Pré-Projecto Da Maria

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UNIVERSIDADE DE BELAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAS E ECONÓMICAS


CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO - 4º ANO

PRÉ-PROJECTO

ASPECTOS COMPARATIVOS ENTRE CONTABILIDADE GERAL E


CONTABILIDADE ANALÍTICA

LUANDA, 2021
UNIVERSIDADE DE BELAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAS E ECONÓMICAS
CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO - 4º ANO

PRÉ-PROJECTO

ASPECTOS COMPARATIVOS ENTRE CONTABILIDADE GERAL E


CONTABILIDADE ANALÍTICA

Elaborado por: Maria Kazamba


Nº 18 722
Turno: Manhã
Sala: 03

LUANDA, 2021
ÍNDICE
I. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS........................................................................... 3
1.1 A Capa .................................................................................................................... 3
1.2 Folha de Rosto......................................................................................................... 4
1.3Dedicatória ............................................................................................................... 5
1.4 Agradecimentos ....................................................................................................... 6
1.5 Epígrafe.................................................................................................................... 7
1.6 Resumo, Abstract e Palavras Chaves ...................................................................... 8
1.7 Lista de abreviaturas e siglas ................................................................................... 9
1.8 Índice ....................................................................................................................... 10
II. ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................... 11
2.1 Introdução ................................................................................................................ 12
2.1.1 Formulação do problema de pesquisa...........................................................
13
2.1.2 Objectivo geral..............................................................................................
14
2.1.3 Objectivos específicos ..................................................................................
15
2.1.4 Hipóteses ......................................................................................................
16
2.1.5 Justificativa do tema .....................................................................................
17
2.2 Fundamentação teórica .............................................................................................
18
2.2.1 Definição de termos e conceitos ...................................................................
19
2.2.1.1 Contabilidade geral ...........................................................................
20
2.2.1.2 Contabilidade analítica .....................................................................
21
2.2.2 Característica da contabilidade geral............................................................
22
2.2.2.1 Objectivo da contabilidade geral.......................................................
23
2.2.3 Característica da contabilidade analítica ......................................................
24
2.2.3.1 Objectivo da contabilidade analítica ................................................
25
2.2.4 Aspectos comparativos entre contabilidade geral e contabilidade analítica 26
2.4 Metodologia.............................................................................................................. 27
2.4.1 Modelo de pesquisa ................................................................................... 28
2.4.2 Tipo de pesquisa ........................................................................................ 29
2.6 Conclusões ............................................................................................................... 30
III. ELMENTOS PÓS-TEXTUAIS ........................................................................... 31
3.1 Referências bibliográfica ......................................................................................... 32

INTRODUÇÃO
A Contabilidade tem ao longo da sua história respondido às diferentes
necessidades de informação, quer externa quer interna. No entanto, a sua capacidade de
resposta aumentou incomparavelmente com os avanços tecnológicos destas últimas
décadas, tendo-se evoluído de uma falta, para um excesso de informação, onde mais
importante que ter informação, é ter a adequada para ser suporte à tomada de decisão. A
sua importância é, pois, função da utilidade que tenha para os seus utilizadores, internos
e externos. O campo da Contabilidade está amplamente dividido em duas partes, a
Contabilidade Geral e a Contabilidade Analítica. A primeira, fornece a informação
externa regulamentada por princípios contabilísticos geralmente aceites, enquanto que a
segunda, fornece a informação de uso interno não obedecendo a princípios ou normas
emanadas por entidades reguladoras. No entanto, partem de regras que permitem obter
informação útil para os utilizadores internos.

Formulação do problema de pesquisa


A economia nacional é composta essencialmente por pequenas e médias
empresas. Atualmente, as empresas devem dar especial atenção a Contabilidade, sendo
este um dos mecanismos que pode auxiliar no processo de tomada de decisão das
empresas.

Considerando todos estes factos, trazemos a seguinte pergunta de partida:


 Como analisar os aspectos comparativos entre contabilidade geral e
contabilidade analítica?
Objectivo geral
 Analisar os aspectos comparativos entre contabilidade geral e contabilidade
analítica.
Objectivos específicos
 Definir termos e conceitos;
 Identificar as características da contabilidade geral e contabilidade analítica;
 Descrever os aspectos comparativos entre contabilidade geral e contabilidade
analítica.

Hipóteses
 Através da identificação das características da contabilidade geral e
contabilidade analítica;
 Descrevendo os aspectos comparativos entre contabilidade geral e contabilidade
analítica.
Justificativa do tema
Atualmente, a Contabilidade Geral e a Contabilidade Analítica são referidas
como ferramentas de gestão no apoio à tomada de decisão. Tal como duas componentes
diferentes que contribuem para o sucesso uma da outra, a contabilidade geral e a
contabilidade analítica representam técnicas de cálculo que se complementam e que, em
conjunto, podem revelar-se instrumentos únicos para o sucesso das empresas a vários
níveis. Consideremos que a contabilidade, de uma forma geral é uma prática que
permite o registo, cálculo, classificação e organização de todas as partes financeiras de
uma empresa e que tem, de forma geral, grande impacto no sucesso ou insucesso da
mesma. O departamento de contabilidade de uma empresa é responsável por gerir e
tratar formalmente toda a informação financeira e contabilística da mesma, recorrendo à
contabilidade interna, externa, geral e analítica.
O presente trabalho versa sobre um estudo científico que assenta em reconhecer
aspectos comparativos entre contabilidade geral e contabilidade analítica que são
importantes no suporte de informação para um adequado e eficiente Controlo Interno e
deve ser objeto de elevada atenção e análise pela Auditoria.
Palavras chaves: Contabilidade Geral, Contabilidade Analítica, Aspecto, Comparativo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Definição de termos e Conceitos
Contabilidade Financeira
Esta contabilidade é a mais praticada pelas empresas, uma vez que é de carácter
obrigatório. Este tipo de contabilidade também muitas vezes referido como
contabilidade externa ou geral, é responsável, essencialmente, pelo património da
empresa, cuidando do seu posicionamento financeiro junto da sociedade, dos
concorrentes, dos fornecedores e dos clientes. Os contabilistas ou técnicos oficiais de
contas responsáveis por este trabalho desenvolvem a sua atividade com o objetivo de
criar um controlo de todas as operações financeiras da organização, conseguindo assim
registos uteis de tudo o que é debitado, investido e recebido nas contas.
Com todos estes dados reunidos, a equipa pode proceder a relatórios de contas e
demonstrações detalhadas de cariz financeiro. No desenvolver das ações
correspondentes a esta contabilidade, são também levadas a cabo todas as obrigações
relacionadas com o Estado, como pagamentos, entregas de declarações, apoios, entre
outros.
A contabilidade financeira gere os investimentos, os lucros, as receitas e claro as
despesas de uma organização. Assim sendo, e considerando que a contabilidade
financeira constitui uma obrigação decorrente da administração das empresas, esta
representa uma obrigação fiscal com regras rígidas de acordo com normas gerais
estabelecidas. A apresentação deste trabalho junto dos órgãos de gestão e chefia pode
variar de empresa para empresa, considerando que existem entidades para as quais faz
mais sentido fazer esta apresentação mensalmente, trimestralmente ou anualmente.
Contabilidade Analítica
A contabilidade analítica é também conhecida por contabilidade de gestão e
representa um tipo de análise e escrutínio financeiro que tem como objetivo central a
oportunidade de previsões e planeamento de investimentos financeiros. Através deste
tipo de contabilidade conseguimos analisar internamente o desenvolvimento financeiro
de uma empresa e claro, ter perceções mais claras de qual o rumo que se está a tomar.
Neste tipo de contabilidade o foco está no desempenho e na estratégia de
negócio da entidade, tendo como destinatários principais os gestores das empresas, os
órgãos de chefia e os diretores financeiros que desenvolvem, em conjunto, planos de
ação a curto, medio e longo prazo. Os dados da contabilidade analítica permitem a quem
de direto elaborar planeamentos, apresentar análises por segmento e claro, apoiar a
tomada de decisões das empresas, sempre que estas implicarem qualquer tipo de
investimento.
A contabilidade analítica cria balanços dentro de períodos correspondentes a
segmentos específicos e mune-se de dados que permitem demonstrações dos resultados
e apresentações explicitas dos fluxos de investimento. Todos estes dados compilados
funcionam como orientadores para os órgãos de administração e gestão de uma
empresa.
A Contabilidade Analítica, caracteriza-se como componente do processo de
gestão centrada na utilização eficiente e eficaz dos recursos, acrescentando valor à
organização, confirmando de modo continuado se os mesmos estão a ser utilizados de
forma correta (Franco, 2005). Abarca todos os aspetos relativos à Contabilidade de
Analítica ou Interna e todos os gastos e rendimentos que digam respeito às restantes
áreas da empresa (Caiado, 2011).

Características da Contabilidade Financeira

A contabilidade financeira é uma ramificação da contabilidade que procura,


especialmente, juntar e organizar todos os dados financeiros e contábeis de uma
empresa, o que contém facturamentos, despesas, acervo, investimentos, entre outros.
Dessa forma, ela age como uma ferramenta não somente administrativa, porém
similarmente estratégica, já que oferece informações necessários sobre a parentela aos
proprietários, acionistas, gestores, investidores e possíveis parceiros.

Além disso, ela monitora todas as variações do acervo da empresa a partir de a


sua formação. Dados que são fundamentais para que o gestor possa acompanhar de
maneira mais concreta e assertiva a evolução da saúde financeira do negócio.
Porém, melhor do que isto, a contabilidade financeira é realizada tendo como foco os
stakeholders externos. Ou seja, ela procura entregar informações sólidas e concretas
sobre a empresa para os agentes que atuam fora da disposição, porém evidencia
ambição lhe, como é o caso de investidores e acionistas.

Por este razão, ela está de modo direto ligada a requisitos fiscais e imposições
legais do país. É um ataque contábil que recolhe e analisa informações durante de um
tempo exclusivo, conduzindo-se padrões e código legais.

Isto permite a coleta de dados contábeis transparentes e confiáveis, além da


prática de comparações sobre o parecer cobiçoso, a rentabilidade e a performance da
empresa de uma forma mais clara.

Objectivo da Contabilidade Financeira

O objetivo da contabilidade financeira é fazer com que empresas possam


cumprir de forma integral com suas responsabilidades legais de forma eficiente.

Além do cumprimento de exigências legais, o papel dessa modalidade de


contabilidade é, também, observar os dados financeiros de uma empresa a longo prazo,
focando em seu histórico.

Esse recurso permite à empresa ter acesso a uma espécie de “linha do tempo” do
seu desenvolvimento, permitindo uma reflexão mais precisa por parte do time de gestão
para o que é necessário ser feito e sobre qual a melhor forma de gerir o negócio.

Em um sentido prático, o principal objetivo da contabilidade financeira é


preparar com precisão as contas financeiras de uma organização para um período
específico, também conhecido como demonstrações financeiras. As três demonstrações
financeiras principais são a demonstração de resultados, o balanço e a demonstração dos
fluxos de caixa.
As demonstrações financeiras de uma empresa têm vários propósitos. Eles
fornecem informações importantes para acionistas e credores de empréstimos, o que
pode ajudar a melhorar os juros de investimento. As demonstrações financeiras são
usadas internamente pela administração para gerenciar as operações atuais e as
atividades futuras da empresa. As demonstrações financeiras também fornecem
informações para todos os tipos de investidores para preparar uma análise usando
tendências, índices e comparações do setor.
Características da Contabilidade Analítica

O sistema de Contabilidade Analítica é, segundo Caiado (2002), “um sistema de


medida de diferentes grandezas da empresa, facilitando a tomada de decisões e o
controlo de gestão”. Ainda de acordo com Caiado (2011), a Contabilidade de Gestão
manifesta as seguintes características: está organizada em função das necessidades
específicas de cada empresa e não está sujeita a constrangimentos de forma. A grande
diversidade de soluções possíveis para organizar esta Contabilidade opõe-se à rigidez e
uniformidade da Contabilidade Geral; A Contabilidade de Gestão é destinada a servir
todos os responsáveis da empresa qualquer que seja a sua posição hierárquica... pode
acontecer que as respetivas informações possam ser comunicadas a terceiros, como é o
caso, por exemplo, de certos contractos de exportação em que o cliente discute
previamente os preços propostos de cada encomenda; utiliza as informações da
Contabilidade Geral e dos documentos que lhe servem de base, por reclassificações ou
por estudos técnico-contabilísticos, estatísticos, ...; a Contabilidade de Gestão deve estar
atualizada e fornecer as informações em tempo oportuno. É indispensável que a
informação seja orientada para o futuro e para a ação, designadamente no apoio ao
planeamento operacional; deve ser organizada para pôr em relevo as responsabilidades.
O controlo de gestão das diversas áreas de responsabilidade é feito pelo controlo
periódico das realizações e das previsões a fim de determinar os desvios anormais a
exigirem medidas de correção atempadas.

Se o sistema de Contabilidade de Gestão considera as características atrás


enumeradas para assim conseguir cumprir as funções a que se destina, as informações
que fornece devem também preencher alguns requisitos para que seja útil aos seus
utilizadores, devendo assim, possuir três características essenciais (Carvalho, Martinez e
Pradas 1999):

 Relevância - considera-se que a informação é relevante quando serve os


interesses dos seus destinatários, mediante a confirmação dos seus juízos ou a
alteração da sua opinião, ou seja, quando consegue influenciar as decisões dos
seus utentes.
 Fiabilidade - para que a informação seja fiável tem que estar isenta de erros
materiais e de juízos prévios.
 Comparabilidade - a informação apresentada pelas entidades deve estar
elaborada de acordo com princípios e normas geralmente aceites para que seja
possível a sua comparação entre instituições com características similares.

Ainda para os mesmos autores são fundamentais três conceitos, para avaliar e
analisar a gestão desenvolvida: eficiência, eficácia e economia.

Para Santos (1998), o sistema de Contabilidade Analítica “tem por missão


contabilizar todos os custos com a atividade de produção ou fabricação, bem como os
custos administrativos e financeiros e os custos de distribuição ou comerciais, dando
apoio à gestão pela análise da evolução produtiva visto obter-se o cálculo dos custos nas
suas diversas fases quer unitários quer totais até à venda dos produtos, com o respetivo
apuramento de resultados.” Considerando ainda que ao efetuar-se a análise dos custos
consegue modificar-se o sistema de forma otimizar os resultados monetários, de
quantidade e mesmo na qualidade dos produtos fabricados.

No entendimento de Luís (2002), a Contabilidade Analítica é um “sistema


contabilístico que corresponde a um conjunto de tarefas e registos através do qual se
processam as operações como meio de manter a informação financeira e envolver a
identificação, a agregação, a análise, o cálculo, a classificação, o lançamento nas contas,
o resumo e o relato das várias operações e acontecimentos.” Na opinião de Caiado
(2002), “a literatura contabilística tem adotado a designação Contabilidade Analítica
para caracterizar a Contabilidade Interna vocacionada para apoio à tomada de decisões e
o controlo de gestão”.

Costa, Teresa Carmo (2008/2009), evidenciam como principais características o


facto de a Contabilidade Analítica ser objetiva; se opor à rigidez e uniformidade da
Contabilidade Geral ou Financeira; permitir o estabelecimento de padrões e previsões;
examinar todas as situações que tenham originado desvios em relação ao que estava
previsto.

CEISCAP (2012), destaca as seguintes caraterísticas da Contabilidade Analítica:

 “Está voltada para o interior da empresa, procurando tratar a informação interna,


respeitante a área fabril, comercial, administrativa, financeira, etc.;
 É facultativa;
 Contabiliza os gastos segundo o seu destino ou função, ou seja, de acordo com a
área interna onde são originados: custos fabris ou de produção, custos
comerciais ou de distribuição, custos administrativos, custos financeiros, outros
gastos;
 Elabora uma Demonstração dos Resultados por Funções, considerando os gastos
por funções;
 Apura resultados por produtos, famílias de produtos, mercados, segmentos,
atividades, etc.;
 Apura resultados em períodos curtos, geralmente mensais;
 Utiliza geralmente os mesmos gastos efectivos, mas pode utilizar, e cada vez
utiliza mais, custos teóricos ou pré-determinados, como custos básicos, custos
padrões, custos orçamentados etc;
 Atenta os seus objetivos de custeio da produção, não pode deixar de utilizar
sempre o sistema de inventário permanente;
 A Contabilidade Analítica não tem que utilizar a digrafia; quando o faz, utiliza
um plano de contas na classe 9”.

Desta forma, e a entendendo a estas características, diferenciam assim,


claramente, a Contabilidade Analítica da Contabilidade Geral.

Pode afirmar-se que as informações dadas pela Contabilidade Geral são


insuficientes para a gestão das empresas, visto que têm uma fraca operacionalidade no
controlo, gestão corrente e planeamento das atividades, que estão relacionadas com os
custos e proveitos da empresa. Os gestores têm necessidade de informações mais
detalhadas, dadas por períodos de tempo mais curtos, para que permitam medir e
controlar a eficiência e eficácia dos diversos segmentos organizacionais da empresa e os
resultados das atividades que tem a seu cargo (Pereira & Franco, 1987).
Objetivos da Contabilidade Analítica

É cordialmente aceitável que a Contabilidade de Analítica tem como principal


objetivo fornecer informações para o processo de tomada de decisões económicas com a
finalidade de promover a eficiência global da organização, os sistemas de medida que se
utilizem e os modelos de decisão que se apliquem em critérios económicos.

Segundo a IFAC, “Recomendações Internacionais de Contabilidade de Gestão


nº1”, insertas no “Manual do ROC” (1999, referido por Bernardes 2001) a
Contabilidade Analítica tem como objetivo auxiliar na tomada de decisões estratégicas
nomeadamente no que diz respeito aos métodos de produção, produtos, serviços,
comercialização e demais aspetos a longo prazo. Deve ainda ajudar no planeamento e
tomada de decisões no que refere à substituição de equipamento, gerir cash-flows,
compra de materiais, estabelecer preços, entre outros. É uma ferramenta útil de controlo
e gestão operacional no que respeita à identificação de operações ineficientes e serve
como base de distribuição de incentivos aos gestores. Este sistema auxilia a preparação
de demonstrações de resultados no que se refere à correção da avaliação das existências
e dos activos, em conformidade com as exigências do relatório financeiro.

De acordo com (Pereira & Franco, 1987) “a Contabilidade Analítica tem como
objetivo fornecer elementos para o controlo da gestão, tomada de decisões e, no caso
das empresas industriais, para avaliação das existências finais, com vista ao apuramento
dos resultados no fim dos períodos contabilísticos”. Ainda na perspetiva dos mesmos
autores, os objetivos da Contabilidade Analítica são: “Informação sobre custos”: os
custos devem ser determinados segundo três óticas diferentes: estrutura organizativa da
empresa; atividades que desenvolve e natureza de custos. Uma organização é
constituída por segmentos organizacionais, estando coligado a cada um deles, funções a
desempenhar e objetivos a atingir. Cada segmento tem um responsável, capaz de
motivar e coordenar o grupo, com vista a atingir os objetivos definidos. Acima do
responsável está uma entidade superior que avalia se os objetivos foram ou não
cumpridos. O funcionamento de cada segmento organizacional envolve custos, que
devem ser determinados e comparados com os benefícios oferecidos à organização.
Deste modo, compete à Contabilidade Analítica determinar, analisar e reportar aos
interessados os custos ocasionados pelo funcionamento dos órgãos que constituem a
organização. Dentro dos agrupamentos (segmentos organizacionais e atividades) devem
conhecer-se as principais naturezas de custos que concorrem para o montante global de
custos do segmento organizacional ou da atividade (Pereira & Franco, 1987).

Rocha e Rubio (1999), apresentam como principais objetivos da Contabilidade


Analítica: “proporcionar informação necessária para a planificação e controlo da
atividade da empresa”; ou seja, os sistemas de custo padrão, na medida em que as
normas de comportamento dos custos refletem os dados prospetivos usados na
planificação, permitem designar um controlo sistemático do desempenho da atividade
planificada, através da análise dos desvios entre previsões e realizações, registados pelo
sistema de custos. Outro dos objetivos é “proporcionar informação complementar para a
elaboração de documentos da contabilidade financeira”. Assim sendo, os sistemas de
custos permitem efetuar o seguimento da formação do custo dos inventários que regista
a contabilidade financeira, ajudando no processo de análise da formação do resultado.
Por fim, a Contabilidade Analítica tem também como objetivo “proporcionar
informação requerida para orientar o processo de tomada de decisões”, uma vez que os
sistemas de custo permitem efetuar as análises necessárias para expor o efeito conjunto
que sobre os resultados da empresa têm as diferentes decisões adotadas pela gerência,
ao nível de custos e de proveitos diferenciais ou incrementais.

Como já observado anteriormente, o objetivo principal da Contabilidade


Analítica é o de proporcionar informações úteis para o processo de tomada de decisões,
de acordo com AECA (2001), podemos transpor esses objetivos gerais e identificar os
seguintes: clarificar a aplicação dos recursos desde uma perspetiva de eficiência,
eficácia e economia, possibilitando um controlo de gestão sobre aspetos concretos da
entidade; determinar o valor das taxas e dos preços; facilitar a elaboração e avaliação
dos orçamentos; fundamentar a valorização dos bens produzidos por atividades; apoiar a
tomada de decisões sobre a produção de bens e a prestação de serviços, com
conhecimento detalhado dos custos e proveitos; facilitar a elaboração da prestação de
contas da própria entidade; permitir realizar uma atribuição racional dos recursos
mediante uma adequada justificação das necessidades; permitir a comparação com
outras entidades que prestem serviços similares; facilitar a informação aos órgãos
nacionais e supranacionais para fundamentar a obtenção de subsídios e ajudas. Todos
estes objetivos anteriormente mencionados podem ser simultâneos ou alternativos,
dependendo de que modelo contabilístico se implemente com a finalidade de ser uma
forma de comparação de dados entre diversas entidades relativos ao processo de
formação de custos, ou ser um instrumento de apoio a uma melhor gestão interna.

Aspectos Comparativos Entre Contabilidade Geral e Contabilidade Analítica


Como vimos, a Contabilidade Geral e Analítica têm públicos diferentes,
pois os investidores geralmente não estão envolvidos nas operações do dia-a-
dia do negócio, mas estão preocupados com seu investimento (Contabilidade
Geral), enquanto os gerentes precisam de informações para tomar decisões
(Contabilidade Analítica). Outras diferenças são:
 Enquanto a Contabilidade Geral é o ramo da contabilidade que
acompanha toda a informação financeira da entidade, a Analítica
registra e relata informações financeiras e não financeiras de uma
empresa.
 Os usuários da Contabilidade Geral são tanto a gestão interna da
empresa como as partes externas, enquanto os usuários da
contabilidade Analítica são apenas a administração interna.
 A Contabilidade Geral baseia-se em dados históricos, já a Contabilidade
Analítica, por apoiar na tomada de decisão, tem ênfase no futuro.
 A Contabilidade Geral deve ser reportada publicamente. Já a
Contabilidade de Analítica é para o uso da organização e, portanto, é
confidencial.
 A Contabilidade Geral dispõe somente de informações monetárias. A
Contabilidade Analítica, por outro lado, apresenta informações
monetárias e não monetárias, como o número de funcionários, a quantidade de
matéria-prima utilizada e vendida etc.
 Relatórios gerados pela Contabilidade geral devem respeitar procedimentos
legais, enquanto que para a Contabilidade Analítica não existe um formato
prescrito.
 A Contabilidade geral é obrigatória para qualquer empresa para fins de auditoria,
sendo que as informações devem ser publicadas e auditadas. A Contabilidade
Analítica não tem caráter de obrigação, pois é apenas para uso interno, portanto,
as informações não são publicadas e nem auditadas.
 A Contabilidade geral é feita principalmente para um período específico, que
geralmente é de um ano. A Contabilidade Analítica é realizada de acordo com as
necessidades da administração, podendo ser mensal, bimestral, trimestral e assim
por diante.
METODOLOGIA

Modelo de Pesquisa

Para elaboração deste trabalho, utilizamos o modelo qualitativo.

Modelo Qualitativo: para Rampazzo (2005), este modelo busca uma


compreensão particular daquilo que se estuda, o foco da sua atenção é centralizado no
específico, no peculiar, no individual, almejando sempre a compreensão e não a
explicação dos fenómenos estudados.

Tipo de Pesquisa:

Dos variados tipos de pesquisas existentes, optamos pela pesquisa documental,


estudo de caso e a pesquisa bibliográfica.

Pesquisa Documental

É uma análise documental, que consiste na obtenção dos dados, que ocorre em:
documentos ou livros, peças teatrais, cartazes, etc.

Estudo de Caso

Estudo de caso é o que procura verificar a constância ou repetição do mesmo


fenómeno em vários casos.

Pesquisa Bibliográfica

É o levantamento bibliográfico, através de livros, revistas, jornais, etc.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tanto a Contabilidade Analítica quanto a geral são de extrema importância, pois,
como vimos, ajudam a empresa de várias maneiras. A Contabilidade de Gestão é
essencial para analisar o desempenho da organização, elaborar uma estratégia, tornar
decisões efetivas e direcionar a empresa para ações futuras. Já a Contabilidade
Financeira é fundamental para a manutenção adequada das demonstrações contábeis e
gerenciais. Apesar de haver diferenças entre elas, ambas são utilizadas como ferramenta
da administração interna, para avaliar o desempenho da empresa e para apresentar a
posição da organização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
 Caiado, António C. Pires (2011). Contabilidade Analítica. Lisboa: Áreas
Editora, SA.
 Franco, V. S., Oliveira, Á. V., Morais, A. I., Oliveira, B. d., Lourenço, I. C.,
Jesus, M. A., Serrasqueiro, R. (2005). Contabilidade de Analítica - Volume 1.
Lisboa: Publisher Team.
 https://www.welinkaccountants.pt/blog/contabilidade-analitica-contabilidade-
financeira.
 Costa, Teresa Carmo (2008/2009). Apontamentos de Contabilidade Analítica I.
Instituto Politécnico do Cavado e do Ave.
 Santos, Carlos Figueiredo dos (1998). Contabilidade analítica - um apoio à
gestão - Rei dos Livros, Porto.
 Luís, José́ Gomes (2002). POCAL - Plano Oficial de Contabilidade das
Autarquias Locais. Áreas Editora, Lisboa.
 Carvalho, João Baptista da Costa; Martinez, Vicente Pina; e Pradas, Lourdes
Torres (1999). Temas de contabilidade pública - Rei dos Livros, Lisboa.
 Associação Espanhola de Contabilidade e Administração de Empresas (2001).
Princípios de Contabilidade Analítica - Contabilidade Analítica em Entidades
Públicas. Documento nº 15. Madrid: AECA.
 Rocha, Armandino e Broto Rubio, Jesus (1999). Princípios de Contabilidade
Analítica. Lisboa: Vislis Editores.
 https://www.treasy.com.br/blog/contabilidade-gerencial-contabilidade-
financeira.
 RAMPAZZO, Lino. Metodologia Científica, 3ªed, São Paulo:
edições Loyola, 2005 ∙ SILVESTRE, ARAÚJO. Trabalhos
Metodológicos, Lisboa, 2012.

CRONOGRAMA

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