Doenças Causadas Por Fungos de Bactérias Nas Plantas
Doenças Causadas Por Fungos de Bactérias Nas Plantas
Doenças Causadas Por Fungos de Bactérias Nas Plantas
Mela-de-rizoctonia (Rhizoctonia solani)
Plantas com esta doença apresentam murcha das folhas superiores, principalmente
nas horas mais quentes do dia. As folhas mais velhas tornam-se amareladas e,
muitas vezes, observa-se murcha ou amarelecimento em apenas um lado da planta
ou da folha (Figura 3). Os frutos não se desenvolvem, amadurecem ainda pequenos
e a produção é reduzida. Ao cortar o caule próximo às raízes, verifica-se necrose do
sistema vascular (Figura 4). Temperatura alta (em torno de 28 °C), solos arenosos
com pH baixo e o ataque de nematóides favorecem a doença. O fungo sobrevive no
solo por períodos superiores a sete anos, principalmente por meio de
microescleródios (estrutura de resistência do fungo). Como medidas de manejo e
controle, recomenda-se: plantar cultivares com resistência às raças do patógeno,
evitar o plantio em áreas sabidamente infestadas pelo fungo e/ou por nematóides
patogênicos ao tomateiro e fazer rotação de cultura com gramíneas.
O sintoma inicial desta doença é a murcha suave e parcial da planta nas horas mais
quentes do dia (Figura 5). As folhas mais velhas tornam-se amareladas e
necrosadas nas bordas, em forma de "V" invertido. Os frutos ficam pequenos e mal
formados. Na região do colo do caule, verifica-se leve necrose vascular, não tão
intensa quanto a causada por F. oxysporum f. sp. lycopersici. O fungo é bem
adaptado a regiões de solos neutros ou alcalinos e com temperaturas amenas (20 a
24 °C). No entanto, já foi relatada sua ocorrência no Estado de Pernambuco, onde
as temperaturas médias são comumente elevadas. O fungo sobrevive no solo por
mais de oito anos por meio de microescleródios e infecta mais de 200 hospedeiras.
Como medidas de manejo, recomenda-se plantar cultivares resistentes e fazer
rotação da cultura com gramíneas.
Fig. 10 - Ramos secos, cor de Fig. 11 - Ramos secos, cor de
palha. palha, no interior
dos quais se desenvolvem os
escleródios.
Septoriose (Septoria lycopersici)
Requeima (Phytophthora infestans)
A requeima causa manchas encharcadas, grandes e escuras nas folhas
(Figura 12) e nas brotações (Figura 13). Na face inferior da lesão nas folhas,
geralmente observa-se um mofo pulverulento esbranquiçado. Nos frutos, a
podridão é dura, de coloração marrom-escura. O ataque severo provoca
grande desfolha e podridão dos frutos (Figura 14). A doença é favorecida em
condições de clima ameno e úmido. Epidemias também podem ocorrer em
regiões secas ou em épocas relativamente quentes, desde que a
temperatura da noite permaneça em torno de 18 a 22 °C por períodos
prolongados e a umidade do ar seja alta (acima de 90%). Deve-se evitar o
plantio em local de clima frio e úmido, sujeito a excesso de neblina e
orvalho. Em épocas e locais com clima favorável à doença e em áreas onde
a requeima ocorre de forma endêmica, sugere-se pulverizar
preventivamente ou logo no início do aparecimento dos primeiros sintomas.
Esta doença é favorecida por temperaturas mais altas (20 a 30 °C). Apresenta sintomas
foliares bastante semelhantes aos da pinta-bacteriana (Figura 3). Nos frutos, porém, as lesões
são maiores, mais claras e mais profundas que as da pinta-bacteriana (Figura 4). Também
provoca queda de flores quando o ataque ocorre por ocasião do florescimento.
Foto : Acervo da Embrapa Hortaliças
Fig. 3 - Mancha-bacteriana: lesões
grandes
nos frutos e queima nas folhas.
Os fungos podem ser identificados pelo tipo de sintomas que produzem, pelas suas
estruturas vegetativas e reprodutivas ou com o emprego de técnicas sorológicas e
moleculares.