Autismo Inclusão Acolhimento
Autismo Inclusão Acolhimento
Autismo Inclusão Acolhimento
Waleria Maria de Sousa Paulino, Larissa Brito da Silva, Stefania Germano Dias, Flavio Pereira de
Oliveira, Leilane Menezes Maciel Travassos
Faculdade Santa Maria
[email protected]
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente trabalho partiu da premissa de estudos relacionados a fatores sociais como a
inclusão em escolas regulares, tendo como fator principal o processo de interação e
consequentemente o processo de aprendizagem que esse ambiente pode proporcionar as crianças
autistas, a partir de sua individualidade, além dos direitos dos mesmos que são iguais aos de
qualquer outra pessoa. Possibilitando assim, uma compreensão sobre a importância da escola
regular diante das crianças autistas, pois propicia uma forma de contribuição para o crescimento
qualitativo, não só das crianças com autismo, mas para todas as crianças que estão envolvidas em
um processo de interação social.
Segundo Farias, Maranhão e Cunha (2008) a inclusão deve ser instituída como uma forma
considerada completa e sistemática, em que as escolas devem se propor a adequar seus sistemas
educacionais às necessidades especiais de todos os alunos, não se restringindo somente aos alunos
com deficiência. Segundo os mesmos autores, uma educação inclusiva pressupõe a educação para
todos de forma que não relacione apenas a quantidade, mas também a qualidade, possibilitando
conhecimentos diversificados aos alunos.
Diante desse contexto, os achados nos artigos diante do tema trazem determinados estudos
que mostram a relevância da inclusão e dos direitos de pessoas com necessidades especiais, como
coloca Santo e Coelho (2006), ao trazerem a importância da interação de crianças autistas a partir
do contexto da escola inclusiva. Passerino (2005) também retrata a função significativa da interação
de um indivíduo com o outro no meio social, e Lopes (2011) observa em seus estudos a importância
da interação social do autista dentro do meio escolar regular em que está inserido, que é direito de
toda criança de acordo com a Cartilha: Direitos da pessoa com autismo (2011), onde relata que a
socialização da criança ao meio, respeitando a sua individualidade, possibilita a aprendizagem de
forma qualitativa.
De acordo Farias, Maranhão e Cunha (2008) é fundamental compreender que uma escola
inclusiva deve estar disposta a adaptar seu currículo e seu ambiente físico às necessidades de todos
os alunos, além de propor mudanças dentro do próprio contexto educacional visando abranger a
sociedade como um todo. Dentro do contexto escolar, a relação professor-aluno com deficiência
deve influenciar a auto imagem desse aluno e o modo como os demais o veem, para poder
possibilitar benefícios tanto para ele quanto para o seu grupo com base em um suporte que facilite a
todos obter sucesso no processo educacional, diante disso, a escola considerada inclusiva deve
promover as potencialidades do sujeito. Segundo os mesmos autores, o planejamento realizado para
o atendimento à criança com autismo deve ser organizado de acordo com o desenvolvimento dela,
pois “em crianças pequenas as prioridades devem ser a fala, a interação social/linguagem e a
educação, entre outros, que podem ser considerados ferramentas importantes para promoção da
inclusão da criança com autismo.” (FARIAS; MARANHÃO; CUNHA, 2008, pg.3).
A partir da compreensão da importância dos direitos de indivíduos, fica nítido que a criança
com autismo pode ser educada em um ambiente regular, tendo direito a uma educação igual e com
qualidade que observe as suas necessidades, tendo em conta o seu perfil de funcionalidade.
Proporcionar às crianças com autismo determinadas oportunidades de viver/conviver com outras da
mesma faixa etária possibilita uma estimulação de suas capacidades, evitando o isolamento
contínuo. Para, além disso, subjacente ao conceito de competência social está á noção de que as
habilidades sociais são passíveis de serem adquiridas pelas trocas que acontecem no processo de
aprendizagem social (LOPES, 2011).
De acordo com Mattos e Nuernberg (2011), a exclusão deste grupo social – as pessoas com
deficiência – tem início desde a infância, e nos dias atuais ainda existem muitas crianças que não
frequentam escolas regulares e muitas daquelas que estão matriculadas enfrentam determinadas
barreiras diárias. A intervenção da psicologia no cotidiano escolar visa à superação dessas barreiras,
principalmente aquelas, das quais se expressam por meio de preconceitos, estigmas e mitos que
atuam sobre as pessoas com deficiência, marcando suas trocas sociais negativamente.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CARTILHA: Direitos da pessoa com autismo. EDEPE Escola da Defensoria Pública do Estado de
São Paulo, 2011.
PASSERINO, L.M. Pessoas com autismo em ambientes digitais de aprendizagem: estudo dos
processos de interação social e mediação. Tese para obtenção do Título de Doutorpelo Programa
de Pós-Graduação em Informática na Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
2005.
MATTOS, L.K; NUERNBERG, A.H. Reflexões sobre a inclusão escolar de uma criança com
diagnósticos de autismo na Educação Infantil. Revista Educação Especial, v. 1, n. 1, p. 129-141,
2011.
MELLO, A.N. Autismo: guia prático. São Paulo: AMA;Brasília: CORDE, 2007.
NIETSCHE, A.D. et al. Estudos sobre autismo na perspectiva dos direitos.Universidade Federal
de Santa Catarina Centro sócio econômico – Departamento de Serviço social. 2011.