Resumodontologia - Parte 3
Resumodontologia - Parte 3
Resumodontologia - Parte 3
com
Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades mecânicas
Materiais Dentários
Há séculos os materiais dentários vêm buscando repor ou alterar a estrutura dentária existente, por meio de
materiais biocompatíveis e duráveis para restaurações dentárias de preenchimento direto e materiais
protéticos processados, indiretamente capazes de suportar as condições adversas do ecossistema oral.
O material ser biocompatível significa que não vai fazer mal ao organismo e dentro dos materiais existem
materiais que são mais biocompatíveis e materiais que são menos biocompatíveis, e todos eles, devido a
condição do meio bucal, que é um meio úmido com bactérias, com diferença de pH, esses materiais têm que
ter uma durabilidade pelo menos razoável.
Tem-se materiais que podem ser utilizados de forma direta, como é o caso da resina composta, e tem
materiais que são os protéticos, que são utilizados de forma indireta, como é o caso das coroas, dos pinos.
Grupos:
o Metais;
A maioria atua de forma indireta, porém há metais como o amálgama que atua de forma
direta, que é colocado na cavidade bucal;
Tem coroas que são totalmente metálicas;
Tem-se os pinos metálicos;
Tem-se próteses também que são livres de metais.
o Cerâmicas:
As coroas podem ser metalocerâmicas, sendo que por dentro elas são de metal e por fora
são de cerâmica;
Já se tem implantes que são cerâmicos, a base de zircônia.
o Polímeros:
É como se fosse uma variação da resina composta;
As dentaduras são feitas com polímeros, depois tem-se os elastômeros, cimento de
ionômero de vidro, selante de cicatrículas e fissuras, então todos eles são agrupados em
polímeros, que são materiais de polimento.
o Resinas compostas
Material Ideal:
o Ser biocompatível;
o Ter adesão permanente as estruturas dentárias e ósseas;
o Ser estético;
o Exibir propriedades semelhantes ao tecido que irá substituir;
o Ser capaz de promover regeneração ou reparação tecidual.
1- Propriedades Mecânicas
Definição:
o São definidas pelas leis da mecânica, isto é, ciência física que trata de energia e forças, e seus
efeitos nos corpos, então é basicamente uma força que a gente põe em cima do corpo, que vai
gerar uma outra resposta sobre a gente;
o O estudo das propriedades mecânicas implica no exame das relações entre um corpo e as forças
que atuam sobre o mesmo, assim como as consequências dessas relações.
Tensão e deformação:
1) Força: ação que produz ou tende a produzir alteração de movimento de um corpo ou a sua deformação.
FORÇAS OCLUSAIS
INCISIVOS = 150 N
CANINOS = 200 N
PRÉ-MOLARES = 300 N
MOLARES = 400 A 800N
2) Tensão
o Reação interna de um corpo a uma força externa com igual intensidade e com direção oposta.
o Quando a seta empurra o bloco ao lado com uma força, esse bloco vai empurrar essa seta com
uma mesma força, só que com direção oposta.
o Unidade de medida: N/m²
o Tensão (T) = Força/Área
Pa (Pascal) = 1 N/m²
Mpa (MegaPascais) = 106 Pa
o Tipos de tensão:
2.1) Tensão de tração:
Resposta a uma força que tende a esticar ou alongar um corpo.
Ao puxar o bloco (dos dois lados) para fora, tem-se uma resposta, uma tensão de
tração para dentro do corpo.
3) Deformação:
o Alteração do corpo pela ação da força/tensão;
o Ocorre quando a reação interna (tensão) é superada pela força;
o Logo, quando tem-se uma força que é maior que a força do objeto, isso tende a causar uma
deformação.
Força Deformação
Axial Alongamento
o
Contração
Cisalhamento Cisalhamento
Torção Torção
Flexão Flexão
2) Deformação plástica:
Conceito: a deformação plástica é uma
deformação permanente;
Não se recupera quando a força é removida
o Lei de Hooke
A intensidade da Força elástica é diretamente proporcional à deformação elástica;
É utilizada para calcular a deformação causada pela força exercida sobre um corpo;
Logo quanto mais aumenta o peso, mais estará aumentando a deformação elástica.
Gráfico: Tensão/Deformação
Carga Deformação
100 Kg 0,1 %
200 Kg 0,2 %
300 Kg 0,3 %
400 kg 0,4 %
500 Kg 0,68 %
600 kg 0,83 %
o Limite Elástico:
Tensão máxima suportada por um material de modo que, removida a carga, o mesmo
retorne às suas dimensões originais.
Limite proporcional X Limite Elástico
Limite Proporcional
Tensão acima da qual não há mais proporcionalidade entre a tensão aplicada e
a deformação.
Limite Elástico:
Tensão máxima que um material pode suportar antes de apresentar
deformação plástica.
o Limite de Escoamento:
Valor da tensão necessária para induzir uma pequena quantidade de deformação
plástica.
É o primeiro ponto que vai e não volta mais, após aplicar uma força.
o Limite Convencional de Escoamento (LCE)
Tensão necessária para se produzir uma deformação em particular previamente
escolhida;
É o limite que a gente escolhe, vai-se aplicar uma força e vai ver o quanto o corpo
deforma.
Carga Deformação
100 Kg 0,1 %
200 Kg 0,2 %
300 Kg 0,3 %
400 kg 0,4 %
500 Kg 0,68 %
600 kg 0,83 %
E = Tensão/Deformação
E = Deformação elástica
Flexibilidade
Propriedade de ser passível a grandes deformações elásticas.
Flexibilidade máxima ( )ᵋ
Deformação que ocorre quando o material é tensionado ao seu LP (Limite
proporcional).
Ductibilidade e Maleabilidade
TRAÇÃO COMPRESSÃO
Propriedades de resistência
Resistência
Tensão necessária para causar fratura ou deformação plástica;
Vai-se observar o quanto o material suporta de força antes de se deformar ou
quanto o material suporta de força antes de se romper;
Resistência máxima
Tensão máxima suportada antes da fratura
3) Resistência à compressão
- Vai comprimir um corpo, e esse corpo vai se deformar da maneira que ele
quiser, não necessariamente vai quebrar ao meio, ele vai se quebrar de
qualquer maneira.
4) Resistência à flexão
- Tem-se duas bases, um material em cima e faz-se uma força no meio desse
material;
- Se quiser por exemplo saber quanto uma prótese vai suportar, fazer uma força
entre as próteses.
5) Resistência á fadiga
- É um teste que se faz para ver o quanto de ciclos aquela estrutura vai suportar;
- Quantos ciclos a estrutura aguenta até formar ou um defeito ou uma trinca ou
uma fratura.
6) Resistência ao impacto
- Coloca-se dois pilares/suportes, coloca-se uma barra, nessa barra faz-se um
entalhe e depois coloca-se um pêndulo, o pêndulo pode bater apenas uma
única vez, e o objeto quebrar, ou o pêndulo pode bater várias vezes até que o
objeto se quebre.
- TESTES DE DUREZA
2) Fricção
- Resistência de um material sobre o outro ao movimento.
3) Desgaste
- Perda de material pela remoção e deslocamento de materiais através do
contato entre eles.
ESMALTE E DENTINA
Esmalte é um material mais rígido e mais friável, então ele demora para se
deformar, tem uma resistência elástica maior, e quando ele começa a se deformar
plasticamente logo ele quebra.
Dentina é um material mais flexível e mais tenaz. Tem uma deformação elástica
menor do que a do esmalte, mas tem uma deformação plástica maior do que a do
esmalte.
2) Propriedades Físicas
O que são?
o São baseadas em leis da mecânica, acústica, óptica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo,
radiação, estrutura atômica ou fenômenos nucleares.
Óptica;
Térmica;
Elétrica
Propriedades ópticas
o Cor
A percepção de cor de um objeto é resultado de uma resposta fisiológica a um
estímulo física, que é a luz.
A cor pode sofrer interferência
A cor ela “não é fixa”, cada pessoa vai enxergar de uma maneira. Contudo quando
vai-se para a boca de um paciente, tem-se que acertar a cor, logo o aluno de
Matiz
Determina a cor, segundo o seu comprimento de onda no espectrograma.
Descreve o tipo de cor (nome)
Vai definir se a cor é amarela, se é vermelho, se é azul, por exemplo.
Valor/Luminosidade
Brilho da cor – quantidade de pigmentos brancos ou preto, que o dente vai ter;
Cada dente tem uma característica de absorver ou refletir a luz, então quanto mais ele
reflete a luz, mais branco ele tende, e quanto mais esse dente absorve, mais pigmentos
para o escuro se tende;
Gradação de quanto essa cor reflete ou absorve luz.
o Mensuração de cor
- Para poder conseguir medir a cor tem-se dois métodos:
Técnicas instrumentais:
Espectrômetro vai avaliar a cor de acordo com equações
matemáticas, então aponta a ponta para o dente e ele vai
medir. Ele vai dar tanto os valores que costuma-se usar que é
os que vêm na resina A1, A2, A3, como também vai-se dar
valores mais específicos, que são valores de delta.
Odonto – Sensor Digital de Cor
Easyshade Advance 4.0 Vita – Wilcos
Técnicas Visual:
Usa-se a escala de cores
A escala de cor que se tem na clínica da Fainor foi feita para avaliar cerâmicas, quando
vai fazer uma prótese indireta. Para avaliar resina, cada resina tem um sub tom
diferente, então muitas vezes o tom da resina de uma marca, muitas vezes não é o tom
da resina A”x”, que seria semelhante a da outra marca. Então o ideal é sempre que se
teste depois a resina na boca, para poder saber se aquele A”x” escolhido realmente
condiz com o A”x” da boca do paciente.
OBS.: Os “A’s” são os tipos de matiz, depois A1, A2, A3, A3/2, A4... são o nosso croma, e
depois a nossa saturação a gente só consegue medir quando se tem esse tipo de escala, que
é uma escala já mais completa.
o Metamerismo
Capacidade de uma cor ser idêntica a outra em uma mesma fonte de luz.
É quando muitas vezes achamos que é uma determinada cor quando estamos sob
uma luz, ou a mesma cor em diferentes luminosidades se tornem diferentes.
**Pode se tornar diferente ao mudar a iluminação
o Fluorescência
É a emissão de energia luminosa por um material, quando
um feixe de luz brilha sobre ele;
É a capacidade que um material tem de refletir uma luz;
As luzes azul e ultravioleta produzem uma luz fluorescente
passível de ser vista;
O dente tem uma fluorescência natural, tem dentes que são
mais fluorescentes e tem dentes que são menos fluorescentes;
As resinas compostas tem umas que são muito fluorescentes e
outras que são bem menos fluorescente.
o Translucidez:
É a propriedade das substâncias que permite a passagem de luz, mas a dispersa, então os
objetos não podem ser vistos através do material.
o Transparência:
Permitem a passagem de luz, de tal forma que ocorre
pouca distorção e os objetos podem ser claramente
visualizado através deles.
Propriedades térmicas
1) Calor de fusão
2) Calor específico
3) Condutibilidade térmica
4) Coeficiente de expansão térmica
1) Calor de fusão:
É o calor em calorias, ou joules, necessário para converter 1 g
de material do estado sólido para o estado líquido.
2) Calor específico:
É a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura
de 1g da substância em 1°C.
3) Propriedades elétricas
o Condutibilidade elétrica
A capacidade de um material conduzir uma corrente elétrica;
É importante quanto a avaliação do limiar de dor, resultante da aplicação de estímulo
elétrico;
Dielétrico: Material que fornece isolamento elétrico, logo quando o material é isolante chama ele de
dielétrico.
o Galvanismo:
Eletricidade desenvolvida pelas ações química ou pelo contato de dois metais diferentes, com
um líquido interposto;
Resultada da diferença de potencial entre restaurações diferentes nos dentes opostos ou
adjacentes.
1) Resistência à abrasão
2) Viscosidade
3) Deslustre e Descoloração
4) Sorção da água
5) Solubilidade e desintegração
6) Tempo de presa
7) Vida útil
1) Resistência à abrasão:
Abrasão: perda de material da superfície pela ação mecânica, ou
combinação de ações mecânicas e químicas.
Depende (o que vai poder ocasionar a abrasão):
Dureza do material;
Força da mordida;
Frequência de mastigação;
Abrasividade da dieta;
Composição dos líquidos;
Variações de temperaturas;
Aspereza de cada superfície;
Propriedades físicas dos materiais.
2) Viscosidade:
Propriedade dos materiais em estado líquido;
É a resistência do líquido a fluir;
É a medida da consistência de um fluido e sua incapacidade de escoamento;
Vai ser medido de acordo com a dificuldade que o material tem de cair;
Quanto mais viscoso for o líquido mais dificuldade ele tem de sair.
Tixotropia:
Quando um líquido se torna menos viscoso e mais fluido sob pressão;
Quando pega a pasta de dente e coloca na escova ela não cai, porém se sofrer
alguma agitação, ou se pressionar ela, ela tende a ficar mais fluida.
3) Deslustre e descoloração
Deslustre
Descoloração superficial do metal ou perda ou
alteração do acabado ou brilho superficial;
Descoloração:
Perda, destruição ou desbotamento da cor natural;
A resina composta, de acordo o tempo vai passando,
ela vai sofrendo uma descoloração.
Absorção:
Uma substância absorvida penetra dentro da outra
(sólido) num processo chamado difusão;
A água ou líquido entra para dentro da estrutura
dentária.
Sorção:
Representa a quantidade de água adsorvida na superfície ou absorvida para dentro
do corpo do material durante a sua confecção ou em quanto a restauração está em
uso.
É tanto ficar na superfície quanto penetrar para dentro da estrutura dentária.
Um dos materiais que acontece isso é o ionômero de vidro, por isso que quando faz-
se uma restauração com ionômero tem-se que proteger depois, para evitar que esse
líquido penetre na estrutura da restauração.
5) Solubilidade e Desintegração:
Solubilidade:
Está relacionada com a capacidade que um
material, denominado de soluto, apresenta de
ser dissolvido por outro, o solvente;
Tem materiais que são mais solúveis e tem
materiais que são menos solúveis.
Desintegração:
Ação ou efeito de desintegrar; condição daquilo
que se encontra desintegrado, descomposto,
separado;
Vai se desintegrar em uma outra superfície.
6) Tempo de presa:
Tempo necessário para o material reagir e endurecer;
Não é necessariamente o tempo que vai demorar para terminar de reagir;
O ionômero, por exemplo, vai demorar uns 8 minutos para tornar preso, mas ele continua
reagindo geralmente até 48 horas;
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7) Vida útil:
Tempo aplicado para a deterioração geral e alteração da qualidade dos materiais durante o
transporte e armazenamento;
É o tempo que o material vem se comportando de forma ideal;
Pode ser alterada pela data de validade do material, ou pelo armazenamento dependendo da
temperatura que for armazenado, umidade, tempo a quantidade de material que se tem
junto, o tipo de recipiente que ele for armazenado...
Temperatura, umidade tempo de armazenamento, quantidade do material, tipo de
recipiente para armazenamento, são fatores significativos.
Amálgama
As restaurações de amálgama apresentam uma história clínica de sucesso muito satisfatória, têm um
protocolo de uso mais tolerante as dificuldades clínica do que os compósitos e apresentam capacidade de
autosselamento das margens, o que colabora na redução dos índices de infiltração marginal e lesões de cárie
secundárias;
Uma das principais características que o amálgama tem é que ele é um material restaurador tem que um
custo baixo e uma durabilidade muito grande, além disso, ele é muito aplicado em saúde pública, no SUS;
Entretanto hoje em dia se utiliza cada vez muito, pois a pior característica do amálgama está na forma do
seu preparo cavitário, então para fazer uma restauração de amálgama tem-se que dar um formato no
preparo, para ele ficar encaixado e não soltar;
É um material que não tem adesão a nenhum tipo de estrutura dentária (esmalte, dentina...), nem nenhum
material outro material restaurador;
O amálgama fica retido no dente pois dá-se um formato na cavidade para ele ficar encaixado e nunca mais
soltar, e esse formato que é feito muitas vezes acaba desgastando estrutura dental que não tem
necessidade;
Hoje em dia ele perdeu muito espaço por conta da evolução das resinas e dos materiais adesivos, fazendo
assim um preparo mais conservador, desgastando menos estrutura dentária;
Todo preparo de amálgama é tido como preparo retentivo, então significa dizer que o preparo
vai ficar no seguinte formato: na porção oclusal, mais estreita e na base, na parede de fundo, na
parede pulpar mais larga.
As paredes circundantes vão convergir, vão ser convergentes para a parede oclusal, pois na hora
que coloca o amálgama, como ele vai ter esse formato convergente, na hora que a pessoa for
comer alguma coisa vai garantir que aquele amálgama não saia;
Ângulos Vivos X Ângulos arredondados
3. Preparo sem esmalte socavado, paredes convergentes para oclusal e ângulos internos
arredondados;
Ângulo cavossuperficial reto, bem definido e sem biséis No amálgama não existe nenhum
tipo de Bisel;
Sempre trabalhando a broca ao longo eixo do dente, logo não vai ter nenhum bisel formado;
Forma de contorno
Caixa oclusal
Forma de contorno externo com lápis, envolvendo as áreas suscetíveis à cárie, preservando as
estruturas de reforço do dente, como vertentes de cúspides e cristas marginais;
A forma de contorno vai seguir o contorno da restauração, qual o formato que vai-se querer essas
restauração;
A caixa oclusal tem uma largura que corresponde a 1/4 da distância entre a ponta de cúspide, logo,
tem-se duas pontas de cúspides (vestibular-lingual), e a distância de uma cúspide a outra, a caixa
oclusal tem que ser de 1/4 dessa distância;
Primeiro a broca esférica para simular a remoção do tecido cariado, depois a broca 245 ou 56
(Mondelli) ou broc 329 (Baratieri) Usa-se o protocolo do Mondelli;
Para facilitar a inserção da broca, pode-se inclinar ela um pouco para a mesial, para depois corrigir e
posicionar ela paralela ao longo eixo do dente, só no início para fazer uma canaleta central;
Movimento de mesial a distal;
A broca 245 tem uma leve convergência, então ela já vai dar para a cavidade as paredes circundantes já
convergindo, fechando no sentido da oclusal;
A parede de fundo tem que ser perpendicular ao longo eixo do dente Deve ser plana, ao mesmo
nível;
A broca 56 é uma opção para alisar as paredes circundantes, arredondando e vai evidenciar mais
também os ângulos internos;
Na parede pulpar é bom utilizar o cortante, e utiliza-se ele raspando, firme e forte, passando com
força;
Acabamento das paredes com enxada monoangulada;
Na parede proximal, próximo à crista marginal pode-se dar uma leve divergida, inclinando a broca
um pouco, facilitando assim o acabamento para a inserção do amálgama;
Forma de contorno
Caixa Oclusal
Forma de contorno externo om lápis, envolvendo as áreas suscetíveis à cárie, preservando as
estruturas de reforço do dente, como vertente de cúspide e cristas marginais;
A parede gengival da caixa proximal vai ter que ser plana, paralela com a parede pulpar, então significa dizer
que a parede gengival também tem que ser perpendicular ao longo eixo do dente;
As paredes vestibular e lingual da caixa proximal devem formar um ângulo reto com a superfície
externa do dente, o que é conseguido com a curva reversa de Hollenback; do lado lingual, essa
curva reversa é, na maioria das vezes, dispensada;
Pode-se tirar para o sentido da vestibular e lingual, mas geralmente tira-se mais na vestibular;
Manipulação Clínica:
Manipulação Clínica:
Seleção de liga e Proporcionamento
Antigamente tinha-se um frasco com pó, que se misturava com uma liga de mercúrio, o mercúrio é
toxico, então antes poderia ter um contato mais direto com o mercúrio. Já no dia de hoje tem-se
cápsulas, e nessas cápsulas já tem o mercúrio e a liga metálica do amálgama que é o pó, e cada
cápsula tem uma quantidade de gramas de limália e de mercúrio já prévio, já pre-dosado para se
manipular e se utilizar. Cada cor de cápsula tem uma determinada de “gramas”. Vai colocar o
amálgama no amalgamador, que vai triturar a liga.
ANTIGO ATUAL
Tipo de trituração Manual Mecânico
Instrumentos usados Gral e pistilo Amalgamador
Tempo gasto Maior Menor
Relação Hg/liga Maior Menor
Variável Humana Presente Ausente
Contaminação por Hg Presente Ausente
Trituração:
Tempo de trituração:
Velocidade e oscilação do amalgamador;
Liga a ser utilizada;
Tamanho das porções de amálgama
Condensação:
Compactar o amálgama na cavidade Vai pegar o amálgama e condensar dentro da cavidade. Para
condensar utiliza-se o porta amálgama que é o instrumental que compacta e leva esse amálgama na
cavidade;
Para compactar o material na cavidade utiliza-se os condensadores, tem-se condensadores mais
largos e condensadores mais estreitos. Quanto mais pressiona, vai compactando vai retirando o
excesso de mercúrio, que degrada a liga com o passar do tempo, e vai apertar e melhor encaixar na
cavidade o material;
Quando vai-se restaurar começa-se com o condensador de menor tamanho para o condensador de
maior tamanho;
Brunimento:
Vai-se espalhar a massa de amálgama;
Esfregara massa de amálgama, em estado ainda plástico com auxílio de instrumentos metálicos;
O brunimento é feito em duas etapas pré-escultura e pós-escultura;
Momento para fazer a escultura é quando há o grito do amálgama;
Remover o excesso de mercúrio;
Reduz porosidade superficial;
Melhora adaptação das margens cavitárias;
Diminui rugosidade superficial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONDELLI, J. Fundamentos de Dentistica Operatoria. 1ª ed. São Paulo: Editora Santos. 2006.
CONCEIÇÃO, E.N. et al. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
BARATIERI, L.N.; et. al. Odontologia Restauradora: fundamentos e técnicas. Volume 1 e 2. 1ª ed. São Paulo: Santos,
2012.
Introdução
Moldagens:
Procedimentos clínicos em que se utilizam materiais e técnicas apropriadas com o objetivo de se obter os
moldes dos arcos dentais;
O alginato é um material plástico e bastante
versátil utilizado na clínica odontológica
sempre;
A moldagem é utilizada em diversas áreas além
da odontologia;
Faz-se a moldagem para se obter uma cópia o
mais fiel possível, e isso depende da qualidade
do material utilizado, para reproduzir os arcos dentais do paciente;
Quando se molda, molda além do dente, molda-se também os tecidos moles, como a musculatura, freio
labial, bridas...
Se for fazer moldagem para estudar apenas a dentição pode-se ter uma moldagem que aprofunde menos
no fundo de vestíbulo, mas se for fazer uma moldagem para prótese total ou para prótese removível que
o paciente perdeu muitos dentes, tem-se que ter uma moldagem que se estenda bastante para o fundo
de vestíbulo para que também se copie tecido mole, já que essas estruturas vão interferir na adaptação da
prótese.
Moldes:
São reproduções em negativo das superfícies das arcadas;
Modelos:
São reproduções em gesso ou resina, das superfícies moldadas. Sobre o molde (negativo) se obtém o
modelo (positivo);
Logo sai de uma situação intrabucal para se ter uma situação confeccionada em modelo de gesso para
assim estudar e fazer planejamento.s
Requisitos dos materiais de moldagem (silicone de adição, silicone de condensação, pasta zinco-enólica,
alginato...)
Devem copiar com exatidão todos os dentes do arco bem como os tecidos moles e acidentes anatômicos
para que se possa ter um modelo completo e fiel;
Os materiais devem apresentar um endurecimento completo na boca num tempo razoável;
Devem apresentar uma fluidez (capacidade de escoamento) ou consistência adequada à técnica empregada;
Devem ter uma estabilidade dimensional durante e após o endurecimento capacidade do material de
permanecer na mesma dimensão, sem alteração para mais nem para menos, para que se tenha uma cópia
fiel. O alginato não é um bom material em relação a estabilidade dimensional, ele tanto perde água com
facilidade quanto ganha água com facilidade;
Devem ter uma plasticidade suficiente para uma fiel reprodução na moldagem e quando necessários serem
termoplásticos a uma temperatura compatível com os tecidos bucais Está-se falando de materiais que
Materiais de moldagem:
Rígidos:
Gesso Solúvel;
Pasta Zinco-Enólica;
Termoplásticos Materiais que precisam ser aquecidos para mudar o estado deles;
Godiva;
Cera
Elásticos Copiam áreas retentivas
Silicones: condensação e adição;
Mercaptanas;
Poliéster;
Hidrocolóides: reversíveis e irreversíveis (alginato);
Alginato:
Histórico:
Final do século XIX na Escócia descobre-se um exudato mucoso produzido por certas algas marinhas
marrons denominado algina;
Durante a 2ª Guerra Mundial tem-se a escassez de Agar (produtor Japão).
Necessidade de um substituto;
Surgimento dos Alginatos para moldagem;
Misturado com água passa do estado sol para gel devido à reação química;
Alginato hydrogum 5 Pode-se ficar 5 dias sem vazar o gesso;
Indicações:
Modelos de estudo e de trabalho;
Modelos para ortodontia;
Moldagem preliminar ou anatômica para Prótese Total;
Moldagem para Prótese Parcial Removível;
Moldagem de Hemiarcada;
Duplicação de modelos;
Confecção de moldeiras para clareamento;
Moldagens de arcada antagônica (prótese), logo a arcada que vai ser executado o trabalho de
prótese fixa é moldada com silicona e a arcada oposta (antagônica) com o alginato.
Vantagens:
Fácil manipulação;
Baixo custo;
Ser hidrofílico não tem nenhum problema com água/saliva;
Fácil limpeza;
Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagens e obtenção de modelos em odontologia -
@Resumodontologia Página 2
Desvantagens:
Baixa estabilidade dimensional ele se altera com facilidade tanto ganhando água quanto
perdendo água;
Verter gesso imediatamente ato de confeccionar o modelo;
Passo a passo:
Instruções ao paciente como agir durante a moldagem;
Posicionar o paciente de forma correta o máximo com a cadeira para frente, colocar o babador com o
auxílio do “jacaré”;
Preparar o paciente para a moldagem;
Posição mais ereta
1. Prova da Moldeira
Se a altura da moldeira for muito baixa, pode acabar não
copiando o fundo do vestíbulo, assim, pega-se uma lâmina de
cera, corta-se uma tira e vai aumentando a altura da moldeira
para ficar melhor a altura e assim copiar o fundo do vestíbulo;
A primeira coisa que se faz antes de Espatular o alginato é fazer a
prova da moldeira no paciente, para assim saber se a moldeira
escolhida vai se adequar à boca do paciente;
Moldeira deve ficar com o cabo alinhado com a linha média do
paciente, e a linha média não é a linha média do dente, é a linha
média da face;
2. Manipulação:
Agitar o saco – Descompactar o pó;
Colocar primeiramente a água em uma cuba;
Encher a colher de medida, remover excesso com a espátula (1 colher
de pó para 1 medida de água), colocar em outra cuba o alginato;
Deve-se jogar o pó na água
Espatular vigorosamente, alternando os movimentos para liberar
possíveis bolhas de ar;
Tempo de manipulação: 45 segundos à 1 minuto;
Geleificação: 2 a 3 minutos após espatulação;
Colocar o alginato espatulado na moldeira previamente selecionada, e
antes de sua inserção na boca do paciente, passar alginato na superfície
oclusal e espaços interproximais dos dentes a serem moldados, com o
auxílio do dedo indicador;
Gesso:
Utilização em Odontologia:
Construção de modelos de arquivo, estudo e trabalho;
Construção de troqueis – modelos unitários;
Moldagem para confeccionar próteses totais (solúvel);
Material acessório (preenchimento);
Montagem de modelos em articuladores.
Gesso tipo I: Não devem ser usados para execução de trabalhos laboratoriais;
Compostos de gesso Paris, ao qual foram adicionados modificadores para regular o tempo de presa
e a expansão de presa;
Gesso tipo II: Usado principalmente para preencher a mufla na construção de dentaduras, quando a
expansão de presa não é crítica e a resistência é adequada;
Gesso tipo III: Indicado para a construção de modelos, na confecção de próteses totais que
necessitam se ajustar aos tecidos moles. Apresentam uma resistência adequada para este propósito
e permitem uma fácil remoção da prótese após sua conclusão;
Gesso-Pedra de Alta Resistência tipo IV: indicado para troquel por sua resistência, dureza e um
mínimo de expansão de presa.
Posicionamento e Oclusão
Existem algumas forças que incidem sobre a dentição, e essas forças mantém os dentes em posição. Existem
forças tanto de tecidos moles, como forças de tecidos duros;
Existe a força da língua na tentativa de empurrar os dentes para fora e uma força do lábio (músculo orbicular
da boca) e da bochecha (bucinador) tentando colocar os dentes para dentro, como essas forças se opõem elas
se neutralizam, por isso existe a zona ou espaço neutro, isso no sentido vestíbulo lingual. Logo são forças leves
e constantes que atuam pela musculatura circundante e pela ação da língua.
Alguns fatores e forças que determinam a posição dos dentes:
Musculatura circundante;
Forças leves e constantes;
Zona ou espaço neutro.
Fatores e forças que determinam a posição do dente:
Quando se tem uma interposição digital tem-se o rompimento do equilíbrio, pois vai existir uma
terceira força que vai está unificando a posição dos dentes, outro exemplo são crianças que fazem o
uso de chupeta por muito tempo, ocorre um desequilíbrio da interposição digital, tendo a zona neutra
modificada, pressionando os dentes anteriores para fora e a língua para dentro, levando à uma
mordida aberta, que para ser resolvida precisa-se do aparelho ortodôntico fixo ou com uma grade
palatina que impede a ação da língua, evitando que ocorra a projeção da língua para frente;
Pode-se falar também do posicionamento dentário que é mantido pelo próprio contato entre os
dentes, tanto entre dentes vizinhos, quanto entre os dentes antagônicos, fazendo com o que os dentes
fiquem na sua posição, e o contato entre os dentes antagônicos também evitam a extrusão dentária.
Oclusão dental também está relacionada ao posicionamento dentário;
Com a perda da unidade dentária vai haver um desequilíbrio em relação aos contatos dentários;
Quando uma força é maior que a outra, os dentes saem de posição e é necessário usar equipamentos
que neutralizem essa força;
O uso constante de alguns objetos ou instrumentos musicais também podem tirar os dentes de
posição.
Molares Inferiores:
o Raízes Mesiais
o Raízes Distais
Explicação das imagens: Nas imagens ao lado tem-se duas vistas da mandíbula,
uma vista lateral e uma vista frontal. Na vista frontal tem-se em azul a inclinação
dos molares. Verifica-se que os molares estão com uma certa inclinação no arco. Na vista lateral mostra-se
uma inclinação dos molares para a mesial dando uma certa curvatura dos caninos até a região de molares,
Dentes Enraizados:
o Incisivos:
o Cúspides:
o Superior Bicuspidado.
Bicúspide I:
o Raiz Vestibular;
o Raiz Palatina.
Molares Superiores:
o Raiz Mésio Vestibular;
o Raiz Disto Vestibular;
o Raiz Palatina
As duas curvas acima são chamadas de curvas de compensação, então elas facilitam/favorecem o padrão de
movimento mandibular durante a mastigação. Então para que se tenha durante a mastigação, um movimento
de lateralidade desocluindo os dentes, essa curvas facilitam isso, e facilitam também o padrão de mastigação,
então facilita a manutenção do bolo alimentar na zona de infiltração do alimento;
Posicionamento e oclusão:
Arcada superior aproximadamente 128 mm;
Arcada inferior aproximadamente 126 mm o comprimento do
arco;
Logo, o arco superior possui comprimento maior (128mm)
que o inferior (126mm), porque:
o A distância mesio-distal dos incisivos centrais
superiores é maior que a dos inferiores;
o O arco superior se sobrepõe ao inferior;
o Os dentes superiores são mais vestibularizados.
Isso é importante para a proteção dos tecidos circundados e
da língua, evitando que estas estruturas caiam na zona de
trituração dos alimentos, além de uma estética;
Alinhamento dental interarco
o Maior comprimento do arco superior;
o Dentes superiores posicionados mais vestibularmente
em relação aos inferiores;
o Proteção dos tecidos circundantes;
o Cúspides cêntricas, de suporte ou funcionais – V.I.P.S
Essas cúspides são as funcionais pois elas
trituram o alimento e dão a dimensão vertical
de oclusão ou a estabilidade oclusal.
o Cúspides guia, não-cêntricas ou não funcionais – P.I.V.S
ou L.I.V.S
o CVI (cúspide vestibular inferior) toca na FC (fossa
central) dos dentes superiores;
o CPS (cúspide palatina superior) toca na FC (fossa
central) dos dentes inferiores.
o A cúspide cêntrica ocupa um espaço muito mais
evidente do que a cúspide não cêntrica. Se dividir o
dente em “três”, quase dois terços são ocupados pela cúspide cêntrica, e a cúspide não
cêntrica ocupa um espaço bem menor. A cúspide funcional é muito mais robusta, mais larga,
mais espessa, então ela ocupa um espaço maior no dente.
o No arco inferior as cúspides funcionais são as vestibulares que vão ocluir na fossa central dos dentes
superiores. Logo a linha buco-oclusal dos dentes inferiores oclui na fossa central dos dentes
superiores
o A linha Línguo-Oclusal dos dentes superiores vai ocluir na fossa central dos dentes inferiores.
OBS.: O espaço funcional livre (EFL) que é o espaço de pronuncia, gira em torno de 3 mm (é uma
média da população mundial).
2- Subtrair 3mm do espaço funcional livre ou espaço de pronúncia para achar a suposta DVO:
3- Moldar o paciente;
OBS.: Para se definir qual a classificação de Angle, precisa-se olhar os dentes referências. Os dentes referência em
relação à classificação de Angle são:
Classificação II de Angle:
Os dentes da maxila estão projetados para frente em relação aos dentes da mandíbula;
Isso pode acontecer de forma esquelética ou de forma dentária se a pessoa nascer com
agenesia por exemplo de alguns elementos dentários, mas normalmente é esquelética;
A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui no espaço entre a cúspide
vestibular do primeiro molar inferior e a face distal da cúspide vestibular do segundo
pré-molar;
Apresenta uma subdivisão:
o Classificação II – Divisão 1:
Protrusão dos incisivos superiores que apresentam uma inclinação axial
labial. A forma da arcada se assemelha à um “V”, está geralmente
associado com funções musculares anormais, respiração bucal ou
hábitos de sucção de dedo ou língua;
Os pacientes que fizeram o uso de chupeta ou interposição digital por
muito tempo acabam por modificar a direção do crescimento dos arcos, modificando o formato
do palato;
Cria-se uma mordida aberta, perde-se a tonicidade dos músculos do lábio, altera as funções de
respiração, de selamento labial, acaba tendo uma interposição da língua;
O paciente que tem esse formato em “V” geralmente associado com funções musculares
anormais tem hábitos de sucção de dedo ou interposição do dedo;
Agentes mecânicos:
São agentes que atuam pela energia
mecânica;
Essa energia modifica o estado inercial
(repouso ou movimento) de um corpo em
agente agressor e produzindo lesões em todo
ou em parte do outro corpo;
Forma de ação/atuação: agem por contato e
diretamente sobre a superfície atingida,
atuando por:
Somente Pressão; 1. AGENTES PERFURANTES (FERIDAS PUNCTÓRIAS):
Pressão e Deslizamento; Instrumento ou agentes finos, alongados,
Choque, acompanhado ou não de pontiagudos (punctórios) de diâmetro
deslizamento; transversal (secção) extremamente reduzido
Três tipos de lesões simples: em relação ao seu comprimento, produzindo
Punctória; lesões punctórias ou punctiformes;
Incisa; Atuam por pressão sobre um determinado
Contusa. ponto e penetram a superfície geralmente
afastando as fibras dos tecidos atingidos;
Formas de Ação: Exemplos: prego, espinho, agulha, estilete,
FERIDA MODO DE INSTRUMENTO TÍPICO garfo, espeto (de churrasco), seta, florete,
PRODUÇÃO furador de gelo e outros;
PUNCTÓRIA Pressão em um Prego, alfinete, agulha,
ponto furador de gelo, estilete
As lesões podem matar ou não;
INCISA Deslizante Navalha, bisturi, lâminas, A gravidade da lesão não vai ser determinada
maior que estilhaços de vidro, folha pelo tipo da lesão, nem pelo tipo do
pressão de papel, linha de cerol instrumento e sim pela extensão e local do
CONTUSA Choque (pode Martelo, marreta, caibro, dano;
haver ou não tonfa, cassetete, soco
deslizamento) inglês, bastão, pedra
As leis de Filhos e Langer são as características das 1.3. Características das lesões perfurantes:
feridas punctórias: o Sua exteriorização é em forma de ponto;
o Abertura estreita;
Numa mesma região, a direção da lesão é o Pouco sangramento;
sempre a mesma; o Pequenas machas na pele, geralmente
Qualquer pessoa que seja ferida numa mesma de menor diâmetro que a do
região, a direção da ferida será sempre a instrumento causador, devido à
mesma; elasticidade e retrabilidade dos tecidos
Quem dá a direção da ferida é a fibra; cutâneos.
A ferida produzida por um instrumento o Orifício de saída:
perfurante é achatada, alongada, como se - Em geral mais irregular e de menor
tivesse sido produzida por um instrumento diâmetro que o de entrada;
perfurocortante de dois gumes (ex. Punhal); - Muito parecido com o de entrada;
Onde há cruzamento de fibras a ferida toma o - Bordas discretamente evertidas.
aspecto de figura geométrica.
2. AGENTES CORTANTES:
Atuam por pressão e deslizamento (pressão e
deslocamento), com “gume afiado”, atingindo
a superfície em ângulos variados, produzindo
feridas incisas ou ferimentos incisos;
Exemplo de instrumentos: navalha, gilete,
cutelo, bisturi, lâminas metálicas afiladas,
papel, guilhotina, estilhaços de vidro, capim-
navalha e outros;
- No cadáver, por não haver circulação, não se - Quando o derrame sanguíneo não encontra
formarão crostas; condições de se difundir e forma coleções
localizadas (ex.: “galo”);
- A recuperação se dá em prazo curto;
- As bossas podem ser sanguíneas quando o
-Interesse jurídico: arrastamento, líquido, não podendo se espalhar, forma uma
atropelamento, lesões de defesa (unhadas), etc. coleção (especialmente sob o couro cabeludo
3.2. EQUIMOSE: “galo”) ou linfática, quando seu conteúdo for
linfa;
- Quando há rompimento
de vasos e derrame - O instrumento contundente age sobre a
sanguíneo infiltrando os superfície corporal em que há tecido ósseo
tecidos e, com isto, abaixo e com musculatura muito tênue;
produção de mancha de - Rompendo-se o vaso, forma-se a bossa
variado tamanho, conforme a extensão da área sanguínea.
que sofreu o choque;
3.4. HEMATOMA:
- Contusão mais frequente e mais importante
na prática; - É semelhante à equimose, porém, trata-se de
um rompimento de um vaso maior, portanto, o
- O tecido externo apresenta-se íntegro; sangramento é mais violento a ponto de
- O material extravasado vai ser reabsorvido e descolar a pele, formando uma verdadeira
isto provoca uma variação cromática que vai do bolsa de sangue;
início ao pleno reparo da lesão; - Ocorre em locais de tecido frouxo, mole;
- É o chamado espectro equimótico que serve
- Com o passar do tempo o organismo absorve
para: o sangue, havendo ali, as mesmas variações de
Avaliar a data da lesão ou; cores, da equimose, só que processo será mais
demorado.
Se ocorreram várias lesões em dias
diferentes; 3.5. RUBEFAÇÃO:
ESPECTRO EQUIMÓTICO DE LEGRAND DU SAULLE - Alguns autores não a consideram lesão porque
COR EVOLUÇÃO EM DIAS não há saída de sangue dos vasos.
Vermelho-Violáceo 1 – 2 dias
Azulado 3-6 dias 3.6. EDEMA TRAUMÁTICO:
Esverdeado 7-12 dias
- Aumento do líquido extracelular e
Amarelado 12-20 dias
Normal Após 20 dias extravascular, provocando distensão com
limites nítidos, por vezes com a forma do
instrumento.
Odontologia Legal e Antropologia Forense – 8º Semestre - 1ª Unidade – Aula 1 – Noções Traumatologia
Forense - @resumodontologia Página 4
3) PERFUROCORTANTES:
São lesões que causam perfuração e ruptura
dos tecidos.
O projétil é o mais típico agente
perfurocontundente:
É composto de chumbo e revestido ou
não por outros metais;
Possuem formas variáveis: cilíndricas ou
ogivais;
As munições podem ter carga simples ou
única (revólver) ou múltiplas
(cartucheiras).
Características do ferimento:
Bordas irregulares;
Predomínio da profundidade;
Caráter penetrante ou transfixante.
Odontologia Legal e Antropologia Forense – 1ª Unidade – Aula 2 – Lesões por Arma de Fogo e Pilares de Força -
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A face é a região mais exposta do crânio e, Odontologia Legal & Antropologia Forense, 2ª edição -
portanto, mais sujeita a traumatismos provocados VANRELL, Jorge Paulete.
por impactos diretos;
Porém, a face também apresenta zonas de
proteção a estes impactos através de pilares e
regiões de maior espessura óssea, chamadas de
zonas de resistência, cuja função é proteger
órgãos importantes, como os olhos, estruturas
neuromusculares e também órgãos vitais como o
cérebro;
Pilar CANINO:
Inicia no alvéolo do canino e termina na
extremidade medial da borda supra-orbital,
com trajetória lateral à cavidade nasal.
Pilar ZIGOMÁTICO:
Inicia no alvéolo do 1º molar superior e segue
até o osso frontal, passando pela lateral da
órbita;
Possui uma ramificação sobre os ossos
zigoma e temporal, conectando os dois ossos
(arco zigomático).
Pilar PTERIGOIDEO:
Inicia-se no alvéolo do 3º molar e passa para
o processo pterigoide do esfenoide pelo
processo piramidal do palatino.
Odontologia Legal e Antropologia Forense – 1ª Unidade – Aula 2 – Lesões por Arma de Fogo e Pilares de Força -
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PAPILA DENTÁRIA:
Situada abaixo do órgão do
esmalte;
Epitélio INTERNO do órgão do esmalte: Está próxima ao epitélio interno do
células localizadas na concavidade órgão do esmalte;
adjacente à condensação Formada pelas células
ectomesenquimal; ectomesenquimais condensadas;
Epitélio EXTERNO do órgão do esmalte: Vai dá origem a duas estruturas do
células localizadas na convexidade dente: DENTINA e POLPA;
externa do capuz.
RETÍCULO ESTRELADO
Células da região central do órgão do
esmalte, entre o epitélio interno e
externo;
Ectomesenquima Papila
Dentária DENTINA e POLPA
Entre as células há maior quantidade
de SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL rica em
NÓ DE ESMALTE:
Está localizado no epitélio interno do
Vai está ao redor do germe dentário; órgão do esmalte;
Vai limitar onde é papila dentária, São grupo de células epiteliais visíveis
dando um limite onde vai ser papila em germes de dentes MOLARES (dentes
dentária; posteriores);
Vai ter contato com o epitélio Nessa região do nó do esmalte vai ser
externo do órgão do esmalte; organizada a formação da futura
Termina do outro lado do epitélio cúspide;
externo; Cúspide Pontas, cumes, picos da
Vai dar origem ao PERIODONTO DE coroa dos dentes;
INSERÇÃO; Na fase de capuz, observa-se que o
Periodonto de inserção: conjunto molar tem mais de uma cúspide;
de estruturas que vai ser responsável Na fase de capuz vai encontrar apenas
pela sustentação do dente tanto na um nó. Posteriormente vão ser formados
maxila quanto na mandíbula. As
estruturas do conjunto são:
A. Cemento;
B. Ligamento Periodontal;
C. Osso Alveolar;
No folículo dentário vai se encontrar
capilares, esses capilares penetram
o folículo dentário, principalmente
na região do epitélio externo do
órgão do esmalte;
A NUTRIÇÃO da porção epitelial do
germe dentário provém da
VASCULARIDADE do folículo
dentário;
ESTRATO INTERMEDIÁRIO:
Surge entre o epitélio interno e o
retículo estrelado;
Odontopediatria 1 – 6ª Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Odontogênse PARTE 1 - @Resumodontologia
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Referências Bibliográficas:
4. Fase de manutenção:
Controle da higiene, reforço da
motivação, acompanhamento clínico-
radiográfico, reavaliação dos
procedimentos reabilitadores, reforço
de medidas preventivas,
acompanhamento da erupção,
interceptação precoce de alterações
oclusais;
Acompanhamento da criança.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CÁLCULOS
Cálculo 1:
Criança com 10 kg |Anestésico Prilocaína 3%
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, L, A, B. Protocolos Clínicos. Tratamento endodôntico em dentes decíduos. Primeira edição, 2015.