O documento discute a densitometria óssea, um exame que mede a densidade mineral óssea para diagnosticar a osteoporose. Ele explica que a densitometria avalia a composição e as células ósseas, além de detalhar os métodos de absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA) e os escores Z e T utilizados para comparar os resultados.
O documento discute a densitometria óssea, um exame que mede a densidade mineral óssea para diagnosticar a osteoporose. Ele explica que a densitometria avalia a composição e as células ósseas, além de detalhar os métodos de absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA) e os escores Z e T utilizados para comparar os resultados.
O documento discute a densitometria óssea, um exame que mede a densidade mineral óssea para diagnosticar a osteoporose. Ele explica que a densitometria avalia a composição e as células ósseas, além de detalhar os métodos de absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA) e os escores Z e T utilizados para comparar os resultados.
O documento discute a densitometria óssea, um exame que mede a densidade mineral óssea para diagnosticar a osteoporose. Ele explica que a densitometria avalia a composição e as células ósseas, além de detalhar os métodos de absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA) e os escores Z e T utilizados para comparar os resultados.
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Densitometria Óssea
Prof. Tr. Vinícius Ribeiro
Introdução • A Densitometria Óssea é um exame especializado que usa várias tecnologias na avaliação da baixa massa óssea e deterioração estrutural do sistema esquelético, objetivando diagnosticar a osteoporose. Composição Óssea • Para entender os princípios que dão base a densitometria óssea, o técnico precisa ter um entendimento básico da composição óssea e de como o processo osteoporótico ocorre. • O osso é um tecido vivo, que consiste em duas categorias principais. • A cortical refere-se ao córtex ou porção externa. Assim, o osso cortical forma o invólucro externo denso de todos os ossos e é importante no suporte de peso. • O segundo tipo mais importante de tecido ósseo é o osso esponjoso ou trabecular, que forma a porção interligada em forma de treliça ou esponjosa do osso que fornece força ao osso. • O osso está constantemente se modificando através de um processo de natureza complexa de destruição e reconstrução das células ósseas. Células Ósseas • Os osteoclastos e os osteoblastos são os principais osteócitos (células ósseas) responsáveis pela remodelação óssea. • Os osteoblastos são responsáveis pela construção de osso novo ou pelo reparo ósseo. A desestruturação e a reabsorção de osso velho são atribuídas aos osteoclastos. O ritmo em que o processo é executado contribui para a densidade óssea. • Se o ritmo de osso novo excede a desestruturação de osso velho, a densidade óssea é aumentada. A densidade óssea permanece constante se o processo ocorre no mesmo ritmo. Quando o ritmo de osso novo é excedido pela desestruturação de osso velho, ocorre, então, uma diminuição na densidade óssea. • A detecção precoce da osteoporose através da densitometria óssea pode levar à intervenção antes que ocorram fraturas esqueléticas associadas. Objetivo • A densitometria óssea é realizada para: Medir a densidade mineral óssea. Detectar perda óssea. Estabelecer o diagnóstico de osteoporose. Avaliar o risco individual de fratura. Avaliar a resposta do paciente ao tratamento de osteoporose. • As medições da densidade óssea são obtidas em localizações específicas. A seleção do sítio específico pode incluir uma análise central que inclua a coluna lombar ou o fêmur proximal. • Os dedos, o punho, o antebraço, o calcanhar ou a porção inferior da perna são exemplos de análise de sítios periféricos. • Varreduras de corpo inteiro podem fornecer informações adicionais. Osteoporose • É definida como uma doença esquelética sistêmica caracterizada por baixa massa óssea e comprometimento micro arquitetônico do tecido ósseo. • Essa deterioração leva a uma fragilidade óssea aumentada e, consequentemente, a um risco aumenta- do de fraturas. • Afetando principalmente mulheres na pós-menopausa, ela é uma doença degenerativa que resulta em redução na densidade óssea por perda de cálcio e de colágeno. • Ela se desenvolve gradualmente e pode ser de difícil detecção sem uma avaliação densitométrica. Indicações • Avaliação de pacientes com doenças metabólicas que notoriamente afetam o osso. • Avaliação de mulheres em relação à possível iniciação de terapia de reposição hormonal . • Avaliação e a monitoração do tratamento para osteoporose. • Mulheres na pós-menopausa que tenham um ou mais fatores de risco para fratura osteoporótica. • Mulheres com idade superior a 65 anos e homens com idade superior a 70 anos. Fatores de Risco • Sexo (mulher com maior risco que homem). • Nível de hormônio sexual. • Baixo peso corporal. • Fraturas prévias. • História familiar de osteoporose. • Menopausa precoce. • Etnia caucasiana ou asiática. • Tabagismo. • Consumo excessivo de álcool. • Atividade física inadequada. • Incapacidade por tempo prolongado. • Dieta de baixa ingestão de cálcio. • Deficiência de vitamina D. Contraindicações • A densitometria óssea é contraindicada se procedimentos de controle da qualidade e padronizações não forem mantidos para assegurar resultados precisos. • Outras limitações incluem uma massa óssea que é muito baixa ou uma parte do corpo que é muito espessa na área de interesse. • Malformações anatômicas do sítio anatômico, tais como aquelas exibidas na coluna, também podem fornecer resultados menos precisos. Exemplos disso incluiriam cifose ou escoliose graves. A presença de uma fratura prévia ou prótese metálica também impede as medidas de densidade mineral óssea no sítio anatômico afetado • Assim como ocorre em relação a qualquer exame radiográfico, a gestante não deve ser examinada, e os padrões estabelecidos para evitar a exposição inadvertida ao feto devem ser mantidos. Além disso, o paciente deve ser agendado com intervalo de pelo menos uma semana da data de qualquer exame radiográfico anterior com contraste ou da administração de quaisquer isótopos para exame de medicina nuclear. Preparo do Paciente • O paciente é instruído a vestir roupas confortáveis, sem quaisquer objetos densos (por ex.: cinto, zíper) nas áreas abdominal e pélvica. • O protocolo departamental pode exigir que o paciente se dispa e vista um roupão durante o procedimento, para assegurar uma aquisição livre de artefatos. Equipamento • Mesa escaneadora: composta de uma mesa e um braço escaneador, contém suprimentos de força, circuitos elétricos, mecanismos motorizados e a fonte de raios X. • Computador: armazena e analisa dados. Possui controles de comunicação entre ele e a mesa e entre o monitor e a impressora. • Monitor: permite visualizar as telas do software e os dados escaneados. • Teclado: permite a comunicação com o computador. • Impressora: permite a criação de uma cópia em papel da imagem escaneada e da análise dos resultados. • Software: apresentam submenus operacionais que orientam o operador na elaboração e impressão do relatório de análise densitométrica. Cuidados com o Densitômetro • A temperatura da sala deve variar de 18º a 25º e a umidade de 20% a 80% • Poeira, fumo, névoas e corpos estranhos devem ser evitados. • Ao limpar o aparelho, o uso de solventes deve ser evitado. • Verificar se os cabos estão bem dispostos e protegidos. • A corrente elétrica deve se manter estável. • Os dados devem ser armazenados. • Procedimentos de controle de qualidade devem ser implantados. • Não deixar cair líquido no computador • Não usar força para manusear o braço escaneador. Métodos e Técnicas • Absorciometria radiográfica (AR) • Absorciometria de fótons por monoenergia (AFME) • Absorciometria por dupla energia (ADE) • Absorciometria de raios X por monoenergia (AME) • Absorciometria de energia dupla de raios X (DEXA) • Tomografia computadorizada quantitativa (TCQ) • Ultrassonografia quantitativa (USQ) DEXA • A DEXA utiliza uma fonte de raios X, com dois níveis de energia (70 e 140 keV). Esse feixe atravessa o indivíduo no sentido póstero- anterior e é captado por detectores. • O princípio de funcionamento baseia-se no fato de que as características de atenuação diferem no osso e nos tecidos moles em função da energia dos feixes de raios X. • A diferença na atenuação entre o osso e o tecido mole é maior no feixe de baixa energia do que no de alta energia. • Um contorno de atenuação é então formado, permitindo a quantificação do mineral ósseo e da massa de tecidos moles. • Uma vez que a composição dos tecidos moles varia em torno do esqueleto axial, a técnica de dupla energia permite correções para essas variações. • As medidas são geralmente corrigidas pela área de osso adquirido, de acordo com as variáveis do tamanho, sendo os resultados expressos em g/cm2 (gramas de mineral ósseo/cm2 de área analisada). Pencil Beam e Fan Beam • Pencil Beam: Primeira geração de equipamentos DEXA que utilizava um colimador de feixe único (tipo lápis) acoplado a um detector localizado no braço do aparelho e que efetuava movimentos lineares de um lado ao outro. • Fan Beam: Novos sistemas DEXA que utilizam um colimador que gera um leque de feixes acoplado a um conjunto de detectores alinhados. Em consequência, um único movimento de varredura sobre o paciente é realizado, permitindo reduzir o tempo de exame para cerca de 10 a 30 segundos. Pencil Beam Fan Beam Procedimentos DEXA • A DEXA, inicia-se com uma imagem radiográfica piloto para determinar o posicionamento correto e avaliar a presença de artefatos antes da aquisição de dados. • O sítio selecionado é então analisado, e um relatório mineral ósseo é coletado. Esse relatório tipicamente contém a imagem mineral óssea, medições de densidade óssea e dados de padrões comparados, informações sobre o paciente e dados de controle da qualidade. • A informação coletada é então comparada com bases de dados de densidade óssea para determinar a presença de osteoporose. Escores Z e T • Os dois padrões utilizados para comparar as medições da densidade óssea do paciente são o escore Z e o escore T. • O padrão de escore Z compara os dados do paciente com uma média individual da mesma idade e sexo. • O escore T compara o paciente com uma média individual de adultos jovens e saudáveis do mesmo sexo com massa óssea máxima. • Esses valores podem ajudar a avaliar a presença ou a extensão do risco relacionado à osteoporose para futuras fraturas. Precisão e Acurácia da DEXA • Precisão: é a capacidade de um sistema de DEXA obter valores consistentes de densidade mineral óssea em exames repetidos do mesmo paciente. • Acurácia: é quando o valor medido reflete por completo o valor atual ou verdadeiro do objeto medido. • A precisão e a acurácia são influenciadas por movimento do paciente durante o exame, biótipo, posicionamento do paciente e variações do equipamento. • Para atingir a melhor precisão e acurácia é necessário posicionamento adequado do paciente e uma análise contínua do equipamento, realizando os testes de controle de qualidade de acordo com os protocolos do fabricante. Posicionamento – Coluna (AP) • Imagens da coluna por DEXA são mais frequentemente obtidas para avaliação do risco de futuras fraturas vertebrais. • O paciente é posicionado em decúbito dorsal, com o plano mediossagital alinhado com o plano médio da mesa. • O técnico coloca então um apoio entre as pernas do paciente para posicioná-las em um ângulo de 60º a 90º em relação ao tronco a fim de reduzir a curvatura lordótica • A coluna deve estar reta e alinhada com o campo de varredura, como pode ser avaliado a partir da imagem radiográfica piloto. Se necessário, podem ser realizadas modificações no posicionamento. • É de grande importância certificar-se do modo de aquisição: Slow ou gordo (> 25cm) Medium ou standard (15 – 25cm) Fast ou magro (< 15cm) Imagem – Coluna (AP) • A imagem deve ser avaliada para assegurar uma aquisição livre de artefatos. • A região incluída deve ir de T12 à crista ilíaca para que seja obtida análise de L 1 até L4 , com o final da crista ilíaca bilateralmente e com o último par de arcos costais presentes na imagem. • Corpos vertebrais anormais ou afetadas por artefatos geralmente não são considerados na avaliação da densidade mineral óssea. • As linhas intervertebrais devem se alterar o mínimo possível. Posicionamento – Quadril (AP) • A obtenção de imagens do quadril com DEXA é muito útil para predizer futuras fraturas do quadril. • O paciente é posicionado em uma posição de decúbito dorsal, com o plano mediossagital alinhado com a linha média da mesa. As pernas do paciente são estendidas, e os sapatos são tirados. • O quadril selecionado para análise deve ser determinado pela informação de fraturas anteriores ou doenças congênitas do quadril. Por exemplo, se houver qualquer história prévia de fratura do quadril esquerdo, então o quadril direito deve ser selecionado. Se não houver história prévia de tais fatores, então ambos os quadris podem ser escaneados. • A perna é então posicionada como seria para uma incidência AP verdadeira do quadril. Ela deve ser rodada internamente cerca de 15° a 20° para colocar o colo do fêmur paralelo à superfície de obtenção de imagens, ocultando o pequeno trocânter. Um dispositivo de apoio para imobilização que permite o posicionamento correto encontra-se geralmente disponível na unidade de DEXA. Imagem – Quadril (AP) • Uma vez que tenha sido obtida a imagem piloto, ela é avaliada quanto ao posicionamento correto e quanto a artefatos externos. • A imagem deve incluir o fêmur proximal de forma vertical. A aquisição deve iniciar cerca de 5 a 6cm antes do aparecimento do ísquio medialmente. • Após o término do grande trocânter, o exame deve conter em torno de 5cm de partes moles superiormente . • Deve-se realizar a aquisição de modo a não conter “ar” lateralmente à coxa. Posicionamento – Antebraço • Colocar o paciente sentado ao lado da mesa, com as costas eretas e o ombro alinhado com o centro vertical do posicionador. • O antebraço escolhido é o não dominante, isto é, o braço contrário a mão que se escreve. • É importante recomendar ao paciente que deixe o pulso relaxado e feche as mãos. • Posicionar o centro do laser no centro do pulso. • O exame do antebraço deve ser realizado quando não é possível realizar o exame de coluna ou do fêmur pelo fato de o cliente ser obeso, pela presença de próteses e etc. Imagem - Antebraço • Verificar na tela do computador se a imagem escaneada está adequada. • Observar se o membro está centralizado, retificado e paralelo. • Verificar se uma pequena porção dos ossos da mão está presente. • A região do rádio é a região de interesse (1/3 distal devendo incluir na imagem os ossos do carpo). Posicionamento – Corpo Inteiro • Paciente em decúbito dorsal de modo que ele fique no centro da mesa. • Os braços devem ficar estendidos ao logo do corpo, com as mãos voltadas para baixo, repousando sobre a mesa. • Predem-se os pés e as pernas com o auxílio de velcros a fim de se evitarem movimentos durante o exame. Imagem – Corpo Inteiro Verificar se os cortes de corpo inteiro estão posicionados do seguinte modo: Cabeça: O corte está localizado imediatamente abaixo do queixo. Braço esquerdo e direito: devem passar pelas axilas de ambos os lados com os cortes separando as mão e os braços do corpo. Antebraço esquerdo e direito: Os cortes devem ser tão próximo do corpo quanto possível, separando os cotovelos e os antebraços. Coluna esquerda e direita: Devem ficar o mais próximo possível da coluna. Pélvis esquerda e direita: Passam pelos colos femorais e não tocam a pélvis. Topo da pélvis: Imediatamente acima do limite superior da pélvis. Perna esquerda e direita: separam as mão e antebraços das pernas. Entrepernas: Separa a perna direita da esquerda.
Desempenho da ecografia mamária na identificação do tumor residual pós-quimioterapia primária e a concordância entre a aferição ultrassonográfica e histopatológica