Legislação Federal para Produção e Comercialização de Sementes e Mudas

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Legislação Federal para Produção e

Comercialização de Sementes e Mudas


CENA/USP/Piracicaba-SP.
Prof. Paulo Hercílio Viegas Rodrigues

Francisco José Mitidieri


Auditor Fiscal Federal Agropecuário/UTRA-Campinas/SFA-SP
Sumário

• Arcabouço legal
• Sistema Nacional de Sementes e Mudas-SNSM
• Registro Nacional de Sementes e Mudas-RNC
• Conceituações
• Inscrição do estabelecimento no RENASEM
• Inscrição do material de propagação no MAPA
• Inscrição do campo ou viveiro de produção
• Documentos da Muda

• Passo a Passo
Arcabouço legal
Legislação de Sementes e Mudas
• Lei nº 10.711, de 05/08/2003, que dispõe sobre o
Sistema Nacional de Sementes e Mudas

• Decreto nº 5.153, de 23/07/2004, que regulamenta a Lei


nº 10.711/2003.
Arcabouço legal
Mudas – Instrução Normativa
• Instrução Normativa nº 24, de 16/12/2005 aprova Normas para Produção,
Comercialização e Utilização de Mudas
• IN 29/2009 - Seringueira
• IN 02/2010 - Insere o Anexo XXV - Laudo do Resp. Téc. para Planta ou
Campo de plantas SOGC
• IN 17/2017 – Florestais ou Interesse Ambiental ou Medicinal, Nativas e
Exóticas
• IN 22/2012 - Mudas mat. propagação “in vitro” – Cultura de Tecidos
• IN 35/2012 - Café
• In 28/2012 - Morango
• IN 48/2013 - Citros
• IN 34/2014 - Taxas de serviços (é a mesma para sementes)
Conceituações

• Muda: material de propagação vegetal de qualquer gênero, espécie


ou cultivar, proveniente de reprodução sexuada ou assexuada e
que tenha a finalidade específica de plantio;
• Muda certificada: muda que tenha sido submetida ao processo de
certificação, proveniente de planta básica ou de planta matriz;
• Muda para uso próprio: muda produzida por usuário, com a
finalidade de plantio em área de sua propriedade ou de que
detenha a posse, sendo vedada a sua comercialização;
– Anexo XIX – Declaração de inscrição de área para produção de
mudas para uso próprio
Conceituações

• Planta Básica: planta obtida a partir de processo de melhoramento,


sob a responsabilidade e controle direto do seu obtentor ou
introdutor, mantidas as suas características de identidade e pureza
genética;
• Planta Matriz: planta fornecedora de material de propagação que
mantém as características da planta básica da qual seja
proveniente
• Jardim Clonal: conjunto de plantas, matrizes ou básicas, destinado
a fornecer material de multiplicação de determinada cultivar;
• Borbulheira: conjunto de plantas de uma mesma espécie ou cultivar
proveniente de planta básica, planta matriz ou muda certificada,
destinado a fornecer borbulhas;
Conceituações

• IN 22/2012 – Cultura de tecidos - Publicada em 28/08/2012


• ápice caulinar: segmento do ápice do caule composto pelo
meristema apical juntamente com os primórdios foliares e folhas em
desenvolvimento;
• calo: grupo ou massa de células com crescimento desordenado, as
quais podem apresentar certo grau de diferenciação;
• explante: material utilizado para iniciar o processo de produção de
mudas ou de outras estruturas de propagação obtidas por meio de
cultura de tecidos;
• cultura de tecidos: método de propagação vegetativa, por meio de
técnicas de excisão, desinfecção e cultura, em meio nutritivo, em
condições assépticas, de células e de tecidos ou órgãos de plantas;
Conceituações

• Lei nº 10.711/2003, Art. 2º:

– XIII – Comerciante: pessoa física ou jurídica que exerce o comércio de


sementes ou mudas;

– XIV - Comércio: o ato de anunciar, expor à venda, ofertar, vender,


consignar, reembalar, importar ou exportar sementes ou mudas;
Conceituações
• Lei nº 10.711/2003, Art. 2º:
Entendendo o processo de produção de mudas:
(Art.47 do Decreto 5.153/2004)
• Obtenção da Planta Básica: melhoramento genético
ou introdução (importação) do material de origem;
• Obtenção da Planta Matriz ou conjunto de PM;
• Instalação do Jardim Clonal;
• Material SOGC – Sem Origem Genética Comprovada;
• Produção da muda:
– O material (enxertia, garfagem, estaquia, alporquia,
outros) é utilizado na formação da muda
– O material de propagação utilizado para produção de
mudas deverá ser proveniente de PB, PM, JC, ou
Borbulheira previamente inscritos no MAPA.
Passo a passo: 1º passo
• Inscrever o estabelecimento no Registro Nacional de
Sementes e Mudas-RENASEM:
🗸 Necessidade de ter um Responsável Técnico já
credenciado no RENASEM
🗸 O viveirista deve certificar-se de que as cultivares que
pretende produzir estão inscritas no Registro Nacional
de Cultivares-RNC
– MAPA emite os Certificados
• Inscrição do estabelecimento no RENASEM para o
viveiro - Validade 3 anos
• Credenciamento no RENASEM para o RT - Validade 3
anos
Passo a passo: 2º passo
• 2º = inscrever o material de propagação:
– Com origem genética comprovada:
• IN 24/2005 – Requerimento - Anexo XII e o FFA emite o
Certificado - Anexo XIV
• IN específicas: ver os anexos das INs
• Documentos a anexar: ver as IN
– Sem origem genética comprovada:
• IN 24/2005 – Requerimento – Anexo XIII e o FFA emite o
Certificado - Anexo XV

– FFA emite os Certificados


• Validade 3 anos
• Validade 5 anos - citros
Viveiro de mudas de cana: Planta
Básica
Viveiro de florestais: Jardim clonal
Viveiro de Ornamentais: Jardim clonal
Passo a passo: resumindo...
RENASEM
• Site MAPA
• Anexar documentos

Material de propagação
• PB, PM, JC, Planta ou Campo de plantas

Produção Anual de mudas


• Requerimento
• Caracterização do viveiro
• Anexar documentos
AnexoXII

OProdutordeMudas,abaixoidentificado,requerainscrição de:
PlantaBásica PlantaMatriz JardimClonal Borbulheira
IDENTIFICAÇÃODOPRODUTORDEMUDAS
Nome:
CNPJ/CPF: Inscrição no RENASEM nº:
END:
Município/UF: CEP:
Endereço eletrônico:

IDENTIFICAÇÃODORESPONSÁVELTÉCNICO
Nome: CREA Nº/Visto:
CPF: Credenciamento no RENASEM nº:
END.:
TEL: Endereço eletrônico:
Município/UF: CEP:

IDENTIFICAÇÃODAPLANTABÁSICA,PLANTAMATRIZ, JARDIMCLONALOUBORBULHEIRA
Espécie:
Cultivar:
Documentosanexos:
1)comprovantederecolhimentodataxacorrespondente,parainscrição deJardimClonaleBorbulheira;
2)comprovaçãodaorigemgenética:
a)paraplantabásica: atestadodeorigemgenética;
b)paraplantamatriz: notafiscal,quandoadquiridodeterceiros, eatestadodeorigemgenéticadomaterial depropagaçãooriundodaplantabásica;
c)parajardimclonal:notafiscal,quandoadquiridodeterceiros,eatestado deorigemgenéticadomaterialdepropagação,quandoomesmofor
compostoporplantasbásicas; oucertificadodesementesoudemudas,quandoomesmo forcompostoporplantasmatrizes; ou
d) para borbulheira: nota fiscal e atestado de origem genética do material de propagação, quando o mesmofor oriundo de planta básica; ou
certificadodesementesoudemudas,quandoomesmofororiundodeplantamatrizoudejardimclonal;
3)contratocomocertificador,quandoforocaso;
4)AnotaçãodeResponsabilidadeTécnica-ART,relativaàatividade;
5) atestadoemitidoporinstituiçãoquecomprovequea PlantaBásica, aPlantaMatriz,oJardimClonalouaBorbulheira,foramtestadaseexaminadas
comrelação àqualidadefitossanitáriaeàidentidadegenética, quandoforocaso;
6)croquisdelocalização dapropriedadeedaPlantaBásica,PlantaMatriz,JardimClonalouBorbulheiranapropriedade;e
7)autorizaçãododetentor dosdireitosdapropriedadeintelectualdacultivar, nocasodecultivarprotegidanoBrasil.
NestesTermos,pededeferimento.
-UF, de de

Identificaçãoeassinaturadorequerente
Anexo XIII

O Produtor de Mudas, abaixo identificado, requer a inscrição de:


 Planta fornecedora de material de propagação sem origem genética comprovada
Campo de plantas fornecedoras de material de propagação sem origem genética comprovada
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTOR DE MUDAS
Nome:
CNPJ/CPF: Inscrição no RENASEM nº:
END:
Município/UF: CEP:

IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO


Nome: CREA nº/Visto:
CPF: Credenciamento RENASEM nº:
no
END.:
TEL: Endereço eletrônico:
Município/UF: CEP:
IDENTIFICAÇÃO DA PLANTA
Espécie:
Cultivar:

IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE PLANTAS


Espécie Cultivar Número de plantas

Documentos anexos:

I - laudo técnico elaborado por grupo de especialistas, designado pela Comissão de Sementes e Mudas - CSM, com base em critérios mínimos
por ela propostos, validando a identidade genética da planta para a qual se requer a inscrição como fornecedora de material de propagação sem origem
genética comprovada;
II.- Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, relativa à atividade;
III. - atestado emitido por laboratório credenciado que comprove que a planta fornecedora de material de propagação sem origem genética comprovada, foi
testada e examinada com relação à qualidade fitossanitária, quando for o caso, obedecidas as particularidades das espécies; e
IV.- croquis de localização da propriedade e da planta fornecedora de material de propagação sem origem genética comprovada, na propriedade.

Nestes Termos, pede deferimento.

- UF, de de
Passo a passo: 3º passo
– Inscrição da produção anual de mudas (geral)

• IN 24/2005, sub item 7.3, alterada pela IN 02/2010):


• a inscrição do viveiro ou da unidade de propagação in vitro;
– II - anualmente, até 15 (quinze) dias após a instalação do viveiro ou unidade de
propagação in vitro, quando se tratar de mudas provenientes de propagação
vegetativa;
– III - anualmente, até 15 (quinze) dias após a emergência das plântulas, para
as mudas provenientes de sementes; e
– IV - anualmente, até 31 de março, para os demais casos."(NR) (Florestais)

IN 22/2012: Art. 20:


– anualmente até 10 de março;

• Requerimento
– IN específicas: ver os anexos das INs
Documentos da Muda: item 20 da IN
24/2005
• O Atestado de Origem Genética é o
documento que, emitido por melhorista,
garante a identidade genética da planta
básica, conforme modelo constante do Anexo
XXII
Documentos da Muda: item 20 da IN
24/2005
• O Certificado de Mudas é o documento
emitido pelo certificador e assinado pelo
responsável técnico, comprovante de que o
lote de mudas certificadas ou o material de
propagação oriundo de Planta Matriz, Jardim
Clonal ou Borbulheira foi produzido de acordo
com as normas e padrões de certificação
estabelecidos, conforme modelo constante
do Anexo XXIII
Documentos da Muda: item 20 da IN
24/2005
• O Termo de Conformidade é o documento
emitido pelo responsável técnico com o
objetivo de atestar que a muda ou o material
de propagação não certificados, oriundos de
Jardim Clonal, Borbulheira ou de planta
fornecedora de material de multiplicação
SOGC, foi produzido de acordo com as
normas e padrões estabelecidos, conforme
modelo constante do Anexo XXIV
Identificação das Mudas: IN 24/2005
• 19.1. No viveiro, durante o processo de produção, deverão estar
identificadas, individualmente ou em grupo, com no mínimo as seguintes
informações:
– I - nome da espécie e nome da cultivar;
– II - nome do porta-enxerto, quando for utilizado; e
– III - número de mudas.

• 19.3. Para a comercialização dar-se-á por etiqueta ou rótulo, escrita em


português, contendo, no mínimo, as seguintes informações:
– I - nome ou razão social, CNPJ ou CPF, endereço e número de inscrição do produtor
no RENASEM;
– II - a expressão “Muda de” ou “Muda Certificada de” seguida do nome comum da
espécie, conforme o caso;
– III - indicação da identificação do lote;
– IV - indicação do nome da cultivar, obedecida a denominação constante do Cadastro
Nacional de Cultivares Registradas - CNCR, quando for o caso;
– V - indicação do porta-enxerto, quando for o caso; e
– VI - a expressão “muda pé franco”, quando for o caso.
Viveiro de florestais nativas
Viveiro de florestais: exóticas
Mudas de Bananeira Multiplanta
Mudas de Bananeira Multiplanta
Inscrição do
Inscrição no
material
RENASEM
propagação

Análise fiscal
Venda • Homologação
• Denegação

AOG, COG ou Inscrição da


Termo de produção
Conformidade anual de
Nota Fiscal mudas

Análise fiscal
• Homologação
• Denegação
Serviço de Fiscalização de Insumos Agrícolas-SEFIA -
orientação ao público interessado
Divisão de Política, Produção e Desenvolvimento
Agropecuário - DPDAG/SFA-SP
Indicação Geográfica-IG
Condições da Fiscalização
Condições da Fiscalização
Condições da Fiscalização
Condições da Fiscalização
Condições da Fiscalização
Condições da Fiscalização
Condições da Fiscalização
Condições da Fiscalização
Condições da Fiscalização
Condições da Fiscalização
Anexação de provas ao Auto de
Infração
Execução da decisão da
penalidade
Execução da decisão da
penalidade
Execução da decisão da
penalidade

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