Abordagem Ao Assunto Fração Com Poucas Regras

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

FRAÇÃO EM FOCO:
ABORDAGEM AO ASSUNTO FRAÇÃO COM POUCAS REGRAS

ITAMAR DA SILVA FERREIRA

BRASILIA – DF
2018
2

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

FRAÇÃO EM FOCO:
ABORDAGEM AO ASSUNTO FRAÇÃO COM POUCAS REGRAS

ITAMAR DA SILVA FERREIRA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Universidade Paulista - UNIP,
como requisito para a conclusão do curso de
Licenciatura em Matemática.

Orientador: Professor: FLAVIO GUARDIANO

BRASILIA – DF
2018
3

DA SILVA FERREIRA, ITAMAR


FRAÇÃO EM FOCO: ABORDAGEM COM POUCAS REGRAS / ITAMAR
DA SILVA FERREIRA – Brasília: UNIP, 2018.
Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) –
Universidade Paulista, Graduação Brasília, Licenciatura em Matemática, 2018.
Orientador(a): Prof. Flavio Guardiano
Frações. Alunos. Aprendizagem. Diagnosticar.
4

FOLHA DE APROVAÇÃO

ITAMAR DA SILVA FERREIRA

FRAÇÃO EM FOCO:
ABORDAGEM AO ASSUNTO FRAÇÃO COM POUCAS REGRAS

Trabalho de Conclusão de Curso para a


Graduação em Licenciatura em
Matemática apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.

Aprovado em: ____ de ________________ de 2018.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________
Prof(a). Dr(a). /Me(a)./ Esp. Nome Completo – Orientador

______________________________________________
Prof(a). Dr(a). /Me(a)./ Esp. Nome Completo – Avaliador
5

DEDICATÓRIA

Aos nossos entes queridos, amigos e


tutores, que jamais deixaram de nos
incentivar na busca de nossos ideais, por
menor que fosse a contribuição. Que
sempre souberam que a única forma de
conhecer é descobrir, e que fazer
descobrir é a única forma de ensinar.
6

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, e a minha família que sempre acreditou em mim e em meus


objetivos, a meus irmãos Reginaldo, Gilson, Rosane, Antônio. Alessandro e Daniel,
a meus pais Vicente Andrade e Josefa da Silva, a minha tia Marina em especial, a
minha esposa Neiva Rocha e minha filha Laura Aparecida.
A meus professores Michael Ferracini, Fernando Madeira, Patrícia Tavares, Sheila
Aciole, Patrícia Melo, e meu orientador Flavio Guardiano que me ajudou em muitas
etapas do trabalho.
7

EPÍGRAFE

“Nesse encontro com vocês, penso nas crianças ávidas de


saber que vocês encontram a cada ano e no gosto pelo
conhecimento em Educação Matemática que espreita a
muitos de vocês.”
Nilza Eigenheer Bertoni
8

RESUMO
Este trabalho, objetiva mostrar a história e ensino de frações, bem como apresentar
uma breve pesquisa que foi feita com alguns alunos. Os resultados obtidos, a nosso
ver, foram satisfatórios e demonstraram que a maneira de se ensinar frações, a sua
introdução dentro da sala de aula deve seguir algumas técnicas, que se bem
adotadas produzem ótimos efeitos na aprendizagem dos alunos. Buscou-se realizar
uma pesquisa bibliográfica para o embasamento do artigo, também se utilizou dos
próprios conhecimentos do autor para que fossem feitas melhorias no trabalho.
Chegou-se a conclusão que os alunos da turma do 5º ano em que foi feita a
pesquisa possuía muita dificuldade na realização das tarefas propostas. A pesquisa
foi satisfatória no sentido de que pode diagnosticar as reais dificuldades dos alunos
para que fosse feito um feedback futuramente pelo professor da turma em questão.
Acreditamos que o trabalho seja útil seja para a comunidade cientifica que possa até
mesmo fazer uso deste pequeno projeto em algumas utilidades educacionais.

PALAVRAS-CHAVES: Frações. Alunos. Aprendizagem. Diagnosticar.


9

ABSTRACT
This objective work shows the history and teaching of fractions, as well as present a
brief research that was done with some students. The results obtained, in our view,
were satisfactory and showed that the way to teach fractions, their introduction within
the classroom should follow some techniques, which if adopted have great effects on
students' learning. We sought to carry out a bibliographical research for the basis of
the article, also used the author's own knowledge to make improvements in the work.
It was concluded that the students of the 5th grade class in which the research was
done had great difficulty in carrying out the proposed tasks. The research was
satisfactory in the sense that it can diagnose the real difficulties of the students so
that future feedback by the teacher of the class in question is made. At most I think
the work was useful to the scientific community that could even make use of this
small project in some educational utilities

Keywords: Fractions. Students. Learning. Diagnose.


10

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................11

1.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................13

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..........................................................................13

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA..........................................................................14

2. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................14

2.1 AS FRAÇÕES NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE........................................15

2.2 CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS ENVOLVENDO FRAÇÕES...........................17

2.3 RESULTADOS E ANÁLISE DA APLICAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE


SITUAÇÕES-PROBLEMA.......................................................................................18

3 MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................18

3.1 FIGURAS E NÚMEROS....................................................................................19

3.2 QUESTIONÁRIO...............................................................................................20

3.3 RESULTADOS..................................................................................................21

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................24
11

1. INTRODUÇÃO

Uma das grandes preocupações do ensino da matemática nas escolas tradicionais é


a maneira como se trabalham os assuntos a serem lecionados, sobre os quais é
feita apenas transmissão de conteúdos que devem ser memorizados e sem a
preocupação com as habilidades de cada um dos educandos (Bertoni, 1988).Em
ambientes assim, onde se utilizam metodologias insatisfatórias de aprendizagem, os
alunos não se desenvolvem e não criam um posicionamento crítico sobre o assunto
“fração” que lhes são ensinados (LUCKESI , 2014)
CYDARA (2017, p.3), diz que as atividades envolvendo frações visam a desafiar os
alunos levando a terem suas próprias conclusões sobre cada assunto trabalhado,
fazendo com que os professores buscam valorizar a capacidade e respeitando a
organização e o crescimento, articulando e orientando os mesmos nas dificuldades.
Neste contexto, o professor espera com isso uma mudança na perspectiva tendo
grande mudança na qualidade/quantidade de estudos apresentados. Em vez de uma
quantidade enorme de exercícios, o professor deve propor poucas atividades que
exigem maior reflexão assim podem aprofundar nos conceitos. Evitam-se, assim
simples atividades e os tradicionais exercícios de fixação, que servem apenas para
desenvolver a fluência em procedimentos específicos.
Em todos os níveis de ensino, é comum que professores e textos resolvam
“exercícios modelos” mostrando como se faz, pedindo em seguida que o
estudante resolva dezenas de problemas semelhantes (Dante, 1987, p.32).
Como relata DANTE (1987, p.32) destaca-se que a educação em todos os níveis e
comum que os professores dão um seguimento aos livros passando uma introdução
do conteúdo, uma explicação mostrando modelos a ser seguido como exemplos, em
seguida uma grande quantidade de exercícios para resolver de acordo ao que foi
passado, ficando assim uma matéria desinteressante e sem perspectiva para os
alunos.
12

De acordo aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) com uma formação inicial
e continuada de professores, melhorando cada dia as metodologias de ensino, dos
planos de carreira e qualidade dos livros didáticos materiais para uso em busca de
uma melhor possibilidade de passar os conteúdos, questão de grande importância
para a política educacional do Brasil. Dessa forma procura-se ter novas técnicas de
ensino de todos os conteúdos matemático inclusive o ensino de frações. Após
estudos, e pesquisas BERTONI (1998, p. 20) chegou à constatação de que o
material manipulado usando métodos tradicionais e as figuras geométricas
associadas a abstrações reflexivas não davam conta de associar as representações
fracionarias a situações da realidade. A proposta de BERTONI se inicia tentando
uma leitura quantitativa de materiais representando partes da unidade que são
elementos de qualidade da educação e antes de tudo ficar representando
qualidades indisponíveis, ou seja, mais aprofundada na teoria de materiais, usados
em jogos, mas isso não encontrava jogos com maior frequência em situações do
cotidiano infantil dentro e fora do espaço escolar. A didática produzia um anteparo
como sendo um método de utilização dos materiais utilizados nessa pesquisa, antes
de o conceito de quantificador fracionário ser formado, passando o ensinamento de
uma representação simbólica antes mesmo de saber o que está sendo representado
ou para que aquela representação servisse. A essas constatações com o uso dos
materiais manipulados levaram o foco para novos contextos da realidade, onde o
foco central da proposta e a concretização manipulativa para a contextualização
real, o objetivo e conduzir a situação que os envolvem.
Bertoni (p. 32) realizou um experimento com crianças do 3º ano do ensino
fundamental, que ainda não tinham tido contato com o ensino das frações, no qual
desenvolveu um método de ensino natural e intuitivo que envolvia situações do dia a
dia. Foi constatado que o grupo de crianças reagia muito bem e sem dificuldades às
atividades que lhe eram propostas. Quando chegaram as férias e os trabalhos foram
suspensos com essas crianças no laboratório. As férias acabaram e as crianças
voltaram para a escola, mas os trabalhos no laboratório ficaram cerca de mais um
mês sem a presença das crianças, após esse mês elas voltaram ao laboratório. O
estrago cognitivo foi impressionante durante essa semana na escola. Elas haviam
iniciado o aprendizado de frações durante esse período, associando as simbologias
e a nomenclaturas que ensinaram na escola. Ao voltarem para as pesquisas ao
laboratório observaram que as crianças estavam muito confusas sobre o tema
13

fração, e o desconhecimento era grande, mas lentamente elas voltavam a resgatar


coisas que já haviam compreendido, e as crianças admiravam as respostas obtidas
nas atividades, após descobrir algumas conexões entre aquilo, que antes era claro
para elas, em um todo universo de símbolos e regras visto na escola. Desde uma
apresentação mais sucinta então pela pesquisa de Bertoni foi feita a nossa proposta
dos educadores é trabalhar os assuntos de fração em um a dois bimestres sem a
introdução da simbologia, para um melhor desempenho dos alunos em relação ao
tema estudado Fração, (Bertoni (1994)). Nas pesquisas que foram realizadas acima
por BERTONI em laboratórios não constam em anotações as metas alcançadas e
das pesquisas feitas por meio deste método só relata que o método utilizado as
crianças demonstravam desenvolvimento, aprendizagem e agiam bem. Bertoni
sugere a introdução de fração sem o uso de simbologia.
Amato (1988), também propõe que a simbologia seja apresentada lentamente.
Constatamos que os símbolos são obstáculos à compreensão inicial do significado
desses números, o que nos levou a sugerir um tempo inicial de aprendizagem não
simbólica das frações.
1.1 OBJETIVO GERAL
O presente estudo tem por finalidade trazer de forma clara e objetiva o estudo de
fração em salas de aulas, nas turmas do 3° ao 5° anos do ensino fundamental
propondo aos professores, o uso de novos e antigos meios de ensinar fração,
melhorando a aprendizagem e afastando o medo de muitos alunos sobre o que
veem ouvido sobre fração e sobre matemática dentro das salas de aulas.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Conduzir um estudo qualitativo sobre frações;
 Abordar as matérias e objetos e fazendo e abordando o tema frações;
 Desenvolver a aprendizagem de ensino e aprendizagem do cálculo de
frações.
1.3 PROBLEMA DE PESQUISA
Como introduzir corretamente o conceito de fração no ensino fundamental de
maneira correta baseado em seus fundamentos de outrora. Para uma proposta de
pesquisa que será tida como uma metodologia de um assunto muito importante para
podermos distinguir as introduções de métodos mais comumente utilizados no dia a
14

dia dos alunos. E fazer uma avaliação dos materiais e métodos utilizados nessa
pesquisa, sendo assim, não basta apenas enumerar os problemas de pesquisa.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Foi feita uma ampla pesquisa bibliográfica, para o embasamento deste artigo, e
também foi feita uma ampla pesquisa bibliográfica para entendermos-se os assuntos
relacionados ao tema frações. O que temos até hoje nos registros e livros sobre
frações desde os antigos e que vem nos ajudando a entender e vemos também os
obstáculos vencidos por eles. A história das frações se inicia desde o Antigo Egito
(3.000 a.C.) onde vemos a necessidade e a importância para o ser humano, em que
eles tiveram a necessidade para fazer as divisões de terras todos os anos onde as
enchentes derrubavam as cercas, e nessas divisões perceberam que muitas das
vezes tinham terrenos onde as marcações não era de números inteiros, então foi a
partir dessa necessidade que despertaram fazer algo a mais, dividiram uma corda
em duas partes, e assim representaram a fração. “Então os geômetras dos faraós
do Egito começaram a utilizar frações (números fracionários), aonde à palavra
fração vem do latim fractus e significa partido”, ROQUE, (p.71), e isso vai ser
desenvolvido mais adiante no decorrer do trabalho sobre o que foi feito, um
referencial de estudos a partir dos quais se inferiu os resultados.
Os professores são consultores no processo de aprendizagem e não só apenas um
transmissor de conteúdo, e sim aquele que fornece as informações necessárias para
que os alunos possam realizar atividades sem dificuldades, em conteúdos
matemáticos como frações, as crianças parecem ter uma compreensão completa,
mas não e verdade elas usam os termos fracionados certos; falam sobre as frações
coerentemente; também resolvem alguns exemplos fracionários; mas certos
aspectos fundamentais das frações não são compreendidos ou escapam de foto
sobre o que sabem sobre o assunto fração, ficando assim o assunto fração sendo
compreendidas por algumas partes e alunos que não conseguem interpretar muitas
outras partes da fração em que lhes são propostas, as aparências podem ser tão
enganosas que é possível que alunos passem de ano e pela escola sem dominar as
dificuldades das frações, e sem que ninguém as note, (NUNES; BRYANT, 1997,
p.191). Fazer um início das atividades sem a abordagem de algoritmos e com pouca
notação, passar atividades sem a introdução de regras.
15

Trazer para as salas de aulas materiais concretos como barras de chocolates,


pizzas, maça, folhas de papel e outros materiais que possam ser divididos em tempo
real.
Fazer com que o aluno venha desenvolver o raciocino e a capacidade de
estabelecer relações, de fazer hipótese e testa-las, fazendo experimentos e
comprovando que estes algoritmos realmente funcionam com os alunos, trabalhar
no desenvolvimento de problemas e processo aos quais os alunos possam atribuir
significados.
Fazer o aluno pensar em situações problemas, pois as respostas podem não
estarem explicitas fazendo assim com que o aluno busque formas de chegar à
resposta com suas próprias operações.
É por este motivo que se fez este referencial teórico foi introduzido aqui neste item
de modo a contribuir notadamente a essa pesquisa.
2.1 AS FRAÇÕES NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
Foram os egípcios e a civilização antiga da Mesopotâmia , além de outros povos,
que deixaram materiais e alguns papiros que resistiram ao tempo e estão
preservados até os nossos dias. Esses documentos foram essenciais para se
compreender o pensamento matemático da época, um preocupação comum de
muitas dessas comunidades. Que ao longo desse processo construtivo é possível
achar traços, nesses registros na busca à compreensão das frações diante de
problemas que se relacionavam praticamente com esses povos. Ainda conforme
Boyer (2012) a história do conhecimento matemático construído pelos egípcios
antigos deve-se especialmente a quatro papiros, duas tábuas de madeiras e um rolo
de couros. No entanto até o século XIX, a raridade desses materiais ainda vistos a
dificuldade em traduzir tais documentos se tornaram causas de várias dificuldades
para a compreensão matemática no Egito antigo. Na medida em que avançaram os
estudos e a tradução dos hieróglifos conseguimos desnudar os conhecimentos
matemáticos dos egípcios, a partir do papiro de Rhind (Figura 1)
16

Figura 1 - Papiro de Rhind

Fonte: sliderplayer.com.br
Boyer (2012) diz que os materiais egípcios encontrados foram usados apenas nos estudos
de Jean-François por volta de 1822, que devido as dificuldades até então começaram a
serem superadas. Ao passo que avançavam na tradução dos hieróglifos conseguiu-se
desnudar os conhecimentos matemáticos dos egípcios. Outro achado importante foi o papiro
de moscou (Figura 2).
Figura 2 - Papiro de Moscou

Fonte: sliderplayer.com.br
17

Também conhecido como papiro de Golenishchey. O papiro de Rhind é dessa forma


chamado por causa do no do antiquário escocês que o comprou, Henry Rhind. Com
dimensões de cerca de 0,3 m por 6. O pesquisador francês que desenvolveu estudo
em diversas línguas, e foi possível através dele traduzirem-se os hieróglifos. Porém,
em meados de 1650 a.c quando foi copiado por Ahmes, um escriba, passou a ser
conhecido como papiro de Ahmes (BOYER, 2012). Segundo Eves (2008) o parpiro
de Rhind é um documento muito importante pois nele se acham conhecimentos
matemáticos antigos dos egípcios. Por meio dos problemas apresentados nele
descrevem-se operações de adição, multiplicação e divisão, e ainda existem
apontamentos ao uso das frações, em especial da frações unitárias. Nessa mesma
base Boyer (2012) destaca que o os egípcios usavam as frações ao seu tempo,
conforme as frações unitárias, as quais eram representadas com uma notação
hieroglífica especial. Com tudo isso, os egípcios não consideravam as frações do
tipo m/n como elementares, mas sim como um procedimento incompleto. Por isso a
fato de buscarem sempre representar as frações próprias como soma de frações
unitárias. Na Figura 3 apresentam-se as notações dadas pelos egípcios às frações.
Figura 3 - As notações especiais dadas pelos egípcios às frações

Fonte: sliderplay.com.br

2.2 CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS ENVOLVENDO FRAÇÕES


A raridade usada para a intervenção foi a técnica da contação de estórias. Para isso
foi utilizado um total de 4 aulas de contação de estórias. Utilizou-se o capitulo 1 da
produção didática, chamada “Era uma vez” de Drechmer e Andrade (2009). Logo
18

após a intervenção, aplicou-se novamente uma sequencia de situações problemas e


depois se analisaram os resultados obtidos, fazendo uma comparação com a
aplicação inicial, com a finalidade de se verificar a realização da intervenção se
surtiu o efeito desejado.
2.3 RESULTADOS E ANÁLISE DA APLICAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE
SITUAÇÕES-PROBLEMA
Depois da intervenção, uma semana após a contação de estórias, realizou-se
novamente a aplicação da mesma sequência de situações problema com a
finalidade de averiguar se os alunos melhoraram o desempenho. O que tudo indica
foi que a intervenção por meio da contação de estórias atingiu o seu objetivo. Os
alunos gostaram dos textos e passaram a participar das aulas e das atividades
propostas com mais atenção e interesse do que antes, e foi verificada um melhor
entendimento dos assuntos. Portanto há uma grande necessidade de começar um
trabalho que procure uma conexão do conhecimento informal com a formalidade que
este exige. De uma maneira geral, pode-se dizer que essa teoria é precisamente útil
na análise de dificuldades dos alunos, na resolução de situações problemas.
Observamos que a bateria de questões na sala do 5º ano, utilizando tal abordagem,
sofreu várias transformações no processo ensino aprendizagem, buscando novos
caminhos, estratégias e técnicas que possibilitem chegar à resolução de situações
problemas que envolviam questões. Ficando clara a importância da intervenção do
mediador, no caso o professor, dentro da sala de aula.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizada uma pesquisa em uma escola pública do Distrito Federal no mês de
dezembro de 2018 com os alunos do 5° ano do Ensino Fundamental, em que foi
aplicado um questionário com pretensão de avaliar os estudantes para checar o
desempenho de cada um com o processo de raciocínio. Foi aplicado o questionário
e recolhidos após os alunos terminarem.
A pesquisa foi realizada no mês de dezembro de 2018 na Escola Classe Vila Nova,
em São Sebastião Distrito Federal, na turma do 5° ano “D” do ensino fundamental. O
questionário foi aplicado para os 26 alunos do 5° ano do ensino fundamental com
idades entre 9 a 13 anos. Antes da aplicação do questionário houve uma coversa
com os alunos e fazendo demonstração com objetos concretos como folhas de
19

papel e laranjas para serem observados, e assim fazendo as divisões dos mesmos
em sala de aula. Como os alunos já haviam visto o assunto de FRAÇÃO no decorrer
do ano com o professor, então ao passar as informações referentes a números
fracionados e fazendo as divisões dos objetos citados, os alunos reagiam bem e
interagiam fazendo perguntas. Foi feita uma palestra com os alunos a respeito de
frações e disse aos mesmos que fração significa uma divisão um número p dividido
por um número q assim temos a fração p/q em que p representa o denominador e q
representa o denominador da fração, representa ainda o número p quantas partes
foram tomadas da divisão e q representa em quantas partes o todo foi dividido.

3.1 FIGURAS E NÚMEROS


Foi apresentada para os alunos divisões em uma folha de papel A4 antes que eles
fizessem o questionário veja a figura 2.
Observa-se que na figura 2 representamos a reta numérica, quando a folha foi
dividida ao meio, à reta numérica quando a folha foi dividida em 4 partes e a reta
numérica quando a folha foi dividida em 8 partes e foi mostrado aos alunos o que
representa cada parte em função do todo que é a folha. Dividiu-se a folha ao meio e
logo em seguida dividiu-se de novo ao meio ficando dividida em 4 partes , dividiu-se
ao meio de novo e ela ficou dividida em 8 partes iguais.

Figura 4 - Noção de Fração apresentada aos alunos


20

Fonte: elaborado pelo autor

Podemos assim também reforçar a multiplicação e a divisão das frações que não foi
aplicada no questionário, esta atividade tem relação ao questionário, pois faz parte
das divisões que foi feita antes de ser aplicado o questionário, mas é uma sequência
de técnicas a serem passados aos alunos. Essa passagem foi mostrada aos alunos
antes do questionário que se baseou nesta figura. Assim pegamos uma folha de
papel A4 divide-se ela ao meio, temos assim duas partes cada uma delas representa
a fração ½ (um meio), dobrou-se novamente a folha e temos quatro partes cada uma
delas representando a fração ¼, o aluno percebe aqui que 2/4 é o mesmo que a
fração ½ e assim sucessivamente pode-se fazer analogias e explicar porque da
equivalência entre elas.

3.2 QUESTIONÁRIO
O questionário aplicado em sala de aula para a pesquisa que foi elaborada com o
tema fração uma abordagem didática dentro da sala de aula, o que os alunos
compreendem sobre elas.
O questionário e composto por 7 perguntas, sobre as dobras que foram feitas na
folha de papel A4
A apresentação e analises dos resultados foram feitos mais a frente com um melhor
detalhamento.

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
21

Nome:
Série:

Respondam as questões de fração de acordo ao que o pesquisador (professor) estar


propondo na frente com os materiais utilizados.

1°) Com uma folha de papel o pesquisador (professor) faz duas dobras, primeira
dobra a folha ao meio e a seguindo mais uma dobra ao meio. Em quantas partes
(dobras) o professor dividiu a folha?

2°) Quanto vale cada parte da folha?

3°) Duas partes da folha e equivalente a quanto?

4º) O professor dobrou novamente a folha de papel, em quantas o papel ficou


dividido?

5º) Quando o professor dobrou a folha pela primeira vez, qual fração representa uma
parte da folha?

6º) Duas partes da segunda dobra representam que fração?

7º) Quatro partes da terceira dobra representa quantas partes da primeira dobra?

3.3 RESULTADOS

Os resultados foram analisados a partir das respostas de cada aluno que participou
da pesquisa, a pesquisa com os 20 alunos, tem por critério verificar o desempenho
em relação ao assunto fração já que os alunos do 5° ano já tenham visto o assunto,
podendo ser introduzido desde o início do 3° ao 5° anos do ensino fundamental,
estão apresentados os resultados a seguir dos alunos que fizeram parte desta
pesquisa, em uma tabela do software Microsoft Office Excel que foi utilizada para
representar os resultados obtidos, em que estão expostos no gráfico abaixo.
22

Os alunos que participaram da pesquisa são de ambos os sexos e de idade de 9 a


13 anos.
A seguir são apresentadas na tabela as análises dos resultados da pesquisa, onde o
critério a ser considerado e somente as respostas obtidas por cada aluno.

Figura 5 - Desempenho dos alunos do 5º Ano D com relação as frações

Nota dos alunos


10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Fonte: elaborada pelo autor


Observando-se o gráfico percebe-se que poucos alunos obtiveram um desempenho
acima da média considerada sendo nota 5,00, e a média entre eles e de 5,58,
percebe-se também que há uma grande diferença nas notas analisadas, podendo
perceber alunos com notas próximas a 10 e alunos que ficaram com notas abaixo de
3. Também foi feito feita uma conversa sem o intuito de coleta de dados, mas
constata-se que muitos alunos não gostam da matéria de Matemática e acham difícil
fazer a resolução dos problemas proposto ao longo do ano. O critério para obtenção
das notas foi utilizado uma regra de três simples.
Na Escola Classe Vila Nova os alunos se comportaram muito bem enquanto foi
aplicado o questionário e em quando estava fazendo a apresentação dos materiais
concretos que foram utilizados para apresentar o conceito de fração e resolução do
questionário.
23

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a utilização dos recursos e história das frações aqui expostos em sala de aula,
saindo um pouco das aulas tradicionais, possibilitando aos alunos um conhecimento
maior e de novas práticas pedagógicas, para um melhor aprendizado, e assim
aperfeiçoando as atuações como professores.
A partir de analises na pesquisa realizada pode se afirmar que os resultados não
são dos melhores e que os métodos de ensino têm de continuar a diversificar as
metodologias de ensino conforme o que estiver sendo passado aos alunos. Em
salas de aulas os professores devem fazer com que os alunos tenham interesses
pelo conteúdo transmitindo de forma clara o que estar sendo trabalhado, fazendo
com que os alunos venham ter mais interesse e curiosidade pelo assunto,
explorando de forma a terem uma noção adequada de frações de acordo PARANA
2008 e ainda complementados, o aprendizado da matemática veio contribuir para o
desenvolvimento da sociedade, e ampliando o nosso conhecimento.
Devido a à necessidade a metodologia do trabalho apresentado aqui facilita a
aprendizagem, pois faz com que o aluno compreenda a natureza do pensamento
matemático ajudando a familiarizar com os números fracionários, e os significados,
fazendo de forma prazerosa as soluções de problemas que temos no dia a dia. Pode
se destacar a aplicação desse conteúdo em uma divisão de uma barra de chocolate
ou em uma receita de bolo feita em casa, destacando, se quiser fazer meia receita
ou duas, onde aplica as operações de fração.
O estudo da fração e de grande importância e essencial no processo de
aprendizagem do Ensino Fundamental, por isso acha-se que a pesquisa teve o seu
valor e demonstrou de uma maneira simples e objetiva como deve ser apresentado
o conceito de fração para os alunos do ensino fundamental, mas está organizada de
uma maneira lógica e objetiva. Essa pesquisa mostrou que para o entendimento de
frações é necessário se introduzir corretamente esse conteúdo de maneira a abordar
de forma clara e objetiva primeiramente a noção de fração.
Chegamos à conclusão de que os objetivos foram alcançados sim, que mostrou-se
como é possível se introduzir o conceito de frações nos anos iniciais do ensino
fundamental e isso melhora a aprendizagem dos alunos pois introduz-se de forma
mais lúdica o conceito de fração, fazendo com que o aluno aprenda brincando o seu
conceito. Esse estudo foi útil, pois servirá de fonte de pesquisa para outros alunos e
24

outras pessoas que se interessarem pelo assunto. Esse método apresentado de


como introduzir frações melhora o aspecto em que a introdução do conteúdo se dá
naturalmente, e os alunos entendem de forma mais clara o conceito de fração,
enxergando que a fração é uma parte do todo e que representa uma divisão desse
todo em partes menores e iguais o denominador o aluno vê que é em quantas partes
o todo foi dividido e o numerador representa quantas partes foram tomadas dessa
divisão, assim no desenho de figura 1 ficou evidente isso quando mostrou-se aos
alunos as dobras e as partes.
Assim, podemos dizer que o trabalho foi útil e que realmente conseguiu resolver o
problema de pesquisa: Como introduzir corretamente o conceito de fração no ensino
fundamental de maneira correta baseado em seus fundamentos de outrora?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMATO, S. R. A. Frações. Projeto: Um novo currículo de matemática para o 1° grau.


MAT/UNB. MEC/CAPES/PADCT. Subprograma educação para a ciência. Apostila
mimeografada. 1988.
BERTONI, N.E. Educação e linguagem matemática IV frações e fracionários.
Brasília – Universidade de Brasília, 2009.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental parâmetros Curriculares Nacionais.
Matemática (5° a 8° serie) Brasília: MEC/SEF, 1997, P.142.
CYDARA CAVEDON RIPOLL, et al. Fração no ensino fundamental – Volume1;
2016/Volume 2.0 de fevereiro de 2017
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições. Cortez editora, 2014.
PARANÁ, Secretaria de Estado de educação. Diretrizes Curriculares da educação
básica do Paraná – Matemática. Curitiba; SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Estado de educação. Diretrizes Curriculares da educação
básica do Paraná – Matemática. Curitiba; SEED, 2014
TATIANA ROQUE – História de Matemática. Jorge Zahar editor Ltda. Rua Marques
de S. Vicente 99 Rio de Janeiro, RJ Edição digital: setembro 2012.

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