se aos
códigos de programação X, I e U.
A Função G20 é um comando Modal e já encontra-se ativa quando ligamos a máquina, caso
necessário acioná-la deverá ser programada em bloco separado, antes de qualquer movimento relativo à
programação em diâmetro.
6. 6. FUNÇÃO: G21
Esta função define que o valor dimensional associado ao eixo X é em Raio e aplica-se aos
códigos de programação X, I e U.
A função G21 é um comando modal e deve ser programada em um bloco separado, antes de
qualquer movimento relativo à programação em Raio.
6. 7. FUNÇÃO: G33
A função G33 abre roscas nos eixos X e ou Z, em que cada profundidade é programada em bloco
separado.
O retorno da ferramenta e o posicionamento para uma nova passada devem ser programados em
separados e subseqüentes contidos de avanço rápido (G00).
X(+ ) X(+ )
K
K K
I
Z (+ ) Z (+ )
X(+ ) X(+ )
K
K
I
Z (+ ) Z (+ )
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
Relação de fórmulas:
H (Altura do filete)
H = (0.65 x Passo) x 2
H = 1.95
X (Diâmetro final)
X = Diâmetro inicial – Altura do filete
X = 30 – 1.95
X = 28.05
G33
N140 Z83.#
N150 X28.15#
N160 G33 Z48.5 K1.5#
80
N170 GX35.#
N180 Z83.#
N190 X28.05#
N200 G33 Z48.5 K1.5#
N210 GX35.#
N220 Z83.#
6. 8. FUNÇÃO: G37
Com esta função poderemos abrir roscas em diâmetros externos e internos, roscas paralelas e
cônicas, simples ou múltiplas entradas com apenas um bloco de informação, sendo que o comando fará o
cálculo de quantas passadas forem necessárias, mantendo sempre o mesmo volume de cavaco retirado no
primeiro passe.
onde:
Obs.:No caso de rosca cônica interna o valor da função “I” deverá ser negativo.
H
D
Número de passes
W 0 – > 0 grau
W 1 – > 30 graus
W 2 – > 45 graus
W 3 – > 60 graus
X (+ )
E
U
K
X (+ )
E
D
U
K
Z (+ )
X (+ )
E
1mm
Z (+ )
X (+ )
I
E
H
Z (+ )
Obs.: Durante a execução de qualquer função de roscamento, a rotação do eixo árvore não deve
ser superior ao valor determinado pela seguinte relação:
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
5x45° 20 3
M20x2.5
Ø50
35 32
90
H = (0.65 x passo ) x 2
H = (0.65 x 2.5 )
H = 3.25
3.25
D
11
D = 0.980
.
.
N110 G0 X25. Z93. #
N120 G37 X16.75 Z56.5 K2.5 E5. D.980 #
.
.
ROSCA INTERNA :
M30x2
Ø 55
30 4
70
H = (0.65 x passo)x2
H = (0.65x2)x2
H = 2.6
Diâmetro final = 30
2.6
D
11
D = 0.784
.
.
N80 GX22.4 Z74. #
N90 G37 X30. Z32. K2. E5. D.784 #
.
.
Relação de Fórmulas:
H = (0.866 x Passo) x 2
I = (Tg x passo) x 2
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
Rosca Cônica NPT 11.5 f/1”
DIÂMETRO
INICIAL
Inclinação: 1º 47’
Cálculos:
Passo:
K = 25.4 : 11.5
K = 2.209
Altura do filete:
H = (0.866 x 2.209) x 2
H = 3.826
Cat.oposto
Tg
Cat.adjacente
Tg 1.78 X
25
X = 0.775
Passando para o diâmetro, teremos: X = 1.55
Diâmetro inicial:
Diâmetro final:
Diâmetro final = diâmetro inicial – altura do filete
Diâmetro final = 31.85 – 3.826
Diâmetro final = 28.02
Conicidade ( I ):
I = (tg x passo ) x 2
I = (tg1.78 x 2.209 ) x 2
I = 0.137
3.826
D
16
D 0.9565
.
.
N100 GX37. Z65. #
N110 G37 X28.02 Z40. K2.209 I.137 E5.15 D.9565 #
.
.
Relação de fórmulas:
K = (passo)
K = passo x número de entradas (passo programado)
A = (abertura angular entre as entradas da rosca)
A = 360 graus : número de entradas da rosca
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
M25 x 2 3 entradas
A0°.
A120°. A240°.
6. 9. FUNÇÃO: G40
A Função G40 deve ser programada em um bloco, próprio para cancelar as funções previamente
solicitadas como G41 e G42. Esta função, quando solicitada pode utilizar o bloco posterior para
descompensar o raio do inserto que deve ser inserido na página de “Dimensões de Ferramentas”.
O ponto comandado para trabalho encontra-se no vértice entre os eixos “X” e “Z” .
PONTO COMANDADO
Esta função implica em uma compensação semelhante a função G41, porém, a direção de
compensação é à direita, vista em relação ao sentido do curso de corte.
NOTAS:
A geometria da ponta da ferramenta e a maneira na qual ela foi informada são definidas pelo
código “L”, na página de “Dimensões de Ferramentas”.
Exemplo:
.
.
.
N70 G41 (42) #
N80 G1 X... Z... F...#
.
.
.
Nunca se deve utilizar o código “G0” (avanço rápido) , quando se estiver compensando o raio da
ferramenta.
Ciclos fixos não são possíveis quando o comando estiver compensando o raio da ferramenta.
É bom lembrarmos que o importante para a escolha do código “G41” ou “G42” adequado para
cada caso, é o sentido de corte, como veremos à seguir.
G42 G41
G42 G41
QUADRANTE POSITIVO
G42 G41
G41
G42
x
torre
PONTA DA FERRAMENTA
22 12 02
11
21 02
20 10 00
MANUAL DE PROGRAMAÇÃO TORNO CNC COMANDO MACH 9 29
SENAI AMERICANA 5.07
Este ciclo permite a usinagem de desbaste completo de uma peça utilizando-se apenas de um
bloco de programação.
G66 X Z I K (U1) W P F #
onde:
Importante:
- O ciclo G66 não permite a execução de “mergulhos” nas peças, isto é, as coordenadas devem
ser ascendentes ou descendentes.
- No sub-programa, observar que o último ponto em “X” deve ser igual ao diâmetro da peça
em bruto (quando usinagem externa) ou igual ao diâmetro do furo da peça em bruto (quando
usinagem interna).
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
Posicionamento inicial:
Programa principal
.
.
Sub-programa 02 (P 02)
Nota: Utilizando o sub-programa P02, para dar acabamento na peça com a mesma ferramenta.
Programa principal
.
.
N90 G66 X84. Z92. I1. K.3 W3. U1 P02 F.25 #
N100 GX14. #
N110 G42 #
N120 P02 #
N130 G40 #
N140 X82. #
N150 T00 #
N160 G54 #
N170 GX200. Z200. #
N180 M30 #
Obs.:
- Funções preparatórias “G” admissíveis no sub-programa são: G1, G2, G3, G4, G73.
- Para máquinas equipadas com porta ferramentas “GANGTOOLS” utilizar o mesmo sub-programa
de desbaste no acabamento da peça, utilizando ferramentas diferentes, será necessário que ambas
estejam no mesmo quadrante.
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO
Posicionamento inicial:
Programa principal
.
.
Sub-programa
Nota: Utilizando o sub-programa P04, para dar acabamento na peça com a mesma ferramenta.
Programa principal
.
.
Este ciclo permite a usinagem de desbaste completo de uma peça utilizando-se de apenas um
bloco de programação.
G67 X Z I K ( U1 ) W P F #
onde:
Importante:
- O ciclo G67 não permite a execução de “mergulhos” nas peças, isto é, as coordenadas devem
ser ascendentes ou descendentes.
- No sub-programa, observar que o último ponto em “X” deve ser igual ao diâmetro da peça
em bruto ( quando usinagem externa ) ou igual ao diâmetro do furo da peça em bruto ( quando
usinagen interna ).
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
Posicionamento inicial:
Programa Principal:
.
.
N90 G67 X98. Z37. I1. K. 3 U1 W2. P30 F. 2 #
.
.
Sub-programa 30 ( P30 )
Nota: Utilizando o sub-programa P30, para dar acabamento na peça com a mesma ferramenta.
Programa Principal:
.
.
N50 G67 X98. Z37. I1. K. 3 U1 W2. P30 F. 2 #
N55 GX28. #
N60 G42 #
N65 P30 #
N70 G40 #
N75 X96. #
.
.
Observações:
- Para máquinas equipadas com porta ferramentas “gangtools” utilizar o mesmo sub-programa de
desbaste, no acabamento da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será necessário que ambas estejam
no mesmo quadrante.
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO
Posicionamento inicial:
Programa principal:
.
.
N90 G67 X26. Z37. I.5 K.2 W1.5 U1 P10 F.25 #
.
.
Sub-programa 10 ( P10 )
Nota: Utilizando o sub-programa P10, para dar acabamento na peça com a mesma ferramenta.
Programa principal:
.
.
N90 G67 X26. Z37. I.5 K.2 W1.5 U1 P10 F.25 #
N100 X96. #
N110 G41 #
N120 P10 #
N130 G40 #
N140 X28. #
N150 G0 Z37. #
.
.
Observações:
- Para máquinas equipadas com porta ferramentas “gangtools” utilizar o mesmo sub-programa de
desbaste, no acabamento da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será necessário que ambas estejam
no mesmo quadrante.
Esta função prepara o comando para computar todas as entradas de dados em polegadas.
O operador pode selecionar o modo do sistema de unidade para polegada ou métrico, através do
painel de controle ou por programa através das funções G70 e G71.
Nota: Não se deve alterar o modo POLEGADA para MÉTRICO e vice-versa no meio da
programação, pois o controle requer uma operação de REFERÊNCIA DA MÁQUINA (Machine Home)
quando o modo da unidade é alterado.
Esta função prepara o comando para computar todas as entradas de dados em milímetros. Não há
necessidade de se programar esta função, pois a mesma, está ativa quando o comando é ligado.
Esta função é semelhante a G01 (interpolação linear) , embora quando empregada fique disposta a
trabalhar do mesmo modo que a interpolação Ponto à Ponto, removendo o efeito de arredondamento dos
cantos, resultantes de movimentos lineares consecutivos.
G01
G73
FURAÇÃO:
Observações:
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO:
.
.
N90 G X Z70. #
N100 G74 Z –5 . W15. F.15 #
.
.
TORNEAMENTO:
A função G74 pode ser utilizada como ciclo de torneamento paralelo ao eixo Z , o qual torneia
com sucessivos passes, até o diâmetro desejado.
F = Avanço
Observações:
- Se houver a função U1 num ciclo de torneamento, então a cada passada o comando fará um retorno
no eixo X, no sentido contrário à penetração e com valor da função I até a posição inicial Z .
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO
.
.
N90 G X74. Z82. #
N100 G74. X30. Z25. I6. U1 F.25 #
.
.
.
.
N90 G X23. Z82. #
N100 G74 X55. Z25. I3. U1 F.25 #
.
.
FACEAMENTO:
A função G75 descreve seu ciclo paralelo ao eixo X, auxiliando nos trabalhos de desbaste como
ciclo de faceamento.
F = Avanço
Observações:
- Se houver a função U1 no ciclo de faceamento, então a cada passada o comando fará um retorno
no eixo Z, no sentido contrário à penetração, com valor da função K até a posição inicial X.
.
.
N90 G X102. Z76. #
N100 G75 X30. Z50. K2. U1 F.25 #
.
.
.
.
N90 G X38. Z76.5 #
N100 Z77.5 #
N110 G75 X75. Z50. K1.5 U1 F.2 #
N120 G Z80. #
.
.
CANAIS
O ciclo G75 pode ser usado também como ciclo de canais, podendo-se programar a quebra de
cavacos.
Neste ciclo, os canais devem ser eqüidistantes sendo que o último canal será executado na posição
Z programada, independentemente de estar ou não na mesma distância dos demais.
F = Avanço
Observações:
- Na ausência da função W, o eixo X avança para o diâmetro final com movimento contínuo.
- A função G75 não é Modal.
- Se D não for programado, a ferramenta irá retrair ao ponto de posicionamento em X a cada
incremento para descarga de cavaco.
- Se D for programado a ferramenta assume tempo de permanência em todos os incrementos, não
voltando ao ponto de posicionamento X para descarga de cavaco.
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO
.
.
N80 G X 75. Z67. #
N90 G75 X60. Z25. K14. F.1 #
.
.
Essa furação deverá ser programada após o uso do código G83, cancelando o ciclo.
Este ciclo executa operações de furar automaticamente com movimentos de retração ou tempo de
parada para quebra de cavaco em um único bloco de programação.
Exemplo:
Primeiro Incremento = I
Segundo Incremento = I – J
Terceiro Incremento = (I – J ) – J
Obs.: Se J não for programado o valor de I será utilizado para todos os incrementos.
K = Valor mínimo determinado para o incremento. Quando I – J atingir o valor de K, este passará
a ser o valor permanente de I.
W = Determina um incremento de retração para quebra ou alívio de cavaco, que ocorrerá após
cada incremento de profundidade.
Obs.: Se R não for programado o comando assume o valor de Z utilizado para aproximação como
referência.
COORDENADA DE APROXIMAÇÃO
PLANO "R"
COMPRIMENTO DA PEÇA
"Z" "U"
I
W
I-J
W
K
W
K
W
K
W
K
EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO
.
.
N70 G X Z130. # (Bloco de aproximação)
N80 G83 Z40. I20. J5. K10. U75. W3. R115. P1 F.15 #
N90 G80
.
.
Observações:
- Se U não for programado ou for programado menor ou igual a 10, após cada incremento a
ferramenta retornará ao plano R;
- Se U > 75, não ocorrerá retorno ao plano R até que a profundidade final seja atingida;
- Se 10 < U < 75, ocorrerá retorno ao plano R sempre que a soma dos incrementos de profundidade
for maior ou igual ao valor de U.
Este código prepara a máquina para executar operações em coordenadas absolutas, tendo uma
origem pré-fixada para a programação.
Este prepara a máquina para executar todas as operações em coordenadas incrementais. Assim,
todas as medidas são feitas através da distância a se deslocar.
Neste caso, a origem das coordenadas de qualquer ponto é o ponto anterior ao deslocamento.
FUNÇÃO: P
FUNÇÃO: L
A função L define o número de vezes que um determinado sub-programa deve ser executado.
Exemplo:
Este ponto pode ser estabelecido pela função G92 acompanhada das funções X e/ou Z, para que o
comando tenha a origem do sistema na memória para o cálculo dos posicionamentos.
Este ponto deorigem poderá ser programado quando desejado a mudança devendo ser cancelado
através da função G99.
Os valores da função G92 podem ser positivos ou negativos, dependendo do quadrante utilizado
pela ferramenta.
Quando se estiver trabalhando com o código G92 junto com a função auxiliar S4 (4 digitos)
estaremos limitando a rotação do eixo árvore.
A função G96 seleciona o modo de programação em velocidade de corte constante, onde o cálculo
da rotação é programada pela função S, usando formato S 4.1 para pés / min (G70) e formato S 3.1 para
m / min (G71).
A máxima rotação alcançada pela velocidade de corte constante pode ser limitada programando-se
a função G92.
Exemplo:
.
.
N70 G96 #
N80 S150. #
N90 G92 S3000 M3 #
.
.
A modificação da rotação pode variar através do seletor de rotação de 50% até 125% da
velocidade programada.
Exemplo:
.
.
N70 G97 #
N80 S2000 M3 #
.
.
Esta função quando solicitada cancela o efeito de origem dada pela função G92, quando trabalha-
se em coordenadas absolutas, transportando a origem para o Zero Máquina, conhecido por “Machine
Home”.
Esta função desloca o zero-peça original (definido por software) para uma distância pré-
determinada, definida pelo programador (face frontal ou face de encosto).
Esta função está contida na página de “Dimensões”, com o título “Placa”e os valores contidos
referem-se somente ao eixo “Z”.
O código G54, quando utilizado, deve ser programado para todas as ferramentas do programa, que
exijam a confirmação da mudança do zero-peça.
FUNÇÃO: M00
Este código causa uma parada imediata do programa, refrigerante de corte, do eixo-árvore, e um
aviso de “AGUARDANDO INÍCIO” e mostrado no vídeo ao operador.
A função M00 é programada, geralmente para que o operador possa virar a peça na placa, trocar
ferramentas, faixas de rotações, etc.
FUNÇÃO: M 01
Esta função causa a interrupção na leitura do programa quando programada, porém, esta só estará
ativa se o operador selecionar “PARADA OPCIONAL” , contida na página “REFERÊNCIA DE
TRABALHO”.
FUNÇÃO: M02
Esta função é usada para indicar o fim do programa existente na memória do comando.
FUNÇÃO: M03
Esta função liga o eixo-árvore no sentido horário, olhando-se a placa por trás do eixo da máquina.
A função M03 é cancelada por: M01; M02; M04; M05; M30; M00.
FUNÇÃO: M04
Esta função gira o eixo-árvore no sentido anti-horário, olhando-se a placa por trás do eixo da
máquina.
A função M04 é cancelada por: M01; M02; M03; M05; M30; M00.
FUNÇÃO: M05
A função M05 ao iniciar-se um programa já se encontra ativa e é cancelada por M03 e M04.
FUNÇÃO: M06
Toda vez que se seleciona uma determinada face da torre, dada pela função T , esta deve ser
acompanhada da função M06 que permite o giro da torre, efetuando a troca.
A função M06, não precisa necessariamente vir no mesmo bloco que a função T.
FUNÇÃO: M08
Esta função aciona o motor da bomba de óleo refrigerante e é cancelada por: M09; M00; M01;
M02; M30.
FUNÇÃO: M09
Este código desliga o motor da bomba de óleo refrigerante, e esta ativo ao iniciar o programa.
FUNÇÃO: M11
FUNÇÃO: M12
FUNÇÃO: M30
CARACTERES ESPECIAIS
End of Block ( # )
Todo bloco deve possuir esse caracter ( # ) que indica o fim do bloco, é universalmente conhecido
como “EOB” (End of Block).
Comentário ( ; )
O caracter ponto e vírgula ( ; ) permite a inserção de comentários no programa. O comando sempre irá ignorar
informações que estiverem depois desse caracter. Por exemplo:
N80 T00; canal
Neste bloco, a máquina executará os caracteres escritos até o sinal de ponto e vírgula, e ignora a
palavra “canal”.
8. ESTRUTURA DO PROGRAMA
Início
; _______________ # ( nome do programa)
N10 G99 # (cancela referência temporária)
Troca de ferramenta
N20 T00 ; _________________ # (comentário da próxima operação)
N30 G54 # (ativa corretor de placa)
N40 G00 X____. Z_____. # (ponto de troca da ferramenta)
N50 T___ ___ # (número da próxima ferramenta e corretor)
N60 M06 # (efetua troca de ferramenta)
N70 M_____ # (faixa de rotação)
Programação com velocidade de corte constante
N80 G96 # (velocidade de corte constante)
N90 S____. # ( valor da VC)
N100 G92 S_______ M3 / M4 # (limite e sentido de rotação)
Geração do perfil da peça
.
.
.
Fim do programa
N450 T00 #
N460 G54 #
N470 G00 X_____. Z_____. # (ponto de troca)
N480 M30 / M02
8. 1. REFERENCIAMENTOS
8. 1. 1 REFERNCIAMENTO DE FERRAMENTA (MÁQUINA SEM LEITOR DE
POSIÇÃO “TOO EYE”) .
Este procedimento visa informar ao comando a localização exata da ponta de cada ferramenta, isto
é, seu balanço (dimensões) nos eixos X e Z.
BALANÇO EM “X”:
Via MDI, ativar a “G99”e ligar eixo-árvore. Depois, usando uma ferramenta adequada, posicionar
e usinar um diâmetro para referência somente limpando. Medir o diâmetro usinado.
OBS.: Se já existir um diâmetro de referência conhecido na peça, basta ativar a função G99.
Já existe
SIM um diâmetro de NÃO
referência
Digitar: G99 # Digitar: G99# M12# S500# M3#
“ENTER” ENTER
“CICLO START” “CICLE START”
(uma vez) (uma vez para cada informação)
“EXIT” “EXIT”
"CICLE STOP" "CICLE STOP”
“JOG” “JOG”
“MANIVELA X ou Z” “MANIVELA X ou Z”
Ajustar a velocidade Ajustar a velocidade
de avanço: X1, X10, X100 de avanço: X1, X10, X100
Encostar a ferramenta no Posicionar a ferramenta e dar
Diâmetro conhecido da peça um passe no diâmetro da peça
BALANÇO EM “Z ”
Encostar a face de referencia (*) num ponto qualquer de fácil acesso. Por exemplo, na face das
castanhas, na face da peça, etc. Esse ponto será usado como referência em “Z”:
“MANUAL”
“JOG”
“MANIVELA X ou Z”
Via M.D.I., referenciar o eixo “Z” através da função “G92” como segue:
“MANUAL”
“M.D.I.”
“STATUS”
“ËNTER”
“CYCLE START”
(o campo “ZC” será automaticamente zerado)
Posicionar a ferramenta a ser referenciada encostando sua ponta na face de referencia adotada:
“MANUAL”
“JOG”
“MANIVELA X ou Z”
“REFER. TRAB.”
“DIMENSÕES FERR.”
“ENTER”
TABELA TRIGONOMETRICA
C= A2- B2 sin D= B
A E=90°-D B= A2 -C 2
A A A
E
B
B
90 90 90 90
° ° ° °
D
C C
sin E= C
A D=90°-E A= B +C 2 2
tan D= B
C
A A
E E
B
90 90 90 90
° ° ° °
D
C C C
B
90 90 90 90
° ° ° °
D
C C
B
A= sin C=B x cot D B
A=cos C=B x tan E
D E
A A
E E
B
B
90 90 90 90
° ° ° °
D
C C
C
A= cos B=C x tan D C
A= sin B=C x cot E
D E
A A
E E
B
B
90 90 90 90
° ° ° °
D
C C C C
E
E
E
F
A A A
E
F
A A
2 2 2
E
F
A A A
BATALHA NAVAL
SEU JOGO JOGO DO ADVERSÁRIO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
15 15
14 14
13 13
12 12
11 11
10 10
9 9
8 8
7 7
6 6
5 5
4 4
3 3
2 2
1 1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Z Z
X X
encouraçados porta-aviões
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
15
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
Z 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
X
REGRAS DO JOGO
Armas disponíveis:
5 Hidroaviões
4 Submarinos
3 Cruzadores
2 Encouraçados
1 Porta-aviões
Preparação do jogo:
1 – Cada jogador distribui suas armas pelo tabuleiro. Isso é feito marcando-se no reticulado entitulado
“Seu jogo” os quadrinhos referentes as suas armas.
Jogando:
2 – Após cada um dos tiros, o oponente avisará se acertou e, nesse caso, qual a arma foi atingida. Se ela
for afundada, esse fato também deverá ser informado. Caso o tiro não tenha acertado alvo algum, o
oponente deverá informar que o mesmo atingiu a água.
3 – A cada tiro acertado em um alvo, o oponente deverá marcar em seu tabuleiro para que possa informar
quando a arma for afundada.
4 – Uma arma é afundada quando todas as casas que formam essa arma forem atingidas.
O jogo termina quando um dos jogadores afundar todas as armas do seu oponente.