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Resenha Depressão

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TRABALHO DISCUSSÃO DE ARTIGOS

NEUROANATOMIA E NEUROFISIOLOGIA APLICADAS À FONOAUDIOLOGIA


PROFESSORA ROSELI APARECIDA LEITE DE FREITAS

DEPRESSÃO – ALTERAÇÕES NEUROLÓGICAS E COMPORTAMENTAIS


FONOAUDIOLOGIA – 3° SEMESTRE
14/05/2021

◦ AMANDA OLIVEIRA SAMPAIO – RGM: 19221134.


◦ DANIELA DE ASSIS DIAS ESBROLIA – RGM: 23781769.
◦ IMNA DE FREITAS FERREIRA – RGM: 22612840.
◦ LAÍS ALMEIDA ALVES – RGM: 22604618.
◦ RAFAELA VITÓRIA SILVA DE CAMPOS – RGM: 22895817.
RESENHA

A REALIDADE DA DEPRESSÃO

Por: Amanda Sampaio, Daniela Dias, Imna Tanja, Laís Almeida e Rafaela Campos.

Referência: A SAÚDE MENTAL GLOBAL, A DEPRESSÃO, A ANSIEDADE E OS


COMPORTAMENTOS DE RISCO NOS ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR: ESTUDO
DE PREVALÊNCIA E CORRELAÇÃO

https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/1807-1384.2019v16n2p143/ 40055

O Transtorno Depressivo é uma perturbação psiquiátrica que afeta grande parte


da população mundial, podendo atingir da criança ao idoso. Entretanto, os indivíduos
entre 18 e 25 anos são os mais propensos a desenvolverem tal patologia, sendo
mais predominante em mulheres do que em homens.

Há quem confunda tristeza com depressão, porém ambas se distinguem.


Enquanto a tristeza é uma reação natural dos seres humanos de curta duração ao
vivenciarem situações tristes, traumáticas e errôneas, a depressão se caracteriza
por ser uma tristeza duradoura que trata as situações em aspectos mais amplos,
negativos e pessimistas.

Segundo o artigo de referência, a sintomatologia do transtorno pode se apresentar


de forma variada. Nas crianças podem se apresentar a irritabilidade e a intolerância,
e nos adultos o rol sintomático consta: alteração de apetite, peso e sono; diminuição
da energia afetando atividades psicomotoras; dificuldade para pensar, concentrar e
tomar decisões; idealizações suicidas e pensamentos de morte; tristeza e desânimo
constantes; raiva persistente; sentimento de culpa; sensação de incompetência;
dificuldade de interação social; desleixo no cuidado pessoal; ingestão exacerbada de
álcool; perda de prazer e interesse em atividades que antes eram prazerosas; e até
mesmo dores corporais sem causas físicas (provenientes da psique).

Devido a uma fase de mudanças e procura de identidade, os jovens adultos entre


18 e 25 anos são os de maior prevalência nos índices depressivos. Sendo a
incidência nessa faixa etária mais elevada que em qualquer outra conforme estudos
do presente artigo. Neste grupo incluem-se os universitários, que são sujeitos
propensos a níveis elevados de stress.

As pesquisas mostraram que 10% a 50% dos estudantes são atingidos (Stewart-
Brown et al, 2000; Dyrbye et al, 2006), sendo considerados como grupo de risco
para o desenvolvimento de perturbações mentais (Michael et al, 2006; Vazquez e
Blanco, 2008). O posicionamento positivo ou negativo, o ano escolar e curso do
graduando, estar afastado de casa e as questões financeiras são algumas questões
da vida acadêmica que podem acarretar a patologia depressiva.

Portanto, essa doença mental afeta corpo, comportamentos, pensamentos e


humor, podendo haver distinções conforme a duração, severidade, intensidade e
número de sintomas. Algumas das classificações são: Depressão bipolar e unipolar,
Distimia, Perturbação Depressiva Maior, Perturbação Depressiva, entre outros.

TIPOS DE DEPRESSÃO / CLASSIFICAÇÕES

Depressão Maior

 Interfere na capacidade de funcionar do individuo


 Tristeza, ansiedade, vazio, menos energia, fadiga, lentidão
psicomotora, diminui interesse e prazer, apetite, peso, sono, culpa,
desespero, inutilidade, ideias suicidas, concentração, memória, choro,
irritabilidade, dores sem explicação física

Distimia
 Menos intensa, mais prolongada
 Sintomas menos severos
 Apetite, sono, fadiga, energia, baixa autoestima, concentração, decisão, falta
de esperança, desvalorização

Na gênese da depressão está a interação de fatores biológicos, psicológicos


e sociais. Há fatores biológicos como alterações nos neurotransmissores mais
concretamente no funcionamento da serotonina, norepinefrina e dopamina
(Baldwin e Birtwistle, 2002), alterações que poderão ocorrer por via genética
ou hereditária (Levinson, 2006). Sendo estes fatores biológicos relevantes na
origem das perturbações depressivos, há ainda a considerar os fatores
psicológicos como sejam eventos negativos.

Num estudo de Steele (2013) com 225 estudantes universitários do 1º ano


procurou responder à questão como é que um instrumento de rastreio da depressão
combinado com o protocolo de encaminhamento e tratamento implementado num
centro de saúde universitário influencia o comportamento do cuidador? Uma das
conclusões a que o autor chegou é a recomendação do uso do PHQ (2 ou 9) como
instrumento apropriado para o rastreio da sintomatologia depressiva e que, os
indivíduos sinalizados com perturbação depressiva, sejam acompanhados em
follow-up com aplicação do PHQ-9. Eisenberg e Chung (2012) consideram tanto o
PHQ-2 como o PHQ-9 instrumentos válidos devendo ser ponderada a sua aplicação
em indivíduos

Conclui-se de forma clara pelo artigo, que o Transtorno Depressivo gera


consideráveis implicações não só na vida de quem o tem, mas sim, de todas
as pessoas que o rodeiam e convivem diariamente, podendo variar entre leve,
moderado e chegar à gravidade. Por isso, essa doença de causas sociais,
psicológicas e biológicas necessita dos devidos cuidados, seguindo
corretamente o tratamento composto por terapias psicológicas e psiquiátricas
e até mesmo o uso de medicamentos.
Assim sendo, não confunda a tristeza com a depressão, pois como diz o
psiquiatra Augusto Cury: “Nunca despreze as pessoas deprimidas. A
depressão é o último estágio da dor humana”.

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