Guia Prático NP EN 62305-3
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GUIA PRÁTICO NP EN 62305: PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS 2
– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
SUMÁRIO
O ESSENCIAL DA NORMA – PARTE 3 .................................................................................................................... 3
A NORMA ................................................................................................................................................................... 4
ANEXOS ..................................................................................................................................................................... 9
ANEXO A: LOCALIZAÇÃO DO DISPOSITIVO DE CAPTURA............................................................................... 9
ANEXO B: SECÇÃO MÍNIMA DA BLINDAGEM DE UM CABO DE ENTRADA PARA EVITAR ARCOS
ELÉTRICOS PERIGOSOS ................................................................................................................................... 11
ANEXO C: DISTRIBUIÇÃO DA CORRENTE DA DESCARGA ATMOSFÉRICA ENTRE OS CONDUTORES DE
BAIXADA ............................................................................................................................................................... 11
ANEXO D: EXIGÊNCIAS COMPLEMENTARES PARA A PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS DAS ESTRUTURAS COM RISCO DE EXPLOSÃO. ............................................................... 11
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
O ESSENCIAL DA NORMA
– PARTE 3
Publicação elaborada pela Comissão Técnica de Normalização CTE 81, coordenada pelo IEP
Um impacto direto de uma descarga atmosférica numa estrutura e o escoamento para a terra da sua corrente de
descarga podem provocar danos físicos na própria estrutura mas também no seu interior. Além disso podem ainda
provocar lesões em pessoas na sequência de tensões de contacto. A norma NP EN 62305-3 trata a conceção, a
instalação e a manutenção dos dispositivos e Sistema de Proteção contra as Descargas Atmosféricas (SPDA),
que permitem a proteção contra as consequências de um impacto direto de uma descarga numa estrutura.
A base da norma incide nos meios de prevenção de danos físicos numa estrutura. A proposta da norma NP EN
62305-3 é a realização de um SPDA, contendo uma parte exterior e uma parte interior.
A parte interior do SPDA tem o papel de impedir a manifestação de diferenças de potenciais perigosos. Essas
diferenças de potencial podem aparecer entre os componentes da parte exterior do SPDA e dos seguintes
componentes da estrutura protegida:
• Estruturas e equipamentos metálicos interiores e exteriores;
• Redes de energia, comunicações e sinais exteriores e de entrada;
• Redes de energia, comunicações e sinais interiores e materiais.
Para evitar o aparecimento de diferenças de potencial perigosas, é aconselhável respeitar uma distância de
separação entre os condutores de baixada e os elementos metálicos e/ou condutor de proximidade. Se não for
possível manter esta distância de separação ou se os componentes em causa não forem naturalmente
equipotencializados, é conveniente instalar uma ligação equipotencial entre eles, constituída por um condutor ou
um para-raios.
A instalação exterior do SPDA tem por objetivo captar as descargas atmosféricas sem danos no ponto de impacto,
escoar e dispersar, sem danos, a corrente de descarga em direção à terra. A instalação exterior do SPDA é,
portanto, composta por dispositivos captores, por condutores de baixada e de redes de terra.
Os componentes que formam a instalação exterior do SPDA podem ser realizados através da utilização de
elementos naturais da construção, e/ou pela instalação de elementos específicos que constituem o para-raios e as
ligações à terra.
Os SPDA são principalmente determinados pelo seu nível de proteção. Existem quatro níveis de proteção
definidos na norma NP EN 62305-1. A escolha do nível de proteção do SPDA advém diretamente dos resultados
da Análise do Risco da norma NP EN 62305-2. O nível de proteção do SPDA determina certos fatores que têm
influência no número de componentes a pôr em prática, e na sua implementação:
• O raio da esfera rolante, o tamanho das malhas, o ângulo de proteção;
• A distância entre os condutores de baixada e os condutores de cintura;
• A distância de separação;
• A secção mínima dos condutores das redes de terra.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
Alguns outros fatores que têm influência na conceção e implementação do SPDA são independentes do seu nível
de proteção:
• O facto da instalação exterior do SPDA estar ou não isolada da estrutura protegida e dos seus elementos
condutores exteriores e interiores;
• As características dos elementos naturais da construção que podem ser utilizados como componentes da
instalação exterior do SPDA;
• As características dos dispositivos captores, dos condutores de baixada e das redes de terra implementados
como componentes da instalação exterior do SPDA: materiais, configurações, dimensões mínimas;
• As características das ligações equipotenciais do SPDA: materiais, configurações, dimensões mínimas.
Por fim, uma parte da norma incide nos meios de prevenção de lesões nas pessoas em sequência de tensões de
contacto e de passo. A norma NP EN 62305-3 propõe por um lado o desenvolvimento de medidas organizacionais
(acessos restritos às zonas em questão, avisos nas proximidades dessas zonas).
A NORMA
Esta parte da norma expõe as regras de engenharia exigidas no momento da implementação de um SPDA. As
especificações referem-se à correção, instalação e manutenção do SPDA e também às medidas implementadas
para evitar qualquer lesão em seres vivos, devido aos perigos originados pelas tensões de contacto ou tensões de
passo.
Nota : As secções 1, 2 e 3 são definidas para todas as normas e dizem respeito ao assunto da aplicação das
normas, as referências normativas e às definições.
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Quadro 1 – Material, configuração e secção eficaz mínima dos condutores, captores e condutores de baixada.
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Quadro 4 – Dimensões mínimas dos condutores que interligam as estruturas metálicas às barras de equipotencialidade
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Em certos casos é possível privilegiar o princípio de isolamento da instalação exterior do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas. Uma fórmula, integrando vários coeficientes, permite calcular a distância de
separação requerida entre o sistema de proteção e os sistemas interiores.
Medidas de proteção contra as lesões em seres vivos causadas por tensões de contacto ou de
passo:
Pelos riscos que se correm na proximidade dos condutores de baixada e numa zona próxima do ponto de
escoamento da corrente da descarga atmosférica as diferentes medidas de proteção para reduzir os riscos para
um nível tolerável são descritas abaixo:
Anexos:
• O anexo A apresenta os três métodos de posicionamento do dispositivo de captura (ângulo de proteção,
esfera rolante e malhas);
• O anexo B é relativo à informação da secção mínima de blindagem de um cabo de entrada para evitar riscos
de arcos elétricos;
• O anexo C fornece uma indicação sobre a avaliação de distância de separação “S”. O parâmetro, chamado
coeficiente de repartição "kc", está dependente do número de condutores de baixada, do tipo de dispositivo de
captura e do tipo de rede de terra. Os seus variados valores são indicados num quadro e são também
apresentados exemplos de cálculo de distância de separação.
• O anexo D trata as exigências complementares a ter em conta no que diz respeito à proteção contra
descargas atmosféricas das estruturas contendo materiais sólidos explosivos e atmosferas explosivas (gás ou
pó) da mesma maneira que, por exemplo, postos de combustíveis.
• O anexo E é o maior volume do documento. Indica ao utilizador todos os passos para a conceção, realização,
manutenção e a verificação de um SPDA, em conformidade com a norma. Vários esquemas ilustram o
posicionamento dos dispositivos de captura e de baixada, a implementação dos condutores de
equipotencialidade, a implementação de sistemas de proteção isolados assim como particularidades das
diferentes disposições das redes de terra. Este anexo, de uma centena de páginas, constitui uma abordagem
de guia de conceção e de realização de uma instalação completa de proteção contra descargas atmosféricas.
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ANEXOS
ANEXO A: LOCALIZAÇÃO DO DISPOSITIVO DE CAPTURA
Este primeiro anexo da norma NP EN 62305-3 dá os métodos de posicionamento dos dispositivos de captura.
A primeira parte deste anexo permite determinar a localização do ou dos dispositivos de captura pelo método do
ângulo de proteção. A zona de cobertura de uma superfície plana situada a uma dada altura de uma haste vertical
é representada na figura 1.
Atenção : a representação em forma de cone é enganadora: o ângulo do cone varia consoante a distância do
plano considerado na ponta da haste vertical. Isto é ilustrado na figura 2, onde estão representados os dois
ângulos característicos a serem considerados para uma haste vertical situada, por exemplo, à beira de um terraço
plano de um edifício. O primeiro ângulo (α1) define a zona de proteção ao nível da cobertura do edifício e o
segundo ângulo (α2) define a zona de proteção ao nível do solo.
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direções possíveis uma esfera cujo raio é fixado em função do nível de proteção. Os dispositivos de captura
necessários para proteger uma estrutura são posicionados de maneira a que a esfera possa tocar nestes e em
nenhum outro ponto da estrutura.
No que diz respeito a estruturas superiores a 60m de altura, e dado que a probabilidade dos impactos laterais
decresce exponencialmente com a aproximação ao solo, as medidas de proteção adicionais são apenas
considerados nos 20% mais altos da estrutura.
A terceira e última parte deste anexo permite determinar a localização do ou dos dispositivos de captura pelo
método das malhas cujas dimensões são dadas em função do nível de proteção no quadro 5. Uma rede de
condutores de captura emalhada é realizada segundo a dimensão determinada. Este método é aplicável nas
superfícies planas, como telhados horizontais e fachadas laterais (proteção dos impactos laterais). Nenhum
elemento metálico deve emergir por cima das malhas.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
Os para-raios deverão estar situados, se possível, em locais que não contenham materiais explosivos sólidos.
Também é recomendável que as proteções contra sobretensões situadas em zonas explosivas sejam testadas
contra o risco de explosão ou instalados em caixas antideflagrantes.
São dadas informações sobre a distância a ser respeitada entre os condutores do SPDA e as zonas perigosas,
sobre as espessuras de metal a ter em conta e sobre a possibilidade de ocorrência de arcos elétricos entre
elementos a diferentes potenciais. Por exemplo, todas as partes da instalação exterior do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas (dispositivo de captura e condutores de baixada) devem-se situar pelo menos a 1
m de uma zona perigosa, sempre que possível.
O caso particular de reservatórios para armazenagem nos postos de combustíveis e em oleodutos também é
abordado. São transmitidas igualmente as exigências particulares para a manutenção e inspeção do sistema de
proteção contra descargas atmosféricas.
Generalidades
O anexo E da NP EN 62305-3 dá as linhas diretrizes e os exemplos para a conceção, implementação,
manutenção e verificação dos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), tal como especificado
na parte principal do documento e é recomendável utilizar em ligação com outras partes da norma. O anexo E
contém 4 capítulos principais com uma numeração similar à parte principal do documento, no âmbito de ajudar o
leitor a encontrar os artigos correspondentes entre este anexo e a parte principal.
O projetista de um SPDA deve conceber o sistema mais eficaz, tendo também em conta a estética e a arquitetura
do edifício.
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Os dois objetivos mencionados acima podem ser atingidos pela utilização de componentes naturais da estrutura
tais como armaduras de betão armado, suportes metálicos da fachada, calhas metálicas, tubagens metálicas, etc.,
enquanto condutores do SPDA ou elétrodos de terra, o que pode solucionar variados problemas arquiteturais, ou
podem ser utilizados como blindagem para reduzir as radiações eletromagnéticas geradas pela corrente da
descarga atmosférica (artigo 4.2.3.1). A eficácia de um SPDA está também condicionada pelos componentes
utilizados para a instalação do SPDA. No que diz respeito à escolha dos componentes apropriados, o projetista
deverá especificar os mesmos de acordo com a norma da série NP EN 62561 que toma em consideração a
elevação da temperatura provocada pela corrente da descarga atmosférica, a resistência à corrosão devido às
condições de influência externas e a resistência mecânica aos esforços eletrodinâmicos (artigo 4.2.3.2).
αο αο αο
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Figura 4: Proteção de uma estrutura simples pelo método do ângulo (α° ângulo de proteção conforme quadro 2 da NP EN 62305-3).
Legenda:
1: Haste de captura;
2: Unidade de climatização;
3: Condutor de baixada;
s: Distância de separação;
α°: Ângulo de proteção conforme o quadro 2 da NP EN 62305-3.
O método da esfera rolante é apropriado para o posicionamento dos dispositivos de captura nas estruturas de
formas complexas (figura 6) tais como locais industriais, igrejas, torres de telecomunicações, etc. Os detalhes para
o posicionamento dos dispositivos de captura são dados no artigo E.5.2.2.2.
Legenda:
r: Raio da esfera rolante.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
O método da malha é recomendável para estruturas com telhado plano (figura 7) ou para estruturas com telhado
inclinado (figura 5) tais como edifícios de habitação, estruturas de abrigo, etc. Os detalhes para o posicionamento
dos dispositivos de captura (condutores) são dados no artigo E.5.2.2.3.
w
w
Legenda:
w: Dimensão da malha segundo o quadro 2 da NP EN 62305-3.
Legenda:
w: Dimensão da malha segundo o quadro 2 da NP EN 62305-3.
As proteções complementares necessárias para as estruturas com uma altura superior a 60 m contra
descargas atmosféricas são dadas no artigo E.5.2.3.
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Os condutores de baixada devem estar ligados às juntas dos dispositivos de captura e aos terminais das redes de
terra (figura 9).
P O
Figura 9: Ligação dos condutores de baixada às juntas dos dispositivos de captura aos terminais das redes de terra (figura da esquerda).
Por estas razões, o posicionamento dos condutores de baixada e a sua instalação num edifício é um dos
principais problemas na implementação de um SPDA exterior.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
Neste artigo e sub-artigos, quem estiver interessado pode encontrar soluções práticas para resolver a maior parte
das dificuldades, como por exemplo:
• A utilização de componentes naturais, como as armaduras do betão armado ou os condutores suplementares
específicos embutidos nos postes em betão armado, a utilização em estruturas em aço da cobertura da
fachada (figura 10), tubos de queda metálicos de águas pluviais, etc. Para mais detalhes ver o artigo E.5.3.5 e
também o artigo E.4.3.
Legenda:
1: Estrutura vertical
2: Ligação
3: Estrutura horizontal
4: Fixação mural
5: Estrutura vizinha
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
Figura 11: Rede de terra do tipo A. Figura 12: Rede de terra do tipo B.
São fornecidas informações detalhadas para a realização de redes de terra eficientes respondendo às funções
citadas nos artigos E.5.4.3.2 a E.5.4.3.6. São dadas orientações específicas para as redes de terra em anel, que
são altamente recomendadas para as redes de terra dos SPDA, as regras são apresentadas ao detalhe no que diz
respeito às armaduras em aço das fundações em betão armado ou no que diz respeito à utilização de condutores
específicos complementares embutidos nas fundações em betão armado e ligadas diretamente às armaduras em
aço, quando as fundações da estrutura estão em contacto direto com o solo. No artigo E.5.4.3.2, também são
dadas as regras detalhadas sobre a posição, conceção e instalação das redes de terra em anel em caso de níveis
freáticos altos e se as fundações da estrutura estiverem isoladas da água subterrânea por uma membrana
impermeável que cria um isolamento el (figura 10).
Legenda:
1: Condutor de baixada; 5: Camada impermeável;
2: Terminal de rede de terra; 6: Armadura do betão armado;
3: Terminal de ligação equipotencial; 7: Elétrodo de terra;
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
Figura 10: Camada impermeável por baixo da fundação da estrutura e rede de terra sob a camada no betão de limpeza constituída por uma
malha de dimensão 10m x 10m.
São dadas regras práticas quanto à escolha e realização das redes de terra mais eficazes, do tipo A ou B,
consoante o tipo de elétrodos utilizados: por exemplo radiais, verticais ou horizontais, conforme for a natureza do
solo (artigo E.5.4.3.5) e conforme for a utilização e dimensões da estrutura a ser protegida (artigo E.5.4.3.6).
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
Tal como indicado neste artigo, o SPDA interior é o mesmo para todos os níveis de proteção à exceção das
distâncias de separação. As orientações para o SPDA interior excedem muitas vezes as medidas de
equipotencialidade para a instalação com corrente alternada, a sua implementação pode também ser combinada.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
Legenda:
M: Instalação metálica dentro da estrutura, (parte condutora acessível, IEV 195-06-10);
C: Instalação metálica dentro da estrutura, (elemento condutor estranho, IEV 195-06-11);
C1: Canalização metálica exterior, por exemplo tubagem metálica de água;
C2: Canalização metálica exterior, por exemplo tubagem metálica de água usada;
C3: Canalização metálica exterior, por exemplo tubagem metálica de gás com camada isolante;
C4: Canalização metálica interior, por exemplo tubagem metálica de água;
C5: Armadura em aço do betão armado;
C6: Instalação metálica dentro da estrutura, por exemplo banheira metálica, (elemento condutor estranho);
C7: Instalação metálica dentro da estrutura, por exemplo (elemento condutor estranho);
B:Terminal de ligação equipotencial ou terminal principal de terra, [IEV 195-02-33];
T1:Rede de terra em anel;
T2: Elétrodo de terra para SPDA externo se necessário;
SPDA: Sistema de proteção contra descargas atmosféricas;
PE: Terminal de terra para condutores de proteção;
1: Condutor de proteção (PE), [IEV 195-02-09]; 2: Ligações equipotenciais dos serviços exteriores; 3: Ligações equipotenciais das partes
condutoras acessíveis segundo HD 60364-5-54; 4: Condutor de baixada do SPDA; 5: Condutor de terra [IEV 195-02-03]; 6: Disruptor; 7:
Camada isolante; 8: Quadro baixa tensão.
Figura 11 : Exemplo de ligações equipotenciais dos elementos condutores interiores e ligações equipotenciais dos serviços exteriores.
Proteção contra os efeitos das correntes induzidas nos sistemas internos (artigo E.6.4)
O artigo E.6.4 faz referência à NP EN 62305-4 no que diz respeito às medidas de proteção contra as sobretensões
induzidas pela corrente da descarga atmosférica nos anéis da instalação interna. Como praticamente todos os
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
edifícios têm equipamentos elétricos e eletrónicos sensíveis a tais sobretensões, é recomendável que as medidas
de proteção sejam consideradas durante a conceção dos SPDA.
Em conformidade com o artigo E.7.3 a inspeção dos SPDA deve ser realizada regularmente para assegurar que
cumprem os requisitos para os quais foram concebidos na origem e no que diz respeito à frequência de inspeção
proposta. Se uma inspeção concluir que são necessárias reparações, estas devem ser feitas imediatamente. O
plano de manutenção proposto consiste num procedimento de inspeção. O programa de manutenção periódica
pode ser estabelecido tendo em conta os seguintes elementos:
• Degradações ligadas às condições atmosféricas e ambientais;
• A exposição ao perigo da descarga;
• O nível de proteção definido para a estrutura.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
APLICAÇÕES PRÁTICAS
a) Casa rural
A casa está auto protegida no exemplo dado na NP EN 62305-2. Não há, portanto, necessidade de proteção.
b) Centro informático
A fim de determinar as proteções a serem instaladas iremos estudar o método das malhas para esta estrutura de
dois andares com telhado plano composto por um só elemento elevado.
Ficou concluído através da análise do risco que o centro informático nessita da implementação de um dispositivo
de nível IV. Em conformidade com o quadro 2 da NP EN 62305-3, para um nível de proteção IV, a dimensão das
malhas deve ser w=20m.
A figura 13 mostra a malha (azul) a ser implementada no centro informático.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
A rede de terra será uma rede de terra do tipo B (Parágrafo 5.4.2.2 da norma NP EN 62305-3). Um condutor de
terra será disposto em anel exterior no perímetro do centro informático, que ficará a cerca de 1 m do edifício, a
uma profundidade de pelo menos 50 cm e cobrirá pelo menos 80% do perímetro do edifício (Parágrafo 5.4.3 da
norma NP EN62305-3).
As pontas captoras são dispostas em redor do edifício nas interseções das malhas nos elementos salientes.
A distância de separação é calculada para n=16 no caso do ar e do betão. A figura 16 mostra a distância de
separação s, em metros, em função do trajeto L, em metros, entre o ponto de observação e o ponto de
equipotencialidade mais próximo.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
c) Armazém logístico
No âmbito de determinar as proteções a serem implementadas, iremos estudar o método da esfera fictícia. Iremos
fazer rolar uma esfera com um determinado raio definido através da avaliação do risco no edifício.(figura 17).
Os contatos entre a esfera e o edifício são representados em vermelho na figura 18 e devem ser protegidos contra
os impactos diretos. Na figura 19, encontramos um sistema de proteção contra descargas atmosféricas com nível
de proteção III. O objetivo é colocar as pontas captoras para cobrirem os sítios onde a esfera rolante toca na
estrutura, respeitando as distâncias de separação que foram calculadas e ilustradas na figura 20.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
Figura 19: Dimensionamento da proteção contra descargas atmosféricas segundo a norma NP EN 62305-3.
O cálculo da distância de separação, foi efetuado com a ajuda de um software. Como os condutores de baixada
estão integrados no betão, neste exemplo não precisamos de calcular as distâncias de separação para as
baixadas.
O edifício em causa é um local logístico dotado de um SPDA de acordo com a norma NP EN 62305-3. A figura 21,
mostra os condutores de baixada integrados na estrutura e na rede de terra integrada na fundação.
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
Figura 21: Local logístico com uma proteção contra descargas atmosféricas segundo a norma NP EN 62305-3
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
REFERÊNCIAS ÚTEIS
NP EN 62305-1 Edição 2
NP EN 62305-2 Edição 2
NP EN 62305-3 Edição 2
NP EN 62305-4 Edição 2
NP EN 50164 (série)
NP EN 61643-11
NP EN 61643-21
CLC TS 61643-12
CLC TS 61643-22
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– PARTE 3: DANOS FÍSICOS A ESTRUTURAS E RISCOS HUMANOS
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