Resumodontologia - Parte 3

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Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades mecânicas

 Materiais Dentários
 Há séculos os materiais dentários vêm buscando repor ou alterar a estrutura dentária existente, por meio de
materiais biocompatíveis e duráveis para restaurações dentárias de preenchimento direto e materiais
protéticos processados, indiretamente capazes de suportar as condições adversas do ecossistema oral.
O material ser biocompatível significa que não vai fazer mal ao organismo e dentro dos materiais existem
materiais que são mais biocompatíveis e materiais que são menos biocompatíveis, e todos eles, devido a
condição do meio bucal, que é um meio úmido com bactérias, com diferença de pH, esses materiais têm que
ter uma durabilidade pelo menos razoável.
Tem-se materiais que podem ser utilizados de forma direta, como é o caso da resina composta, e tem
materiais que são os protéticos, que são utilizados de forma indireta, como é o caso das coroas, dos pinos.

 Grupos:
o Metais;
 A maioria atua de forma indireta, porém há metais como o amálgama que atua de forma
direta, que é colocado na cavidade bucal;
 Tem coroas que são totalmente metálicas;
 Tem-se os pinos metálicos;
 Tem-se próteses também que são livres de metais.
o Cerâmicas:
 As coroas podem ser metalocerâmicas, sendo que por dentro elas são de metal e por fora
são de cerâmica;
 Já se tem implantes que são cerâmicos, a base de zircônia.
o Polímeros:
 É como se fosse uma variação da resina composta;
 As dentaduras são feitas com polímeros, depois tem-se os elastômeros, cimento de
ionômero de vidro, selante de cicatrículas e fissuras, então todos eles são agrupados em
polímeros, que são materiais de polimento.
o Resinas compostas

 Material Ideal:
o Ser biocompatível;
o Ter adesão permanente as estruturas dentárias e ósseas;
o Ser estético;
o Exibir propriedades semelhantes ao tecido que irá substituir;
o Ser capaz de promover regeneração ou reparação tecidual.

 Classificação dos materiais:


o Materiais preventivos
- Usa antes de a pessoa ter um problema, logo servirá para prevenir;
- Ex.: Selante de cicatrículas e fissuras  Se a pessoa tem um molar com um sulco muito profundo,
coloca-se um material para preencher esse sulco, o que dificulta a retenção de placa.
- Materiais que diminuem a quantidade de microorganismos na boca como a clorexidina.
- Flúor  pode ser em formato de verniz ou gel, e são utilizados para remineralizar, então a pessoa
ainda não está com cárie, então tem-se que usar esse flúor para que essa cárie, não apareça.

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o Materiais restauradores
- São os materiais que vão servir para a restauração;
- Ex.: Resina, amálgama, cimento de ionômero de vidro, sistema adesivo.
o Materiais auxiliares
- São os materiais que não vão ficar na boca do paciente de uma maneira definitiva, e sim
temporariamente;
- Resina acrílica, gesso...

 Propriedades dos materiais:


o Para que estudar as propriedades dos materiais? R: Para que se consiga entender e ter uma visão
de como aquele material é aplicado, quais são realmente as suas propriedades, para que eles
servem, como eles são utilizados;
o O estudo das propriedades dos materiais odontológicos permite ao cirurgião-dentista definir quais
materiais odontológicos estarão indicados para cada tipo de procedimento, em cada situação, com
o intuito de atingir o sucesso em seus procedimentos.
o As propriedades dos materiais podem ser:
1- Mecânicas;
2- Físicas;
3- Elétricas;
4- Outras propriedades

1- Propriedades Mecânicas

 Definição:
o São definidas pelas leis da mecânica, isto é, ciência física que trata de energia e forças, e seus
efeitos nos corpos, então é basicamente uma força que a gente põe em cima do corpo, que vai
gerar uma outra resposta sobre a gente;
o O estudo das propriedades mecânicas implica no exame das relações entre um corpo e as forças
que atuam sobre o mesmo, assim como as consequências dessas relações.

 Tensão e deformação:
1) Força: ação que produz ou tende a produzir alteração de movimento de um corpo ou a sua deformação.
FORÇAS OCLUSAIS

INCISIVOS = 150 N
CANINOS = 200 N
PRÉ-MOLARES = 300 N
MOLARES = 400 A 800N

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OBS.: Dentes x Restaurações  Não consegue-se devolver com as restaurações, a mesma força que o dente natural
tem. Quanto maior a restauração, menos força esse dente vai ter, por isso que o dente vai se tornando mais frágil,
conforme vai se tendo um maior volume de material restaurador.

2) Tensão
o Reação interna de um corpo a uma força externa com igual intensidade e com direção oposta.
o Quando a seta empurra o bloco ao lado com uma força, esse bloco vai empurrar essa seta com
uma mesma força, só que com direção oposta.
o Unidade de medida: N/m²
o Tensão (T) = Força/Área
Pa (Pascal) = 1 N/m²
Mpa (MegaPascais) = 106 Pa

o Tipos de tensão:
2.1) Tensão de tração:
 Resposta a uma força que tende a esticar ou alongar um corpo.
 Ao puxar o bloco (dos dois lados) para fora, tem-se uma resposta, uma tensão de
tração para dentro do corpo.

2.2) Tensão de compressão:


 Resposta à uma força que tende a comprimir ou encurtar um corpo.

2.3) Tensão de cisalhamento:


 Resposta a uma força que tende a deslocar ou torcer um corpo;
 É uma força que “esfrega” ou é uma força que torce.

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2.4) Tensão por flexão:
 Aplicação de uma força concentrada sobre a porção mediana do corpo apoiado pela
suas extremidades;
 A parte que aplica-se a força não está apoiada.
 Um exemplo clássico é quando se tem uma prótese fixa, quando tem-se dois dentes
que tem raiz, e um dente que não tem raiz, então ele é apoiado em outros dois
pilares.

3) Deformação:
o Alteração do corpo pela ação da força/tensão;
o Ocorre quando a reação interna (tensão) é superada pela força;
o Logo, quando tem-se uma força que é maior que a força do objeto, isso tende a causar uma
deformação.

Força Deformação
Axial Alongamento
o
Contração
Cisalhamento Cisalhamento

Torção Torção

Flexão Flexão

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o Tipos de deformação:
1) Deformação elástica:
 Conceito: a deformação elástica é uma deformação reversível;
 Quando coloca uma força sobre o elástico vai ser esticado;
 Desaparece quando a força é removida

2) Deformação plástica:
 Conceito: a deformação plástica é uma
deformação permanente;
 Não se recupera quando a força é removida

o Lei de Hooke
 A intensidade da Força elástica é diretamente proporcional à deformação elástica;
 É utilizada para calcular a deformação causada pela força exercida sobre um corpo;
 Logo quanto mais aumenta o peso, mais estará aumentando a deformação elástica.

o Limite Proporcional (LP)


 É a tensão máxima que uma estrutura pode suportar antes de começar a apresentar
deformação plástica;
 Valor acima do qual as tensões aplicadas não mais serão proporcionais às deformações
respectivas.

Gráfico: Tensão/Deformação

Carga Deformação
100 Kg 0,1 %
200 Kg 0,2 %
300 Kg 0,3 %
400 kg 0,4 %
500 Kg 0,68 %
600 kg 0,83 %

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Explicação gráfico: Se colocar uma força de 400kg, suportará antes de começar a se deformar plasticamente, logo, se
deformará apenas elasticamente, teve uma deformação de 0,4%, ao tirar essa força a sua deformação volta para
zero, entretanto se for colocado uma força maior do que 400kg irá se deformar plasticamente.

o Limite Elástico:
 Tensão máxima suportada por um material de modo que, removida a carga, o mesmo
retorne às suas dimensões originais.
 Limite proporcional X Limite Elástico
 Limite Proporcional
Tensão acima da qual não há mais proporcionalidade entre a tensão aplicada e
a deformação.
 Limite Elástico:
Tensão máxima que um material pode suportar antes de apresentar
deformação plástica.

OBS: O limite proporcional e o limite elástico é o mesmo ponto no gráfico. A única


diferença entre eles é o conceito.

o Limite de Escoamento:
 Valor da tensão necessária para induzir uma pequena quantidade de deformação
plástica.
 É o primeiro ponto que vai e não volta mais, após aplicar uma força.
o Limite Convencional de Escoamento (LCE)
 Tensão necessária para se produzir uma deformação em particular previamente
escolhida;
 É o limite que a gente escolhe, vai-se aplicar uma força e vai ver o quanto o corpo
deforma.

Carga Deformação
100 Kg 0,1 %
200 Kg 0,2 %
300 Kg 0,3 %
400 kg 0,4 %
500 Kg 0,68 %
600 kg 0,83 %

o Propriedades mecânicas nas deformações ELÁSTICAS


 Módulo de elasticidade, elástico ou de Young (E)
Descreve a rigidez de um material dentro do LP (limite proporcional);
Quanto menor o módulo de elasticidade, maior vai ser a deformação elástica,
quanto maior o módulo de elasticidade, menor a deformação elástica.

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Contraste

E = Tensão/Deformação

E = Deformação elástica

 Flexibilidade
Propriedade de ser passível a grandes deformações elásticas.

 Flexibilidade máxima ( )ᵋ
Deformação que ocorre quando o material é tensionado ao seu LP (Limite
proporcional).

o Propriedades mecânicas nas deformações PLÁSTICAS


 Resiliência
Energia absorvida por um material quando tensionado até o LP

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 Friabilidade
Incapacidade relativa do material de suportar uma deformação plástica;
Suporta mais uma deformação elástica, em compensação quando ela chega em
uma deformação plástica, ela logo para, pois aí ela quebra.

 Ductibilidade e Maleabilidade

TRAÇÃO COMPRESSÃO

Definição para ambos Capacidade do material de suportar uma deformação


permanente sem ruptura
A diferença entre um e outro, é que, se usa o termo dúctil quando está se
falando de tração e usa-se o termo maleável quando está se falando de
compressão.

 Explicação gráfico: No gráfico tem-se escrito ductibilidade, mas também


poderia está escrito maleabilidade.
Tem-se o material A, ele tem um grande limite de proporcionalidade, depois
desse grande limite de proporcionalidade, ele tem uma alta deformação plástica
também, então ele tem uma deformação elástica que aguenta uma grande
força, mas que se deforma pouco, e depois ele vai se deformando e
deformando, desde que não aumente muito a força.

Tem-se um material B, que vai ter um limite de proporcionalidade, com uma


força menor, então com menos força ele se deforma mais. Tem-se também o
material C, que se deforma com pouca força, e se deforma mais, mas quando
ele entra no limite de deformação plástica ele já se rompe. Agora, ao pensar em
ductibilidade ou maleabilidade, tem-se que, apesar do material A aguentar bastante força sem se deformar, de
maneira que ele não volte, ele também consegue se deformar bastante, sem romper, então a ductibilidade dele é
maior, do que um material que vem se deformando, deformando, vem se alterando sem se deformar, e depois
rompe. Então a ductibilidade vem da somatória tanto da deformação elástica, quanto da deformação plástica, então
seria o quanto esse material conseguiria se deformar plasticamente.

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 Tenacidade
Quantidade de energia necessária para a fratura

OBS.: RMT (Resistência Máxima


de Tenacidade)

 Propriedades de resistência
 Resistência
Tensão necessária para causar fratura ou deformação plástica;
Vai-se observar o quanto o material suporta de força antes de se deformar ou
quanto o material suporta de força antes de se romper;
Resistência máxima
 Tensão máxima suportada antes da fratura

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Propriedades de resistência
1) Resistência à tração
- Geralmente usa-se esses testes com materiais metálicos;
- Quanto o material vai suportar se puxar ele.

2) Resistência à tração diametral


-Esse teste é utilizado quando se tem
materiais friáveis ;
- Vai-se colocar uma força, e apesar de
está escrito tração geralmente é uma
força de compressão, e o objeto que é
cilíndrico que vai está em estudo, tende a
se romper na metade, ao meio.

3) Resistência à compressão
- Vai comprimir um corpo, e esse corpo vai se deformar da maneira que ele
quiser, não necessariamente vai quebrar ao meio, ele vai se quebrar de
qualquer maneira.

4) Resistência à flexão
- Tem-se duas bases, um material em cima e faz-se uma força no meio desse
material;
- Se quiser por exemplo saber quanto uma prótese vai suportar, fazer uma força
entre as próteses.

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- Tem-se os implantes dentários, se pegar uma dentadura e colocar sobre esses implantes, só que o material que é
feito a dentadura que é um polímero, quando a pessoa começar a mastigar, vai tender a quebrar entre um implante
e outro, para tentar solucionar esse problema, pode-se colocar uma barra metálica, e quando fizer a força de flexão,
vai resistir muito mais do que se só tivesse um material sem essa barra. Então a força de flexão que o metal aguenta
é muito maior do que a que o acrílico aguenta. Então para conseguir fazer com que não quebre a dentadura entre
um implante e outro, coloca-se uma barra metálica e vai distribuir melhor essa tensão.

5) Resistência á fadiga
- É um teste que se faz para ver o quanto de ciclos aquela estrutura vai suportar;
- Quantos ciclos a estrutura aguenta até formar ou um defeito ou uma trinca ou
uma fratura.

6) Resistência ao impacto
- Coloca-se dois pilares/suportes, coloca-se uma barra, nessa barra faz-se um
entalhe e depois coloca-se um pêndulo, o pêndulo pode bater apenas uma
única vez, e o objeto quebrar, ou o pêndulo pode bater várias vezes até que o
objeto se quebre.

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Propriedades mecânicas de superfície
1) Dureza
- Resistência á endentação ou penetração na superfície;
- Quanto mais o material se deformar menos duro ele é.

- TESTES DE DUREZA

2) Fricção
- Resistência de um material sobre o outro ao movimento.

3) Desgaste
- Perda de material pela remoção e deslocamento de materiais através do
contato entre eles.

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o Propriedades mecânicas nas estruturas dentárias

ESMALTE E DENTINA

 Esmalte é um material mais rígido e mais friável, então ele demora para se
deformar, tem uma resistência elástica maior, e quando ele começa a se deformar
plasticamente logo ele quebra.
 Dentina é um material mais flexível e mais tenaz. Tem uma deformação elástica
menor do que a do esmalte, mas tem uma deformação plástica maior do que a do
esmalte.

2) Propriedades Físicas

 O que são?
o São baseadas em leis da mecânica, acústica, óptica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo,
radiação, estrutura atômica ou fenômenos nucleares.
 Óptica;
 Térmica;
 Elétrica

 Propriedades ópticas

o Cor
 A percepção de cor de um objeto é resultado de uma resposta fisiológica a um
estímulo física, que é a luz.
 A cor pode sofrer interferência
 A cor ela “não é fixa”, cada pessoa vai enxergar de uma maneira. Contudo quando
vai-se para a boca de um paciente, tem-se que acertar a cor, logo o aluno de

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odontologia deve começar a treinar o olhar, para conseguir ter semelhanças do que
se está enxergando com a cor real do dente.
 Luz Visível
 Dentro do espectro visível de luz, vai-se desde o violeta até o infra-vermelho.
São as cores que nós vamos conseguir enxergar.

 Dentro da odontologia divide-se as cores de três maneiras, que se chama de:


- Matiz
- Croma
- Valor

 Matiz
Determina a cor, segundo o seu comprimento de onda no espectrograma.
Descreve o tipo de cor (nome)
Vai definir se a cor é amarela, se é vermelho, se é azul, por exemplo.

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 Croma/Saturação
Mede a intensidade do matiz;
Maior ou menor intensidade de saturação;
Quanto maior a saturação mais escura fica, quanto menor a saturação mais claro fica.

 Valor/Luminosidade
Brilho da cor – quantidade de pigmentos brancos ou preto, que o dente vai ter;
Cada dente tem uma característica de absorver ou refletir a luz, então quanto mais ele
reflete a luz, mais branco ele tende, e quanto mais esse dente absorve, mais pigmentos
para o escuro se tende;
Gradação de quanto essa cor reflete ou absorve luz.

o Mensuração de cor
- Para poder conseguir medir a cor tem-se dois métodos:
 Técnicas instrumentais:
Espectrômetro  vai avaliar a cor de acordo com equações
matemáticas, então aponta a ponta para o dente e ele vai
medir. Ele vai dar tanto os valores que costuma-se usar que é
os que vêm na resina A1, A2, A3, como também vai-se dar
valores mais específicos, que são valores de delta.
Odonto – Sensor Digital de Cor
Easyshade Advance 4.0 Vita – Wilcos

 Técnicas Visual:
Usa-se a escala de cores
A escala de cor que se tem na clínica da Fainor foi feita para avaliar cerâmicas, quando
vai fazer uma prótese indireta. Para avaliar resina, cada resina tem um sub tom
diferente, então muitas vezes o tom da resina de uma marca, muitas vezes não é o tom
da resina A”x”, que seria semelhante a da outra marca. Então o ideal é sempre que se
teste depois a resina na boca, para poder saber se aquele A”x” escolhido realmente
condiz com o A”x” da boca do paciente.

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X = 1 ou 2 ou 3 ou...
Ex.: Escala de Cores Vita Classical – Wilcos

OBS.: Os “A’s” são os tipos de matiz, depois A1, A2, A3, A3/2, A4... são o nosso croma, e
depois a nossa saturação a gente só consegue medir quando se tem esse tipo de escala, que
é uma escala já mais completa.

o Metamerismo
 Capacidade de uma cor ser idêntica a outra em uma mesma fonte de luz.
 É quando muitas vezes achamos que é uma determinada cor quando estamos sob
uma luz, ou a mesma cor em diferentes luminosidades se tornem diferentes.
 **Pode se tornar diferente ao mudar a iluminação

o Fluorescência
 É a emissão de energia luminosa por um material, quando
um feixe de luz brilha sobre ele;
 É a capacidade que um material tem de refletir uma luz;
 As luzes azul e ultravioleta produzem uma luz fluorescente
passível de ser vista;
 O dente tem uma fluorescência natural, tem dentes que são
mais fluorescentes e tem dentes que são menos fluorescentes;
 As resinas compostas tem umas que são muito fluorescentes e
outras que são bem menos fluorescente.

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o Opacidade | Translucidez e Transparência
o Opacidade:
 É a propriedade dos materiais que previne/evitar a passagem da luz.

o Translucidez:
 É a propriedade das substâncias que permite a passagem de luz, mas a dispersa, então os
objetos não podem ser vistos através do material.

o Transparência:
 Permitem a passagem de luz, de tal forma que ocorre
pouca distorção e os objetos podem ser claramente
visualizado através deles.

 Propriedades térmicas
1) Calor de fusão
2) Calor específico
3) Condutibilidade térmica
4) Coeficiente de expansão térmica
1) Calor de fusão:
 É o calor em calorias, ou joules, necessário para converter 1 g
de material do estado sólido para o estado líquido.

2) Calor específico:
 É a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura
de 1g da substância em 1°C.

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3) Condutibilidade térmica:
 É a capacidade que o material tem de conduzir o calor;
 É quantidade de calor, em calorias ou joules por segundo, que passa através do corpo com 1
cm de espessura, com uma secção transversal com 1cm2, quando a diferença de temperatura
for 1°C.
 Ao pensar no dente, por exemplo, a prata é muito mais condutora de calor do que quando se
pega o esmalte e a dentina. Então quando se tem uma restauração de amálgama, que entre
os componentes dele vai-se ter a prata, o amálgama conduz muito mais temperatura do que
o nosso dente. Então quem tem uma restauração grande e está comendo alguma coisa que é
quente, deve sentir mais nesse dente do que nos outros dentes que são naturais.
 Quanto de calor uma estrutura dentária comporta?
Nosso corpo está a +/- 37°C, e aí ele consegue aumentar até 5,5°, indo para 42,5°C, então
quando se tem uma resposta com um calor com mais de 5,5°C existe uma tendência de
causar um dando irreversível à polpa, então pode causar uma necrose e assim por diante. Por
isso que quando se usa a “alta rotação”, usa ela com água, para poder conseguir resfriar esse
calor, pois esse calor da alta rotação aquece o dente muito mais do que 5,5°C, e ao invés
dessa pessoa ganhar uma restauração ela vai ganhar um tratamento de canal.

MATERIAL CONDUTIBILIDADE TÉRMICA (cal/s/cm²/°C/cm)


Prata 1,006
Cobre 0,918
Ouro 0,710
Amálgama 0,055
Resinas Compostas 0,0026
Esmalte 0,0022
Dentina 0,0015

4) Coeficiente de expansão térmica:


 A mudança no comprimento por unidade de comprimento do material para uma mudança de
1°C na temperatura é chamada de coeficiente linear de expansão térmica;
 É o quanto o material expande ou contrai com a mudança do calor.
 A resina tem um coeficiente de expansão parecido com a estrutura dentária, enquanto que o
amálgama se expande muito mais do que o dente. Então quando se tem uma restauração de
amálgama e ela está ali sofrendo calor, aí ela expandiu, aí vai para o frio e aí contrai, aí vai
para o calor e expande novamente e aí volta para o frio e contrai novamente, aí pode ocorrer
uma fratura do dente. Então quando se tem um dente que tem pouca estrutura e bastante
amálgama, muitas vezes esse calor e esse frio pode causar uma fratura.

3) Propriedades elétricas

 “Dar choque” não é a única propriedade elétrica que existe


 O comportamento dos materiais, em resposta a um campo elétrico externo, define as suas propriedades
elétricas.

o Condutibilidade elétrica
 A capacidade de um material conduzir uma corrente elétrica;
 É importante quanto a avaliação do limiar de dor, resultante da aplicação de estímulo
elétrico;

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 Estímulo elétrico que pode passar pela estrutura do dente ou pela estrutura da restauração, e
quando o material é mais condutor, a gente sente as vezes muito mais esse choque, do que
quando o material é isolante.

 Dielétrico: Material que fornece isolamento elétrico, logo quando o material é isolante chama ele de
dielétrico.

o Galvanismo:
 Eletricidade desenvolvida pelas ações química ou pelo contato de dois metais diferentes, com
um líquido interposto;
 Resultada da diferença de potencial entre restaurações diferentes nos dentes opostos ou
adjacentes.

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4) Outras propriedades

1) Resistência à abrasão
2) Viscosidade
3) Deslustre e Descoloração
4) Sorção da água
5) Solubilidade e desintegração
6) Tempo de presa
7) Vida útil
1) Resistência à abrasão:
 Abrasão: perda de material da superfície pela ação mecânica, ou
combinação de ações mecânicas e químicas.
 Depende (o que vai poder ocasionar a abrasão):
Dureza do material;
Força da mordida;
Frequência de mastigação;
Abrasividade da dieta;
Composição dos líquidos;
Variações de temperaturas;
Aspereza de cada superfície;
Propriedades físicas dos materiais.

2) Viscosidade:
 Propriedade dos materiais em estado líquido;
 É a resistência do líquido a fluir;
 É a medida da consistência de um fluido e sua incapacidade de escoamento;
 Vai ser medido de acordo com a dificuldade que o material tem de cair;
 Quanto mais viscoso for o líquido mais dificuldade ele tem de sair.

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 Conforme diminui a viscosidade, aumenta a fluidez e vice-versa.
 A viscosidade da maioria dos líquidos diminui rapidamente com o aumento da temperatura;
Geralmente o líquido é mais viscoso quando ele está frio, e conforme vai esquentando ele,
vai se tornando mais fluido.

 Tixotropia:
Quando um líquido se torna menos viscoso e mais fluido sob pressão;
Quando pega a pasta de dente e coloca na escova ela não cai, porém se sofrer
alguma agitação, ou se pressionar ela, ela tende a ficar mais fluida.

3) Deslustre e descoloração
 Deslustre
Descoloração superficial do metal ou perda ou
alteração do acabado ou brilho superficial;

 Descoloração:
Perda, destruição ou desbotamento da cor natural;
A resina composta, de acordo o tempo vai passando,
ela vai sofrendo uma descoloração.

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4) Sorção de água:
 Adsorção:
Adesão firme de um líquido ou gás a superfície,
pela ligação das moléculas da superfície de um
sólido ou líquido.

 Absorção:
Uma substância absorvida penetra dentro da outra
(sólido) num processo chamado difusão;
A água ou líquido entra para dentro da estrutura
dentária.

 Sorção:
Representa a quantidade de água adsorvida na superfície ou absorvida para dentro
do corpo do material durante a sua confecção ou em quanto a restauração está em
uso.
É tanto ficar na superfície quanto penetrar para dentro da estrutura dentária.
Um dos materiais que acontece isso é o ionômero de vidro, por isso que quando faz-
se uma restauração com ionômero tem-se que proteger depois, para evitar que esse
líquido penetre na estrutura da restauração.

5) Solubilidade e Desintegração:
 Solubilidade:
Está relacionada com a capacidade que um
material, denominado de soluto, apresenta de
ser dissolvido por outro, o solvente;
Tem materiais que são mais solúveis e tem
materiais que são menos solúveis.

 Desintegração:
Ação ou efeito de desintegrar; condição daquilo
que se encontra desintegrado, descomposto,
separado;
Vai se desintegrar em uma outra superfície.

6) Tempo de presa:
 Tempo necessário para o material reagir e endurecer;
 Não é necessariamente o tempo que vai demorar para terminar de reagir;
 O ionômero, por exemplo, vai demorar uns 8 minutos para tornar preso, mas ele continua
reagindo geralmente até 48 horas;
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 Não indica o termino de reação;
 Pode ser influenciada pela manipulação;
 Podem ser acompanhadas de alterações exotérmicas e de modificações de volume.

7) Vida útil:
 Tempo aplicado para a deterioração geral e alteração da qualidade dos materiais durante o
transporte e armazenamento;
 É o tempo que o material vem se comportando de forma ideal;
 Pode ser alterada pela data de validade do material, ou pelo armazenamento dependendo da
temperatura que for armazenado, umidade, tempo a quantidade de material que se tem
junto, o tipo de recipiente que ele for armazenado...
 Temperatura, umidade tempo de armazenamento, quantidade do material, tipo de
recipiente para armazenamento, são fatores significativos.

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Odontologia Pré-Clínica 1 (OPC 1) – 4º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Preparo para restauração de Amálgama
(Classe 1 e Classe 2)

 Amálgama

 As restaurações de amálgama apresentam uma história clínica de sucesso muito satisfatória, têm um
protocolo de uso mais tolerante as dificuldades clínica do que os compósitos e apresentam capacidade de
autosselamento das margens, o que colabora na redução dos índices de infiltração marginal e lesões de cárie
secundárias;
 Uma das principais características que o amálgama tem é que ele é um material restaurador tem que um
custo baixo e uma durabilidade muito grande, além disso, ele é muito aplicado em saúde pública, no SUS;
 Entretanto hoje em dia se utiliza cada vez muito, pois a pior característica do amálgama está na forma do
seu preparo cavitário, então para fazer uma restauração de amálgama tem-se que dar um formato no
preparo, para ele ficar encaixado e não soltar;
 É um material que não tem adesão a nenhum tipo de estrutura dentária (esmalte, dentina...), nem nenhum
material outro material restaurador;
 O amálgama fica retido no dente pois dá-se um formato na cavidade para ele ficar encaixado e nunca mais
soltar, e esse formato que é feito muitas vezes acaba desgastando estrutura dental que não tem
necessidade;
 Hoje em dia ele perdeu muito espaço por conta da evolução das resinas e dos materiais adesivos, fazendo
assim um preparo mais conservador, desgastando menos estrutura dentária;

 Preparo dentário para amálgama:


 Forma de contorno;
 Forma de resistência;
 Acabamento das paredes da cavidade;
 Acabamento das margens de esmalte.

 Algumas observações  Pontos fundamentais para o preparo para amálgama:


1. Característica do dente após a simples remoção do tecido cariado  Não deixa a presença de
esmalte socavado (esmalte sem apoio);

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2. Brocas cone invertido com ângulos arredondados no interior da cavidade  São as brocas mais
utilizadas para pode fazer o preparo em amálgama. Essas brocas de cone invertido devem ter a
lateral arredondada, logo sua extremidade tem que ser arredondada, para se ter dentro da
cavidade ângulos arredondados, para que não se tenha uma concentração de forças
mastigatórias pela presença de ângulos vivos dentro da cavidade;

 Todo preparo de amálgama é tido como preparo retentivo, então significa dizer que o preparo
vai ficar no seguinte formato: na porção oclusal, mais estreita e na base, na parede de fundo, na
parede pulpar mais larga.
 As paredes circundantes vão convergir, vão ser convergentes para a parede oclusal, pois na hora
que coloca o amálgama, como ele vai ter esse formato convergente, na hora que a pessoa for
comer alguma coisa vai garantir que aquele amálgama não saia;
 Ângulos Vivos X Ângulos arredondados

3. Preparo sem esmalte socavado, paredes convergentes para oclusal e ângulos internos
arredondados;

 Ângulo cavossuperficial reto, bem definido e sem biséis  No amálgama não existe nenhum
tipo de Bisel;

 Sempre trabalhando a broca ao longo eixo do dente, logo não vai ter nenhum bisel formado;

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 Preparo para classe 1 para amálgama:
 Forma de contorno;
 Forma de retenção e resistência;
 Forma de conveniência;
 Acabamento das paredes da cavidade;
 Acabamento das margens de esmalte

 Forma de contorno
 Caixa oclusal
 Forma de contorno externo com lápis, envolvendo as áreas suscetíveis à cárie, preservando as
estruturas de reforço do dente, como vertentes de cúspides e cristas marginais;
 A forma de contorno vai seguir o contorno da restauração, qual o formato que vai-se querer essas
restauração;

 A caixa oclusal tem uma largura que corresponde a 1/4 da distância entre a ponta de cúspide, logo,
tem-se duas pontas de cúspides (vestibular-lingual), e a distância de uma cúspide a outra, a caixa
oclusal tem que ser de 1/4 dessa distância;
 Primeiro a broca esférica para simular a remoção do tecido cariado, depois a broca 245 ou 56
(Mondelli) ou broc 329 (Baratieri)  Usa-se o protocolo do Mondelli;
 Para facilitar a inserção da broca, pode-se inclinar ela um pouco para a mesial, para depois corrigir e
posicionar ela paralela ao longo eixo do dente, só no início para fazer uma canaleta central;
 Movimento de mesial a distal;
 A broca 245 tem uma leve convergência, então ela já vai dar para a cavidade as paredes circundantes já
convergindo, fechando no sentido da oclusal;
 A parede de fundo tem que ser perpendicular ao longo eixo do dente  Deve ser plana, ao mesmo
nível;

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 Forma de resistência e retenção:
 A confecção da parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente é um dos fatores
que determinam as formas de resistência e retenção;

 Paredes vestibular, lingual, mesial e distal convergentes para oclusal;

 Acabamento das paredes da cavidade:

 A broca 56 é uma opção para alisar as paredes circundantes, arredondando e vai evidenciar mais
também os ângulos internos;
 Na parede pulpar é bom utilizar o cortante, e utiliza-se ele raspando, firme e forte, passando com
força;
 Acabamento das paredes com enxada monoangulada;
 Na parede proximal, próximo à crista marginal pode-se dar uma leve divergida, inclinando a broca
um pouco, facilitando assim o acabamento para a inserção do amálgama;

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 Para facilitar o acabamento para a inserção do amálgama fica ligeiramente expulsiva.

 Acabamento das margens de esmalte:


 O acabamento das margens de esmalte é feito com broca de corte liso no 245, girando em baixa
velocidade e posicionada no angulo cavossuperficial das paredes circundantes. Esse acabamento
final remove todos os prismas fragilizados não eliminados durante o acabamento das paredes.
Durante a ação da broca na margem de esmalte natural, é possível visualizar o desprendimento dos
prismas fragilizados (na forma de um pó branco depositado no interior da cavidade).

 Características da cavidade classe 1 para AMÁLGAMA


1. Abertura vestíbulo-lingual na região do istmo (caixa oclusal), com 1/4 de distância entre os vértices das
cúspides correspondentes;
2. Parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente;
3. Paredes vestibular, lingual, mesial e distal convergentes para oclusal
*Obs.: No acabamento deixa-se as proximais com uma leve expulsividade, mas via de regra, todas as
paredes devem ser convergentes, pois nem em todos os dentes consegue-se deixar essa expulsividade.
4. Ângulo diedros ligeiramente arredondados (ângulo entra parede circundante e a parede de fundo).
5. Ângulo cavossupericial nítido e sem bisel.

 Preparo para classe 2 para amálgama


 Forma de contorno;
 Forma de retenção e resistência;
 Forma de conveniência  São ajustes que se faz para classificar o preparo, às vezes é um detalhe
anatômico que o dente tem que deve-se observar para por exemplo não ter exposição pulpar, ou vezes
conseguir adaptar aquele instrumental, para caber e assim se conseguir fazer uma restauração;
 Acabamento das paredes da cavidade;
 Acabamento das margens de esmalte;

 Forma de contorno
 Caixa Oclusal
 Forma de contorno externo om lápis, envolvendo as áreas suscetíveis à cárie, preservando as
estruturas de reforço do dente, como vertente de cúspide e cristas marginais;

 Forma de resistência e retenção:


 Caixa Oclusal
 Primeiro faz-se o preparo da caixa oclusal, depois estende-se e
faz o preparo da caixa proximal;
 A confecção da parede pulpar plana e perpendicular ao eixo
longitudinal do dente é um dos fatores que determinam as
formas de resistência e retenção;
 A determinação de paredes vestibular e lingual formando um
ângulo de aproximadamente 70º com a superfície externa do
dente.

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 Caixa proximal:
 Coloca-se matriz e cunha. No pré-encunhamento a cunha fica do lado do preparo, e a broca
pode bater na matriz, não tem problema;
 A extensão de conveniência, realizada com a mesma broca (nº 245 ou 56), deve separar as
paredes circundantes da caixa proximal aproximadamente (0,25 a 0,50 mm) do dente
vizinho;

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 Preparo da caixa proximal;
 As paredes vestibular e lingual da caixa proximal são convergentes para oclusal,
acompanhando o perfil das faces correspondentes;
 Movimentos pendulares para preparo da caixa proximal broca 329  Esse movimento é
feito meio que “no escuro”, é um movimento pendular, vestibular e lingual;
 Não deve inclinar a broca nem para um lado nem para o outro, pois se inclinar pode deixar
uma parede mais expulsiva e outra parede mais retentiva;

 A parede gengival da caixa proximal vai ter que ser plana, paralela com a parede pulpar, então significa dizer
que a parede gengival também tem que ser perpendicular ao longo eixo do dente;

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 Forma de resistência e retenção
 Caixa proximal:
 A parede gengival é plana e perpendicular ao eixo
longitudinal do dente, enquanto a axial é plana vestíbulo-
lingualmente e ligeiramente expulsiva no sentido gengivo-
oclusal;

 As paredes vestibular e lingual da caixa proximal devem formar um ângulo reto com a superfície
externa do dente, o que é conseguido com a curva reversa de Hollenback; do lado lingual, essa
curva reversa é, na maioria das vezes, dispensada;
 Pode-se tirar para o sentido da vestibular e lingual, mas geralmente tira-se mais na vestibular;

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 Caixa proximal:
 O Ângulo axiopulpar é arredondado – geralmente usa-se o recortador de margem gengival
(que é o cortante 28 e 29);
*Vai-se raspar o ângulo, com força, arredondando o ângulo. Pode-se passar a broca 56
também para arredondar;
 Nas caixas proximais nas paredes vestibular e lingual são confeccionados dois sulcos
verticais com a broca nº 699  Isso aumenta a retenção do amálgama.

 Acabamento das paredes da cavidade:

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 Características da cavidade classe II para amálgama:
1. Abertura vestíbulo-lingual na região do istmo (caixa oclusal), com ¼ de distância entre os vértices das
cúspides correspondentes;
2. Parede pulpar plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente;
3. Paredes vestibular, lingual, mesial e distal convergentes para oclusal;
4. Ângulo diedros ligeiramente arredondados;
5. Ângulo cavossupericial nítido e sem bisel.
6. Caixa proximal:
 Paredes vestibular e lingual convergentes para oclusal, formando com a superfície externa
do dente, ângulos de 90º, em função da determinação da curva reversa de Hollenback
nessas paredes;
 Parede axial plana vestíbulo-lingualmente e ligeiramente expulsiva no sentido gengivo-
oclusal;
 Parede gengival plana e perpendicular ao eixo longitudinal do dente, formando, em dentina,
ângulos agudos com as paredes vestibular e lingual;
 Ângulo áxio-pulpar arredondado;
 Ângulo cavossuperficial nítido, sem bisel e prismas.

 Manipulação Clínica:

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1. Seleção da liga e Proporcionamento;
2. Trituração;
3. Condensação;
4. Brunimento pré-escultua;
5. Escultura;
6. Brunimento pós-escultura;
7. Acabamento e polimento.

 Manipulação Clínica:
 Seleção de liga e Proporcionamento
 Antigamente tinha-se um frasco com pó, que se misturava com uma liga de mercúrio, o mercúrio é
toxico, então antes poderia ter um contato mais direto com o mercúrio. Já no dia de hoje tem-se
cápsulas, e nessas cápsulas já tem o mercúrio e a liga metálica do amálgama que é o pó, e cada
cápsula tem uma quantidade de gramas de limália e de mercúrio já prévio, já pre-dosado para se
manipular e se utilizar. Cada cor de cápsula tem uma determinada de “gramas”. Vai colocar o
amálgama no amalgamador, que vai triturar a liga.

ANTIGO ATUAL
Tipo de trituração Manual Mecânico
Instrumentos usados Gral e pistilo Amalgamador
Tempo gasto Maior Menor
Relação Hg/liga Maior Menor
Variável Humana Presente Ausente
Contaminação por Hg Presente Ausente

 Forma de apresentação do material:


 Cápsulas
o 400, 600 ou 800 mg;
o Cor ou número de porções.
 Granel

 Trituração:
 Tempo de trituração:
 Velocidade e oscilação do amalgamador;
 Liga a ser utilizada;
 Tamanho das porções de amálgama

 Condensação:
 Compactar o amálgama na cavidade  Vai pegar o amálgama e condensar dentro da cavidade. Para
condensar utiliza-se o porta amálgama que é o instrumental que compacta e leva esse amálgama na
cavidade;
 Para compactar o material na cavidade utiliza-se os condensadores, tem-se condensadores mais
largos e condensadores mais estreitos. Quanto mais pressiona, vai compactando vai retirando o
excesso de mercúrio, que degrada a liga com o passar do tempo, e vai apertar e melhor encaixar na
cavidade o material;
 Quando vai-se restaurar começa-se com o condensador de menor tamanho para o condensador de
maior tamanho;

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 Otimizar a adaptação do amálgama na cavidade;
 Remover excesso de mercúrio, que pode cair no lençol de borracha ou a gente mesmo vai remover;
 Mecânica
 Manual:
 A pressão de condensação depende tanto da força aplicada sobre o condensador como o
tamanho de sua ponta ativa.

 Brunimento:
 Vai-se espalhar a massa de amálgama;
 Esfregara massa de amálgama, em estado ainda plástico com auxílio de instrumentos metálicos;
 O brunimento é feito em duas etapas pré-escultura e pós-escultura;
 Momento para fazer a escultura é quando há o grito do amálgama;
 Remover o excesso de mercúrio;
 Reduz porosidade superficial;
 Melhora adaptação das margens cavitárias;
 Diminui rugosidade superficial.

 O polimento de amálgama só pode ser realizado após 24 horas, não é imediato.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MONDELLI, J. Fundamentos de Dentistica Operatoria. 1ª ed. São Paulo: Editora Santos. 2006.

CONCEIÇÃO, E.N. et al. Dentística: saúde e estética. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

BARATIERI, L.N.; et. al. Odontologia Restauradora: fundamentos e técnicas. Volume 1 e 2. 1ª ed. São Paulo: Santos,
2012.

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Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagem com alginato e obtenção de modelos em odontologia

 Introdução
 Moldagens:
 Procedimentos clínicos em que se utilizam materiais e técnicas apropriadas com o objetivo de se obter os
moldes dos arcos dentais;
 O alginato é um material plástico e bastante
versátil utilizado na clínica odontológica
sempre;
 A moldagem é utilizada em diversas áreas além
da odontologia;
 Faz-se a moldagem para se obter uma cópia o
mais fiel possível, e isso depende da qualidade
do material utilizado, para reproduzir os arcos dentais do paciente;
 Quando se molda, molda além do dente, molda-se também os tecidos moles, como a musculatura, freio
labial, bridas...
 Se for fazer moldagem para estudar apenas a dentição pode-se ter uma moldagem que aprofunde menos
no fundo de vestíbulo, mas se for fazer uma moldagem para prótese total ou para prótese removível que
o paciente perdeu muitos dentes, tem-se que ter uma moldagem que se estenda bastante para o fundo
de vestíbulo para que também se copie tecido mole, já que essas estruturas vão interferir na adaptação da
prótese.

 Moldes:
 São reproduções em negativo das superfícies das arcadas;

 Modelos:
 São reproduções em gesso ou resina, das superfícies moldadas. Sobre o molde (negativo) se obtém o
modelo (positivo);
 Logo sai de uma situação intrabucal para se ter uma situação confeccionada em modelo de gesso para
assim estudar e fazer planejamento.s

 Requisitos dos materiais de moldagem (silicone de adição, silicone de condensação, pasta zinco-enólica,
alginato...)
 Devem copiar com exatidão todos os dentes do arco bem como os tecidos moles e acidentes anatômicos
para que se possa ter um modelo completo e fiel;
 Os materiais devem apresentar um endurecimento completo na boca num tempo razoável;
 Devem apresentar uma fluidez (capacidade de escoamento) ou consistência adequada à técnica empregada;
 Devem ter uma estabilidade dimensional durante e após o endurecimento  capacidade do material de
permanecer na mesma dimensão, sem alteração para mais nem para menos, para que se tenha uma cópia
fiel. O alginato não é um bom material em relação a estabilidade dimensional, ele tanto perde água com
facilidade quanto ganha água com facilidade;
 Devem ter uma plasticidade suficiente para uma fiel reprodução na moldagem e quando necessários serem
termoplásticos a uma temperatura compatível com os tecidos bucais  Está-se falando de materiais que

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagens e obtenção de modelos em odontologia -


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precisam ser aquecidos como é o caso da godiva, cera... Então termoplástico é um material que se aquece e
depois volta a endurecer;
 Devem ser elásticos o suficiente para facilitar a moldagem de superfícies retentivas;
 Não devem ser tóxicos, irritantes ou aderir aos tecidos bucais, logo os materiais devem ser biocompatíveis;
 Devem ser insípidos ou ter sabor agradável, facilitando o processo de obtenção da moldagem
 Devem ter um adequado tempo de trabalho, adequado a perfeita execução da técnica;

 Materiais de moldagem:
 Rígidos:
 Gesso Solúvel;
 Pasta Zinco-Enólica;
 Termoplásticos  Materiais que precisam ser aquecidos para mudar o estado deles;
 Godiva;
 Cera
 Elásticos  Copiam áreas retentivas
 Silicones: condensação e adição;
 Mercaptanas;
 Poliéster;
 Hidrocolóides: reversíveis e irreversíveis (alginato);

 Alginato:
 Histórico:
 Final do século XIX na Escócia descobre-se um exudato mucoso produzido por certas algas marinhas
marrons denominado algina;
 Durante a 2ª Guerra Mundial tem-se a escassez de Agar (produtor Japão).
 Necessidade de um substituto;
 Surgimento dos Alginatos para moldagem;
 Misturado com água passa do estado sol para gel devido à reação química;
 Alginato hydrogum 5  Pode-se ficar 5 dias sem vazar o gesso;

 Indicações:
 Modelos de estudo e de trabalho;
 Modelos para ortodontia;
 Moldagem preliminar ou anatômica para Prótese Total;
 Moldagem para Prótese Parcial Removível;
 Moldagem de Hemiarcada;
 Duplicação de modelos;
 Confecção de moldeiras para clareamento;
 Moldagens de arcada antagônica (prótese), logo a arcada que vai ser executado o trabalho de
prótese fixa é moldada com silicona e a arcada oposta (antagônica) com o alginato.

 Vantagens:
 Fácil manipulação;
 Baixo custo;
 Ser hidrofílico  não tem nenhum problema com água/saliva;
 Fácil limpeza;
Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagens e obtenção de modelos em odontologia -
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 Não mancha;
 Fácil controle do tempo de trabalho  pode variar com a temperatura da água;

 Desvantagens:
 Baixa estabilidade dimensional  ele se altera com facilidade tanto ganhando água quanto
perdendo água;
 Verter gesso imediatamente  ato de confeccionar o modelo;

 Possíveis alterações dimensionais dos hidrocolóides:


 Evaporação: Perda de água (por vapor);
 Sinérese: perda de água (de forma líquida) e exsudatos salinos, é como se o material estivesse
“suando”;
 Embebição: absorção de água do meio para o interior, logo é o ganho de água;

 Passo a passo:
 Instruções ao paciente como agir durante a moldagem;
 Posicionar o paciente de forma correta  o máximo com a cadeira para frente, colocar o babador com o
auxílio do “jacaré”;
 Preparar o paciente para a moldagem;
 Posição mais ereta
1. Prova da Moldeira
 Se a altura da moldeira for muito baixa, pode acabar não
copiando o fundo do vestíbulo, assim, pega-se uma lâmina de
cera, corta-se uma tira e vai aumentando a altura da moldeira
para ficar melhor a altura e assim copiar o fundo do vestíbulo;
 A primeira coisa que se faz antes de Espatular o alginato é fazer a
prova da moldeira no paciente, para assim saber se a moldeira
escolhida vai se adequar à boca do paciente;
 Moldeira deve ficar com o cabo alinhado com a linha média do
paciente, e a linha média não é a linha média do dente, é a linha
média da face;
2. Manipulação:
 Agitar o saco – Descompactar o pó;
 Colocar primeiramente a água em uma cuba;
 Encher a colher de medida, remover excesso com a espátula (1 colher
de pó para 1 medida de água), colocar em outra cuba o alginato;
 Deve-se jogar o pó na água
 Espatular vigorosamente, alternando os movimentos para liberar
possíveis bolhas de ar;
 Tempo de manipulação: 45 segundos à 1 minuto;
 Geleificação: 2 a 3 minutos após espatulação;
 Colocar o alginato espatulado na moldeira previamente selecionada, e
antes de sua inserção na boca do paciente, passar alginato na superfície
oclusal e espaços interproximais dos dentes a serem moldados, com o
auxílio do dedo indicador;

Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Moldagens e obtenção de modelos em odontologia -


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 Proporções Usuais:
o Maxila: 3 colheres de pó; 3 medidas de água;
o Mandíbula: 2 colheres de pó; 2 medidas de água;
3. Remover o molde de uma vez só no sentido do longo eixo do dente para evitar distorção;
4. Lavar o molde em água corrente e borrifar hipoclorito de sódio  pois tem bactérias na cavidade bucal,
assim eliminando-as;
OBS.: “Língua de alginato”: na arcada inferior tem o espaço da língua, se for vazar o gesso com a
moldeira no formato que ela tem parecido com ferradura, o modelo fica fraco, então precisa fazer com
o que o modelo inferior fique mais resistente como o superior, para isso utiliza-se uma porção de pó e
uma porção de água e preenche o espaço onde fica a língua;
5. Verter o gesso imediatamente respeitando a relação água e pó. Vazar o molde com gesso tipo IV na
região dos dentes e gengivas;
6. Fazer retenções no gesso;
7. Vazar o gesso pedra tipo III para fazer a base;
8. Tempo de separação molde/modelo: 45 a 60 minutos. Pode-se tirar quando o gesso estiver frio e seco;

 Gesso:
 Utilização em Odontologia:
 Construção de modelos de arquivo, estudo e trabalho;
 Construção de troqueis – modelos unitários;
 Moldagem para confeccionar próteses totais (solúvel);
 Material acessório (preenchimento);
 Montagem de modelos em articuladores.
 Gesso tipo I: Não devem ser usados para execução de trabalhos laboratoriais;
Compostos de gesso Paris, ao qual foram adicionados modificadores para regular o tempo de presa
e a expansão de presa;
 Gesso tipo II: Usado principalmente para preencher a mufla na construção de dentaduras, quando a
expansão de presa não é crítica e a resistência é adequada;
 Gesso tipo III: Indicado para a construção de modelos, na confecção de próteses totais que
necessitam se ajustar aos tecidos moles. Apresentam uma resistência adequada para este propósito
e permitem uma fácil remoção da prótese após sua conclusão;
 Gesso-Pedra de Alta Resistência tipo IV: indicado para troquel por sua resistência, dureza e um
mínimo de expansão de presa.

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 Falhas na moldagem:
TIPO CAUSA
- Geleificação incompleta causada pela remoção
1. Superfície do molde áspera e irregular prematura;
- Proporção incorreta;
- Óleo ou outro material orgânico sobre os dentes
- Geleificação excessivamente rápida impedindo o
2. Bolhas de ar nas superfícies dentária escoamento do material;
- Incorporação do ar durante a manipulação
- Espessura inadequada, pois selecionou uma
3. Rasgamento moldeira errada ou colocou pouco material;
- Contaminação pela umidade;
- Remoção prematura da boca;
- Espatulação prolongada
4. Material Granuloso - Espatulação imprópria ou prolongada;
- Relação água/pó muito baixa (errada).
- Falta de aderência do material à moldeira;
- Moldeira sem rigidez;
- Demora excessiva para vazar o molde;
5. Distorção - Movimentação da moldeira durante a geleificação;
- Remoção prematura ou incorreta da boca;
- Volume excessivo do material.

 Falhas no modelo (vazamento do gesso)


TIPO CAUSAS
- Limpeza inadequada do molde;
- Excesso de água sobre as superfícies do molde;
1. Modelo em gesso rugoso ou - Remoção prematura do modelo;
pulverulento (aspecto de pó) - Manipulação incorreta do gesso ou proporção
água/pó incorreta.
2. Bolhas negativas e/ou positivas nas - Alteração de presa;
superfícies do modelo - Escoamento incorreto do material;
- Vibração ausente/incorreta;
- Incorporação do ar durante a manipulação.
3. Ausência de união entre os tipos de - Falta de retenções;
gesso - Vazamento incorreto.

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Oclusão – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 4 – Fundamentos Básicos de Oclusão

 Posicionamento e Oclusão
 Existem algumas forças que incidem sobre a dentição, e essas forças mantém os dentes em posição. Existem
forças tanto de tecidos moles, como forças de tecidos duros;
 Existe a força da língua na tentativa de empurrar os dentes para fora e uma força do lábio (músculo orbicular
da boca) e da bochecha (bucinador) tentando colocar os dentes para dentro, como essas forças se opõem elas
se neutralizam, por isso existe a zona ou espaço neutro, isso no sentido vestíbulo lingual. Logo são forças leves
e constantes que atuam pela musculatura circundante e pela ação da língua.
 Alguns fatores e forças que determinam a posição dos dentes:
 Musculatura circundante;
 Forças leves e constantes;
 Zona ou espaço neutro.
 Fatores e forças que determinam a posição do dente:
 Quando se tem uma interposição digital tem-se o rompimento do equilíbrio, pois vai existir uma
terceira força que vai está unificando a posição dos dentes, outro exemplo são crianças que fazem o
uso de chupeta por muito tempo, ocorre um desequilíbrio da interposição digital, tendo a zona neutra
modificada, pressionando os dentes anteriores para fora e a língua para dentro, levando à uma
mordida aberta, que para ser resolvida precisa-se do aparelho ortodôntico fixo ou com uma grade
palatina que impede a ação da língua, evitando que ocorra a projeção da língua para frente;
 Pode-se falar também do posicionamento dentário que é mantido pelo próprio contato entre os
dentes, tanto entre dentes vizinhos, quanto entre os dentes antagônicos, fazendo com o que os dentes
fiquem na sua posição, e o contato entre os dentes antagônicos também evitam a extrusão dentária.
 Oclusão dental também está relacionada ao posicionamento dentário;
 Com a perda da unidade dentária vai haver um desequilíbrio em relação aos contatos dentários;
 Quando uma força é maior que a outra, os dentes saem de posição e é necessário usar equipamentos
que neutralizem essa força;
 O uso constante de alguns objetos ou instrumentos musicais também podem tirar os dentes de
posição.

 Alinhamento dental intra-arco:


 Dentes Enraizados:
o Incisivos;
o Cúspides;
o Bicúspides.

 Molares Inferiores:
o Raízes Mesiais
o Raízes Distais

 Explicação das imagens: Nas imagens ao lado tem-se duas vistas da mandíbula,
uma vista lateral e uma vista frontal. Na vista frontal tem-se em azul a inclinação
dos molares. Verifica-se que os molares estão com uma certa inclinação no arco. Na vista lateral mostra-se
uma inclinação dos molares para a mesial dando uma certa curvatura dos caninos até a região de molares,

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essa curvatura é chamada de curva de Spee. Logo, os molares inferiores têm inclinação para mesial
(convergentes).

 Dentes Enraizados:
o Incisivos:
o Cúspides:
o Superior Bicuspidado.
 Bicúspide I:
o Raiz Vestibular;
o Raiz Palatina.

 Molares Superiores:
o Raiz Mésio Vestibular;
o Raiz Disto Vestibular;
o Raiz Palatina

 Explicação das imagens: Na arcada oposta (maxila) tem-se um desenho


oposto ao que foi visto em cima, então nesse caso o superior tem-se uma
convexidade, logo os molares superiores têm inclinação para distal
(divergentes);

 Curva de Spee (1890) – Vista Lateral:


o Essa curvatura foi observada por um pesquisador Alemão, onde
ele detectou que ao traçar uma linha imaginária, passando pela
ponta de cúspide canino, passando pela ponta de cúspide molar,
as arcadas têm uma inclinação que na mandíbula forma uma área
côncava (isso em uma vista lateral da mandíbula);
o Linha ântero-posterior que tangencia as pontas de cúspides
vestibulares e as bordas incisais dos dentes.

 Curva de Wilson (1911) – Vista Frontal:


o Em uma vista frontal, se passar uma linha imaginária passando pelas
pontas de cúspides vai-se ter uma concavidade (é côncava) que é
chamada de curva de Wilson;
o Linha que tangencia as pontas de cúspides vestibulares e linguais dos
dentes inferiores

 As duas curvas acima são chamadas de curvas de compensação, então elas facilitam/favorecem o padrão de
movimento mandibular durante a mastigação. Então para que se tenha durante a mastigação, um movimento
de lateralidade desocluindo os dentes, essa curvas facilitam isso, e facilitam também o padrão de mastigação,
então facilita a manutenção do bolo alimentar na zona de infiltração do alimento;

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 As curvas de compensação existem para preservar a integridade do sistema estomatognático em função do
padrão de movimento mandibular, que está relacionado com a mastigação. Quando se faz movimento de
lateralidade para o lado direito ou lado esquerdo, tem-se uma separação dos dentes, então os dentes nessa
situação é uma situação mais favorável para que eles se separem
durante os movimentos de lateralidade

 Posicionamento e oclusão:
 Arcada superior aproximadamente 128 mm;
 Arcada inferior aproximadamente 126 mm o comprimento do
arco;
 Logo, o arco superior possui comprimento maior (128mm)
que o inferior (126mm), porque:
o A distância mesio-distal dos incisivos centrais
superiores é maior que a dos inferiores;
o O arco superior se sobrepõe ao inferior;
o Os dentes superiores são mais vestibularizados.
 Isso é importante para a proteção dos tecidos circundados e
da língua, evitando que estas estruturas caiam na zona de
trituração dos alimentos, além de uma estética;
 Alinhamento dental interarco
o Maior comprimento do arco superior;
o Dentes superiores posicionados mais vestibularmente
em relação aos inferiores;
o Proteção dos tecidos circundantes;
o Cúspides cêntricas, de suporte ou funcionais – V.I.P.S
 Essas cúspides são as funcionais pois elas
trituram o alimento e dão a dimensão vertical
de oclusão ou a estabilidade oclusal.
o Cúspides guia, não-cêntricas ou não funcionais – P.I.V.S
ou L.I.V.S
o CVI (cúspide vestibular inferior) toca na FC (fossa
central) dos dentes superiores;
o CPS (cúspide palatina superior) toca na FC (fossa
central) dos dentes inferiores.
o A cúspide cêntrica ocupa um espaço muito mais
evidente do que a cúspide não cêntrica. Se dividir o
dente em “três”, quase dois terços são ocupados pela cúspide cêntrica, e a cúspide não
cêntrica ocupa um espaço bem menor. A cúspide funcional é muito mais robusta, mais larga,
mais espessa, então ela ocupa um espaço maior no dente.

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o Cúspides cêntricas ou de suporte

A cúspide funcional é mais robusta ocupando um maior espaço no dente.


 Relação de contato e oclusal

o No arco inferior as cúspides funcionais são as vestibulares que vão ocluir na fossa central dos dentes
superiores. Logo a linha buco-oclusal dos dentes inferiores oclui na fossa central dos dentes
superiores

o A linha Línguo-Oclusal dos dentes superiores vai ocluir na fossa central dos dentes inferiores.

 Alinhamento dental interarco


o Quando o padrão de oclusão é alterado é chamado de mordida cruzada (padrão anormal);
o Utiliza-se o disjuntor palatino para expandir a maxila, para que se tenha os dentes indo para a
posição correta.
 Tem-se duas dimensões verticais para se estudar: de OCLUSÃO e de REPOUSO. Essa são duas medidas
muito importantes para a reabilitação oral, tanto a de oclusão que é a que o paciente mastiga, os
dentes se tocam, quanto a de repouso que é muito importante quando o paciente não tem dente.
 Dimensão Vertical de Oclusão (DVO):
o Altura vertical da face mantida pelas cúspides de contenção
cêntrica (VIPS) dos dentes posteriores da mandíbula e maxila;
(OKESON, 2008)
o A dimensão vertical de oclusão (DVO) é a dimensão vertical da
face, quando os dentes estão em máxima intercuspidação
habitual (MIH) e os músculos contraídos em seu ciclo de potência máxima;

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o Pode-se medir a DVO do paciente;
o Perda da DVO  redução na dimensão do terço inferior da
face. Ao ranger os dentes (bruxismo) pode-se perder a DVO
ou quando o paciente perde os dentes, ou por ter uma
prótese antiga (gasta)
o Reestabelecimento da DVO  Para que se tenha o reestabelecimento da DVO, deve aumentar
o terço inferior da face;
o Consegue-se visualizar depois da colocação de prótese o
terço inferior da face, pode ser uma prótese total, fixa,
removível, sobre implante.

 Métodos para se obter a DVO:


o São usados quando o paciente perde a dimensão vertical
dos dentes por desgaste, ou quando perde o próprio dente;
o Fotos antigas podem servir de guia para o clínico ter uma
ideia das proporções faciais antes da perda da DVO.
o 1. FONÉTICO O método fonético baseia-se na posição da ponta dos incisivo mandibulares
cerca de 1 mm inferior e lingual à ponta dos incisivos maxilares, durante a pronúncia de
determinados sons, como o /s/;
Exemplos: soar, zoar, Mississipi;
o 2. MÉTRICO  O método das proporções faciais considera
que algumas dimensões faciais são semelhantes á medida da
DVO do paciente, como por exemplo:
 A distância vertical do canto do olho ou da pupila, ao
canto da boca é similar ao terço superior da face;
 A distância vertical da sobrancelha para a asa do nariz é similar a da base do nariz até a
base do mento.
o Uma das vantagens das medidas faciais é que não requerem radiografias ou outros aparelhos
especiais.

 Dimensão Vertical de Repouso:


o Segundo Tallgren (1966) a altura facial de repouso tende a reduzir-se
nos desdentados, à medida que a atrofia avança
o Dimensão vertical da face, quando a mandíbula se encontra sustentada
pela posição postural, ou de repouso fisiológico dos músculos, com os
lábios se contatando levemente. Independe da presença ou não dos
dentes.
Fernandes Neto, 2006
DVR: 57 mm
EFL: 3 mm
___________
DVO: 54 mm
o Logo é a medida do terço inferior da face, onde tem os espaço entre as arcadas, sem os dentes
se contatando. Logo, a medida das duas arcadas em repouso, com a separação entre os dentes
é a DVR.

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o A dimensão vertical de repouso tende a reduzir com o passar dos anos, pois os músculos vão
atrofiando, mas ela vai está presente mesmo em um idoso.

OBS.: O espaço funcional livre (EFL) que é o espaço de pronuncia, gira em torno de 3 mm (é uma
média da população mundial).

 Espaço funcional livre ou espaço de pronuncia:


o DVR – EFL (Espaço funcional livre)= DVO;
o 3 mm;
o Ramfjord e Ash indicam que há grande variação do espaço interoclusal entre diferentes
pacientes e algumas variações no mesmo indivíduo.

 CONFECÇÃO DA PRÓTESE COM A DVO ADEQUADA


1- Medir a DVR;

2- Subtrair 3mm do espaço funcional livre ou espaço de pronúncia para achar a suposta DVO:

DVR – DVO = EFL  DVO = DVR – EFL

3- Moldar o paciente;

4- Ajustar o molde de cera seguindo alguns critérios de oclusão até chegar na


medida da DVO pressuposta e testar no paciente, fazendo os testes

5- Mandar para o laboratório para confeccionar a prótese.

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 Posicionamento e Oclusão:
 Transpasse Vertical (overbite)
 É a distância que o dente superior ultrapassa ou cobre o dente inferior no sentindo
vertical;
 É a distância em que os dentes superiores se projetam verticalmente sobre os dentes
inferiores, na posição de máxima intercuspidação (sobremordida)

 Mordida Profunda – Overbite excessivo

 Transpasse Horizontal (overjet):


 É a distância em que os dentes superiores se projetam HORIZONTALMENTE sobre os
dentes inferiores, na posição de máxima intercuspidação (sobressaliência).
 É o tanto que o incisivo superior se projeta em relação ao incisivo inferior, só que no
sentido horizontal;

 Sobressaliência Excessiva (overjet exagerado ou transpasse horizontal exagerado)

 Classificação de Angle (1899):

1. É uma classificação dentária;


2. É ântero-posterior;
3. É estática;
4. É intra-bucal.
 Angle classificou a relação entre as arcadas em uma vista lateral, ou seja no sentindo ântero-posterior, é uma
classificação estática, é exclusivamente dentária, então não tem como fazer a avaliação do indivíduo com a boca
fechada, tem-se que olhar os dentes para dizer a classificação;
 Classe I  Normal, abrange a maioria da população;
 Classe II  Os dentes da maxila ou a maxila estão projetados para frente em relação à mandíbula;
 Classe III  Os dentes da mandíbula ou a mandíbula estão projetados para frente em relação à maxila.

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 Classificação I de Angle:
 A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco central
vestibular do primeiro molar inferior.
 É tida como normal;
 É a mais encontrada na maioria dos indivíduos;
 Indivíduos que não tem nenhum problema de maloclusão se encontra nessa
classificação;
 Chave de Oclusão no Molar: A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior
tem que está alinhada com o sulco central vestibular do primeiro molar inferior.
Quando o indivíduo tem essa relação entre esses dentes, pode-se afirmar que aquele indivíduo é Classe I de
Angle pois ele tem chave de oclusão.

OBS.: Para se definir qual a classificação de Angle, precisa-se olhar os dentes referências. Os dentes referência em
relação à classificação de Angle são:

 1º Molar Superior em relação ao 1º Molar Inferior

OBS.: Chave de Canino

 A cúspide inferior projetada à frente da do canino superior.

 Classificação II de Angle:
 Os dentes da maxila estão projetados para frente em relação aos dentes da mandíbula;
 Isso pode acontecer de forma esquelética ou de forma dentária se a pessoa nascer com
agenesia por exemplo de alguns elementos dentários, mas normalmente é esquelética;
 A cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui no espaço entre a cúspide
vestibular do primeiro molar inferior e a face distal da cúspide vestibular do segundo
pré-molar;
 Apresenta uma subdivisão:

o Classificação II – Divisão 1:
 Protrusão dos incisivos superiores que apresentam uma inclinação axial
labial. A forma da arcada se assemelha à um “V”, está geralmente
associado com funções musculares anormais, respiração bucal ou
hábitos de sucção de dedo ou língua;
 Os pacientes que fizeram o uso de chupeta ou interposição digital por
muito tempo acabam por modificar a direção do crescimento dos arcos, modificando o formato
do palato;
 Cria-se uma mordida aberta, perde-se a tonicidade dos músculos do lábio, altera as funções de
respiração, de selamento labial, acaba tendo uma interposição da língua;
 O paciente que tem esse formato em “V” geralmente associado com funções musculares
anormais tem hábitos de sucção de dedo ou interposição do dedo;

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o Classificação II – Divisão 2:
 Incisivos superiores com inclinação axial vertical ou lingual. Arco superior
geralmente achatado na região anterior (com isso os incisivos centrais
ficam mais verticais e o lateral sai um pouco para fora), existe uma
sobremordida vertical excessiva, e o arco inferior apresenta
frequentemente curva de Spee exagerada. Função muscular e respiração
normais;
 A causa NÃO está associada à interposição digital ou ao uso de chupeta, a causa nesse caso é
CONGÊNITA, logo é genético;
 Geralmente é um paciente de mordida profunda com a curva de Spee bem fechada;
 Logo um paciente classificação 2 divisão 2, vai achar um paciente com a mordida profunda, que
cobre os dentes todo, com um overbite bem excessivo mas pode ter um paciente que na região
anterior parece “normal”, mas no exame cefalométrico está com o incisivo central bem vertical,
e as vezes o incisivo lateral está um pouco mais para fora, então se acha as duas situações.

o Classificação III de Angle


 “Boca de Piranha”;
 O primeiro molar inferior encontra-se em posição mesial na relação com
o primeiro molar superior. A cúspide mésio vestibular do primeiro molar
superior oclui no espaço entre a cúspide distal do primeiro molar inferior
e a cúspide mésio-vestibular do segundo molar inferior;
 Oclusão “topo a topo”  O borda incisal do dente superior oclui com o
borda incisal do dente inferior, ou até projetado para frente às vezes
e tem a mandíbula projetada para frente, que na maioria das vezes é
um problema esquelético, então o classe III na maioria das vezes tem
que fazer uma cirurgia ortognática;
 Os dentes da mandíbula estão uma cúspide a frente do que os dentes
da maxila;
 A cúspide referência ao invés de está no sulco central vestibular, está
uma cúspide atrás, próximo do segundo molar inferior.

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Odontologia Legal e Antropologia Forense –
8º Semestre - 1ª Unidade – Aula 1 – Noções de  Outras formas de ação:
Traumatologia Forense  Quando estes modos de ação se associam, a
lesão passa a ser chamada de mista:
 Traumatologia Forense:  Pérfurocortante:
 Estuda as ofensas à integridade física ou à o Faca, canivete, espada, punhal, estilete,
saúde produzidas por agentes: peixeira.
 Mecânicos;
 Cortocontudente:
 Físicos; o Machado, guilhotina, enxada, facão,
 Químicos; foice, dentes.
 Biodinâmicos.  Pérfurocontudente:
 A traumatologia forense estuda os aspectos
o Projétil de arma de fogo, ponta de grade
médicos-jurídicos das lesões causadas pelos de ferro, ponteira de guarda-chuva;
agentes lesivos;  Lácerocontudente:
 Trauma é o resultado da ação vulnerante que o Acidentes com trem ou automóvel.
possui energia capaz de produzir a lesão
(alteração no indivíduo);

 Agentes mecânicos:
 São agentes que atuam pela energia
mecânica;
 Essa energia modifica o estado inercial
(repouso ou movimento) de um corpo em
agente agressor e produzindo lesões em todo
ou em parte do outro corpo;
 Forma de ação/atuação: agem por contato e
diretamente sobre a superfície atingida,
atuando por:
 Somente Pressão; 1. AGENTES PERFURANTES (FERIDAS PUNCTÓRIAS):
 Pressão e Deslizamento;  Instrumento ou agentes finos, alongados,
 Choque, acompanhado ou não de pontiagudos (punctórios) de diâmetro
deslizamento; transversal (secção) extremamente reduzido
 Três tipos de lesões simples: em relação ao seu comprimento, produzindo
 Punctória; lesões punctórias ou punctiformes;
 Incisa;  Atuam por pressão sobre um determinado
 Contusa. ponto e penetram a superfície geralmente
afastando as fibras dos tecidos atingidos;
 Formas de Ação:  Exemplos: prego, espinho, agulha, estilete,
FERIDA MODO DE INSTRUMENTO TÍPICO garfo, espeto (de churrasco), seta, florete,
PRODUÇÃO furador de gelo e outros;
PUNCTÓRIA Pressão em um Prego, alfinete, agulha,
ponto furador de gelo, estilete
 As lesões podem matar ou não;
INCISA Deslizante Navalha, bisturi, lâminas,  A gravidade da lesão não vai ser determinada
maior que estilhaços de vidro, folha pelo tipo da lesão, nem pelo tipo do
pressão de papel, linha de cerol instrumento e sim pela extensão e local do
CONTUSA Choque (pode Martelo, marreta, caibro, dano;
haver ou não tonfa, cassetete, soco
deslizamento) inglês, bastão, pedra

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 Características: 1.2. Trajetória:
1.1. Orifício de entrada: o Retilínea;
o Diminuto, circular ou fusiforme; o Depende do tamanho do instrumento e
o De pouco sangramento externo; da pressão utilizada pelo agressor;
o Recoberto por uma crostícula sero- o Predomina a profundidade
hemática; (comprimento) sobre o diâmetro;
o Mas a lesão pode ocasionar importantes o Termina em fundo cego (fundo de saco –
lesões internas: lesão penetrante);
- Perfurações de órgãos, vísceras ou o Pode ser transfixante com orifício de
hemorragias. saída semelhante ao de entrada;
o Seguem a elasticidade e contratilidade o Não se pode relacionar comprimento do
da pele (Leis de Filhós e Langer); instrumento com profundidade da
Leis de Filhós e Langer penetração:
- O instrumento pode não penetrar
 As feridas punctórias ou puntiformes sofre ação toda a extensão;
das linhas de tração da pele, podendo tomar a forma - A posição da vítima pode variar;
de botoeira ou casa de botão, ponta de seta, quando - A profundidade pode ser maior que o
na confluência de regiões de linhas de força comprimento dos instrumentos
diferentes; e pode ter forma bizarra de acordo com a (depressibilidade dos tecidos).
confluência de linhas de tração;

 As leis de Filhos e Langer são as características das 1.3. Características das lesões perfurantes:
feridas punctórias: o Sua exteriorização é em forma de ponto;
o Abertura estreita;
 Numa mesma região, a direção da lesão é o Pouco sangramento;
sempre a mesma; o Pequenas machas na pele, geralmente
 Qualquer pessoa que seja ferida numa mesma de menor diâmetro que a do
região, a direção da ferida será sempre a instrumento causador, devido à
mesma; elasticidade e retrabilidade dos tecidos
 Quem dá a direção da ferida é a fibra; cutâneos.
 A ferida produzida por um instrumento o Orifício de saída:
perfurante é achatada, alongada, como se - Em geral mais irregular e de menor
tivesse sido produzida por um instrumento diâmetro que o de entrada;
perfurocortante de dois gumes (ex. Punhal); - Muito parecido com o de entrada;
 Onde há cruzamento de fibras a ferida toma o - Bordas discretamente evertidas.
aspecto de figura geométrica.
2. AGENTES CORTANTES:
 Atuam por pressão e deslizamento (pressão e
deslocamento), com “gume afiado”, atingindo
a superfície em ângulos variados, produzindo
feridas incisas ou ferimentos incisos;
 Exemplo de instrumentos: navalha, gilete,
cutelo, bisturi, lâminas metálicas afiladas,
papel, guilhotina, estilhaços de vidro, capim-
navalha e outros;

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2.1. Características: o Evisceração (haraquiri);
o Regularidade e nitidez de suas margens e o Lesões de defesa.
bordas;
o Hemorragia quase sempre abundante;
o Predomínio de comprimento sobre a 3. AGENTES CONTUNDENTES:
profundidade;  Atuam por choque de superfícies;
o Afastamento das bordas da ferida devido  O choque de superfícies pode se dar de forma:
à elasticidade e tonicidade dos recidos o Ativa (quando o instrumento é projetado
(mais acentuada nas lesões post-mortem); contra a vítima) ou;
o Bordas com coaptação perfeita, ou seja, o Passiva (quando a vítima vai ao encontro
quando aproximamos as bordas elas se do objeto, por exemplo, uma queda) ou;
fecham perfeitamente; o Mista (ambos em movimentação);
o Presença de “cauda” (fim do corte, onde  Formas lesivas:
está a parte menos profunda): o Compressão, que determina
- O instrumento cortante não penetra por esmagamento;
igual em toda a extensão da ferida. Nas o Contato tangencial, por atrito;
extremidades esta é menos profunda que o Tração, que pode produzir arrancamentos
no centro, tanto menos profunda quanto e lacerações;
mais próxima de seu início ou término; o Sucção;
o Explosão, que decorre do aumento
2.2. Ferida Incisa: primário ou secundário da pressão
o O instrumento penetra os tecidos em interna.
direção mais ou menos perpendicular à
superfície do corpo;  Devido à elasticidade da pele, esta se
conserva integra e a lesão se produz em nível
2.3. Ferida Incisa com Retalho: profundo.
o Quando o instrumento, penetrado muito  São várias as lesões superficiais, e com exceção
obliquamente, deixa pendente do corpo da escoriação, somente ocorrem em corpos
uma parte, presa por uma das com vida:
extremidades; LESÕES SUPERFICIAIS
3.1. ESCORIAÇÃO:
2.4. Ferida incisa Mutilante:
o Quando há perda de segmento corpóreo. - O atrito (deslizamento)
Nesse tipo de ferimento destaca-se o provoca o arranhamento da
esgorjamento, a decapitação e a degola. epiderme e desnudamento da
derme;
2.5. Feridas Especiais: -Ação mecânica tangencial do
o Esgorjamento: instrumento, que deixa a derme ao descoberto
- Ferida na parte anterior do pescoço; por arrancamento da epiderme;
- Sua profundidade é variável, podendo
até chegar à coluna vertebral; -É comum nas quedas (lesões nos joelhos,
o Degolamento: cotovelos);
- Ferida na parte posterior do pescoço;
-Ocorre formação de crosta que pode ser:
- Secção quase total do pescoço;
o Decapitação;  Serosa (linfa) – coloração amarelada;
- Quando há a separação total da cabeça
do restante do corpo;
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 Hemática e serosa (mistura de sangue na
serosidade) – coloração castanha ou amarronzada. 3.3. BOSSAS:

- No cadáver, por não haver circulação, não se - Quando o derrame sanguíneo não encontra
formarão crostas; condições de se difundir e forma coleções
localizadas (ex.: “galo”);
- A recuperação se dá em prazo curto;
- As bossas podem ser sanguíneas quando o
-Interesse jurídico: arrastamento, líquido, não podendo se espalhar, forma uma
atropelamento, lesões de defesa (unhadas), etc. coleção (especialmente sob o couro cabeludo
3.2. EQUIMOSE: “galo”) ou linfática, quando seu conteúdo for
linfa;
- Quando há rompimento
de vasos e derrame - O instrumento contundente age sobre a
sanguíneo infiltrando os superfície corporal em que há tecido ósseo
tecidos e, com isto, abaixo e com musculatura muito tênue;
produção de mancha de - Rompendo-se o vaso, forma-se a bossa
variado tamanho, conforme a extensão da área sanguínea.
que sofreu o choque;
3.4. HEMATOMA:
- Contusão mais frequente e mais importante
na prática; - É semelhante à equimose, porém, trata-se de
um rompimento de um vaso maior, portanto, o
- O tecido externo apresenta-se íntegro; sangramento é mais violento a ponto de
- O material extravasado vai ser reabsorvido e descolar a pele, formando uma verdadeira
isto provoca uma variação cromática que vai do bolsa de sangue;
início ao pleno reparo da lesão; - Ocorre em locais de tecido frouxo, mole;
- É o chamado espectro equimótico que serve
- Com o passar do tempo o organismo absorve
para: o sangue, havendo ali, as mesmas variações de
 Avaliar a data da lesão ou; cores, da equimose, só que processo será mais
demorado.
 Se ocorreram várias lesões em dias
diferentes; 3.5. RUBEFAÇÃO:

- Podem produzir equimoses: compressão - A pressão libera histamina, que dá


(soco, pontapé, paulada, chicotada), tração vasodilatação;
(beliscão), sucção (beijo) e esforço (aparece - Encontra-se nas compressões e nas irritações
geralmente nos olhos). agudas ou crônicas;

ESPECTRO EQUIMÓTICO DE LEGRAND DU SAULLE - Alguns autores não a consideram lesão porque
COR EVOLUÇÃO EM DIAS não há saída de sangue dos vasos.
Vermelho-Violáceo 1 – 2 dias
Azulado 3-6 dias 3.6. EDEMA TRAUMÁTICO:
Esverdeado 7-12 dias
- Aumento do líquido extracelular e
Amarelado 12-20 dias
Normal Após 20 dias extravascular, provocando distensão com
limites nítidos, por vezes com a forma do
instrumento.
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3.7. LACERAÇÃO (LESÃO LACEROCONTUSA): 3.13. ROMPIMENTO DE ÓRGÃOS:

- Resulta da ação mais ou menos tangencial do - Decorrente de fratura.


instrumento, que pela força de arrasto ou de
tração, acaba por provocar esgarçamentos ou  LESÕES MISTAS:
dilacerações dos tecidos, sem exibirem a 1) PERFUROCORTANTES:
 Provocadas por
relativa nitidez das cortocontusas.
instrumentos de ponta e
LESÕES PROFUNDAS gume que atuam pela
perfuração e cortam os
3.8. LUXAÇÃO: planos atingidos pelas suas
- É afastamento repentino e duradouro de uma bordas afiadas:
das extremidades;  Um só gume: faca, canivete, espada,
baioneta, hastes da tesoura;
- Quando as superfícies articulares perdem  De dois gumes: punhal, faca vazada;
contato, ainda que temporariamente.  De três ou mais gumes: triangulares, lima.
 Agem por pressão e secção;
3.9. ENTORSES:
 Tem gravidade variável, de acordo com o
- Tracionamentos e contusões que distendem agente e com os planos atingidos;
ligamentos.  Possui características de lesões cortantes e
perfurantes (incisa e perfura o tecido);
3.10. FRATURA:  Lesões de defesa ocorrem quando a vítima
reage a uma agressão do agente, podendo
- É a solução de continuidade, parcial ou total
sofrer cortes nos braços, mãos e pés;
dos ossos submetidos à ação de instrumentos
 Características:
contundentes;
 A lesão possui o formato do agente
- Pode ser fechada ou exposta; completa ou causador:
incompleta; única, múltipla ou cominutiva; em “galho o Instrumento de 1 gume deixa
verde”, transversa, oblíqua, longitudinal, espiral ou aspecto de uma casa de botão;
em mapa mundi. o Instrumento de 2 gumes deixam
fendas de bordas simétricas unidas
3.11. ROTURA VISCERAL: nas extremidades por ângulos
agudos;
- Resulta do aumento de pressão, mais ou menos
o Instrumento de 3 gumes deixam
localizado, que faz explodir vísceras ocas com
aberturas estreladas.
conteúdo líquido (bexiga, vesícula, estômago) ou
dilacera vísceras maciças por tracionamento ou
2) CORTOCONTUDENTES:
penetração.
 São provocadas por
instrumentos que, mesmo
com gumes, têm a sua
3.12. ESMAGAMENTO: principal ação pela
contusão, pela pressão
- Provocado por compressões violentas de grandes
devido ao seu próprio peso;
massas (desabamentos, acidentes de trânsito, prisão
 Sua gravidade depende do
entre ferragens) ou por ondas de
ângulo de incidência, da superfície atingida e
pressão/descompressão alternadas (explosões).
da força de impacto;

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 São lesões sempre profundas e graves, com REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
destruição de tecidos, inclusive com fraturas;
 Exemplos de instrumentos: foice, facão, Odontologia Legal & Antropologia Forense, 2ª edição -
machado, enxada, rodas de trem, guilhotina, VANRELL, Jorge Paulete.
serra elétrica etc;
 No corpo humano, apenas a mordida dos
incisivos e as unhas são capazes de causar
lesões desse tipo.
 Características:
 Bordas nítidas e regulares, se o
instrumento tiver gume afiado;
 Bordas irregulares com equimoses nas
adjacências, se o seu corte não for
afiado, predominando, neste caso, o
peso do instrumento e a força que foi
aplicada.

3) PERFUROCORTANTES:
 São lesões que causam perfuração e ruptura
dos tecidos.
 O projétil é o mais típico agente
perfurocontundente:
 É composto de chumbo e revestido ou
não por outros metais;
 Possuem formas variáveis: cilíndricas ou
ogivais;
 As munições podem ter carga simples ou
única (revólver) ou múltiplas
(cartucheiras).
 Características do ferimento:
 Bordas irregulares;
 Predomínio da profundidade;
 Caráter penetrante ou transfixante.

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Odontologia Legal e Antropologia Forense –  Munição:
1ª Unidade – Aula 2 – Lesões por Arma de Fogo e  Os projéteis podem ser únicos ou
Pilares de Força múltiplos (bagos de chumbo, nas armas
de caça);
 As armas de fogo são instrumentos que utilizam a  Devido à aerodinâmica, os projéteis
grande quantidade de gases produzidos pela tendem a ser ogivais na extremidade
queima instantânea de uma carga (pólvora ou que se constitui na frente de avanço;
sucedâneo) como forma de propulsão dos
 De modo a aumentar o seu poder
projéteis. vulnerante, os projéteis podem
apresentar modificações que facilitam
 Classificação das Armas de Fogo: sua deformação, multiplicando o seu
 Pode ser feita de acordo com:
poder devastador, utilizando:
1. O uso: de caça, de esporte ou de defesa; o Uma aleação mais maleável ou
2. O comprimento do cano: curtas e longas; menos dura que o resto do núcleo
3. O acabamento interior do cano: lisas ou (projéteis soft nose);
raiadas; o Modificações estruturais que
4. O calibre: .22, .38, 12, 16, 36 etc; facilitam a sua ruptura/expansão
5. O funcionamento: de repetição, (projéteis ponta oca, hollow point
automáticas ou semi-automáticas; ou dundum).
6. A velocidade do projétil: baixa ou alta.  Os orifícios de entrada podem ser:
o Circulares (90°);
 Em criminalística, se classifica também em: o Ovais ou arredondados (ângulo
1. Armas de mão: pistola, revólver, etc; diverso de 90°);
2. Armas de ombro: fuzil, carabina, etc. o Tangencial, de acordo com o ângulo
de incidência.
 Armas:
 Calibre:
 Mecanismo de disparo:
 Nas armas de alma lisa, é determinado
pelo número de esferas de chumbo
(balins), de diâmetro igual ao do cano,
que perfazem uma libra de massa (≅
454 g):
o Calibre 12 significa que 12 esferas
de chumbo do diâmetro do cano,
pesam 1 libra.
 Nas armas raiadas, é determinado pela  Critério de Estudo da Lesão:
medida do diâmetro do cano no fundo  As lesões são consideradas:
de duas raias opostas da alma. Pode ser  Pela distância de disparo do alvo:
expresso em: o Disparos apoiados ou encostados, à
o Milímetros: Bélgica (9mm, 7,6mm); distância zero;
o Milésimos de polegada: (Inglaterra: o Disparos próximos, à curta distância
.303, .308); ou à “queima-roupa”;
o Centésimos de polegada (EUA: .45, o Disparos à distância.
.38).  Pelas características de seus orifícios:
o De entrada e de saída.
 Pelo seu trajeto:
o Reto ou não; simples ou múltiplo.

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 Projéteis de Baixa Energia:
1) FERIMENTO DE ENTRADA DO PROJÉTIL:
 É variável segundo a distância do disparo e
conforme o projétil (único ou múltiplo);
 Existem elementos que são comuns a todo
tipo de tiro, independente da distância entre
a arma e a vítima. Esses elementos são
chamados de efeitos primários do tiro.  Efeitos secundários do tiro:
 Efeitos primários do tiro:  Presentes nos disparos à curta distância
 São consequências das ações mecânicas ou à queima-roupa (desferidos contra o
do projétil sobre o alvo e são próprios alvo situado dentro dos limites da região
do orifício de entrada; espacial varrida pelos gases e pelos
 Compreendem o ferimento resíduos da combustão do explosivo
perfurocontuso ou lacerocontuso e as propelente expelidos pelo cano da
orlas; arma);
 O conjunto das 3 orlas abaixo forma o  Neles ocorrem a ação e deposição de
Anel de Fisch; alguns ou de todos os elementos sobre o
 Orla de enxugo ou de alimpadura: corpo ou sobre as vestes da vítima;
o Corresponde a uma delicada área,  Estão sujeitos a uma grande variação,
localizada em torno do ferimento relacionada com:
perfurocontuso de entrada, em que o O tipo e o estado de conserva da
a epiderme é arrancada pelo atrito arma;
do projétil quando penetra, o A qualidade da munição;
deixando exposto o córion: A natureza e/ou a região do alvo
vermelha e brilhante, quando atingido.
recente, e mate e escura após  Os efeitos secundários compreendem as
algumas horas. zonas de contorno.
 Orla de escoriação:  Zona de chamuscamento:
o É produzida pelo projétil quando o É produzida pelos gases
impacta sobre o corpo, quando se superaquecidos resultantes da
comporta apenas como combustão do explosivo propelente
instrumento contundente (inclusive e se forma nos tiros encostados
ao longo do túnel do trajeto); (distância zero) e até a distância de
o Evidencia-se como uma equimose 15m nos revólveres;
cuja extensão e intensidade estarão o É uma zona característica do orifício
em relação não apenas com o de entrada do projétil e é verificada
impacto do projétil como, também, pela ocorrência de queimaduras
com a textura dos tecidos da dos pêlos e da pele da vítima (bem
região: mais ampla quando lassos, como de tecidos, podendo-se dar a
mais estreita e menos evidente combustão das vestes quando estas
quando mais firmes ou se interpõem no local atingido e são
consistentes. de fios sintéticos).

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 Zona de esfumaçamento:  Sinal de Puppe-Werkgarten:
o Constituída por grânulos de fuligem o Queimadura pela estampa do cano
resultantes da combustão da carga da arma, no disparo apoiado.
propelente;
o É superficial e se deposita apenas
sobre a pele e/ou vestes
interpostas, em torno do orifício de
entrada;
o É facilmente removida da região 1. Marca do cano, com a massa de mira, em volta do orifício de
por lavagem com bucha, água e entrada. 2. Esquema de marca deixada por arma de cano duplo,
sabão; na qual disparou apenas o cano da esquerda.

o Aumentando a distância entre a


 Sinal do telão de Raffo:
boca de fogo e o alvo, cresce o
o Zonas, decorrentes da combustão
diâmetro da zona de
da carga do cartucho e dos gases
esfumaçamento, cuja concentração
produzidos, sobre as vestes, que
diminui no centro para a periferia,
servem de anteparo (telão ou
com crescente perda de nitidez nos
biombo);
limites.
o Sinal do desfiamento em cruz, sinal
 Zona de tatuagem:
do cocar e sinal de decalque.
o É composta por partículas de carvão
e de grânulos de pólvora
incombusta, dispersas em torno do
orifício de entrada, de bordas
deprimidas, cujo diâmetro cresce
progressivamente até perder-se a
energia cinética de cada corpúsculo. 1. Sinal do desfiamento em cruz nos disparos encostados.
o Em alguns tipos de disparos, podem 2. Sinal do cocar. 3. Sinal do decalque.
ser observados casos especiais;
 Câmara ou boca de mina de Hoffmann:  Funil de Bonnet:
o Orifício de o Escariação em forma de funil, cuja
grande “boca” aponta para o local em que
tamanho, o projétil sai do osso, notadamente
estrelado, de os planos.
bordas
laceradas,  Lesão em “buraco de fechadura”:
evertidas e o Ocorre nos ossos da abóbada
irregulares, com descolamento dos craniana, quando o projétil atinge a
tecidos do crânio, aspecto da calota craniana bem
cratera de uma mina, nos disparos tangencialmente, mas com
encostados ou apoiados no crânio. inclinação mínima suficiente para
 Sinal de Benassi: poder entrar.
o Esfumaçamento da tábua externa
dos ossos do crânio, em casos de
tiro encostado.

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2) TRAJETO DO PROJÉTIL: 2) TRAJETO DO PROJÉTIL:
 Diferente de trajetória (fora da arma e fora do  Pode seguir caminho reto ou em ziguezague,
corpo), o trajeto representa o caminho, reto dependendo do ricochete dentro do corpo;
ou não, seguido pelo projétil dentro do corpo;  Encontra-se rodeado por uma zona de
 Não havendo orifício de saída, se entende até necrose e laceração, por fora da qual há uma
o fundo-de-saco onde se aloja o projétil; intensa infiltração hemorrágica.
 Trata-se de um túnel cavado pelo projétil
durante sua penetração. 3) FERIMENTO DE SAÍDA DO PROJÉTIL:
 Cavidade temporária:  É um orifício que tanto pode ser maior que o
 É o limite do deslocamento temporário de entrada ou menor, o que pode levar a
dos tecidos pelo efeito hidrostático, conclusões errôneas quanto à direção do
quando o projétil passa. disparo;
 Cavidade permanente:  Poder ser regular ou irregular;
 É o túnel ou orifício permanente deixado  Possui bordas evertidas e, em geral, com orla
pelo projétil devido sua ação cortante e equimótica ou de contusão.
esmagadora.

3) FERIMENTO DE SAÍDA DO PROJÉTIL:


 Independe da distância do projétil;
 Possui as seguintes características:
 Orifício maior que o de entrada, devido
aos fragmentos arrastados pelo projétil;
 Formato irregular;
 Bordar evertidas;
 Sem orla de enxugo e de escoriação;
 Pode apresentar orla equimótica ou de
contusão.

 Projéteis de Alta Energia:


1) FERIMENTO DE ENTRADA DO PROJÉTIL:
 É variável, podendo ser congruente com o
diâmetro do projétil ou:
 Assumir um diâmetro muito maior;
 Assumir forma estrelada que lembra um
orifício de saída;
 Assumir forma de uma mina se Hoffman
(sem suas características, já que não se
trata de tiro encostado).
 Em geral, resultam de disparos à distância,
originários de armas de fogo curtas ou
longas.

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PILARES DE FORÇA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 A face é a região mais exposta do crânio e, Odontologia Legal & Antropologia Forense, 2ª edição -
portanto, mais sujeita a traumatismos provocados VANRELL, Jorge Paulete.
por impactos diretos;
 Porém, a face também apresenta zonas de
proteção a estes impactos através de pilares e
regiões de maior espessura óssea, chamadas de
zonas de resistência, cuja função é proteger
órgãos importantes, como os olhos, estruturas
neuromusculares e também órgãos vitais como o
cérebro;

 Pilar CANINO:
 Inicia no alvéolo do canino e termina na
extremidade medial da borda supra-orbital,
com trajetória lateral à cavidade nasal.

 Pilar ZIGOMÁTICO:
 Inicia no alvéolo do 1º molar superior e segue
até o osso frontal, passando pela lateral da
órbita;
 Possui uma ramificação sobre os ossos
zigoma e temporal, conectando os dois ossos
(arco zigomático).

 Pilar PTERIGOIDEO:
 Inicia-se no alvéolo do 3º molar e passa para
o processo pterigoide do esfenoide pelo
processo piramidal do palatino.

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Odontopediatria 1 – 6º Semestre- o O epitélio oral primitivo vai
1ª Unidade – Aula 2 – Odontogênese penetrando, invadindo a região
do ectomesênquima;
(PARTE 1)
 Vão ocorrendo algumas
 Odontogênse: transformações que vem vindo da
 É a formação, origem do dente; região do epitélio oral primitivo, depois
 Os tecidos que formam o dente são: as transformações ainda... Vai se notar
DENTINA, ESMALTE e POLPA; que em determinada fase vai ser
 OBS.: A formação do dente começa observado o formato da coroa do
em ponta de cúspide; dente, a forma do dente;

 Processo de desenvolvimento do dente:  A coroa do dente se forma primeiro,


 No terço inferior da face na região da depois vem a formação da raiz;
cavidade oral primitiva (estomodeu)  Dentro do processo de
vai-se ter um espessamento do epitélio. desenvolvimento crânio facial, nas
Vão surgir duas regiões de epitélio: duas regiões do processo maxilar e do
epitélio oral primitivo, de onde vai se processo mandibular vai surgir o
desenvolver o germe dentário. espessamento de epitélio
 Epitélio oral primitivo: odontogênico. O processo maxilar e o
o Esse epitélio vai se proliferar, vai processo mandibular vão se fundir
invadir o ectomesênquima, só que para formar maxila e mandíbula e
esses dois tecidos não vão se nessa região de maxila e mandíbula
misturar, sempre vai saber onde é que vai ocorrer o processo de
epitélio e ectomesênquima; odontogênese, pois a odontogênese é
o Esse epitélio é o tecido que vai a formação dos dentes e os dentes
revestir a cavidade oral primitiva; estão alojados na maxila e na
o A partir desse epitélio vão ocorrer mandíbula;
algumas alterações, como a  Com 38 dias de vida intrauterina, já se
proliferação no sentido do tem os processo maxilares e nasais
ECTOMESÊNQUIMA (tecido lateral/medial fundidos, que se fundiu
conjuntivo embrionário da região na região medial, região anterior e
da cabeça que está abaixo do formou essa região de maxila e
epitélio oral primitivo). mandíbula mais abaixo, a partir da
fusão dos dois processos mandibulares
na região medial;

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 O epitélio odontogênico vai está sobre  A proliferação celular leva à
essa região tanto na maxila quanto na formação de crescimentos epiteliais
mandíbula. para dentro do ectomesênquima nos
 Boca primitiva: locais dos futuros dentes decíduos
 Revestida por epitélio oral primitivo; (dente de leite);
 É um espaço, é uma cavidade, logo  A partir desses instante, o
na lâmina identifica como branco; desenvolvimento dos dentes
 O epitélio oral primitivo se prolifera e prossegue nos estágios de: BOTÃO,
forma a: CAPUZ, CAMPÂNULA, COROA e RAIZ;
 Banda epitelial primária. Nesse ponto OBS.: Tanto os dentes decíduos como
existe uma quantidade maior de os dentes permanentes vão passar
células epiteliais e essa região de pelas etapas que irão ser estudadas,
proliferação recebe o nome de: porém fala-se primeiro dos decíduos
banda epitelial primária; pois eles são formados primeiro.
 Para ser iniciado o processo de formação
do dente vai ocorrer proliferação desse
epitélio, começa-se a ter a proliferação
celular conhecida como banda epitelial
primária, nessa região começa a ter mais
camadas do epitélio, se antes tinha 5
camadas, naquela região começa a ter
8, 10 camadas;
 Após 37 dias de desenvolvimento:
 Uma banda contínua de epitélio
espessado se forma ao redor da boca
nas futuras maxilas e mandíbula:
 Proliferação do epitélio oral
primitivo;
 Formato de ferradura;
 Posicionamento correspondente aos
futuros arcos dentários superior e
inferior.
 Banda epitelial primária:
 A partir da banda epitelial primária
vão ser originadas duas regiões:
 Lâmina Dentária: se forma primeiro e
vai originar o dente;
 Lâmina Vestibular: se forma logo
depois e posicionada em frente à
lâmina dentária. Ela vai originar a
região do vestíbulo.
1. LÂMINA DENTÁRIA:
 A lâmina dentária origina o germe
dentário e esse se desenvolve para
formar os dentes;
 É responsável pela formação dos
dentes;
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2. LÂMINA VESTIBULAR:
 A banda epitelial primária sofre
degeneração das células centrais,
dando lugar a uma fenda, que é o
vestíbulo;
Formará o futuro fundo de saco do
sulco vestibular (localizado entre a
bochecha/lábios e os arcos
dentários);
Sulco vestibular = vestíbulo;
A região do vestíbulo fica diretamente
relacionada com as arcadas;

1. Lâmina vestibular em formação;


2. Germe dentário na fase de botão
(1ª fase da odontogênse);
3. Lâmina dentária primária

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 O ectomesênquima subjacente
apresenta uma discreta condensação
de células em torno da parte mais
profunda do botão epitelial;
 O botão é de origem epitelial, assim
como a lâmina dentária também é de
origem epitelial;
 A região que está mais perto do fundo
do botão é o ectomesênquima, que
vai interessar para nós, pois mais tarde
essa região vai se formar a papila
dentária (responsável pela formação
da dentina e polpa) e o botão
dentário vai evoluir para mais tarde
formar o órgão do esmalte (vai formar
o esmalte);
 (Continuação...)  Obs.: Diferença entre BOTÃO e CAPUZ:
Fases da Odontogênese:  O botão é mais arredondado e a
fase de capuz começa-se a ter
1. FASE DE BOTÃO: uma região de concavidade.
 É a primeira fase da odontogênese;  Enquanto se tem um germe dentário
 A lâmina dentária passa apresentar, em uma fase, já se tem outro germe
em alguns locais, atividades mitóticas dentário em outra fase.
diferenciais. A proliferação vai
invadindo o ectomesênquima;
 A partir da 8ª semana de vida
intrauterina: em cada arco, originam-
se dez pequenas esférulas (são os
germes dos decíduos) que invadem o
ectomesênquima – início da formação
dos GERMES DECÍDUOS. Essas esférulas
são regiões da lâmina dentária;
 O geme dentário vai dar origem a um
dente, porém todos não vão está na
mesma fase da odontogênese pois os
dentes não desenvolvem-se todos ao
mesmo tempo, mesmo sendo o
mesmo processo de formação, tem-se
períodos diferentes;
 As células epiteliais apresentam pouca
ou nenhuma alteração (são
indiferenciadas) na forma ou função,
logo estas células estão em alta
atividade proliferativa, passando por
sucessivas mitoses, são células
indiferenciadas;
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 A região de origem epitelial, que  Botão epitelial: tem uma intensa e
antes chamava de botão vai evoluir, ativa proliferação;
continuar proliferando, só que vai ter  Condensação de células
um achatamento na região de baixo, ectomesenquimais: fisicamente
formando uma concavidade; responsável pela concavidade do
capuz, pois como estão concentradas
2. FASE DE CAPUZ: embaixo do botão e este quer
 Continuação da proliferação crescer, vai ter que crescer para as
epitelial: o botão apresenta um laterais;
crescimento desigual, adotando uma  Crescimento maior da borda do
forma de boné ou capuz; botão epitelial, dando origem à
 Não vai ser mais redondo como era cavidade;
na fase de botão, vai apresentar uma
região de concavidade,  ÓRGÃO DO ESMALTE:
achatamento da parte mais
profunda do botão;
 Aumento da densidade celular
imediatamente adjacente ao epitélio
em crescimento – condensação do
ectomesênquima;
 Essas células ectomesenquimais são
ineficazes na produção de
substância fundamental, por isso não
se separam;
 A região ectomesenquimal vai
continuar na sua proliferação;
 Se tem que crescer e pela região de
 O órgão do esmalte é dividido em três
baixo não da, vai-se crescer pelos
partes:
lados/laterais;
A. Epitélio interno;
 Na fase de capuz as células ainda
B. Epitélio externo;
são INDIFERENCIADAS;
C. Retículo estrelado;

 A porção epitelial que parece um


capuz é chamada de ÓRGÃO DO
ESMALTE;

 Logo chama-se capuz de órgão do


esmalte;

 O órgão do esmalte formará o


ESMALTE do dente, que é a camada
mineralizada superficial encontrada
somente na coroa dos dentes;

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 Esse órgão do esmalte vai ter epitélio proteoglicanas, logo as células estão
interno do órgão do esmalte e vai ter mais afastadas uma das outras;
também epitélio externo o órgão do  As células vão se separando um das
esmalte: outras devido ao MAIOR VOLUME DE
LÍQUIDO dentro do órgão do esmalte;
 Células com forma ESTRELADA, com
vários prolongamentos que
estabelecem contato entre si através
de desmossomas. Logo, essas células
se afastam, por isso elas ficam com
esses prolongamentos, porém elas não
se separam, então mantém o contato
através de junções intercelulares
(desmossomas).

 PAPILA DENTÁRIA:
 Situada abaixo do órgão do
esmalte;
 Epitélio INTERNO do órgão do esmalte:  Está próxima ao epitélio interno do
células localizadas na concavidade órgão do esmalte;
adjacente à condensação  Formada pelas células
ectomesenquimal; ectomesenquimais condensadas;
 Epitélio EXTERNO do órgão do esmalte:  Vai dá origem a duas estruturas do
células localizadas na convexidade dente: DENTINA e POLPA;
externa do capuz.

 RETÍCULO ESTRELADO
 Células da região central do órgão do
esmalte, entre o epitélio interno e
externo;

 Epitélio Oral Primitivo  Órgão do


Esmalte  ESMALTE;

 Ectomesenquima  Papila
Dentária  DENTINA e POLPA
 Entre as células há maior quantidade
de SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL rica em

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 Logo o folículo dentário e o epitélio
 FOLÍCULO DENTÁRIO: externo tem uma relação;
 Células ectomesenquimais
condensadas: formam uma cápsula
que limita a papila dentária e
encapsulam o órgão do esmalte;

 Vai nutrir o órgão do esmalte.

 NÓ DE ESMALTE:
 Está localizado no epitélio interno do
 Vai está ao redor do germe dentário; órgão do esmalte;
 Vai limitar onde é papila dentária,  São grupo de células epiteliais visíveis
dando um limite onde vai ser papila em germes de dentes MOLARES (dentes
dentária; posteriores);
 Vai ter contato com o epitélio  Nessa região do nó do esmalte vai ser
externo do órgão do esmalte; organizada a formação da futura
 Termina do outro lado do epitélio cúspide;
externo;  Cúspide  Pontas, cumes, picos da
 Vai dar origem ao PERIODONTO DE coroa dos dentes;
INSERÇÃO;  Na fase de capuz, observa-se que o
 Periodonto de inserção: conjunto molar tem mais de uma cúspide;
de estruturas que vai ser responsável  Na fase de capuz vai encontrar apenas
pela sustentação do dente tanto na um nó. Posteriormente vão ser formados
maxila quanto na mandíbula. As
estruturas do conjunto são:
A. Cemento;
B. Ligamento Periodontal;
C. Osso Alveolar;
 No folículo dentário vai se encontrar
capilares, esses capilares penetram
o folículo dentário, principalmente
na região do epitélio externo do
órgão do esmalte;
 A NUTRIÇÃO da porção epitelial do
germe dentário provém da
VASCULARIDADE do folículo
dentário;

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outros nós de esmalte (secundários) nas C. Reticulo estrelado
pontas das futuras cúspides em molares.
EXPLICAÇÃO IMAGEM: Fase de campânula.
Germe dentário circundado por trabéculas
ósseas do processo alveolar em formação
 Germe dentário na fase de CAPUZ:  O que vai-se falar a partir de agora é
 Tem-se 3 componentes principais: ectomesênquima (tecido conjuntivo
a. Órgão do Esmalte; embrionário);
b. Papila Dentária;  A região que vai ficar próxima ao
c. Folículo Dentário; epitélio interno do órgão do esmalte,
só que não é epitélio, é
ectomesênquima, chama-se PAPILA
DENTÁRIA;
 O folículo vai está mais bem
determinado na fase de campânula,
vai está mais nítido;
 O folículo acaba próximo a parede
externa do órgão do esmalte;
 O folículo dentário vai nutrir a porção
epitelial;
 Pode ter gemes dentários na mesma
fase, e pode ter germes dentários em
fases diferentes;
3. FASE DE CAMPÂNULA ou SINO;  Estágio de capuz na maxila e estágio
 Diminuição da proliferação das células de campânula na mandíbula: isso é
epiteliais, ou seja, do crescimento do um exemplo de que os dentes
órgão do esmalte; inferiores estão sendo formados antes
 A superfície interna do órgão do dos superiores. Sabe-se isso, ao
esmalte se aprofunda dando ao órgão observar a fase em que se encontra;
a FORMA DE SINO;  Morfodiferenciação:
 O órgão do esmalte apresenta forma  Diferenciação da forma;
de sino, com sua concavidade mais  Durante esse estágio a coroa
acentuada; dentária assuma sua forma final;
 O órgão do esmalte é divido em  Agora vai-se conseguir observar
partes: uma aparência de dente;
A. Epitélio externo do esmalte;  Na fase de capuz não se observa
B. Epitélio interno do esmalte; isso, pois o processo de
diferenciação da forma começa
na fase de campânula;
 Histodiferenciação:
 As células que irão produzir os
tecidos duros da coroa se
diferenciam;
DENTINA e ESMALTE

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 Para se produzir dentina e
esmalte precisa-se de CÉLULAS
DIFERENCIADAS, logo, células
específicas para a produção de
dentina e esmalte, este é o
processo de histodifereciação;
 Células que se precisa ter para formar
 ALÇA CERVICAL:
a dentina  ODONTOBLASTOS;
 Células que se precisa para ter para
formar o esmalte  AMELOBLASTOS;
 Tinha-se observado desde a fase de
capuz que os epitélios externo e
interno são estruturas contínuas:
 Epitélio Externo  REGIÃO
CONVEXA;
 Epitélio Interno  REGIÃO
CÔNCAVA
 Epitélio externo do esmalte:
 Células com forma cuboidal
baixa (mais achatadas).
 Epitélio interno do esmalte:
 No final da fase de coroa as células do
 Células com forma cilíndrica
epitélio externo e interno irão se
baixa (mais alongadas) com
proliferar para formar a bainha
alto conteúdo de glicogênio.
radicular de HERTWIG que induz a
 O retículo estrelado continua a crescer
em volume – maior quantidade de
água e proteoglicanas;
 Aumento da distância entre as células
e seus prolongamentos;
 Os epitélios INTERNO e EXTERNO do
esmalte são contínuos;
 Epitélio interno: começa no ponto
onde o epitélio externo se dobra para
formar a concavidade dentro do qual
as células da papila dentária se
acumulam;
 Encontro do epitélio interno e externo
 ALÇA CERVICAL;

OBS.: O que vai acontecer de muita


novidade vai ser na região do epitélio interno
formação da raiz do dente;
do órgão do esmalte;

 ESTRATO INTERMEDIÁRIO:
 Surge entre o epitélio interno e o
retículo estrelado;
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 É formado por duas ou três camadas  PAPILA DENTÁRIA:
de células pavimentosas;  A papila dentária é separada do
 Vai participar juntamente com o órgão do esmalte por uma lâmina
epitélio interno da formação do basal que emite um conjunto de
ESMALTE; delgadas fibrilas para dentro da zona
acelular*
* É um espaço que inicialmente vai
encontrar na fase de campânula,
porém esse espaço depois
desaparece;
 Entre o epitélio e o ectomesênquima
existe lâmina basal;
 Vai ocorrer uma relação entre epitélio
e ectomesênquima para que ocorra a
formação do dente, então através da
lâmina basal é que vai ocorrer essa
comunicação para que ocorra a
interação entre epitélio e
ectomesênquima;
 As células ectomesenquimais
apresentam-se indiferenciadas na sua
região central, com finas fibrilas
colágenas ocupando a matriz
 Ultra-estrutura do órgão do esmalte no extracelular, junto aos componentes
estágio de campânula inicial; não colágenos como proteoglicanas,
 O órgão do esmalte é suportado pela glicosaminoglicanas e glicoproteínas;
LÂMINA BASAL ao redor da periferia;  Os CAPILARES inicialmente presentes
no folículo dentário começam
também a penetrar a papila dentária
 A LÂMINA BASAL rodeia o órgão do aparecendo em grande número entre
as células;
esmalte no seu contorno total,
separando as células do EPITÉLIO  Os capilares antes só estavam na
região do folículo, mas agora vai se
EXTERNO do FOLÍCULO DENTÁRIO, e as
começar a observar a presença desses
células do EPITÉLIO INTERNO da PAPILA
capilares dentro da papila dentária;
DENTÁRIA;
 É importante que essa papila seja
 As células em forma de estrela do
vascularizada, pois a papila dentária
retículo estrelado são ligadas umas às
outras, às células do epitélio externo vai formar a dentina e a polpa. A
principal característica da polpa
de esmalte e ao estrato intermediário
por DESMOSSOSMOS; dentária é ser um tecido mole,
altamente vascularizado, então isso
 As células do estrato intermediário são
aqui mais tarde vai se transformar em
ligadas umas as outras e as células do
reticulo estrelado e epitélio interno do polpa, então a partir dessa papila
dentária vai-se ter células que vão se
esmalte também por desmossosmo;
tornar odontoblastos para formar a
dentina, e vai ter que formar também
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a polpa dentária, essa polpa dentária de esmalte, pois o dente tem mais de
vai se desenvolvendo a partir disso uma cúspide;
aqui;  A porção da lâmina dentária, entre o
órgão do esmalte e o epitélio bucal se
desintegra;
 O dente continua sendo
 FOLICULO DENTÁRIO: desenvolvimento separado do epitélio
 O folículo dentário é facilmente oral;
distinguido da papila dentária, pois  Logo vai ser cortada essa região entre
numerosas fibrilas colágenas ocupam a lâmina dentária e o órgão do
os espaços extracelulares entre os esmalte e o germe vai continuar seu
fibroblastos foliculares; desenvolvimento independente do
 Essa região do folículo que antes só epitélio oral;
não se observava muito bem, agora  Fragmentação da lâmina dentária:
está bem clara na fase de campânula, formação de agrupamentos de células
então é o mesmo componente epiteliais que normalmente se
daquela época, só que agora está degeneram, mas algumas delas
mais evidente; podem persistir;
 Os fibroblastos foliculares (células)  Na região de desintegração as células
estão circularmente orientados ao epiteliais podem sumir, desaparecer,
redor do órgão dentário e da papila só que algumas podem persistir, então
dentária; vai ser originada a PÉROLA EPITELIAL,
 Ele vem em contato com o epitélio que podem ficar inativas, porém elas
externo do órgão do esmalte, da o podem formar pequenos cistos
limite da papila e termina do lado (alterações), se forem ativadas, Além
oposto, como se fosse uma cápsula; disso dá origem a odontoma e dentes
 O folículo dentário se torna mais supranumerário;
evidente, pois ele passa a envolver
totalmente o germe;
 Existe uma estrutura ao redor do germe
dentário que é mineralizada, tem  PÉROLAS EPITELIAIS:
como se fosse um trabeculado ósseo.  Podem formar pequeno cistos (cistos
Vem como se fosse uma onda, ao de erupção);
redor do germe dentário, ela vai vir de  Podem dar a origem a odontoma;
um lado e de outro também;  Podem ser ativados para dar origem a
 Na fase de capuz comentou se sobre dentes supranumerários;
a presença do NÓ DO ESMALTE, na  Cisto de Erupção  podem atrasar a
região do epitélio interno do órgão do erupção de dentes permanentes;
esmalte. Esses nós de esmalte vão  Odontoma  patologia que parece
originar as cúspides, ponta de cúspide; mini dentes, mini dentículos;
 Os dentes posteriores não tem uma  Dente supranumerário  dente que
cúspide única, não é uma só, então na vem além do número normal da
fase de capuz, quando já está menos arcada dentária;
desenvolvido, vai-se ter um nó de  Na fase de campânula, o osso do
esmalte somente. Só que na fase de processo alveolar em formação
campânula vão aparecer outros nós
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geralmente acaba rodeando  A proliferação celular leva o epitélio
completamente o folículo dentário, interno a se torcer e formar o contorno
constituindo a cripta óssea; da cúspide, ocasionando força no
 Então vai ter uma estrutura óssea epitélio interno em direção aos pontos
abaixo desse germe dentário; onde não há mais divisão celular;
 Tem uma base do osso alveolar, esse  Então o fato de uma parte não ter
germe dentário ele se desliga do divisão, e a outra parte continuar
epitélio oral e essa estrutura de um dividindo vai formar dobras no epitélio
lado e do outro que tem o formato de interno, que vai determinar a forma da
onda vai contornar esse germe coroa do dente, então um ponto não
dentário. Então o germe dentário vai divide mais e ao redor divide. Surge
ficar todo rodeado por estrutura da outro ponto que é o nó secundário;
cripta óssea;  Então já ocorreram dobras, de forma
que foi originado esse formato do
 PROCESSO DE MORFODIFERENCIAÇÃO: dente final;
 O processo de morfodiferenciação é a
origem da forma, não quer dizer que a  PROCESSO DE HISTODIFERENCIAÇÃO:
coroa vai estar pronta, pois coroa vai
ser na fase de coroa;
 O objetivo na fase de campânula é
dar o formato da coroa e originar as
células que vão originar os tecidos
duro da coroa;
 Então morfodiferenciação é alteração
na forma do epitélio interno para que
o dente tenha o seu formato final,
 É no epitélio interno que vai ocorrer
porém é só o formato, pois para a
todo o processo;
coroa está completamente formada
 As células do epitélio interno
precisa-se formar os tecidos duros da
localizadas nos vértices das cúspides,
coroa, que é uma característica da
até então cilíndrica baixas com núcleo
fase de coroa, que é a próxima fase;
próximo à lâmina basal, tornam-se
 Enquanto o germe dentário cresce
cilíndricas altas (logo a célula cresceu,
durante a transição capuz-
teve alteração no seu formato);
campânula, a divisão celular ocorre
 O seu núcleo passa a se localizar do
por todo o epitélio interno do esmalte;
lado oposto à papila dentária -
 Em um ponto particular a divisão
inversão de polaridade;
celular é interrompida porque as
 Essas células se transformam em pré-
células estão começando a se
ameloblastos;
diferenciar em ameloblastos* essa
 As células estavam condensadas e
área representa o local da futura
originaram as papilas dentárias;
cúspide;
 A lâmina basal é a estrutura que vai
* Forma o esmalte. O ameloblasto
estar entre elas;
aparece na região do epitélio interno
 Vai ter interação entre as duas células;
do órgão do esmalte, mas ainda não
 O núcleo subiu, ele sofreu um processo
chegou em ameloblastos, vai começar
de inversão de polaridade, está mais
a se diferenciar em ameloblasto;
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próximo do retículo do estrato  A região do epitélio interno passou por
intermediário; dois processos, aumentou de tamanho
 Na papila dentária adjacente, as e sofreu a inversão de polaridade, se
células ectomesenquimais da região tornou um pré-ameloblasto, aí deu um
periférica, sob influência dos pré- toque para as células da periferia da
ameloblastos, param de se dividir, papila dentária começar o seu processo
aumentam de tamanho e começam de diferenciação. Então essas células
sua diferenciação em odontoblastos; da periferia da papila dentária
 Por um processo de indução essas adiantaram o processo de
células vão estimular as células da diferenciação e se tornaram
periferia da papila dentária a também odontoblastos, uma vez que eles são
começar o seu processo de odontoblastos eles produzem dentina,
diferenciação em odontoblastos, pois essa dentina é chamada de dentina do
papila dentária forma a dentina, esses manto;
odontoblastos vão formar a dentina da  Com a presença da primeira camada
coroa; de dentina, completa-se a
 Diferenciação dos odontoblastos; diferenciação dos pré -ameloblastos em
 Na periferia da papila dentária, na ameloblastos;
borda da papila dentária se tem  Então é um processo chamado de
odontoblastos em diferenciação; indução recíproca - a célula do epitélio
 Uma célula cuboidal baixa não é um interno do órgão do esmalte começa o
pré-ameloblasto, para ser pré- seu processo de diferenciação celular,
ameloblasto tem que acontecer duas se torna pré-ameloblastos, induz a
coisas básicas: aumento de tamanho e célula da periferia da papila a começar
a inversão de polaridade; o seu processo de diferenciação que se
 O pré ameloblasto que vai induzir a torna odontoblasto. O odontoblasto vai
diferenciação das células da periferia produzir a dentina do manto. Essa
da polpa; primeira camada de dentina em
 Após a diferenciação das células da contato com o pré-ameloblasto torna
papila dentária, os odontoblastos essa célula ameloblasto, então indução
aumentam de tamanho e eliminam a recíproca, pois um induz o outro;
zona acelular entre a papila dentária e  Esses eventos (processo de
o epitélio interno do esmalte; histodiferenciação) começam nos
 Logo esse espaço "zona acelular", locais correspondentes às futuras
depois não vai mais ser visto; cúspides do dente e progridem,
descendo pelas vertentes das cúspides
 DENTINA DO MANTO: até a região da alça cervical;
 Os odontoblastos ainda em  Na região do NÓ DO ESMALTE
diferenciação eles passam a secretar a começam os eventos de
primeira camada de matriz de dentina - histodiferenciação, só que esse
chamada de DENTINA DO MANTO; processo vai descendo até região de
 É a primeira camada de dentina alça cervical, para formar a coroa toda,
formada; formar a coroa por completa;
 Seu constituinte mais abundante é o
colágeno do tipo 1; Observação: esmalte não vai ser formado
na fase de campânula, dos tecidos duros

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da coroa entre eles, vai ser formado na
fase de campânula o comecinho da
dentina (dentina do manto) que na
verdade é depositada como uma matriz
orgânica inicialmente, que depois vai sofrer
o processo de mineralização;

 Os odontoblastos vêm da região da


papila dentária (da periferia da papila
dentária);
 Os ameloblastos vêm do epitélio oral
interno do órgão do esmalte;
 O esmalte tem origem epitelial, pois o
órgão do esmalte forma o esmalte, e o
órgão do esmalte vem a partir do
epitélio oral, então o epitélio oral
proliferou e formou uma lâmina, que
proliferou mais e formou o botão, que
proliferou mais ainda e formou capuz e
que esse órgão do esmalte vai sofrer o
processo de diferenciação para formar
ameloblastos para produzir esmalte;
 As células da periferia da papila
dentária vão se diferenciar em
odontoblastos para poder formar
dentina. Isso é de origem
ectomesenquimal, então é de origem
de tecido conjuntivo;
 O dente começa a sua formação na
região mais coronária possível = REGIÃO
DE PONTA DE CÚSPIDE;

Referências Bibliográficas:

KATCBURIAN, Eduardo. Histologia e


embriologia oral: texto, atlas, correlações
clínicas. 3. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2012.

NANCI, Antonio. Ten Cate histologia oral:


desenvolvimento, estrutura e função. 8. ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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Odontopediatria 1 – 6º Semestre – 1ª Unidade  Através desses dois pontos se realiza o
– Aula 4 – Planejamento Integral em plano de tratamento específico para a
Odontopediatria criança;
 O exame clínico é dividido em:
 Odontopediatria Tradicional: 1. Anamnese;
 Visão técnica;
2. Exame Físico:
 Problemas bucais; a. Extrabucal;
 Resolução dos problemas b. Intrabucal;
3. Exames complementares
 Odontopediatria Contemporânea:
 Visão ampla; 1. ANAMNESE
 Indivíduo de forma individualizada; É a coleta de dados que irão compor o
 Promoção da saúde;
panorama físico e psíquico, passado e
presente do paciente, realizada através
 Preventiva que considere o paciente de entrevista, com o objetivo de se obter
integralmente, envolvendo-o no o maior número de informações.
tratamento a ser executado e
 A entrevista deve ser/ter:
individualizando cada caso;  Ordenada;
 Linguagem Adequada;
 Criança como um todo:  Direcionada aos pais/responsáveis;
 Aspectos familiares;  Foco principal na criança;
 Aspectos econômicos;  A arte de saber ouvir  Ouvir bem;
 Aspectos sociais;  Obter informações referentes aos
 Aspectos culturais; dados pessoais, perfil psicológico da
criança, histórias dentária e médica e
 Saúde Bucal hábitos do paciente.
 Família
 Paciente  Dados pessoais:
 Profissional
 Manter contato com a criança;
Interação pai/mãe profissional  Contexto socioeconômico e cultural
da criança e sua família;
Ensinar | Mostrar | Fazer  PROFISSIONAL  Perguntar a profissão à criança
(desejada);
Aprender | Associar | Aplicar  PAIS
 Contém nome completo, apelido,
 Exame Clínico: Primeiro passo para a idade, endereço, telefone, data de
elaboração de um plano de tratamento nascimento, número de irmãos e
que tem como objetivo principal a nome, ocupação dos pais, escola,
prevenção e o plano de tratamento; série, nome do pediatra da criança
O exame clínico refere-se à coleta e o telefone;
detalhada do maior número de  Importante para manter o contato
informações a respeito do paciente e é o com a criança e para ter uma
primeiro passo para a elaboração de um melhor ideia do contexto
plano de tratamento; socioeconômico e cultural em que
O diagnóstico refere-se ao ato de ela está inserida;
reconhecer a doença por meio de sinais  Devem-se conhecer os hábitos dos
e sintomas pais quanto a tabagismo,
alimentação e higiene.
Odontopediatria 1 – 6º Semestre – 1ª Unidade – Aula 4 - Planejamento Integral em Odontopediatria
(Exame Clínico, Diagnóstico e Plano de Tratamento em Odontopediatria) - @Resumodontologia Página 1

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o Pós-Natal:
 Perfil Psicológico:  História Pregressa;
 É registrado não apenas o  Alterações sistêmicas: alterações
comportamento psicológico da cardíacas, diabetes, distúrbios
criança, mas também a atitude dos hemorrágicos, alergias, doenças
pais com relação ao tratamento na infância;
odontológico;  Reações adversas a anestésicos
 Registar o andar, os gestos, a ou a outros medicamentos;
expressão corporal;  Ocorrência de internações ou
 Permite que o cirurgião-dentista e sua intervenções médico-cirúrgicas
equipe possam se preparar em na criança;
relação às atitudes que a criança  História atual: alterações
possa ter durante a consulta. momentâneas: viroses, infecções
(crianças com febre não podem
 História Médica: ser atendidas);
 Pode influenciar na tomada das  Medicamentos em uso;
decisões odontológicas;  Contato com o médico pediatra,
 Analisar a história médica pregressa e fonoaudiólogo ou psicólogo;
a atual da criança, assim como dos
familiares;  Analisar ocorrência de internações ou
 Alterações cardíacas, alergias, intervenções médico-cirúrgicas na
doenças da infância, reações criança, assim como sua relação
adversas a anestésicos e com outros profissionais da saúde;
medicamentos;  Na história atual, avaliar
 Pode ser dividido em: pré-natal, trans- medicamentos em uso, alterações
natal e pós-natal. momentâneas e infecções – em caso
o PRÉ-NATAL: de alterações significativas, contatar
 Período gestacional; outras áreas da saúde;
 Duração da gestação;
 Enfermidades maternas;  História Dentária:
 Uso de medicamentos.  Motivo da consulta ou queixa
principal;
o Trans-Natal:  Fundamental no diagnóstico e
 Tipo de parto; tratamento;
 Condições da criança ao  Tratamento odontológico prévio;
nascimento;  Comportamento pregresso no
 Aleitamento; consultório;
 Alterações dos tecidos dentais;  Primeira vez no consultório
 Lesão do germe dos dentes odontológico;
decíduos;  Questionar a queixa principal,
tratamento odontológico prévio,
comportamento pregresso no
OBS.: As histórias pré-natal e trans-natal são consultório e experiências
importantes para descobrir possíveis vivenciadas com outros cirurgiões-
alterações ocorridas com a mãe durante a dentistas;
gravidez;

Odontopediatria 1 – 6º Semestre – 1ª Unidade – Aula 4 - Planejamento Integral em Odontopediatria


(Exame Clínico, Diagnóstico e Plano de Tratamento em Odontopediatria) - @Resumodontologia Página 2

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 Se for a primeira vez da criança no  “1ª impressão da criança”;
consultório, tornar a experiência  Postura, compleição física,
agradável; movimentos involuntários e modo de
 Uso prévio da anestesia local; caminhar, estrutura, peso, proporções
 Traumatismo dentário; corporais, linguagem e aspecto da
pele.
 Investigar os Hábitos:  Inspeção;
 Higiene;  Palpação;
 Alimentares;  Percussão;
 Nocivos;  Auscultação;
 Tem um forte componente cultural;  Mãos (sindactilia, polidactilia)
 Nos hábitos de higiene, perguntar  Dedos;
sobre frequência de escovações,  Unhas (crianças que tem hábitos de
quem realiza a limpeza, o tipo de roer unhas);
escova e se esta é usada apenas  Bruxismo;
pela criança;  Pêlos (pediculose);
 A quantidade de dentifrício e fontes  Pele (catapora, displasia
de ingestão de flúor deve ser ectodérmica);
analisada;  É dividido em EXTRABUCAL e
 Os hábitos alimentares devem ser INTRABUCAL.
pesquisados por meio de um diário
alimentar (retrospectivo de todos os
alimentos ingeridos pela criança 2.1 Exame Clínico Extrabucal:
durante 3 a 7 dias);
 Os hábitos nocivos como sucção  1º: exame geral da fala, postura, mãos,
digital ou de chupeta, respiração membros superiores e inferiores;
bucal, uso de mamadeiras,  2º: exame das estruturas faciais e seus
onicofagia, bruxismo, hábitos anexos:
posturais devem ser pesquisados.  É o exame sistemático da região da
cabeça e pescoço:
2. EXAME FÍSICO a. Cabeça  tamanho e assimetria;
(Exame Clínico Geral) b. Olhos  comprometimento da visão
 Sucede a anamnese e o objetivo é e infecções;
identificar os sinais e sintomas c. Ouvidos  distúrbios auditivos e
pertinentes ao quadro clínico; supurações ou sangramentos que
 Deve ser feito de maneira ordenada possam estar associados a traumas
e requer do profissional dentários;
conhecimento de todas as áreas d. Nariz  Alterações anatômicas que
afins da odontologia; possam estar relacionadas a
 Antes de examinar o paciente, é síndromes ou reações alérgicas;
necessário saber a abordagem
correta – falar, mostrar, fazer;  Pescoço: palpação das cadeias
 Coleta informações sobre possíveis linfáticas, dos linfonodos, a fim de
alterações que possam indicar observar sensibilidade ou aumento do
doenças sistêmicas; volume ganglionar;
 Observação discreta e à distância;  ATM: auscultar possíveis crepitações ou
 Início na sala de recepção; dificuldade de abertura da boca;
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o Espaço entre a distal do
2.2 Exame Clínico Intrabucal: canino inferior e a mesial do 1º
molar inferior; e entre a distal
 Realizado após a limpeza das superfícies do incisivo lateral superior e a
bucais e com boa iluminação; mesial do canino superior.
 Deve ser realizado de forma ordenada;  Relação terminal do segundo
 Feito de maneira sistemática. molar decíduo (topo, degrau
 Exame dos tecidos moles: mesial ou degrau distal);
 Lábios  cor, textura, ulcerações,  Chave de canino (Classe I, II ou III);
vesículas, selamento labial e  Sobressaliência e sobremordida;
tumefações;  Desvio da linha média;
 Língua  avaliar alterações  Mordida cruzada;
sistêmicas que possam refletir nessa  Relação postural da língua;
estrutura, como língua geográfica,  Padrão de deglutição.
deficiências vitamínicas e
infecções;  Exame das Superfícies Dentárias:
 Palato  cor, altura e fendas  O primeiro aspecto a ser avaliado é
palatinas; sobre o padrão e sequência de
 Mucosa alveolar  fístulas, irrupção dentária e alterações neste
abscessos, tumefações, cor e aspecto:
textura; o Mais importante que a época
 Freios  altura e inserção. é a sequência em que eles
 Gengiva; irrompem;
 Dentes; o Alterações na erupção
envolvem desde a
 Exame periodontal: impactação até a irrupção
 Analisar e anotar frequentemente ectópica.
o índice de biofilme e pontos de
sangramento gengival.  Cronologia e sequência de irrupção
dentária;
 Exame da Oclusão:
 Diagnosticar possíveis desvios da  Depois avaliam-se as superfícies
normalidade dentária, padrão de dentárias em um campo limpo, seco
crescimento e desenvolvimento da e com boa iluminação, observando:
criança; o Cor, forma, estruturam
tamanho e número;
o Presença de lesão de cárie,
 Tipos de arco tipo I ou II de Baume erosão, abrasão, fraturas,
 Tipo de arco a criança possui: restaurações presentes,
o Tipo I: com espaçamento mobilidade dentária;
anterior; o Realizado por quadrante;
o Tipo II: sem espaçamento o Lesões de cárie:
anterior;  Ativas ou inativas;
 Presença de espaço ou diastema  Cavitadas ou não.
primata:  Utiliza-se a sonda exploradora com
ponta romba (OMS);

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3. EXAMES COMPLEMENTARES: adequar a proposta ao meio em que a
criança vive;
 Radiográficos;  Deve seguir uma sequência clínica
 Laboratoriais; racional, evitando improvisos,
 Panorâmica: supranumerários, organizando o material, tempo e
relação espacial do dente decíduo
número de consultas;
com o germe sucessor, processo de  Possui 4 fases:
rizólise (rizogênese);  Fase sistêmica (anamnese);
 Os exames mais utilizados na  Fase preparatória (pediatria 1);
odontopediatria são os  Fase reabilitadora estético-funcional
radiográficos e os laboratoriais (pediatria 2);
(análise microbiológica da saliva e  Fase de manutenção (pediatria 1):
hemograma);
 Servem para auxiliar na composição
1. Fase sistêmica:
do diagnóstico e prognóstico,  Objetiva dar ao organismo condições
devendo sempre ser analisados em para que o tratamento bucal não
conjunto aos dados físicos e
coloque em risco o funcionamento de
anamnésicos do paciente. nenhum de seus sistemas biológicos:
o Antibioticoterapia, profilaxia
- Exame Radiográfico - antibiótica, antiherméticos, anti-
 Se necessário; inflamatórios e tranquilizantes.
 Quando possível raio-x
panorâmico; 2. Fase preparatória:
 Supranumerários;  Objetiva diminuir ou controlar a
 Relação espacial de dente atividade das doenças e estabelecer
decíduo com germe sucessor; condutas preventivas;
 Processo rizólise-rizogênese;  Medidas de motivação e orientação
para prática de hábitos saudáveis;
 Etapas do Diagnóstico:
 Adequação do meio bucal:
 Ouvir o paciente;
o Aconselhamento dietético;
 Examinar; o Instruções de higiene bucal;
 Dados subjetivos; o Remoção e/ou desorganização
 Dados objetivos. profissional do biofilme;
o Fluorterapia;
 Prognóstico: o Aplicação de selantes de sulco e
 Previsão; fissura;
 Precisão.
o Exodontias;
 Plano de Tratamento:
o Selamento provisório das cavidades
 Visa à promoção da saúde do de cárie (ART?);
paciente, considerando não apenas a o Terapêuticas pulpares;
remoção da doença, mas a tentativa
o Fechamento provisório de cáries;
de instituir novos hábitos; o Condicionar a criança
 Busca-se uma abordagem integral e psicologicamente;
individualizada;  É a fase mais longa e fundamental
 O objetivo é reestabelecer a para o sucesso das posteriores.
funcionalidade dar subsídios para o
paciente manter a saúde, buscando 3. Fase reabilitadora estético-funcional:
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 Só é realizada após controle da
doença cárie e periodontal:
o Exodontias;
o Terapêuticas pulpares;
 Objetiva o reestabelecimento estético,
anatômico e funcional das estruturas
dentais perdidas;
 Procedimentos: dentes posteriores
para anteriores;
 Forte componente
psicológico/comportamental;
 Medidas de motivação e orientação
da higiene e dieta;

4. Fase de manutenção:
 Controle da higiene, reforço da
motivação, acompanhamento clínico-
radiográfico, reavaliação dos
procedimentos reabilitadores, reforço
de medidas preventivas,
acompanhamento da erupção,
interceptação precoce de alterações
oclusais;
 Acompanhamento da criança.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Guedes-Pinto et al. Odontopediatria -


Fundamentos em Odontologia. São Paulo :
Santos-GEN, 2009.

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Odontopediatria 2 – 7º Semestre – 1ª Unidade –
Aula 1 – Terapia Pulpar em Odontopediatria – Parte 1 2. Maturação Pulpar:
 Vai desde a formação completa da
 Um dos principais objetivos da odontopediatria é raiz até o início da sua reabsorção,
a preservação dos dentes decíduos no arco em iniciando a rizólise;
condições anatomo-funcionais, até a época da sua 3. Regressão Pulpar:
esfoliação fisiológica.  Vai do início da reabsorção radicular
Guedes-Pinto (rizólise) até a esfoliação do dente.
 A importância da dentição decídua:
Ciclo Biológico do Dente Decíduo
 Crescimento e Desenvolvimento; RIZOGÊNESE RIZÓLISE
 Saúde Geral: Tecido pulpar jovem Envelhecimento do
o Alimentação; tecido pulpar
o Fonação; Tempo curto Mais prolongado,
o Respiração; intermitente e irregular
o Harmonia estética corporal; Predominância celular Predominância de
fibras
 Saúde Bucal:
Maior estrutura vascular Menos estrutura
o Manutenção de Espaço;
vascular
o Prevenindo Más Oclusões; Alta atividade metabólica Alta atividade
o Prevenção de hábitos parafuncionais. associada a processos de metabólica associada a
reparos processos de
 Terapia pulpar em dentes decíduos: desorganização
 Cárie e Trauma  Tratamento endodôntico 
Para recuperação anatomo-funcional dos  Atividade metabólica dos dentes decíduos:
dentes envolvidos.  A atividade metabólica dos dentes decíduos
 A depender da extensão das estruturas mostra-se mais evidente nas fases de
dentárias afetadas por traumas ou lesões rizogênese e rizólise, mantendo-se constante
cariosas é necessária a realização de no período em que se completa a formação
tratamento endodôntico. radicular (maturação);
 Tipos de tratamento:  A condição de resposta da polpa depende do
o Conservador: seu estado e o grau de saúde da polpa
 Tratamento Pulpar Indireto; determinará a forma de tratamento:
 Tratamento Pulpar Direto; o Polpa jovem – Até o final do estágio de
 Pulpotomia. maturação, o dente apresenta ótimo
o Radical: potencial reparador, o que favorece o uso
 Pulpectomia (Bio ou Necro) de técnicas conservadoras;
o Polpa senil – No estágio de regressão
 Ciclo biológico do dente decíduo: pulpar, há redução do potencial
 Engloba os estágios de desenvolvimento desde reparador, sendo indicado o uso de
a embriogênese até a esfoliação do dente técnicas não-conservadoras.
decíduo;  Dente decíduo:
 Favorecem ou contraindicam determinadas  Formação da raiz  Rizogênese;
técnicas e medicamentos; o Células  Blastos
 O ciclo do dente decíduo possui 3 fases:  Quando a raiz está toda formada  Maturação
1. Rizogênese:  Quando alcança o ápice;
 Fase de crescimento pulpar, o Células  Blastos (mais esse) e Clastos;
juntamente ao da coroa e raiz;

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 Quebra da raiz, no sentido da dissolução da  A dentina interna da furca é delgada e pode
raiz  Rizólise; facilmente ser perfurada durante a
o Células  Blastos e Clastos (mais esse). instrumentação endodôntica, além de ser
 Porque dente decíduo escurece tanto quando vulnerável à difusão dos medicamentos
leva pancada? (permeável) utilizados no tratamento;
o Pois é extremamente vascularizado,  O forame nem sempre termina no ápice, pois
principalmente quando se está sendo depende muito da fase do ciclo biológico.
formado, e quando a criança vai  Furca e estruturas anexas:
crescendo, caso houver uma pancada não  Furca:
vai escurecer tanto, pois o tecido vai o A furca é definida como a área limitada
perdendo a vascularização, vai enchendo próxima à região de bi ou trifurcação das
de células plásticas, vai destruindo mais raízes dentárias;
do que vai formando. o A região de furca engloba a furca
propriamente dita e cerca de 4 mm abaixo
 Estágio de crescimento e maturação pulpar: da superfície interna das raízes:
 Potencial regenerador;  Apresenta conexão com o periodonto
 Uso de técnicas mais conservadoras. por meio de foraminas acessórias
 Estágio de regressão pulpar: localizadas tanto na área interna
 Potencial regenerador; como na área externa da furca.
 Uso de técnicas não conservadoras.  Região Inter-Radicular:
o Delimitada:
A região de furca do dente é como uma “Peneira”   Faces internas das raízes dos molares
Possui foraminas  é permeável, se não for decíduos
permeável não consegue ser reabsorvido, logo o o Base:
germe não iria “sumir”. Bactéria entra e sai, seja via  Circunscrita pela cripta óssea do
conduto, ou seja, pela região da furca. Tem-se a germe do dente permanente em
possibilidade de ter uma infecção na região, logo a desenvolvimento;
infecção pode vim dos forames, como também pode o Limite superior oclusal:
se localizar acima dos germes permanente.  O assoalho da câmara pulpar do
 Características Anatômicas dos Dentes Decíduos: molar decíduo.
 Conhecer a anatomia do dente decíduo é  Essa região expressa radiograficamente os
importante não só para um correto primeiros sinais de comprometimento pulpar,
diagnóstico, mas também para se tomar os sugerindo tratamento radical;
cuidados necessários durante o operatório  A permeabilidade da região pode ser
endodôntico; explicada, além da presença de foraminas, pela
 Camada de esmalte e dentina: pequena espessura de dentina (1,71mm),
o Delgada; reabsorção radicular fisiológica com exposição
o Pouco Mineralizada; dos túbulos dentinários na área externa da
o Camada de dentina e esmalte delgada, furca e pela presença de canais acessórios
pouco mineralizada e com verdadeiros:
microperfurações; o As bactérias provenientes da exposição
 Volume Pulpar Avantajado; pulpar podem chegar ao periodonto tanto
 Corno Pulpar: via conducto quanto via furca (colocando
o Molares com projeções dos cornos em risco o germe do permanente).
pulpares – isso aumenta o risco de
exposição pulpar ao menor traumatismo;
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 A região apresenta conexão com o periodonto 2. Exame dos Tecidos de Suporte:
através de:  Tecidos moles: fistulado, abscesso e
o Foraminas acessórias: alteração de cor dos tecidos de suporte;
 Tanto nas áreas internas como  Inspeção Tátil;
externas da furca;  A inspeção tátil de mobilidade dentária
 Pequena espessura de dentina (1,71 pode indicar comprometimento
mm); periodontal associado e não deve ser
 Reabsorção radicular fisiológica com confundida com reabsorção radicular
exposição dos túbulos dentinários ativa;
(área externa);  Na inspeção visual dos tecidos de
 Presença de canais acessórios; suporte, a presença de fístula ou
o Radiograficamente: alteração da dor dos tecidos de suporte
 Primeiros sinais de comprometimento fornece dados diagnósticos indicativos
pulpar. de tratamento radical pulpar.
 Diagnóstico da saúde pulpar:
 A associação de métodos de diagnóstico 3. Cavidade Bucal:
apresenta um papel relevante para um  Exame da cavidade bucal como um todo;
diagnóstico conclusivo, considerando-se que a  Inspeção visual;
degeneração pulpar em dentes decíduos não é  Valor de cada dente e desenvolvimento
acompanhada claramente por sintomatologia geral da criança;
definida, sendo normais mudanças  Dente:
inflamatórias repentinas que transitam da  Quantidade de remanescente dental;
vitalidade pulpar à necrose, de forma  Características da lesão (atividade,
assintomática. tamanho...);
 Diagnóstico do estágio de saúde pulpar:  Alteração de cor;
 História Clínica do Paciente – Anamnese:  Características Clínicas do
o Idade do paciente; Remanescente pulpar:
o Condição sistêmica (ausência ou presença Sinais Clínicos:
de distúrbios sistêmicos);  Cor do sangramento =
o Sintomatologia (assintomático ou vermelho-vivo ou sangue
sintomatologia provocada ou escuro/claro;
espontânea);  Quantidade de sangramento =
o Tempo decorrido da agressão pulpar; normal ou ausente/abundante;
o Uso de medicamentos.  Consistência do tecido pulpar =
 Exame Clínico: resistência ao corte ou
1. Exame do Dente: liquefeito/fibroso;
 Localização da lesão;  Tempo de hemostasia = até 5
 Quantidade de remanescente dental; minutos ou superior a 5
 Alteração de cor coronária; minutos.
 Características clínicas do remanescente  Tecidos de Suporte:
pulpar;  Fistula;
 Palpação e percussão: mobilidade não  Abscesso;
associada a trauma ou esfoliação;  Afta;
 Testes térmicos e/ou elétricos de
vitalidade pulpar: pouco valor NÃO.

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 Exames complementares:
o Teste térmico e/ou elétricos têm sua
vitalidade restrita em função da fisiologia
pulpar e cooperação da criança.
 Exame Radiográfico:
o Definirá:
 O padrão de desenvolvimento da lesão
de cárie;
 Relação da cárie com a polpa;
 Reabsorção na área de furca e/ou
periapical;
 Ciclo biológico do dente decíduo;
 Sincronicidade entre rizólise do decíduo
e rizogênese do permanente.
o Relação CÁRIE x POLPA (proximidade);
o Rarefação óssea periapical e na região da
furca;
o Ciclo biológico do dente decíduo
(reabsorção radicular);
o Espaço perirradicular;
o Cripta e formação do germe permanente
(Nolla);
o Qual técnica usar?
 PERIAPICAL;
 Quando se tem dúvida faz-se uma
INTERPROXIMAL.
o Proximidade da lesão de cárie/polpa;
o Rarefação óssea periapical
o Diagnóstico Diferencial:
 Rarefação periapical devido à necrose
pulpar X Expansão do folículo do germe
do sucessor permanente
o Rarefação óssea na região de furca;
o Ciclo Biológico;
o Cripta óssea e formação do germe;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Guedes-Pinto et al. Odontopediatria - Fundamentos


em Odontologia. São Paulo : Santos-GEN, 2009.

SILVA, L, A, B. Protocolos Clínicos. Tratamento


endodôntico em dentes decíduos. Primeira edição,
2015.

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Odontopediatria 2 – 7º Semestre – 1ª Unidade –  Qualquer reclamação feita pela criança deve-
Aula 4 – Anestesiologia em Odontopediatria se culpar esse jacaré, nunca o cirurgião-
dentista, para assim a criança não ficar com
 Como fazer uma anestesia indolor e bem aceita medo do profissional.
para o paciente?  Indicações da anestesia:
 Preparar o paciente psicologicamente:  Para todo procedimento que possa provocar
 Não se deve mentir para a criança, pois a dor;
criança deve sentir confiança no
 Restauração/Cariologia;
profissional;  Colocação de grampos;
 Deve-se alertar a criança sobre as sensações  Cirurgia/Fratura;
que ela sentirá do início da anestesia até
terminar de anestesiar;
 Contra-Indicações:
 Anestésico tópico é essencial:  Quando paciente é alérgico;
 A mucosa deve ser bem seca;  Metamoglobinemia congênita;
 Depois pega-se um algodão com anestésico  Quando a cirurgia é de grande porte e precisa
tópico; de ambiente hospitalar.
 Espera-se três minutos, antes da anestesia;
 Deve-se conhecer fisiologia, anatomia e  Cuidado:
fármaco;  Em pacientes com metemoglobinemia
 Devem-se utilizar os instrumentais adequados; congênita, por exemplo, está CONTRA-
 Delicadeza profissional: INDICADO o uso de prilocaína;
 Qualquer aluno independente do  Alterações de ordem sistêmica, como asma e
tamanho deve-se ter a mão leve para alguns tipos de anemia são relevantes na
realizar os procedimentos; escolha do sal anestésico a ser utilizado;
 Deve-se estabilizar e controlar a  Pacientes asmáticos podem manifestar alergia
movimentação da cabeça e as mãos da criança; ao antioxidante do vasoconstritor utilizando na
 O auxiliar irá segurar a mão da criança, para
lidocaína e por isso nestes casos é indicado uso
evitar que a criança leve a mão na boca ou de PRILOCAÍNA;
empurre a mão do operador;  A quantidade de anestésico a ser administrada
 Deve-se fazer uma técnica adequada para cada também é um fator importante, e deve ser
caso. calculada de acordo com o peso da criança.

 Se liga!  Guideline on Use of Local Anesthesia for Pediatric


 Na odontopediatria tudo tem que ser Dental Patients;
calculado, logo a dose de anestésico aplicada  Artigo para ser lido;
na criança vai ser calculada;
 Recomendações:
 Agulha:  O anestésico tópico pode ser usado antes da
 Protege-se a agulha com um injeção de um anestésico local para reduzir o
“rolinho” de algodão, e só desconforto associado à penetração da agulha;
tirar o “rolinho” de algodão  As propriedades farmacológicas do agente
quando o mesmo estiver tópico devem ser entendidas;
dentro da boca da criança;  Um spray doseado é recomendado se uma
 Também para tampar a preparação de aerossol é selecionada;
agulha existe uma capa, como  A absorção sistêmica dos fármacos nos
a em forma de jacaré; anestésicos tópicos deve ser considerada no

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cálculo da quantidade total de anestésico  Cálculo 2:
administrado.  Criança com 20 kg | Anestésico Lidocaína 3%:

 Formas de apresentação do anestésico tópico:


 Anestésico tópico:
 Gel em creme (mais utilizado);
 Spray

 Tipos de anestésicos locais:


 Grupo Éster:
 Cocaína;
 Benzocaína;
 Grupo Amida:
 Articaína, prilocaína, lidocaína, mepivacaína
e bupivacaína;
 Articaína - 500 mg – 5 mg/kg;
 Prolocaína – 400 mg – 6 mg/kg;
 Lidocaína – 300 mg – 4,4 mg/kg;
 Cálculo 3:
 Mepivacaína; - 300 mg – 4,4 mg/kg;
 Criança com 10 kg | Anestésico Lidocaína 2%
 Bupivacaína – 90 mg – 1,3 mg/kg;

CÁLCULOS

 Cálculo 1:
 Criança com 10 kg |Anestésico Prilocaína 3%

 Cálculo idade X peso


 Para se calcular o peso da criança;
 3 a 12 meses - (idade (meses) + 9)/2
 1 a 6 anos - (idade (anos) x 2) + 8
 7 a 12 anos - (idade (anos) x 7 – 5)/2:
 Exemplo (criança com 10 anos)
=
(10 x 7 – 5)/ 2 = 65/2 = 32,5

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 Mecanismo de ação:  Complicação Pós-Anestesia e o que fazer:
 Toxicidade do anestésico:  Úlcera
 Estado de saúde geral do paciente;  Tratamento sintomático;
 Quantidade de anestésico;  Hematoma:
 Rapidez da injeção  Tratamento:
 Técnicas: o Observar por 24 horas;
 As mesmas utilizadas em adulto indicadas para o Tranquilizar pais;
cada procedimento e ou região a serem o Observar se tiver infecção;
aplicadas; o Compressa morna.
 Dor:
 Utilização de anestésico tópico;  Tratamento sintomático;
 Trismo:
 Anestesia Infiltrativa;  Movimentos de abertura e fechamento;
 Parestesia:
 Bloqueio pterigomandibular:  Alertar sobre os cuidados;
 Quando se está tratando o elemento “5”;  Paralisia Facial
 Quando chegar à região do trígono inclinar a  Fratura da agulha:
agulha 45°;  Tentar remover com o auxílio de uma pinça
hemostática;
 Bloqueio mentoniano:  Encaminhar para o bucomaxilo
 Quando se está tratando o elemento “4” pode  Lipotimia (sensação iminente de desmaio sem
dar uma pterigomandibular, porém o perda da consciência):
mentoniano é mais tranquilo;  Posição de Trendelenburg
 Vai ser aplicada lateralmente;  Xerostomia:
 Estimular a salivação.
 Regras básicas:
 Deve-se estabilizar a criança;
 Uso de anestésico tópico;
 Não mostrar a agulha para a criança;
 Conversar com a criança;
 Observar se não ocorrer refluxo sanguíneo
dentro do anestésico durante a aplicação da
anestesia;
 A injeção do anestésico deve ser lenta;
 Orientar os pais sobre os procedimentos;
 Quando necessário usar abridor de boca;
 Estirar o lábio de forma que a mucosa fique
bem distendida.

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TABELA SOBRE O MECANISMO DE AÇÃO:

Anestésico Local Dose Dose


Máxima Máxima por Dose máxima para indivíduo com 60 kg
(mg/kg) Sessão (mg)
4,4 mg x 60 kg = 264 mg
Lidocaína 2% 2% = 2 g de sal em 100 ml = 2000 mg em 100
Mepivacaína 2% 4,4 mg/kg 300 mg ml
Volume do tubete = 1,8 ml
Logo em 1 tubete = 36 mg
264 mg/36 mg 7 tubetes
4,4 mg x 60 kg = 264
Lidocaína 3% 3% = 3 g de sal em 100 ml = 3000 mg em 100
Mepivacaína 3% 4,4 mg/Kg 300 mg ml
Volume do tubete = 1,8 ml
Logo em 1 tubete = 64 mg
264 mg/54 mg 4,8 tubetes
Prilocaína 3% 6,0 mg/Kg 400 mg 6 mg x 60 Kg = 360 mg
3% = 3 g de sal em 100 ml = 3000 mg em 100
ml
Volume do tubete = 1,8 ml
Logo em 1 tubete = 54 mg
Articaína 7,0 mg/Kg 500 mg 7 mg x 60 Kg = 420 mg
(adulto 4% = 4g de sal em 100 ml = 4000 mg em 100
5,0 mg/Kg ml
(criança) Volume do Tubete = 1,8 ml
Logo em 1 tubete = 72 mg
420 mg/72 mg 5,8 tubetes
Bupivacaína 0,5 % 1,3 mg/Kg 90 mg 1,3 mg x 60 Kg = 78 mg
0,5% = 0,5 g de sal em 100 ml = 500 mg em
100 ml
Volume do tubete = 1,8 ml
Logo em 1 tubete = 9 mg
78 mg/ 9 mg 8,6 tubetes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Guedes-Pinto et al. Odontopediatria - Fundamentos em Odontologia. São Paulo : Santos-GEN, 2009.

SILVA, L, A, B. Protocolos Clínicos. Tratamento endodôntico em dentes decíduos. Primeira edição, 2015.

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