07 - Concordância Verbal e Nominal

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Aula 07

Português p/ TJ-AM (Todos os Cargos) Com Videoaulas - Pós-Edital

Décio Terror Filho

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Décio Terror Filho
Aula 07

Concordância verbal e nominal.


Sumário
1 – Tipos de sujeito e os respectivos casos de concordância .............................................. 2
1 – Determinado ................................................................................................................................ 3
I – A concordância verbal com o sujeito simples .............................................................................................................. 7
2 – Sujeito determinado composto: formado por mais de um núcleo ............................................ 13
II - A concordância verbal com o sujeito composto........................................................................................................ 13

3 – Sujeito determinado oculto ou desinencial ............................................................................... 18


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4 – Sujeito determinado elíptico ..................................................................................................... 18
5 – Sujeito Indeterminado ............................................................................................................... 24
6 – Oração sem sujeito (sujeito inexistente) ................................................................................... 27
I - Verbos que exprimem fenômenos da natureza: ........................................................................................................ 27
II - Verbo haver significando existir, ocorrer:.................................................................................................................. 27
III - Verbos haver e fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno natural:................................................................ 27
IV- Verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de tempo. ....................................................... 28

2 – Concordância do verbo de ligação “ser” com predicativo de valor substantivo .......... 38


3 – A concordância utilizando o pronome apassivador “se” ............................................. 40
4 – As vozes verbais ativa e passiva ................................................................................. 41
5 – Concordância com o pronome relativo “que” ............................................................. 57
6 – Concordância com o pronome relativo “o qual” e suas variações ............................... 58
7 – Concordância verbal com o sujeito oracional ............................................................. 65
8 – A concordância com verbo no infinitivo ..................................................................... 69
9 – A concordância nominal ............................................................................................. 71
10 – O que devo tomar nota como mais importante? ...................................................... 80
11 – Lista de questões ...................................................................................................... 81
12 – Gabarito ................................................................................................................. 107

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Olá, pessoal!
Trabalhamos nas aulas anteriores os termos básicos da oração, para que pudéssemos
entender a relação de concordâncias verbal e nominal e regências verbal e nominal. Além disso,
reconhecemos alguns termos e orações importantes para entendermos a pontuação.
Vimos, então, que a oração é constituída de termos essenciais. Esses termos são o sujeito e
o predicado. Na realidade, quem é essencial mesmo na construção da oração é o verbo, sem o qual
não há predicado, tampouco oração, como vimos na nossa aula de sintaxe da oração. Como são a
base da oração, não podem ser separados por vírgula.
O tema desta aula é a concordância, por isso vamos reconhecer o sujeito:

1 – TIPOS DE SUJEITO E OS RESPECTIVOS CASOS DE CONCORDÂNCIA


Sujeito: É o termo da oração do qual se declara alguma coisa. Ele possui um núcleo (palavra
de valor substantivo) e geralmente algumas palavras de valor adjetivo que servem para caracterizá-
lo. Veja a oração abaixo.
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes.
sujeito Predicado nominal

O verbo de ligação “foram” e o predicativo “excelentes” flexionaram-se no plural porque o


substantivo “viagens” está no plural. Esse substantivo, por ser a palavra principal dentro do sujeito
e não ser antecedido de preposição, possui a função sintática de núcleo do sujeito. Ele leva o verbo
“foram” a concordar com ele (concordância verbal) e o predicativo também (concordância nominal).
Além disso, dentro do sujeito, há palavras que servem para caracterizá-lo: “As”, “primeiras” e “de
Joaquim”. Essas palavras têm o nome de adjunto adnominal, cujo papel é caracterizar o núcleo e se
flexionar de acordo com ele (concordância nominal). Note que, dentro do sujeito, apenas a
expressão “de Joaquim” não sofreu flexão, isso porque é uma locução; assim a preposição (de) e o
sentido impedem essa flexão. Veja as funções sintáticas.

Assim, é importante saber diferenciar os tipos de sujeito, para se saber como flexionar o
verbo. O sujeito das orações pode ser determinado, indeterminado e há ainda as orações formadas
sem sujeito (sujeito inexistente).

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1 – DETERMINADO

É o sujeito que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal ou do


contexto. Pode dividir-se em:
Simples: constituído de apenas um núcleo (palavra de valor substantivo).
Uma boa Constituição é desejada por todos.
Adj Adj núcleo
Adn Adn
sujeito simples predicado

Alguns políticos se corrompem.


Adj Adn núcleo
sujeito simples predicado

No primeiro exemplo, a locução verbal “é desejada” concorda com o núcleo “Constituição”,


que é um substantivo no singular. No segundo exemplo, o verbo “corrompem” concorda com o
núcleo “políticos”, que é um substantivo no plural.
Tome cuidado quando o sujeito for extenso, pois o verbo fica distante do núcleo do sujeito e
algumas vezes pode haver confusão na flexão do verbo. Veja:
O valor das mensalidades dos cursos preparatórios para a carreira jurídica subiu muito no
último semestre.
Perceba que o verbo “subiu” se flexionou corretamente no singular, por concordar com o
núcleo do sujeito “valor”, que é um substantivo no singular.

1. (CESPE / IHBDF Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai
me levou ao pediatra. Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de
borracha na porta da fábrica em frente parou e a molecada correu até nós.
O sujeito da forma verbal “parou” (linha 3) é “fábrica” (linha 3).
Comentário: O verbo “parou” tem como núcleo do sujeito “futebol”, e não “fábrica”. Assim, a
afirmação está errada.
Gabarito: E

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2. (CESPE / PC MA Delegado – 2018)


Fragmento do texto: Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa
impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz,
que lhe proclamam e promovem.
O termo “o sentido do discurso” exerce função de sujeito da forma verbal “precisa”.
Comentário: Note que o verbo “precisa” concorda com “o sentido do discurso”, o qual é seu sujeito.
A expressão “a ideologia que o alimenta”, a qual se encontra entre o verbo e o seu sujeito, é apenas
um elemento explicativo e separado por vírgulas.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

3. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Conforme recomendação do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), deveria “existir um patamar mínimo de igualdade entre os membros
da sociedade que outorgue a todos um leque razoável de opções para exercer sua capacidade
de escolha e sua autonomia”.
O trecho ‘um patamar mínimo de igualdade entre os membros da sociedade’ (linhas 2 e 3)
exerce a função de complemento do verbo ‘existir’ (linha 2).
Comentário: O complemento verbal é o objeto direto e o objeto indireto. Note que o verbo
“existir” é intransitivo. Assim, ele não possui complemento verbal, mas sujeito. Dessa forma, o termo
‘um patamar mínimo de igualdade entre os membros da sociedade’ é apenas o sujeito, o que invalida
a afirmação.
Gabarito: E

4. (CESPE / SEEDF Monitor de Gestão Educacional – 2017)


Fragmento do texto: Faz parte da autonomia da universidade pública essa relação intrínseca
com a cultura, que permite que o acesso não seja filtrado por mecanismos de outras instâncias
da vida social.
A expressão “essa relação intrínseca com a cultura” (linhas 1 e 2) exerce a função de sujeito da
oração iniciada pela forma verbal “Faz” (linha 1).
Comentário: A afirmação está correta, pois o verbo “Faz” é transitivo direto, o termo “parte” é o
objeto direto e o termo posterior “essa relação intrínseca com a cultura” é o sujeito. Houve apenas
o deslocamento do sujeito para após o verbo. Se ele estivesse antes, estaria ainda mais clara a
afirmação como correta. Veja:
Essa relação intrínseca com a cultura faz parte da autonomia da universidade pública...
Gabarito: C

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5. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: É por meio dessas audiências que o responsável pela decisão tem acesso
às diversas opiniões sobre a matéria debatida e abre a oportunidade para as pessoas que irão
sofrer os reflexos da deliberação se manifestarem antes de seu desfecho.
A forma verbal “manifestarem” está flexionada no plural para concordar com “as pessoas”.
Comentário: O verbo “manifestarem” realmente se refere ao seu sujeito “as pessoas”. Note apenas
que entre eles há a oração subordinada adjetiva restritiva “que irão sofrer os reflexos da
deliberação”, a qual está intercalada.
Gabarito: C

6. (CESPE / MPU Analista – 2015)


Fragmento de texto: Até Montesquieu, não eram identificadas com clareza as esferas de
abrangência dos poderes políticos: “só se concebia sua união nas mãos de um só ou, então,
sua separação; ninguém se arriscava a apresentar, sob a forma de sistema coerente, as
consequências de conceitos diversos”.
A flexão plural em “eram identificadas” decorre da concordância com o sujeito dessa forma
verbal: “as esferas de abrangência dos poderes políticos”.
Comentário: Note que a locução verbal “eram identificadas” se refere à expressão “as esferas de
abrangência dos poderes políticos”, a qual é o seu sujeito. Assim, a afirmativa está certa.
Gabarito: C

7. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento de texto: É importante destacar que o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º
12.737/2012) trouxe para o ordenamento jurídico o crime novo de “invasão de dispositivo
informático”, que consiste na conduta de invadir dispositivo informático alheio, conectado ou
não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com
o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita
do titular do dispositivo, ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.
Na linha 2, a forma verbal “trouxe” está no singular porque tem de concordar com “Lei”.
Comentário: O verbo “trouxe” se refere ao termo “o art. 154-A do Código Penal”. A expressão “Lei
n.º 12.737/2012” encontra-se entre parênteses, por ser o aposto explicativo. Assim, a afirmativa
está errada.
Gabarito: E

8. (CESPE / DEPEN nível médio – 2015)


Fragmento de texto: Os condenados no Brasil são originários, na maioria das vezes, das classes
menos favorecidas da sociedade. Esses indivíduos, desde a mais tenra infância, são
pressionados e oprimidos pela sociedade, vivem nas favelas, nos morros, nas regiões mais

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pobres, em precárias condições de vida, em meio ao esgoto, à discriminação social, à completa


ausência de informações e de escolarização.
A forma verbal “são” (linha 2) está no plural porque concorda com “Esses indivíduos” (linha 2).
Comentário: Fica fácil perceber que o verbo “são” encontra-se no plural por concordar com “Esses
indivíduos”, seu sujeito determinado simples.
Gabarito: C

9. (CESPE / CEF Médico do Trabalho – 2014)


Fragmento do texto: Mas o açúcar é particularmente muito consumido na América do Norte,
na Oceania, na maioria dos países europeus e na América Latina. As mais elevadas proporções
no consumo de óleos e gorduras verificam-se entre os países da Europa e América do Norte.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados, se, no período “As mais
elevadas (...) e América do Norte.” (linhas 2 e 3), a forma verbal “verificam-se” fosse substituída
por verifica-se.
Comentário: A questão cobra a simples identificação do sujeito. Como o sujeito determinado
simples tem como núcleo o substantivo plural “proporções”, o verbo deve permanecer no plural.
Veja:
As mais elevadas proporções no consumo de óleos e gorduras verificam-se entre os países da
Europa e América do Norte.
Gabarito: E

10. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Os acessos às páginas que integram o portal do CNJ na Internet
(www.cnj.jus.br) alcançaram, em novembro de 2012, a marca de mais de 16 milhões.
A forma verbal “alcançaram” (linha 2) está flexionada na 3.ª pessoa do plural porque concorda
com “páginas” (linha 1).
Comentário: O verbo “alcançaram” encontra-se flexionado no plural para concordar com o núcleo
do sujeito “acessos”. O termo “às páginas” é apenas o complemento nominal e não interfere na
concordância.
Gabarito: E

Assim, é importantíssimo verificar qual é o núcleo do sujeito, para saber a flexão do verbo. Se
o núcleo do sujeito estiver no singular, o verbo se flexionará no singular; se estiver no plural, verbo
no plural. Mas não se pode dizer que será sempre assim. Pode haver concordâncias diferentes,
dependendo da intenção do autor, do valor semântico ou até da ênfase. Dessa forma, é necessário
aprendermos a concordância verbal com base no sujeito simples.

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I – A concordância verbal com o sujeito simples

a) O verbo concorda com o sujeito simples em pessoa e número.


Os brasileiros necessitam de bons políticos.
De paz necessitam as pessoas.
b) O substantivo coletivo representa um grupo de espécies, transmitindo implicitamente ideia
de plural, mas, como é substantivo singular, o verbo flexiona-se no singular, concordando com a
palavra escrita, não com a ideia.
O pessoal já saiu. A multidão entrou no circo.
Observe que, quando o verbo se distanciar do substantivo coletivo, ele poderá se flexionar
no plural concordando com a ideia de quantidade. Isso é chamado de silepse de número. É estranho,
mas pode ocorrer em alguns textos de autores renomados:
A turma concordava nos pontos essenciais, discordavam apenas nos pormenores.
concordância verbal literal concordância verbal siléptica
Os concursos evitam a concordância siléptica. Se a quiserem, especificarão pelo contexto ou
no próprio pedido da questão. Então, cuidado! Esta frase pura e simplesmente sendo cobrada
quanto à concordância está fora dos padrões gramaticais; mas, por outro lado, se a banca
contextualizar, indicando que, mesmo o verbo estando no singular, poderia ser flexionado no plural
para concordar com a ideia de pluralidade, aí, sim, poderíamos marcar como correta.

c) As expressões partitivas a maior parte, grande parte, a maioria, grande número,


acompanhadas de adjunto adnominal no plural, fazem o verbo concordar com o núcleo do sujeito
ou com o especificador (adjunto adnominal). Veja a construção abaixo:
Adj Adn

A maior parte dos constituintes se retirou.


Essa é a concordância literal, pois o substantivo “parte” é o núcleo do sujeito. Porém,
percebemos que esse vocábulo não possui a carga semântica (sentido) principal dentro do sujeito,
pois o vocábulo “constituintes” denota mais clareza sobre o ser de quem se está falando. Por essa
possibilidade de interpretação, vários autores começaram a concordar com o adjunto adnominal,
para enfatizá-lo.
Veja:
A maior parte dos constituintes se retiraram.

Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o verbo concorda. Não
significa que serão sempre o núcleo do sujeito.

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Veja outros exemplos:


Grande parte dos torcedores aplaudiu a jogada.
Grande parte dos torcedores aplaudiram a jogada.
A maioria dos constituintes votou.
A maioria dos constituintes votaram.
d) O mesmo ocorre com o substantivo coletivo com especificador no plural (adjunto
adnominal). Isso pode levar o verbo ao singular ou ao plural. Veja:
Um bando de ladrões invadiu a festa.
Um bando de ladrões invadiram a festa.
e) Com a expressão mais de + numeral, o verbo concorda com o numeral
Mais de um candidato prometeu melhorar o país.
Mais de duas pessoas vieram à festa.
Porém, se o verbo contiver pronome de reciprocidade, concordará no plural:
Mais de um sócio se insultaram. (um ao outro)
Também ocorrerá concordância no plural se houver repetição desta expressão:
Mais de um candidato, mais de um representante faltaram à reunião.
f) Expressões que denotam quantidade aproximada perto de, cerca de, mais de, menos de,
somadas a núcleo do sujeito no plural levam o verbo ao plural:
Perto de quinhentos presos fugiram.
Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio.
Mais de mil vozes pediam justiça.
Menos de duas pessoas fizeram isto.
g) Substantivos só usados no plural fazem com que a concordância dependa da presença ou
não de artigo.
Sem artigo - verbo no singular
Férias faz bem.
Estados Unidos cresceu 0,8 % economicamente neste ano.
Minas Gerais produz muito leite.
Precedidos de artigo plural - verbo no plural
As férias fazem bem.
Os Estados Unidos cresceram 0,8 % economicamente neste ano.
As Minas Gerais produzem muito leite.

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No tocante a nome de lugar, isso tem uma razão semântica. Quando se insere o artigo nessa
situação, quer-se enfatizar a origem do nome, por exemplo, “Estados Unidos” (apenas uma nação),
“Minas Gerais” (apenas um estado); mas “Os Estados Unidos” (os vários estados, unidos por uma só
Constituição); “As Minas Gerais” (as várias minas de extração existentes na região).
h) quando o sujeito é número percentual, deve-se observar a posição do número percentual
em relação ao verbo:

Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o verbo concorda. Não
significa que serão sempre o núcleo do sujeito.

Verbo concorda com termo posposto ao número:


80% da população tinha mais de 18 anos.
Dez por cento dos sócios saíram da empresa.
É rara a construção, mas é aceita a concordância também com o numeral:
80% da população tinham mais de 18 anos.
Um por cento dos sócios saiu da empresa.
Verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele:
Perderam-se 40% da lavoura.
Verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no plural:
Os 87% da produção perderam-se.
Aqueles 30% do lucro obtido desapareceram.
Verbo concorda com o número quando esse estiver sem o termo posposto:
1% chegou mais tarde.
2% fizeram a margem consignável.
i) Quando o sujeito for número fracionário, o verbo concorda com o numerador:
1/4 da turma faltou ontem.
3/5 dos candidatos foram reprovados.

j) A expressão “Cada um de” enfatiza a parte separada de um todo, por isso, na função de
sujeito, leva o verbo ao singular:
Cada um dos candidatos poderá requerer recurso apenas uma vez.

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11. (CESPE / SLU DF Todos os cargos de nível Superior 2019)


Fragmento do texto: Um gênio ele devia se achar. E cada um de nós tem seu aramezinho de
fechar pão e se dedica de segunda a sexta a essa missão tão crucial e inútil para o futuro do
cosmos.
Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam preservados caso a expressão “cada um
de nós” (ℓ.1) fosse substituída por todos nós.
Comentário: Quando o sujeito é constituído da expressão “cada um”, o verbo deve se flexionar no
singular, como se vê no texto original: “cada um de nós tem seu aramezinho”.
Com a substituição de “cada um de nós” por “todos nós”, naturalmente o verbo deve se
flexionar na primeira pessoa do plural: todos nós temos seu aramezinho.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

12. (CESPE / SEFAZ RS Auditor-Fiscal da Receita Estadual 2019)


Fragmento do texto: Desse modo, o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente
político, a partir da qual foi possível que as pessoas deixassem de viver no que Hobbes definiu
como o estado natural (ou a vida pré-política da humanidade) e passassem a constituir uma
sociedade de fato, a geri-la mediante um governo, e a financiá-la, estabelecendo, assim, uma
relação clara entre governante e governados.
O referente da forma verbal “passassem” (linha 3) é o termo “as pessoas” (linha 2).
Comentário: Note que o sujeito “as pessoas” é o sujeito das locuções verbais “deixassem de viver”
e “passassem a constituir”, as quais se encontram em duas orações coordenadas aditivas.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

13. (CESPE / Polícia Federal Perito Criminal 2018)


Fragmento do texto: A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior
problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na
dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “acredita” (linha 1) fosse
flexionada no plural: acreditam.
Comentário: Vimos que a expressão partitiva, seguida de substantivo plural, admite verbo no
singular ou plural. Veja:
A maioria dos laboratórios acredita...

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A maioria dos laboratórios acreditavam...


Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

14. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)


Fragmento do texto: A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o
comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão. Nesse
sentido, o líder é um tomador de decisões ou aquele que ajuda o grupo a tomar decisões
adequadas.
No período “A liderança (...) tomada de decisão” (linhas 1 a 2), a expressão “A liderança” (linha
1) exerce a função de sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
Comentário: O termo “A liderança” é o sujeito do verbo “é” (linha 1). Porém, o sujeito do verbo “é”
(linha 2) é a expressão “o comportamento”. Note que “pelo qual se consegue essa redução” é apenas
uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Assim, não há o mesmo sujeito para ambos os verbos e a afirmação está errada.
Gabarito: E

15. (CESPE / ANVISA Técnico Administrativo – 2016)


Fragmento de texto: Ao combater a febre amarela, Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas.
Grande parte dos médicos e da população acreditava que a doença se transmitia pelo contato
com roupas, suor, sangue e secreções de doentes.
A forma verbal “acreditava” (linha 2) está flexionada no singular para concordar com a palavra
“parte” (linha 2), mas poderia ser substituída sem prejuízo à correção gramatical pela forma
verbal acreditavam, que estabeleceria concordância com o termo composto “dos médicos e
da população” (linha 2).
Comentário: Vimos que a expressão partitiva, seguida de substantivo plural, admite verbo no
singular ou plural. Veja:
Grande parte dos médicos e da população acreditava...
Grande parte dos médicos e da população acreditavam...
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

16. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento de texto: Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático,
me pareceu um pouco estranho. Por que a maior parte das pessoas comia com ar religioso e
contrito?

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Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “comia” poderia ser
flexionada no plural.
Comentário: Vimos que a expressão partitiva “a maior parte de”, seguida de substantivo plural,
admite verbo no singular ou plural. Veja:
Por que a maior parte das pessoas comia com ar religioso e contrito?
Por que a maior parte das pessoas comiam com ar religioso e contrito?
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

17. (CESPE / Antaq Analista – 2014)


Fragmento do texto: E faz-se apropriado o depoimento do insigne Carl B. Boyer, em A História
da Matemática: “A Universidade de Alexandria evidentemente não diferia muito de
instituições modernas de cultura superior. Parte dos professores provavelmente se notabilizou
na pesquisa, outros eram melhores como administradores e outros ainda eram conhecidos
pela sua capacidade de ensinar.”
Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso a forma verbal ‘notabilizou’
(linha 4) fosse flexionada no plural: notabilizaram.
Comentário: O sujeito do verbo “notabilizou” é a expressão “Parte dos professores”. Tal expressão
é partitiva e, quando seguida de substantivo plural, permite a flexão verbal no singular ou plural:
Parte dos professores provavelmente se notabilizou na pesquisa...
Parte dos professores provavelmente se notabilizaram na pesquisa...
Gabarito: C

18. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os representantes,
ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e
os interesses de seus eleitores.
A forma verbal “têm” concorda com o núcleo nominal “representantes”, flexionado no plural,
o que torna obrigatório o emprego do acento circunflexo nessa forma verbal.
Comentário: Deve-se perceber que o verbo “têm” encontra-se no plural, por concordar com
“representantes”, utilizando para isso o acento circunflexo diferencial.
Gabarito: C

19. (CESPE / SEGER - ES nível superior – 2011)


Fragmento de texto: Uma pesquisa anual sobre gastos do consumidor indica que dois terços
dos norte-americanos estão reduzindo o padrão e comprando produtos mais baratos.

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A flexão de plural em “estão” é exigida pela concordância com “dois terços”; se os dados
fossem alterados e se referissem a um terço dos norte-americanos, seria correto flexionar o
verbo estar no singular, fazendo-se a concordância com o numeral e escrevendo-se está.
Comentário: A concordância com numerais fracionários na função de sujeito exige que o verbo
concorde com o núcleo (numerador: um terço, dois terços), por isso a flexão do verbo no singular,
com a expressão “um terço”.
...dois terços dos norte-americanos estão reduzindo o padrão...
...um terço dos norte-americanos está reduzindo o padrão...
Gabarito: C

20. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Em uma época em que a taxa de analfabetismo alcançava 99% da
população, só um entre cem brasileiros era elegível.
Caso a referida taxa de analfabetismo fosse de 98% da população, o trecho “Em uma época em
que a taxa de analfabetismo alcançava 99% da população, só um entre cem brasileiros era
elegível” deveria ser corretamente reescrito da seguinte forma: Em uma época em que a taxa
de analfabetismo alcançava 98% da população, só dois entre cem brasileiros seria elegível.
Comentário: A banca queria apenas que o candidato observasse que agora o sujeito tem núcleo
plural: dois. Isso leva o verbo e o adjetivo para o plural: seriam elegíveis.
Gabarito: E

2 – SUJEITO DETERMINADO COMPOSTO: FORMADO POR MAIS DE UM NÚCLEO

Manuel e Cristina pretendem casar-se.


núcleo conjunção núcleo predicado
aditiva
Deve-se notar que normalmente o verbo concorda no plural, tendo em vista haver dois ou
mais núcleos, mas nem sempre ocorrerá assim, por isso é importante listar a seguir a concordância
verbal com base no sujeito composto.

II - A concordância verbal com o sujeito composto

a) Quando o sujeito composto estiver posposto ao verbo, este poderá concordar com todos
os núcleos (concordância literal) ou com o mais próximo (concordância atrativa):
Discutiram muito o chefe e o funcionário.
Discutiu muito o chefe e o funcionário.
Se houver ideia de reciprocidade, verbo vai para o plural:
Estimam-se o chefe e o funcionário.

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Quando o verbo “ser” está acompanhado de substantivo no plural, o verbo também se pluraliza:
Foram vencedores Pedro e Paulo.
b) Quando o sujeito composto for constituído por núcleos sinônimos, o verbo flexiona-se no
singular ou plural. Então a concordância dependerá bastante da ênfase:
O rancor e o ódio cegou o amante.
O desalento e a tristeza abalaram-me.
Cabe aqui observar que não é simplesmente dizer que a concordância no singular ou plural é
facultativa. Ela depende da intenção do autor. Com isso se observa que o autor normalmente
flexiona o verbo no singular para enfatizar a proximidade de sentido dos substantivos que formam
o sujeito composto.

21. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do
pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas
científicas e geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade industrial no século
XIX, tudo isso representa saltos de época, que desorientaram gerações inteiras.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “representa” (linha 4) fosse
substituída por representam.
Comentário: O verbo “representa” flexiona-se no singular por concordar com o termo também
singular “tudo isso”. Assim, não cabe a flexão desse verbo no plural e a afirmação está errada.
Agora, vamos a um detalhe importante:
Vale lembrar que, sintaticamente, a expressão “A invenção das técnicas para controlar o fogo,
o início da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as
grandes descobertas científicas e geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade
industrial no século XIX” é o sujeito composto. Tal sujeito é retomado pelo aposto recapitulativo
“tudo isso” e o verbo deve se flexionar de acordo com esse termo resumido, e não com o sujeito
composto.
Assim, reforçamos que a afirmação está errada.
Gabarito: E

22. (CESPE / IPHAN Nível Médio – 2018)


Fragmento do texto: Dentre elas, podem ser destacadas as de financiamento de estudos,
postos a julgamentos sobre suas finalidades e objetivos por comissões de alto nível, bem como
as regras que regem a oferta de trabalho. O perfil e a política das instituições em que estão
inseridos, entre outros aspectos, impõem a agenda dos estudos do momento.

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A forma verbal “impõem” (ℓ.4) está no plural porque concorda com o termo “instituições”
(ℓ.3).
Comentário: O verbo “impõem” concorda com o sujeito composto “O perfil e a política das
instituições”, e não com “instituições”. Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

23. (CESPE / IHBDF Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Nenhum daqueles filhos de operários, meus irmãos ou eu havia ido ao
pediatra; só os fortes sobreviviam, a morte de crianças era aceita com resignação. Em várias
regiões do país, a mortalidade infantil ultrapassava uma centena para cada mil nascidos.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “Nenhum daqueles filhos de
operários, meus irmãos ou eu havia ido ao pediatra” (linhas 1 e 2) fosse assim reescrito:
Nenhum daqueles filhos de operários, nem meus irmãos nem eu tínhamos ido ao pediatra.
Comentário: Note que a questão pede apenas a correção gramatical. Assim, devemos observar
basicamente que o sujeito composto força o verbo ao plural. Note que, quando o pronome pessoal
do caso reto (“eu”) está associado a outro elemento de qualquer pessoa do discurso (“Nenhum
daqueles filhos de operários, nem meus irmãos”), o verbo deve concordar na primeira pessoa do
plural:
Nenhum daqueles filhos de operários, nem meus irmãos nem eu tínhamos ido ao pediatra.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

24. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Inexistindo controle efetivo e fiscalização eficiente e não estando todos
os entes públicos, bem como todos aqueles que recebem verbas públicas, sujeitos e
submetidos à aprovação de suas contas por um tribunal especializado, não há sociedade
suficientemente protegida no que diz respeito aos crimes contra a administração pública.
Seriam mantidos o sentido original e a correção gramatical do texto caso a forma verbal
“Inexistindo” (linha 1) e o trecho “não estando” (linha 1) fossem substituídos, respectivamente,
por Se inexiste e se não está.
Comentário: A questão pede a reescrita de trechos com fundamento na concordância. A
transformação das orações reduzidas de gerúndio vai forçar a flexão do verbo em número singular
ou plural conforme seus sujeitos.
O verbo “inexistindo” refere-se ao sujeito composto “controle efetivo e fiscalização
eficiente”. Como tal sujeito encontra-se posposto, o verbo pode concordar com o primeiro dos
núcleos ou com os dois. Veja:
Se inexiste controle efetivo e fiscalização eficiente...
Se inexistem controle efetivo e fiscalização eficiente...

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Já o verbo “estando” tem como sujeito a expressão plural “todos os entes públicos”. Assim,
numa oração desenvolvida, o verbo deve concordar com o sujeito. Veja:
...e se não estão todos os entes públicos...
Assim, o que deixou a afirmação incorreta foi o último verbo não ter sido flexionado.
Gabarito: E

25. (CESPE / Prefeitura de São Luís – MA Técnico – 2017)


Fragmento do texto: O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos estão na base das
Constituições democráticas modernas.
A forma verbal “estão” está no plural para concordar com “direitos humanos”.
Comentário: O verbo “estão” se encontra no plural por concordar com o sujeito composto “O
reconhecimento e a proteção”. Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

26. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2016)


Fragmento do texto: Torna a trazer o assunto à baila o aparecimento e grande vendagem de
Maíra, romance de Darcy Ribeiro.
O verbo concorda com o primeiro núcleo do sujeito posposto, concordância verbal abonada
pela gramática normativa.
Comentário: O verbo “Torna” tem como sujeito o termo composto “o aparecimento e grande
vendagem de Maíra”. Assim, pode concordar tanto com o primeiro núcleo quanto com os dois, por
isso a afirmação está correta.
Gabarito: C

27. (CESPE / DPU Analista – 2016)


Fragmento do texto: No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou
justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O surgimento de lides
provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes — e o chamamento da
jurisdição para resolver essas contendas — já dava início a situações em que constantemente
as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas.
Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava” (linha 4) fosse
flexionada no plural, escrevendo-se davam.
Comentário: O sujeito do verbo “dava” é determinado simples (“O surgimento de lides provenientes
das inúmeras formas de relação jurídica então existentes”). Veja que o termo “e o chamamento da
jurisdição para resolver essas contendas” está separado por travessões, por ser um comentário à
parte do autor. Assim, não compõe o sujeito. Para que houvesse o sujeito composto, deveria haver
a exclusão dos travessões. Como a banca não sugeriu tal exclusão, o verbo obrigatoriamente
concorda no singular com o núcleo do sujeito “surgimento”.

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Já vimos que a afirmação está errada. Agora, veja as duas possibilidades:


O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes — e o
chamamento da jurisdição para resolver essas contendas — já dava início a situações em que
constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das
demandas.
O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes e o
chamamento da jurisdição para resolver essas contendas já davam início a situações em que
constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das
demandas.
Gabarito: E

28. (CESPE / FUB Analista – 2015)


Fragmento do texto: A originalidade e a capacidade de enxergar o mundo sob diferentes
perspectivas são, sem dúvida, características dos maiores pensadores. Exemplo disso é o
romeno Serge Moscovici, um dos grandes nomes da psicologia.
O emprego da forma verbal “são” (linha 2) na terceira pessoa do plural justifica-se pela
concordância com os núcleos do sujeito da oração: “originalidade” e “capacidade”, ambos na
linha 1.
Comentário: O verbo de ligação “são” tem como sujeito composto “A originalidade e a capacidade
de enxergar o mundo sob diferentes perspectivas”, cujos núcleos são “originalidade” e “capacidade”.
Assim, a afirmativa está correta.
Gabarito: C

29. (CESPE / Anatel Analista – 2014)


Fragmento do texto: A solicitação de portabilidade ou a demonstração da intenção de trocar
os serviços pelos oferecidos por uma concorrente que ofereça condições melhores têm-se
mostrado boas estratégias, visto que as empresas comumente dispõem de vantagens para não
perder seus consumidores.
O emprego da forma verbal “têm”, na 3ª pessoa do plural, justifica-se pela concordância com
sujeito composto unido pela conjunção “ou”, de valor inclusivo.
Comentário: Podemos entender do contexto que as boas estratégias são a “solicitação de
portabilidade ou a demonstração da intenção de trocar os serviços pelos oferecidos por uma
concorrente que ofereça condições melhores”. O sujeito possui dois núcleos, os quais são
“solicitação” e “demonstração” e estão ligados pela conjunção “ou”. O verbo “têm” possui o acento
circunflexo para marcar o plural, por isso essa conjunção só pode ter valor de inclusão.
Gabarito: C

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3 – SUJEITO DETERMINADO OCULTO OU DESINENCIAL

É o que ocorre quando a terminação verbal (primeiras e segundas pessoas e a terceira do


imperativo) dispensa o uso do pronome pessoal correspondente:
Estou muito feliz. (eu) Estás muito feliz. (tu)
Para o teu carro. (tu no imperativo) Pare o seu carro. (você no imperativo)
Voltaremos logo! (nós) Voltastes logo! (vós)

30. (CESPE / INSS Técnico – 2016)


Fragmento do texto: Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez
teria um escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali
a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da
esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam todos os meus livros. Tratei de
encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão
da Torre.
A forma verbal “teria” (linha 2) está flexionada na terceira pessoa do singular, para concordar
com “apartamento” (linha 1), núcleo do sujeito da oração em que ocorre.
Comentário: Primeiramente, devemos notar que o verbo “ter” deve possuir sujeito e objeto direto.
Além disso, devemos perceber que o futuro do pretérito do indicativo tem a mesma flexão para a
primeira e terceira pessoas do singular (eu teria, ele teria).
Assim, é o contexto que nos vai mostrar tal flexão.
Note, pelos trechos “meus livros” e “Tratei”, que o narrador conta sua própria história. Assim,
o verbo “teria” tem o sujeito determinado oculto, subentendendo “eu”.
Portanto, a afirmação está errada.
Gabarito: E

4 – SUJEITO DETERMINADO ELÍPTICO

Aquele que mantém o verbo na 3ª pessoa do discurso e obrigatoriamente necessita do


contexto para permitir saber de quem se trata.
Os alunos ficaram descontentes com a atitude do professor. Deixaram de ir à aula no
dia seguinte.
Percebe-se que o sujeito do verbo “ficaram” está determinado pela escrita no texto, porém
o sujeito da locução verbal “deixaram de ir” está implícito no contexto, por omissão, para que não

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haja repetição da palavra “alunos”. Por esse motivo, temos o sujeito elíptico, que significa omissão.
Ele depende exclusivamente do contexto, sem ele não há sujeito elíptico, mas sim, sujeito
indeterminado.
Algumas gramáticas admitem a elipse fazendo parte do sujeito oculto. Para essas gramáticas,
o sujeito oculto (ou desinencial) é mais amplo, não necessita possuir verbo na primeira ou segunda
pessoas, mas também admite a terceira. Basta que não haja literalmente a palavra no texto, mas
esteja facilmente subentendida.

31. (CESPE / MPE PI Analista Ministerial 2018)


Fragmento do texto: — Tinha vinte e cinco anos, era pobre, e acabava de ser nomeado alferes
da Guarda Nacional. Não imaginam o acontecimento que isto foi em nossa casa. Minha mãe
ficou tão orgulhosa! Vai então uma das minhas tias, D. Marcolina, que morava a muitas léguas
da vila, num sítio escuso e solitário, desejou ver-me, e pediu que fosse ter com ela e levasse a
farda. Chamava-me também o seu alferes. E sempre alferes; era alferes para cá, alferes para
lá, alferes a toda a hora. Na mesa tinha eu o melhor lugar, e era o primeiro servido. Não
imaginam. Se lhes disser que o entusiasmo da tia Marcolina chegou ao ponto de mandar pôr
no meu quarto um grande espelho, naturalmente muito velho; mas via-se-lhe ainda o ouro.
— Espelho grande?
— Grande. E foi, como digo, uma enorme fineza, porque o espelho estava na sala; era a melhor
peça da casa. Mas não houve forças que a demovessem do propósito; respondia que não fazia
falta, que era só por algumas semanas, e finalmente que o “senhor alferes” merecia muito
mais.
Nas linhas 12 e 13, os sujeitos das formas verbais “respondia” e “fazia” estão elípticos e
referem-se, respectivamente, a “tia Marcolina” e “espelho”, mencionados anteriormente no
texto.
Comentário: O sujeito do verbo “respondia” está elíptico e refere-se a “tia Marcolina”.
O sujeito do verbo “fazia” está elíptico e refere-se a “espelho”.
Veja: [tia Marcolina] respondia que [o espelho] não fazia falta.
Gabarito: C

32. (CESPE / IPHAN Nível Médio – 2018)


Fragmento do texto: Certa produção historiográfica e sociológica, em debate pelo menos
desde os anos 70 do século passado e já clássica na atualidade, trouxe novos ingredientes para
a reflexão sobre essa ambiguidade do papel do historiador e do intelectual de um modo geral.
Essa literatura aponta os numerosos constrangimentos a que estavam submetidos, na sua

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produção intelectual, em função de um processo de formação, enquadramento e


disciplinarização que delineava um lugar de fala, limitado por regras de diversas naturezas.
O sujeito da locução verbal “estavam submetidos” (ℓ.4) está elíptico e se refere a “historiador”
(ℓ.3) e “intelectual de um modo geral” (ℓ. 3,4).
Comentário: Note que podemos entender do contexto que o historiador e o intelectual de um modo
geral estavam submetidos a numerosos constrangimentos, na sua produção intelectual, em função
de um processo de formação, enquadramento e disciplinarização que delineava um lugar de fala,
limitado por regras de diversas naturezas.
Assim, realmente os termos “historiador” e “intelectual de um modo geral” estão
subentendidos na oração da locução verbal “estavam submetidos” e a afirmação está correta.
Gabarito: C

33. (CESPE / IHBDF Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Surpresas fazem parte da rotina de um socorrista. Quando um chamado
chega via 192, as informações nem sempre vêm de acordo com a real situação. Às vezes, é
menos grave do que se dizia. Em outras, o interlocutor — por pânico ou desconhecimento —
não dá nem conta de descrever a gravidade do caso.
O sujeito da forma verbal “é” (linha 2) está elíptico e retoma “um chamado” (linha 1), o que
justifica a flexão verbal na terceira pessoa do singular.
Comentário: A afirmação está errada, pois se subentende o substantivo “situação” como sujeito: a
situação é menos grave do que se dizia.
Gabarito: E

34. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)


Fragmento do texto: Creio que o governo não é assim um negociante ganancioso que vende
gêneros que possam trazer a destruição de vidas preciosas; e creio que não é, porquanto anda
sempre zangado com os farmacêuticos que vendem cocaína aos suicidas. Há sempre no Estado
curiosas contradições.
O sujeito elíptico da forma verbal “anda” (linha 3) retoma a expressão “um negociante
ganancioso” (linha 1).
Comentário: O verbo “anda” refere-se ao substantivo “governo”. Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

35. (CESPE / STJ Técnico Judiciário – 2018)


Fragmento do texto: Autores importantes do campo da ciência política e da filosofia política e
moral se debruçaram intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX, e chegaram
a conclusões diversas uns dos outros. Embora a perspectiva analítica de cada um desses
autores divirja entre si, eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de
situações de justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a esse estado de coisas.

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O sujeito da forma verbal “têm” (linha 5) está elíptico e retoma “cada um desses autores”
(linhas 3 e 4).
Comentário: Sabemos que, quando o sujeito for constituído da expressão “cada um”, seu verbo é
forçado ao singular. Como o verbo “têm” apresenta o acento diferencial, já sabemos que ele se
refere a termo plural e com isso a afirmação já está errada. Na realidade, o verbo “têm” se refere ao
pronome “eles”.
Gabarito: E

36. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)


Fragmento do texto: Liderança é um processo contínuo de escolha que permite que a empresa
caminhe em direção a sua meta, apesar de todas as perturbações internas e externas. O grupo
tende a escolher como líder a pessoa que lhe pode dar maior assistência e orientação (que
defina ou ajude o grupo a escolher os rumos e as melhores soluções para seus problemas) para
que alcance seus objetivos. A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o
comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão.
Há uma ambiguidade quanto ao antecedente do sujeito elíptico da forma verbal “alcance”
(linha 5), que poderia ser dirimida caso essa forma verbal fosse flexionada no plural —
alcancem —, estabelecendo-se concordância ideológica com a palavra “grupo” (linha 4).
Comentário: O contexto nos faz interpretar que alguém pode dar assistência ao grupo para que este
escolha os rumos e as melhores soluções para seus problemas e alcance seus objetivos. Assim, não
se percebe uma provável ambiguidade.
Além disso, o verbo que concorda com “grupo” deve permanecer no singular, pois tal palavra,
apesar de se referir a um conjunto de pessoas, mantém o verbo no singular.
Por tudo isso, a afirmação está errada.
Gabarito: E

37. (CESPE / Câmara dos Deputados Consultor Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: Para desvendar como os brasilienses ocupam e reinventam seus lares, a
pesquisadora Franciney França decidiu analisar 168 plantas de apartamentos em sua tese de
doutorado. “Quem olha para o Plano Piloto, que impressão tem? Que as quadras são iguais e
que sempre têm o mesmo padrão arquitetônico. E aí pensa que as pessoas moram do mesmo
jeito. Mostrei que não é bem assim”, conta. A pesquisadora dividiu as “indisciplinas
arquitetônicas” praticadas pelos brasilienses entre leves e pesadas. As leves são as que mudam
a destinação dos espaços.
O referente do sujeito da forma verbal ‘pensa’ (linha 4) é ‘Quem olha para o Plano Piloto’ (linha
3).
Comentário: O verbo “pensa” está no singular, porque se subentende que o seu sujeito é a estrutura
oracional “Quem olha para o Plano Piloto”. Este é o caso do sujeito elíptico, pois ele não está
posicionado na oração do verbo “pensa”, mas está facilmente subentendido.

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Gabarito: C

38. (CESPE / Câmara dos Deputados Consultor Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: Constantemente, você precisa provar e comprovar que é quem diz ser.
Embora pareça, essa não é uma questão filosófica. A tarefa é prática e corriqueira: cartões de
crédito, RG, CPF, crachás corporativos e carteirinhas de mil e uma entidades, que engordam a
carteira de todo cidadão, são exigidos, a toda hora, para identificar uma pessoa no mundo
físico.
Na linha 1, o sujeito da forma verbal “diz” é o pronome “quem”.
Comentário: Vamos entender a estrutura sintática do segmento em questão.
Os verbos “provar” e “comprovar” são transitivos diretos e exigem a oração subordinada
substantiva objetiva direta “que é”. Devemos entender dessa estrutura que você precisa provar e
comprovar que você é.
Nesta oração objetiva direta, ocorre o sujeito subentendido (elíptico) “você”, o verbo de
ligação “é” e a oração subordinada substantiva predicativa “quem diz ser”.
Nesta oração predicativa, ocorre o sujeito subentendido (elíptico) “você” e a estrutura verbal
“diz ser”, que possui o verbo de ligação “ser”. Por isso o pronome indefinido “quem” é o predicativo.
Note que devemos entender dessa estrutura que você diz ser alguém (“quem”).
Assim, a afirmação está errada, pois “quem” é apenas o predicativo e o sujeito do verbo “diz”
está subentendido (elíptico) e é “você”.
Gabarito: E

39. (CESPE / MPU nível médio – 2013)


Fragmento do texto: Ele defende que o STF deve livrar-se do costume de manter identidades
em segredo, ou estará contrariando todos os esforços em busca de maior transparência.
Seria mantida a correção gramatical do texto, caso a forma verbal “manter” (linha 1) fosse
flexionada no plural — manterem.
Comentário: O verbo “manter” faz parte da oração subordinada substantiva completiva nominal.
Tal oração é reduzida. Note que podemos substituir “de manter identidades em segredo” por
“disso”: livrar-se do costume disso.
Tal oração possui um sujeito subentendido: “o STF”. Como o sujeito subentendido (ou
elíptico) é singular, o verbo que se refere a ele deve permanecer no singular. Assim, a afirmativa da
questão está errada.
Gabarito: E

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40. (CESPE / TRF 1ª Região Taquígrafo 2017)


Fragmento de texto: O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de
circulação, compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo
uma diversidade de localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de
diferentes modos incorporadas à dinâmica mercantil. Hoje, podemos talvez acrescentar que a
cidade se torna o lugar do consumismo e do consumismo de lugar. O que isso quer dizer e que
implicações isso tem para o compartilhamento da cidade como espaço público?
Na linha 6, caso fosse suprimido o vocábulo “isso”, seria necessário flexionar a forma verbal
“tem” no plural — têm —, para que se mantivessem o sentido e a correção gramatical do texto.
Comentário: Esta questão trabalha essencialmente a mudança de um sujeito determinado simples
(literalmente escrito na oração) para um sujeito elíptico (subentendido na oração).
Note que, no trecho “isso quer dizer e que implicações isso tem para o compartilhamento da
cidade como espaço público”, a locução verbal “quer dizer” tem como sujeito determinado simples
o pronome “isso”. Também o verbo “tem” apresenta como sujeito simples o outro pronome
demonstrativo “isso”. Veja:
O que isso quer dizer e que implicações isso tem para o compartilhamento da cidade como espaço
público?
A supressão do segundo pronome “isso” não obriga a concordância verbal com “implicações”.
Na realidade, cabe a omissão da segunda ocorrência do pronome “isso” para evitar repetição
desnecessária, haja vista que ele já fora empregado na oração anterior. O autor no trecho original
simplesmente quis dar mais clareza ao trecho, justamente para ninguém entender o termo
“implicações” como sujeito. Compare as duas concordâncias (um com o segundo sujeito
determinado simples, a outra com este sujeito elíptico):
O que isso quer dizer e que implicações isso tem para o compartilhamento da cidade como espaço
público?
O que isso quer dizer e que implicações tem para o compartilhamento da cidade como espaço
público?
Assim, a segunda forma evitou a repetição desnecessária do pronome “isso”. Mas o verbo
continua concordando com o primeiro pronome “isso”.
Nesta segunda oração (“que implicações tem”), o verbo “tem” é transitivo direto, e o termo
“que implicações” é o objeto direto. Note que o vocábulo “que” é apenas um pronome interrogativo
de valor adjetivo (quais implicações).
Por tudo isso, entendemos que a exclusão do pronome “isso” não exige a flexão do verbo
“tem”, justamente porque “implicações” é o seu objeto direto.
Diante disso, a afirmação está errada.
Gabarito: E

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5 – SUJEITO INDETERMINADO

Quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o predicado da oração se
refere. Há dois casos:
a) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto:
Falaram bem de você.
Colocaram o anúncio.
Alugaram o apartamento.
Observe que não há referência a outra palavra como o verbo do sujeito elíptico faz.
b) Com o índice de indeterminação do sujeito se e verbo no singular:
Precisa -se de ajudantes.
VTI IIS objeto indireto
Os verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação, quando acrescidos da partícula “se”,
terão sujeito indeterminado e devem ficar sempre no singular:
Trata-se de casos delicadíssimos. (verbo transitivo indireto)
Vive-se melhor fora das cidades grandes. (verbo intransitivo)
É-se muito pretensioso na adolescência. (verbo de ligação)
Normalmente o índice de indeterminação do sujeito é explorado de duas formas pela banca
CESPE. Tomemos por base a oração:
“Trata-se de assunto polêmico.”
a) é perguntado se o vocábulo “se” indetermina o sujeito. (Sim!)
b) é perguntado se o verbo “trata” encontra-se no singular, tendo em vista o vocábulo
“assunto”. (Não, pois o vocábulo “assunto” é núcleo do objeto indireto, e verbo concorda com sujeito
e não com complemento verbal. O verbo flexiona-se no singular por causa da presença do índice de
indeterminação do sujeito – IIS).

41. (CESPE / MPE PI Analista Ministerial 2018)


Fragmento do texto: Por um lado, tenta-se fazê-la entrar no cálculo geral das provas, como se
fosse apenas mais uma: não é a evidentia rei; tal como a mais forte das provas, não pode por
si só implicar a condenação e tem de ser acompanhada por indícios anexos e presunções, pois
já houve acusados que se declararam culpados de crimes que não cometeram; se não tiver em
sua posse mais do que a confissão regular do culpado, o juiz deverá então fazer investigações
complementares.

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O sujeito da forma verbal “cometeram” (ℓ.4) é indeterminado.


Comentário: O verbo “cometeram” tem como sujeito “acusados”, o qual está elíptico diante do
verbo “cometeram”, pois entendemos do trecho que acusados não cometeram crimes. Assim, a
afirmação está errada.
Gabarito: E

42. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)


Fragmento do texto: Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o
elogio da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” (linha 1) fosse substituída por ideias
revolucionárias, seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se
manter a correção gramatical do texto.
Comentário: O verbo “Trata” é transitivo indireto, o pronome “se” é o índice de indeterminação do
sujeito e “de uma visão revolucionária” é o objeto indireto. Como sabemos que o objeto indireto
não interfere na concordância, pode ele estar flexionado no plural e o verbo não se flexionará. Note
que o índice de indeterminação do sujeito força o verbo ao singular.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

43. (CESPE / SEDF Nível superior – 2017)


Fragmento do texto: Ambas as frases cumprem a sua função, que é transmitir um certo
conteúdo. São duas maneiras de chegar ao mesmo lugar. São duas gramáticas distintas, uma
em que a pluralidade é marcada em todos os termos da oração, outra em que o plural aparece
marcado apenas no artigo.
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto se o trecho “São duas
gramáticas distintas” (linha 2) fosse reescrito da seguinte forma: Tratam-se de duas gramáticas
diferentes.
Comentário: O verbo “tratar” é transitivo indireto, o pronome “se” é o índice de indeterminação do
sujeito e a expressão “de duas gramáticas diferentes” é o objeto indireto. Assim, tal verbo não pode
se flexionar no plural. Veja a forma correta:
Trata-se de duas gramáticas diferentes.
Gabarito: E

44. (CESPE / TJSE Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações Filipinas, um código
legal que se aplicava a Portugal e seus territórios ultramarinos. Com todas as letras, as
Ordenações Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em
adultério. Também podia matá-la por meramente suspeitar de traição. Previa-se um único caso

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de punição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de sua mulher uma “pessoa de maior
qualidade”, o assassino poderia ser condenado a três anos de desterro na África.
No último período do primeiro parágrafo do texto, construído de acordo com o princípio do
paralelismo sintático, o sujeito das orações classifica-se como indeterminado.
Comentário: O primeiro parágrafo do texto é o fragmento copiado na questão. Assim, o último
período dele é:
Previa-se um único caso de punição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de sua mulher
uma “pessoa de maior qualidade”, o assassino poderia ser condenado a três anos de desterro na
África.
Assim, tal período é constituído de quatro orações.
Além disso, é bom lembrar que o sujeito indeterminado só ocorre com as duas construções
vistas anteriormente (verbo na terceira pessoa do singular ou verbo na terceira pessoa do singular
com o índice de indeterminação do sujeito “se”). Nessas estruturas, o sujeito existe, mas ele não é
identificado.
Em todas as quatro orações, os sujeitos são identificados. Assim, são determinados.
Na primeira oração, o verbo “Previa” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador (o qual
será visto adiante) e o termo “um único caso de punição” é o sujeito paciente. Na segunda oração,
o sujeito do verbo de ligação “sendo” é o termo “o marido”. Note que o termo “um ‘peão’” é o
predicativo. Na terceira oração, o verbo “sendo” está subentendido e o seu sujeito é “o amante de
sua mulher”. Na quarta oração, o termo “o assassino” é o sujeito.
Gabarito: E

45. (CESPE / TRE-MS Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Todavia, as discussões sobre essa matéria ainda aguardam decisão do
Supremo Tribunal Federal, cujas teses se dividem basicamente em duas: uma que defende a
inconstitucionalidade da lei, invocando o princípio de que norma penalizadora mais dura não
pode retroagir para prejudicar o réu e ferir suposto direito adquirido; e a outra, que defende
exatamente o princípio oposto, ou seja, o de que não se trata de norma penal, mas sim de
norma restritiva de direitos, cujo alcance retroativo não é vedado pela Constituição.
No trecho “o de que não se trata de norma penal” (linha 5), o emprego da forma plural em
normas penais implicaria a flexão da forma verbal: o de que não se tratam de normas penais.
Comentário: O verbo “trata” é transitivo indireto, o pronome “se” é o índice de indeterminação do
sujeito e o termo “de norma penal” é o objeto indireto, o qual não interfere na concordância. Assim,
mesmo havendo a flexão do objeto indireto no plural, o verbo “trata” deve permanecer no singular.
Veja:
o de que não se trata de norma penal
o de que não se trata de normas penais
Gabarito: E

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6 – ORAÇÃO SEM SUJEITO (SUJEITO INEXISTENTE)

Oração sem sujeito é aquela que tem apenas o predicado, isto é, o verbo é impessoal. É
importante saber quando uma oração não possui sujeito, tendo em vista que o verbo deve se
flexionar na terceira pessoa do singular. Os casos mais importantes ocorrem com:

I - Verbos que exprimem fenômenos da natureza:


Venta muito naquela cidade. Amanhã não choverá.
Nevava bastante. Trovejou pouco no último mês.
No entanto, quando esses verbos estão empregados de forma figurada, naturalmente
recebem sujeito determinado; assim, o verbo concorda com ele:
Choveram recursos contra a última questão da prova. (“recursos” é sujeito)
Ventaram opiniões na reunião. (“opiniões” é sujeito)
Trovejaram palavrões contra o deputado. (“palavrões” é sujeito)

II - Verbo haver significando existir, ocorrer:

Havia muitas pessoas na sala. Há vários problemas na empresa.


Deve-se ter cuidado quando esse verbo for o principal numa locução verbal. Seu verbo auxiliar
não poderá se flexionar. Veja:
Deve haver vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo)
Tem havido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo)
Está havendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo)
Mas, quando se substitui o verbo “haver” por seus sinônimos “existir” ou “ocorrer”, passa-se
a sujeito determinado simples. Veja:
Existem vários problemas na empresa.(“vários problemas” passa a sujeito determinado simples)
Devem existir vários problemas na empresa.(“vários problemas” passa a sujeito determinado simples)
Têm ocorrido vários problemas na empresa.(“vários problemas” passa a sujeito determinado simples)
Estão ocorrendo vários problemas na empresa.(“vários problemas” passa a sujeito determinado
simples)

III - Verbos haver e fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno natural:

Já faz meses que não viajo com ele. (É apenas a oração sublinhada que não possui sujeito)
Há três anos não vejo minha família. (É apenas a oração sublinhada que não possui sujeito)
Há quatro dias que não a vejo. (É apenas a oração sublinhada que não possui sujeito)

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Faz muito frio na Europa.

IV- Verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de tempo.

São três horas. Hoje são dez de setembro. Hoje está muito frio.
Já vai para 4 anos que não leio esse jornal. (É apenas a oração sublinhada que não possui sujeito)
O verbo “ser” possui concordância peculiar. Observe que esse verbo concorda com a
quantidade de tempo. Não quer dizer que “três horas” e “dez de setembro” (nas orações acima)
sejam sujeitos.
Observação: Deve-se lembrar de que todos os verbos vistos podem fazer parte de uma
locução verbal. Assim, sendo eles os verbos principais, devem os verbos auxiliares flexionar-se
conforme visto acima:
Deve ventar muito naquelas cidades.
Amanhã não deve chover.
Podia haver muitas pessoas na sala.
Pode ter havido muitas pessoas na sala.
Está fazendo muito frio na Europa.
Devem ser três horas.
Já deve ir para quatro anos que não leio esse jornal.

46. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)


Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um
resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias
ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em
Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se encontrava
uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu.
O esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher
assombrosa, praguejando com uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música
maldita. O caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!

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Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas
bananas cozidas e um pote de margarina.
— Cinco reais — ordenou Helenice, com a mão na garrafa térmica. — Só come se pagar.
O homem pagou, sempre rindo da cara de Helenice, visivelmente bêbado.
Samuel invejou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim de tarde,
fim de vida.
Socorro Acioli. A cabeça do santo. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 17-8 (com adaptações).
No texto, poderia ser substituído por havia o verbo ter empregado em
a) “Não tinha mais que vinte casas mortas” (linha 1).
b) “Algumas construções nem sequer tinham telhado” (linha 2).
c) “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (linha 3).
d) “Em Juazeiro tinha gente” (linhas 7 e 8).
e) “Não tinha tanto dinheiro para comer” (linha 20).
Comentário: O verbo “haver” pode substituir o verbo “ter” nas locuções verbais, quando esses
verbos se encontram como auxiliares, como nos exemplos abaixo:
O aluno tinha estudado a matéria.
O aluno havia estudado a matéria.
Se ele tivesse estudado a matéria, teria passado.
Se ele houvesse estudado a matéria, haveria passado.
Na realidade, a questão está nos cobrando o seu conhecimento de que o verbo “ter”, não
sendo um verbo auxiliar de uma locução verbal, é transitivo direto e deve possuir sujeito e objeto
direto, como nas seguintes orações:
O aluno tem o material da aula.
O candidato teve sorte.
Note que o verbo “ter” é transitivo direto e se refere aos sujeitos “O aluno” e “O candidato”,
e tem como complementos os objetos diretos “o material da aula” e “sorte”.
Assim, tais construções não admitem a substituição pelo verbo “haver” e você verá essa
construção em quatro alternativas desta questão.
Porém, uma se refere a uma construção informal que normalmente usamos numa fala, como:
Tem gente que está fazendo isso. (linguagem informal)
Tem muitas pessoas aqui! (linguagem informal)
Essas construções em que o verbo “ter” está sendo empregado como impessoal (isto é, não
apresenta sujeito) não fazem parte da linguagem formal. Assim, para tornarmos a linguagem mais
formal, devemos substituir o verbo “ter” pelo verbo “haver”:

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Há gente que está fazendo isso. (linguagem formal)


Há muitas pessoas aqui! (linguagem formal)
O mesmo faremos na questão.
Na alternativa (A), não cabe a substituição de “ter” por “haver”, tendo em vista que o verbo
“tinha” refere-se ao sujeito subentendido “Candeia”. Confirme:
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de
praça.
Na alternativa (B), não cabe a substituição de “ter” por “haver”, tendo em vista que o verbo
“tinham” refere-se ao sujeito literal “Algumas construções”. Confirme:
“Algumas construções nem sequer tinham telhado”
Na alternativa (C), não cabe a substituição de “ter” por “haver”, tendo em vista que o verbo
“tinha” refere-se ao sujeito literal “o ar”. Confirme:
“Nem o ar tinha esperança de ser vento”
A alternativa (D) é a que devemos marcar, pois o verbo “tinha” está sendo empregado
impropriamente com valor impessoal, isto é, sem sujeito. Note que “Em Juazeiro” é o adjunto
adverbial de lugar, “tinha” é transitivo direto e “gente” é o objeto direto. Assim, de acordo com a
linguagem formal, o ideal é a substituição do verbo “ter”, que deve se referir a um sujeito, pelo
verbo “haver”, o qual é empregado no sentido de existir e não tem sujeito. Veja a correção:
“Em Juazeiro havia gente”.
Na alternativa (E), não cabe a substituição de “ter” por “haver”, tendo em vista que o verbo
“tinha” refere-se ao sujeito subentendido “Samuel”. Confirme:
Samuel invejou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim de tarde, fim de
vida.
Gabarito: D

47. (CESPE / Polícia Federal Papiloscopista 2018)


O item a seguir apresenta, de forma consecutiva, os períodos que compõem um parágrafo
adaptado do texto Como se identificam as vítimas de um desastre de massa, de Teresa
Firmino (Internet: < www.publico.pt >).
Julgue-o quanto à correção gramatical e à coerência e à coesão textual.
Nos casos de cadáveres de vítimas carbonizadas, podem não mais haver impressões digitais.
Comentário: Note que há uma locução verbal com o verbo haver no sentido de existir (podem não
mais haver) o que, portanto, leva o verbo auxiliar a flexionar-se no singular.
Logo, a correção gramatical, a coerência e a coesão estão erradas.
Veja a frase reescrita corretamente:
Nos casos de cadáveres de vítimas carbonizadas, pode não mais haver impressões digitais.

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Gabarito: E

48. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade
de monitorar ativamente o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse
tráfego, nas áreas em que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de
grandes proporções.
A forma verbal “haja” (linha 3) poderia ser flexionada no plural — hajam —, preservando-se a
correção gramatical e os sentidos do texto.
Comentário: O verbo “haja”, na linha 3, encontra-se no sentido de existir; por isso é transitivo direto
e não tem sujeito. O termo não preposicionado “intensa movimentação de embarcações ou risco de
acidente de grandes proporções” é o objeto direto composto.
Assim, tal verbo não pode se flexionar no plural e a afirmação está errada.
Gabarito: E

49. (CESPE / EMAP Nível Médio – 2018)


Fragmento do texto: O comportamento fundamental dessa mudança localiza-se no aumento
das possibilidades do agir humano, na diversificação dos papéis sociais e na abertura para o
futuro. Houve, em resumo, uma ampliação no grau de complexidade da sociedade.
Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos originais do texto, caso a forma verbal
“Houve” (linha 3) fosse substituída por Ocorreram.
Comentário: O verbo “Houve”, na linha 3, encontra-se no sentido de ocorrer; por isso pode ser
substituído por esse verbo.
Porém, há de se notar que ele é intransitivo e deve concordar com o termo não
preposicionado “uma ampliação no grau de complexidade da sociedade”, que está no singular.
Assim, a afirmação da questão está errada, pois a forma correta é “Ocorreu”, e não
ocorreram.
Gabarito: E

50. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo linhas comerciais
regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes e outras 35 pessoas que
estavam em terra.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a forma verbal “Foram”
(linha 1) por Houveram.
Comentário: A substituição desse verbo faria com que “haver” tivesse valor de existir. Assim, ele não
tem sujeito e não pode se flexionar no plural: “Houve”.
Portanto, a afirmação está errada.

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Gabarito: E

51. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)


No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada
na forma verbal “É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.
Comentário: Neste segmento, há a oração principal “É um orgulho”, em que “é” é verbo de ligação,
“um orgulho” é o predicativo e o sujeito é toda a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida
de infinitivo “poder contar com você”: isso é um orgulho.
Assim, o verbo “é” apresenta, sim, sujeito determinado e a afirmação está errada.
Gabarito: E

52. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Mas a “falha” dos atenienses era a inexistência de direitos humanos. Não
havia proteção contra as decisões da assembleia soberana.
Sem prejuízo da informação veiculada no texto, seria mantida sua correção gramatical se o
termo “proteção”, em “Não havia proteção contra as decisões da assembleia soberana” (linha
2), fosse substituído por mecanismos de proteção.
Comentário: O estilo de cobrança da questão é o de reescrita de trechos do texto, porém o seu
fundamento está na concordância e na semântica.
Pelo contexto, podemos notar que cabe a troca de “proteção” por “mecanismos de
proteção”.
Além disso, o verbo “havia” encontra-se no sentido de existir. Assim, ele é transitivo direto e
o termo não preposicionado é o objeto direto e não interfere na concordância. Dessa forma, tanto
o termo original “proteção” quanto o seu substituto “mecanismos de proteção” não forçam o verbo
“havia” ao plural.
Portanto, a afirmação está correta.
Gabarito: C

53. (CESPE / Prefeitura de São Luís - MA Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Direitos humanos, democracia e paz são três elementos fundamentais do
mesmo movimento histórico: sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não há
democracia; sem democracia, não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos
conflitos.
Preservando-se a correção gramatical do texto, os termos “não há” (linha 2) e “não existem”
(linha 3) poderiam ser substituídos, respectivamente, por
a) não existe e não têm.
b) não existe e inexiste.

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c) inexiste e não há.


d) inexiste e não acontece.
e) não tem e não têm.
Comentário: Primeiramente, devemos observar que o verbo “ter” não substitui o verbo “haver”, no
sentido de existir, ou o próprio verbo existir. Isso porque o verbo “haver”, no sentido de existir, é
transitivo direto e não tem sujeito, e o verbo “existir” é intransitivo. Já o verbo “ter” é transitivo
direto e necessita tanto de sujeito quanto de objeto direto. Dessa forma, eliminamos as alternativas
(A) e (E).
Na alternativa (A), a forma “não existe democracia” está correta, pois o verbo intransitivo
“existe” concorda com o sujeito “democracia”. Já na nova estrutura “inexiste as condições mínimas”,
o verbo intransitivo tem que se flexionar de acordo com o sujeito. Assim, a forma correta é
“inexistem as condições mínimas”.
A alternativa (C) é a correta, pois, na construção “inexiste democracia”, o verbo intransitivo
“inexiste” concorda com o sujeito “democracia”. Na segunda construção (“não há as condições
mínimas”), o verbo “há” é transitivo direto, não tem sujeito e a expressão “as condições mínimas” é
o objeto direto.
A alternativa (D) está errada, pois os verbos “inexiste” e “acontece” são intransitivos e devem
concordar o sujeito. Na construção “inexiste democracia”, o verbo intransitivo “inexiste” concorda
com o sujeito “democracia”. Já na nova estrutura “não acontece as condições mínimas”, o verbo
intransitivo tem que se flexionar de acordo com o sujeito. Assim, a forma correta é “não acontecem
as condições mínimas”.
Gabarito: C

54. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto, o trecho “é necessário que
haja a separação das contas” poderia ser reescrito da seguinte forma: é necessário que hajam
contas separadas.
Comentário: Nem foi necessário inserir o fragmento do texto, pois o mais importante está na flexão
equivocada do verbo haver, o qual se encontra no sentido de existir. Assim, o termo posterior
(“contas separadas”) é apenas o objeto direto e não interfere na concordância. Veja a correção:
...é necessário que haja contas separadas.
Gabarito: E

55. (CESPE / FUNPRESP Superior – 2016)


A forma verbal “havia", em “não havia mais dúvidas", poderia ser corretamente substituída
por existia.

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Comentário: Não precisamos nem inserir o texto, pois fica fácil notar que o verbo “havia” se
encontra no sentido de existir. Assim, é transitivo direto e o termo posterior (“mais dúvidas”) é o
objeto direto.
Como o verbo “existia” é intransitivo, tal termo passa a ser o sujeito, o que força a flexão
desse verbo no plural. Veja:
...não existiam mais dúvidas...
Gabarito: E

56. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2014)


Fragmento do texto: Pagar as contas do cotidiano no prazo correto também colabora para o
equilíbrio financeiro. Há ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro.
Entre eles, destacam-se o conceito de que, para ser investidor, é preciso ter muito dinheiro
disponível e a ideia de que os produtos existentes no mercado financeiro são muito complexos.
A forma verbal “Há” (linha 2) poderia ser substituída por Existe sem que houvesse prejuízo para
a correção gramatical do período.
Comentário: O verbo “Há” encontra-se no sentido de existir, por isso é impessoal, isto é, não tem
sujeito, e o termo plural “outros mitos” é o objeto direto.
Com a substituição pelo verbo “existir”, o termo plural “outros motivos” passa a sujeito, o
qual força esse verbo intransitivo ao plural. A falta da flexão do verbo foi o erro na afirmação. Veja
a correta concordância:
Existem ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro.
Gabarito: E

57. (CESPE / TJSE Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Em vinte e poucos anos, a Internet deixou de ser um ambiente virtual
restrito e transformou-se em fenômeno mundial. Atualmente, há tantos computadores e
dispositivos conectados à Internet que os mais de quatro bilhões de endereços disponíveis
estão praticamente esgotados.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se a forma verbal “há” (linha 2)
fosse substituída por existe.
Comentário: Na linha 3, o verbo “há” encontra-se no sentido de existir. Assim, é impessoal, isto é,
não tem sujeito. Com isso, o termo “tantos computadores e dispositivos conectados” é o objeto
direto, pois tal verbo é transitivo direto.
Já o verbo “existir” é intransitivo. Assim, com a substituição dos verbos, o termo “tantos
computadores e dispositivos conectados” passa a sujeito e com ele o verbo deve concordar. A falta
da flexão do verbo foi o erro na afirmação. Veja a correta concordância:
Atualmente, existem tantos computadores e dispositivos conectados à Internet que os mais de
quatro bilhões de endereços disponíveis estão praticamente esgotados.

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Gabarito: E

58. (CESPE / BSF Nível médio – 2014)


No trecho “Neste, não existem instrumentos contábeis equivalentes aos balanços anuais”, o
fragmento “instrumentos contábeis equivalentes aos balanços anuais” exerce função de
complemento da forma verbal existir.
Comentário: O complemento verbal é o objeto direto e o objeto indireto. Assim, a questão afirma
que “instrumentos contábeis equivalentes aos balanços anuais” é o objeto direto do verbo “existir”,
o que é um erro, pois o verbo “existir” é intransitivo e está flexionado no plural, justamente porque
concorda com este fragmento plural, que é o seu sujeito. Veja:
instrumentos contábeis equivalentes aos balanços anuais não existem
Gabarito: E

59. (CESPE / MEC Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Nenhuma ação educativa pode prescindir de uma reflexão sobre o
homem e de uma análise sobre suas condições culturais. Não há educação fora das sociedades
humanas e não há homens isolados.
No segundo período, a forma verbal “há”, em suas duas ocorrências (linhas 3 e 4), tem sentido
de existir e poderia ser substituída por existe, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
Comentário: Deve-se tomar cuidado nesta questão, pois se encontram dois verbos “há”. Realmente,
esses verbos estão sendo empregados no sentido de existir.
Na primeira oração, o termo “educação” é o objeto direto. Com a substituição para “existe”,
tal termo passa a sujeito e mantém o verbo no singular.
Porém, na segunda oração, o termo “homens isolados” é o objeto direto. Com a substituição
para “existe”, tal termo passa a sujeito e força o verbo ao plural. Veja a correção da concordância:
Não existe educação fora das sociedades humanas e não existem homens isolados.
Gabarito: E

60. (CESPE / Câmara dos Deputados Consultor Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: O calor infernal nas regiões Sul e Sudeste no começo do ano parece um
evento singular. Uma breve retrospectiva da história do planeta nos últimos anos, contudo,
mostra que esses episódios estão se tornando cada vez mais comuns. Sem dúvida alguma,
haverá outras ondas de calor tão fortes quanto essa ou maiores que ela ao longo das próximas
décadas.
A substituição da forma verbal “haverá” (linha 4) por existirá não prejudicaria nem o sentido
nem a correção gramatical do texto.
Comentário: O verbo “haverá” encontra-se no sentido de existir. Assim, é impessoal, isto é, não tem
sujeito. Com isso, o termo “outras ondas de calor” é o objeto direto, pois tal verbo é transitivo direto.

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Já o verbo “existirá” é intransitivo. Assim, com a substituição dos verbos, o termo “outras
ondas de calor” passa a sujeito e com ele o verbo deve concordar. A falta da flexão do verbo foi o
erro na afirmação. Veja a correta concordância:
Sem dúvida alguma, existirão outras ondas de calor tão fortes quanto essa ou maiores que ela ao
longo das próximas décadas.
Gabarito: E

61. (CESPE / CEF Médico do Trabalho – 2014)


Fragmento do texto: A origem do cifrão data do ano 711 da era cristã, quando o general Táriq-
ibn-Ziyád comandou a conquista da Península Ibérica, ocupada até então pelos visigodos.
Existem duas versões sobre o caminho percorrido pelo general árabe.
A expressão “duas versões” (linha 3) exerce a função de complemento da forma verbal
“Existem” (linha 3).
Comentário: O complemento verbal é o objeto direto e o objeto indireto. Assim, a questão afirma
que “duas versões” seria o objeto direto do verbo “existem”, o que é um erro, pois o verbo “existir”
é intransitivo e está flexionado no plural, justamente porque concorda com esta expressão plural,
que é o seu sujeito. Veja:
duas versões sobre o caminho percorrido pelo general árabe existem
Gabarito: E

62. (CESPE / Antaq Analista – 2014)


Fragmento do texto: Se vivemos hoje a era do conhecimento é porque nos alçamos em ombros
de gigantes do passado. A Internet representa um poderoso agente de transformação do nosso
modus vivendi et operandi.
É um marco histórico, um dos maiores fenômenos de comunicação e uma das mais
democráticas formas de acesso ao saber e à pesquisa. Mas, como toda inovação, a Internet
tem potencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada. Seu conteúdo é fragmentado,
desordenado e, além disso, cerca de metade de seus bites é descartável.
O último parágrafo do texto inicia-se com oração sem sujeito.
Comentário: A questão faz referência à expressão “É um marco histórico”. Tal verbo se refere à
palavra “internet”. Ela é um marco histórico. Assim, o sujeito é identificado no texto, ele é
determinado.
Gabarito: E

63. (CESPE / SEGER-ES Analista do Executivo – 2013)


Fragmento do texto: Então, sim, eu escolhi ser professor. É mesmo comparável a colocar a
cabeça dentro da boca de um leão ou a qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas
não fazem ideia da emoção que causa.

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Seria introduzido erro de concordância no texto, se a forma verbal “fazem” (linha 3) fosse
substituída por faz.
Comentário: O verbo “fazem” encontra-se flexionado no plural para concordar com o núcleo do
sujeito “outros”. Assim, realmente, haveria erro de concordância se houvesse a troca da forma
verbal plural “fazem” por “faz”. Por isso, a afirmativa está correta.
Gabarito: C

64. (CESPE / TRE-MS Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: A democracia não é uma questão de tudo ou nada. Pode haver diferentes
formas, bem como diferentes níveis de democratização.
No segundo parágrafo, o trecho “diferentes formas, bem como diferentes níveis de
democratização” constitui sujeito composto da locução verbal “Pode haver”, razão por que
essa locução poderia ser flexionada no plural, da seguinte forma: Podem haver.
Comentário: A locução verbal “Pode haver” possui o verbo principal “haver”, o qual se encontra no
sentido de existir. Assim, tal verbo é transitivo direto e o termo composto “diferentes formas, bem
como diferentes níveis de democratização” é o objeto direto, o qual não interfere na concordância.
Assim, a locução verbal não pode se flexionar.
Gabarito: E

65. (CESPE / MPU nível médio – 2013)


Fragmento do texto: Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
Prejudica-se a correção gramatical do texto ao se substituir a expressão “Dez anos atrás” (linha
1) por Há dez anos.
Comentário: A questão está errada por ter afirmado que a substituição prejudicaria a correção
gramatical. Na realidade, tal substituição está corretíssima. No texto, a expressão “Dez anos atrás”
é um adjunto adverbial de tempo e traduz um valor de tempo decorrido.
Com a substituição de tal expressão, passamos a ter o verbo impessoal “Há”, pois se encontra
com valor de tempo decorrido. Assim, há uma oração sem sujeito e o verbo não pode se flexionar.
Gabarito: E

66. (CESPE / Detran – ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Por um lado, congestionamentos crônicos, queda da mobilidade e da
acessibilidade, degradação das condições ambientais e altos índices de acidentes de trânsito já
constituem problemas graves em muitas cidades brasileiras.
A ideia de que existem vários “problemas graves em muitas cidades brasileiras” poderia ser
expressa, sem prejuízo para o sentido, a coerência e a correção do texto, por meio da inserção
da forma verbal há antes de “congestionamentos”.

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Comentário: Note que o sujeito de “constituem” é composto: “congestionamentos crônicos, queda


da mobilidade e da acessibilidade, degradação das condições ambientais e altos índices de acidentes
de trânsito”. Assim, não se pode inserir o verbo “há” nesse sujeito, pois o termo composto
continuaria a ser o sujeito do verbo “constituem” e também passaria a ser o objeto direto do verbo
“há”. Isso traria uma incoerência gramatical. Basta inserirmos o verbo “há” como pedido na questão
e lermos a frase inteira para percebermos a incoerência.
Gabarito: E

67. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Por um lado, congestionamentos crônicos, queda da mobilidade e da
acessibilidade, degradação das condições ambientais e altos índices de acidentes de trânsito já
constituem problemas graves em muitas cidades brasileiras.
A forma verbal “constituem” está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar com
“problemas graves”.
Comentário: A expressão “problemas graves” é o objeto direto do verbo transitivo direto
“constituem”. Por isso, o verbo não concorda com essa expressão, mas com o seu sujeito composto
“congestionamentos crônicos, queda da mobilidade e da acessibilidade, degradação das condições
ambientais e altos índices de acidentes de trânsito”.
Gabarito: E

Vimos os tipos de sujeito e a concordância verbal voltada a eles. Agora, vamos tratar de
algumas concordâncias peculiares, as quais se dirigem a um sujeito simples.

2 – CONCORDÂNCIA DO VERBO DE LIGAÇÃO “SER” COM PREDICATIVO DE


VALOR SUBSTANTIVO

a) Se esse verbo estiver entre dois núcleos das classes a seguir, em ordem, concordará,
preferencialmente, com a classe que tiver prioridade, independente de função sintática:
Pronome pessoal > substantivo próprio de pessoa > substantivo concreto > substantivo abstrato >
pronome indefinido, demonstrativo ou interrogativo
Tu és Maria. Maria és tu.
Tu és minhas alegrias. Minhas alegrias és tu.
Maria é minhas alegrias. Minhas alegrias é Maria.
As terras são a riqueza. A riqueza são as terras.
Emoções são tudo. Tudo são emoções.

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Às vezes, pode-se subverter a regra por motivo de ênfase:


"Tudo é flores no presente" (Gonçalves Dias)
b) Se o sujeito indica peso, medida, quantidade + é pouco, é muito, é bastante, é suficiente,
é tanto, o verbo ser fica no singular:
Três mil reais é pouco pelo serviço.
Dez quilômetros já é bastante para um dia.

68. (CESPE / IPHAN Cargos de nível médio 2018)


Fragmento do texto: Uma das principais características da sociedade contemporânea é a
velocidade de suas transformações.
Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto, o primeiro parágrafo poderia ser
reescrito da seguinte maneira: São a velocidade das transformações que caracterizam,
principalmente, a sociedade contemporânea.
Comentário: Note que o verbo “ser” se encontra entre dois núcleos no singular (Uma ... é ...
velocidade...). Assim, não há núcleo plural que leve a confundir a concordância e, na reescrita, tal
verbo deve permanecer no singular:
É a velocidade das transformações que caracteriza, principalmente, a sociedade contemporânea.
Gabarito: E

69. (CESPE / PC - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Recentemente, a Coreia do Norte, mais uma vez, atacou seus irmãos do
Sul. Mesmo 65 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial e do rateio do mundo entre
comunistas e capitalistas, os coreanos seguem presos aos dogmas de seus governos. O
bombardeio ordenado por Pyongyang atingiu uma ilha do país vizinho, matou duas pessoas e
feriu pelo menos dezoito. A justificativa do Norte foram manobras supostamente feitas pelos
sulistas em águas sob sua jurisdição.
A forma verbal “foram” (linha 5) exemplifica um caso em que o verbo está no plural porque
concorda com o predicativo.
Comentário: O vocábulo “foram” é um verbo de ligação. Seu sujeito é “A justificativa do Norte” e
seu predicativo é “manobras”. A regra é a seguinte: quando o sujeito e o predicativo forem
substantivos, o que estiver no plural força o verbo a se flexionar no plural. Por isso, nesta frase foi o
predicativo “manobras” que forçou a concordância no plural. Esta concordância é a natural, mas se
encontra, vez por outra, por motivo de ênfase, o verbo concordando no singular, mas aí é o autor
que enfatiza o termo singular, portanto vale a intenção no discurso.
Gabarito: C

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3 – A CONCORDÂNCIA UTILIZANDO O PRONOME APASSIVADOR “SE”


Vimos que o pronome “se”, com o verbo transitivo indireto (VTI), intransitivo (VI) e de ligação
(VL), tem o nome de índice de indeterminação do sujeito (IIS). Com isso o verbo fica flexionado
obrigatoriamente na terceira pessoa do singular.
Agora, veremos o pronome “se” com o verbo transitivo direto (VTD) ou com o verbo transitivo
direto e indireto (VTDI). Esse “se” é chamado de pronome apassivador. Isso força a seguinte
estrutura:

É natural você fazer a seguinte pergunta: se o verbo é transitivo direto, onde está o objeto
direto?
Bom, como dissemos que esse pronome “se” é o apassivador (P Ap), então temos voz passiva
sintética. Na voz passiva, não existe objeto direto. O termo que seria o objeto direto passou a ser o
sujeito paciente. Isso será visto adiante na transposição de voz verbal.
Por enquanto, tenha em mente a estrutura anterior. Isso ocorre em muitas questões de
concordância verbal.
Veja como:

Aluga-se casa. Alugam-se casas.


VTD +PAp+ sujeito paciente VTD + PAp + sujeito paciente

O verbo “aluga” é transitivo direto. Assim, o pronome “se” é apassivador e o termo posterior
“casa” é o sujeito paciente. Toda vez que tivermos esta estrutura passiva sintética, troque-a pela
analítica (casa é alugada), para ter certeza de que realmente há voz passiva. Veja no segundo
exemplo que o sujeito ficou no plural (“casas”), por isso o verbo também se flexionou no plural:
“Alugam”. Transpondo para a analítica (casas são alugadas), confirmamos que temos voz passiva.
O pronome apassivador não ocorre só com o verbo transitivo direto (VTD). Ele também ocorre
com o verbo transitivo direto e indireto (VTDI):

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Veja a aplicação:
Enviaram-se ao gerente pedidos de aumento.
VTDI + PAp + OI + sujeito paciente
Para termos certeza de que há pronome apassivador, basta transformarmos para a voz
passiva analítica:
Pedidos de aumento foram enviados ao gerente.
Essas construções podem ser estruturadas também com locução verbal. Para isso, basta
observar a transitividade do verbo principal (sempre o último). Veja:

Deve-se alugar casa. Devem-se alugar casas.


P Ap + VTD + sujeito paciente P Ap + VTD + sujeito paciente

Estão-se enviando ao gerente pedidos de aumento.


P Ap + VTDI + OI + sujeito paciente

4 – AS VOZES VERBAIS ATIVA E PASSIVA


Vimos anteriormente os tipos de sujeito, para entendermos a concordância.
A partir de agora, precisamos entender os tipos básicos de vozes verbais (ativa e passiva) para
aprofundarmos nesta concordância, além de entendermos a transposição das vozes verbais e
reconhecer o pronome apassivador “se”.
A voz verbal baseia-se no sujeito. Quando o sujeito é agente, a voz é chamada de ATIVA.
Quando o sujeito sofre a ação, ou seja, é paciente; a voz é chamada de PASSIVA.
A estrutura da voz ativa é basicamente a das seis frases inseridas no início da aula de sintaxe,
quando falamos sobre os tipos básicos de predicação (verbal e nominal):

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Admite-se a transposição para voz passiva quando há VTD ou VTDI:


Veja o esquema abaixo:

Você percebeu que o sujeito da voz ativa é agente (“O candidato”). Quando este termo
agente passa para a voz passiva, automaticamente muda o nome para agente da passiva (“pelo
candidato”).
Quando temos a voz ativa, o objeto direto (“a prova”) é o termo paciente (sofre a ação que o
sujeito realiza). Ao passarmos para a voz passiva, este termo paciente passa a ter a função de sujeito
paciente (“A prova”).
Para transpormos da voz ativa para a passiva, devemos inserir o verbo “ser”, no mesmo
tempo que o verbo original. Por isso “realizou” transformou-se em “foi realizada”.
Veja agora a transposição com outros tempos verbais. Perceba a inserção do verbo “ser” no
mesmo tempo do verbo original:
O candidato realiza a prova. O candidato realizava a prova.

A prova é realizada pelo candidato. A prova era realizada pelo candidato.

Simples, não é?

Bom, e quando temos o sujeito indeterminado? Naturalmente o agente da passiva também


será indeterminado.

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Veja:

Mudando os tempos, teríamos:


O candidato Realizam a prova. O candidato Realizavam a prova.

A prova é realizada. A prova era realizada.

Quando houver uma locução verbal na voz ativa, basta inserir o verbo “ser” na mesma forma
nominal do verbo principal, para que este verbo principal fique no particípio. Veja:
O candidato tem realizado a prova.

A prova tem sido realizada pelo candidato.

O candidato está realizando a prova.

A prova está sendo realizada pelo candidato.

O candidato vai realizar a prova.

A prova vai ser realizada pelo candidato.

Indeterminado o sujeito agente, teríamos:


Têm realizado a prova.

A prova tem sido realizada.

Estão realizando a prova.

A prova está sendo realizada.

Vão realizar a prova.

A prova vai ser realizada.

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Nós conhecemos anteriormente o pronome apassivador “se”. Ele ocorre quando há os


esquemas:

Suj.
VTD se
Paciente

Suj.
VTDI se OI
paciente

Agora vamos juntar essas vozes verbais para ficar mais claro. Veja:

70. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)


Fragmento do texto: O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na
frente, um caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços,
beijos e carícias ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito
mais. Em Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se
encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia
era morta.
Na linha 4 do texto, o vocábulo “se”
a) poderia ser suprimido, sem alteração dos sentidos do texto.

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b) encontra-se em próclise devido à presença do advérbio “sempre”.


c) indetermina o sujeito da forma verbal “encontrava”.
d) retoma a palavra “povo” (linha 5).
e) indica reciprocidade.
Comentário: O verbo “encontrava” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o termo “uma
alma boa” é o sujeito paciente. Para termos certeza, basta trocarmos a voz passiva sintética pela
analítica:
E no meio daquele povo todo sempre era encontrada uma alma boa como a de sua mãe, uma moça
bonita, um amigo animado.
Assim, já podemos eliminar a alternativa (C), pois o pronome apassivador não indetermina o
sujeito, pois este é papel do índice de indeterminação do sujeito.
Também podemos eliminar a alternativa (D), pois o pronome apassivador não retoma
palavra.
Eliminamos também a alternativa (E), pois tal pronome indica a voz passiva e não transmite
reciprocidade.
A alternativa (A) está errada, pois a exclusão do pronome “se” faria com que o agente dessa
voz passiva (o qual não se encontra expresso, está indeterminado) passasse a ser determinado.
Assim, alguma expressão singular anteriormente inserida no texto seria entendida como agente da
ação de encontrar.
Portanto, a alternativa (B) é a correta, pois o advérbio “sempre” é palavra atrativa e força o
pronome átono a se posicionar antes do verbo.
Gabarito: B

71. (CESPE / SEFAZ RS Assistente Administrativo Fazendário – 2018)


Fragmento do texto: Embora a evolução dos tempos tenha levado à substituição do ouro e da
prata por metais menos raros ou suas ligas, preservou-se, com o passar dos séculos, a
associação dos atributos de beleza e expressão cultural ao valor monetário das moedas, que
quase sempre, na atualidade, apresentam figuras representativas da história, da cultura, das
riquezas e do poder das sociedades.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma “preservou-se”
(ℓ.2) fosse substituída por
a) foi preservada.
b) foram preservados.
c) teria sido preservada.
d) teriam sido preservados.
e) tinha sido preservada.

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Comentário: O verbo “preservou” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o sujeito é o


termo posterior “a associação dos atributos de beleza e expressão cultural ao valor monetário das
moedas”, cujo núcleo é “associação”. Assim, é um sujeito determinado simples feminino singular. A
expressão coordenada “de beleza e expressão cultural” é apenas o adjunto adnominal composto.
...preservou-se, com o passar dos séculos, a associação dos atributos de beleza e expressão cultural
ao valor monetário das moedas
Como o verbo “preservou” se encontra no pretérito perfeito do indicativo, eliminamos o
futuro do pretérito nas alternativas (C) e (D), e o pretérito imperfeito do indicativo na alternativa (E).
Você poderia ter ficado na dúvida porque o sujeito parece ser composto “associação dos
atributos de beleza e expressão cultural”, pois apresenta a conjunção “e”, porém primeiramente
notamos que tanto “associação” quanto “expressão” são palavras femininas e naturalmente não
caberia o plural masculino da alternativa (B): “foram preservados”. Se fosse sujeito composto, essas
duas palavras forçaria o plural e feminino: foram preservadas.
Assim, já sabemos que a alternativa (A) é a correta.
Além disso, note que o núcleo do sujeito “associação” está precedido do artigo “a” e o
substantivo “expressão” não é precedido de tal artigo e está coordenado ao substantivo “beleza”,
ambos substantivos constituintes do adjunto adnominal “de beleza e expressão cultural”.
Gabarito: A

72. (CESPE / MPE PI Técnico Ministerial 2018)


Fragmento do texto: Saiu a mais nova lista de coisas que devem ou não ser feitas, moda que
parece ter contagiado o planeta. Desta vez, Arthur Frommer e Holly Hugues elencam os 500
locais que precisamos visitar antes que desapareçam (500 places to see before they
disappear).
Na linha 1, seria incorreto o emprego do verbo “ser” no plural — serem.
Comentário: A expressão “devem ou não ser feitas” é uma locução verbal da voz passiva, cujo sujeito
é o pronome relativo “que” que retoma “coisas”. Dessa forma, o verbo auxiliar “devem” deve
flexionar-se no plural, concordando com o sujeito, assim como o particípio da voz passiva “feitas”.
Já o verbo intermediário “ser” não se flexiona, por isso seria incorreto o emprego do verbo “ser” no
plural.
Portanto, a afirmação é certa.
Gabarito: C

73. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata 2018)


Fragmento do texto: Servia-a, também, a estabilidade monetária, quebrada de maneira grave
com a agitação de fazendeiros e especuladores industriais no fim do império. Houve um
momento em que ela — a classe lucrativa — se emancipou, passou a viver de seu próprio
impulso, sem se disfarçar ou mascarar-se em traços secundários de outra classe, detentora de

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maior expressão social, ou do estrato monopolizador do prestígio político. Sobe uma classe e
dentro dela elevam-se muitos aspirantes a essa camada.
No período “Sobe uma classe e dentro dela elevam-se muitos aspirantes a essa camada” (linhas
5 e 6), os termos “uma classe” e “muitos aspirantes a essa camada” exercem função de sujeito
nas orações em que se inserem.
Comentário: Note que o termo “uma classe” concorda com o verbo “sobe”. Logo, o termo “uma
classe” é sujeito da primeira oração.
O termo “muitos aspirantes a essa camada” é sujeito paciente do verbo “elevam-se”, que é
transitivo direto e o “se” é pronome apassivador.
Com isso, a afirmativa está correta.
Gabarito: C

74. (CESPE / EMAP Nível Médio – 2018)


Fragmento do texto: Defesa da concorrência e defesa comercial são instrumentos à disposição
dos Estados para lidar com distintos cenários que afetem a economia. Destaca-se como a
principal diferença o efeito que cada instrumento busca neutralizar.
O sujeito da oração iniciada por “Destaca-se” (linha 2) é indeterminado, portanto não está
expresso.
Comentário: O verbo “Destaca” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador, pois entendemos
que o termo não preposicionado “o efeito” é o sujeito paciente. Note que podemos trocar a voz
passiva sintética pela analítica para termos certeza do valor paciente do sujeito. Compare:
Destaca-se como a principal diferença o efeito que cada instrumento busca neutralizar.
O efeito que cada instrumento busca neutralizar é destacado como a principal diferença.
O que importa na questão é apenas percebermos que o sujeito é determinado simples: o
efeito. Por isso, a afirmação está errada.
Gabarito: E

75. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)


Fragmento do texto: Em 2016, foram registrados 16 acidentes, com 303 vítimas fatais, e o
último episódio, com um avião de passageiros de maiores proporções: a queda do Avro RJ85,
operado pela empresa LaMia, próximo de Medellín, na Colômbia.
A correção gramatical do texto seria mantida se a expressão “foram registrados” (linha 1) fosse
substituída por registrou-se.
Comentário: A expressão “foram registrados” é a locução verbal da voz passiva analítica e concorda
com o sujeito paciente plural “16 acidentes”. Assim, na transposição para a passiva sintética, o
sujeito é o mesmo e o verbo deve se flexionar também no plural: “registraram-se”.
Assim, a afirmação está errada.

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Gabarito: E

76. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio
Vargas, foram adotados dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de
diversas medidas: desestímulo ao trabalho feminino; facilidades para a aquisição de casa
própria pelos indivíduos que pretendessem se casar; complemento de renda dos casados com
filhos e regras que privilegiavam os homens casados e com filhos quanto ao acesso e à
promoção no serviço público.
A substituição de “foram adotados” (linha 2) por adotou-se preservaria a correção e o sentido
do texto.
Comentário: A expressão “foram adotados” é a locução verbal da voz passiva analítica e concorda
com o sujeito paciente plural “dispositivos legais”. Assim, na transposição para a passiva sintética, o
sujeito é o mesmo e o verbo deve se flexionar também no plural: “adotaram-se”.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

77. (CESPE / SEFAZ RS Técnico Tributário da Receita Estadual – 2018)


Fragmento do texto: Peças de barro de 4.000 a.C. encontradas na Mesopotâmia são os
documentos escritos mais antigos que conhecemos. E o mais antigo desses documentos faz
referência aos impostos. Naquela época, além de entregar parte dos alimentos que produziam
ao governo, os sumérios, um dos povos que viviam por ali, eram obrigados a passar até cinco
meses por ano trabalhando para o rei. (...)
O controle era tão rigoroso que fiscalizavam até o consumo de óleo de cozinha nas residências,
já que essa era uma substância tributada. (...) Por isso, a conquista de outras terras e de povos
dava aos romanos acesso a mais riqueza, o que, por sua vez, permitia que conquistassem e
controlassem um território ainda maior.
A correção gramatical do texto seria mantida caso se substituísse
a) “encontradas” (linha 1) por que encontravam-se.
b) “faz referência” (linhas 2 e 3) por referem-se.
c) “que produziam” (linha 3) por produzidos
d) “fiscalizavam” (linha 6) por fiscalizavam-se.
e) “dava” (linha 8) por davam.
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque o pronome relativo “que” é palavra atrativa e
força o posicionamento do pronome átono “se” antes do verbo. Isso é visto em nossa aula de
pronome. Além disso, como é algo ocorrido, não cabe o pretérito imperfeito do indicativo
“encontravam”, mas o pretérito perfeito do indicativo “encontraram”.

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A alternativa (B) está errada, pois o verbo “faz” se encontra no singular porque se refere ao
sujeito singular “o mais antigo desses documentos”. Note que tal verbo não admite concordar com
o termo preposicionado “desses documentos”.
A alternativa (C) é a correta, pois a oração desenvolvida “que produziam ao governo, os
sumérios, um dos povos” admite ser substituída pela reduzida de particípio “produzidos ao governo,
os sumérios, um dos povos”, tendo em vista que o referente é o termo “alimentos”.
A alternativa (D) está errada, pois “fiscalizavam” está flexionado no plural porque se refere
ao termo “os sumérios”, expressão encontrada no parágrafo anterior. Com a substituição por
“fiscalizavam-se”, o sujeito muda, tendo em vista que este verbo é transitivo direto, o pronome “se”
é apassivador e o sujeito paciente é “o consumo de óleo de cozinha” e com ele o verbo deve
concordar:
fiscalizava-se até o consumo de óleo de cozinha
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “dava” refere-se ao núcleo do sujeito “conquista”,
por isso o verbo não pode se flexionar no plural:
a conquista de outras terras e de povos dava aos romanos acesso a mais riqueza
Gabarito: C

78. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde
substância e energia vital toda vez que o ser humano se sente plenamente confortável com a
maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na
acomodação.
No trecho “rendendo-se” (linha 3), o pronome “se” indica que o sujeito dessa forma verbal é
indeterminado.
Comentário: Nós conseguimos identificar o sujeito do verbo “rendendo-se”. É o termo “ser
humano”. Assim, a afirmação está errada.
Na realidade, o verbo “rendendo-se” é transitivo direto e indireto, o pronome “se” é
apassivador, “à sedução do repouso” é o objeto indireto e o sujeito paciente encontra-se elíptico e
é “ser humano”.
Veja que podemos confirmar a voz passiva sintética transformando-a em passiva analítica:
sendo rendido à sedução do repouso.
Gabarito: E

79. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Assim, caminha-se em direção ao controle do mérito das atividades
governamentais. Quando se anula um contrato ou se edita medida preventiva, impedindo-se
a sua consumação por ser antieconômica, afirma-se que os benefícios decorrentes do projeto

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ou da ação governamental não justificam os custos. Anula-se, em outras palavras, por má


gestão administrativa.
No parágrafo, a partícula “se”, em todas as suas ocorrências, foi empregada para indeterminar
o sujeito das orações em que ocorre.
Comentário: A palavra “se” só é empregada para indeterminar o sujeito quando for empregada
como índice de indeterminação do sujeito. Isso acontece quando tal pronome se liga a verbos
intransitivo, transitivo indireto ou de ligação. Além disso, deve-se observar se efetivamente não se
consegue identificar o sujeito.
Na linha 1, o verbo “caminha” é intransitivo e o “se” é o índice de indeterminação do sujeito.
Note que não conseguimos identificar o sujeito.
Nas linha 2, os verbos “anula”, “edita” e “impedindo” são transitivos diretos e as três
ocorrências do “se” são pronomes apassivadores. Assim, os termos não preposicionados “um
contrato”, “medida preventiva” e “a sua consumação” são seus respectivos sujeitos determinados e
pacientes.
Na linha 3, o verbo “afirma” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e a oração “que
os benefícios decorrentes do projeto ou da ação governamental não justificam os custos” é o seu
sujeito oracional paciente.
Na linha 4, o verbo “anula” é transitivo direto e o pronome “se” é apassivador. Pelo contexto,
notamos que ele se refere ao termo “um contrato” (linha 2), o qual é seu sujeito elíptico e paciente.
Por tudo isso, a afirmação está errada.
Gabarito: E

80. (CESPE / INSS Analista – 2016)


Fragmento do texto: Pena ganhou evidência como comediógrafo a partir de 1838, ano em que
foi encenada sua peça O Juiz de Paz na Roça. Embora tenha produzido alguns dramas (que lhe
renderam duras críticas), destacou-se de fato pelas suas comédias e farsas, nas quais retratou
a cultura e os costumes da sociedade do seu tempo.
A substituição de “destacou-se” (linha 3) por foi destacado prejudicaria o sentido original do
período.
Comentário: Uma informação importante nesta questão: note que a questão afirmou que a
substituição prejudicaria o sentido;
A banca tenta nos sugerir o pronome “se” como apassivador, ao trocar “destacou-se” por “foi
destacado”. Para que o pronome “se” seja apassivador, o sujeito deve ser paciente, lembra?
No contexto, não entendemos que alguém destacou “Pena”, isto é, que Pena foi destacado
por alguém.
Na realidade, por seus próprios méritos, Pena destacou a si mesmo, foi ele que agiu em
benefício dele próprio. Assim, o pronome é reflexivo, e não apassivador.

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Vale lembrar que a questão afirmou que a substituição prejudicaria o sentido original. Essa
afirmação está correta, pois, de agente, “Pena” passaria a ser paciente, o que implicaria também
problemas na coerência da informação.
Gabarito: C

81. (CESPE / MPU Técnico – 2015)


Fragmento de texto: Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império,
iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.
Caso se substituísse “iniciou-se” por foi iniciada, a correção gramatical do período seria
prejudicada.
Comentário: O verbo “iniciou” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o núcleo do
sujeito paciente é o substantivo singular feminino “sistematização”. Assim, ao transpormos para a
voz passiva analítica, a locução verbal deve concordar no feminino e singular: “foi iniciada”.
Como a questão afirmou que haveria prejuízo à correção gramatical, está errada.
Gabarito: E

82. (CESPE / DEPEN nível médio – 2015)


Fragmento de texto: O que se constata é que, na prática, o cidadão preso perde muito mais do
que sua liberdade. Perde sua dignidade, é submetido a humilhação e acaba se sentindo um
nada.
A substituição de “se constata” por é constatado manteria a correção gramatical e o sentido
original do texto.
Comentário: O verbo “constata” encontra-se no presente do indicativo. Ele é transitivo direto, o
pronome “se” é apassivador e o núcleo do sujeito paciente é o pronome relativo “que”. Assim, ao
transpormos para a voz passiva analítica, a locução verbal deve preservar o mesmo tempo verbal e
concordar no masculino e singular: “é constatado”.
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

83. (CESPE / DPN Nível superior – 2015)


Fragmento de texto: Após um ano de vigência da lei que regulamentou o projeto, dados
coletados pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) revelaram os hábitos de leitura
nos presídios. Foram feitas 2.272 resenhas, sendo 1.967 aceitas, o que resultou em um total
de 7.508 dias remidos.
Na linha 3, a forma verbal “Foram feitas” concorda em gênero e número com o termo seguinte,
“2.272 resenhas”, que é o sujeito da oração em que se insere.
Comentário: A locução verbal da voz passiva “Foram feitas” concorda com o seu sujeito paciente
plural “2.272 resenhas”. Assim, a afirmação está correta.

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Gabarito: C

84. (CESPE / MEC Nível superior – 2014)


Fragmento do texto: O aumento do número de alunos no ensino integral é atribuído ao
Programa Mais Educação, criado pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias
estaduais e municipais de educação, com a transferência de recursos federais, a oferecer a
educação integral.
Mantendo-se o sentido original e a correção gramatical do texto, a expressão “é atribuído”
(linha 1) poderia ser substituída por atribuem-se.
Comentário: A locução verbal “é atribuído” encontra-se na voz passiva analítica. O núcleo do sujeito
paciente é o substantivo singular “aumento”. Assim, mesmo com a mudança para a voz passiva
sintética, tal substantivo permanece sendo o sujeito, mantendo o verbo no singular. Veja:
O aumento do número de alunos no ensino integral atribui-se ao Programa Mais Educação, criado
pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias estaduais e municipais de educação, com
a transferência de recursos federais, a oferecer a educação integral.
Gabarito: E

85. (CESPE / Câmara dos Deputados Consultor Legislativo – 2014)


Fragmento do texto: Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela região, dissipam-
se para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da
América, por exemplo.
No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas” (linha 2), a partícula “se” tem função
apassivadora.
Comentário: O verbo “dissipam” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o sujeito
paciente é “as frentes frias”. Para termos certeza de que realmente há pronome apassivador,
devemos transformar a voz passiva sintética em analítica. Veja:
...as frentes frias (...) dissipam-se para latitudes mais baixas...
...as frentes frias (...) são dissipadas para latitudes mais baixas...
Assim, a afirmação está correta.
Gabarito: C

86. (CESPE / Anatel Analista – 2014)


Fragmento do texto: Desde a Idade Média, os seres humanos vinham tentando resolver o
problema da escuridão com velas e outros artefatos. Nesse período, eram usadas tochas com
fibras torcidas e impregnadas com material inflamável.
O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamente reescrito como usavam-se tochas.

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Comentário: A expressão “eram usadas tochas” encontra-se numa voz passiva analítica. Note que a
locução verbal possui o verbo auxiliar “eram”, no tempo pretérito imperfeito do indicativo. Assim,
ao transpor para a voz passiva sintética, deve-se manter o mesmo tempo: “usavam-se”.
Gabarito: C

87. (CESPE / Antaq Técnico – 2014)


Fragmento do texto: Durante a operação de lastreamento do navio, junto com a água também
são capturados pequenos organismos que podem acabar sendo transportados e introduzidos
em um outro porto previsto na rota de navegação.
A concordância de “são capturados”, “podem” e “transportados e introduzidos” é feita com
base em referentes diferentes.
Comentário: A locução verbal da voz passiva “são capturados” tem como sujeito o termo plural
“pequenos organismos”. As locuções verbais “podem acabar” e “sendo capturados” se referem ao
mesmo termo. Como foi afirmado que houve referentes diferentes, a questão está errada.
Gabarito: E

88. (CESPE / Antaq Analista – 2014)


O trecho “Criou-se uma forma de salvação feminina a partir basicamente de três modelos
femininos” poderia ser reescrito, com correção gramatical e sem prejuízo da informação
prestada, da seguinte forma: Uma forma de salvação feminina foi criada a partir, basicamente,
de três modelos femininos.
Comentário: A expressão “Criou-se uma forma de salvação feminina” faz parte de uma voz passiva
sintética, pois “Criou” é verbo transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o termo “uma forma
de salvação feminina” é o sujeito paciente. A questão apenas transformou a voz passiva sintética em
analítica. Assim, devemos tomar cuidado na transformação com a concordância do sujeito e a
preservação do tempo verbal. O verbo “Criou” encontra-se no pretérito perfeito do indicativo e ele
é preservado na locução verbal “foi criada”. Além disso, o sujeito paciente possui o núcleo feminino
(“forma”), o que foi preservado na locução verbal (“foi criada”). Assim, a afirmativa está correta.
Gabarito: C

89. (CESPE / TRT 10ªR Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Além disso, as diferentes formas de discriminação estão fortemente
associadas aos fenômenos de exclusão social que dão origem à pobreza e são responsáveis
pelos diversos tipos de vulnerabilidade e pela criação de barreiras adicionais que impedem as
pessoas e grupos discriminados de superar situações de pobreza.
Em “dão origem à pobreza e são responsáveis pelos diversos tipos de vulnerabilidade e pela
criação de barreiras adicionais” (linhas 2 e 3), o emprego das formas verbais no plural justifica-
se pela concordância com “as diferentes formas de discriminação” (linha 1).

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Comentário: O termo “as diferentes formas de discriminação” é o sujeito da forma verbal “estão” e
nada tem a ver com os verbos “dão” e “são”. Estes dois últimos verbos têm como sujeito o pronome
relativo “que”, o qual retoma a expressão plural “fenômenos de exclusão social”.
Veja:

Além disso, as diferentes formas de discriminação estão fortemente associadas aos

fenômenos de exclusão social que dão origem à pobreza e são responsáveis pelos diversos tipos de
vulnerabilidade...

Gabarito: E

90. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Na democracia semidireta, são assegurados instrumentos de participação
direta do povo nas funções de governo.
A substituição de “são assegurados” (linha 1) por assegura-se preservaria a correção gramatical
do período.
Comentário: A locução verbal “são assegurados” faz parte da voz passiva analítica e a banca CESPE
pede na questão a transformação em voz passiva sintética. Note que o sujeito paciente é plural:
“instrumentos de participação direta do povo”. Assim, na transposição para a voz passiva sintética,
o verbo transitivo direto “assegurar” deve ser seguido do pronome apassivador “se” e o sujeito
paciente plural força a flexão deste verbo também no plural. Veja:
Na democracia semidireta, asseguram-se instrumentos de participação direta do povo nas funções
de governo.
Gabarito: E

91. (CESPE / TRT 10ªR Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Com isso, surgiram então as comissões mistas de conciliação, cuja função
era conciliar os dissídios coletivos, e, no mesmo momento, criaram-se as juntas de conciliação
e julgamento, que conciliavam e julgavam os dissídios individuais do trabalho.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se” (linha 2) por foram
criadas.
Comentário: O verbo transitivo direto “criaram” está seguido do pronome apassivador “se” e o
sujeito paciente é o termo plural “as juntas de conciliação e julgamento”. Assim, temos a voz passiva
sintética. Tal questão quer apenas a transposição para a voz passiva analítica.
O sujeito plural e paciente permanece o mesmo. Assim, a forma “foram criadas” está correta.

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Aula 07
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Veja:
criaram-se as juntas de conciliação e julgamento (voz passiva sintética)
foram criadas as juntas de conciliação e julgamento (voz passiva analítica)
Gabarito: C

92. (CESPE / MPU Analista – 2013)


Fragmento do texto: Por outro lado, a justiça nunca se põe como um problema isolado, porque
sempre se acha em essencial correlação com outros da mais diversa natureza, dos filosóficos
aos religiosos, dos sociais aos políticos, dos morais aos jurídicos.
A partícula “se” é empregada, em ambas as ocorrências, como índice de indeterminação do
sujeito, o que confere maior formalidade ao texto.
Comentário: O pronome “se”, quando se encontra como índice de indeterminação do sujeito, não
se refere a nenhum sujeito, justamente porque tal pronome indetermina o sujeito, ele o indefine,
não se consegue saber de quem se fala.
Porém, percebemos que, na linha 1, o pronome “se” é apassivador e o verbo “põe” se refere
ao sujeito paciente “a justiça”. Para ter certeza de que há realmente o pronome apassivador, basta
substituir a voz passiva sintética pela passiva analítica. Veja:
...a justiça nunca é posta como um problema isolado...
Além disso, o verbo pronominal “acha-se” se refere ao mesmo termo: “a justiça”. Assim,
possui sujeito elíptico (ou subentendido).
Bom, já sabemos que tais pronomes não possuem valor de indeterminação do sujeito.
Você não precisa decorar o que falarei agora, mas, apenas por motivo didático, o pronome
“se”, na linha 2, é chamado de parte integrante do verbo. Tal nome não é cobrado pela banca CESPE.
O que temos de saber é apenas que o verbo ligado a tal pronome se refere a um sujeito facilmente
identificado.
Gabarito: E

93. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Em novembro de 2003, o presidente da República assinou o Decreto n.º
4.877, que estabelece, em seu artigo 2.º: “Consideram-se remanescentes das comunidades dos
quilombos, para os fins deste decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas,
com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica
sofrida.”
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir ‘Consideram-se’ (linha 2) por São
considerados.
Comentário: A substituição de “Consideram-se” (estrutura da voz passiva sintética) por São
considerados (estrutura da voz passiva analítica) está correta; pois o sujeito paciente é “os grupos

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étnico-raciais”, que mantém o verbo no plural. O erro na afirmativa está em dizer que isso prejudica
a correção gramatical.
Gabarito: E

94. (CESPE / Agente educacional - ES nível médio – 2010)


Fragmento do texto: Já é tempo de ser tomada firme decisão política, envolvendo permanente
esforço de conscientização da coletividade no tocante a um item tão importante ao presente
e ao futuro da qualidade de vida citadina, como é o caso do trato adequado com o lixo urbano.
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir “ser tomada” por se tomar.
Comentário: A expressão “ser tomada firme decisão política” encontra-se na voz passiva analítica,
em que “firme decisão política” é o sujeito paciente e “ser tomada” é locução verbal passiva. Ao se
transformar em voz passiva sintética, basta inserir o pronome apassivador se e o verbo principal
volta a sua forma nominal infinitiva (a qual estava no verbo auxiliar “ser”), resultando em: Já é tempo
de se tomar firme decisão política. A questão está errada por afirmar que essa troca prejudica a
correção gramatical.
Gabarito: E

95. (CESPE / MPU nível médio – 2013)


Fragmento do texto: Mais uma vez, questões importantes como o voto facultativo e o distrital
ficarão de fora, o que faz que as atenções se concentrem em aspectos mais polêmicos, como
o financiamento público de campanha, a partir da criação de um fundo proposto por meio de
projeto de lei. Se a intenção é mesmo reduzir as margens para desvios de dinheiro, é
importante que as pretensões, nesse e em outros pontos, sejam avaliadas com objetividade e
sem prejulgamentos.
Em “se concentrem” (linha 2) e “Se a intenção” (linha 4), o vocábulo se desempenha a mesma
função: introduzir oração condicional.
Comentário: A afirmativa está errada, porque o “se” tem valores diferentes nas duas ocorrências.
O primeiro “se” é o pronome apassivador, pois “concentrem” é verbo transitivo direto e
indireto, “em aspectos mais polêmicos” é o objeto indireto e o sujeito paciente é o termo “as
atenções”. Para termos certeza de que realmente há o pronome apassivador, devemos substituir a
voz passiva sintética pela passiva analítica. Veja:
...o que faz que as atenções sejam concentradas em aspectos mais polêmicos...
Já o segundo “se” realmente é uma conjunção condicional e inicia a oração subordinada
adverbial condicional “Se a intenção é”. Tal oração é estendida pela oração subordinada substantiva
predicativa “mesmo reduzir as margens para desvios de dinheiro”. Note que podemos entender: Se
a intenção é essa/isso.
Gabarito: E

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96. (CESPE / INCA nível superior – 2010)


Fragmento do texto: O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção à saúde do
trabalhador, institui mecanismos de monitoração dos indivíduos, visando a evitar ou identificar
precocemente os agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados pelo exercício
do trabalho.
Para se realçar “mecanismos de monitoração”, em vez de “regime trabalhista”, poderia ser
usada a voz passiva, escrevendo-se são instituídos em vez de “institui”, sem que a coerência
entre os argumentos e a correção gramatical do texto fossem prejudicadas.
Comentário: O erro foi não informar a mudança do sujeito agente “O regime trabalhista” para
agente da passiva pelo regime trabalhista, além da necessidade de reordenação da frase, por
adequação contextual. Por isso haveria incoerência e prejuízo gramatical.
Gabarito: E

97. (CESPE / MPU nível médio – 2013)


Fragmento do texto: Uma delas, de 2009, previa o julgamento de todos os processos
distribuídos antes de 2006. Identificaram-se quase 4,5 milhões de casos; 90% deles já foram
julgados.
Prejudica-se a correção gramatical do texto ao se substituir “Identificaram-se” (linha 2) por
Foram identificados.
Comentário: A questão está errada por ter afirmado que a substituição prejudicaria a correção
gramatical. Na realidade, tal substituição está corretíssima. No texto, a expressão “Identificaram-se
quase 4,5 milhões de casos” encontra-se na voz passiva sintética, em que “Identificaram” é verbo
transitivo direto, “se” é pronome apassivador e “quase 4,5 milhões de casos” é o sujeito paciente.
A questão apenas transformou a voz passiva sintética em voz passiva analítica: Foram
identificados quase 4,5 milhões de casos.
Gabarito: E

5 – CONCORDÂNCIA COM O PRONOME RELATIVO “QUE”


Você viu na aula passada que o pronome relativo inicia uma oração subordinada adjetiva e
serve para retomar um substantivo anterior. Ele pode cumprir várias funções sintáticas e a que nos
interessa nesta aula é a de sujeito:
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes.
A oração grifada possui o verbo “cuida”, o qual é transitivo indireto. Seu objeto indireto é “de
crianças carentes”. Assim o termo que falta é o sujeito. Perceba que o pronome relativo “que”
retoma o substantivo “instituição”. Assim, quando lemos “que”, entendemos “instituição” e então
teremos: “a instituição cuida de crianças carentes”.

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Veja:

É fácil achar o pronome relativo “que”: basta substituí-lo pelos também pronomes relativos
“o qual, a qual, os quais, as quais”.

6 – CONCORDÂNCIA COM O PRONOME RELATIVO “O QUAL” E SUAS


VARIAÇÕES

Este pronome também inicia uma oração subordinada adjetiva.

Algumas leis que estão em vigor no país deverão ser revistas.

Algumas leis as quais estão em vigor no país deverão ser revistas.

Note que “Algumas leis” é o sujeito da locução verbal “deverão ser revistas” e o pronome
relativo “que” (ou “as quais”) é o sujeito do verbo “estão”. Quando se lê “que” ou “os quais”,
devemos entender o substantivo “leis”: leis estão em vigor no país.

98. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que
vemos existe em razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos
objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a
organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da
história.
No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações
diversas entre os indivíduos” (ℓ. 2 e 3), o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de
produção dos objetos”.
Comentário: Analisando a oração principal, “Os processos de produção dos objetos” é o sujeito e o
seu verbo é “movimentam”, por isso se encontra no plural.

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Na oração subordinada adjetiva restritiva “que nos cercam”, o verbo “cercam” está flexionado
no plural porque seu referente é “Os processos de produção dos objetos”, mas o sujeito é o pronome
relativo “que”, o qual retoma “Os processos de produção dos objetos”.
Portanto, a afirmação está errada (E).
Gabarito: E

99. (CESPE / Polícia Federal Escrivão 2018)


Fragmento do texto: Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de
conquistas que, à imagem do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões:
Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil, para citar uns poucos exemplos
em três continentes
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou”
(linha 2) fosse substituída por levaram.
Comentário: O verbo “levou” tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual, por sua vez,
retoma a expressão “expansão de conquistas”, cujo núcleo retomado é “expansão”.
Ao levar o verbo para o plural (“levaram”) o referente do pronome relativo muda, tornando-
se “conquistas”. Dessa forma, as conquistas levaram a língua portuguesa a remotas regiões. Observe
que, ao mudar o referente, a correção gramatical e a coerência do texto são preservadas. Logo, a
afirmativa está correta.
Gabarito: C

100. (CESPE / IFF Cargos de nível superior 2018)


Fragmento do texto: Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga
acrescenta que a maioria dos alunos é composta por adultos, que, diferentemente das
crianças, têm maior capacidade de concentração ao estudar em casa. Apesar das exigências, o
método de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de estudos e concilie a
graduação com um emprego.
No texto, a forma verbal “têm” (linha 3) concorda com o termo
A “pedagoga” (linha 1).
B “maioria” (linha 2).
C “alunos” (linha 2).
D “adultos” (linha 2).
E “crianças” (linha 3).
Comentário: O pronome relativo “que” é o sujeito do verbo “têm” e retoma o substantivo “adultos”,
pois podemos entender que os adultos, diferentemente das crianças, têm maior capacidade de
concentração ao estudar em casa.
Assim, a alternativa correta é a (D).

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Gabarito: D

101. (CESPE / STJ Analista Judiciário 2018)


Fragmento do texto: As angústias dos que se sentavam à minha frente, por diversas vezes, me
escoltaram até minha casa e passaram a ser companheiras de noites de insônia. Não havia
outra solução a não ser escrever. Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas
pessoas que, mesmo ao fim do processo e com a sentença prolatada, não me deixavam
esquecê-las.
A alteração da forma verbal “deixavam” (linha 5) para o singular — deixava — não
comprometeria a correção gramatical do período em que tal forma aparece, mas modificaria
seu sentido original.
Comentário: O verbo “deixavam” tem como sujeito o pronome relativo “que” (linha 4), o qual
retoma a expressão plural “daquelas pessoas” (linha 4). Assim, entendemos que aquelas pessoas,
mesmo ao fim do processo e com a sentença prolatada, não me deixavam esquecê-las (esquecer
aquelas pessoas).
Ao trocarmos para o singular, o mesmo pronome relativo “que” passaria a retomar o
substantivo singular “dor”, modificando o sentido, pois mudou o referente. Assim, entenderíamos
que a dor daquelas pessoas, mesmo ao fim do processo e com a sentença prolatada, não me deixava
esquecê-las (esquecer aquelas pessoas).
Portanto, a afirmação está correta, pois realmente a flexão do verbo no singular modifica o
referente, mantém a correção gramatical, mas muda o sentido.
Gabarito: C

102. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2018)


Fragmento do texto: Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos, que atingem o fluxo
econômico, por tributos que incidam sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior
desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo, produção e lucros que compensam a
tributação sobre a riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 2 do texto, é
a) oculto.
b) composto.
c) indeterminado.
d) inexistente.
e) simples.
Comentário: O verbo “incidam” encontra-se no plural, porque seu sujeito é o pronome relativo
“que” e este retoma o substantivo plural “tributos”.
Assim, a alternativa (E) é a correta.

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Gabarito: E

103. (CESPE / IPHAN Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Para unificar populações, culturas, territórios, foi preciso elaborar a
própria ideia de nação, que se fundamenta em alguns elementos estruturantes: um conjunto
de pessoas que partilha uma cultura, uma língua, uma origem comum, uma única identidade.
A substituição da forma verbal “partilha” (ℓ.3) por partilham preservaria a correção gramatical
do texto.
Comentário: O verbo “partilha” encontra-se na oração subordinada adjetiva restritiva “que partilha
uma cultura, uma língua, uma origem comum, uma única identidade” e o pronome relativo “que”
ocupa a função de sujeito e retoma o substantivo “conjunto”.
Com a flexão no plural, o pronome relativo passa a retomar o substantivo “pessoas”, por isso
a afirmação está correta.
Gabarito: C

104. (CESPE / SEEDF Monitor de Gestão Educacional – 2017)


Fragmento do texto: A construção do pensamento — e sua exposição de forma clara e
persuasiva — constitui um dos objetivos mais perseguidos por todo aquele que almeja sucesso
na vida profissional e, muitas vezes, pessoal.
A substituição da expressão “todo aquele” (linha 2) por todos manteria o sentido original e a
correção gramatical do texto.
Comentário: O pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito. Ele retoma “todo aquele”, por
isso o verbo “almeja” se encontra na terceira pessoa do singular.
Com a substituição de “todo aquele” por “todos”, o verbo “almeja” deverá ser flexionado no
plural.
Como a questão não afirmou nada a respeito do ajuste de concordância desse verbo, a troca
prejudica a correção gramatical. Confirme:
...todo aquele que almeja sucesso na vida profissional...
...todos que almejam sucesso na vida profissional...
Gabarito: E

105. (CESPE / TCE-SC Superior – 2016)


Fragmento do texto: De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve aspectos
positivos que, em última análise, influenciam os resultados da administração, e não apenas
seus processos. Além disso, a OCDE compreende um sistema de integridade como um conjunto
de arranjos institucionais, de gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à

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promoção da integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os


princípios éticos.
A coesão e a correção gramatical do trecho “e à redução do risco de atitudes que violem os
princípios éticos” (linhas 6 e 7) seriam mantidas caso a forma verbal “violem” fosse flexionada
no singular, passando, então, a concordância a restringir-se ao termo “risco”.
Comentário: Percebemos aí a necessidade de entendermos a função sintática do pronome relativo
“que”, pois, estando ele na função de sujeito e o verbo se encontrando no plural, notamos que tal
pronome deve retomar palavra plural: no caso “atitudes”. Assim, entendemos que atitudes violam
os princípios éticos.
A questão quer mudar o referente. Então deve fazer referência a um substantivo que também
transmita a mesma ideia: violar os princípios éticos. Naturalmente, você percebeu que “risco” não
viola tais princípios.
Dessa forma, a afirmação está errada.
Gabarito: E

106. (CESPE / CEF Médico do Trabalho – 2014)


Fragmento do texto: Campos continuou a dizer todo o bem que achava no trem de ferro, como
prazer e como vantagem. Só o tempo que a gente poupa! Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem
do tempo que se perde, iniciaria uma espécie de debate que faria a viagem ainda mais sufocada
e curta.
No trecho “Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que se perde” (linhas 2 e 3), a
partícula “se” recebe classificação distinta em cada ocorrência.
Comentário: A primeira palavra “se” é uma conjunção subordinativa adverbial condicional. Prova
disso é que podemos substituí-la pela conjunção também condicional “caso”. A segunda palavra “se”
é pronome apassivador, pois o verbo “perde” é transitivo direto, e o sujeito paciente é o pronome
relativo “que”, o qual retoma o substantivo “tempo”. Para termos certeza de que realmente há
pronome apassivador, basta transformarmos a voz passiva sintética em analítica. Veja toda a
estrutura:
Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que se perde...
Eu, caso retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que é perdido...
Gabarito: C

107. (CESPE / CEF Médico do Trabalho – 2014)


Fragmento do texto: Muitas vezes, na divulgação midiática de pesquisas e projetos científicos,
o profissional da área de comunicação tropeça em questões teóricas, não dá a devida
importância para a pesquisa em si, põe em foco questões do processo de pesquisa que são
irrelevantes para o projeto e para o pesquisador, ou mesmo propaga conhecimentos e crenças
populares em vez de ser “fiel” ao trabalho do pesquisador. Já o pesquisador, ao escrever sobre
seu projeto ou pesquisa, esquece por vezes que aqueles que lerão nem sempre têm

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conhecimento linguístico da área e utiliza uma linguagem não acessível a pessoas que não
pertencem ao meio acadêmico e, dessa forma, dificulta a divulgação de sua pesquisa.
Na linha 6, o pronome “aqueles” exerce a função de sujeito das formas verbais “lerão” e “têm”,
o que justifica o emprego do plural nessas formas.
Comentário: Devemos notar que há duas orações distintas que envolvem os verbos. Assim, cada
verbo terá seu sujeito distintamente do outro. O pronome “aqueles” faz parte da oração principal
“aqueles ... têm conhecimento linguístico da área”. Esse pronome é o sujeito do verbo “têm”.
Já a oração subordinada adjetiva restritiva “que lerão” apresenta o pronome relativo “que”
na função de sujeito. É certo que tal pronome retoma o pronome “aqueles”, mas isso não quer dizer
que “aqueles” seja sujeito do verbo “lerão”. Isso torna a afirmação da questão errada. Veja toda a
estrutura:
Já o pesquisador, ao escrever sobre seu projeto ou pesquisa, esquece por vezes que aqueles que lerão
nem sempre têm conhecimento linguístico da área e utiliza uma linguagem não acessível a pessoas
que não pertencem ao meio acadêmico e, dessa forma, dificulta a divulgação de sua pesquisa.
Gabarito: E

108. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)


Empregando-se a voz ativa e mantendo-se os tempos verbais empregados, o trecho “O local
das reuniões era a antiga cadeia pública, que, em 1808, havia sido remodelada pelo vice-rei
conde dos Arcos” seria, corretamente, reescrito da seguinte forma: O local das reuniões era a
antiga cadeia pública, que, em 1808, o vice-rei conde dos Arcos remodelou.
Comentário: Perceba a estrutura abaixo:
“...antiga cadeia pública que havia sido remodelada pelo vice-rei...”
O pronome relativo “que”
sujeito está na função de sujeito
paciente e apassiva
agente da locução verbal “havia sido
remodelada” está na voz passiva analítica e recebeu o verbo “ser” no particípio. Ademais, “pelo vice-
rei” cumpre a função de agente da passiva. Para transpor para a voz ativa, o agente da passiva passa
a sujeito agente e o sujeito paciente torna-se objeto direto. Além disso, a locução verbal deve perder
o verbo “sido”. Assim, teríamos a construção:
O vice-rei havia remodelado a antiga cadeia pública.
Como a estrutura “antiga cadeia pública” foi retomada pelo pronome relativo “que”, cabe a
esta estrutura o seguinte:
“...antiga cadeia pública que havia remodelado o vice-rei...”
OD sujeito agente

Gabarito: E

109. (CESPE / Detran - ES nível superior – 2011)


Fragmento de texto: O Estado, o setor privado, os indivíduos, os processos migratórios, o valor
da terra urbana e a dinâmica da economia são fatores que interagem de forma complexa,

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“produzindo” o meio urbano em que vivemos, e, desse modo, gerando as necessidades de


deslocamento das pessoas e dos bens.
O trecho “são fatores que” poderia ser suprimido sem prejuízo da correção gramatical e das
relações semânticas do período, pois se manteria a concordância da forma verbal “interagem”
com o termo que exerce a função de sujeito.
Comentário: Veja o esquema abaixo e os comentários.
O Estado, o setor privado, os indivíduos, os processos migratórios, o valor da terra urbana e a
dinâmica da economia são fatores que interagem de forma complexa...
A oração “que interagem de forma complexa” é subordinada adjetiva restritiva. Ela é iniciada
pelo pronome relativo “que”, na função de sujeito, o qual retoma “fatores”; por isso o verbo
“interagem” se encontra flexionado no plural. Perceba que a oração principal é formada pelo sujeito
composto “O Estado, o setor privado, os indivíduos, os processos migratórios, o valor da terra urbana
e a dinâmica da economia”, verbo de ligação “são” e predicativo “fatores”. Sabendo-se que este
predicativo caracteriza o sujeito e está ligado pelo verbo de ligação “são”; entende-se que o valor
semântico do sujeito é o mesmo do predicativo (“O Estado, o setor privado, os indivíduos, os
processos migratórios, o valor da terra urbana e a dinâmica da economia” = “fatores”).
Assim, a retirada da expressão “são fatores que” mudaria a relação sintática, pois o verbo
“interagem” não concordaria mais com o pronome relativo “que”, o qual retoma “fatores”, mas com
o seu sinônimo contextual (o sujeito composto); mas se preservaria a coerência, o valor semântico
e a correção gramatical. Veja:
O Estado, o setor privado, os indivíduos, os processos migratórios, o valor da terra urbana e a
dinâmica da economia interagem de forma complexa...
Gabarito: C

110. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Contraposto aos sucessivos recordes de congestionamentos nas grandes
cidades brasileiras, esse resultado expõe as fragilidades de um modelo de desenvolvimento e
urbanização que privilegia o transporte motorizado individual, prejudica a mobilidade e até a
produtividade das pessoas.
O trecho “o transporte motorizado individual” poderia, sem prejuízo à coerência da
argumentação, ser substituído por os transportes motorizados individuais; contudo, para se
preservar a correção gramatical do texto, seria necessário flexionar a forma verbal “prejudica”
na terceira pessoa do plural, escrevendo-se prejudicam.
Comentário: A banca queria levar o candidato a confundir o termo “o transporte motorizado
individual” como sendo sujeito, por isso a flexão deste termo levaria à flexão do verbo; porém este
termo não é sujeito. Os verbos “privilegia” e “prejudica” fazem parte de orações coordenadas
assindéticas aditivas. O sujeito desses dois verbos é o pronome relativo “que”, o qual retoma a
expressão “um modelo de desenvolvimento e urbanização”, por isso estão flexionados no singular.
A expressão “o transporte motorizado individual” é apenas objeto direto do verbo “privilegia” e a

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flexão da expressão no plural não produzirá a flexão do verbo “prejudica”. Se ainda há dúvida,
perceba que há uma vírgula entre a expressão “o transporte motorizado individual” e o verbo
“prejudica”. Esse é mais um motivo para não se poder entender essa expressão como sujeito.
Gabarito: E

7 – CONCORDÂNCIA VERBAL COM O SUJEITO ORACIONAL


Quando o sujeito recebe um verbo, passa a ser uma oração. Essa oração força o verbo para o
singular. Veja a frase abaixo, com sujeito determinado simples:
É fundamental o estudo organizado.
VL + predicativo (sujeito simples)
Período simples

Chamamos de período simples o enunciado que possua apenas uma oração (um verbo). Neste
caso, o verbo “É” (de ligação) serve para ligar o predicativo “fundamental” ao sujeito determinado
simples “o estudo organizado”, por isso se flexiona no singular.

Note agora que este sujeito pode receber um verbo, passando a ser considerado um sujeito
oracional. Veja:

É fundamental que você estude organizadamente.


VL + predicativo Suj + VI + adjunto adverbial de modo
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva
período composto

Agora passamos a ter duas orações (dois verbos: “É” e “estude”), por isso temos um período
composto. Veja que antes tínhamos o sujeito “o estudo organizado”, agora temos o sujeito oracional
“que você estude organizadamente”.
Note na estrutura acima que este sujeito oracional possui um verbo intransitivo. Este verbo
tem seu sujeito (“você”) e um adjunto adverbial de modo (“organizadamente”). Assim, sempre que
tivermos um verbo, é natural que haja um tipo de sujeito relacionado a ele e também um
complemento verbal, quando possível.
Neste sujeito oracional, perceba a conjunção integrante “que”, ela faz com que o verbo nesta
oração seja conjugado em tempo e modo verbal (“estude”: presente do subjuntivo).

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Agora veja o período abaixo. Retiramos a conjunção integrante “que”. Naturalmente


reduzimos o número de palavras da oração, por isso a chamamos de oração reduzida. Isso faz com
que o verbo deixe de ser conjugado em modo e tempo verbal (“estude”) e passe para a forma
nominal infinitiva: “estudar”. Veja:

É fundamental você estudar organizadamente.


VL + predicativo Suj + VI + adjunto adverbial de modo
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de
infinitivo)
período composto

O sujeito oracional é chamado de oração subordinada substantiva subjetiva. A oração


substantiva possui várias funções sintáticas, mas cabe agora trabalharmos apenas o valor de sujeito.
Tudo isso foi visto com a única e exclusiva intenção de você perceber que toda vez que
tivermos um verbo referindo-se ao sujeito oracional, obrigatoriamente deverá permanecer na
terceira pessoa do singular.
Para ficar bem claro. Quando tivermos um sujeito oracional, troquemos pela palavra ISSO.
Como este vocábulo está no singular, o verbo também estará. Vamos fazer um teste:
Veja alguns exemplos com orações desenvolvidas:

É preciso que se adotem providências eficazes.


VL + predicativo + sujeito oracional

Parece estar comprovado que soluções mágicas não funcionam.


Locução verbal de ligação + predicativo + sujeito oracional

Isso é preciso.
Convém que você fique. Isso parece estar comprovado.
VI + sujeito oracional
Isso convém.

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Veja alguns exemplos com orações reduzidas:

É preciso adotarem-se providências eficazes.


VL + predicativo + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)

Parece estar comprovado não funcionarem soluções mágicas.


Locução verbal de ligação + predicativo + sujeito oracional (oração reduzida de
infinitivo)

Parece ser ela a pessoa indicada.


VI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo) Isso é preciso.
Isso parece estar comprovado.
Coube-nos sustentar aquela informação. Isso parece.
VTI + OI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)
Isso nos coube.

É preciso adotarem-se providências eficazes.


VL + predicativo + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)

111. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)


Fragmento do texto: Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma
igrejinha velha, um resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras,
invadidas pelo mato, incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era
custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (linha 4) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
c) o termo “custoso” (linha 4).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (linhas 3 e 4).
Comentário: A estrutura da questão anterior é a mesma desta, pois, na oração principal “Era
custoso”, há o verbo de ligação “Era” e o predicativo “custoso”. Assim, falta o sujeito, que é a oração

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posterior “acreditar”. Como podemos trocar a oração substantiva pela palavra “isso” para ficar mais
fácil perceber seu valor, temos a seguinte estrutura: isso era custoso.
Note que o verbo “acreditar” é transitivo direto e toda a estrutura posterior “que morasse
alguém naquele cemitério de gigantes” é uma oração subordinada substantiva objetiva direta, a qual
funciona como complemento do verbo “acreditar”.
Assim, entendemos que a alternativa (A) é a correta, pois o verbo “acreditar” é o sujeito
oracional e é estendido pela oração subordinada substantiva objetiva direta “que morasse alguém
naquele cemitério de gigantes”.
A alternativa (B) está errada, pois “alguém” é sujeito do verbo “morasse” e “naquele
cemitério de gigantes” é o adjunto adverbial de lugar.
A alternativa (C) está errada, pois “custoso” é o predicativo.
As alternativas (D) e (E) estão erradas, pois o sujeito está determinado e é aquele que se
encontra na alternativa (A).
Gabarito: A

112. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: É necessário que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita
legalidade, visto que, enquanto o administrador privado pode fazer tudo o que não seja
proibido em lei, o administrador público somente pode fazer aquilo que a lei expressamente
autorize.
A oração “que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade” (linhas 1 e 2) exerce
a função de complemento do adjetivo “necessário” (linha 1).
Comentário: A questão afirma que a oração “que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita
legalidade” seria o complemento nominal do adjetivo “necessário”. Na realidade, não é.
O verbo “é” é de ligação, “necessário” é o predicativo e a oração “que as suas contas sejam
analisadas à luz da estrita legalidade” é subordinada substantiva subjetiva.
Como sabemos que sujeito não é complemento, a afirmação está errada.
Gabarito: E

113. (CESPE / MPU Analista – 2013)


Fragmento do texto: A beleza do direito transfunde-se no cipoal entrançado do formalismo.
Ao que nele penetrou espanta somente encontrar fórmulas, só ouvir fórmulas, só conseguir
fórmulas — tudo amarelo, cor de ouro, e nada, nada azul, a cor da justiça.
Na linha 2, a forma verbal “espanta” flexiona-se no singular para concordar com o sujeito
oracional “Ao que nele penetrou”.
Comentário: Primeiramente percebemos que sujeito não pode ser preposicionado. Assim, a
presença da preposição “a” em “Ao que nele penetrou” já nos mostra que tal termo não pode ser

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sujeito oracional. Há, sim, um adjunto adverbial (“Ao”) seguido de uma oração subordinada adjetiva
restritiva (“que nele penetrou”).
Assim, o verbo “espanta” é intransitivo e o sujeito oracional são as três orações seguintes:
“encontrar fórmulas, só ouvir fórmulas, só conseguir fórmulas”. Tais orações estão coordenadas
entre si e são subordinadas substantivas subjetivas em relação à oração principal “espanta”. Veja:
... espanta somente encontrar fórmulas, só ouvir fórmulas, só conseguir fórmulas...
Assim, entendemos: isso espanta.
Esse é o motivo de o verbo “espanta” se flexionar no singular.
Gabarito: E

8 – A CONCORDÂNCIA COM VERBO NO INFINITIVO


O verbo no infinitivo pode ser considerado impessoal ou pessoal.
Logicamente sabemos que um infinitivo de uma locução verbal não se flexiona: Começamos
a caminhar, devo trabalhar, voltou a comemorar. Este não gera dúvida, por isso, nossa ênfase aqui
recai ao infinitivo dentro de uma oração reduzida.
As regras que você verá abaixo não podem ser entendidas de maneira categórica, elas nos
apontam as possibilidades de flexão. Na prova, o que vai fazer com que você acerte a questão é o
contexto e o bom senso.
1) O infinitivo impessoal é aquele que não se flexiona, por não ter um sujeito, ou, mesmo o
tendo, não se quer realçá-lo na oração, por não estar explícito. Isso ocorre por alguns motivos e
vamos citar os mais importantes para nossa prova. Veja:
a) quando o verbo assume valor substantivo:
Estudar é importante! (estudo é importante).
Pensar é um princípio do ser humano. (o pensamento é um princípio do ser humano)
b) quando possui valor geral, isto é, não se refere explicitamente a um termo do período:
Em 2001, os Estados Unidos e o mundo viveram situações difíceis de esquecer.
Os viajantes foram obrigados a ficar à espera de outro avião.
Acusaram-nos de praticar atos suspeitos.
Todos estão dispostos a colaborar.
c) quando o infinitivo é empregado numa oração reduzida que complementa um verbo
auxiliar causativo deixar, mandar, fazer) ou sensitivo (ver, sentir, ouvir, perceber) e tem como sujeito
um pronome oblíquo:
Faça-os ficar. Não os vi entrar. Deixaram-nos sair.

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2) O infinitivo pessoal é aquele que necessita enfatizar o agente da ação por motivo de
clareza ou para evitar ambiguidade. Assim o encontramos em orações com sujeito explícito ou
diferente do sujeito da oração anterior:
Com sujeito explícito:
Suponho serem eles os responsáveis.
Note que o verbo “suponho” é a oração principal e “serem eles os responsáveis” é uma oração
subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo, cujo sujeito (“eles”) está em
destaque. Por isso, a concordância do infinitivo no plural é obrigatória.
Com sujeito implícito:
Esqueci-me da solicitação de entregares a carta, quando chegares ao escritório.
Perceba que o infinitivo “entregares” possui sujeito diferente do da oração anterior (eu me
esqueci). Isso ocorre por motivo de ênfase ao agente da ação e evitar a ambiguidade.
Veja outros casos:
É hora de vocês estudarem. (“É hora” não tem sujeito/ “estudarem” possui sujeito “vocês”)
Ouvi chamarem Lúcia. (eu ouvi / “chamarem” possui sujeito indeterminado)

114. (CESPE / SEFAZ RS Assistente Administrativo Fazendário – 2018)


No período “A necessidade de guardar as moedas em segurança fez surgirem os bancos”, do
texto, o termo “os bancos” funciona como
a) agente de “fez”.
b) sujeito de “surgirem”.
c) complemento de “surgirem”.
d) adjunto adverbial de lugar.
e) complemento de “fez”
Comentário: O verbo “fez” é transitivo direto e a oração “surgirem os bancos” é subordinada
substantiva objetiva direta, a qual é constituída do verbo intransitivo “surgirem” e do sujeito “os
bancos”. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

115. (CESPE / MPU Nível técnico – 2013)


Fragmento do texto: É ultrapassado o entendimento de que, ao não identificar os investigados,
o STF estaria protegendo pessoas que, no desfecho dos processos, poderiam vir a ser
absolvidas ou ter seus casos arquivados.

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A substituição de “vir a ser” (linhas 2 e 3) por virem a serem prejudicaria a correção gramatical
do período.
Comentário: É fácil perceber que não se pode flexionar tal expressão por se tratar de locução verbal.
Como tal, somente o verbo auxiliar (“poderiam”) se flexiona.
Para ficar ainda mais fácil entender, perceba que há um paralelismo entre duas locuções
verbais e as duas possuem o mesmo verbo auxiliar já flexionado (“poderiam”) e os verbos principais
não flexionados (“ser” e “ter”). Veja:
...poderiam vir a ser absolvidas ou (poderiam vir a) ter seus casos arquivados.
Assim, está correta a afirmação de que a substituição realmente prejudicaria a correção
gramatical do período.
Gabarito: C

9 – A CONCORDÂNCIA NOMINAL
Como vimos nas aulas anteriores e no início desta, a concordância nominal se baseia na flexão
do adjunto adnominal de acordo com o núcleo e do predicativo de acordo com o termo a que ele se
refere.
A concordância nominal às vezes suscita dúvidas quando há apenas um adjunto adnominal e
dois ou mais núcleos. Veja:

a) O adjunto adnominal anteposto concorda com o núcleo mais próximo.

Fotografei robustas mangueiras e abacateiros.


VTD adjunto núcleo 1 e núcleo 2
adnominal
objeto direto

Fotografei robustos abacateiros e mangueiras.


VTD adjunto núcleo 1 e núcleo 2
adnominal
objeto direto

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Mas, se o adjunto adnominal estiver depois do núcleo, além da possibilidade de concordar


com o mais próximo, ele pode concordar com os dois termos, ficando no plural, indo para o
masculino se um dos substantivos for masculino.

Fotografei abacateiros e mangueiras robustos.


VTD núcleo 1 e núcleo 2 adjunto adnominal
objeto direto

Fotografei abacateiros e mangueiras


==2b573==

robustas.
VTD núcleo 1 e núcleo 2 adjunto adnominal
objeto direto

Observação: Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas deve estar sempre no plural
(As simpáticas Joana e Marta agradaram a todos.).
b) Quando um núcleo determinado por artigo é modificado por adjunto adnominal composto,
podem ser usadas as seguintes construções:
Estudo a cultura brasileira e a portuguesa.
Estudo as culturas brasileira e portuguesa.
Os dedos indicador e médio estavam feridos.
O dedo indicador e o médio estavam feridos.
A construção “Estudo a cultura brasileira e portuguesa”, embora provoque incerteza, é aceita
por alguns gramáticos.
c) Numerais ordinais também possuem valor adjetivo; por isso, quando eles estão na função
de ajunto adnominal composto e se referem a um único núcleo, podem ser usadas as seguintes
construções:
Falei com os moradores do primeiro e segundo andar.
Falei com os moradores do primeiro e segundo andares.
d) Adjetivos regidos pela preposição “de”, que se referem a pronomes indefinidos, ficam
normalmente no masculino singular, podendo surgir concordância atrativa:
Sua vida não tem nada de sedutor. (ou de sedutora)
Os edifícios da cidade nada têm de elegante (ou de elegantes).
e) Os vocábulos mesmo, próprio são adjetivos ou pronomes adjetivos. Por serem adjuntos
adnominais, devem concordar com o substantivo a que se referem:

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As alunas mesmas resolveram a questão.


Os próprios alunos resolveram a questão.
Cuidado: mesmo, quando equivale a “até”, “inclusive”, é palavra denotativa; sendo, então,
invariável.
Mesmo eles ficaram chateados. (Até eles ficaram chateados.)
f) Os vocábulos meio, bastante, quando se referem a um substantivo, são numeral e pronome
indefinido (todos de valor adjetivo), respectivamente, devendo concordar com o núcleo por serem
adjuntos adnominais.
Tomou meia garrafa de vinho. (= metade – numeral – flexiona-se)
Ela estava meio aborrecida. (= um pouco – advérbio – não se flexiona)
Bastantes alunos foram à reunião. (= muitos – pronome indefinido adjetivo – flexiona-se)
Portanto, na frase “A prova será meio-dia e meia.”, nada de falar “meio-dia e meio”, porque
os vocábulos “meio” e “meia” são numerais de valores adjetivos. O primeiro concorda com “dia”
(meio-dia) e o segundo concorda com o substantivo “hora”, que se encontra subentendido (meia
hora).
Quando funcionarem como advérbios, permanecerão invariáveis. O vocábulo "menos" é
sempre invariável. Portanto, não existe a palavra “menas”.
Eles falaram bastante. (= muito – advérbio – não se flexiona)
Eram alunas bastante simpáticas. (= muito – advérbio – não se flexiona)
Havia menos pessoas vindo de casa. (pronome indefinido invariável)
g) Os vocábulos muito, pouco, longe, caro, barato podem ter valores adjetivos (adjunto
adnominal) ou adverbiais. Somente os de valor adjetivo se flexionam de acordo com o substantivo
a que se referem.
Compraram livros caros. (adjetivo caracterizando substantivo)
Os livros custaram caro. (advérbio modificando verbo)
Poucas pessoas tinham muitos livros. (pronomes indefinidos determinando substantivos)
Leram pouco as moças muito vivas. (advérbios modificando verbo e adjetivo, respectivamente)
Andavam por longes terras. (adjetivo caracterizando substantivo)
Eles moram longe da cidade. (advérbio modificando verbo)
Eram mercadorias baratas. (adjetivo caracterizando substantivo)
Pagaram barato aqueles livros. (advérbio modificando verbo)
h) O artigo e o numeral, antes dos substantivos milhar, milhão, bilhão, trilhão, devem
concordar no masculino:
Dois milhões de pessoas já assistiram ao espetáculo.

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Os dois milhares de pessoas que moram aqui desocuparão por motivo de segurança.
Onde exatamente se cunham os bilhões de moedas que circulam no Brasil?

116. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: O modelo de desenvolvimento centrado no transporte rodoviário
provocou um desbalanceamento no transporte de pessoas e mercadorias no país, com
consequências negativas relevantes nos campos energético e ambiental.
As especificações expressas por “energético” e “ambiental” justificam o emprego do
substantivo “campos”, no plural.
Comentário: Esse é o caso da concordância nominal de um substantivo com dois adjetivos,
caracterizando-o. Cada “campo” é restrito por um adjunto adnominal específico, entendendo-se
dois “campos” distintos.
Gabarito: C

117. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)


Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens abaixo quanto à concordância.
Se a palavra “brasileiros” fosse utilizada no feminino plural, no trecho “hoje há 32 milhões de
brasileiros” deveria ser reescrito da seguinte forma: hoje há trinta e duas milhões de
brasileiras.
Comentário: O substantivo milhão apenas se flexiona em número (singular, plural). Não admite
flexão em gênero, bem como seus determinantes (artigos, numerais adjetivos, etc). Assim, a
reescrita do excerto seria: hoje há trinta e dois milhões de brasileiras.
Cabe aqui uma nota: o fato de se substituir “brasileiros” por “brasileiras” não obriga o numeral
escrito em algarismos (32) ser escrito por extenso (trinta e dois). A banca apenas “jogou” com essa
possibilidade. A norma prevê estilisticamente que se deve priorizar o numeral por extenso quando
há apenas uma palavra, como “mil”, “três”, “duzentos”, “cem” etc. e, quando há mais de uma
palavra, o ideal seria o uso dos algarismos, como “32”, “210”, “1001”, “323”, etc”. Naturalmente não
há imposição, isso é estilístico e depende da intenção comunicativa; pois há documentos que
preveem só algarismos, ou só por extenso, ou ambos.
Gabarito: E

Vamos trabalhar agora a concordância nominal com base no predicativo; mas, para isso,
devemos entender em que estruturas essa função sintática aparece.

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Já foi visto anteriormente que o predicativo é palavra que transmite qualidade ou estado ao
sujeito, mas ele também pode caracterizar os objetos direto ou indireto. Assim, vejamos quais são
os tipos de predicado.
I - Predicado verbal: formado por um verbo que não seja de ligação; o núcleo do predicado é o verbo.
Lúcia fez os trabalhos. Lúcia gosta dos trabalhos.
VTD + OD VTI + OI
sujeito predicado verbal sujeito predicado verbal
(o núcleo é o verbo) (o núcleo é o verbo)

Lúcia entregou os trabalhos a eles. Lúcia viajou.


VTD + OD + OI VI
sujeito predicado verbal sujeito predicado verbal
(o núcleo é o verbo) (o núcleo é o verbo)

II - Predicado nominal: formado por um verbo de ligação e um predicativo do sujeito; o núcleo do


predicado é o predicativo:
Lúcia é estudante.
VL + predicativo
sujeito predicado nominal
(o núcleo é o predicativo)
III - Predicado verbo-nominal: formado por um verbo que não seja de ligação mais um predicativo
(do sujeito ou do objeto).
O povo aclamou-o herói.
VTD + OD predicativo do objeto
sujeito predicado verbo-nominal

Já que vimos os tipos de predicados, podemos confirmar os tipos de predicativos:


I - Predicativo do sujeito

Eu sou o professor da turma.


sujeito VL predicativo do sujeito
predicado nominal
II - Predicativo do objeto direto
Carlos chamou -a heroína.
sujeito VTD OD Predicativo
do OD
predicado verbo-nominal

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III - Predicativo do objeto indireto


Carlos chamou -lhe heroína.
sujeito VTI OI Predicativo
do OI
predicado verbo-nominal
Foi visto na concordância verbal que, se o verbo estiver anteposto ao sujeito composto, pode
ele concordar com o núcleo mais próximo ou com a totalidade. Se este for verbo de ligação, o
predicativo seguirá a mesma concordância:

São calamitosos a pobreza e o desamparo.


VL predicativo
predicado nominal sujeito composto

É calamitosa a pobreza e o desamparo.


VL predicativo
predicado nominal sujeito composto

A concordância do predicativo do objeto não depende exclusivamente do verbo, mas da ênfase no


texto.

Julguei insensatas sua atitude e suas palavras.


VTD Predicativo do
OD
predicado verbo-nominal objeto direto composto

Julguei insensata sua atitude e suas palavras.


VTD Predicativo do
OD
predicado verbo-nominal objeto direto composto

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Os vocábulos anexo, incluso são adjetivos, devendo concordar com o núcleo do sujeito:
A sindicância segue anexa ao ofício.
VI predicativo do complemento
sujeito nominal
sujeito predicado verbo-nominal

Seguem inclusos às caixas os documentos.


VI predicativo do complemento
sujeito nominal
predicado verbo-nominal sujeito
O vocábulo obrigado, apesar de não cumprir papel de predicativo, cabe nesta estrutura. Ele
também é adjetivo e concorda com o termo a que se refere:
Muito obrigada, disse a moça!
As expressões é bom, é proibido, é necessário, formadas pelo verbo ser seguido de adjetivo,
não variam se o sujeito não vier determinado; caso contrário, a concordância será obrigatória.
Água é bom. A água é boa.
Bebida é proibido para menores. As bebidas são proibidas para menores.
Chuva é necessário. Aquela chuva foi necessária.
O vocábulo “só”, no sentido de sozinho, é adjetivo e se flexiona. O mesmo vocábulo, no
sentido de somente, apenas, possui valor adverbial, por isso não se flexiona.
Os rapazes ficaram sós na festa. Vieram só os rapazes.
Elas estavam a sós na imensidão do mar. Só elas não vieram.
A expressão "a sós" tem o sentido de sozinhos.
Os pronomes de tratamento de gênero feminino levam o particípio e o adjetivo a se
flexionarem no feminino. Mas estes vocábulos podem se flexionar no masculino quando o pronome
de tratamento se referir a uma pessoa do sexo masculino. Isso é chamado de concordância siléptica.
Vossa Excelência será entrevistada por uma equipe muito profissional.
Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generoso.
Vossa Excelência é injusto.

118. (CESPE / IPHAN Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Já se depois de chegados olharmos para estes miseráveis, e para os que
se chamam seus senhores: o que se viu nos dous estados de Jó, é o que aqui representa a
fortuna, pondo juntas a felicidade e a miséria no mesmo teatro.

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A substituição do vocábulo “juntas” (ℓ.3) por junto alteraria os sentidos originais do texto,
porém sua correção gramatical seria mantida.
Comentário: Neste contexto, o verbo “pondo” é transitivo direto, o termo “a felicidade e a miséria”
é o objeto direto composto e o adjetivo “juntas” ocupa a função de predicativo do objeto direto e
com ele concorda. É por isso que “juntas” concorda com os núcleos “felicidade” e “miséria”.
Neste contexto, não cabe o advérbio “junto”, pois ele iria exigir a preposição “a” ou “com”.
Veja: ...pondo a felicidade junto com a miséria no mesmo teatro
...pondo a felicidade junto à miséria no mesmo teatro
Assim, a correção gramatical não seria mantida e a afirmação está errada.
Gabarito: E

119. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)


Fragmento do texto: Atualmente, como em nenhum outro período da história, crescem e se
multiplicam as agências governamentais em uma complexa rede internacional à procura de
ameaças veladas ou qualquer tipo de informação considerada sensível, em um jogo estratégico
de poder e influência globais.
No trecho “poder e influência globais” (linha 4), a palavra “globais” apresenta flexão de plural
porque caracteriza tanto “poder” quanto “influência” e, nesse caso, seria gramaticalmente
incorreto seu emprego no singular — poder e influência global.
Comentário: No texto, o adjetivo “globais” é o adjunto adnominal e se posiciona após os dois núcleos
que ele determina. Assim, pode ele concordar com ambos os núcleos ou apenas com o último.
Portanto, cabe, sim, a concordância com o último dos núcleos.
Porém, a questão foi anulada tendo em vista uma possível ambiguidade, a qual implicaria
prejuízo no julgamento preciso da afirmação.
Na primeira parte da afirmação não há ambiguidade: No trecho “poder e influência globais”
(linha 4), a palavra “globais” apresenta flexão de plural porque caracteriza tanto “poder” quanto
“influência”.
Quanto à segunda parte, se levarmos em consideração a informação de que o adjetivo
“global” efetivamente caracteriza “poder” e “influência”, a própria questão nos mostra que haveria
necessidade da concordância no plural, referindo-se a esses dois substantivos. Assim, a afirmação
estaria incorreta.
Porém, se não levarmos em consideração a informação de que o adjetivo “global”
efetivamente caracteriza “poder” e “influência” e nos lembrarmos de que a gramática permite a
concordância do adjunto adnominal com o último substantivo, a afirmação estaria correta.
Portanto, como houve ambiguidade, a banca anulou a questão.
Gabarito: ANULADA

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120. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)


Fragmento do texto: Grandes jornais seriam levados à falência por difamações involuntárias,
exércitos inteiros seriam imobilizados por manuais de instrução militar sutilmente alterados,
gerações de estudantes seriam desencaminhadas por cartilhas ambíguas e fórmulas de química
incompletas. E os efeitos de uma revisão subversiva na instrução médica são terríveis demais
para contemplar.
A substituição da forma verbal “desencaminhadas” (linha 3) por desencaminhados manteria a
correção gramatical e a coerência textual, caso em que passaria a concordar com “estudantes”
(linha 3).
Comentário: A locução verbal da voz passiva “seriam desencaminhadas” concorda com o núcleo do
sujeito paciente “gerações” e neste contexto não caberia a concordância com o adjunto adnominal
“de estudantes”.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

121. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: De 2006 a 2012, 1,8 milhão de audiências de conciliação foram realizadas
em todo o país durante as semanas nacionais de conciliação.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “milhão” (linha 1) por milhões.
Comentário: O numeral “milhão” só pode ser flexionado no plural quando o algarismo for plural,
isto é, igual ou acima de “2”: 1 milhão, 2 milhões, 3 milhões etc. Assim, a afirmativa está errada.
Gabarito: E

122. (CESPE / TRT 10ªR Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: O Tribunal Regional do Trabalho da 10.ª Região (TRT), após autorização
da presidenta, efetuou a doação de diversos equipamentos, chamados de “passíveis de
desfazimento”, a duas entidades: Creche Magia dos Sonhos e Associação dos Deficientes de
Brasília, consideradas pela administração do tribunal como legalmente aptas a receber os bens.
(...)
Esse ato integra o rol de ações relacionadas à responsabilidade social do tribunal,
intensificado a cada gestão.
O termo “intensificado” (linha 7) está no singular porque concorda com “rol” (linha 6), mas
estaria também correto se colocado no feminino plural — intensificadas —, forma que
concordaria com “ações” (linha 6).
Comentário: Note que o particípio “intensificado” concorda com a informação expressa em “rol de
ações”, pois se entende que o rol de ações é intensificado a cada gestão. Porém, essa concordância
nominal pode se dar também com o substantivo plural “ações”, pois podemos entender que essas
ações podem ser intensificadas a cada gestão.

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Gabarito: C

123. CESPE / SEGER - ES nível superior – 2011)


Fragmento de texto: Assim, a busca por cortes em gastos públicos será ainda mais urgente.
Seriam mantidas a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto, ainda que
se perdesse a ideia de busca, caso se optasse por escrever os cortes no lugar de “a busca por
cortes”.
Comentário: A expressão “a busca” é o sujeito do predicado nominal “será ainda mais urgente”.
Com a substituição de “a busca por cortes” por os cortes, o verbo e o adjetivo deveriam se flexionar
na terceira pessoa do plural: serão ainda mais urgentes.
Gabarito: E

124. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)


Julgue a frase abaixo com referência à correção gramatical.
Reforçado por 1,6 milhão de assinaturas colhidas em todo o país, tendo o eleitorado de
Minas liderado a participação popular, a Lei da Ficha Limpa tornou-se o marco de um novo
posicionamento da sociedade em relação da moralização da administração pública.
Comentário: Primeiramente, há um problema de concordância nominal, pois o particípio
“Reforçado” se refere à “Lei da Ficha Limpa”; assim deve-se substituí-lo por “Reforçada”. Além disso,
a locução prepositiva corretamente empregada é “em relação a”, substituindo-se a preposição “da”
pela crase “à”.
Reforçada por 1,6 milhão de assinaturas colhidas em todo o país, tendo o eleitorado de Minas
liderado a participação popular, a Lei da Ficha Limpa tornou-se o marco de um novo posicionamento
da sociedade em relação à moralização da administração pública.
Gabarito: E

10 – O QUE DEVO TOMAR NOTA COMO MAIS IMPORTANTE?


• A localização do sujeito como fundamento para a concordância verbal.
• Saber, pelo contexto, identificar o substantivo retomado pelo pronome relativo na função de
sujeito, pois isso é fundamental para saber a concordância verbal e nominal.
• O índice de indeterminação do sujeito (“se”) só ocorre com verbos de ligação, transitivo
indireto e intransitivo. Esses verbos permanecem na terceira pessoa do singular.

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• O pronome relativo “que” pode ser substituído por “o qual” e suas variações.
• O pronome apassivador ocorre com o verbo transitivo direto e com o transitivo direto e
indireto. Isso faz com que o sujeito seja paciente e o verbo se flexione de acordo ele.
Até nosso próximo encontro!
Grande abraço.

11 – LISTA DE QUESTÕES

1. (CESPE / IHBDF Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai
me levou ao pediatra. Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de
borracha na porta da fábrica em frente parou e a molecada correu até nós.
O sujeito da forma verbal “parou” (linha 3) é “fábrica” (linha 3).
2. (CESPE / PC MA Delegado – 2018)
Fragmento do texto: Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa
impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz,
que lhe proclamam e promovem.
O termo “o sentido do discurso” exerce função de sujeito da forma verbal “precisa”.
3. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: Conforme recomendação do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), deveria “existir um patamar mínimo de igualdade entre os membros
da sociedade que outorgue a todos um leque razoável de opções para exercer sua capacidade
de escolha e sua autonomia”.
O trecho ‘um patamar mínimo de igualdade entre os membros da sociedade’ (linhas 2 e 3)
exerce a função de complemento do verbo ‘existir’ (linha 2).
4. (CESPE / SEEDF Monitor de Gestão Educacional – 2017)
Fragmento do texto: Faz parte da autonomia da universidade pública essa relação intrínseca
com a cultura, que permite que o acesso não seja filtrado por mecanismos de outras instâncias
da vida social.
A expressão “essa relação intrínseca com a cultura” (linhas 1 e 2) exerce a função de sujeito da
oração iniciada pela forma verbal “Faz” (linha 1).

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5. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)


Fragmento do texto: É por meio dessas audiências que o responsável pela decisão tem acesso
às diversas opiniões sobre a matéria debatida e abre a oportunidade para as pessoas que irão
sofrer os reflexos da deliberação se manifestarem antes de seu desfecho.
A forma verbal “manifestarem” está flexionada no plural para concordar com “as pessoas”.
6. (CESPE / MPU Analista – 2015)
Fragmento de texto: Até Montesquieu, não eram identificadas com clareza as esferas de
abrangência dos poderes políticos: “só se concebia sua união nas mãos de um só ou, então,
sua separação; ninguém se arriscava a apresentar, sob a forma de sistema coerente, as
consequências de conceitos diversos”.
A flexão plural em “eram identificadas” decorre da concordância com o sujeito dessa forma
verbal: “as esferas de abrangência dos poderes políticos”.
7. (CESPE / MPU Técnico – 2015)
Fragmento de texto: É importante destacar que o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º
12.737/2012) trouxe para o ordenamento jurídico o crime novo de “invasão de dispositivo
informático”, que consiste na conduta de invadir dispositivo informático alheio, conectado ou
não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com
o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita
do titular do dispositivo, ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.
Na linha 2, a forma verbal “trouxe” está no singular porque tem de concordar com “Lei”.
8. (CESPE / DEPEN nível médio – 2015)
Fragmento de texto: Os condenados no Brasil são originários, na maioria das vezes, das classes
menos favorecidas da sociedade. Esses indivíduos, desde a mais tenra infância, são
pressionados e oprimidos pela sociedade, vivem nas favelas, nos morros, nas regiões mais
pobres, em precárias condições de vida, em meio ao esgoto, à discriminação social, à completa
ausência de informações e de escolarização.
A forma verbal “são” (linha 2) está no plural porque concorda com “Esses indivíduos” (linha 2).
9. (CESPE / CEF Médico do Trabalho – 2014)
Fragmento do texto: Mas o açúcar é particularmente muito consumido na América do Norte,
na Oceania, na maioria dos países europeus e na América Latina. As mais elevadas proporções
no consumo de óleos e gorduras verificam-se entre os países da Europa e América do Norte.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados, se, no período “As mais
elevadas (...) e América do Norte.” (linhas 2 e 3), a forma verbal “verificam-se” fosse substituída
por verifica-se.
10. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)
Fragmento do texto: Os acessos às páginas que integram o portal do CNJ na Internet
(www.cnj.jus.br) alcançaram, em novembro de 2012, a marca de mais de 16 milhões.

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A forma verbal “alcançaram” (linha 2) está flexionada na 3.ª pessoa do plural porque concorda
com “páginas” (linha 1).
11. (CESPE / SLU DF Todos os cargos de nível Superior 2019)
Fragmento do texto: Um gênio ele devia se achar. E cada um de nós tem seu aramezinho de
fechar pão e se dedica de segunda a sexta a essa missão tão crucial e inútil para o futuro do
cosmos.
Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam preservados caso a expressão “cada um
de nós” (ℓ.1) fosse substituída por todos nós.
12. (CESPE / SEFAZ RS Auditor-Fiscal da Receita Estadual 2019)
Fragmento do texto: Desse modo, o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente
político, a partir da qual foi possível que as pessoas deixassem de viver no que Hobbes definiu
como o estado natural (ou a vida pré-política da humanidade) e passassem a constituir uma
sociedade de fato, a geri-la mediante um governo, e a financiá-la, estabelecendo, assim, uma
relação clara entre governante e governados.
O referente da forma verbal “passassem” (linha 3) é o termo “as pessoas” (linha 2).
13. (CESPE / Polícia Federal Perito Criminal 2018)
Fragmento do texto: A maioria dos laboratórios acredita que o acúmulo de trabalho é o maior
problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na
dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “acredita” (linha 1) fosse
flexionada no plural: acreditam.
14. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)
Fragmento do texto: A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o
comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão. Nesse
sentido, o líder é um tomador de decisões ou aquele que ajuda o grupo a tomar decisões
adequadas.
No período “A liderança (...) tomada de decisão” (linhas 1 a 2), a expressão “A liderança” (linha
1) exerce a função de sujeito da forma verbal “é” em suas duas ocorrências.
15. (CESPE / ANVISA Técnico Administrativo – 2016)
Fragmento de texto: Ao combater a febre amarela, Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas.
Grande parte dos médicos e da população acreditava que a doença se transmitia pelo contato
com roupas, suor, sangue e secreções de doentes.
A forma verbal “acreditava” (linha 2) está flexionada no singular para concordar com a palavra
“parte” (linha 2), mas poderia ser substituída sem prejuízo à correção gramatical pela forma
verbal acreditavam, que estabeleceria concordância com o termo composto “dos médicos e
da população” (linha 2).

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16. (CESPE / CGE PI Auditor – 2015)


Fragmento de texto: Aceito o convite, ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático,
me pareceu um pouco estranho. Por que a maior parte das pessoas comia com ar religioso e
contrito?
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “comia” poderia ser
flexionada no plural.
17. (CESPE / Antaq Analista – 2014)
Fragmento do texto: E faz-se apropriado o depoimento do insigne Carl B. Boyer, em A História
da Matemática: “A Universidade de Alexandria evidentemente não diferia muito de
instituições modernas de cultura superior. Parte dos professores provavelmente se notabilizou
na pesquisa, outros eram melhores como administradores e outros ainda eram conhecidos
pela sua capacidade de ensinar.”
Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso a forma verbal ‘notabilizou’
(linha 4) fosse flexionada no plural: notabilizaram.
18. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)
Fragmento de texto: A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os representantes,
ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e
os interesses de seus eleitores.
A forma verbal “têm” concorda com o núcleo nominal “representantes”, flexionado no plural,
o que torna obrigatório o emprego do acento circunflexo nessa forma verbal.
19. (CESPE / SEGER - ES nível superior – 2011)
Fragmento de texto: Uma pesquisa anual sobre gastos do consumidor indica que dois terços
dos norte-americanos estão reduzindo o padrão e comprando produtos mais baratos.
A flexão de plural em “estão” é exigida pela concordância com “dois terços”; se os dados
fossem alterados e se referissem a um terço dos norte-americanos, seria correto flexionar o
verbo estar no singular, fazendo-se a concordância com o numeral e escrevendo-se está.
20. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)
Fragmento de texto: Em uma época em que a taxa de analfabetismo alcançava 99% da
população, só um entre cem brasileiros era elegível.
Caso a referida taxa de analfabetismo fosse de 98% da população, o trecho “Em uma época em
que a taxa de analfabetismo alcançava 99% da população, só um entre cem brasileiros era
elegível” deveria ser corretamente reescrito da seguinte forma: Em uma época em que a taxa
de analfabetismo alcançava 98% da população, só dois entre cem brasileiros seria elegível.
21. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)
Fragmento do texto: A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do
pastoreio na Mesopotâmia, a organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas

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científicas e geográficas entre os séculos XII e XVI, o advento da sociedade industrial no século
XIX, tudo isso representa saltos de época, que desorientaram gerações inteiras.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “representa” (linha 4) fosse
substituída por representam.
22. (CESPE / IPHAN Nível Médio – 2018)
Fragmento do texto: Dentre elas, podem ser destacadas as de financiamento de estudos,
postos a julgamentos sobre suas finalidades e objetivos por comissões de alto nível, bem como
as regras que regem a oferta de trabalho. O perfil e a política das instituições em que estão
inseridos, entre outros aspectos, impõem a agenda dos estudos do momento.
A forma verbal “impõem” (ℓ.4) está no plural porque concorda com o termo “instituições”
(ℓ.3).
23. (CESPE / IHBDF Nível Superior – 2018)
Fragmento do texto: Nenhum daqueles filhos de operários, meus irmãos ou eu havia ido ao
pediatra; só os fortes sobreviviam, a morte de crianças era aceita com resignação. Em várias
regiões do país, a mortalidade infantil ultrapassava uma centena para cada mil nascidos.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o trecho “Nenhum daqueles filhos de
operários, meus irmãos ou eu havia ido ao pediatra” (linhas 1 e 2) fosse assim reescrito:
Nenhum daqueles filhos de operários, nem meus irmãos nem eu tínhamos ido ao pediatra.
24. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: Inexistindo controle efetivo e fiscalização eficiente e não estando todos
os entes públicos, bem como todos aqueles que recebem verbas públicas, sujeitos e
submetidos à aprovação de suas contas por um tribunal especializado, não há sociedade
suficientemente protegida no que diz respeito aos crimes contra a administração pública.
Seriam mantidos o sentido original e a correção gramatical do texto caso a forma verbal
“Inexistindo” (linha 1) e o trecho “não estando” (linha 1) fossem substituídos, respectivamente,
por Se inexiste e se não está.
25. (CESPE / Prefeitura de São Luís – MA Técnico – 2017)
Fragmento do texto: O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos estão na base das
Constituições democráticas modernas.
A forma verbal “estão” está no plural para concordar com “direitos humanos”.
26. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2016)
Fragmento do texto: Torna a trazer o assunto à baila o aparecimento e grande vendagem de
Maíra, romance de Darcy Ribeiro.
O verbo concorda com o primeiro núcleo do sujeito posposto, concordância verbal abonada
pela gramática normativa.

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27. (CESPE / DPU Analista – 2016)


Fragmento do texto: No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou
justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O surgimento de lides
provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes — e o chamamento da
jurisdição para resolver essas contendas — já dava início a situações em que constantemente
as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas.
Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava” (linha 4) fosse
flexionada no plural, escrevendo-se davam.
28. (CESPE / FUB Analista – 2015)
Fragmento do texto: A originalidade e a capacidade de enxergar o mundo sob diferentes
perspectivas são, sem dúvida, características dos maiores pensadores. Exemplo disso é o
romeno Serge Moscovici, um dos grandes nomes da psicologia.
O emprego da forma verbal “são” (linha 2) na terceira pessoa do plural justifica-se pela
concordância com os núcleos do sujeito da oração: “originalidade” e “capacidade”, ambos na
linha 1.
29. (CESPE / Anatel Analista – 2014)
Fragmento do texto: A solicitação de portabilidade ou a demonstração da intenção de trocar
os serviços pelos oferecidos por uma concorrente que ofereça condições melhores têm-se
mostrado boas estratégias, visto que as empresas comumente dispõem de vantagens para não
perder seus consumidores.
O emprego da forma verbal “têm”, na 3ª pessoa do plural, justifica-se pela concordância com
sujeito composto unido pela conjunção “ou”, de valor inclusivo.
30. (CESPE / INSS Técnico – 2016)
Fragmento do texto: Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez
teria um escritório para trabalhar. Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali
a minha tenda de reflexões e leitura: uma escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da
esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam todos os meus livros. Tratei de
encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão
da Torre.
A forma verbal “teria” (linha 2) está flexionada na terceira pessoa do singular, para concordar
com “apartamento” (linha 1), núcleo do sujeito da oração em que ocorre.
31. (CESPE / MPE PI Analista Ministerial 2018)
Fragmento do texto: — Tinha vinte e cinco anos, era pobre, e acabava de ser nomeado alferes
da Guarda Nacional. Não imaginam o acontecimento que isto foi em nossa casa. Minha mãe
ficou tão orgulhosa! Vai então uma das minhas tias, D. Marcolina, que morava a muitas léguas
da vila, num sítio escuso e solitário, desejou ver-me, e pediu que fosse ter com ela e levasse a
farda. Chamava-me também o seu alferes. E sempre alferes; era alferes para cá, alferes para
lá, alferes a toda a hora. Na mesa tinha eu o melhor lugar, e era o primeiro servido. Não

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imaginam. Se lhes disser que o entusiasmo da tia Marcolina chegou ao ponto de mandar pôr
no meu quarto um grande espelho, naturalmente muito velho; mas via-se-lhe ainda o ouro.
— Espelho grande?
— Grande. E foi, como digo, uma enorme fineza, porque o espelho estava na sala; era a melhor
peça da casa. Mas não houve forças que a demovessem do propósito; respondia que não fazia
falta, que era só por algumas semanas, e finalmente que o “senhor alferes” merecia muito
mais.
Nas linhas 12 e 13, os sujeitos das formas verbais “respondia” e “fazia” estão elípticos e
referem-se, respectivamente, a “tia Marcolina” e “espelho”, mencionados anteriormente no
texto.
32. (CESPE / IPHAN Nível Médio – 2018)
Fragmento do texto: Certa produção historiográfica e sociológica, em debate pelo menos
desde os anos 70 do século passado e já clássica na atualidade, trouxe novos ingredientes para
a reflexão sobre essa ambiguidade do papel do historiador e do intelectual de um modo geral.
Essa literatura aponta os numerosos constrangimentos a que estavam submetidos, na sua
produção intelectual, em função de um processo de formação, enquadramento e
disciplinarização que delineava um lugar de fala, limitado por regras de diversas naturezas.
O sujeito da locução verbal “estavam submetidos” (ℓ.4) está elíptico e se refere a “historiador”
(ℓ.3) e “intelectual de um modo geral” (ℓ. 3,4).
33. (CESPE / IHBDF Nível Superior – 2018)
Fragmento do texto: Surpresas fazem parte da rotina de um socorrista. Quando um chamado
chega via 192, as informações nem sempre vêm de acordo com a real situação. Às vezes, é
menos grave do que se dizia. Em outras, o interlocutor — por pânico ou desconhecimento —
não dá nem conta de descrever a gravidade do caso.
O sujeito da forma verbal “é” (linha 2) está elíptico e retoma “um chamado” (linha 1), o que
justifica a flexão verbal na terceira pessoa do singular.
34. (CESPE / EBSERH Administrador – 2018)
Fragmento do texto: Creio que o governo não é assim um negociante ganancioso que vende
gêneros que possam trazer a destruição de vidas preciosas; e creio que não é, porquanto anda
sempre zangado com os farmacêuticos que vendem cocaína aos suicidas. Há sempre no Estado
curiosas contradições.
O sujeito elíptico da forma verbal “anda” (linha 3) retoma a expressão “um negociante
ganancioso” (linha 1).
35. (CESPE / STJ Técnico Judiciário – 2018)
Fragmento do texto: Autores importantes do campo da ciência política e da filosofia política e
moral se debruçaram intensamente em torno dessa questão ao longo do século XX, e chegaram
a conclusões diversas uns dos outros. Embora a perspectiva analítica de cada um desses

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autores divirja entre si, eles estão preocupados em desenvolver formas de promoção de
situações de justiça social e têm hipóteses concretas para se chegar a esse estado de coisas.
O sujeito da forma verbal “têm” (linha 5) está elíptico e retoma “cada um desses autores”
(linhas 3 e 4).
36. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)
Fragmento do texto: Liderança é um processo contínuo de escolha que permite que a empresa
caminhe em direção a sua meta, apesar de todas as perturbações internas e externas. O grupo
tende a escolher como líder a pessoa que lhe pode dar maior assistência e orientação (que
defina ou ajude o grupo a escolher os rumos e as melhores soluções para seus problemas) para
que alcance seus objetivos. A liderança é uma questão de redução da incerteza do grupo, e o
comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, a tomada de decisão.
Há uma ambiguidade quanto ao antecedente do sujeito elíptico da forma verbal “alcance”
(linha 5), que poderia ser dirimida caso essa forma verbal fosse flexionada no plural —
alcancem —, estabelecendo-se concordância ideológica com a palavra “grupo” (linha 4).
37. (CESPE / Câmara dos Deputados Consultor Legislativo – 2014)
Fragmento do texto: Para desvendar como os brasilienses ocupam e reinventam seus lares, a
pesquisadora Franciney França decidiu analisar 168 plantas de apartamentos em sua tese de
doutorado. “Quem olha para o Plano Piloto, que impressão tem? Que as quadras são iguais e
que sempre têm o mesmo padrão arquitetônico. E aí pensa que as pessoas moram do mesmo
jeito. Mostrei que não é bem assim”, conta. A pesquisadora dividiu as “indisciplinas
arquitetônicas” praticadas pelos brasilienses entre leves e pesadas. As leves são as que mudam
a destinação dos espaços.
O referente do sujeito da forma verbal ‘pensa’ (linha 4) é ‘Quem olha para o Plano Piloto’ (linha
3).
38. (CESPE / Câmara dos Deputados Consultor Legislativo – 2014)
Fragmento do texto: Constantemente, você precisa provar e comprovar que é quem diz ser.
Embora pareça, essa não é uma questão filosófica. A tarefa é prática e corriqueira: cartões de
crédito, RG, CPF, crachás corporativos e carteirinhas de mil e uma entidades, que engordam a
carteira de todo cidadão, são exigidos, a toda hora, para identificar uma pessoa no mundo
físico.
Na linha 1, o sujeito da forma verbal “diz” é o pronome “quem”.
39. (CESPE / MPU nível médio – 2013)
Fragmento do texto: Ele defende que o STF deve livrar-se do costume de manter identidades
em segredo, ou estará contrariando todos os esforços em busca de maior transparência.
Seria mantida a correção gramatical do texto, caso a forma verbal “manter” (linha 1) fosse
flexionada no plural — manterem.

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40. (CESPE / TRF 1ª Região Taquígrafo 2017)


Fragmento de texto: O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de
circulação, compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo
uma diversidade de localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de
diferentes modos incorporadas à dinâmica mercantil. Hoje, podemos talvez acrescentar que a
cidade se torna o lugar do consumismo e do consumismo de lugar. O que isso quer dizer e que
implicações isso tem para o compartilhamento da cidade como espaço público?
Na linha 6, caso fosse suprimido o vocábulo “isso”, seria necessário flexionar a forma verbal
“tem” no plural — têm —, para que se mantivessem o sentido e a correção gramatical do texto.
41. (CESPE / MPE PI Analista Ministerial 2018)
Fragmento do texto: Por um lado, tenta-se fazê-la entrar no cálculo geral das provas, como se
fosse apenas mais uma: não é a evidentia rei; tal como a mais forte das provas, não pode por
si só implicar a condenação e tem de ser acompanhada por indícios anexos e presunções, pois
já houve acusados que se declararam culpados de crimes que não cometeram; se não tiver em
sua posse mais do que a confissão regular do culpado, o juiz deverá então fazer investigações
complementares.
O sujeito da forma verbal “cometeram” (ℓ.4) é indeterminado.
42. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)
Fragmento do texto: Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o
elogio da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” (linha 1) fosse substituída por ideias
revolucionárias, seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se
manter a correção gramatical do texto.
43. (CESPE / SEDF Nível superior – 2017)
Fragmento do texto: Ambas as frases cumprem a sua função, que é transmitir um certo
conteúdo. São duas maneiras de chegar ao mesmo lugar. São duas gramáticas distintas, uma
em que a pluralidade é marcada em todos os termos da oração, outra em que o plural aparece
marcado apenas no artigo.
Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido original do texto se o trecho “São duas
gramáticas distintas” (linha 2) fosse reescrito da seguinte forma: Tratam-se de duas gramáticas
diferentes.
44. (CESPE / TJSE Nível superior – 2014)
Fragmento do texto: A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações Filipinas, um código
legal que se aplicava a Portugal e seus territórios ultramarinos. Com todas as letras, as
Ordenações Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em
adultério. Também podia matá-la por meramente suspeitar de traição. Previa-se um único caso
de punição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de sua mulher uma “pessoa de maior
qualidade”, o assassino poderia ser condenado a três anos de desterro na África.

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No último período do primeiro parágrafo do texto, construído de acordo com o princípio do


paralelismo sintático, o sujeito das orações classifica-se como indeterminado.
45. (CESPE / TRE-MS Analista Judiciário – 2013)
Fragmento do texto: Todavia, as discussões sobre essa matéria ainda aguardam decisão do
Supremo Tribunal Federal, cujas teses se dividem basicamente em duas: uma que defende a
inconstitucionalidade da lei, invocando o princípio de que norma penalizadora mais dura não
pode retroagir para prejudicar o réu e ferir suposto direito adquirido; e a outra, que defende
exatamente o princípio oposto, ou seja, o de que não se trata de norma penal, mas sim de
norma restritiva de direitos, cujo alcance retroativo não é vedado pela Constituição.
No trecho “o de que não se trata de norma penal” (linha 5), o emprego da forma plural em
normas penais implicaria a flexão da forma verbal: o de que não se tratam de normas penais.
46. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um
resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato,
incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que
morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, beijos e carícias
ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito mais. Em
Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se encontrava
uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir a música do caminhoneiro. Quase sorriu.
O esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher
assombrosa, praguejando com uma vassoura na mão e mandando desligar aquela música
maldita. O caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos, duas
bananas cozidas e um pote de margarina.
— Cinco reais — ordenou Helenice, com a mão na garrafa térmica. — Só come se pagar.
O homem pagou, sempre rindo da cara de Helenice, visivelmente bêbado.
Samuel invejou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim de tarde,
fim de vida.
Socorro Acioli. A cabeça do santo. São Paulo: Companhia das Letras, 2014, p. 17-8 (com adaptações).
No texto, poderia ser substituído por havia o verbo ter empregado em
a) “Não tinha mais que vinte casas mortas” (linha 1).
b) “Algumas construções nem sequer tinham telhado” (linha 2).
c) “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (linha 3).
d) “Em Juazeiro tinha gente” (linhas 7 e 8).

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e) “Não tinha tanto dinheiro para comer” (linha 20).


47. (CESPE / Polícia Federal Papiloscopista 2018)
O item a seguir apresenta, de forma consecutiva, os períodos que compõem um parágrafo
adaptado do texto Como se identificam as vítimas de um desastre de massa, de Teresa
Firmino (Internet: < www.publico.pt >).
Julgue-o quanto à correção gramatical e à coerência e à coesão textual.
Nos casos de cadáveres de vítimas carbonizadas, podem não mais haver impressões digitais.
48. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018)
Fragmento do texto: O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade
de monitorar ativamente o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse
tráfego, nas áreas em que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de
grandes proporções.
A forma verbal “haja” (linha 3) poderia ser flexionada no plural — hajam —, preservando-se a
correção gramatical e os sentidos do texto.
49. (CESPE / EMAP Nível Médio – 2018)
Fragmento do texto: O comportamento fundamental dessa mudança localiza-se no aumento
das possibilidades do agir humano, na diversificação dos papéis sociais e na abertura para o
futuro. Houve, em resumo, uma ampliação no grau de complexidade da sociedade.
Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos originais do texto, caso a forma verbal
“Houve” (linha 3) fosse substituída por Ocorreram.
50. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)
Fragmento do texto: Foram dez acidentes — nenhum deles envolvendo linhas comerciais
regulares —, com 79 mortos, 44 entre passageiros e tripulantes e outras 35 pessoas que
estavam em terra.
A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a forma verbal “Foram”
(linha 1) por Houveram.
51. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)
No período “É um orgulho poder contar com você”, a terceira pessoa do singular empregada
na forma verbal “É” justifica-se por tratar-se de um verbo impessoal, como em É tarde.
52. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: Mas a “falha” dos atenienses era a inexistência de direitos humanos. Não
havia proteção contra as decisões da assembleia soberana.
Sem prejuízo da informação veiculada no texto, seria mantida sua correção gramatical se o
termo “proteção”, em “Não havia proteção contra as decisões da assembleia soberana” (linha
2), fosse substituído por mecanismos de proteção.

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53. (CESPE / Prefeitura de São Luís - MA Técnico – 2017)


Fragmento do texto: Direitos humanos, democracia e paz são três elementos fundamentais do
mesmo movimento histórico: sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não há
democracia; sem democracia, não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos
conflitos.
Preservando-se a correção gramatical do texto, os termos “não há” (linha 2) e “não existem”
(linha 3) poderiam ser substituídos, respectivamente, por
a) não existe e não têm.
b) não existe e inexiste.
c) inexiste e não há.
d) inexiste e não acontece.
e) não tem e não têm.
54. (CESPE / TCE PA Superior – 2016)
Sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto, o trecho “é necessário que
haja a separação das contas” poderia ser reescrito da seguinte forma: é necessário que hajam
contas separadas.
55. (CESPE / FUNPRESP Superior – 2016)
A forma verbal “havia", em “não havia mais dúvidas", poderia ser corretamente substituída
por existia.
56. (CESPE / MTE Auditor-Fiscal do Trabalho – 2014)
Fragmento do texto: Pagar as contas do cotidiano no prazo correto também colabora para o
equilíbrio financeiro. Há ainda outros mitos que fazem parte do comportamento do brasileiro.
Entre eles, destacam-se o conceito de que, para ser investidor, é preciso ter muito dinheiro
disponível e a ideia de que os produtos existentes no mercado financeiro são muito complexos.
A forma verbal “Há” (linha 2) poderia ser substituída por Existe sem que houvesse prejuízo para
a correção gramatical do período.
57. (CESPE / TJSE Nível superior – 2014)
Fragmento do texto: Em vinte e poucos anos, a Internet deixou de ser um ambiente virtual
restrito e transformou-se em fenômeno mundial. Atualmente, há tantos computadores e
dispositivos conectados à Internet que os mais de quatro bilhões de endereços disponíveis
estão praticamente esgotados.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, se a forma verbal “há” (linha 2)
fosse substituída por existe.

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58. (CESPE / BSF Nível médio – 2014)


No trecho “Neste, não existem instrumentos contábeis equivalentes aos balanços anuais”, o
fragmento “instrumentos contábeis equivalentes aos balanços anuais” exerce função de
complemento da forma verbal existir.
59. (CESPE / MEC Nível superior – 2014)
Fragmento do texto: Nenhuma ação educativa pode prescindir de uma reflexão sobre o
homem e de uma análise sobre suas condições culturais. Não há educação fora das sociedades
humanas e não há homens isolados.
No segundo período, a forma verbal “há”, em suas duas ocorrências (linhas 3 e 4), tem sentido
de existir e poderia ser substituída por existe, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
60. (CESPE / Câmara dos Deputados Consultor Legislativo – 2014)
Fragmento do texto: O calor infernal nas regiões Sul e Sudeste no começo do ano parece um
evento singular. Uma breve retrospectiva da história do planeta nos últimos anos, contudo,
mostra que esses episódios estão se tornando cada vez mais comuns. Sem dúvida alguma,
haverá outras ondas de calor tão fortes quanto essa ou maiores que ela ao longo das próximas
décadas.
A substituição da forma verbal “haverá” (linha 4) por existirá não prejudicaria nem o sentido
nem a correção gramatical do texto.
61. (CESPE / CEF Médico do Trabalho – 2014)
Fragmento do texto: A origem do cifrão data do ano 711 da era cristã, quando o general Táriq-
ibn-Ziyád comandou a conquista da Península Ibérica, ocupada até então pelos visigodos.
Existem duas versões sobre o caminho percorrido pelo general árabe.
A expressão “duas versões” (linha 3) exerce a função de complemento da forma verbal
“Existem” (linha 3).
62. (CESPE / Antaq Analista – 2014)
Fragmento do texto: Se vivemos hoje a era do conhecimento é porque nos alçamos em ombros
de gigantes do passado. A Internet representa um poderoso agente de transformação do nosso
modus vivendi et operandi.
É um marco histórico, um dos maiores fenômenos de comunicação e uma das mais
democráticas formas de acesso ao saber e à pesquisa. Mas, como toda inovação, a Internet
tem potencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada. Seu conteúdo é fragmentado,
desordenado e, além disso, cerca de metade de seus bites é descartável.
O último parágrafo do texto inicia-se com oração sem sujeito.

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63. (CESPE / SEGER-ES Analista do Executivo – 2013)


Fragmento do texto: Então, sim, eu escolhi ser professor. É mesmo comparável a colocar a
cabeça dentro da boca de um leão ou a qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas
não fazem ideia da emoção que causa.
Seria introduzido erro de concordância no texto, se a forma verbal “fazem” (linha 3) fosse
substituída por faz.
64. (CESPE / TRE-MS Analista Judiciário – 2013)
Fragmento do texto: A democracia não é uma questão de tudo ou nada. Pode haver diferentes
formas, bem como diferentes níveis de democratização.
No segundo parágrafo, o trecho “diferentes formas, bem como diferentes níveis de
democratização” constitui sujeito composto da locução verbal “Pode haver”, razão por que
essa locução poderia ser flexionada no plural, da seguinte forma: Podem haver.
65. (CESPE / MPU nível médio – 2013)
Fragmento do texto: Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
Prejudica-se a correção gramatical do texto ao se substituir a expressão “Dez anos atrás” (linha
1) por Há dez anos.

66. (CESPE / Detran – ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Por um lado, congestionamentos crônicos, queda da mobilidade e da
acessibilidade, degradação das condições ambientais e altos índices de acidentes de trânsito já
constituem problemas graves em muitas cidades brasileiras.
A ideia de que existem vários “problemas graves em muitas cidades brasileiras” poderia ser
expressa, sem prejuízo para o sentido, a coerência e a correção do texto, por meio da inserção
da forma verbal há antes de “congestionamentos”.
67. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)
Fragmento de texto: Por um lado, congestionamentos crônicos, queda da mobilidade e da
acessibilidade, degradação das condições ambientais e altos índices de acidentes de trânsito já
constituem problemas graves em muitas cidades brasileiras.
A forma verbal “constituem” está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar com
“problemas graves”.
68. (CESPE / IPHAN Cargos de nível médio 2018)
Fragmento do texto: Uma das principais características da sociedade contemporânea é a
velocidade de suas transformações.

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Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto, o primeiro parágrafo poderia ser
reescrito da seguinte maneira: São a velocidade das transformações que caracterizam,
principalmente, a sociedade contemporânea.
69. (CESPE / PC - ES nível médio – 2011)
Fragmento de texto: Recentemente, a Coreia do Norte, mais uma vez, atacou seus irmãos do
Sul. Mesmo 65 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial e do rateio do mundo entre
comunistas e capitalistas, os coreanos seguem presos aos dogmas de seus governos. O
bombardeio ordenado por Pyongyang atingiu uma ilha do país vizinho, matou duas pessoas e
feriu pelo menos dezoito. A justificativa do Norte foram manobras supostamente feitas pelos
sulistas em águas sob sua jurisdição.
A forma verbal “foram” (linha 5) exemplifica um caso em que o verbo está no plural porque
concorda com o predicativo.
70. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)
Fragmento do texto: O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na
frente, um caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços,
beijos e carícias ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito
mais. Em Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo sempre se
encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado. Candeia
era morta.
Na linha 4 do texto, o vocábulo “se”
a) poderia ser suprimido, sem alteração dos sentidos do texto.
b) encontra-se em próclise devido à presença do advérbio “sempre”.
c) indetermina o sujeito da forma verbal “encontrava”.
d) retoma a palavra “povo” (linha 5).
e) indica reciprocidade.
71. (CESPE / SEFAZ RS Assistente Administrativo Fazendário – 2018)
Fragmento do texto: Embora a evolução dos tempos tenha levado à substituição do ouro e da
prata por metais menos raros ou suas ligas, preservou-se, com o passar dos séculos, a
associação dos atributos de beleza e expressão cultural ao valor monetário das moedas, que
quase sempre, na atualidade, apresentam figuras representativas da história, da cultura, das
riquezas e do poder das sociedades.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados caso a forma “preservou-se”
(ℓ.2) fosse substituída por
a) foi preservada.
b) foram preservados.
c) teria sido preservada.

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d) teriam sido preservados.


e) tinha sido preservada.

72. (CESPE / MPE PI Técnico Ministerial 2018)


Fragmento do texto: Saiu a mais nova lista de coisas que devem ou não ser feitas, moda que
parece ter contagiado o planeta. Desta vez, Arthur Frommer e Holly Hugues elencam os 500
locais que precisamos visitar antes que desapareçam (500 places to see before they
disappear).
Na linha 1, seria incorreto o emprego do verbo “ser” no plural — serem.
73. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata 2018)
Fragmento do texto: Servia-a, também, a estabilidade monetária, quebrada de maneira grave
com a agitação de fazendeiros e especuladores industriais no fim do império. Houve um
momento em que ela — a classe lucrativa — se emancipou, passou a viver de seu próprio
impulso, sem se disfarçar ou mascarar-se em traços secundários de outra classe, detentora de
maior expressão social, ou do estrato monopolizador do prestígio político. Sobe uma classe e
dentro dela elevam-se muitos aspirantes a essa camada.
No período “Sobe uma classe e dentro dela elevam-se muitos aspirantes a essa camada” (linhas
5 e 6), os termos “uma classe” e “muitos aspirantes a essa camada” exercem função de sujeito
nas orações em que se inserem.
74. (CESPE / EMAP Nível Médio – 2018)
Fragmento do texto: Defesa da concorrência e defesa comercial são instrumentos à disposição
dos Estados para lidar com distintos cenários que afetem a economia. Destaca-se como a
principal diferença o efeito que cada instrumento busca neutralizar.
O sujeito da oração iniciada por “Destaca-se” (linha 2) é indeterminado, portanto não está
expresso.
75. (CESPE / PC MA Escrivão – 2018)
Fragmento do texto: Em 2016, foram registrados 16 acidentes, com 303 vítimas fatais, e o
último episódio, com um avião de passageiros de maiores proporções: a queda do Avro RJ85,
operado pela empresa LaMia, próximo de Medellín, na Colômbia.
A correção gramatical do texto seria mantida se a expressão “foram registrados” (linha 1) fosse
substituída por registrou-se.
76. (CESPE / EBSERH Técnico – 2018)
Fragmento do texto: Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio
Vargas, foram adotados dispositivos legais para fortalecer a família numerosa, por meio de
diversas medidas: desestímulo ao trabalho feminino; facilidades para a aquisição de casa
própria pelos indivíduos que pretendessem se casar; complemento de renda dos casados com

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filhos e regras que privilegiavam os homens casados e com filhos quanto ao acesso e à
promoção no serviço público.
A substituição de “foram adotados” (linha 2) por adotou-se preservaria a correção e o sentido
do texto.
77. (CESPE / SEFAZ RS Técnico Tributário da Receita Estadual – 2018)
Fragmento do texto: Peças de barro de 4.000 a.C. encontradas na Mesopotâmia são os
documentos escritos mais antigos que conhecemos. E o mais antigo desses documentos faz
referência aos impostos. Naquela época, além de entregar parte dos alimentos que produziam
ao governo, os sumérios, um dos povos que viviam por ali, eram obrigados a passar até cinco
meses por ano trabalhando para o rei. (...)
O controle era tão rigoroso que fiscalizavam até o consumo de óleo de cozinha nas residências,
já que essa era uma substância tributada. (...) Por isso, a conquista de outras terras e de povos
dava aos romanos acesso a mais riqueza, o que, por sua vez, permitia que conquistassem e
controlassem um território ainda maior.
A correção gramatical do texto seria mantida caso se substituísse
a) “encontradas” (linha 1) por que encontravam-se.
b) “faz referência” (linhas 2 e 3) por referem-se.
c) “que produziam” (linha 3) por produzidos
d) “fiscalizavam” (linha 6) por fiscalizavam-se.
e) “dava” (linha 8) por davam.
78. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde
substância e energia vital toda vez que o ser humano se sente plenamente confortável com a
maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na
acomodação.
No trecho “rendendo-se” (linha 3), o pronome “se” indica que o sujeito dessa forma verbal é
indeterminado.
79. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: Assim, caminha-se em direção ao controle do mérito das atividades
governamentais. Quando se anula um contrato ou se edita medida preventiva, impedindo-se
a sua consumação por ser antieconômica, afirma-se que os benefícios decorrentes do projeto
ou da ação governamental não justificam os custos. Anula-se, em outras palavras, por má
gestão administrativa.
No parágrafo, a partícula “se”, em todas as suas ocorrências, foi empregada para indeterminar
o sujeito das orações em que ocorre.

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80. (CESPE / INSS Analista – 2016)


Fragmento do texto: Pena ganhou evidência como comediógrafo a partir de 1838, ano em que
foi encenada sua peça O Juiz de Paz na Roça. Embora tenha produzido alguns dramas (que lhe
renderam duras críticas), destacou-se de fato pelas suas comédias e farsas, nas quais retratou
a cultura e os costumes da sociedade do seu tempo.
A substituição de “destacou-se” (linha 3) por foi destacado prejudicaria o sentido original do
período.
81. (CESPE / MPU Técnico – 2015)
Fragmento de texto: Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império,
iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.
Caso se substituísse “iniciou-se” por foi iniciada, a correção gramatical do período seria
prejudicada.
82. (CESPE / DEPEN nível médio – 2015)
Fragmento de texto: O que se constata é que, na prática, o cidadão preso perde muito mais do
que sua liberdade. Perde sua dignidade, é submetido a humilhação e acaba se sentindo um
nada.
A substituição de “se constata” por é constatado manteria a correção gramatical e o sentido
original do texto.
83. (CESPE / DPN Nível superior – 2015)
Fragmento de texto: Após um ano de vigência da lei que regulamentou o projeto, dados
coletados pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) revelaram os hábitos de leitura
nos presídios. Foram feitas 2.272 resenhas, sendo 1.967 aceitas, o que resultou em um total
de 7.508 dias remidos.
Na linha 3, a forma verbal “Foram feitas” concorda em gênero e número com o termo seguinte,
“2.272 resenhas”, que é o sujeito da oração em que se insere.
84. (CESPE / MEC Nível superior – 2014)
Fragmento do texto: O aumento do número de alunos no ensino integral é atribuído ao
Programa Mais Educação, criado pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias
estaduais e municipais de educação, com a transferência de recursos federais, a oferecer a
educação integral.
Mantendo-se o sentido original e a correção gramatical do texto, a expressão “é atribuído”
(linha 1) poderia ser substituída por atribuem-se.
85. (CESPE / Câmara dos Deputados Consultor Legislativo – 2014)
Fragmento do texto: Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela região, dissipam-
se para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da
América, por exemplo.

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No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas” (linha 2), a partícula “se” tem função
apassivadora.
86. (CESPE / Anatel Analista – 2014)
Fragmento do texto: Desde a Idade Média, os seres humanos vinham tentando resolver o
problema da escuridão com velas e outros artefatos. Nesse período, eram usadas tochas com
fibras torcidas e impregnadas com material inflamável.
O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamente reescrito como usavam-se tochas.
87. (CESPE / Antaq Técnico – 2014)
Fragmento do texto: Durante a operação de lastreamento do navio, junto com a água também
são capturados pequenos organismos que podem acabar sendo transportados e introduzidos
em um outro porto previsto na rota de navegação.
A concordância de “são capturados”, “podem” e “transportados e introduzidos” é feita com
base em referentes diferentes.
88. (CESPE / Antaq Analista – 2014)
O trecho “Criou-se uma forma de salvação feminina a partir basicamente de três modelos
femininos” poderia ser reescrito, com correção gramatical e sem prejuízo da informação
prestada, da seguinte forma: Uma forma de salvação feminina foi criada a partir, basicamente,
de três modelos femininos.
89. (CESPE / TRT 10ªR Analista Judiciário – 2013)
Fragmento do texto: Além disso, as diferentes formas de discriminação estão fortemente
associadas aos fenômenos de exclusão social que dão origem à pobreza e são responsáveis
pelos diversos tipos de vulnerabilidade e pela criação de barreiras adicionais que impedem as
pessoas e grupos discriminados de superar situações de pobreza.
Em “dão origem à pobreza e são responsáveis pelos diversos tipos de vulnerabilidade e pela
criação de barreiras adicionais” (linhas 2 e 3), o emprego das formas verbais no plural justifica-
se pela concordância com “as diferentes formas de discriminação” (linha 1).
90. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)
Fragmento do texto: Na democracia semidireta, são assegurados instrumentos de participação
direta do povo nas funções de governo.
A substituição de “são assegurados” (linha 1) por assegura-se preservaria a correção gramatical
do período.
91. (CESPE / TRT 10ªR Técnico Judiciário – 2013)
Fragmento do texto: Com isso, surgiram então as comissões mistas de conciliação, cuja função
era conciliar os dissídios coletivos, e, no mesmo momento, criaram-se as juntas de conciliação
e julgamento, que conciliavam e julgavam os dissídios individuais do trabalho.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se” (linha 2) por foram
criadas.

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92. (CESPE / MPU Analista – 2013)


Fragmento do texto: Por outro lado, a justiça nunca se põe como um problema isolado, porque
sempre se acha em essencial correlação com outros da mais diversa natureza, dos filosóficos
aos religiosos, dos sociais aos políticos, dos morais aos jurídicos.
A partícula “se” é empregada, em ambas as ocorrências, como índice de indeterminação do
sujeito, o que confere maior formalidade ao texto.
93. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)
Fragmento de texto: Em novembro de 2003, o presidente da República assinou o Decreto n.º
4.877, que estabelece, em seu artigo 2.º: “Consideram-se remanescentes das comunidades dos
quilombos, para os fins deste decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de
autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas,
com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica
sofrida.”
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir ‘Consideram-se’ (linha 2) por São
considerados.
94. (CESPE / Agente educacional - ES nível médio – 2010)
Fragmento do texto: Já é tempo de ser tomada firme decisão política, envolvendo permanente
esforço de conscientização da coletividade no tocante a um item tão importante ao presente
e ao futuro da qualidade de vida citadina, como é o caso do trato adequado com o lixo urbano.
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir “ser tomada” por se tomar.
95. (CESPE / MPU nível médio – 2013)
Fragmento do texto: Mais uma vez, questões importantes como o voto facultativo e o distrital
ficarão de fora, o que faz que as atenções se concentrem em aspectos mais polêmicos, como
o financiamento público de campanha, a partir da criação de um fundo proposto por meio de
projeto de lei. Se a intenção é mesmo reduzir as margens para desvios de dinheiro, é
importante que as pretensões, nesse e em outros pontos, sejam avaliadas com objetividade e
sem prejulgamentos.
Em “se concentrem” (linha 2) e “Se a intenção” (linha 4), o vocábulo se desempenha a mesma
função: introduzir oração condicional.
96. (CESPE / INCA nível superior – 2010)
Fragmento do texto: O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção à saúde do
trabalhador, institui mecanismos de monitoração dos indivíduos, visando a evitar ou identificar
precocemente os agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados pelo exercício
do trabalho.
Para se realçar “mecanismos de monitoração”, em vez de “regime trabalhista”, poderia ser
usada a voz passiva, escrevendo-se são instituídos em vez de “institui”, sem que a coerência
entre os argumentos e a correção gramatical do texto fossem prejudicadas.

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97. (CESPE / MPU nível médio – 2013)


Fragmento do texto: Uma delas, de 2009, previa o julgamento de todos os processos
distribuídos antes de 2006. Identificaram-se quase 4,5 milhões de casos; 90% deles já foram
julgados.
Prejudica-se a correção gramatical do texto ao se substituir “Identificaram-se” (linha 2) por
Foram identificados.
98. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)
Fragmento do texto: Se prestarmos atenção à nossa volta, perceberemos que quase tudo que
vemos existe em razão de atividades do trabalho humano. Os processos de produção dos
objetos que nos cercam movimentam relações diversas entre os indivíduos, assim como a
organização do trabalho alterou-se bastante entre diferentes sociedades e momentos da
história.
No trecho “Os processos de produção dos objetos que nos cercam movimentam relações
diversas entre os indivíduos” (ℓ. 2 e 3), o sujeito da forma verbal “cercam” é “Os processos de
produção dos objetos”.
99. (CESPE / Polícia Federal Escrivão 2018)
Fragmento do texto: Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de
conquistas que, à imagem do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões:
Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil, para citar uns poucos exemplos
em três continentes
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou”
(linha 2) fosse substituída por levaram.
100. (CESPE / IFF Cargos de nível superior 2018)
Fragmento do texto: Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga
acrescenta que a maioria dos alunos é composta por adultos, que, diferentemente das
crianças, têm maior capacidade de concentração ao estudar em casa. Apesar das exigências, o
método de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de estudos e concilie a
graduação com um emprego.
No texto, a forma verbal “têm” (linha 3) concorda com o termo
A “pedagoga” (linha 1).
B “maioria” (linha 2).
C “alunos” (linha 2).
D “adultos” (linha 2).
E “crianças” (linha 3).

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101. (CESPE / STJ Analista Judiciário 2018)


Fragmento do texto: As angústias dos que se sentavam à minha frente, por diversas vezes, me
escoltaram até minha casa e passaram a ser companheiras de noites de insônia. Não havia
outra solução a não ser escrever. Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas
pessoas que, mesmo ao fim do processo e com a sentença prolatada, não me deixavam
esquecê-las.
A alteração da forma verbal “deixavam” (linha 5) para o singular — deixava — não
comprometeria a correção gramatical do período em que tal forma aparece, mas modificaria
seu sentido original.
102. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2018)
Fragmento do texto: Por outro lado, a substituição dos tributos indiretos, que atingem o fluxo
econômico, por tributos que incidam sobre o estoque da riqueza tem o mérito de criar maior
desenvolvimento econômico, pois gera mais consumo, produção e lucros que compensam a
tributação sobre a riqueza.
O sujeito da forma verbal “incidam”, na linha 2 do texto, é
a) oculto.
b) composto.
c) indeterminado.
d) inexistente.
e) simples.
103. (CESPE / IPHAN Técnico – 2018)
Fragmento do texto: Para unificar populações, culturas, territórios, foi preciso elaborar a
própria ideia de nação, que se fundamenta em alguns elementos estruturantes: um conjunto
de pessoas que partilha uma cultura, uma língua, uma origem comum, uma única identidade.
A substituição da forma verbal “partilha” (ℓ.3) por partilham preservaria a correção gramatical
do texto.
104. (CESPE / SEEDF Monitor de Gestão Educacional – 2017)
Fragmento do texto: A construção do pensamento — e sua exposição de forma clara e
persuasiva — constitui um dos objetivos mais perseguidos por todo aquele que almeja sucesso
na vida profissional e, muitas vezes, pessoal.
A substituição da expressão “todo aquele” (linha 2) por todos manteria o sentido original e a
correção gramatical do texto.
105. (CESPE / TCE-SC Superior – 2016)
Fragmento do texto: De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), a integridade é mais do que a ausência de corrupção, pois envolve aspectos
positivos que, em última análise, influenciam os resultados da administração, e não apenas

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seus processos. Além disso, a OCDE compreende um sistema de integridade como um conjunto
de arranjos institucionais, de gerenciamento, de controle e de regulamentações que visem à
promoção da integridade e da transparência e à redução do risco de atitudes que violem os
princípios éticos.
A coesão e a correção gramatical do trecho “e à redução do risco de atitudes que violem os
princípios éticos” (linhas 6 e 7) seriam mantidas caso a forma verbal “violem” fosse flexionada
no singular, passando, então, a concordância a restringir-se ao termo “risco”.
106. (CESPE / CEF Médico do Trabalho – 2014)
Fragmento do texto: Campos continuou a dizer todo o bem que achava no trem de ferro, como
prazer e como vantagem. Só o tempo que a gente poupa! Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem
do tempo que se perde, iniciaria uma espécie de debate que faria a viagem ainda mais sufocada
e curta.
No trecho “Eu, se retorquisse dizendo-lhe bem do tempo que se perde” (linhas 2 e 3), a
partícula “se” recebe classificação distinta em cada ocorrência.
107. (CESPE / CEF Médico do Trabalho – 2014)
Fragmento do texto: Muitas vezes, na divulgação midiática de pesquisas e projetos científicos,
o profissional da área de comunicação tropeça em questões teóricas, não dá a devida
importância para a pesquisa em si, põe em foco questões do processo de pesquisa que são
irrelevantes para o projeto e para o pesquisador, ou mesmo propaga conhecimentos e crenças
populares em vez de ser “fiel” ao trabalho do pesquisador. Já o pesquisador, ao escrever sobre
seu projeto ou pesquisa, esquece por vezes que aqueles que lerão nem sempre têm
conhecimento linguístico da área e utiliza uma linguagem não acessível a pessoas que não
pertencem ao meio acadêmico e, dessa forma, dificulta a divulgação de sua pesquisa.
Na linha 6, o pronome “aqueles” exerce a função de sujeito das formas verbais “lerão” e “têm”,
o que justifica o emprego do plural nessas formas.
108. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)
Empregando-se a voz ativa e mantendo-se os tempos verbais empregados, o trecho “O local
das reuniões era a antiga cadeia pública, que, em 1808, havia sido remodelada pelo vice-rei
conde dos Arcos” seria, corretamente, reescrito da seguinte forma: O local das reuniões era a
antiga cadeia pública, que, em 1808, o vice-rei conde dos Arcos remodelou.
109. (CESPE / Detran - ES nível superior – 2011)
Fragmento de texto: O Estado, o setor privado, os indivíduos, os processos migratórios, o valor
da terra urbana e a dinâmica da economia são fatores que interagem de forma complexa,
“produzindo” o meio urbano em que vivemos, e, desse modo, gerando as necessidades de
deslocamento das pessoas e dos bens.
O trecho “são fatores que” poderia ser suprimido sem prejuízo da correção gramatical e das
relações semânticas do período, pois se manteria a concordância da forma verbal “interagem”
com o termo que exerce a função de sujeito.

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110. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)


Fragmento de texto: Contraposto aos sucessivos recordes de congestionamentos nas grandes
cidades brasileiras, esse resultado expõe as fragilidades de um modelo de desenvolvimento e
urbanização que privilegia o transporte motorizado individual, prejudica a mobilidade e até a
produtividade das pessoas.
O trecho “o transporte motorizado individual” poderia, sem prejuízo à coerência da
argumentação, ser substituído por os transportes motorizados individuais; contudo, para se
preservar a correção gramatical do texto, seria necessário flexionar a forma verbal “prejudica”
na terceira pessoa do plural, escrevendo-se prejudicam.
111. (CESPE / CGE CE Auditor de Controle Interno 2019)
Fragmento do texto: Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma
igrejinha velha, um resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras,
invadidas pelo mato, incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era
custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (linha 4) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (linhas 4 e 5).
c) o termo “custoso” (linha 4).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (linhas 3 e 4).
112. (CESPE / TCE PE Analista – 2017)
Fragmento do texto: É necessário que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita
legalidade, visto que, enquanto o administrador privado pode fazer tudo o que não seja
proibido em lei, o administrador público somente pode fazer aquilo que a lei expressamente
autorize.
A oração “que as suas contas sejam analisadas à luz da estrita legalidade” (linhas 1 e 2) exerce
a função de complemento do adjetivo “necessário” (linha 1).
113. (CESPE / MPU Analista – 2013)
Fragmento do texto: A beleza do direito transfunde-se no cipoal entrançado do formalismo.
Ao que nele penetrou espanta somente encontrar fórmulas, só ouvir fórmulas, só conseguir
fórmulas — tudo amarelo, cor de ouro, e nada, nada azul, a cor da justiça.
Na linha 2, a forma verbal “espanta” flexiona-se no singular para concordar com o sujeito
oracional “Ao que nele penetrou”.
114. (CESPE / SEFAZ RS Assistente Administrativo Fazendário – 2018)
No período “A necessidade de guardar as moedas em segurança fez surgirem os bancos”, do
texto, o termo “os bancos” funciona como

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a) agente de “fez”.
b) sujeito de “surgirem”.
c) complemento de “surgirem”.
d) adjunto adverbial de lugar.
e) complemento de “fez”
115. (CESPE / MPU Nível técnico – 2013)
Fragmento do texto: É ultrapassado o entendimento de que, ao não identificar os investigados,
o STF estaria protegendo pessoas que, no desfecho dos processos, poderiam vir a ser
absolvidas ou ter seus casos arquivados.
A substituição de “vir a ser” (linhas 2 e 3) por virem a serem prejudicaria a correção gramatical
do período.
116. (CESPE / Detran - ES nível médio – 2011)
Fragmento de texto: O modelo de desenvolvimento centrado no transporte rodoviário
provocou um desbalanceamento no transporte de pessoas e mercadorias no país, com
consequências negativas relevantes nos campos energético e ambiental.
As especificações expressas por “energético” e “ambiental” justificam o emprego do
substantivo “campos”, no plural.
117. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)
Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens abaixo quanto à concordância.
Se a palavra “brasileiros” fosse utilizada no feminino plural, no trecho “hoje há 32 milhões de
brasileiros” deveria ser reescrito da seguinte forma: hoje há trinta e duas milhões de
brasileiras.
118. (CESPE / IPHAN Nível Superior – 2018)
Fragmento do texto: Já se depois de chegados olharmos para estes miseráveis, e para os que
se chamam seus senhores: o que se viu nos dous estados de Jó, é o que aqui representa a
fortuna, pondo juntas a felicidade e a miséria no mesmo teatro.
A substituição do vocábulo “juntas” (ℓ.3) por junto alteraria os sentidos originais do texto,
porém sua correção gramatical seria mantida.
119. (CESPE / ABIN Oficial de Inteligência – 2018)
Fragmento do texto: Atualmente, como em nenhum outro período da história, crescem e se
multiplicam as agências governamentais em uma complexa rede internacional à procura de
ameaças veladas ou qualquer tipo de informação considerada sensível, em um jogo estratégico
de poder e influência globais.
No trecho “poder e influência globais” (linha 4), a palavra “globais” apresenta flexão de plural
porque caracteriza tanto “poder” quanto “influência” e, nesse caso, seria gramaticalmente
incorreto seu emprego no singular — poder e influência global.

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120. (CESPE / STM Analista Judiciário Taquígrafo – 2018)


Fragmento do texto: Grandes jornais seriam levados à falência por difamações involuntárias,
exércitos inteiros seriam imobilizados por manuais de instrução militar sutilmente alterados,
gerações de estudantes seriam desencaminhadas por cartilhas ambíguas e fórmulas de química
incompletas. E os efeitos de uma revisão subversiva na instrução médica são terríveis demais
para contemplar.
A substituição da forma verbal “desencaminhadas” (linha 3) por desencaminhados manteria a
correção gramatical e a coerência textual, caso em que passaria a concordar com “estudantes”
(linha 3).
121. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)
Fragmento do texto: De 2006 a 2012, 1,8 milhão de audiências de conciliação foram realizadas
em todo o país durante as semanas nacionais de conciliação.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “milhão” (linha 1) por milhões.
122. (CESPE / TRT 10ªR Técnico Judiciário – 2013)
Fragmento do texto: O Tribunal Regional do Trabalho da 10.ª Região (TRT), após autorização
da presidenta, efetuou a doação de diversos equipamentos, chamados de “passíveis de
desfazimento”, a duas entidades: Creche Magia dos Sonhos e Associação dos Deficientes de
Brasília, consideradas pela administração do tribunal como legalmente aptas a receber os bens.
(...)
Esse ato integra o rol de ações relacionadas à responsabilidade social do tribunal,
intensificado a cada gestão.
O termo “intensificado” (linha 7) está no singular porque concorda com “rol” (linha 6), mas
estaria também correto se colocado no feminino plural — intensificadas —, forma que
concordaria com “ações” (linha 6).
123. CESPE / SEGER - ES nível superior – 2011)
Fragmento de texto: Assim, a busca por cortes em gastos públicos será ainda mais urgente.
Seriam mantidas a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto, ainda que
se perdesse a ideia de busca, caso se optasse por escrever os cortes no lugar de “a busca por
cortes”.
124. (CESPE / TRE - ES nível médio – 2011)
Julgue a frase abaixo com referência à correção gramatical.
Reforçado por 1,6 milhão de assinaturas colhidas em todo o país, tendo o eleitorado de
Minas liderado a participação popular, a Lei da Ficha Limpa tornou-se o marco de um novo
posicionamento da sociedade em relação da moralização da administração pública.

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Décio Terror Filho
Aula 07
177523

12 – GABARITO

1. E 32. C 63. C 94. E


2. C 33. E 64. E 95. E
3. E 34. E 65. E 96. E
4. C 35. E 66. E 97. E
5. C 36. E 67. E 98. E
6. C 37. C 68. E 99. C
7. E 38. E 69. C 100. D
8. C 39. E 70. B 101. C
9. E 40. E 71. A 102. E
10. E 41. E 72. C 103. C
11. E 42. E 73. C 104. E
12. C 43. E 74. E 105. E
13. C 44. E 75. E 106. C
14. E 45. E 76. E 107. E
15. C 46. D 77. C 108. E
16. C 47. E 78. E 109. C
17. C 48. E 79. E 110. E
18. C 49. E 80. C 111. A
19. C 50. E 81. E 112. E
20. E 51. E 82. C 113. E
21. E 52. C 83. C 114. B
22. E 53. C 84. E 115. C
23. C 54. E 85. C 116. C
24. E 55. E 86. C 117. E
25. E 56. E 87. E 118. E
26. C 57. E 88. C 119. ANULADA
27. E 58. E 89. E 120. E
28. C 59. E 90. E 121. E
29. C 60. E 91. C 122. C
30. E 61. E 92. E 123. E
31. C 62. E 93. E 124. E
125.

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Décio Terror Filho
Aula 07
177523

Meu amigo, minha amiga!


Obrigado por ter acompanhado esta aula até o fim!
Pode ter certeza de que sua dedicação valerá a pena!
Se você está gostando da aula, dê um alô no WhatsApp abaixo!
Se quiser fazer sugestões, críticas, observações, isso também
ajudará bastante na formulação dos nossos cursos!
Um grande abraço!
Décio Terror

(32) 98447 5981

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