Recurso 17668 Deixar o Passageiro de Usar o Cinto de Seguraneccedila Conforme Previsto No Art 65 11 41 08
Recurso 17668 Deixar o Passageiro de Usar o Cinto de Seguraneccedila Conforme Previsto No Art 65 11 41 08
Recurso 17668 Deixar o Passageiro de Usar o Cinto de Seguraneccedila Conforme Previsto No Art 65 11 41 08
1) Imprimir o recurso
3) Tirar cópia simples dos seguintes documentos e anexar ao recurso. Documentos necessários:
a) Cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou RG e CPF do
requerente.
b) Cópia da notificação recebida ou extrato do veículo que conste a multa a
ser recorrida (pode também ser um print do site/aplicativo).
c) Cópia do documento (CRLV ou CRV) do veículo multado.
4) Você poderá enviar seu recurso online através do site do orgão que emitiu sua multa ou
IMPORTANTE:
• Alguns órgãos disponibilizam um formulário de defesa para ser preenchido, o recurso nas
próximas páginas substitui estes formulários. Caso o preenchimento for obrigatório você pode
• Em alguns pontos do recurso você pode encontrar a menção “Agente Autuador”, este agente
pode ser a autoridade de trânsito e também o equipamento eletrônico de radar.
Oberservações:
ILUSTRÍSSIMOS SENHORES JULGADORES
Eu, HEBERT DE OLIVEIRA BAIÃO DOS SANTOS, inscrito no CPF nº 087.383.877-78, residente
e domiciliado à Rua Oby Loiola, 172 - casa vermelha - Campo Alegre CEP 27580-000 na cidade
de Itatiaia, RJ, venho respeitosamente, com fundamento na Lei nº 9.503/97, c/c o Art. 1º e SS,
de usar o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65., infração prevista no Art.
DOS DIREITOS
Sendo a penalidade de multa imposta caberá recurso a Jari conforme Art. 285 do código de
Trânsito Brasileiro.
Para reforçar, temos a resolução 619/16 do CONTRAN que em seu Art. 14 diz:
Ademais, dispõe o Art. 53 da Lei Federal 9.784/99 - Lei do Processo Administrativo, que:
Art. 53 - A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade,
e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.
DO EFEITO SUSPENSIVO
"Se, por motivo de força maior, o recurso não for julgado dentro do
prazo previsto neste artigo (30 dias), a autoridade que impôs a
penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente, poderá
conceder-lhe efeito suspensivo."
A administração pública deve pautar suas ações e condutas voltadas ao bem comum, atento
aos princípios constitucionais escritos no Art. 37 da Carta Magna, sendo eles a legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência.
Acerca da relevância da aplicação dos Princípios, temos, segundo Celso Antônio Bandeira de
Melo, (Curso de Direito Administrativo, 2012) que:
Parece não restarem dúvidas de que houve, por parte do agente autuador um abuso de poder.
Aliás, sobre o tema, o ilustre jurista Hely Lopes Meirelles ensina:
O abuso de poder, como todo ilícito, reveste as formas mais diversas. Ora se apresenta
ostensivo como a truculência, às vezes dissimulado como o estelionato, e não raro encoberto na
aparência ilusória dos atos legais. Em qualquer desses aspectos - flagrante ou disfarçado - o
abuso de poder é sempre uma ilegalidade invalidadora do ato que o contém.
Pode-se chegar à conclusão, portanto, de que o auto de infração em apreço deve ser arquivado,
tendo em vista os vícios de forma que contém além de ter sido lavrado com flagrante abuso de
poder, o que rende ensejo à nulidade dos atos administrativos.
A medida administrativa do Art. 167, da Lei Federal n.o 9.503/97, CTB, é clara, precisa e concisa
quando determina a retenção do veículo até a colocação do cinto de segurança. Posto isso, o
Agente de Fiscalização foi arbitrário na autuação do recorrente (Art. 37 da Constituição Federal),
não parando o condutor para efetuar a referida autuação.
Ademais, como poderia o agente de trânsito constatar de forma precisa que o condutor ou o
passageiro estava sem o cinto de segurança se o veículo não foi parado? O condutor não foi
identificado e sequer assinou o Auto de Infração?
Infração: Grave
Penalidade:Multa
Medida Administrativa: Retenção do veículo até colocação do cinto pelo
infrator.
A lei determina a retenção do veículo, isto é, parar o veículo, sendo que se a lei determina, cabe
ao Agente Fiscalizador simplesmente seguir tal determinação. A abordagem do condutor, que só
se pode realizar com a retenção do veículo, é necessária não só para que o agente de trânsito
exercite o seu papel de conscientizar o motorista sobre a importância da utilização do cinto,
como também para se confirmar a irregularidade, posto que uma série de fatores poderiam
levar o agente de trânsito a cometer injustiças. Como exemplos desses fatores cita-se eventual
reflexo do vidro, a velocidade do veículo, a posição do batente da porta, a posição do banco, o
tipo e cor do vestuário, etc. Não há como negar que tais condições poderiam levar o agente de
trânsito a autuar erroneamente o condutor. No caso em apreço, foi o que aconteceu.
É a medida administrativa importante. Mesmo porque o objetivo maior das normas de trânsito
deve ser o de educar e não simplesmente penalizar. Somente promovendo a educação no
trânsito é que se tomará possível garantir aos usuários das vias brasileiras o direito apregoado
no parágrafo 2o do art. 1o do CTB, o qual declina sobre o trânsito em condições seguras como
direito de todos.
Disso se conclui que o sistema de sanções existe não com um propósito arrecadatório, mas sim,
com escopo educativo. O intuito do sistema de sanções é educar. Daí a indignação diante da
atuação, pois, à luz do que prescreve a Medida Administrativa, a autuação somente deve ser
feita com o veículo parado, condutor identificado e a irregularidade devidamente sanada no
local.
De acordo com o Art. 11 da Res. 429/97 - CONTRAN, solicito que seja informado o resultado no
endereço sobredito.
Destarte, solicita-se o encaminhamento deste recurso ao órgão julgador, com objetivo de serem
apreciados os fundamentos invocados, para fins de direito.
A lavratura do auto de infração precisa seguir alguns requisitos obrigatórios previstos no Manual
Brasileiro de Fiscalização de Trânsito - Volume I, editado pela Resolução 371/2010 do CONTRAN,
e posteriormente atualizada pela Resolução 497/2014, a Resolução 561/2015 introduziu o
Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito - Volume II.
Dentre esses requisitos, podemos destacar os critérios básicos a ser seguido pelo agente de
trânsito no momento de enquadrar a infração, a descrição detalhada e completa do fato
ocorrido no campo observações e a medida administrativa exigida para cada multa, sendo que
a não observância a esses preceitos é considerada falta grave, devendo o auto de infração ser
cancelado.
Para poder instruir melhor o presente recurso se faz necessário que seja juntado pelo
órgão autuador cópia do auto de infração em discussão, e assim, sejam apreciadas e
apontadas às irregularidades existentes, devendo o órgão julgador avaliar as falhas e promover
o seu cancelamento.
No caso de não cumprimento de medida administrativa exigida pelo CTB, como a retenção do
veículo até a colocação do cinto pelo infrator, o agente deverá registrar o motivo no campo de
observações sob pena de irregularidade do AIT. Ex.: Veículo não foi abordado.
Está clara a falta de informações obrigatórias no presente auto, ocasionada pela desídia do
Agente de trânsito, as determinações constantes nas resoluções do CONTRAN devem ser
respeitadas e seguidas corretamente, não sendo possível a critério do Agente negar o seu
preenchimento.
Para auxiliar Vosso entendimento, trago julgado do TRF 3a Região sobre o tema, que corrobora
a irregularidade acima apontada:
Embora se saiba que o agente é detentor da fé-pública, esta não deve ser solitariamente
suficiente para se praticar atos em desrespeito à Lei, portanto, uma vez que o mesmo deixa de
cumprir aquilo que lhe é determinado, seu ato perde a validade na sua essência, restando clara
a irregularidade do presente auto de infração.
Para corroborar o que se alega, vejamos decisão acertada da JARI em recurso apresentado sob
as mesmas circunstâncias:
Auto de Infração: 116100E006106715
Resultado: AUTO DE INFRAÇÃO INCONSISTENTE OU IRREGULAR, ESTAR
ILEGÍVEL NO TODO OU EM PARTE.
Demonstrada todas essas irregularidades, não resta outra alternativa senão o cancelamento do
presente auto de infração.
Não é demais lembrar que o nosso ordenamento jurídico não admite a cominação de sanção
alguma por mera presunção da infração. Isso levou o legislador a ressaltar a importância da
retenção do veículo, como medida administrativa, e do mesmo modo enfatizou a "prioridade a
proteção à vida e à incolumidade física da pessoa" (CTB, art. 269, § 1º).
Por tudo, faz-se indispensável a parada do veículo, em sendo verificado indício da infração em
comento, para que então se dê a possível aplicação da multa e a imprescindível retenção do
veículo, até que o agente de trânsito se certifique da regularização da infração outrora
cometida.
Não teria sentido algum, o objetivo prioritário de proteção à vida e à incolumidade física da
pessoa, bem como a busca incessante da educação no trânsito, se tudo se resumisse à simples
aplicação de multa.
Admitir-se a infração por mera presunção de veracidade, legalidade e legitimidade do ato
administrativo (auto de infração) somente em face da fé pública atribuída ao agente de trânsito
parece um tanto temerário. Estar-se-ia fatalmente rumando aos corredores da arbitrariedade,
em detrimento da presunção de inocência, princípio este encravado no seio da Constituição
Federal, art. 5º inciso LVII.
A atuação da Administração Pública deve ter por escopo os padrões éticos, a probidade, a
lealdade, a boa fé, honestidade, etc. Observamos que tal posicionamento deve ser efetivado
entre Administração e administrados, ou seja, o aspecto externo do princípio em análise e entre
Administração e agentes públicos, aspecto interno de observância da moralidade
administrativa. Assim o que vale não é a noção de moral para o senso comum diferenciando
bem e mal, justo e injusto, etc. A noção aqui é maior e deve ser entendida como o trato da coisa
pública em busca do melhor interesse coletivo.
O interesse comum é que não haja condutas infracionais no intuito de se chegar a um trânsito
mais seguro para todos e, nesta busca, a Administração falha quando não reveste seus atos dos
pré-requisitos necessários e que os levem, de fato, a atingir tal objetivo. A aplicação da
penalidade do auto de infração de trânsito tem somente o objetivo punitivo pois sem a devida
instrução, perde seu foco.
Sendo assim, considerando que o agente desvirtuou sua função sócio-educativa ao não realizar
a abordagem do condutor e não aplicar a medida administrativa regulamentada pelo CTB; se
afastou dos procedimentos legais quando da suposta constatação do ato infracional pois não
discriminou no, AIT, a situação fática de direito no momento da autuação, solicito pelo
afastamento da fé-pública, único critério utilizado para o inicio do ato administrativo, pelo
cancelamento e arquivamento do AIT em tela, na forma do Art. 281 § 2 do CTB pois resta claro o
prejuízo à subsistência e à validade do AIT, conforme provamos nesta defesa.
Tal ideia toma como alicerce a célebre lição do jurista Seabra Fagundes, sintetizada na seguinte
frase: "administrar é aplicar a Lei de ofício".
É certo que os atos administrativos gozam de presunção de veracidade e legitimidade, todavia,
tal presunção juris tantum que, como tal, admite prova em contrário.
Ora, se o CTB estabelece que todas as medidas administrativas e coercitivas adotadas pelas
autoridades de trânsito DEVEM ter por objetivo principal a proteção à vida, por que razão o
agente agiu em descompasso ao que a lei estabelece?
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA
ADMINISTRATIVA DE TRÂNSITO. DIVERGÊNCIA
QUANTO AO ARTIGO 167 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO
BRASILEIRO. A infração ao art. 167 do CTB pode ser
cometida pelo condutor e/ou passageiro do veículo,
devendo ser lavrado apenas um auto de infração de
trânsito. A medida administrativa de retenção do
veículo até a colocação do cinto pelo infrator é
obrigatória. (PARECER APROVADO POR MAIORIA,
Sessão Ordinária do Pleno do CETRAN/RS, em
05/02/2013)
Observa-se que a lei impõe obrigatoriamente que o agente de trânsito não apenas multe, mas
aplique também a medida administrativa de retenção do veículo até que o motorista ou o
passageiro infrator coloque o cinto de segurança. E se a lei exige isso é exatamente para
destacar a função educativa e preventiva da intervenção fiscalizatória. Entretanto, não se
cumpre essa disposição legal, preferindo os agentes de trânsito o modo ilegal de multar à
distância, clandestinamente, com possibilidade evidente de cometer equívocos, seja por erro de
percepção (nos carros com insufilme e com os vidros fechados, por exemplo) ou de
impossibilidade de constatação de fato do cometimento da infração.
Outra relevante consequência da não autuação em flagrante é a possibilidade de fraudar o
sistema de pontuação, sistema saudado como a grande novidade do Código de Trânsito
Brasileiro, enquanto mecanismo capaz de inibir infrações e contribuir para a reeducação dos
motoristas reincidentes. A autuação sem flagrante, feita à distância, impossibilita a identificação
do condutor, dando ensejo à transferência fraudulenta da responsabilidade pela infração para
outros motoristas (familiares ou amigos), esvaziando, assim, um dos principais instrumentos de
inibição das condutas infratoras.
Por fim, anota-se outra consequência da falta de autuação em flagrante. Essa praxe dificulta, ou
torna praticamente impossível, a defesa do condutor contra eventuais abusos, erros ou
interpretação desarrazoada na aplicação da lei. Surpreendido com a notificação da autuação
muito tempo depois do fato, é praticamente impossível ao autuado reconstituir as
circunstâncias da suposta infração e defender-se com eficiência de um possível erro, falha ou
abuso do agente de trânsito. Nessas circunstâncias, pode-se dizer que o exercício do direito de
ampla defesa, perante os órgãos de trânsito, direito constitucionalmente garantido, é uma mera
ficção. Sob esse aspecto, estamos à mercê da infalibilidade absoluta dos agentes de trânsito.
PREVARICAR
1. Transgredir, violar
2. Trair, por interesse ou má-fé, os deveres do seu
cargo ou ministério.
3. Corromper, perverter.
Pois bem, temos caracterizado nesse caso concreto que o agente de trânsito se afastou dos
seus deveres legais quando não cumpriu o que a lei determina, isto é prevaricação. Para tanto,
traremos a legislação para demonstrar tamanha irregularidade no seu agir que, pelo Princípio
da Legalidade, torna este AIT nulo. Vale lembrar que o CTB não permite discricionariedade ao
agente na sua atuação.
O Art. 2º da Lei Federal 9784/1999 dispõe que todos os atos da Administração Pública e seus
agentes, devem obedecer unicamente o que a lei estabelece, observando, entre outros, os
seguintes critérios: atuação conforme a lei e o Direito; atendimento a fins de interesse geral,
vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;
atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; observância das formalidades
essenciais à garantia dos direitos dos administrados; adoção de formas simples, suficientes para
propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados.
De acordo com o inciso II do Art. 2º da Lei 9.784/1999, temos que ao agente não cabe a
renúncia parcial ou total dos seus deveres como agente público, ou seja, este não pode, em
hipótese alguma, deixar de cumprir o que a lei determina ou se afastar dela, o que não ocorre
no caso concreto.
Em mesmo sentido, o Art. 280 do CTB define que o agente deve sempre envidar esforços
quando constatar uma infração de trânsito, para realizar a abordagem do condutor, dar ciência
ao mesmo da sua conduta infracional, identificá-lo formalmente como condutor infrator e
solicitar a correção da sua conduta sempre que possível.
O legislador, com esse rito, buscou dar transparência aos atos emanados pela Administração e
seus agentes e, simultaneamente, possibilitar a correção de uma conduta infracional, garantir a
segurança no trânsito e educar, conforme dispõe o CTB em seu artigo 6º inciso I:
Resta claro que a Polícia Rodoviária Federal falhou ao notificar a infração de trânsito cometida,
visto não possuir qualquer documento que comprove o seu envio, pois de acordo com o Art. 282
do CTB, o infrator/proprietário do veículo deve ser notificado da penalidade por meio que
assegure a sua ciência.
Ainda que o órgão autuador alegue que emitiu a notificação, deverá comprovar que expediu e
postou nos correios em até 30 dias após o cometimento da suposta infração ou o auto de
infração será considerado precluso com fulcro no artigo 281 inciso II do CTB e artigo 4º da
resolução 619/16:
Conforme exposto acima, o princípio da Legalidade, de forma clara e cristalina, estabelece uma
rígida interpretação de que o administrador público deve obedecer estritamente o que reza a
lei, não oportunizando flexibilidade em inovar com subjetividade.
1) Seja anexado cópia do auto de infração em discussão para a correta instrução do presente
recurso, conforme determina o Art. 37 da Lei Federal 9.784/1999.
4) Caso o presente recurso não seja julgado em trinta dias, roga pela concessão do efeito
suspensivo determinado pelo Art. 285 § 3 do Código de Trânsito Brasileiro c/c Art. 61 parágrafo
único da Lei Federal 9.784/1999.
__________________________________________________
HEBERT DE OLIVEIRA BAIÃO DOS SANTOS
CPF Nº. 087.383.877-78