Aula 9 - Terapia Periodontal de Suporte e Lesões Agudas
Aula 9 - Terapia Periodontal de Suporte e Lesões Agudas
Aula 9 - Terapia Periodontal de Suporte e Lesões Agudas
- sangramento à sondagem,
- bolsas remanescentes,
- quantidade de dentes perdidos,
- condição sistêmica,
- Tabagismo
1. Minimizar a recorrência e a progressão da doença periodontal em pacientes que tenham sido tratados
previamente de gengivite e periodontite;
2. Reduzir a incidência de perda dentária através do monitoramento da dentição e qualquer substituição protética
dos dentes naturais;
3. Aumentar a probabilidade de localizar e tratar, de uma maneira periódica, outras doenças ou condições
encontradas dentro da cavidade oral.
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
Primeiro ano:
intervalo de reconsulta de três a quatro meses (consulta baseada no grau de severidade e fatores negativos).
Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
- Primeiro reexame 3-6 meses após o término da terapia ativa - assegurar o controle das necessidades individuais do
paciente.
- Re chamadas muito frequentes direcionam ao sobre tratamento e à fadiga do paciente.
- Avaliação do paciente:
• espera-se baixos índices de placa (< 20 % de superfícies com placa),
• eliminação ou redução na inflamação gengival (poucas superfícies com sangramento)
• um número marcadamente reduzido de superfícies com bolsas periodontais > 4mm.
Etapas - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
1- Exame, Reavaliação e Diagnóstico (ERD), fornecendo informações dos sítios estáveis e inflamados. Este segmento
consome de 10-15 minutos.
2- Motivação, Reinstrução e Instrumentação (MRI), irão consumir a maior parte da sessão de rechamada (30-40
minutos). Sítios que forem diagnosticados como não estáveis serão instrumentados.
3- Tratamento dos Sítios Reinfectados (TSR) - poderá necessitar uma segunda consulta.
4- Polimento de toda a dentição, aplicação de Flúor e determinação da futura terapia periodontal de suporte (PFD) –
concluem a sessão de rechamada (5-10 minutos).
Etapas - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
a. Profundidades de sondagem;
b. Sangramento sob sondagem;
c. Níveis gerais de placa e cálculo;
d. Avaliação de invasão de furca;
e. Exsudação;
f. Recessão gengival;
g. Exame oclusal e mobilidade dentária;
h. Outros sinais e sintomas de atividade de doença.
Etapas - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
Exame radiográfico
Tratamento
- Após a instrumentação radicular, a microbiota subgengival fica significantemente alterada em quantidade e qualidade.
- Em bolsas de profundidade moderada, a composição e a patogenicidade da flora subgengival pode ser influenciada
pelo controle de placa subgengival.
- O determinante clínico mais importante na terapia periodontal não é a técnica (cirúrgica ou não-cirúrgica) utilizada
para a eliminação da infecção subgengival, mas a qualidade do programa de motivação, de manutenção e controle.
Prevenção da reinfecção periodontal - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
- Através de uma vigilância dos pacientes, envolvendo visitas profissionais com intervalos regulares, a reinfecção
periodontal pode ser prevenida ou mantida em uma incidência mínima em muitos pacientes.
- Ressaltam o valor de se executar raspagens subgengivais em intervalos trimestrais como meio de compensar a higiene
oral inadequada em pacientes com bolsas que persistem em seguida ao tratamento periodontal convencional.
Fatores de risco para recorrência de doença periodontal - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
- Essencial diagnosticar e tratar as pessoas de risco para futura perda de inserção: pacientes com perda de 2 mm ou
mais de inserção periodontal e com quaisquer outros fatores de risco (idade avançada, hábito de fumar,
mobilidade dentária aumentada e pobre higiene oral).
- Em contraste a estudos prévios, idade avançada não parece ser um fator de risco para recorrência de doença
periodontal;
- Perda de inserção avançada em adolescentes indica alto risco de recorrência de doença periodontal;
- Diabetes mellitus pobremente controlada a longo prazo e presença de cálculo são indicadores de risco usuais para
perda de inserção progressiva;
Fatores de risco para recorrência de doença periodontal - Terapia Periodontal de Suporte (TPS)
- O hábito de fumar é o fator de risco ambiental número um para ambas: doença periodontal e resposta cicatricial
após terapia periodontal;
- A maioria dos fatores de risco associadas com recorrência da doença periodontal parecem ser relacionadas
preferencialmente ao paciente, do que relacionadas a área, portanto mais atenção deveria ser dispensada ao
paciente como um todo.
CONCLUSÃO
- A TPS é indispensável para a manutenção dos resultados obtidos na terapia periodontal ativa devendo ser parte
integrante do tratamento;
- A cooperação dos pacientes no às consultas de TPS é baixa, tendo uma média de 54% dentre os estudos;
- A maioria dos estudos mostrou que o intervalo de 3 meses entre as rechamadas apresenta melhor prognóstico,
porém a individualização do intervalo parece ser mais adequado devido aos fatores de risco que tornam alguns
- Tabagismo, diabetes mellitus, lesões de furca, bolsas residuais, e sangramento à sondagem repetidas no mesmo
sítio, são alguns dos indicadores de risco que foram relacionados com maior perda dentária e progressão da DP.
Lesões agudas do periodonto
Abscesso periodontal: condição periodontal frequente que pode destruir rapidamente os tecidos
periodontais. Isso faz com que o correto diagnóstico e o tratamento imediato sejam de fundamental
importância na preservação dos tecidos periodontais.
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal
SINAIS E SINTOMAS
MICROBIOLOGIA
HISTOPATOLOGIA
- Primeiro estágio: invasão da bactéria nos tecidos moles circundantes da bolsa periodontal;
- Desenvolvimento de um processo inflamatório através dos fatores quimiotáticos liberados pelas bactérias, que
atraem células inflamatórias e levam a destruição dos tecidos conectivos, a encapsulação da infecção bacteriana e
a produção de pús;
- Epitélio oral normal e lâmina própria, um infiltrado inflamatório agudo, um intenso foco de inflamação com
neutrófilos, piócitos e linfócitos presentes em uma área de tecido destruído e necrótico, um epitélio da bolsa
destruído e ulcerado;
Lesões agudas do periodonto - Abscesso periodontal
TRATAMENTO
TRATAMENTO
TRATAMENTO
ETIOLOGIA
ETIOLOGIA
SINAIS E SINTOMAS
MICROBIOLOGIA
TRATAMENTO
SINAIS E SINTOMAS
- necrose gengival
- sangramento espontâneo
- Dor intensa
- necrose afeta o ligamento periodontal e o osso alveolar, levando a perda de inserção.
- Como há a concomitante necrose do tecido mole, a presença de bolsas não é um achado frequente.
- Com a progressão da doença, a papila interdental se divide em parte vestibular e lingual/palatal, com uma área
necrótica entre elas conhecida como cratera interproximal;
- Casos severos (pacientes imunocomprometidos)- sequestro ósseo (fragmentos de osso necrótico separados do osso
saudável) pode ocorrer.
Lesões agudas do periodonto - PERIODONTITE ULCERATIVA NECROTIZANTE AGUDA (PUNA)
MICROBIOLOGIA
HISTOPATOLOGIA
- áreas de epitélio ulcerado escamoso com neutrófilos abundantes e membranas fibrinas com fragmentos de
epitélio necrótico.
Lesões agudas do periodonto - PERIODONTITE ULCERATIVA NECROTIZANTE AGUDA (PUNA)
TRATAMENTO
- Infecção pericoronal do dente pode ocorre a qualquer idade e é associada com a erupção de dentes decíduos
ou permanentes.
- Mais comumente associada com a erupção de terceiros molares mandibulares.
- Inflamação circundante a coroa de um dente, geralmente um terceiro molar semi-erupcionado e se refere a
infecção mista de patologia periodontal.
Lesões agudas do periodonto - PERICORONARITE
ETIOLOGIA
SINAIS E SINTOMAS
- Trismo
- dor na região do terceiro molar
- Inchaço
- febre.
- Se não tratada, pericoronarite pode se estender para espaços peritonsilares
e espaços laterais da faringe.
Lesões agudas do periodonto - PERICORONARITE
MICROBIOLOGIA
- os patógenos associados com pericoronarite são anaeróbios gram-negativos que normalmente habitam os tecidos
periodontais.
Lesões agudas do periodonto - PERICORONARITE
TRATAMENTO
- Debridamento do biofilme e remoção de agentes estranhos encontrados sob o capuz que envolve a coroa do dente.
- Irrigação abundante do interior do capuz com soro fisiológico.
- Tratamento medicamentoso com antibiótico também está associado a condição sistêmica.
- Analgesia ou o uso de anti-inflamatório em casos de envolvimento muscular podem ser necessários para o controle
da sintomatologia dolorosa.
- Se o tratamento apropriado não for iniciado, uma pericoronarite pode progredir para celulites, osteomielite, ou
infecção dos espaços faciais.
- Após controle da fase aguda, é importante a avalição do local e acompanhamento clínico/radiográfico. Cirurgia
gengival ou até mesmo a extração do dente podem ser cogitados para evitar a recidiva do problema.
Obrigada!!!