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Guia de

Cultivo Indoor
de Cannabis
Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Apresentação
Bem-vindo ao Guia de Cultivo Indoor de
Cannabis da LEDS INDOOR. Nossa intenção
com este material é oferecer as informações
básicas que você precisa saber para cultivar.

Vamos explicar sobre os itens necessários para


montar o próprio cultivo, anatomia da planta,
fases de desenvolvimento, procedimentos,
chegando até o processo de colheita dos buds.

Venha conosco e aprenda um pouco da arte de


cultivar essa planta milenar chamada cannabis.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Sumário
1. Anatomia da cannabis pág 04

2. Espaço e equipamentos necessários pág 05

3. Sementes ou clones? pág 07

4. Preparando o solo pág 09

5. Fases e procedimentos pág 11

6. Iluminação e fotoperíodo da planta pág 18

7. Temperatura e umidade pág 23

8. Rega, fertilizantes e pH pág 25

9. Colheita, secagem e cura pág 28

10. Universo LEDS INDOOR pág 33

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

1. Anatomia da Cannabis
Antes de aprender qualquer coisa relacionada ao seu cultivo,
é importante conhecer um pouco da estrutura da planta.
Assim fica mais fácil de observar os sinais que a cannabis
nos dá conforme ela cresce e se desenvolve.

Caule

Raízes

Tricomas

A. Planta macho / B. Planta fêmea / 1. Flor masculina / 2, 3. Anteras de flores masculinas / 4. Grãos
de pólen / 5. Flor feminina (cálice com dois pistilhos) / 6. Flor feminina com cálice removido / 7.
Secção transversal do ovário após polinização / 8. Sementes maduras (aquênio) com cálice / 9, 10.
Sementes maduras (aquênios) / 11, 12. Vistas transversais das sementes (aquênios) / 13. Sementes
(aquênios) com o tegumento removido.

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2. Espaço e equipamentos necessários


A primeira coisa que você deve pensar quando surgir a ideia
de plantar sua própria maconha é no espaço que destinará
para o cultivo, a partir dele você definirá o tamanho da estufa
e providenciará o restante dos equipamentos.

Vamos de checklist?
Para conceber um cultivo completo ideal, você vai precisar
providenciar os seguintes itens:

1. Cabine de cultivo / 2. Painel de LED / 3. Hanger (suporte para painel) / 4. 2 exaustores (entrada e
saída de ar) / 5. Duto flexível / 6. Filtro de carvão / 7. Vaso / 8. Ventilador / 9. Termo higrômetro

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Para facilitar, elaboramos duas tabelas com base no tamanho


das estufas da LEDS INDOOR.

Na tabela 01 você pode conferir os modelos corretos de painel de LED para cada tamanho de estufa.
E na sequência, na tabela 02, ter uma noção de quantos vasos cabem em cada modelo de acordo
com litragens diferentes.

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Lembrando que os valores das tabelas consideram o máxi-


mo possível em cada ambiente, buscando fornecer um norte
para o cultivador quando o assunto for este.

3. Sementes e clones
Providenciados os equipamentos é hora de começar!
Nesta etapa você deve definir se utilizará sementes ou clones,
toda vez que for iniciar um cultivo novamente do zero existe
essa possibilidade.

Tanto as sementes como os clones permitem que a planta se


desenvolva normalmente, podendo o grower induzir as mu-
danças de estado (vegetativo e floração) sem dificuldades.
O que vale pontuarmos aqui é que ambos são sensíveis, exi-
gem um cuidado especial até que cresçam e precisam de uma
umidade relativamente alta (entre 70% e 80%) nesse início.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Sementes: Escolhê-las traz a possibilidade de cultivar gene-


ticas diferentes (fotoperíodo e automática). Contudo deve-se
tomar cuidado na hora de adquiri-las para o barato não sair
caro, visto que o acesso muitas vezes é difícil devido nossa
realidade proibicionista.
As pequenas vão precisar germinar, desenvolver raízes e
crescer as primeiras folhas até tomarem mais forma. Esse
processo delicado pode ser realizado com a ajuda de uma
cultilene e depois de crescidas as mudas podem ser trans-
portadas para um vaso.

Clones: São pequenos galhos retirados de uma planta adulta


que precisam ser estimulados a criar raízes.
Eles permitem continuar com uma espécie que já gosta e
possui, além de economizar eliminando a necessidade de
comprar novas sementes. Um clone, assim como as semen-
tes, necessita de um ambiente sempre úmido, seja o solo ou
cultilene para se desenvolver.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

4. Preparando o solo
Aqui já começam a surgir as primeiras dúvidas. Fornecer um
bom solo para a planta é essencial no seu desenvolvimento,
visto que ele fornece para as suas raízes os nutrientes e com-
postos necessários para alimentá-la, garantindo um cresci-
mento vigoroso e uma colheita de qualidade no final.

Um solo de qualidade deve ser bem aerado e permitir um


bom escoamento e absorção de líquidos quando o cultivo for
regado, permitindo que as raízes respirem e se alimentem
sem dificuldades.
Hoje, basicamente, os cultivadores escolhem entre solo orgâ-
nico ou inerte. Vamos entender as diferenças?

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

O solo orgânico é um composto natural de fácil acesso (terra


vegetal, húmus, etc) que se pode realizar o cultivo.
Por vir da natureza, ele é mais prático pois muitos nutrientes
e compostos já se encontram no solo e serviram de alimento
para a planta.

Quanto à adubação, ela pode ser realizada com fertilizantes


orgânicos e compostagem.
Pode ser mais propenso a pragas, portanto é importante o
cultivador não sair pegando qualquer solo, tipo o do quintal,
é sempre bom estudar a composição e origem dele, para en-
tregar o que sua planta precisa para crescer saudável

Já o solo inerte é um material que podemos dizer ser virgem,


pois é livre de nutrientes e compostos como acontece no or-
gânico. Nele, o cultivador possui mais controle do que a can-
nabis recebe de alimento, o que exige muito mais atenção na
hora de fornecer os fertilizantes, pois cada cultivo é único
e mesmo seguindo as tabelas de medição fornecidas pelas
marcas, algo pode dar errado.

De qualquer forma, a escolha do solo inerte é uma opção


para quem quer possuir o maior controle possível do desen-
volvimento da planta, visto que através das doses corretas de
alimento, podemos induzir a determinados resultados dese-
jados.

Alguns dos substratos mais usados na composição de solos


inertes são turfa de sphagnum, perlita, vermiculita e o pó de
coco. Com eles, o mais recomendado é preparar misturas dos
compostos.

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5. Fases e procedimentos
5.1 - Fases de crescimento

A cannabis possui basicamente duas fases importantes em


seu desenvolvimento: a vegetativa e a floração.

A planta ingressa na fase vegetativa naturalmente numa mé-


dia de cerca de duas semanas após sua germinação, onde já
se pode observar pelo menos quatro de suas primeiras folhas
e provavelmente estará pronta para um primeiro transplante
(falaremos melhor disso ainda neste capítulo).
Esta é a fase em que a planta realmente cresce, desenvolven-
do novos ramos e folhas, o que permite ao cultivador, indu-
zi-la a crescer de acordo com o seu desejo. A fase vegetativa
da cannabis pode durar no mínimo 3 semanas, depois disso
já podemos fazer a planta mudar de fase, dependendo das
condições de cada cultivo.

Quando a planta entra na fase de floração é possível desco-


brir o sexo da planta, podendo separar os machos das fêmeas
para evitar que os mesmos polinizem as flores das fêmeas
fazendo com que a planta direcione sua energia para a pro-
dução de sementes e não de flores resinadas e cheirosas (que
é o que todo cultivador deseja).

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Diferenciando as flores:

Macho: Discretas, geralmente começam a nascer antes das


flores fêmeas e são como pequenas bolsinhas branco-es-
verdeadas ou amareladas que pendem de pequenos galhos
ao longo do caule da planta. Chamadas de estames, quando
amadurecem, elas se abrem e uma espécie de antena cresce
do centro a fim de enviar pólen pelo ar.

Fêmea: Fartas, quando as flores fêmeas começam a brotar é


possível observar o desenvolvimento de delicados pelos fel-
pudos e transparentes chamados pistilos, que saem de um
ovário que parece com um pequeno cálice que cresce bem na
junção do caule, junto com galhos novos e folhas menores.
Se polinizada nessa fase, muitas sementes se desenvolveram
na flor. Sem polinização dos machos, as flores vão desen-
volver cachos parecidos com o formato de um cone, inter-
calados com pequenas folhas verdes chamadas brácteas. Ao
longo deste processo elas ficaram cada vez mais resinadas
através da produção de tricomas.

Macho Fêmea

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Geralmente uma planta de cannabis será macho ou fêmea,


porém se a planta sofre algum estresse e se sente ameaçada,
automaticamente ela desenvolverá as gametas do outro sexo,
podendo assim se autofecundar e garantir a perpetuação de
sua espécie, produzindo muitas sementes. Portanto é impor-
tante eliminá-las assim como as flores macho se a sua inten-
ção não é produzir sementes.

A fase de floração é o estágio final do desenvolvimento de


uma planta de cannabis e dura pelo menos 8 semanas.

5.2 - Poda da cannabis

No cultivo, uma das atividades que auxiliam no processo de


conduzir o desenvolvimento da planta são as podas, realiza-
das desde as fases iniciais até a floração a fim de direcionar
melhor a energia que a planta gasta para as flores e não para
outras partes.

Vamos falar sobre a poda apical, poda fim e poda canela seca.

Poda apical: Aliada do cultivo indoor por permitir controlar


as dimensões da planta e impedir que ela continue crescen-
do verticalmente, a poda apical pode começar a ser realizada
a partir do terceiro nó da muda.
O corte da ponta deve ser feito exatamente em cima do nó,
dali vão sair dois galhos secundários, onde nasceram mais
flores. Se repetido mais vezes, ele dará sempre mais dois no-
vos galhos a cada novo corte.
Com essa técnica a cannabis redistribui seus hormônios e
permite que os buds sejam muito mais potentes.

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Poda fim: Uma continuação da poda apical, mas com resulta-


dos diferentes.
Na poda fim, não é feito o corte perto do nó, mas sim no meio
do novo broto que nasce do corte apical. A diferença é que a
partir desse corte, não nascem dois, mas quatro galhos, onde
depois brotarão mais flores.
E assim o cultivador pode ir guiando como sua planta cresce,
obtendo mais resultados.

Poda apical Poda fim

Poda canela seca: Como o próprio nome parece anunciar, a


canela seca serve para limpar toda a parte de baixo da planta
onde se cortam todos os galhos.
Ela é realizada quando o cultivo já está mais avançado, e cla-
ro, também serve para a planta direcionar sua energia e nu-
trientes que as raízes enviam para o desenvolvimento das flo-
res, no cultivo é tudo para elas.

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5.3 - Desfolhação

Consiste no corte das folhas, o que basicamente promove um


melhor desenvolvimento da planta.

Realizar isso ajusta a distribuição de luz para os ramos da


cannabis, melhorando o processo de fotossíntese, elimina
folhas que possam estar desnutridas e permite que a energia
gasta ali seja direcionada para outras áreas, em especial os
buds em desenvolvimento.

A desfolhação pode ser feita em ambos os estágios de cres-


cimento e a quantidade de folhas retiradas nesse processo
vai depender deles. Isso também permitirá um fluxo de ar
mais dinâmico no cultivo e somará com o processo de poda
na arte de conduzir o crescimento da planta.

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5.4 - Transplante

O transplante da cannabis consiste em trocar a planta de vaso


de acordo com seu desenvolvimento, devendo ser realizado
para fornecer mais espaço para a raiz da planta.

Por exemplo, se um grower inicia seu cultivo em um vaso de


1 litro, dentro de alguns dias o espaço dele já estará tomado
pelas raízes, então o ideal é que seja feito esse transplante
para um vaso maior, assim a planta se desenvolve melhor.

Não existe uma regra de quando fazer, depende da análise de


quando a raíz já tiver ocupado espaço demais dentro do vaso.
E vai da escolha de cada um, pode ser de vaso pequeno para
vaso grande, ou também pode ir passando de vaso em vaso
conforme o desenvolvimento da planta. Quanto maior o tem-
po de cultivo, mais transplantes vão ser necessários.

Geralmente, ao observar a parte de baixo do vaso é possível


ver as raízes começando a sair, buscando lugar para crescer.
É também possível identificar elas aglomerando nas laterais
do vaso. Tá aí um bom momento para realizar o transplante.

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É importante lembrar que o transplante sempre gera um es-


tresse na cannabis, portanto depois de feito, o ideal é não
realizar nenhum outro tipo de treinamento nela por cerca de
10 dias, assim ela se recupera e continua se desenvolvendo
normalmente após o procedimento.

A única coisa que a planta vai precisar depois de transplanta-


da é água, pois ajudará o novo solo a assentar. Cuidado para
não espremer demais durante o transplante, lembre-se de
que as raízes gostam de um ambiente aerado.

Você pode pensar, por que não plantar diretamente em um


vaso grande? O cultivo da planta, quando feito de vasos me-
nores para maiores, permite um controle mais fácil das re-
gas e nutrientes fornecidos para a planta, sem desperdícios,
otimizando inclusive o ambiente de cultivo e até a luz que ela
deve receber.

Vasos de feltro LEDS INDOOR

O transplante não é obrigatório, depende de cada cultivador.

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6. Iluminação e fotoperíodo da planta


6.1 - Iluminação

Com certeza a iluminação é um dos itens mais essenciais no


cultivo indoor, sem ela nada acontece. Responsável por ser
o sol artificial dentro da estufa, é ela que realiza a fotossín-
tese da cannabis, proporcionando também o controle total
das mudanças de fase e alcançando ótimos resultados na co-
lheita. Porém, antes de tudo precisamos saber o básico so-
bre luz solar e de como ela interage com a maconha, para
entendermos como as tecnologias encontradas no mercado
trabalham.

Abaixo, você pode observar uma representação do espectro


de cor visível da luz solar, ele vai de 700 a 400 nanômetros
(nm) e a planta necessita absorver ele completamente para
um desenvolvimento ideal, a não ser pelos raios IR e UV que
se concentram nas pontas do gráfico, por emitirem uma luz
mais danosa o uso deles fica para cultivos mais avançados,
como estudos científicos.

Espectros de cores frias (azul e verde) são importantes para a


planta na sua fase vegetativa. Já os de cores quentes (verme-
lho e amarelo) são mais absorvidos quando a maconha muda
para a fase de floração.

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Hoje no mercado é possível encontrar as tecnologias HQI e


HPS que trabalham com espectros de cor complementares.
Enquanto a HQI fornece as cores mais frias e essenciais para
fase vegetativa, a HPS trabalha com as cores mais quentes,
necessárias para quando a planta muda para a fase de flora-
ção. Muitos cultivadores fazem o uso das duas, já que traba-
lham melhor em fases diferentes. Ambas esquentam muito,
demandando uma atenção extra com o clima do cultivo, pois
a cannabis não gosta de calor.
Embora ainda sejam muito
populares, a tecnologia de-
las já é considerada ultrapas-
sada, visto que com muitos
estudos ao longo dos anos a
ciência chegou na tecnologia
ideal para o cultivo indoor: o
LED.
Não é porque ele está em
nosso nome, mas ele é o me-
lhor quando se fala em tec-
nologia de ponta para cultivo
indoor. Diferente do HQI e
HPS, o LED oferece um es-
pectro de luz completo con-
tendo todas as cores.
Se você já pesquisou sobre
cultivo indoor, deve ter lido
em algum lugar o termo full
spectrum, ele se refere justa-
mente a essa vantagem que
os painéis de LED oferecem.

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Agora que já entendemos sobre o espectro da luz, vamos co-


nhecer alguns pontos chave que é bacana todo cultivador co-
nhecer quando o assunto é iluminação:

Lúmen - Ele é a medida de fluxo luminoso visível que uma


lâmpada emite, o que a visão humana enxerga, ou seja, a luz
como a vemos.
É importante ressaltar aqui que essa medição serve apenas
para identificar essa luz visível, e não é correto se referir à
luz emitida por painéis de LED com lúmens, pois a luz visível
por mais forte que seja não é parâmetro para garantir que
são o necessário para serem absorvidas pela planta.

Fótons - Eles são partículas elementares que compõem a luz,


realizam o seu transporte pelo espaço e não possuem massa.

PAR - A onda PAR, que significa Photosynthetically Active Ra-


diation ou Radiação Fotossintética Ativa em bom português,
é a definição da faixa de luz necessária para a planta realizar
a fotossíntese, abrangendo comprimentos de onda que vão
de 400 a 700 nanômetros.
Um painel de LED para cultivo indoor precisa emitir uma luz
que faça a cobertura completa do PAR para que a planta se
desenvolva completamente.

PPF - Significa Photosynthetic Photon Flux ou Fluxo de Fó-


tons Fotossinteticamente Ativos.
Ele é a medida que define a quantidade de ondas PAR que um
painel de LED emite, sendo definido em μmol/s (micromol
por segundo).

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PPFD - Já o Photosynthetic Photon Flux Density ou Densidade


de Fluxo de Fótons Fotossinteticamente Ativos, mede a quan-
tidade exata de fótons nas ondas PAR que realmente chegam
até a planta para que ela os absorva e realize sua fotossíntese.
O PPFD é medido em μmol/m² (micromol por metro quadra-
do). Vale lembrar aqui que ele é relativo e vai depender das
condições do espaço e distância do painel da planta.

O LM301H - Especialmente projetado para plantas, o LM301H


é um chip desenvolvido pela SAMSUNG, sendo a tecnologia
mais avançada disponível no mercado para cultivo indoor
hoje. São full spectrum, oferecendo todas as ondas de luz
necessárias para o desenvolvimento da planta e possuindo o
melhor desempenho em ondas PAR e PPF.
Além de ser muito mais econômico e com vida útil maior
comparado com outras tecnologias como o HQI e o HPS.

Todos os painéis desenvolvidos pela LEDS INDOOR utilizam


chips SAMSUNG LM301H.

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6.2 - Fotoperíodo da Planta

Agora que já sabemos o essencial sobre a iluminação, pode-


mos passar para o fotoperíodo. Basicamente, ele correspon-
de ao período em que a cannabis deve ficar exposta à luz e
escuridão diariamente para se desenvolver.
Executar esse processo corretamente é importante pois as fa-
ses da planta são reguladas pela quantidade de luz que ela re-
cebe. A cannabis é conhecida como uma planta de dia curto,
quando ela cresce na natureza são as mudanças das estações
que definem quando ela deve mudar da fase vegetativa onde
apenas cresce (primavera/verão), para a fase de floração (ou-
tono/inverno), quando brotam os desejados buds.

Anota aí, a cannabis necessita dos seguintes fotoperíodos em


cada fase:

Fase vegetativa - 18 horas de luz


A maior parte dos cultivadores vegeta suas plantas entre 4 e
8 semanas, porém ela pode durar a partir de 3 semanas de-
pendendo de suas condições. Esse tempo de luz vale também
para germinação ou clonagem da cannabis.

Fase de floração - 12 horas de luz


Quando você quer induzir a planta para florir no cultivo in-
door é só mudar de 18 para 12 horas diárias de luz, a can-
nabis entende como uma “mudança de estação” e começa a
produzir as flores.

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7. Temperatura e umidade
A cannabis é uma planta que cresce bem em climas diversos,
porém quando se está cultivando ela na intenção das flores
este é mais um ponto de atenção que o cultivador não pode
se esquecer se não quiser ter a planta prejudicada.

Começando pela temperatura, o ideal para o cultivo deve ser


entre 21ºC e 29ºC, se ela subir ou cair demais a cannabis in-
terrompe seu desenvolvimento, deixando de crescer ou pro-
duzir flores, focando sua energia apenas em sobreviver.

O ar condicionado é a solução ideal mais indicada para man-


ter essas temperaturas, visto que moramos em um país tro-
pical onde facilmente chegamos à casa dos 40ºC, e nenhum
cultivador vai querer suas plantas sofrendo com temperatu-
ras tão elevadas.

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Para quem não tem condições de fornecer um ar condiciona-


do para seu cultivo, as saídas são criativas. Desde ventilado-
res a garrafas pet congeladas dentro da estufa podem ajudar
a diminuir o calorão, rápidas pesquisas no google trazem al-
gumas soluções.

Agora vamos falar de umidade. Na fase vegetativa, o ideal


é que ela varie entre 70º e 80º de umidade relativa do ar, já
na fase de floração, para não correr risco de mofar, o cultivo
deve possuir uma umidade relativa entre 40º e 50º.

Se for necessário diminuir a umidade do cultivo, pode ser


utilizado um desumidificador, aquele famoso potinho que
utilizam para evitar mofo dentro de armários, etc.

Agora se a umidade precisa ser elevada, um umidificador de


ar pode resolver essa questão. Outras opções para quem quer
economizar é borrifar sprays de água no ar do cultivo ou a
famosa técnica dos panos molhados.

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8. Rega, pH e fertilizantes

8.1 - Rega e pH da água:

Hora de regar as bonitas! É fato que a quantidade e frequên-


cia de regar a cannabis depende do ambiente, fase de desen-
volvimento da planta, tamanho do vaso, etc.

Portanto, o primeiro erro a ser evitado aqui é dar água de-


mais, isso enfraquece a planta e dificulta a sua absorção de
nutrientes. O ideal é sempre regar novamente quando a terra
estiver quase seca, pois muitas vezes um pouco de solo seco
é bom para o desenvolvimento da planta, vai do cuidado do
cultivador. Nesse cuidado não é bom um solo encharcado de-
mais ou seco demais, é bom se lembrar.

Ao ser regada, a cannabis absorve mais alguns nutrientes do


que outros conforme o pH da água. O ideal é que em uma es-
cala de acidez a alcalinidade do pH esteja entre 5,8 e 6,8 para
que a planta possa absorver todos os nutrientes.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Para controlar o nível de pH da água é necessário possuir um


medidor. Conforme forem os resultados, é possível utilizar
soluções para aumentar ou diminuir o pH, alcançando assim
os níveis ideais.
Lembrete importante: a rega é um exercício de paciência.
Ela deve ser feita com calma e colocando a água aos poucos
para que a terra a absorva melhor, se você colocar a água toda
de uma vez ela pode se concentrar em determinados pontos
da terra e escoar rápido demais para o fundo do vaso, não
umedecendo o solo como realmente deveria.

8.2 - Fertilizantes:

A cannabis necessita de vários nutrientes para crescer e se de-


senvolver com vigor desde seu início até a sua floração. Den-
tre os compostos básicos que os fertilizantes devem fornecer,
temos como principais os macronutrientes: nitrogênio (N),
fósforo (P) e potássio (K), que geralmente vem identificados
nas embalagens como NPK. Outros nutrientes importantes
para o cultivo, são os micronutrientes: magnésio (Mg), enxo-
fre (S) e o cálcio (Ca), entre outros que também contribuem
para que a planta seja sadia.

Deve-se prestar muita atenção no quanto de fertilizante vai


para o cultivo, cada marca possui suas recomendações e ta-
belas que guiam a quantidade, como e quando dar os fertili-
zantes. No mercado encontramos opções para fases diferen-
tes da planta e fins específicos, como induzir a flores mais
cheirosas ou com mais resina, ou com ambos, cada cultiva-
dor vai decidir como realizar esse fornecimento de nutrien-
tes para a cannabis.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Muitas vezes apenas o excesso ou falta de um único nutriente


pode acarretar em sinais que a cannabis apresente, fora que
outros fatores do cultivo que não são relacionados ao forneci-
mento de nutrientes também podem resultar na planta apre-
sentando os mesmos comportamentos, por isso é importan-
te conhecer bem o seu cultivo.

Observe abaixo uma representação de alguns sinais que a


cannabis pode apresentar em suas folhas:

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9. Colheita, secagem e cura


9.1 - Colheita

A hora de colher as flores é muito aguardada, nesta fase é


bom possuir uma pequena lupa para observá-las de perto.

O que define o momento certo de colher é a aparência dos tri-


comas. De tamanho quase que microscópico, eles são glân-
dulas de resina translúcida parecidas com pelinhos, algumas
com formato de cogumelo e que crescem sobre as flores e
folhas da planta.

Quando imaturos, eles são cristalinos e brilhantes, com o pas-


sar das semanas, como consequência da oxidação vão fican-
do esbranquiçados e por fim com uma cor âmbar, como um
laranja escuro, é nesta fase que os buds estão prontos para
serem colhidos.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

A partir desse momento, se não for feita a colheita, o THC


(composto mais psicoativo) contido em seu maior estágio na
flor, passa a se converter em CBN (composto mais medici-
nal), por isso é fundamental observar para definir a qualida-
de final desejada.

Outra forma de saber se a colheita está próxima é observar


a coloração dos pistilos. O que indica isso é quando cerca de
80% deles também estão nas cores âmbar/marrom. Porém, o
ideal é que a colheita se baseie na observação dos tricomas.

Quanto ao corte, dependendo do tamanho da planta, deve-se


iniciar cortando todos os galhos e, na sequência, com cuida-
do, dividir os ramos em botões. Desta parte em diante eles
vão para secagem e posteriormente para a cura.
Realize esses procedimentos sempre em local higienizado e
com a utilização de luvas, assegurando a máxima conserva-
ção de suas delicadas flores.

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9.2 - Secagem e cura

Existem duas formas de realizar a secagem da cannabis:

- Cesta de secagem: nela você separa os buds e coloca nos an-


dares da cesta para secar.
- Pendurar a planta de cabeça para baixo no varal

A secagem depende muito da


umidade, circulação de ar e tem-
peratura do ambiente. Se houver
muito calor e baixa umidade, ela
vai secar rapidamente. Se o am-
biente estiver mais úmido e com
temperatura mais baixa, vai de-
morar um pouco mais para secar.

O ideal é que os buds levem entre


7 e 14 dias para realizar esse pro-
cesso. Se levar menos de 7 dias ela
vai ter muita clorofila, o que dará
um amargor no sabor dos buds. Se
demorar mais de 14 dias ela pode
ficar muito seca ou mofar.

O melhor cenário é fazer a seca-


gem no escuro, sem entrada de
luz no ambiente, com umidade
entre 50% e 55% e temperatura de
26ºC, acompanhado de um venti-
lador para circular o ar.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Para saber se os buds estão no ponto de secagem correto, é


necessário torcer os galhos e quando eles derem o primei-
ro “créc” é que está no ponto, antes disso eles só vão dobrar
como uma borracha.

Agora já podemos passar para a cura, pois o ideal é que a


secagem finalize nela. Nessa fase a umidade dos buds esta-
rá um pouco elevada, e com o auxílio de um controlador de
umidade (Boveda 62%), estabilizamos essa umidade quando
ela chegar em 62%, que é o ideal para a planta.

A cura deve ser feita em um pote hermético, sem entrada ou


saída de ar. Na primeira semana é importante abrir o pote 1x
por dia para a troca desse ar que está ali dentro. Passado esse
período já pode manter ele 100% fechado pois ele já estará
com a umidade controlada e não ocorrerá mais o risco de
criar mofo.

O tempo de cura ideal varia de grower para grower e as con-


dições de cada um, mas podemos estabelecer esse período
numa média de um mês.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Finalizando esse processo, é hora de celebrar!

Você germinou, plantou, regou, acompanhou todas as fases


de crescimento da sua planta, colheu, secou e curou seus
buds. Agora já pode desfrutar de sua primeira colheita.

Catch a fire,
my friend!

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

10. Bem-vindo ao Universo LEDS INDOOR


Nós somos a LEDS INDOOR, marca que nasceu em 2018 com
a missão de oferecer produtos de alta performance no culti-
vo indoor, com um atendimento de qualidade e empatia com
as necessidades do cliente.

Nossa visão é se consolidar no mercado oferecendo linhas de


equipamentos de fabricação própria com qualidade de ponta
a ponta. Acompanhados de nossos valores que são o relacio-
namento com o cliente, comunicação transparente e quali-
dade nos produtos e informações, sendo uma referência de
confiança na área.

www.LEDSINDOOR.com.br
@ledsindoor (11) 9.7407-0207

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Este guia de cultivo está amparado


pelo artigo 5º da Constituição Federal
do Brasil, onde é garantido o direito
de liberdade de expressão.

Seu conteúdo busca trazer


informações relacionadas à planta
cannabis e seus meios de plantio.
Mesmo que hoje o país ainda viva
uma realidade proibicionista, é
inegável o reconhecimento cada vez
maior de seu uso medicinal, onde os
avanços da ciência e as atualizações
de normas reguladoras já permitem
o plantio e a utilização da cannabis
medicinal em tratamentos de diversas
doenças. Portanto, esse material visa
facilitar o acesso à informação, visto
que este é um direito de todos.

#LegalizeJá!

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