Manual Normas Atendimento Ccs Final

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

NORMAS DE ATENDIMENTO
À CRIANÇA SADIA E
À CRIANÇA EM RISCO

MOÇAMBIQUE, 2021
FICHA TÉCNICA

Título:
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO
2ª Edição (2021)

Consultora das Normas: Natércia Fernandes

Colaboradores:
Gizela Azambuja (DSMC/MISAU), Marla Amaro (Nutrição/MISAU), Arla Alfândega (DSMC/MISAU),
Nelice Mate (DSMC/MISAU), Irene Rungo (DSMC/MISAU), Basília Vaz (PAV/MISAU),
Cândido Começar (Nutrição/MISAU), Elda Famba (Nutrição/MISAU), Kátia Mangujo (Nutrição/MISAU),
Lucinda Manjama (Nutrição/MISAU), Helga Guambe (PNC-ITS,HIV/SIDA/MISAU),
Kwalila Tibana (PNC-ITS,HIV/SIDA/MISAU), Teresa Beatriz Simione (PNC-ITS,HIV/SIDA/MISAU),
Nélia Mutisse (OMS), Benilde Soares (UNICEF), Marta Chemane (UNICEF), Patrícia Pérez Martin
(EGPAF), Criménia Muthemba (PNPT/MISAU), Ana Rosa Araújo (Fundação Ariel Glaser),
Melanie Picolo (PATH), Svetlana Drivdal (PATH), Iracema Barros (PATH), Joaquim Brandão (PATH).
Maquetização:

Impressão:

Tiragem: 5000 exemplares

Financiamento: Esta publicação foi financiada pela Organização Mundial da Saúde


(OMS), Moçambique. O seu conteúdo não reflecte necessariamente a visão da OMS.
Índice

Acrónimos e Abreviaturas .............................................................................. 05


Lista de tabelas ............................................................................................. 07
Lista de figuras .............................................................................................. 08
Prefácio ......................................................................................................... 09

CAPÍTULO 1: ATENÇÃO À CRIANÇA SADIA: ATENÇÃO À CRIANÇA SADIA 11

Introdução ..................................................................................................... 13
1. Fluxo de atendimento à criança sadia ........................................................ 13
2. História clínica e exame objectivo .............................................................. 18
3. Avaliação do crescimento .......................................................................... 20
4. Desenvolvimento Psico-motor ................................................................... 30
5. Alimentação da Criança ............................................................................. 37
6. Calendário vacinal ..................................................................................... 41
7. Suplementação com Vitamina A ................................................................ 44
8. Desparasitação ......................................................................................... 45
9. Monitoria e Avaliação ................................................................................ 46
10. Educação Sanitária .................................................................................. 46

CAPÍTULO 2: ATENÇÃO À CRIANÇA EM RISCO 49

Introdução ..................................................................................................... 51
1.Organização da CCR ................................................................................. 51
2. Actividades no atendimento da criança em risco ....................................... 53
3. Criança exposta ao HIV ............................................................................. 54
4. Criança exposta à Sífilis ............................................................................. 63
5. Criança em contacto com tuberculose pulmonar ...................................... 68
6. Criança com crescimento insuficiente ou desnutrição ............................... 84
7.Crianças com peso inferior a 2500 gramas à nascença, gémeos, crianças
com desmame antes dos 12 meses de idade e/ou em aleitamento artificial 94
8.Crianças órfãs e vulneráveis ....................................................................... 95
9. Promoção de bom desenvolvimento psicomotor para a criança na CCR .. 96
10. Monitoria e Avaliação .............................................................................. 103
Bibliografia consultada .................................................................................. 105
Anexos .......................................................................................................... 107
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 5

Acrónimos e Abreviaturas

AME Aleitamento Materno Exclusivo


APE Agente Polivalente Elementar
ASUP Alimento Suplementar Pronto para Uso, mais conhecido por Plumpy’sup
ATPU Alimento Terapêutico Pronto para Uso, mais conhecido por Plumpy´nut
ATS Aconselhamento e Testagem em Saúde
ARO Alto Risco Obstétrico
ARV Anti-retrovirais
AZT Zidovudina
BCG Bacilo de Calmette e Guérin (Vacina contra a Tuberculose)
CACUM Carcinoma do Colo do Útero e da Mama
CCD Consulta da Criança Doente
CCR Consulta da Criança em Risco
CCS Consulta da Criança Sadia
CI Crescimento Insuficiente
CPN Consulta Pré-natal
CPP Consulta Pós-parto
CS Centro de Saúde
CSB-Plus Mistura de milho e soja enriquecida com vitaminas e minerais
CSC Cartão de Saúde da Criança
CTZ Cotrimoxazol
DAG Desnutrição Aguda Grave
DAM Desnutrição Aguda Moderada
DP Desvio Padrão
DPM Desenvolvimento Psico-Motor
ESMI Enfermeira de Saúde Materno-Infantil
HIV Vírus de Imunodeficiência Humana
INH Isoniazida
IMC Índice de Massa Corporal
MNP Micronutrientes em pó
NID Número de Identificação
NVP Niverapina
6 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

OCB Organização Comunitária de Base


ODS Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
OMS Organização Mundial Da Saúde
PAV Programa Alargado de Vacinação
PB Perímetro Braquial
PC Perímetro Craniano
PCR Reacção da Cadeia da Polimerase
PF Planeamento Familiar
POC Point-of-care
PRN Programa de Reabilitação Nutricional
PTV Prevenção da Transmissão Vertical
RN Recém-nascido
RPR Rapid plasma reagin
SIS-MA Sistema de Informação de Saúde para Monitoria e Avaliação
SMI Saúde Materno-Infantil
SRO Soro de Rehidratação Oral
SMX Sulfametoxazol
TARV Tratamento Antiretroviral
TB Tuberculose
TPT Tratamento Preventivo de Tuberculose
TMP Trimetropim
TR Teste Rápido
US Unidade Sanitária
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 7

Lista de tabelas

Tabela 1. Evolução do peso na criança 21


Tabela 2. Evolução do comprimento/altura na criança 21
Tabela 3. Índices e parâmetros de classificação da DAG e DAM 26
Tabela 4. Avaliação da gravidade do edema bilateral 27
Tabela 5. Erupção dentária dos 6 meses aos 21 anos 29
Tabela 6. Resumo das recomendações básicas de saúde oral 29
Tabela 7. Alimentação da criança dos 0 aos 24 meses 38
Tabela 8. Dosagem profiláctica de Vitamina A 44
Tabela 9. Dosagem e posologia de Mebendazol e Albendazol 45
Tabela 10. Dosagens de AZT e NVP para profilaxia reforçada da
criança exposta ao HIV 56
Tabela 11. Dosagem de Cotrimoxazol profiláctico 57
Tabela 12. Escolha do regime de TPT de acordo com a idade da
criança e o tipo de TB do caso fonte 71
Tabela 13. Dosagem de Isoniazida para crianças em TPT 72
Tabela 14. Dosagem de Piridoxina para crianças em TPT 72
Tabela 15. Graus de toxicidade hepática da Isoniazida 73
Tabela 16. Graus de neuropatia periférica 74
Tabela 17. Dosagem de 3HP para TPT para crianças de 10-29,9 Kg 75
Tabela 18. Dosagem de 3HP para TPT para crianças de ≥ 30 Kg 75
Tabela 19. Conduta para hepatotoxicidade pelo 3HP, segundo o
valor das transaminases 76
Tabela 20. Outras reacções adversas ao 3HP 77
Tabela 21. Dosagem de Levofloxacina para crianças em TPT 80
Tabela 22. Dosagem de albendazol e mebendazol 86
Tabela 23. Dosagem de Amoxicilina para crianças com DAG 87
Tabela 24. Dosagem de Vitamina A para crianças com DAG 87
Tabela 25. Quantidade de saquetas de ATPU para das
6 refeições/dia, por criança com DAG 87
Tabela 26. Quantidade de CSB-Plus, por criança com DAM 89
Tabela 27. Suplementos usados no tratamento da criança com DAM 90
8 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Lista de figuras

Figura 1. As curvas de crescimento no cartão de saúde da criança 22


Figura 2. Tipos de crescimento da criança 23
Figura 3. Medição do comprimento da criança 24
Figura 4. Medição da altura na criança 24
Figura 5. Cálculo do índice de massa corporal 25
Figura 6. Medição do perímetro braquial 25
Figura 7. Medição do Perímetro craniano 28
Figura 8. Sequência do desenvolvimento psico-motor na criança 30
Figura 9. Cartaz dos marcos de desenvolvimento psicomotor 32
Figura 10. Cartaz de acompanhamento e estimulação do
desenvolvimento da criança 35
Figura 11. Cartaz sobre a nossa alimentação 39
Figura 12. Cartaz de alimentação complementar 40
Figura 13. Vacinas e profilaxias para a criança 42
Figura 14. Fluxograma da vacinação com BCG numa criança com
idade superior a 1 ano que aparece pela primeira vez na US 43
Figura 15. Evolução normal da lesão vacinal por BCG 44
Figura 16. Oferta da profilaxia para HIV em crianças nascidas fora da
maternidade 57
Figura 17. Fluxograma de seguimento da criança exposta ao HIV na CCR 61
Figura 18. Classificação do RN exposto a sífilis 65
Figura 19. Rastreio da tuberculose na criança e no adolescente 70
Figura 20. Algoritmo de seguimento de criança de 0-14 anos em
contacto com TB sensível 78
Figura 21. Algoritmo de seguimento da criança em contacto com TB resistente 81
Figura 22. Fluxograma da criança com DAM 91
Figura 23. Fluxograma da criança com crescimento insuficiente 93
Figura 24. Recomendações para cuidados para o desenvolvimento da criança 99
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 9

Prefácio

A
mortalidade infantil constitui um dos indicadores mais sensíveis de desenvolvimento de um país,
para além de informar sobre as suas prioridades e valores. A sobrevivência das crianças com idades
entre 0-5 anos, tem sido uma grande preocupação de saúde pública em muitos países africanos.
Os últimos 20 anos, a nível global, foram testemunhados progressos notáveis na sobrevivência infantil,
graças, por um lado, às intervenções eficazes em saúde pública e, por outro, a melhores desempenhos
nos campos económico e social, em todo o mundo. Contudo, morrem anualmente cerca de 10,6 milhões
de crianças, 4,6 milhões das quais no continente africano sendo que a maioria das mortes deve-se a um
reduzido número de problemas comuns, evitáveis e tratáveis.
Moçambique não constitui excepção em relação ao panorama mundial, e apesar de nas últimas décadas
ter-se registado uma redução contínua das taxas de mortalidade neonatal, infantil e infanto-juvenil, essas
taxas continuam ainda bastante altas. De acordo com o IDS de 2011, a taxa de mortalidade neonatal é de
30 por 1000 nascidos vivos, a de mortalidade infantil de 64 por 1000 nascidos vivos e a de mortalidade
infanto-juvenil de 97 por 1000 nascidos vivos. No entanto, a nível provincial existem grandes disparidades
nessas taxas, sendo as províncias da região norte as que apresentam as taxas mais elevadas.
Para o alcance das metas definidas nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a redução
da Mortalidade Neonatal e Infantil, em Moçambique, passa obrigatoriamente pela melhoria do acesso e
da qualidade dos serviços de saúde, incluindo um sistema de referência funcional, o aumento de pessoal
técnico de qualidade no sector, assim como por um maior envolvimento da comunidade. Em Moçambique,
apesar da maior parte das intervenções necessárias para reduzir a mortalidade neonatal e infantil estarem já
a ser implementadas, é necessária a aceleração dos esforços para a expansão das mesmas à uma escala
maior, por forma a que possam ter o máximo de impacto no alcance das metas preconizadas nos ODSs.
É neste contexto, face à realidade do País e das suas actuais evidências, que foram elaboradas estas
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO, que fornecem um pacote
de cuidados preventivos e curativos, não apenas para o acompanhamento e manutenção do estado de
saúde das crianças em fase de crescimento, como também para a atenção às crianças em risco. Assim,
este documento será um instrumento valioso para o acompanhamento do progresso das acções na área
da saúde infantil, através da detecção precoce e manejo adequado das alterações de crescimento e
desenvolvimento, a detecção de problemas de saúde e de doenças preveníveis e a orientação para o seu
manejo e/ou tratamento eficaz, bem como na identificação, orientação, apoio e acompanhamento de todas
as situações que coloquem a criança em risco. As presentes normas são dirigidas a todos profissionais
de saúde, de diferentes níveis, que cuidam das crianças e pretende-se que as mesmas contribuam para
a melhoria dos aspectos teóricos, técnicos e práticos necessários para que o profissional de saúde possa
dedicar maior atenção à saúde da criança. O MISAU agradece todos os que contribuíram na elaboração
e revisão destas ‘’NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO’’ e que
não pouparam esforços para manter os altos padrões de qualidade das informações nelas contidas.

O Ministro da Saúde

Prof. Doutor Armindo Daniel Tiago


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 11

CAPÍTULO 1
ATENÇÃO À
CRIANÇA SADIA
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 13

Introdução
Esta consulta é para as crianças saudáveis, isto é, crianças que não apresentam nenhum sinal ou sintoma
de doença. Nesta consulta, os dados antropométricos das crianças são avaliados, as crianças são
vacinadas, fazem suplementação com vitamina A, profilaxia para desparasitação, verifica-se o estado de
saúde, o crescimento e desenvolvimento, os pais/cuidadores recebem conselhos para a promoção da
saúde e prevenção das doenças e são oferecidos todos os cuidados que a criança necessita para crescer
bem. Esta consulta serve também para identificar e referir crianças que estejam numa situação de risco ou
que tenham algum problema de saúde.

1. Fluxo de atendimento à criança sadia

As consultas da criança sadia concentram-se principalmente nos cinco primeiros anos de vida, sendo que
o período de maior risco de saúde da criança é até aos dois anos. No primeiro ano de vida, as consultas
são mensais devem coincidir com as vacinações, sendo que a primeira consulta deve ser feita depois da
alta da Consulta Pós-natal, a partir dos 29 dias de vida da criança. No segundo ano, as consultas devem
ser bimestrais, do terceiro ao quinto ano semestrais. Do quinto ao décimo quarto ano as consultas devem
ser anuais.

1.1. Principais actividades a serem realizadas na consulta:


¡ Avaliação do crescimento;
¡ Avaliação do desenvolvimento psicomotor;
¡ Realização de exame físico completo;
¡ Promoção do cumprimento do calendário vacinal;
¡ Orientação sobre a alimentação adequada da criança;
¡ Prevenção das deficiências em micronutrientes;
¡ Suplementação com Vitamina A e desparasitação;
¡ Educação sanitária individual;
¡ Rastreio de factores de risco para a CCR;
¡ Recomendações sobre o planeamento familiar.
14 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Em cada consulta lembrar sempre de:


¡ Verificar sinais e sintomas de perigo;
¡ Aconselhar a mãe sobre planeamento familiar;
¡ Fazer rastreio da tuberculose;
¡ Fazer rastreio da sífilis;
¡ Verificar o estado serológico (HIV), e em caso de seroestado desconhecido,
oferecer aconselhamento e testagem para HIV.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 15

Alimentação
Exame Desenvolvimento
Idade

Crescimento Vacinas Suplementos Aconselhamento e


Físico/destaques Psico-motor
Educação Sanitária
Peso BCG Exame físico completo, Reflexo de Moro? AME, Higiene, Estimule a
Recém-nascido

Perímetro Pólio 0 Despiste de malformações, Reflexo de sucção? troca de olhares;


Craniano Icterícia Tónus, Umbigo, Atenção ao choro do bebé,
Mãos fechadas?
Estatura Fontanela, Irritabilidade, Registo de nascimento,
Dentes neonatais e freio
Próximas vacinas
lingual
Peso Exame físico completo, Reflexo de Moro? AME, Higiene,
Despiste de Reflexo de sucção? Posição ao deitar
3 dias

malformações, Icterícia Mãos fechadas? Atenção ao choro do bebé,


Tónus, Umbigo, Estimule a troca de olhares;
Fontanela, Irritabilidade Próximas vacinas
Peso Exame físico completo, Reflexo de Moro? AME, Higiene,
Despiste de Reflexo de sucção? Posição ao deitar
7 dias

malformações, Icterícia Mãos fechadas? Atenção ao choro do bebé,


Tónus, Umbigo, Estimule a troca de olhares;
Fontanela, Irritabilidade Próximas vacinas
Peso Exame físico completo, Segue com o olhar? AME, Higiene, Posição ao
Estatura Despiste de malformações, Sorri? deitar, Próximas vacinas
1 mês

Perímetro Sinais vitais, Umbigo; Abre as mãos?


Craniano Tónus, Irritabilidade;
Fontanela.

Peso Pólio 1, Exame físico Segue com o olhar? AME, Higiene,


2 meses

Estatura Rota vírus, completo, Sorriso social? Próximas vacinas


Perímetro DPT+ Despiste de Abre as mãos?
Craniano Hep B+ malformações.
HiB, PCV
Peso Pólio 2, Exame físico completo, Sustenta a cabeça? AME, Higiene,
Rota vírus,
3 meses

Estatura Atenção: Anemia Segue com o olhar? Próximas vacinas


Perímetro DPT+ Reage aos sons
Craniano Hep B+ suaves? Brinca com
HiB as mãos abertas?
Peso Pólio 3, Exame físico completo, Sustenta a cabeça? AME, Prevenção e
4 meses

Estatura DPT + Hep Atenção: Anemia Pega objectos? tratamento das diarreias,
Perímetro B+ Reage aos sons? Próximas vacinas
Craniano HiB, PCV,
IPV
Peso Vitamina A Exame físico completo, Senta com apoio? AM e introdução de novos
Estatura 100.000 UI Erupção primeiros dentes Galreia? alimentos e educação sobre
6 meses

Perímetro Atenção: Anemia como preparar os alimentos,


Craniano Ouvidos / audição Higiene, Afecto, Prevenção de
acidentes, Dentição
Próximas vacinas
Peso Sarampo Exame físico completo, Senta sem apoio? AM e Alimentação
Estatura Rubéola Atenção: Anemia Ouve? Põe-se de pé complementar adequada e
9 meses

Perímetro PCV Edemas com apoio? Segura e responsiva (introdução de


Craniano (reforço) Ouvidos / audição Leva à boca um novos alimentos), Alerta para
pedaço de pão? os principais erros alimentares,
Estrabismo? Higiene oral, Prevenção de
acidentes, Próximas vacinas
Peso Vitamina A Exame físico completo, Anda com apoio? AM. Apartir dos 12 meses deve
Estatura 200.000 UI Atenção: Anemia Diz alguma palavra?
12 meses

fazer alimentação da família


Perímetro Mebendazol Abdómen/ parasitoses Preensão digito-
Craniano adequada a idade, Alerta para
500 mg Edemas polegar? os principais erros alimentares,
Ouvidos / audição
Higiene oral, Prevenção de
Peso Exame físico completo, Anda sozinha? Acidentes, Próximas vacinas
15 meses

Estatura Atenção: Anemia Usa 6 palavra?


Perímetro Abdómen/ parasitoses
Craniano Edemas
Ouvidos / audição
Peso Sarampo, Vitamina A Exame físico completo Sobe escadas com AM e alimentação adequada:
Estatura Rubéola 200.000 UI Atenção: Anemia ajuda? Relacionamento com a família
18 meses

Perímetro Mebendazol Abdómen, Endemas Come com colher? e amigos: Aprendizagem de


Craniano 500 mg Ouvidos/ Audição Bebe com copo? regras e rotinas do dia a dia;
Higiene oral, Prevenção de
Acidentes, Próxima consulta
16 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Peso Exame físico completo Corre? AM e alimentação adequada:


Estatura Atenção: Anemia Come com colher? Relacionamento com a família e
21 meses

Perímetro Abdómen, Endemas Bebe com copo? amigos: Aprendizagem de


Craniano Ouvidos/ Audição regras e rotinas do dia a dia
Higiene oral: Prevenção de
Acidentes, Próxima consulta
Peso Vitamina A Exame físico completo Corre? AM e alimentação adequada:
24 meses

Estatura 200.000 UI Atenção: Anemia Diz de 2 a 3 palavras? Relacionamento com a família e


Perímetro Mebendazol Abdómen, Ouvidos Usa bem a colher? amigos: Higiene oral, Prevenção
Craniano 500 mg Endemas de Acidentes, Próxima consulta
Peso Vitamina A Exame físico completo Assinala 4 a 6 partes AM e alimentação adequada:
Estatura 200.000 UI Atenção:Anemia do corpo? Relacionamento com a família
30 meses

Mebendazol Abdómen, Ouvidos Cumpre as ordens? e amigos: Higiene oral,


500 mg Endemas Controle esfincteriano? Prevenção de Acidentes,
Próxima consulta
Peso Vitamina A Exame físico completo Salta nos 2 pés? Alimentação adequada:
Estatura 200.000 UI Atenção:Anemia Diz *eu*? Relacionamento com a família e
36 meses

Mebendazol Abdómen, Ouvidos Copia um círculo? amigos: Brincar, desenhar,


500 mg Endemas Sabe o seu nome e estimular a criatividade.
o seu sexo? Higiene oral, Prevenção de
Visão?Audição? Acidentes, Próxima consulta
Peso Vitamina A Exame físico completo Alimentação adequada:
42 meses

Estatura 200.000 UI Atenção: Anemia Relacionamento com a família e


Mebendazol Abdómen, Ouvidos amigos: Brincar, desenhar,
500 mg estimular a criatividade.
Higiene oral, Prevenção de
Peso Vitamina A Exame físico completo Fica e salta num pé?
48 meses

Acidentes, Próxima consulta


Estatura 200.000 UI Atenção: Anemia Copia um quadrado?
Mebendazol Abdómen, Ouvidos Conhece 4 cores?
500 mg Garganta Socializa?
Peso Vitamina A Exame físico completo Alimentação adequada:
54 meses

Estatura 200.000 UI Atenção: Anemia Relacionamento com a família e


Mebendazol Abdómen, Ouvidos amigos: Brincar, desenhar,
500 mg Garganta estimular a criatividade.
Higiene oral, Preparação da
Peso Vitamina A Exame físico completo Veste sozinho?
entradapara a escola;
60 meses

Estatura 200.000 UI Atenção: Anemia Conta até 5?


Registo de Nascimento,
Mebendazol Abdómen, Ouvidos Copia um triângulo?
Próxima consulta
500 mg Garganta Socializa?
Peso VAT Albendazol Exame físico completo Socializa?
Estatura (1ª CLASSE) 400 mg Atenção: Anemia Aproveitamento
6 anos

Garganta/boca escolar?
Pele (sarna, tinha)
Epilepsia
Peso VAT Albendazol Exame físico completo Socializa?
Estatura (2ª CLASSE) 400 mg Atenção: Anemia Aproveitamento
7 anos

Garganta/boca escolar? Alimentação adequada:


Pele (sarna, tinha) Relacionamento com a
Epilepsia família e amigos: Higiene oral,
Peso Albendazol Exame físico completo Socializa? Saneamento de meio
Estatura 400 mg Atenção: Anemia Aproveitamento Exercícios físicos,
8 anos

Garganta/boca escolar? Próxima consulta


Pele (sarna, tinha)
Epilepsia
Peso Albendazol Exame físico completo Socializa?
Estatura 400 mg Atenção: Anemia Aproveitamento
9 anos

Garganta/boca escolar?
Pele (sarna, tinha)
Epilepsia
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 17

Peso Albendazol Exame físico completo Socializa?


Estatura 400 mg Atenção: Anemia Aproveitamento
10 anos

Sal Ferroso Garganta/boca escolar?


(rapariga) Pele (sarna, tinha)
1 comp por Epilepsia
semana Alimentação adequada:
Relacionamento com a família
Peso Albendazol Exame físico completo Socializa?
e amigos: Higiene oral;
Estatura 400 mg Atenção: Anemia Aproveitamento
Saneamento de meio,
11 anos

Sal Ferroso Garganta/boca escolar?


Exercícios físicos,
(rapariga) Pele (sarna, tinha)
Consumo de bebidas alcoólicas
1 comp por Epilepsia
e fumar é prejudicial a saúde,
semana
Educação sexual,
Peso Albendazol Exame físico completo Socializa? Próxima consulta
Estatura 400 mg Atenção: Anemia Aproveitamento
12 anos

Sal Ferroso Garganta/boca escolar?


(rapariga) Pele (sarna, tinha)
1 comp por Epilepsia
semana
Peso Albendazol Exame físico completo Socializa?
Estatura 400 mg Atenção: Anemia Aproveitamento Alimentação adequada:
13 anos

Sal Ferroso Garganta/boca escolar? Relacionamento com a família


(rapariga) Pele (sarna, tinha) e amigos: Higiene oral;
1 comp por Epilepsia
semana Saneamento de meio,
Peso Albendazol Exame físico completo Socializa? Exercícios físicos,
Estatura 400 mg Atenção: Anemia Aproveitamento Consumo de bebidas alcoólicas
14 anos

Sal Ferroso Garganta/boca escolar? e fumar éprejudicial a saúde,


(rapariga) Pele (sarna, tinha) Educação sexual,
1 comp por Epilepsia Próxima consulta
semana

1.2. Centros fixos


Referem-se aos Centros e Postos de Saúde com atendimento permanente. As tarefas descritas na tabela
acima constituem uma meta que deve ser alcançada.

1.3. Brigadas móveis


Nas zonas rurais atendidas por equipas móveis, o calendário deverá ser mais flexível e reduzido, segundo
o programa de deslocações, que deve ser bem planificado e coordenado com os actores comunitários.
Estes devem garantir a mobilização, a divulgação dos locais de concentração e as datas previstas,
permitindo a racionalização do tempo da população e do pessoal de saúde.
18 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

2. História clínica e exame objectivo

2.1. Anamnese:
É a informação breve, colhida sobre o estado de saúde da criança e rastreio de situações de risco,
nomeadamente:
¡ História clínica da criança;
¡ História pré-natal;
¡ Consultas pré-natais;

¡ História perinatal;
• Tipo de parto, local de parto, índice de Apgar, idade gestacional, peso à nascença,
patologia neonatal, PTV;
¡ Estado de saúde da mãe (ex: contacto com tuberculose, estado de nutrição, etc);
¡ História familiar, situação social.

Em cada consulta perguntar:


¡ Se a criança esteve doente ou está doente?
¡ Se a criança foi a consulta ou foi internada? Quando?
¡ Se a criança fez ou faz alguma medicação?
¡ Se a criança fez ou faz algum tratamento tradicional?
¡ Sobre o apetite e os hábitos alimentares da criança?
¡ Sobre o progresso no desenvolvimento?
¡ Se alguém na família tem sintomas ou foi diagnosticado com tuberculose?

2.2. Exame objectivo: Deve se realizar um exame físico cuidadoso a todas as


crianças

Atenção: A criança deve ser examinada sem roupa!!!

Exame geral
¡ Estado geral;
¡ Sinais gerais de perigo (consegue beber ou mamar, vomita tudo o que come, convulsões,
letárgico ou inconsciente);
¡ Estado nutricional e de hidratação (emagrecimento visível, sinal da prega cutânea, presença
de edema);
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 19

¡ Estado da pele (erupção, vesículas, pústulas, feridas, icterícia);


¡ Tipo de respiração (dispneia, retracção subcostal, adejo nasal);
¡ Sinais de anemia (palidez palmar, mucosas descoradas);
¡ Existência de malformações congénitas ou de massas anormais.

Exame segmentar
Cabeça
¡ Observar a consistência e pigmentação dos cabelos, couro cabeludo (tinha, impetigo);
¡ Medir o perímetro craniano (comparar com as medições anteriores; despistar hidrocefalia ou
microcefalia);
¡ Exame da fontanela (abaulada / deprimida / normal);
¡ Edema facial;
¡ Olhos (sinais de estrabismo, cataratas ou opacificação da córnea, olhos encovados, secreção
dos olhos);
¡ Ouvidos (secreção);
¡ Glândulas parótidas;
¡ Boca (lábio leporino, fenda palatina, estado da dentição-erupção dentária e carie dentária,
estomatite, candidíase, língua presa);
¡ Garganta (exsudato esbranquiçado ou amarelado, garganta eritematosa);
¡ Existência de adenopatias (gânglios no pescoço aumentados);
¡ Rigidez da nuca.

Tórax
¡ Frequência respiratória (ver tabela de respiração rápida);
¡ Tipo de respiração (retracção subcostal ou estridor em repouso);
¡ Escutar (sibilos, estridor);
¡ Existência de adenopatias (aumento dos gânglios nas axilas).

Abdómen
¡ Forma (hérnia, ascites);
¡ Palpação (órgãos aumentados, ex: hepatoesplenomegália);
¡ Sinal de prega na pele (região lateral de abdómen);
• Pele volta muito lentamente? (2 segundos ou mais);
• Lentamente? (menos de 2 segundos);
¡ Existência de adenopatias (aumento dos gânglios na virilha).
20 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Membros
¡ Observar a presença de edema;
¡ Palidez palmar.

Períneo
¡ Dermatite das fraldas;
¡ Testículos no escroto.

Coluna vertebral
¡ Procurar sinais de escoliose ou cifose.

3. Avaliação do crescimento

O crescimento constituí conjunto de alterações biológicas que implicam um aumento corporal da criança,
considerando, especialmente, a evolução do peso, estatura e perímetros. Implica divisão e aumento de
tamanho celular (hiperplasia e hipertrofia) e consequente aumento de massa corpórea que pode ser medida
em unidades tais como g/dia, kg/ano, cm/mês, cm/ano. O crescimento é, portanto, a expressão final da
saúde da criança, o resultado da interacção de factores genéticos, endócrinos, alimentares, afectivos,
infecciosos e outros. Assim, controlando o crescimento, podemos detectar precocemente situações de
carência alimentar, afectiva ou de doença.

Parâmetros de crescimento
¡ Peso;
¡ Altura/Estatura;
¡ Perímetro craniano;
¡ Perímetro Braquial;
¡ Dentição.

Índices de crescimento:
¡ Peso para a idade (P/I);
¡ Estatura /altura para a idade (E/I);
¡ Peso para a estatura/altura (P/E);
¡ Índice de Massa Corporal (IMC) para idade;
¡ Perímetro braquial (PB) para a idade;
¡ Perímetro craniano (PC) para a idade;
¡ Dentição para a idade.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 21

Na criança sadia, os valores destes parâmetros vão-se alterando duma forma regular consoante a idade.
Estas alterações são diferentes de criança para criança. A fronteira da “normalidade”, a variação normal, é uma
noção importante para a interpretação correcta do crescimento. Crianças do mesmo sexo, saudáveis, não
apresentam o mesmo peso nem a mesma estatura. Os dois parâmetros fundamentais do crescimento são
o peso e a estatura sendo que o perímetro craniano é um indicador importante do crescimento do cérebro.
Peso: Um lactente deve aumentar entre 20 e 30 gr por dia durante os primeiros 6 meses. É anormal todo
o aumento médio diário inferior a 20 gr no primeiro semestre e a 10 gr no segundo semestre de vida.

O aumento médio de peso:


¡ Primeiro trimestre de vida é de 750 gr/mês;
¡ Segundo trimestre de vida é de 600 gr / mês;
¡ Segundo semestre de vida é de 300 gr / mês;
¡ Segundo ano de vida e 200 gr/mês.

Tabela 1. Evolução do peso na criança


RN Nasce com 3300 gr (em média)
RN Nasce
10% nacom 3300 gr
primeira (em média)
semana e depois 1 20-30gr/dia nos
10% na primeira
primeiros semana e depois 1 20-30gr/dia nos
6 meses
primeiros 6 meses
1º ano de vida Duplica o peso do nascimento até aos 6 meses
1º ano de vida Duplica
Triplica oo peso
peso do
do nascimento
nascimento até
até aos
aos 612
meses
meses
Triplica o peso do nascimento até aos 12 meses
2º ano de vida Aumenta cerca de 2,5Kg por ano
2º ano de vida Aumenta cerca de 2,5Kg por ano

Pré-escolar (até aos 5 anos) Aumenta cerca de 2kg por ano


Pré-escolar (até aos 5 anos) Aumenta cerca de 2kg por ano

Escolar (dos 6-12 anos) Aumenta cerca de 3kg por ano


Escolar (dos 6-12 anos) Aumenta cerca de 3kg por ano

Adolescentes O aumento do peso depende do aumento da altura


Adolescentes O aumento do peso depende do aumento da altura

Estatura (altura e comprimento): O comprimento mede-se à criança menor de 2 anos, na posição


deitada. A altura mede-se com a criança de pé e usa-se a partir dos 2 anos.

Tabela 2. Evolução do comprimento/altura na criança


RN Nasce com 50 cm (em média)
RN Nasce com 50 cm (em média)
1º ano de vida Aumenta 25 cm da estatura ao nascimento até aos
1º ano de vida Aumenta
12 meses25 cm da estatura ao nascimento até aos
12 meses
2º ano de vida Aumenta em média 12 cm por ano
2º ano de vida Aumenta em média 12 cm por ano
Pré-escolar (até aos 5 anos) Aumenta cerca de 6-8 cm por ano
Pré-escolar (até aos 5 anos) Aumenta cerca de 6-8 cm por ano
Escolar (dos 6-12 anos) Aumenta cerca de 6 cm por ano
Escolar (dos 6-12 anos) Aumenta cerca de 6 cm por ano
Adolescentes Aumenta cerca de 10 cm por ano no período do estirão
Adolescentes Aumenta cerca de 10 cm por ano no período do estirão

Dispomos de curvas baseadas no estudo de crescimento ponderal de crianças saudáveis que nos servem
de referência.
22 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

3.1. Índices de crescimento


3.2.1. Peso para a idade
O peso para a idade é o parâmetro mais sensível aos factores patológicos, por isso, é utilizado como
parâmetro principal da avaliação do crescimento. O “Cartão de Saúde da Criança (CSC)’’ é o instrumento
utilizado no nosso país e avalia o peso para a idade.
¡ A curva superior corresponde ao percentil 97 (P97), acima do qual corresponde ao peso
acima do ideal para a idade;
¡ A segunda curva corresponde ao percentil 50 (P50), peso esperado para a idade;
¡ A curva intermédia corresponde ao percentil 3 (P 3), peso mínimo para a idade. Todos os valores
abaixo desta linha, mas acima dos 60% do peso esperado, correspondem ao baixo peso;
¡ A curva inferior corresponde a 60% do percentil 50. Todos os valores abaixo desta linha
correspondem ao muito baixo peso.

O que é um percentil?
Percentil quer dizer percentagem. Normal quer dizer estar “dentro da norma”
da população utilizada como referência.
As tabelas dos percentis foram obtidas com base em avaliações transversais,
isto é, foram obtidas com base em crianças diferentesedediferentesidades,com
avaliações aos 0, 3, 6, 12, 18, 24 meses e depois anualmente.
Com os resultados obtidos e referentes a cada idade, uniram-se os repectivos
valores mais elevados(que correspondem ao percentil 100), os mais baixos
(ao percentil 1), os médios (percentil 50) e assim, sucessivamente. Os valores
intermédios e a harmonia das curvas (paralelismo entre si) resultaram de
cálculos e arredondamentos matemáticos de forma a obterem-se linhas
paralelas entre si. Assim, as curvas dos percentis são um modelo aproximado
do crescimento e não uma descrição real do mesmo.
Na prática o percentil 1 e o 100 não são utilizados, utilizam-se o percentil
97 (que corresponde a terceira criança mais pesada) e ao percentil 3 (que
corresponde à terceira criança mais leve da população de referência) pois
mesmo a criança mais pesada da nossa população não corresponderia ao
peso máximo existente na mesma.

Figura 1. As curvas de crescimento no cartão de saúde da criança


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 23

3.2.2. Crescimento Insuficiente (CI): é o indicador usado no sistema de vigilância nutricional para
crianças menores de cinco anos que são atendidas na CCS. O CI é diagnosticado numa criança quando
esta não apresenta aumento de peso entre duas pesagens consecutivas, num intervalo não inferior a 1
mês e não superior a 3 meses, o que significa curva de crescimento horizontal ou em declínio da curva no
CSC. No caso de crescimento insuficiente, deve- se fazer a avaliação nutricional através da medição do
peso e da estatura para obter os índices de P/E. Os índices de P/E são os indicadores nutricionais para
detecção de casos de desnutrição aguda.

Figura 2. Tipos de crescimento da criança

3.2.3. Estatura para a idade - A estatura (comprimento ou altura) é o parâmetro mais influenciado
pelos factores genéticos e de menor sensibilidade perante os factores patológicos agudos, mas alterado
quando estes se prolongam, determinando a desnutrição crónica. Deve-se medir o comprimento às
crianças menores de 2 anos de idade, ou com comprimento menor que 87 cm (deitadas). Deve se medir
altura às crianças de 2 ou mais anos de idade ou com um comprimento igual ou superior a 87 cm (em pé).

A estatura é em média:
¡ À nascença 50 cm;
¡ Aos 6 meses 65 cm;
¡ Aos 12 meses 75 cm;
¡ Aos 2 anos 85cm;
¡ Aos 3 anos 95 cm.
A altura aumentará cerca de 5 cm por ano até à puberdade. Assim, aos 5 anos de idade a altura média
deverá ser de 110 cm.
24 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Figura 3. Medição do comprimento da criança

Figura 4. Medição da altura da criança

3.2.4. Peso para comprimento/altura para a idade


Em todas as crianças, deve ser medida a estatura e o peso, e deve ser avaliada a presença de edema. Permite
identificar crianças com desnutrição aguda e sobrepeso. O indicador do peso para estatura (P/E) avalia-se
nas crianças dos 0-59 meses de idade. Usam-se tabelas de referência para rapazes e raparigas (anexos 11,
12, 13 e 14). O índice massa corporal para idade (IMC/Idade) das crianças ou adolescentes relativamente
a idade. Uma vez que as crianças e os adolescentes entre os 5 aos 18 anos, ainda se encontram em
crescimento não se deve usar o IMC por si só, mas sim o IMC relativo a idade para identificar a desnutrição
aguda e o sobrepeso. Usa-se para crianças e adolescentes (não grávidas) dos 5 aos 18 anos. As tabelas do
índice de massa corporal para rapazes e raparigas encontram-se no anexo 15 e 16.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 25

Instruções para avaliação de estado nutricional através do índice peso/altura


¡ Pesar a criança e registar o seu peso em Kg;
¡ Medir a criança e registar a sua estatura em cm;
¡ Usando a tabela de Peso/Estatura, para rapazes e raparigas, localizar a linha correspondente
a estatura e, nessa linha, verificar em qual das colunas do estado nutricional se encontra o
valor do peso da criança.

Instruções para a avaliação do estado nutricional através do IMC:


¡ Pesar o paciente e registar o seu peso em kg;
¡ Medir a altura usando um instrumento de medição de altura (registar a altura em metros);

Calcular o IMC do paciente, usando a seguinte fórmula:


Figura 5. Cálculo do índice de massa corporal

Índice de Masa Corporal


Peso (Kg)
IMC =
Altura (m)2

Usando a tabela de IMC para idade, localizar a linha correspondente à idade do paciente e, nessa linha,
verificar em qual das colunas do estado nutricional se encontra o valor de IMC calculado.

3.2.5. Perímetro braquial (PB)


O PB é o método mais simples de avaliar o estado nutricional. O PB é usado para classificar a desnutrição
aguda nos postos de saúde sem altímetro ou na comunidade. A circunferência do braço é medida no
braço esquerdo usando uma fita para perímetro braquial. Deve-se localizar e marcar o ponto médio entre
o final do ombro e a ponta do cotovelo. A fita de PB é colocada (sem apertar) à volta do braço, na marca
do ponto médio para se fazer a leitura.

Figura 6. Medição do perímetro braquial


26 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Para crianças entre 6 – 59 meses considera-se:


¡ Desnutrição aguda moderada: entre os 11,5 e os 12,5 cm;
¡ Desnutrição aguda grave: < 11,5 cm.

Para crianças entre 5 – 10 anos considera-se:


¡ Desnutrição aguda moderada: entre os 13,0 e os 14,5 cm;
¡ Desnutrição aguda grave: < 13,0 cm.
Para crianças entre 11– 14 anos considera-se:
¡ Desnutrição aguda moderada: entre os 16 e os 18,5 cm;
¡ Desnutrição aguda grave: < 16 cm.
As crianças com um PB que indica desnutrição aguda moderada ou grave (tabela 3) devem ser referidas
aos CS e devem ser seguidas na CCR. Através destes índices e parâmetros determina-se a desnutrição
aguda nas crianças e adolescentes, que pode ser classificada em moderada ou grave.

Tabela 3. Índices e parâmetros de classificação da DAG e DAM

Edema P/E ou
Indicadores Nutricionais Perímetro Braquial (PB)
Bilateral IMC/Idade
6-59 meses: < 11,5 cm

5-10 anos: < 13,0 cm


Desnutrição aguda grave
Presente < -3DP 11-14 anos: < 16,0 cm
(DAG)
Adolescentes grávidas ou nos 6 meses pós-
parto: < 21,0 cm

6-59 meses: ≥ 11,5 e 12,5 cm


5-10 anos: ≥ 13,0 e < 14,5 cm
Desnutrição aguda moderada
Ausente ≥ -3 e < -2 DP 11-14 anos: ≥ 16,0 e 18,5 cm
(DAM)
Adolescentes grávidas ou nos 6 meses pós-
parto: ≥ 21,0 e < 23,0 cm ou ganho de peso
insuficiente na consulta pré-natal

Desnutrição aguda ligeira Ausente ≥ -2 e < -1 DP

As crianças com DAG sem complicações necessitam de reabilitação e com DAM necessitam de
suplementação. Estas crianças devem ser referidas e seguidas na CCR. As crianças com DAG com
complicações devem ser referidas para a CCR para encaminhamento para o internamento na pediatria.
Se o peso para a estatura for normal, numa criança que tem baixo peso e baixa estatura para a idade,
devemos concluir que se trata de uma desnutrição crónica. Estas crianças devem ser referidas e seguidas
na CCR e observadas por um clínico na consulta de pediatria para uma avaliação inicial para determinar a
causa da desnutrição crónica.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 27

3.2.6. Edemas
Em todas as crianças deve ser avaliada a presença do edema. As crianças com presença de edema
bilateral sempre apresentam desnutrição aguda grave.
Instruções para a avaliação dos edemas
Para se determinar a presença de edema bilateral, deve-se fazer uma pressão firme com o dedo polegar
no dorso de ambos os pés durante três segundos e, ao mesmo tempo contando de 1 a 3. Em seguida,
retira-se o dedo polegar, formando-se uma cavidade no local pressionado. A cavidade permanecerá em
ambos os pés por alguns segundos. O edema bilateral habitualmente começa nos pés e tornozelos. É
importante testar ambos os pés; se a cavidade não aparece em ambos os pés, o edema não tem origem
nutricional. Uma segunda pessoa deverá repetir o teste para confirmar a presença de edema bilateral.

Tabela 4. Avaliação da gravidade do edema bilateral

Grau Classificação do Edema


Ausente ou O Não existe edema bilateral
Grau + Edema ligeiro: Geralmente
confinado ao dorso dos pés

Grau ++ Edema moderado: Sobre os pés


e as pernas – pré tibial

Grau +++ Edema grave: Em todo o corpo


(inclui ambos os pés, pernas,
braços, rosto e pálpebras)
28 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

3.2.7. Perímetro craniano


A medida do PC deve fazer parte da rotina de exame de toda a criança, em especial nos primeiros 2
anos de vida. O tamanho do crânio reflecte o crescimento do cérebro. O PC deve ser sempre relacionado
com a idade da criança. O tamanho da cabeça pode ser também característica familiar. O recém-nascido
pré-termo tem uma cabeça relativamente grande. Uma cabeça pequena pode ser devida o um atraso ou
ausência do crescimento cerebral ou cranioestenose. Uma cabeça grande pode ser devido a hidrocefalia,
derrame subdural, tumor cerebral, etc.
O perímetro craniano aumenta 12 cm nos primeiros 12 meses:
¡ 2cm por mês no 1 trimestre de vida perfazendo 6 cm;
¡ 1cm por mês no 2 trimestre de vida perfazendo 3 cm;
¡ 0,5cm por mês no 2 semestre de vida perfazendo 3 cm.

Figura 7. Medição do perímetro craniano

Instruções para a medição do perímetro craniano:


Para a sua medição, utiliza-se uma fita métrica flexível, que
se aplica por cima da arcada orbitária (bossas frontais), ao
mesmo nível de cada lado do crânio (sobre as bossas laterais/
temporais), e sobre a protuberância occipital externa.
Se houver alguma proeminência ou assimetria do crânio, passar
a fita métrica sobre a parte mais proeminente.

3.2.8. Dentição
A dentição pode ser usada para avaliar a idade aproximada da criança. Contudo, não deve ser usada como
etapa de crescimento. O processo de erupção dentária é complexo e envolve várias etapas diferentes.
Factores locais, alterações hormonais, tendências familiares e factores sistémicos podem ser a causa
de alterações na erupção dentária, e só muito raramente constituem sinal de doença. O hipotiroidismo,
raquitismo, síndrome de Down e outras síndromes são exemplos de causas de atraso na erupção dentária.

Erupção Dentária - Durante toda a vida, o indivíduo apresenta duas dentições: a dentição decídua (de
leite) e a dentição permanente.
¡ Dentição decídua com um total de 20 dentes, inicia aos 6 meses com a erupção dos incisivos
centrais inferiores, e termina aos 30 meses com a erupção dos segundos molares superiores
decíduos;
¡ Dentição permanente com um total de 32 dentes, inicia aos 6 anos com a erupção do primeiro
molar inferior permanente ou dos incisivos centrais inferiores, e termina aos 18-21 anos com
a erupção dos terceiros molares superiores permanentes (dentes de ciso);
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 29

¡ O período compreendido entre os 6 e os 12 anos é chamado de dentição mista, em que a


criança apresenta dentes decíduos e permanentes na cavidade oral. Nesta fase, é comum os
dentes apresentarem-se tortos. O terceiro molar permanente – ou dente de ciso, erupciona
normalmente entre os 18 e 21 anos de idade. Não é incomum na nossa população a erupção
precoce deste dente, por vezes aos 15 anos de idade.

Tabela 5. Erupção dentária dos 6 meses aos 21 anos

Dentes Idade media Dentes Idade da


Maxilar da erupção permanentes erupção
Deciduos

Inferior Incisivo central 6 meses Incisivo central 6-7 anos


Incisivo Lateral 7 meses Incisivo Lateral 7-8 anos
Canino 16 meses Canino 9-10 anos
1 Molar 12 meses 1 Premolar 10-11 anos
2 Molar 20 meses 2 Premolar 10-12 anos
1 Molar 6-7 anos
2 Molar 11-13 anos
3 Molar 17-21 anos
Superior Incisivo central 7.5 meses Incisivo central 7-8 anos
Incisivo Lateral 9 meses Incisivo Lateral 8-9 naos
Canino 18 meses Canino 11-12 anos
1 Molar 14 meses 1 Premolar 10-11 anos
2 Molar 24 meses 2 Premolar 10-12 anos
1 Molar 6-7 anos
2 Molar 12-13 anos
3 Molar 17-21 anos

Tabela 6. Resumo das recomendações básicas de saúde oral

Erupção dos Cuidados com a


Idade Higiene Oral Flúor
dentes Alimentação

6 meses 1° dente decíduo Aleitamento materno Capulana ou fralda limpa Não


incisivos inferiores exclusivo humedecida com água
1° Molar decíduo Evitar bolachas recheadas, Escova de dentes para Início do uso de
18 meses doces, refrigerantes e outros criança. Pasta de dentes
alimentos cariogénicos Higiene realizada pelos fluoretada
pais
3-6 anos Dentição decídua Evitar alimentos Escova de dentes Pasta de dentes
completa. cariogénicos. infantil. fluoretada.
Erupção 1°Molar Estimular consumo de Higiene oral Crianças com risco
permanente aos alimentos cariostáticos supervisionada pelos de cárie devem fazer
6 anos (queijo, manteiga, nozes, pais, sendo a mais bochechos com
pão, e alimentos que importante a higiene solução com flúor.
estimulem a mastigação – nocturna.
maçaroca, cenoura, coco)

6-14 anos Dentição mista IDEM IDEM IDEM


30 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

4. Desenvolvimento Psico-motor

Entende-se por desenvolvimento psico-motor (DPM) da criança a aquisição gradual de capacidades


psico-motoras na área física, cognitiva, socio-emocional, e da linguagem. Numa criança normal, o
desenvolvimento processa-se de uma forma sequencial e uniforme, isto é, segura a cabeça, só depois
senta-se e anda, compreende as palavras, mais tarde pronuncia e depois constrói frases.

Figura 8. Sequência do desenvolvimento psico-motor na criança

A aprendizagem e aquisição progressiva das diferentes capacidades depende da maturidade do sistema


nervoso, de factores genéticos e estimulação que a criança receba da família e do ambiente. Poderá ser
afectada por acidentes e doenças intercorrentes.

4.1. Causas mais frequentes de alterações de DPM no nosso País:


¡ Durante a gestação: Atraso de crescimento intra-uterino devido a malnutrição da mãe, infecções
congénitas (ex: sífilis, rubéola, HIV etc.), malformações congénitas, exposição da mulher ao
stress e violência durante a gravidez;
¡ Neonatais: Asfixia, traumatismos obstétricos, infecções (ex: septicémia, meningite), icterícia,
prematuridade, incompatibilidade sanguínea feto-materna;
¡ Nos primeiros anos de vida: Infecções (ex: meningite, malária cerebral), desnutrição crónica
e aguda, causas hereditárias (ex: Síndroma de Down e muitos outros), e falta de estimulação
no lar familiar.
¡ Em qualquer um desses períodos: Factores sociais: violência, abuso, maus-tratos e problemas
de saúde mental da mãe ou de quem cuida da criança.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 31

Caso suspeite de um atraso de desenvolvimento psico-motor, deve ter em conta que existem grandes
variações no ritmo de desenvolvimento, mesmo entre crianças normais. Contudo, existem também faixas
etárias apropriadas para desenvolver certas capacidades, e quando não são observadas, consideramos
que a criança tem um atraso no seu desenvolvimento.

4.2. Os objectivos da monitoria do DPM são:


¡ Diagnóstico precoce e tratamento adequado dos atrasos/desvios e das suas causas;
¡ Prevenção das causas da deficiência;
¡ Promoção da saúde física e mental de todas as crianças, através de aconselhamento em
estimulação.
A vigilância do DPM deve ser feita em cada consulta da criança sadia. Preste atenção especial a monitoria
de desenvolvimento aos 3, 9 e 18 meses da vida, pois esses são os períodos em que as capacidades chave
da criança estão melhor formadas e fáceis de observar. Da mesma forma, em cada consulta o provedor
deve reforçar com os cuidadores as prácticas que promovam um bom desenvolvimento e reforcem os
laços entre o cuidador e a criança.

Marcos de DPM por idade e sinais de alarme


Tanto na CCS como na CCR, deve-se monitorar o desenvolvimento e comparar com marcos esperados
em idades-chave, dos 0 aos 5 anos, e deve-se ter em atenção os sinais de alarme, cuja presença sugere
patologia. O provedor para avaliar o desenvolvimento da criança deve utilizar o cartaz de marcos de DPM.
32 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Figura 9. Cartaz dos marcos de desenvolvimento psicomotor

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE

O Nosso Maior Valor é a Vida

ATENÇÃO ÀS FASES DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


Verifique Como a Criança Está a Crescer
Olha para o Segue o Reage Eleva a cabeça por
AOS 2 MESES

cuidador objecto com ao som uns segundos


os olhos

Faz sons e sorri em Segura objecto Sustenta a


Ahahah...
AOS 4 MESES

resposta ao cuidador com uma cabeça


mão
Olá, meu
doce!

Vira a cabeça Alcança objecto com a mão Leva objectos à boca Rebola
AOS 6 MESES

para o lado do
som

Brinca de Senta sem Balbucia Passa objectos


AOS 9 MESES

esconde-achou apoio Mamama... de uma mão


para a outra

Imita os gestos Parece Capapa vumm Pega objectos Anda com


AOS 12 MESES

do cuidador estar anana ... com dois apoio


a falar dedos
em
frases
Sim, é um carro!

Mostra o Diz 1 palavra que não Coloca objectos Anda sem apoio
AOS 15 MESES

que quer seja “papá”, “mamã”, na caneca


ou o nome de
alguém
Gato?

Carro!
Onde está Diz 3 palavras Põe um bloco ou Bebe com o
AOS 18 MESES

Rodas!
o nariz? que não sejam copo por cima de copo
Aponta as “papá”, “mamã”, outro
partes do Parou! ou o nome de
corpo alguém

Aponta 2 Tira a roupa Monta uma Chuta a bola


AOS 24 MESES

desenhos sozinho(a) torre de 3


blocos ou
copos

Consulte ou Ligue
GRÁTIS para o 84 146-82 149-1490
GRÁTIS PLATAFORMA EDUCATIVA DE
INFORMAÇÃO SOBRE A SAÚDE

*660#
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 33

Materiais necessários para monitoria de desenvolvimento na CCS

1 Cartaz de ‘’Marcos de desenvolvimento’’

2 Cartaz ‘’Estimule o Desenvolvimento da Criança’’ REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE


MINISTÉRIO DA SAÚDE

O Nosso Maior Valor é a Vida

ESTIMULE O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


Eu Brinco e Converso com a Minha
Criança nos Meus Afazeres Diários. E Tu?
É um
passaro!
Aqui vai crescer
Salta duas vezes!
o quê?

O que é isso,
Mamude?

Avião chegou! Estás a ajudar-me


tāo bem, Ilídio!

Estás a gostar
da massagem da
avozinha?

Era uma vez uma


Onde está o seu menina...
nariz, Alda?

Que cores estás a ver,


Joāo?

Consulte ou Ligue
GRÁTIS para o 84 146-82 149-1490
GRÁTIS PLATAFORMA EDUCATIVA DE
INFORMAÇÃO SOBRE A SAÚDE

*660#

3 Um chocalho caseiro
4 Um lenço para jogar de “esconde-achou”
5 Um fio ou semente de feijão, para avaliar a pinça
6 Copo ou caixinha (para pôr cubos dentro)
Três cubos (ex., caixinhas de medicamentos; pôr
7
pedrinhas para ser mais pesadas; tapar bem)
8 Uma bola caseira
NOTAS:
• Não utilize brinquedos demasiado pequenos que a criança pode engolir ou
inserir na orelha ou no nariz.
• Para actividades que exigem a criança observar e apontar alguns desenhos,
pode utilizar os desenhos de alguns dos cartazes.
34 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Passos para monitoria de desenvolvimento psicomotor na CCS

1. VERIFIQUE: A criança tem algum factor de risco para o fraco desenvolvimento?


• Parto difícil, prematuridade ou BPN, icterícia grave;
• Desnutrição, infecção ou exposição ao HIV, meningite, malária cerebral, outra
doença grave;
• Factores ambientais: depressão materna, violência doméstica, cuidador
adolescente ou idoso, drogas ou alcoolismo.
2. MONITORE os marcos do desenvolvimento da criança, usando o Cartaz:
➢ Identifique no cartaz a fila de marcos de desenvolvimento para a idade da
criança.
• Se a idade da criança não aparece na fila, refira a fila com a idade inferior.
Por exemplo, para criança de 10 meses, refira a fila de 9 meses;
• Para a criança prematura, subtrai o período que faltou até o parto normal,
da idade actual, antes de monitoria.
➢ Faça perguntas a cuidadora sobre CADA marco de desenvolvimento na fila,
e peça a cuidadora para fazer a actividade com a criança.
• Se a criança estiver a dormir ou recusar fazer a actividade, pergunte a
mãe se a criança costuma fazer essa actividade em casa, e peça para
dar um exemplo.
➢ Caso a criança não tiver atingido algum marco para idade dela, verifique se
a criança cumpre os marcos para a idade anterior.
3. Após monitoria, escolha a CONDUTA certa:
Se a criança mostra todos os marcos para sua idade.
• Elogiar o cuidador pedir para continuar a conversar e brincar com a criança em
casa.
Se a criança não consegue alcançar o marco para idade dela, mas faz todos marcos
da idade inferior, ou se a criança tem algum factor de risco.
• Recomendar ao cuidador a brincar e conversar com a criança. Verificar o
desenvolvimento na próxima consulta.
Se a criança não consegue fazer um ou mais marcos para idade anterior, ou se o PC
da criança está fora dos parâmetros normais.
• Registar como atraso de DPM no Livro CCS (se for identificado pela primeira
vez). Aconselhar em actividades estimulantes para a idade da criança. Referir
o caso de ADPM para consulta médica.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 35

Figura 10. Cartaz de acompanhamento e estimulação do desenvolvimento da criança

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE

O Nosso Maior Valor é a Vida

ESTIMULE O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


Eu Brinco e Converso com a Minha
Criança nos Meus Afazeres Diários. E Tu?
É um
passaro!
Aqui vai crescer
Salta duas vezes!
o quê?

O que é isso,
Mamude?

Avião chegou! Estás a ajudar-me


tāo bem, Ilídio!

Estás a gostar
da massagem da
avozinha?

Era uma vez uma


Onde está o seu menina...
nariz, Alda?

Que cores estás a ver,


Joāo?

Consulte ou Ligue
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36 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Como promover um bom desenvolvimento, na CCS:


Aproveite as palestras matinais (e sessões de caixa de brincar, onde existam) na sala de espera, para
educar os cuidadores sobre a importância de conversar e brincar com crianças desde que nascem. As
seguintes mensagens chave são importantes para partilhar:
¡ Da mesma forma como o corpo das crianças precisam de comida para crescer e ficar forte,
o nosso cérebro precisa de estímulos, para nos desenvolvermos bem;
¡ O cérebro desenvolve-se mais rápido nos primeiros 3 anos da vida da criança. Este é o
melhor período para os estímulos;
¡ Os bons estímulos incluem: conversar com a criança e brincar com ela desde que nasce;
responder aos sinais da criança; dar objectos da casa para a criança brincar e aprender.
¡ Não precisa de tempo especial para brincar e estimular a criança: aproveitem as rotinas diárias.

Na Consulta da Criança Sadia, mostre ao cuidador o cartaz ‘’Estimule o Desenvolvimento da Criança’’.


Pergunte qual destas actividades o cuidador já faz. Elogie e partilhe mais ideias com apoio do cartaz.
Explique como essas actividades podem estimular o desenvolvimento físico, o pensamento, da linguagem
e social, da criança.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 37

5. Alimentação da Criança

5.1. Introdução
Para garantir um crescimento e desenvolvimento adequado, é indispensável que a criança receba uma
alimentação equilibrada em quantidade e qualidade para fornecer energia, formar novos tecidos do corpo
e protegê-la contra doenças. A amamentação exclusiva é a melhor maneira de proporcionar o alimento
ideal para o crescimento e o desenvolvimento saudável dos recém-nascidos, e lactentes até aos primeiros
6 meses de idade, pois fornece os nutrientes e água necessários (em quantidade e qualidade adequadas)
e reduz a mortalidade infantil por doenças comuns da infância, como por exemplo a diarreia e pneumonia,
e ajuda na convalescença. Aos 6 meses, com o objectivo de suprir as necessidades nutricionais, a criança
deve começar a receber alimentação complementar segura e nutricionalmente adequada, em simultâneo
com a amamentação, até aos dois anos de idade ou mais.

5.2. Alimentação dos 0 aos 6 meses de idade


A mãe deve dar somente o leite do seu peito ao bebé durante os 6 primeiros meses de vida, sem chás,
água, sumos ou outros leites e sem qualquer outro tipo de alimento líquido ou sólido, a não ser que exista
prescrição médica. A mãe deve amamentar com o leite do peito tantas vezes quantas a criança quiser,
de dia e de noite, isto é, sob livre demanda. As crianças alimentadas exclusivamente com leite materno
normalmente dobram de peso do nascimento até os seis meses.
Para que as mães consigam amamentar exclusivamente até os seis meses, recomenda-se:
¡ Iniciar a amamentação dentro da primeira hora;
¡ Que a amamentação aconteça todas as vezes que a criança quiser, de dia e de noite;
¡ Ter um bom posicionamento e fazer uma boa pega;
¡ Aprender e reconhecer os sinais de fome e de saciedade da criança;

¡ Esvaziar um seio, antes de ser oferecido o outro;


¡ Extrair o leite do peito para que a criança seja alimentada na ausência da mãe;
¡ Não usar biberões nem chuchas, nem dar outros leites.
As mães que amamentam precisam de alimentar-se bem, aumentar o número de refeições e tomar suficientes
líquidos (conforme a sua sede) até 2 litros por dia, por ex. água limpa, sumos, água de lanho, ou chá.

Nota: O pessoal de saúde deve promover o aleitamento materno exclusivo, explicando


às mães qual a sua importância e dando apoio para este processo através de uso de
materiais de IEC que facilitem o seu entendimento, apoio psicossocial para fortalecer
a sua confiança e apoio práctico para a pega e posicionamento.
38 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

5.3. Alimentação dos 6 aos 24 meses de idade


A alimentação complementar, como o próprio nome diz, é para complementar o leite materno e não para
substituí-lo. Os alimentos complementares devem ser introduzidos a partir dos 6 meses, continuando a
amamentar até aos 24 meses ou mais, de acordo com a tabela 7. As crianças devem comer no seu prato
individual. Recomenda-se que as mães e os cuidadores estimulem as crianças a comer de uma forma
activa, mas nunca se deve forçar uma criança a alimentar-se.

Tabela 7. Alimentação da criança dos 0 aos 24 meses

Até 6 meses • Iniciar a amamentação dentro da primeira hora;


de idade • Dar o colostro, o primeiro leite da mãe;
• Aleitamento Materno Exclusivo;
• Amamentar sempre que a criança quiser, de dia e de noite, sob livre demanda;
• Não dar outros alimentos ou líquidos, mesmo água.
6 a 9 meses • Amamentar sempre que a criança quiser;
• Crianças dos 6 aos 9 meses de idade devem ser amamentadas e receber 2 a 3
refeições e 1 a 2 lanches por dia;
• Introduzir papas de cereais disponíveis localmente (1 vez por dia), enriquecidas
com amendoim pilado, óleo ou leite de coco e folhas verdes, alimentos de origem
animal (peixe ou carne, ou gema de ovo esmagado);
• Aumentar as quantidades progressivamente, conforme a aceitação pela criança;
• No intervalo das refeições, dar fruta fresca da época em pedaços pequenos ou
amassada 1 vez por dia;
• Oferecer a criança água limpa e tratada.
9 a 12 • Amamentar sempre que a criança quiser;
meses • Manter as papas enriquecidas (1 vez por dia);
• Oferecer papas de legumes, caldo de feijão, carne ou gema de ovo bem cozidos e
cereal (arroz, massa) em pequenas quantidades (1 vez por dia);
• Crianças dos 9 aos 12 meses de idade devem ser amamentadas e receber 3 a 4
refeições e 1 a 2 lanches por dia;
• No intervalo das refeições, dar fruta fresca da época em pedaços pequenos ou
amassada 1 a 2 vezes por dia;
• Oferecer a criança água limpa e tratada.
12 meses a • Continuar a amamentação sobre livre demanda;
24 meses • Oferecer a comida da família 3 a 4 vezes por dia e 1 a 2 lanches por dia;
• Dar fruta fresca em pedaços ou amassada e/ou papas de cereais enriquecidos ou
tubérculos 2 vezes por dia;
• Oferecer a criança água limpa e tratada.
2 anos em • A primeira refeição do dia deverá ser papa de cereais enriquecida;
diante • Dar alimentos que a família consome em 3 refeições diárias, sempre seguida de
frutas frescas da época;
• Dar também, 2-3 vezes por dia, entre as refeições, fruta fresca, batata-doce,
mandioca;
• Oferecer a criança água limpa e tratada.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 39

Nota: Para o aconselhamento em alimentação infantil, use o cartaz a nossa


alimentação, o álbum seriado e o cartaz alimentação complementar.

Figura 11. Cartaz sobre a nossa alimentação

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Nossa Alimentação

O Nosso Maior Valor é a Vida


40 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Figura 12. Cartaz de alimentação complementar

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE

O Nosso Maior Valor é a Vida

ALIMENTE BEM A SUA CRIANÇA A PARTIR DOS 6 MESES


Avião
DOS 6 AOS 8 MESES

chegou!

+
FÍGADO, RINS
DOS 9 AOS 11 MESES

Prova ovo,
Helidio!

+
FÍGADO, RINS
DOS 12 AOS 59 MESES

Bonito! Estás a
comer sozinha!

+
DAR DE MAMAR
ATÉ AOS 2 ANOS

NÃO GASTE DINHEIRO COM ALIMENTOS SEM VALOR NUTRITIVO E QUE ESTRAGAM O APETITE E OS DENTES DA CRIANÇA

CHÁ
PRETO

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NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 41

É importante perguntar à mãe quais são os alimentos que ela tem disponíveis e acessíveis para preparar
a comida. Isto permitirá fazer o aconselhamento com base em alimentos possíveis de adquirir e dar
recomendações específicas e efectivas. As crianças doentes devem continuar a ser alimentadas várias
vezes durante o dia, em pequenas quantidades de cada vez. No período de convalescença, o número de
refeições deve aumentar durante 1a a 2a semanas. No caso de diarreia, as crianças devem tomar mais
líquidos para prevenir a desidratação.
As mães e os cuidadores devem ser também educados sobre a importância da higiene pessoal: lavar
as mãos antes da preparação dos alimentos e depois de usar os sanitários (casa de banho ou latrina),
conservação dos alimentos (guardar a comida num lugar fresco e coberto), fazer a higiene dos utensílios
de cozinha (lavar e proteger bem os utensílios de cozinha) e utilizar água potável. Antes de comer, deve-se
lavar as mãos e o rosto da criança com água e sabão. Na falta de sabão pode-se lavar as mãos com cinza.
(veja no álbum seriado de alimentação infantil, os momentos para a lavagem das mãos).

Para o aconselhamento sobre a continuidade do aleitamento materno em crianças maiores de 12 meses


com HIV, deve-se usar como recurso o algoritmo Alimentação infantil no contexto de HIV (ver anexo 6),
para melhor orientação referente a oferta de alimentação adequada.

Nota: Estas recomendações aplicam-se também para crianças de mães sem


HIV ou que não conhecem o seu estado de HIV. As mães QUE NÃO SABEM se
têm HIV devem ser aconselhadas a amamentar, mas também a fazer o teste, de
modo a poderem tomar decisões informadas.

6. Calendário vacinal

6.1. Introdução
Em Moçambique, tal como nos outros países em desenvolvimento, as doenças infecciosas ocupam o
primeiro lugar entre as causas de morte. São também graves as consequências dessas doenças nos
sobreviventes, principalmente a paralisia causada pela poliomielite, as sequelas da tuberculose e do
sarampo, entre outras. No entanto, a maioria dessas doenças pode ser evitada através da vacinação.
42 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Figura 13. Vacinas e profilaxias para a criança

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Calendário de Vacinação
...Criança Vacinada, Criança Saudável...
Contra a Tuberculose (BCG)
À nascença
Contra a Pólio zero (VAP)

Contra a Pólio (VAP), 1ª dose


Contra a Difteria, Tosse Convulsa,
Aos 2 meses Tétano, Hepatite B e Meningite (DTP/HepB/Hib),
de vida 1ª dose
Contra a Pneumonia (PCV), 1ª dose
Contra a Rotavírus, 1ª dose
Contra a Pólio (VAP), 2ª dose
Aos 3 meses de Contra a Difteria, Tosse Convulsa,
vida ou 4 Tétano, Hepatite B e Meningite (DTP/HepB/Hib),
semanas depois 2ª dose
da 1ª dose Contra a Rotavírus, 2ª dose

Contra a Pólio (VAP), 3ª dose


Aos 4 meses de Contra a Pólio Injectável (IPV)
vida ou 4 Contra a Difteria, Tosse Convulsa,
semanas depois Tétano, Hepatite B e Meningite (DTP/HepB/Hib),
da 2ª dose 3ª dose
Contra a Pneumonia (PCV), 2ª dose

Aos 6 meses Vitamina A


de vida

Aos 9 meses
Contra o Sarampo e Rubéola (1ª dose)
de vida Contra a Pneumonia (PCV), 3ª dose

Aos 12 meses
Vitamina A e Desparasitação
de vida

Aos 18 meses
de vida Contra o Sarampo e Rubéola (2ª dose)

Até aos 59 meses


de vida Vitamina A e Desparasitação

O Nosso Maior Valor é a Vida OMS


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 43

Este calendário é o ideal. Se não for possível segui-lo à risca, deve adaptá-lo às condições locais.
As regras a lembrar, são:
¡ A vacina anti-sarampo não deve ser aplicada antes dos 8 meses e meio de idade;
¡ As vacinas de aplicação múltipla, Pólio, DTP/Hep B/Hib, PVC e Rotavírus devem ser
administradas num intervalo mínimo de 4 semanas (1 mês) entre as doses;
¡ Uma criança que apareça pela primeira vez na unidade sanitária com 1 ano de vida, deverá:
• Ser administrada com a vacina anti-sarampo, Pólio, DTP/HepB/Hib, PVC e Rotavírus,
e deve-se marcar as doses complementares com um intervalo de 4 semanas (1 mês),
• Verificar se tem ou não cicatriz de BCG, se tiver: não deve ser feita a vacina, se não tiver:
independentemente da documentação no cartão de saúde da criança, deve-se vacinar.

Figura 14. Fluxograma da vacinação com BCG numa criança com idade superior a 1 ano que
aparece pela primeira vez na US

Verificar cicatriz de BCG

Tem cicatriz Não tem cicatriz

NÃO VACINAR VACINAR

Contra-indicações para a vacinação:


¡ Não dar BCG a uma criança que:
• Tenha infecção por HIV confirmada (DNA-PCR positivo na Maternidade);
• RN com TB congénita/neonatal;
¡ RN com peso de nascimento menor que 2kg (quando o RN atingir os 2kg, deve receber
BCG).
¡ Não dar DTP+HepB, Hib e PVC a uma criança que tenha tido convulsões ou tenha estado
em CHOQUE nos três dias após a dose mais recente da vacina,
¡ Não dar DTP+HepB, Hib e PVC a uma criança com convulsões recorrentes ou outra doença
neurológica activa do sistema nervoso central.
44 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Figura 15. Evolução normal da lesão vacinal por BCG

NÃO É CONTRA-INDICADO VACINAR UMA CRIANCA DOENTE, COM ESTADO GERAL ESTÁVEL E
EM CONDIÇÕES DE IR PARA CASA.

Nota: O provedor de saúde deve verificar sempre o estado vacinal, de acordo


com a idade da criança. Devem informar e aconselhar aos pais/cuidadores
sobre os benefícios das vacinas e cumprimento do calendário vacinal. Não se
deve adiar ou perder oportunidade de vacinar a criança.

7. Suplementação com Vitamina A


A vitamina A é um nutriente essencial para o crescimento e o desenvolvimento saudável da criança e
também para o bom funcionamento dos olhos. Ela ajuda a reduzir as chances da criança de ter anemia,
diarreia, cegueira, além de prevenir a mortalidade infantil. O corpo não pode fabricar vitamina A, portanto,
toda vitamina A que necessitamos deve provir dos alimentos. Contudo o corpo pode armazenar pequenas
quantidades que ingerimos de modo a termos uma reserva quando necessitamos. Assim, todas as
crianças dos 6 aos 59 meses devem ser suplementadas com Vitamina A, recebendo duas doses, com
intervalo de seis meses entre uma dose e outra.

Tabela 8. Dosagem profiláctica de Vitamina A

Idade Dose de Vitamina A – cápsula de 200.000 IU


6-11 meses 100 000 IU 1cápsula
6-11 meses 200 000 IU ½ cápsula (4 gotas)
12-59 meses 100 000 IU 2 cápsulas
12-59 meses 200 000 IU 1 cápsula (8 gotas)
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 45

Conselhos e Mensagens Sobre Suplementação com Vitamina A


• A Vitamina A ajuda a crescer, protege a vista, fortalece o sistema
imunitário, e previne contra as doenças infecciosas. As crianças dos 6
meses até aos 5 anos devem ser suplementadas com vitamina A de 6 em
6meses. Leve a sua criança ao Centro de Saúde para receber vitamina A.
• A Vitamina A é essencial para uma boa visão, evita a cegueira nocturna,
é importante para a saúde da pele, e previne contra doenças infecciosas.
Dê vitamina A a sua criança de 6 em 6 meses.
• Dê a sua criança diariamente um alimento rico em vitamina A, como a
papaia, manga, abóbora, batata-doce de polpa alaranjada, cenoura,
folhas verdes, peixe, ovo e fígado. Estes alimentos devem ser preparados
com óleo, amendoim ou coco.

8. Desparasitação

As parasitoses intestinais continuam a ser um grave problema de saúde pública, sobretudo nos países
em desenvolvimento, como Moçambique, onde contribuem para comprometer o desenvolvimento físico e
intelectual das crianças. Assim, a desparasitação em crianças é importante para diminuir a carga parasitária,
e a morbilidade neste grupo. O desparasitante deve ser dado como rotina para todas as crianças de 12-59
meses de idade de 6 em 6 meses. Pode se dar na mesma altura do suplemento de Vitamina A.
¡ Dosagem de Mebendazol (500 mg) – dose única, de 6 em 6 meses OU 100mg – 2 vezes/dia –
durante 3 dias (se a criança tiver mais de 12 meses e não tiver tido uma dose nos últimos 6 meses).
¡ Dosagem de Albendazol (400 mg) - nas crianças de 12 a 23 meses deve ser administrado
meio comprimido e nas crianças dos 24 aos 59 meses deve ser administrado 1 comprimido
inteiro. Com idade superior a 5 anos, a desparasitação deve ser feita com dose única de
400mg, conforme o calendário da consulta criança sadia.

Tabela 9. Dosagem e posologia de Mebendazol e Albendazol

Medicamento Dosagem Faixa etária


Mebedazol - 100mg 1+1 durante 3 dias 12-59 meses
Mebendazol - 500mg 1 comprimido / dose única 12-59 meses
Albendazol - 400mg ½ comprimido / dose única 12-23meses
Albendazol - 400 mg 1 comprimido / dose única 24-59 meses
46 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

9. Monitoria e Avaliação

Deve-se preencher o peso na curva do crescimento e parâmetros antropométricos no cartão de saúde


da criança e notificar os motivos que estejam relacionados com a perda de peso. Para melhor vigilância
nutricional, devem ser identificadas as crianças com crescimento normal e insuficiente bem como crianças
com peso normal, baixo peso e o peso muito baixo. Com a introdução dos novos livros de registo da CCS
e CCD, toda a informação produzida a partir da CCS, deverá ser registada no cartão de saúde da criança
e nos respectivos livros, onde estão contemplados os indicadores do programa de nutrição e da saúde
infantil que até agora eram reportados em fichas paralelas e fora do SIS-MA.
Os instrumentos de registo para CCS (ver nos anexos 18, 19 e 20), estão compostos por:
¡ Livro de registo da consulta de Criança Sadia:
• Instruções de preenchimento
• Principais indicadores da CCS
• Páginas para preenchimento das consultas.
¡ Livro de Resumo Diário da US.
¡ Livro de Resumo mensal da US
Estes instrumentos de registo permitem diferenciar as actividades realizada na US de aquelas realizadas
ao nível das brigadas móveis. De esta forma a US poderá medir o peso das suas actividades a partir das
mesmas. O provedor de saúde, deverá preencher a cada consulta a informação da criança no livro de registo
da CCS. No final do dia deverá lançar a informação relativa as consultas realizadas naquele dia no livro de
resumo diário da US, de esta forma iremos a assegurar a qualidade de registo. No final do mês deverá
lançar no resumo mensal da US a informação das consultas registadas na US, assim como das registadas
durante as brigadas móveis para conformar o resumo mensal da US e encaminhar a sede distrital.

Nota: para avaliar as contribuições das actividades realizadas nos postos fixos e
nas brigadas móveis, deve-se usar dois livros: 1 para registar dados dos postos
fixos e outro para os dados da brigada móvel.

10. Educação Sanitária

Educação Sanitária é a denominação dada à prática educativa que tem como objectivo induzir a população
a adquirir hábitos que promovam a saúde e evitam doenças. Uma das actividades importantes da consulta
da criança sadia é a EDUCAÇÃO DOS PAIS/ CUIDADOR. O momento mais apropriado para fazer a
educação dos pais/ cuidadores é na altura da consulta, pois estes estão mais receptivos e a oportunidade
deve ser bem utilizada pelo pessoal de saúde, através da educação individual e colectiva.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 47

Uma forma positiva de iniciar a educação dos pais/ cuidadores é elogiando todos os aspectos positivos da
sua conduta, começando pelo simples facto de ter trazido a criança à US. Deve-se explicar quais são os
aspectos positivos nas condutas e explicar o porquê de certas condutas serem negativas, ou prejudiciais à
criança. Deve-se dar ênfase aos sinais de PERIGO, que impliquem uma visita URGENTE à US, e os outros
sinais importantes que devem ser vigiados que indiquem que a criança deve voltar à US antes da data
prevista para controlo.
Deve ficar claro quanto à data da consulta de controlo, bem como as instruções de como cuidar da criança
em casa. Devemos gastar algum tempo para fazer estas considerações, demostrando, se possível, a forma
de administrar a medicação (ex: oral, pomada, SRO, etc) em casa e confirmando se os pais/ cuidadores
conseguiram apreender todas as práticas e mensagens transmitidas. Na educação sanitária colectiva, o
educador deve evitar palestras longas. Para despertar o interesse dos participantes, deve incentivar a troca de
experiências e opiniões perante problemas de saúde e encontrar oportunidades para transmitir mensagens.
A demonstração prática e os meios audio-visuais (ex: cartazes, brochuras) são recursos muito importantes
e melhoram a qualidade da educação sanitária. As mensagens devem ser sempre adaptadas à realidade
concreta da comunidade e NUNCA fazerem-se recomendações para além da capacidade da população.

Temas propostos para a educação colectiva, que devem ser adaptados às condições locais:
¡ Crescimento da criança;
¡ Desenvolvimento psicomotor da criança;
¡ Vacinações;
¡ Aleitamento materno exclusivo e suas boas práticas;
¡ Desmame;
¡ Alimentação complementar incluindo alimentação activa e responsiva;
¡ Importância da suplementação com vitamina A, Micronutrientes em pó (MNP) e desparasitação.
¡ Noções básicas sobre a prevenção as doenças transmissíveis mais frequentes no nosso
meio (ex: malária, diarreia, etc);
¡ Tratamento das doenças em casa (ex: uso de SRO, Zinco, Nistatina, Tetraciclina oftálmica, etc);
¡ Importância da saúde oral (ex: prevenção da cárie dentária, higiene oral e outros cuidados);
¡ Prevenção de acidentes e intoxicações;
¡ Prevenção de acidentes caseiros;
¡ Higiene individual e dos alimentos;
¡ Saneamento do meio;
¡ Educação sexual para crianças maior de 10 anos;
¡ Importância do envolvimento da família na saúde da criança e adolescente;
¡ HIV/SIDA (prevenção, PTV e tratamento antiretroviral);
¡ Orientação para o planeamento familiar;
¡ Quando procurar a unidade sanitária;
¡ Temas ajustados a época ou a situação local.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 49

CAPÍTULO 2
ATENÇÃO À
CRIANÇA EM RISCO
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 51

Introdução
Um dos objectivos da CCS é o de identificar as crianças que tem problemas de crescimento ou que não
se desenvolvem normalmente. Essas crianças estão em risco de desenvolver várias doenças incluindo a
desnutrição, sendo que precisam de uma maior atenção e cuidados adequados. Para tal, em cada CS
deve existir um atendimento para crianças em risco chamada Consulta da Criança em Risco (CCR), onde
as crianças mais vulneráveis podem receber um atendimento personalizado e adequado aos problemas
apresentados.

As crianças com as seguintes condições devem ser encaminhadas à CCR:


¡ Crianças expostas ao HIV;
¡ Crianças expostas a Sífilis;
¡ Crianças com contacto de tuberculose pulmonar;
¡ Crianças com crescimento insuficiente ou desnutrição;
¡ Crianças com peso inferior a 2500 gramas à nascença, gémeos, crianças com desmame
antes dos 12 meses de idade e/ou em aleitamento artificial;
¡ Criança com atraso de desenvolvimento psicomotor;
¡ Crianças órfãs e vulneráveis.

A detecção e referência das crianças à CCR é um indicador de bom


funcionamento da CCS.

1.Organização da CCR

A consulta da “CRIANÇA EM RISCO” funciona com um modelo de ‘’Paragem única’’ (mesmo lugar, mesmo
tempo e mesma ESMI) para a criança e para a mãe. É sempre necessário assegurar que o lugar escolhido
para a CCR permita conversar e aconselhar aos pais/cuidador com privacidade.

1.1. Ficha individual da criança em risco e organização do ficheiro móvel


¡ Todas as crianças em risco devem ter uma ficha individual (ver anexo 23) e deve-se ser
atribuir a cada criança um NID pessoal o qual deve ser transcrito para esta ficha;
¡ As fichas individuais devem ser arquivadas num ficheiro especial chamado ficheiro móvel,
organizado por meses (em mês corrente e mês seguinte): no fim de cada consulta a ficha
da criança deve ser colocada na divisão correspondente ao mês marcado para a consulta
seguinte;
52 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

¡ As fichas individuais das crianças que faltaram permanecem na divisão correspondente ao


mês da consulta corrente, isto e, não “avança” no ficheiro para o mês seguinte;
¡ A correcta utilização deste ficheiro permite-nos identificar os faltosos que, muitas vezes, são os
que necessitam de maiores cuidados, e realizar a chamadas telefónicas ou visitas consentidas
de reintegração;
¡ Considera-se faltosa uma criança que não aparece à consulta até 30 dias após a data marcada;
¡ Considera-se abandono quando uma criança não aparece à consulta após 2 meses da data
marcada, e tenham sido feitas tentativas para encontrá-la no domicílio. Pra casos específicos
como o PRN, em função da periodicidade das visitas (semanal ou quinzenal) considera-se
abandono a ausência em 2 visitas consecutivas, o período acima de 15 dias ou 1 mês, de
acordo com o protocolo;
¡ O ficheiro móvel deve ter uma divisão/gaveta para os faltosos e para as altas (por melhoria,
abandonos, transferências e óbitos).

1.2. Chamadas telefónicas e visitas domiciliárias


¡ A maioria das crianças em risco que necessitam de atendimento na CCR provém de famílias
com problemas sociais, por isso é natural que se registe uma percentagem elevada de
faltosos;
¡ Para conseguir um adequado seguimento das crianças identificadas, é indispensável que
o pessoal de saúde organize a lista dos faltosos e abandonos e inicie o processo de busca
através de chamadas telefónicas e visitas domiciliárias, para trazê-las de volta ao controle;
¡ A US deverá, em princípio, organizar as buscas pelos faltosos e abandonos da CCR, de
forma integrada com os dos outros sectores (ex: com doentes faltosos com Tuberculose, HIV,
grávidas em risco – ARO, etc.), racionalizando da melhor forma esta actividade e procurando
parcerias com a comunidade e OCBs.

1.3. Colaboração com a comunidade


Para que o pessoal de saúde tenha sucesso nas suas actividades de visitas domiciliárias, é necessário que
tenha uma estreita ligação com a comunidade (ex: APEs, parteiras tradicionais, activistas, mãe mentora).
Cada US deve ter um ponto focal para comunicação com a comunidade. As US devem cooperar
com as diferentes organizações da comunidade já existentes (ex: Comités de Saúde, Comités de Co-
gestão, Conselhos de líderes, Confissões religiosas, Organizações de Comunitárias de Base e outras),
desenvolvendo desta forma confiança e coesão com a população alvo.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 53

2. Actividades no atendimento da criança em risco

A conduta a ter nas crianças em risco depende do motivo (nos parágrafos a seguir serão detalhadas as
actividades previstas para cada categoria de crianças). Existem actividades que devem ser desempenhadas
de um modo geral em todas as crianças independentemente do tipo de problema que se apresenta,
nomeadamente:
¡ Controle do peso, medições antropométricas e avaliação do desenvolvimento psicomotor;
¡ Garantir o cumprimento do calendário de vacinação;
¡ Atribuição do NID e introdução dos dados da criança no livro de CCR;
¡ Abertura e actualização da ficha individual da criança em risco: a ficha é aberta na primeira
consulta e deve ser actualizada a cada contacto;
¡ Preenchimento detalhado das guias em caso de referência/transferência da criança para
outro lugar/sector;
¡ Anotação das informações relevantes (Prevenção de Transmissão Vertical do HIV e Sífilis da
mãe e criança, Testagem da criança, Profilaxias do recém-nascido com ARVs e Cotrimoxazol,
PTV da mãe, Parâmetros de Desenvolvimento Psicomotor, Parâmetros Antropométricos) no
cartão de saúde da criança e na ficha individual ou processo clínico da criança;
¡ Deve-se oferecer a todas crianças e seus cuidadores com seroestado desconhecido o
aconselhamento e testagem de HIV;
¡ Aconselhamento em alimentação infantil, boas prácticas de higiene, actividades estimulantes,
etc.

Registos fundamentais:
¡ Todas as crianças em risco (independentemente do seu seroestado) atendidas na CCR
devem ser registadas no livro da CCR e actualizado o seu seguimento a cada contacto;
¡ As crianças expostas ao HIV devem ser registadas também no livro da PCR na altura da
realização do teste;
¡ As crianças que recebem ATPU ou CSB-Plus devem ser registadas também no livro do PRN;
¡ Deve-se registar todos os testes rápidos consumidos no sector no mapa de consumo diário
de testes rápidos diariamente;
¡ A mulher lactante da criança cuja entrada na CCR foi por outro motivo de risco que não seja
a exposição ao HIV, após a testagem positiva para HIV, deve ser registada no livro da CCR;
¡ Os resultados da testagem do parceiro e acompanhantes devem ser registados no livro de
ATS alocado ao sector.
54 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

3. Criança exposta ao HIV

3.1. Introdução e definição


Uma mulher infectada pelo vírus de HIV pode transmitir a infecção ao filho durante a gravidez, o parto ou
amamentação. Essa forma de transmissão da infecção de mãe para filho chama-se Transmissão Vertical.
A Prevenção da Transmissão Vertical (PTV) visa implementar medidas preventivas para proteger a saúde
das mães, reduzir ao mínimo o risco das crianças adquirirem o HIV e providenciar o seguimento delas até
ao diagnóstico definitivo.
No âmbito da PTV, o seguimento das mães inicia na CPN, continua na sala de parto, na consulta pós-natal
e na consulta da criança em risco (como par mãe-filho), enquanto o seguimento das crianças inicia na sala
de parto e continua na CCR, e somente se a criança apresentar um diagnostico de HIV passará juntamente
com a sua mãe para a consulta de doença crónica.
O seguimento das crianças expostas ao HIV na CCR inicia apartir do primeiro mês de idade, mas qualquer
criança filha de mãe seropositiva com menos de 18 meses que apareça na consulta deve ser registada e
atendida segundo as normas (ver anexo 2).
As crianças expostas ao HIV na CCR devem receber os devidos cuidados até os primeiros 18 meses de
vida, que incluem: o controle do crescimento ponderal, avaliação do desenvolvimento psicomotor, oferta
de profilaxias com CTZ, ARVs e INH (se elegível), e oferta de testagem do HIV para o diagnostico segundo
o algoritmo de testagem na criança (ver anexo 3). Embora o algoritmo preconiza o uso quer do teste de
PCR ADN para HIV como do teste serológico (teste rápido), a confirmação do diagnóstico me crianças
menores de 18 meses recomenda-se que seja feita apenas com PCR ADN de HIV e, para crianças com
idade igual ou superior a 18 meses, o diagnóstico deve ser feito com teste rápido.
Se durante o período de seguimento a criança apresentar sinais e sintomas de infecção pelo HIV ou um
dos resultados dos testes de PCR feitos for positivo, a criança deve imediatamente iniciar o TARV, colher
um PCR de confirmação e ser referenciada para os serviços de cuidados e tratamento.

Nota: Todas as crianças com idade inferior a 18 meses das quais não sabemos
o seroestado da mãe para o HIV, deve-se oferecer o teste rápido à mãe ou a
criança (caso a mãe esteja ausente ou recuse fazer o teste) para saber se a
criança é exposta ao HIV ou não, e dependendo do resultado deve-se seguir o
algoritmo de testagem da criança. Após ter confirmação de exposição para o
HIV é que se pode oferecer o teste de PCR ADN de HIV à criança.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 55

3.2. Avaliação e conduta


¡ História clínica da mãe: seguimento na CPN, maternidade, regime de ARV, estadiamento da
OMS (ver anexo 5), carga viral, etc;
¡ História clínica recente da criança, incluindo informações sobre alimentação infantil,
cumprimento do calendário de vacinas, contactos com TB e internamentos recentes;
¡ Exame físico completo com avaliação do peso, estatura, peso para estatura, perímetro craniano,
edemas, desenvolvimento psicomotor e reconhecimento de sinais de alarme (Pneumonia grave,
Desnutrição, Candidíase oro-esofágica, Dermatite crónica, Otite crónica, Diarreia persistente,
Linfadenopatia persistente e generalizada, Sarcoma de Kaposi);
¡ Testagem de HIV de acordo com o algoritmo de diagnóstico precoce infantil (ver anexo 2).

3.3. Diagnóstico de HIV nas crianças menores de 18 meses:


¡ Todos os lactentes com o estado serológico desconhecido têm que ter a confirmação da
exposição ao HIV no primeiro contacto com a US;
¡ Todas as crianças expostas ao HIV devem fazer o teste virológico (PCR HIV) entre o 1º e o 9º
mês de vida, entretanto recomenda-se que o 1º teste de PCR seja feito entre as 4 semanas
(na 1ª consulta de CCR) e 8 semanas de vida;
¡ Todas as crianças com teste PCR HIV positivo devem ter um 2º teste PCR HIV para confirmar
o diagnóstico. Contudo, recomenda-se que a colheita da amostra para o 2º teste PCR HIV
seja feita na altura da entrega do resultado do primeiro teste PCR HIV;

Nota: Toda a criança com resultado do primeiro de teste PCR DNA HIV positivo
deve INICIAR O TARV, SEM ESPERAR O RESULTADO DO 2º TESTE PCR HIV.

¡ Todas as crianças expostas ao HIV com idade entre 9-17 meses, que não fizeram o PCR HIV
antes ou que tiveram o resultado do 1º teste PCR HIV negativo, devem fazer o teste de PCR
HIV. As crianças que tiverem o resultado de PCR HIV positivo devem iniciar o TARV e colher
obrigatoriamente o teste de confirmação;
¡ Em crianças com teste de PCR HIV negativo aos 9 meses e que não estão em aleitamento
materno há mais de 3 meses, e sem nenhum sinal ou sintoma sugestivo de infecção pelo HIV,
deve-se excluir a infecção por HIV e recomenda-se: parar a profilaxia com Cotrimoxazol dar
alta da CCR e continuar o seguimento na CCS;
¡ Para as crianças expostas ao HIV e que não têm acesso ao teste PCR DNA HIV, mas que
apresentam sinais ou sintomas sugestivos da infecção pelo HIV e um teste rápido positivo,
faz-se o diagnóstico presuntivo e deve inicia o TARV no mesmo dia, enquanto se colhe o PCR
DNA HIV (ver anexo 4).
56 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

3.4. Tratamento de rotina:


A profilaxia reforçada com ARVs para criança exposta ao HIV consiste na oferta AZT e NVP em xarope
nas primeiras 6 semanas de vida, seguida de xarope de NVP isolada por mais 6 semanas perfazendo 12
semanas de tratamento profiláctico no total.

Tabela 10. Dosagens de AZT e NVP para profilaxia reforçada da criança exposta ao HIV.

Dosagens de AZT e NVP para Profilaxia da criança exposta ao HIV com IG ≥ 35


semanas

Do nascimento até 6ª semana de Vida


Peso ao nascimento Quantidade de AZT (ml) Quantidade de NVP (ml)
(gramas)
1000g - 1499g 0.6 ml 0.3 ml
1500g - 1999g 0.8 ml 0.4 ml
2000g - 2499g 1ml 1 ml
≥2500 1.5 ml 1.5 ml
Da 7ª a 12ª semana de Vida
7ª a 12ª semana de Vida NÃO APLICÁVEL 2 ml
No caso de mulheres que tiveram parto fora da maternidade, independente de estar ou
não em TARV e do tipo de aleitamento (materno ou artificial), devem iniciar profilaxia
reforçada apenas se chegarem a US dentro de 72h. Após esse período, fazer profilaxia
apenas com NVP.

A NVP e o AZT estão disponíveis nas seguintes formulações:


¡ NVP xarope: 10mg/ml em frascos de 100 ml ou de 240 ml
¡ AZT Xarope: 10mg/ml em frascos de 100 ml ou de 240 ml

Considerações importantes em relação a profilaxia reforçada das crianças de acordo com a


situação de TARV da mãe:
¡ No caso de criança exposta cuja mãe inicia TARV na lactância ou muda de linha terapêutica,
a profilaxia reforçada é suspensa 12 semanas pós-inicio TARV da mãe;
¡ Na primeira consulta na CCR, a ESMI deve colher amostra de PCR e seguir o algoritmo de
diagnóstico precoce infantil (ver anexo 2)
¡ US com POC:
• Se PCR positivo – Iniciar TARV;
• Se PCR negativo – iniciar profilaxia com NVP e suspender depois de 12 semanas após
o início do TARV da mãe.
¡ US com PCR convencional: iniciar profilaxia com NVP e colher o PCR no mesmo dia
• Se PCR positivo – suspender a profilaxia e iniciar TARV;
• Se PCR negativo ou sem resultado de PCR – continuar a profilaxia com NVP e
suspender depois de 12 semanas após o início do TARV da mãe.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 57

¡ No caso a mãe lactante não inicia o TARV, a profilaxia reforçada da criança exposta mantem-
se até as 2 semana após o desmame.

Mulher que inicia segunda linha na lactância


¡ No caso de uma criança que está em profilaxia reforçada, cuja mãe tem falência terapêutica
confirmada e deve trocar para segunda linha TARV, a criança deve prolongar a profilaxia com
NVP por 12 semanas após início de segunda linha da mãe.

Figura 16. Oferta da profilaxia para HIV em crianças nascidas fora da maternidade

Profilaxia com Cotrimoxazol para criança exposta


A profilaxia com Cotrimoxazol, para a criança exposta ao HIV, deve iniciar com 4 semanas (1 mês) de vida.
O CTZ está disponível nas seguintes formulações:
¡ Xarope: 40mg TMP/200mg SMX por cada 5ml
¡ Comprimidos para adultos: único 80 TMP/ 400mg SMX

Tabela 11. Dosagem de Cotrimoxazol profiláctico

Dosagem de CTZ: DOSE ÚNICA por dia


Xarope Comprimido único para
PESO (kg)
(40mg/200mg para 5 ml) adulto (80mg/ 400mg)

<7 2,5m ¼ Comprimido

7-10 5ml ½ Comprimido

10-15 7,5ml 1 Comprimido


15-20 10ml 1 Comprimido
≥ 20 NA 2 Comprimidos
58 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Critérios de suspensão do Cotrimoxazol na criança exposta:


Deve-se suspender o cotrimoxazol a toda a criança com diagnóstico definitivo negativo:
¡ Criança com 1º PCR negativo e que aos 9 meses apresenta resultado de PCR HIV negativo
e que não estão em aleitamento materno há mais de 3 meses e não apresenta nenhum sinal
ou sintoma sugestivo de infecção pelo HIV. Esta criança é considerada HIV negativa, e deve
receber alta da CCR;
¡ Crianças com diagnostico definitivo negativo feito aos 18 meses de vida ou 3 meses após o
desmame.

Outros cuidados a criança


¡ Vitamina A de 6/6 meses de 6 até 59 meses de idade e Mebendazol de 6/6 meses de 12 até
59 meses de idade;
¡ Cumprimento do calendário de vacinação.

3.5. Periodicidade da consulta do par mãe-filho na CCR


¡ A criança exposta ao HIV deve ser atendida mensalmente até aos 12 meses, e depois bi-
mensal até aos 18 meses.

3.6. Critérios de alta da CCR:


¡ Deve ter alta da CCR e referida para o Serviço TARV a toda a criança com diagnóstico
definitivo positivo, nomeadamente:
• Criança com resultado de um teste de PCR HIV positivo em qualquer idade;
• Criança com resultado de Teste rápido para HIV positivo realizado aos 18 meses de
idade;
• Diagnostico presuntivo de HIV.
¡ Deve ter alta da CCR e referida para a Consulta da Criança Sadia toda a criança com
diagnóstico definitivo negativo, nomeadamente:
• Criança com 1º PCR HIV negativo e que entre os 9-17 meses apresenta resultado de
PCR HIV negativo e que não estão em aleitamento materno há mais de 3 meses e não
apresenta nenhum sinal ou sintoma sugestivo de infecção pelo HIV;
• Criança com resultado do teste rápido para HIV negativo realizado aos 18 meses que
tenha feito o desmame há mais de 3 meses.

Nota: Antes de confirmar o diagnostico definitivo negativo, deve-se perguntar


sempre à mãe quando parou de amamentar.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 59

3.7. Alimentação infantil no contexto HIV


Todas as mães devem amamentar exclusivamente os seus filhos nos primeiros 6 meses de vida, e introduzir
uma alimentação complementar adequada a partir dos 6 meses, mesmo que a mãe seja HIV+ ou tenha o
estado serológico desconhecido. De 6-12 meses, para todos as crianças, a amamentação deve continuar
(ver anexo 6).

Mãe ou o seu filho(a) com estado serológico desconhecido


¡ Às mães e seus filhos cujo estado serológico seja desconhecido, devem ser oferecidos serviços
de testagem. Consoante o resultado, deve-se seguir o esquema para mãe HIV+ ou mãe HIV-.
Se a mãe recusar fazer o teste para si mesma, deve-se seguir a opção para mãe HIV-.

Mãe HIV+ cujo filho(a) é HIV- ou tem o estado serológico desconhecido


¡ Deve amamentar exclusivamente até aos 6 meses, introduzir uma alimentação complementar
adequada a partir dos 6 meses e continuar com a amamentação até aos 12 meses;
¡ A partir dos 12 meses, a amamentação deve parar de forma gradual e segura, se uma dieta
nutricionalmente adequada e segura puder ser oferecida sem o leite materno;
¡ Se uma dieta nutricionalmente adequada e segura sem o leite materno não puder ser
oferecida, a amamentação deve continuar, até que esta seja assegurada;
¡ Quando for apropriado, deve-se dar orientações de como fazer o desmame, de forma gradual
e segura, de acordo com as normas nacionais do PTV.

Mãe HIV+ cujo filho(a) é também HIV+, e Mãe HIV-


¡ Deve amamentar exclusivamente até aos 6 meses, introduzir uma alimentação complementar
adequada a partir dos 6 meses e continuar com a amamentação até aos 24 meses ou mais.

IMPORTANTE: As mães infectadas pelo HIV e/ou os seus filhos devem beneficiar
de profilaxia ou tratamento com ARVs para a PTV do HIV, de acordo com a opção
disponível na US que frequentam, para reduzir o risco de transmissão através do leite
materno. No caso de haver indisponibilidade temporária de profilaxia para a mãe e/ou
a criança (ex. ruptura temporária de ARVs), deve-se seguir o esquema para mãe HIV+
cujo filho é HIV- ou tem o estado serológico desconhecido.

Considerações: As mães seronegativas devem ser aconselhadas sobre as formas


de prevenção da infecção pelo HIV e sobre os serviços disponíveis para ajudá-las a
manterem-se seronegativas, e devem ser oferecidas a testagem de rotina de acordo
com as normas nacionais do PTV.
60 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

3.8. Aconselhamento ao par mãe e criança


Crianças menores de 6 meses, poderão receber leite materno espremido e aquecido como estratégia
provisória de alimentação. O método de aquecimento consiste em colocar 50–150 ml de leite materno
espremido num frasco ou pote de vidro à prova de calor, previamente higienizado e esterilizado, numa
pequena panela com água. O nível da água deve estar a dois dedos acima do nível no leite. A água deve ser
aquecida até que comece a ferver vigorosamente e então o frasco com o leite é removido cuidadosamente
da água. Tapa-se o frasco e deixa-se o leite voltar à temperatura ambiente imergindo o frasco em água fria
ou deixando-o arrefecer livremente antes de o usar para alimentar a criança usando uma chávena ou um
copo. O leite materno aquecido deve ser usado dentro de uma hora.

Para mais informações técnicas: Consulte a Política e a Estratégia Nacional


de Alimentação Infantil; Cartões de Aconselhamento sobre Alimentação Infantil,
Algoritmo Alimentação Infantil no contexto de HIV e o algoritmo Apoiando uma
mãe HIV positiva a decidir como a alimentar a sua criança apartir dos 12 meses

A mãe/cuidador de uma criança exposta deve receber em cada consulta um aconselhamento abrangente
com os seguintes conteúdos:
¡ Necessidade de um seguimento periódico da criança até aos 18 meses de idade;
¡ Aleitamento materno exclusivo durante os primeiros 6 meses de vida e boas práticas de
aleitamento materno;
¡ Alimentação complementar e alimentação saudável para crianças a partir dos 3 anos
¡ Cuidados gerais da mãe e da criança;
¡ Opções de alimentação infantil e boas práticas de alimentação;
¡ Diagnóstico precoce infantil, tipos de testes feitos e momentos de testagem e preparação em
relação ao resultado;
¡ Importância da profilaxia com Cotrimoxazol e profilaxia reforçada com AZT e NVP;
¡ Importância do cumprimento do calendário de vacinação;
¡ Oferta de planeamento familiar, importância do uso do preservativo, importância do rastreio
do CACUM;
¡ Importância da adesão ao TARV e monitoria da resposta terapêutica através da carga viral;
¡ Actividades estimulantes apropriadas para a idade;
¡ Ligação com outros serviços de saúde e com grupos de apoio comunitário (ex: mães mentoras).
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 61

Figura 17. Fluxograma de seguimento da criança exposta ao HIV na CCR

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62 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

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NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 63

4. Criança exposta à Sífilis

Para fazer a avaliação da criança exposta a sífilis é necessário saber diferenciar crianças com sífilis congénita
das crianças expostas a sífilis.

4.1. Definição de sífilis congénita na criança


O diagnóstico de sífilis congénita é difícil de confirmar e neste momento o país não possui um meio que
seja rápido, sensível e específico para assegurar o diagnóstico, sobretudo nos RN que são assintomáticos.
Moçambique adoptou a definição de sífilis congénita conforme as orientações da OMS. Assim sendo,
considera-se sífilis congénita as seguintes situações clínicas:
¡ Todo feto produto de uma gestação com IG < 20 semanas, sem sinais de vida, cuja mãe
tenha resultado do teste rápido da sífilis positivo, realizado durante a gravidez ou parto;
Ou
¡ RN ou nado morto (≥ 20 semanas de gestação ou peso > 500 gr) nascido de uma mulher
com resultado do teste de sífilis positivo realizado em qualquer momento da gravidez ou parto
e cuja mãe não tenha feito tratamento adequado para sífilis segundo as normas.
Ou
¡ RN ou criança com idade inferior a 2 anos, nascido de uma mulher que tenha resultado
do teste de sífilis positivo realizado durante a gravidez, parto ou pós-parto e cuja criança
apresente evidência clínica, radiológica e/ou laboratorial sugestivos de sífilis, independente
do tipo de tratamento que a mãe tenha recebido (correcto ou incorrecto).
Ou
¡ RN ou criança com idade inferior a 2 anos, nascido de uma mulher com seroestado
desconhecido para sífilis (que não fez o teste rápido para sífilis na gravidez e/ou parto) e que
tenha evidência clínica, radiológica e/ou laboratorial sugestivos de sífilis;

4.2. Criança exposta a sífilis


Todo o RN filho de mãe com teste de sífilis positivo realizado durante a gravidez, parto ou pós-parto e que
não se enquadra nas definições de sífilis congénita descritas acima, é considerado criança exposta a sífilis.

Avaliação da criança exposta a sífilis


A avaliação da criança exposta a sífilis deve ser conduzida com os seguintes objectivos:
¡ Definir se a criança tem ou não diagnóstico de sífilis congénita;
¡ Decidir a conduta terapêutica e seguimento clínico de acordo com a condição identificada.
64 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Esta avaliação clínica deve contemplar duas componentes:


a) Investigação clínica da mãe para:
¡ Identificar se a mãe tem ou não sífilis;
¡ Verificar se a mãe fez ou não tratamento para sífilis;
¡ Verificar se o tratamento feito é considerado adequado, de acordo com a definição de
tratamento adequado para sífilis durante a gravidez.

b) Investigação clínica do RN ou da criança exposta a sífilis


¡ Excluir sífilis congénita na criança através da verificação da presença ou não de sinais clínicos,
radiológicos e laboratoriais de sífilis logo à nascença,
¡ Se indicado, avaliar comparativamente a titulação dos anticorpos maternos com os da
criança para confirmação do diagnóstico (sempre que possível, dependendo da rede
laboratorial) e enquadrar o RN nas diferentes categorias clínicas de RN filhos de Mãe com
Sífilis nomeadamente:
• RN sem sífilis;
• RN com sífilis pouco provável;
• RN com suspeita de sífilis congénita;
• RN com sífilis congénita.

O seguimento das mães com diagnóstico confirmado de sífilis deve iniciar na consulta pré-natal, continuar
na sala de parto e na consulta pós-parto, o Se a mulher for sífilis positiva, o seguimento da criança deverá
continuar também na consulta de CCR, o Na sala de partos, e na CPP, de acordo com o tipo de tratamento
que a mãe tenha feito, do resultado do TR ou RPR quantitativo da criança e, da presença ou não de sinais
e sintomas sugestivos de sífilis congénita, a criança pode ser classificada como (figura 16):
¡ RN sem sífilis
¡ RN com sífilis pouco provável
¡ RN com suspeita de sífilis congénita
¡ RN com sífilis congénita

NOTA: Toda criança com diagnóstico confirmado de sífilis congénita


identificada em qualquer porta de entrada na SMI devera ser referida para
tratamento em regime de internamento. Após a alta, deverá ser encaminhada
para seguimento na consulta clínica na US da zona de residência. NÃO É
RECOMENDADO SEU SEGUIMENTO NA CCR após confirmação diagnóstica
prévia de sífilis e tratamento completo.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 65

¡ O seguimento dos RN expostos a sífilis deve iniciar na sala de parto, após alta da maternidade
continuar na consulta pós-natal e posteriormente, na CCR por um período de 6 – 12 meses
que vai depender do resultado dos Teste Rápido (TR) feitos durante o seguimento conforme o
algoritmo do ‘’Fluxograma de atendimento da criança exposta a sífilis na CCR’’ (ver anexo 6).

Figura 18. Classificação do RN exposto a sífilis

Classificação do RN
exposto a Sífilis Descrição

RN sem Sífilis Consideram-se RN sem Sífilis, aqueles que estão assintomático e tem
TR negativo para Sífilis
e
São filhos de uma mãe que foi correctamente tratada, isto é, a mãe
recebeu tratamento com 1 dose de Penícilina Benzatinica até pelo
menos 30 dias antes da data do parto e seu parceiro sexual foi
também tratado.

RN com Sífilis Considera-se RN com Sífilis pouco provável:


pouco provável 1. Todos os RN assintomáticos e que tenham resultado de TR
positivo para Sífilis
e,
São filhos de uma mãe com Sífilis e que tenha sido correctamente
tratada, isto é, a mãe recebeu tratamento com 1 dose de Penicilina
Benzatinica até pelo menos 30 dias antes da data do parto e seu
parceiro sexual foi também tratado.

2. Todos os RN assintomáticos e que tem resultado de TR negativo


para Sífilis
e
são filhos de Mãe com Sífilis e que tenha sido:
a. Incorrectamente tratada, ou
b. Não foi tratada durante a gravidez e parto.

RN com Suspeita de Consideram-se RN com Suspeita de Sífilis Congénita aos RN


Sífilis Congénita assintomáticos e
que têm TR positivo para Sífilis e são filhos de:
c. Mãe com Sífilis incorrectamente tratada, ou
d. Mãe que não foi tratada durante a gravidez e parto
RN com Sífilis Consideram-se RN com Sífilis Congénita:
Congénita
1. Todos os RN sintomáticos (com sinais e sintomas sugestivos de
Sífilis), independente do seu resultados do TR para Sífilis e que
sejam filhos de mãe com Sífilis, independente do tipo de tratamento
que a mãe tenha feito (correcta ou incorrectamente tratada);
2. Todos os RN assintomáticos e que tenha resultado de TR positivo
para Sífilis e são filhos de mãe com Sífilis correctamente tratada.

NOTA:
Toda criança com diagnóstico confirmado de Sífilis congénita identificada em qualquer
porta na SMI deve ser referida para tratamento em regime de internamento. Após a alta,
deverá ser encaminhada para seguimento na consulta clínica na US da zona de
residência NÃO É RECOMENDADO SEU SEGUIMENTO NA CCR após confirmação
diagnóstica prévia de Sífilis e tratamento completo.
66 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

4.3. Critérios para seguimento, na CCR, da criança exposta a sífilis


Considera-se criança exposta a Sífilis com indicação para seguimento na CCR toda a criança que foi
classificada na maternidade ou na CPP como (ver anexo 7):
• RN sem sífilis;
• RN com Sífilis pouco provável;
¡ As crianças que foram classificadas como RN com sífilis congénita e que tenham feito
tratamento em regime de internamento, após a alta não devem ser seguidas na CCR. O
seguimento destas crianças deve ser feito na consulta clínica na US, para continuar a monitoria
do crescimento e desenvolvimento e do surgimento de sequelas ósteo-neurológicas.

Quando deve começar o seguimento na CCR


¡ Após a alta da maternidade o RN deve ser seguido na CPP. A partir do primeiro mês de vida
o seguimento deve ser feito na CCR onde as crianças devem receber cuidados clínicos até
ao diagnóstico definitivo para sífilis, que pode ser feito ao 6º ou 12 mês de vida ( ver anexo 7);
¡ Crianças que durante o período de observação sejam diagnosticadas com sífilis activa, quer
seja através do diagnóstico clínico (sinais e sintomas) ou através do teste rápido para sífilis,
devem ser imediatamente referidas para o internamento para iniciar tratamento recomendado.

4.4. Abordagem clínica para a criança exposta a sífilis


4.4.1. Primeira consulta de CCR
Na CCR deverá ser aberto um processo clínico de CCR (actualmente em uso para todas as crianças
de atenção especial), tendo atenção de explorar todas as componentes para o correcto seguimento
clínico de uma criança, desde a anamnese, exame físico de rotina e tratamentos de rotina. Em relação as
especificidades para o atendimento da criança exposta a sífilis, a ESMI deve ter atenção para explorá-las.

Anamnese
Na história materna e neonatal investigar resultado do teste de sífilis e os tratamentos efectuados pela mãe
durante gravidez (fármaco usado e duração do tratamento);

Exame físico
¡ Dados antropométricos: peso, estatura, perímetro craniano;
¡ Estado geral: mucosas, pele, gânglios, ouvidos, avaliação cardíaca, pulmonar, abdómen,
extremidades (para identificação de eventuais sinais de alerta), exame neurológico;
¡ Avaliação do estado nutricional: P/E, edema. Avaliação do desenvolvimento psicomotor;
¡ Sinais e sintomas sugestivos de sífilis congénita, nomeadamente:
• Rinite ou descarga nasal;
• Rash cutâneo;
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 67

• Hepatomegália;
• Esplenomegália;
• Anomalias hematológicas.

4.5. Calendário de Seguimento clínico da criança exposta a sífilis:


4.5.1. Seguimento clínico da criança

Uma vez inscrita na CCR, o calendário de seguimento clínico da criança será:


¡ Consulta mensal durante os primeiros 6 meses de seguimento;
¡ Ao 6º mês de vida, será oferecido TR da criança para monitoria da seroconversão:
• Crianças que reunirem critérios para alta, serão referidas para a CCS,
• Crianças que não reúnam critérios para alta devem continuar a fazer consulta clínica
trimestral e repetir avaliação final aos 12 meses de vida, através do resultado do TR
para sífilis.

4.5.2. Seguimento laboratorial da criança

O seguimento laboratorial da criança consiste em (ver anexo 8):


¡ Á entrada na CCR:
• A ESMI deve registar no processo da criança e no cartão de saúde da criança o resultado
do TR realizado na maternidade;
• Caso não tenha feito o TR para sífilis na maternidade, ou não tenha registo dos resultados
dos testes feitos no cartão de saúde da criança, oferecer TR de sífilis a criança na 1ª
CCR;
¡ Realizar os testes rápidos de Sífilis á criança no 6º mês de vida
• A interpretação dos resultados dos testes e a conduta clínica deverá seguir o fluxograma
de atendimento da crianca exposta a sífilis na CCR;
• Algumas crianças poderão ter critérios de alta nesta consulta.
¡ Para as crianças que não reunirem critérios de alta, deverão continuar o seguimento na CCR
e repetir o TR ao 12º mês (se indicado):
• Nesta consulta, todas as crianças devem ter o diagnóstico definitivo.

Nota: A ESMI deve ter atenção para harmonizar a data da consulta com a data
em que serão feitos os testes rápidos para o controle da sífilis bem como com as
datas para seguimento de outras condições de risco concomitantes.
68 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

4.6. Critérios de alta da CCR para crianças expostas a sífilis


4.6.1. Alta da CCR para tratamento em regime de internamento
Toda criança que tiver diagnóstico de sífilis congénita, isto é:
¡ Criança que á entrada na CCR apresenta sinais e sintomas sugestivos de sífilis congénita;
¡ Crianças que apresenta resultado do TR para sífilis positivo ao 6º mês, mas que o TR para
sífilis a entrada era negativo;
¡ Criança que ao 12º mês de vida apresenta resultado do TR para sífilis positivo.

Nota: Todas crianças diagnosticadas com sífilis congénita na CCR, devem receber:
• 1ª dose de Penicilina Benzatínica na CCR no dia do diagnóstico
• Alta da CCR e referência para enfermaria de pediatria para completar
o tratamento da sífilis.
o Após a alta da enfermaria, as crianças não devem continuar a serem seguidas
na CCR. Devem ser encaminhadas para a consulta clínica.

4.6.2. Alta da CCR para Consulta da criança sadia


Terá alta da CCR para CCS, toda a criança exposta a sífilis, que tiver diagnóstico definitivo de criança sem
sífilis ao 6º ou ao 12º mês de vida, de acordo com o algoritmo (ver anexo 6).

5. Criança em contacto com tuberculose pulmonar

Todas as crianças menores de 15 anos que entrem em contacto com adultos ou adolescentes com
tuberculose têm um grande risco de contraírem a infecção e desenvolverem a doença, especialmente em
caso de contactos intra domiciliários, por isso, devem ser atempadamente reconhecidas e encaminhadas
para tratamento mais conveniente.

CONCEITOS-CHAVE
¡ Contacto com TB: Qualquer pessoa (crianças, adolescentes e adultos) que esteve exposta a
uma pessoa com TB;
¡ Contacto próximo: Qualquer pessoa (crianças, adolescentes e adultos) que partilhe o mesmo
espaço físico com o caso fonte por um tempo prolongado diurno ou nocturno;
¡ Caso fonte: É um paciente com TB infecciosa (baciloscopia positiva ou negativa) que transmite
a infecção para uma ou mais pessoas.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 69

A conduta para o seguimento das crianças expostas à tuberculose varia segundo o tipo de tuberculose
(sensível ou resistente) do caso fonte, a idade da criança, estado clínico da criança e o seu estado serológico
de HIV. A decisão sobre o tratamento curativo ou o tratamento preventivo de tuberculose (TPT) é da
responsabilidade do profissional da saúde mais experiente da US (médico ou técnico de medicina). Sendo
assim, toda criança identificada como contacto de tuberculose pulmonar deve ser encaminhada para uma
observação clínica, onde será feito o rastreio de TB e posteriormente encaminhada para a CCR ou para o
sector de tratamento de tuberculose (PNCT), de acordo com o resultado do rastreio feito na criança.

5.1. Critérios de admissão à CCR:


¡ Crianças dos 0 a 14 anos, HIV negativas com história de contacto com um adulto ou
adolescente com tuberculose pulmonar;

Na CCR, o provedor de saúde será responsável pelo:


¡ Seguimento das crianças ou RN expostos à TB sem sinais e sintomas de TB activa;
¡ Oferta de TPT as crianças com critérios: crianças menores de 15 anos, HIV negativas com
história de contacto com TB pulmonar sem sinais de doença activa (TB);
¡ Vigiar o eventual aparecimento de sintomas/sinais sugestivos de TB durante as consultas de
seguimento. Se a criança desenvolver sinais/sintomas de TB deve ser seguido o algoritmo de
diagnóstico de TB em crianças menores de 15 anos (ver anexo 10);
¡ Vigiar a ocorrência de possíveis reacções adversas ao tratamento preventivo para tuberculose,
avaliar a sua gravidade e tratar conforme recomendado (ver páginas 81 e 84).

Nota: Os provedores de saúde da CCR têm também a responsabilidade de,


a cada consulta da CCR, realizarem o rastreio da tuberculose para todas as
crianças em seguimento na CCR independentemente do motivo de admissão.
Caso se identifique um provável contacto, será necessário referir o paciente à
consulta clínica. Posteriormente esta criança será referida para tratamento ou
deverá continuar o seguimento na CCR segundo o resultado do rastreio.
70 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Figura 19. Rastreio da tuberculose na criança e no adolescente

Em todas as portas de entrada de atendimento pediátrico,


investigue os seguintes sinais e sintomas:

Crianças Adolescentes
Tem Tosse? Tem Febre?

Tem Febre? Tem Emagrecimento?


Tem Perda de Peso ou Falência de
Crescimento? Tem Sudorese Nocturna?
Tem História de contacto com TB nos Tem Tosse?
últimos 2 anos ou mais resposta na
família?

Tem Fadiga? Tem Astenia?

Tem Adenopatias Cervicais? Tem Contacto com


Tuberculose?
Se a resposta for SIM a qualquer uma destas perguntas consulte o algoritmo de diagnóstico clínico.

Nota: Se a resposta for SIM para qualquer pergunta de rastreio, a criança


deve ser avaliada por um clínico usando o algoritmo de diagnóstico de TB em
crianças menores de 15 anos (ver anexo 10).

5.2. Avaliação e conduta clínica:


Durante o seguimento das crianças com contacto com tuberculose, devem ser avaliados os seguintes
aspectos:
¡ Controlo do peso e estado nutricional;
¡ Avaliação de sinais/ sintomas suspeitos de tuberculose (febre persistente de pelo menos duas
semanas, tosse de pelo menos duas semanas, emagrecimento ou falência de crescimento,
fadiga ou diminuição da actividade física, aumento não doloroso dos gânglios linfáticos (ex:
axilares, cervicais);
¡ Avaliação dos efeitos secundários do TPT (ex: icterícia, neuropatia periférica e outros).
Assegurar-se que a família esteja a cumprir com o tratamento e seja regular no levantamento
dos medicamentos.

5.3. Tratamento preventivo da tuberculose:


5.3.1. Critérios de elegibilidade
Todas crianças menores de 15 anos, HIV negativas com história de contacto com TB pulmonar e sem
sinais de doença activa (TB);
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 71

5.3.2. Critérios de exclusão


• Presença de sinais e sintomas de TB;
• Doença hepática aguda ou crónica;
• Neuropatia periférica;
• Alergia a medicamentos do regime.

5.3.3. Regimes de Tratamento Preventivo de Tuberculose


A escolha do regime de TPT depende da idade e do tipo de tuberculose do caso fonte, da idade e do peso
da criança:

Tabela 12. Escolha do regime de TPT de acordo com a idade da criança e tipo o de TB do caso fonte

Tipo de TB do Idade da Regime de TPT a Periodicidade da


caso fonte criança administrar toma Duração

TB sensível Crianças < 2 anos OU Isoniazida Diária 6 meses


Crianças 0-14 anos
com contra-indicações
do 3HP
TB sensível Crianças de 2-14 anos 3HP (Isoniazida + Semanal 3 meses
sem contra-indicações Rinfapetina)
do 3HP
TB 0-14 anos Levofloxacina Diária 6 meses
Multiresistente

Tratamento Preventivo de Tuberculose para crianças em contacto com TB sensível


¡ Tratamento Preventivo com Isoniazida
• Elegíveis: crianças menores de 2 anos ou crianças dos 0-14 anos com contra-indicações de
3HP;
• Dosagem 10mg/kg/dia. A dose máxima é de 300mg por dia;
• Duração do tratamento: 6 meses.
72 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Tabela 13. Dosagem de Isoniazida para crianças em TPT

Peso (Kg) Isoniazida comprimido 100mg


<5 ½ comprimido
5.1-9.9 1 comprimido
10-13.9 1 ½ comprimido
14-19.9 2 comprimidos
20-24.9 2 ½ comprimidos
>25 1 comprimido de Isoniazida 300 mg ou 3 comp de 100mg

Nota: Associar Piridoxina em todas crianças com TPT com Isoniazida (ver doses na tabela 14)

Tabela 14. Dosagem de Piridoxina para crianças em TPT

Peso Piridoxina cp 25mg Piridoxina cp 50mg


(nº de comprimidos) (nº de comprimidos)
Não recomendado para crianças nesta
< 5 Kg ¼ 3x por semana
faixa de peso
5-7.9 Kg ½ por dia ¼ 3x por semana
8-14.9 Kg 1 por dia ½ 3x por semana
>15 kg 2 por dia 1 por dia

Efeitos Adversos do Tratamento Preventivo com Isoniazida


Toxicidade hepática: Os principais sinais e sintomas de toxicidade hepática são
¡ Náuseas, vómitos, dor abdominal;
¡ Febre;
¡ Perda de apetite;
¡ Diarreia;
¡ Fraqueza ou fadiga;
¡ Icterícia/cor amarelada da pele e dos olhos, urina escura;
¡ Hepatomegalia;
¡ Enzimas hepáticas elevadas.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 73

Tabela 15. Graus de toxicidade hepática da Isoniazida

Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 Risco


Parâmetro Referência
Leve Moderado Severo de vida

ALT 11-35 U/L Menor de 3 3-5 vezes 5-10 vezes Mais de 10


vezes acima acima do acima do vezes acima
do normal normal normal do normal
Conduta Continuar TPT Suspender TPT
Fazer o Referir para avaliação clínica
seguimento
da criança até
o retorno das
transaminases

Atenção: No caso de hepatoxicidade de grau 2 em diante suspender o TPI,


e referir para o clínico. Este paciente nunca mais pode voltar a fazer TPT com
Isoniazida.

Neuropatia periférica: Os principais sinais e sintomas de neuropatia periférica são


¡ Parestesias (formigueiro, sensação de queimadura nas extremidades);
¡ Hipoestesia (dormência ou perda da sensibilidade);
¡ Quadro ascendente (dos pés para acima);
¡ Força muscular conservada;
¡ Reflexos ósteo-tendinosos diminuídos ou abolidos.
74 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Tabela 16. Graus da neuropatia periférica

Parâmetro 1 2 3 4

Sinais e Incómodo leve Incómodo Mudanças na Desconforto


sintomas moderado sensibilidade incapacitante,
(sensação de ou parestesia, causando
queimadura, causando impossibilidade
formigueiro, severo de fazer
sobretudo desconforto e actividades
nos membros impossibilidade básicas para
inferiores) de fazer auto-sustento
actividades
normais

Conduta Tranquilizar o Aumentar Suspender Suspender


paciente. a dose de TPI e referir ao TPI e referir ao
Não precisa Piridoxina clínico mais clínico mais
tratamento (duplicar a dose) diferenciado diferenciado
Considerar uso
de Amitriptilina

Nota: Em caso de neuropatia periférica de grau 3 e 4 deverá ser suspenso o


TPT e referir para o clínico. Quando o paciente desenvolver alguma reacção
adversa aos medicamentos deve ser notificado usando a ficha de notificação
de reacções adversas aos medicamentos, registar também no livro de TPI e no
processo clínico do paciente.

Tratamento Preventivo de Tuberculose com 3HP (Isoniazida + Rifapentina)


¡ Elegíveis: Crianças dos 2-14 anos que tenham um peso ≥10kg e sem contra-indicações para
uso do 3HP;
¡ Contra-indicações para uso de 3HP:
• Presença de sinais/sintomas de TB; Graus 1 2 3 4
• Paciente grave (doença por HIV/SIDA aguda e avançada) pela dificuldade de excluir TB
activa nestes pacientes;
• Doença hepática aguda ou crónica;
• Mulher grávida e lactante;
• Crianças <2 anos e <10kg;
• Neuropatia periférica;
• Abuso de álcool/drogas;
• Alergia aos medicamentos do regime.
¡ Duração do tratamento: 3 meses
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 75

Tabela 17. Dosagem de 3HP para TPT para crianças de 10-29,9kg

Medicamento Formulação Nº de comprimidos por Kg de peso

10-15,9Kg 16-23,9Kg 24-29,9Kg


Se a formulação disponível de Isoniazida for 100mg
Isoniazida Comprimido de 3 comprimidos 5 comprimidos 6 comprimidos
100mg por semana por semana por semana
(dispersível)
Rinfapentina Comprimido de 2 comprimidos 3 comprimidos 4 comprimidos
150mg por semana por semana por semana
Se a formulação disponível de Isoniazida for 300mg
Isoniazida Comprimido de 1 comprimido 1 comprimido 2 comprimido
300mg por semana de 300 + 2 por semana
(dispersível) comprimidos
de 100mg por
semana
Rinfapentina Comprimido de 2 comprimidos 3 comprimidos 4 comprimidos
300mg por semana por semana por semana

Nota: As crianças a partir dos 2 anos podem receber profilaxia com 3HP,
sempre que tenham um peso superior a 10kg, que sejam capazes de engolir os
comprimidos e não apresentem nenhuma contra-indicação. No caso de alguma
contra-indicação ao 3HP, deve-se administrar Isoniazida. O uso de Isoniazida
300mg reduz o número total de comprimidos por toma. Nas crianças capazes
de engolir os comprimidos esta formulação pode ser usada.
Associar Piridoxina em todas crianças em TPT com Isoniazida

Tabela 18. Dosagem de 3HP para TPT para crianças de ≥ 30kg

Medicamento Formulação Nº de comprimidos por Kg de peso


30-35,9Kg 36-45,9Kg 46-55,9Kg 56-69,9Kg ≥70Kg
Se a formulação de 3HP em Dose Fixa combinada (DFC) disponível
Isoniazida + Comprimido de 3 3 3 3 3
Rinfapentina 300mg/300mg
(Dose fixa combinada)
Se a formulação de 3HP em Dose Fixa combinada (DFC) não disponível

Isoniazida Comprimido de 300mg 3 3 3 3 3

Rinfapentina Comprimido de 150mg 6 6 6 6 6

Efeitos Adversos do Tratamento Preventivo com 3HP


Toxicidade hepática: No caso de qualquer suspeita de toxicidade hepática durante a toma de 3HP,
deve-se interromper o TPT, e referir ao clínico para avaliar outras possíveis causas de hepatotoxicidade,
assim como avaliar o grau de acordo com o valor das transaminases (ALT e AST).
76 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Os principais sinais e sintomas de toxicidade hepática são:


¡ Sinais e sintomas precoces:
• Fraqueza ou fadiga;
• Perda de apetite;
• Febre;
• Náuseas, vómitos, dor abdominal;
• Reacções gripais.

¡ Sinais e sintomas tardios:


• Dor abdominal;
• Icterícia, urina escura;
• Comichão;
• Fezes pálidas;
• Hematomas ou sangramento fácil.

Tabela 19. Conduta para hepatotoxicidade pelo 3HP, segundo o valor das transaminases

Níveis <3 vezes acima do ≥3 vezes acima do ≥10 vezes acima do


de ALT limite normal limite normal limite normal
Ou hepatite clínica grave
(icterícia, urina obscura,
dor abdominal) Conduta

Conduta Continuar 3HP Interromper 3HP Interromper 3HP


Monitorar sintomas Monitorar AST e Cuidados de apoio
Reavaliar factores de sintomas Monitorar testes de
risco Reavaliar factores de função hepática
Verificar AST novamente risco
se os sintomas não Reiniciar 3HP após
desaparecem desaparecimento dos
sintomas e AST <3x
ALN
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 77

Tabela 20. Outras reacções adversas ao 3HP

Reacção Características Conduta

Síndrome gripal Febre ou calafrio • Interromper 3HP


Fraqueza, fatiga, dor muscular • Referir para avaliação clínica
ou óssea, taquicardia ou e oferta de tratamento
palpitações, rubor, síncope,
sintomático segundo o caso
tonturas, cefaleias, conjuntivite,
suor, outros sintomas similares. • Reiniciar 3HP na dose
seguinte se os sintomas
Síndrome cutâneo Erupção, comichão, inchaço de
desaparecem
cara ou lábios (angioedema),
anafilaxia. • Reiniciar 3HP na dose
seguinte se os sintomas
Síndrome gastro- Náuseas, vómitos, dor
intestinal desaparecem
abdominal.
Referir para avaliação e manejo
Hipersensibilidade Hipotensão, taquicardia, segundo apropriado
grave síncope, broncoespasmo,
anafilaxia.
78 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Figura 20. Algoritmo de seguimento da criança de 0-14 anos em contacto com TB sensível

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

ALGORITMO DE SEGUIMENTO DA CRIANÇA EM CONTACTO COM TB SENSÍVEL

Exposição CONHECIDA a TB PULMONAR


(contacto próximo com adulto ou adolescente com TB Sensível)

Tem actualmente qualquer sinal ou sintoma sugestivo de TB


(tosse há pelo menos 2 semanas, febre há pelo menos 2 semanas, perda de peso/falência de
crescimento, cansaço fácil/fadiga, adenopatias )

NÃO SIM

HIV Positiva HIV Negativa

<15 anos: iniciar profilaxia e


fazer Seguimento na CCR

2-14 anos:
3HP durante 3 meses
< 2 anos:
ou Isoniazida durante 6
Isoniazida durante
meses se a criança tiver
6 meses
contra-indicações de
3HP

Iniciar Profilaxia independente da Idade, e fazer seguimento


na consulta integrada

2-14 anos, TARV com


Idade < 2 anos, em LPV/r ATZ/r ,NVP ou Ver algorítmo de
2-14 anos em TARV
TARV com contraindicação diagnóstico
com EFV, DTG
Isoniazida durante para 3HP: ou
3HP durante 3 meses
6 meses Isoniazida durante Referir ao clínico
6 meses

NOTA
Todas crianças HIV Negativas em contacto com TB devem ser seguidas na CCR durante 2 anos.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 79

Tratamento Preventivo de Tuberculose para crianças em contacto com TB Multiresistente


A TB resistente em crianças pode ocorrer através de 2 formas:
¡ Resistência primária: ocorre quando a criança/adolescente é infectada por uma cepa
do M. tuberculosis previamente resistente, através do contacto com um paciente com TB
resistente. Esta é a forma mais frequente de ocorrência de TB resistente na idade pediátrica.
¡ Resistência adquirida ou secundária: ocorre quando a criança é infectada por um
paciente com TB resistente e desenvolve resistência ao longo do tempo. Esta resistência
pode ocorrer quando a criança/adolescente não recebe tratamento adequado ou não adere
ao tratamento. É a forma menos comum em crianças.

Perante uma criança contacto de um caso de TBM(X)R deve ser feito o rastreio da tuberculose activa.
¡ Se a criança for sintomática, será referida para avaliação pelo clínico da US para completar
diagnóstico;
¡ Se a criança não tiver sintomas, devera ser referida pra seguimento clínico na CCR.

Tratamento Preventivo com Levofloxacina


O tratamento preventivo para contactos de pacientes com TB-MR deve ser prescrito após uma avaliação
cuidadosa da criança e informações confiáveis sobre o padrão de resistência aos medicamentos do caso
fonte.
¡ Se o caso fonte não tem resistência a Fluoroquinolonas: iniciar TPT com Levofloxacina;
¡ Se o caso fonte tiver resistência a Fluoroquinolonas: não iniciar TPT com Levofloxacina.

Critérios de elegibilidade:
Crianças dos 0-14 anos, HIV negativas em contacto com um caso de TB pulmonar multiresistente
¡ Contra-indicações:
• Presença de sinais e sintomas de TB;
• Caso fonte com resistência comprovada a Fluoroquinolonas (ex: Levofloxacina,
Moxifloxacina, Ofloxacina);
¡ Dosagem 15-20mg/kg/dia;
¡ Duração do tratamento: 6 meses.
80 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Tabela 21. Dosagem de Levofloxacina para crianças em TPT

Levofloxacina comprimido Levofloxacina comprimido


Peso (Kg)
de 100mg (dispersível) de 100mg (dispersível)
<4 Consulte Comité Terapêutico de TB
4-6,9 1 0,5
7-9,9 1,5 0,5
10-12,9 2 1
13-15,9 3 1
16-18,9 3,5 1,5
19-20,9 4 1,5
21-23,9 4,5 2
24-25,9 5 2
26-45,0 - 3
>45 - 4
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 81

Figura 21. Algoritmo de seguimento da criança em contacto com TB resistente

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

ALGORITMO DE SEGUIMENTO DA CRIANÇA EM CONTACTO COM TB


RESISTENTE

Exposição CONHECIDA a TB PULMONAR


(contacto próximo com adulto ou adolescente com TB Sensível)

Tem actualmente qualquer sinal ou sintoma sugestivo de TB


(tosse há pelo menos 2 semanas, febre há pelo menos 2 semanas, perda de peso/falência de
crescimento, cansaço fácil/fadiga, adenopatias )

NÃO SIM

HIV Positiva HIV Negativa

<15 anos:
fazer Seguimento na CCR

2-14 anos:
< 2 anos: 3HP durante 3 meses
Isoniazida durante ou Isoniazida durante 6
6 meses meses se a criança tiver
contra-indicações de
3HP

na consulta integrada

2-14 anos, TARV com


Idade < 2 anos, em LPV/r ATZ/r ,NVP ou Ver algorítmo de
2-14 anos em TARV
TARV com contraindicação diagnóstico
com EFV, DTG
Isoniazida durante para 3HP: ou
3HP durante 3 meses
6 meses Isoniazida durante Referir ao clínico
6 meses

NOTA
Todas crianças em contacto com TB devem ser seguidas na CCR durante 2 anos.
82 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

5.4. Aconselhamento
¡ O profissional de saúde deve explicar a criança/cuidador o motivo do tratamento e enfatizar
a importância de completá-lo;
¡ Aconselhar os cuidadores a levarem as crianças em TPT à consulta sem demora se tiverem
os seguintes sinais e sintomas de TB: tosse persistente, perda de peso ou emagrecimento,
fadiga / falta de vontade de brincar e febre;
¡ As pessoas que recebem o TPT, devem ser encorajadas a entrar em contacto urgente com o
profissional de saúde caso, no período entre as consultas, desenvolvam sintomas sugestivos
de reacções adversas tais como: anorexia, náuseas, vómitos, desconforto abdominal, fadiga
persistente ou fraqueza, urina escura e icterícia;
¡ Aconselhar ao caso fonte a cumprir ao tratamento de TB e a ir ao controlo no sector de
tratamento de TB serviço (PNCT).

5.5. Periodicidade da consulta de seguimento


¡ Crianças em TPT devem receber uma consulta mensal de seguimento até terminar o
tratamento; e depois de 6/6 meses até completar 2 anos de seguimento;
¡ Durante a consulta de seguimento, deverá ser feito o rastreio dos sinais e sintomas de TB,
pesquisa de efeitos adversos e aconselhamento e monitoria da adesão ao TPT;
¡ No caso que a criança desenvolva ao longo do seguimento sinais ou sintomas, deve ser
referida para o clínico (técnico ou medico da US) para completar o diagnóstico com uma
avaliação clínica completa, radiografia se possível e colheita de expectoração que será
enviada para cultura e teste de sensibilidade e proceder consoante aos resultados.
5.6. Critérios de referência para consulta clínica
¡ Crianças em seguimento que desenvolvam 1 ou mais sinais/sintomas suspeitos de doença
activa: tosse persistente que não melhore por duas semanas ou mais, perda de peso ou
falência de crescimento durante os últimos 3 meses, fadiga / falta de vontade de brincar,
febre persistente por mais de 14 dias ou complicação do tratamento com INH ou com 3HP.

5.7. Critérios de alta


¡ Dois anos após o início do seguimento na CCR.

5.8. Ligação entre os sectores da CCR e o Sector de tratamento da


Tuberculose (PNCT)
Para garantir que todas as crianças contacto de um caso de TB, são monitoradas de forma correcta, a US
deve definir um fluxo claro e funcional de referência e contra-referência entre os sectores de tratamento da
Tuberculose e a CCR. Este fluxo deve ser reavaliado regularmente através de um exercício de cruzamento
de dados para evitar a perda de crianças.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 83

¡ Papel do provedor do sector de tratamento da tuberculose:


• Fazer o levantamento de todos casos índices no livro de tratamento dos pacientes
com TB;
• Fazer o levantamento dos contactos de cada caso índice;
• Identificar os contactos pediátricos (0-14 anos) e referir para rastreio de tuberculose
por um clínico (médico ou técnico de medicina);
• Após o rastreio, identificar as crianças assintomáticas e HIV negativas e referir
(acompanhamento físico) para CCR para início de TPT.
¡ Papel do provedor do sector de CCR:
• Inscrever as crianças contacto de TB na CCR;
• Iniciar TPT;
• Marcar a consulta seguinte de acordo com as normas;
• Realizar o rastreio de TB em todas consultas.
¡ Os dois sectores devem:
Semanalmente
• Fazer a confirmação que todas crianças contacto referidas do PNCT, chegaram a CCR
e iniciaram TPT (cruzamento da lista de contactos e Livro da CCR);
• Fazer a confirmação que todas crianças que desenvolveram sinais e sintomas de TB
durante o seguimento na CCR e referidas para início de tratamento de TB, chegaram
ao PNCT e iniciaram tratamento de TB;
• Fazer a lista das crianças contacto faltosas as consultas de seguimento na CCR para
busca e reintegração ao TPT de modo a garantir a completude do tratamento.
Mensalmente
• Preencher a informação referente as crianças contacto de TB no resumo mensal da
CCR e do PNCT;
• Fazer a avaliação da coorte de 9 meses anteriores para verificar a completude do TPT.

Nota: Na abordagem das crianças contacto com tuberculose deve lembrar que:
• Na avaliação inicial da criança com contacto com TB não é
preciso fazer Mantoux nem Radiografia para definir elegibilidade a
quimioprofilaxia;
• A toma de TPT como profilaxia não predispõe aparição de futuras
resistências;
• Qualquer criança a fazer profilaxia que desenvolva sinais e sintomas
de doença por tuberculose deve ser referida e avaliada clinicamente
para descartar tuberculose. Se a tuberculose se confirma iniciara
tratamento conforme a sensibilidade do caso;
• O Provedor da CCR e do PNCT devem garantir um fluxo funcional
de referência e contra-referência entre os dois sectores e fazer o
cruzamento dos dados de forma regular.
84 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

6. Criança com crescimento insuficiente ou desnutrição

6.1. Introdução e definição


O profissional de saúde da CCR deverá classificar o estado nutricional da todas as crianças através da
avaliação de curva de crescimento, presença do edema bilateral, medição de peso, estatura e determinar
se a criança está com crescimento insuficiente ou desnutrição aguda.
Uma criança apresenta um crescimento insuficiente quando não tem aumento de peso entre duas
pesagens consecutivas, num intervalo não inferior a 1 mês e não superior a 3 meses, o que significa uma
curva de crescimento horizontal ou em declínio (veja a figura 2, página 19) no Cartão de Saúde da Criança
(CSC). As crianças com peso para estatura (P/E) ou IMC/ idade entre -2 e -3 desvios padrão (DP) ou com
presença de edema bilateral apresentam desnutrição aguda.
O crescimento insuficiente ou desnutrição aguda devem ser sempre considerados um sinal de alarme,
pois indicam que algo está a impedir o desenvolvimento normal da criança. A demora na detecção e
tratamento das causas responsáveis pode provocar consequências muito graves para a criança, por isso,
todos os casos de crescimento insuficiente ou desnutrição aguda detectados na CCS ou na CCD devem
ser imediatamente encaminhados para a CCR.
O profissional de saúde da CCR deverá classificar o estado nutricional da criança (usando as tabelas
de crescimento de acordo com o sexo e idade score Z – ver anexos 11,12,13,14,15 e 16), investigar a
presença de condições clínicas que expliquem a falência de crescimento ou desnutrição aguda e tratar a
criança ou referi-la ao nível superior de acordo com os critérios abaixo reportados.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 85

Score Z
A distribuição em Score Z é a apresentação em tabelas e gráficos dos valores
de cada parâmetro de acordo com a sua diferença em relação ao valor mediano
estimado para aquele sexo e aquela idade. Essa distância da mediana é
avaliada em unidades (ou fracções) de desvios padrão, considerando-se que
cada desvio padrão de diferença da mediana corresponde a uma unidade de
Score Z. O desvio padrão é a medida da variabilidade dos valores observados,
ou estimados com base na amostra, em relação à mediana ou à média.
Para calcular o escore z, utiliza-se a seguinte fórmula:

valor medido na criança = valor da mediana


Escore z =
valor do desvio padrão

6.2. Procedimentos para admissão e avaliação


¡ Todas as crianças que percorrem longas distâncias ou que esperam por muito tempo até
serem atendidas devem receber, na US, água açucarada a 10% (100ml de água+10g de
açúcar) de modo a prevenir a hipoglicemia. Se a criança está consciente e consegue beber,
deve-se dar a beber 50ml ou meio copo de água açucarada sempre que ela quiser. Se a US
não tiver água açucarada disponível pode-se oferecer F75 para beber;
¡ Avalie imediatamente a criança quanto ao risco de morte, e existência de sinais de perigo, e
inicie imediatamente o tratamento adequado para reduzir o risco de morte;
¡ A história clínica e exame físico mais detalhados devem ser feitos após superada a fase de
risco imediato de morte com particular atenção para antecedentes de contacto com TB ou
exposição ao HIV e a conduta alimentar;
¡ Em caso de história de contacto com adultos com TB, referir a criança à consulta médica
depois de ter tratado a criança segundo as normas;
¡ Em todos os casos, nos quais o estado serológico por HIV da mãe e da criança for
desconhecido, fazer aconselhamento e testagem para HIV. Em caso de teste positivo, referir
a mãe e a criança para a consulta das doenças crónicas depois de ter concluído com a
consulta na CCR;
¡ Fazer a avaliação do estado geral da criança, grau de desenvolvimento psicomotor, com recurso
aos marcos de desenvolvimento (consulte marcos de DPM por idade e sinais de alarme, na
componente da CCS) e presença de complicações: anorexia, presença de edema bilateral,
dificuldade respiratória, anemia grave, desidratação, alteração do estado de consciência. Para
a classificação do edema ver a tabela 4, na página 24 na componente de CCS;
¡ Fazer a classificação do estado nutricional através da medição do peso, estatura, e presença
de edema bilateral. Segundo estes parâmetros, a desnutrição aguda nas crianças pode ser
classificada como grave, moderada ou ligeira (ver tabela 3, na página 22).
¡ Registar a criança, ou adolescente, e anotar as suas medições na ficha individual de CCR, no
livro da CCR e no livro do PRN.
86 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

O resultado de ambas avaliações, nutricional e médica, determina se a criança vai receber o tratamento em
ambulatório (na CCR), ou vai ser encaminhada para o tratamento no internamento.
As crianças com desnutrição aguda grave (DAG) com sinais de doença/ complicações, ou que reprovam
no teste de apetite, devem ser urgentemente referidas para internamento na pediatria mais próxima,
depois de realizadas as medidas mínimas de estabilização do doente. As crianças com desnutrição
aguda moderada (DAM) e com desnutrição aguda grave (DAG), se estiverem alertas, com bom apetite
e sem complicações, devem receber tratamento ambulatório (na CCR), com seguimento regular.

Para mais detalhes sobre o tratamento da desnutrição aguda grave leia o


Manual de Tratamento e Reabilitação Nutricional.

6.3. Desnutrição Aguda Grave


6.3.1 Conduta clínica e tratamento de rotina
¡ Crianças com idade inferior a 6 meses ou com complicações (ex: anorexia, falta de apetite, vómitos,
convulsões, letargia, inconsciente, hipoglicémia, febre elevada, hipotermia, desidratação grave,
infecção respiratória, anemia severa, sinais de deficiência de vitamina A, etc) ou com edema, e
crianças com DAG ou DAM com idade igual ou superior a 6 meses e com o peso inferior a
4 Kg DEVEM SER TRATADAS EM INTERNAMENTO, DEVENDO SER REFERIDAS PARA O
HOSPITAL DE REFERÊNCIA. Se necessário, estabilizar a criança segundo o protocolo AIDI.
¡ Crianças com idade superior a 6 meses e sem complicações:
• Fazer aconselhamento e teste de HIV se o estado serológico for desconhecido;
• Dar Amoxicilina durante 7 dias na dosagem de 50-100 mg/kg/dia de peso corporal/
dia. Na 1ª consulta (dar a primeira dose de antibiótico sob supervisão do trabalhador de
saúde), e explicar à mãe ou ao provedor de cuidados como fazer o tratamento em casa;
• Dar uma dose única de desparasitante (Albendazol ou Mebendazol) na segunda semana
de tratamento;
• Deve se realizar um teste rápido de malária para todas as crianças admitidas no
tratamento da desnutrição na CCR. Se teste for positivo, a criança deve ser referida
para o internamento na enfermaria de pediatria.

Tabela 22. Dosagem de albendazol e mebendazol

Idade/peso
Albendazol Mebendazol Mebendazol
da criança ou
Comprimido (400 mg) Comprimido (500 mg) Comprimido (100 mg)
adolescente

< 1 ano NÃO NÃO NÃO


½ comprimido – dose ½ comprimido- dose ½ comprimido – de
< 10 kg
única única 12/12 h por 3 dias
1 comprimido – dose 1 comprimido – dose 1 comprimido – dose
≥ 10 kg única única 12/12 h por 3 dias
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 87

Tabela 23. Dosagem de Amoxicilina para crianças com DAG

Amoxicilina
Peso (Dose: 50 - 100mg/Kg/dia – 3 vezes ao dia – durante 7 dias)

Suspensão 125mg/5ml Suspensão 250 mg/5ml Comprimidos 250mg

< 10 kg 5 ml de 8 em 8 horas 2,5 ml de 8 em 8 horas ½ comprimido de 8


em 8 horas
1 comprimido de 8 em
10-30 Kg 10 ml de 8 em 8 horas 5 ml de 8 em 8 horas
8 horas
2 comprimidos de 8
>30 Kg Dar em comprimidos Dar em comprimidos
em 8 horas

• Dar Vitamina A apenas na quarta semana de tratamento ou no momento da alta.


A Vitamina A nunca deverá ser administrada se a criança tiver recebido uma
dose nos últimos 6 meses. É necessário encaminhar qualquer criança com sinais de
deficiência de vitamina A (ex: xeroftalmia) para o tratamento no internamento hospitalar,
uma vez que a condição dos olhos pode se deteriorar muito rapidamente e o risco de
cegueira é elevado.

Tabela 24. Dosagem de Vitamina A para crianças com DAG

Idade Dose de vitamina A Cápsula de 100 000 UI Cápsula de 200 000 UI

< 6 meses 50 000 UI ½ cápsula (4 gotas) ¼ cápsula (2 gotas)


6–11 meses 100 000 UI 1 cápsula ½ cápsula (4 gotas)
≥ 12 meses 200 000 UI 2 cápsula 1 cápsula

¡ Dar ATPU segundo as recomendações (ver tabela a seguir) até P/E ou IMC/idade ≥ -2 DP em
2 pesagens consecutivas (ver teste de apetite no anexo 17);
¡ Para crianças em tratamento ambulatório, não administrar ferro e ácido fólico. Quantidades
suficientes estão disponível no ATPU.

Tabela 25. Quantidade de saquetas de ATPU para dar 6 refeições/dia, por criança com DAG

Peso (kg) Total de saquetas de


Total de saquetas de Total de saquetas de
PlumpyNut para
PlumpyNut para 7 dias PlumpyNut para 14 dias
24 horas

4 – 4,9 2 14 28
5,0 – 6,4 2,5 17,5 35
6,5 – 8,0 3 21 42
8,1 – 9,0 3,5 24,5 49
9,1 -10,0 4 28 56
10,1 – 11,4 4,5 31,5 63
≥ 11,5 5 35 70
88 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

6.3.2. Aconselhamento
¡ Explicar que o ATPU é ao mesmo tempo um medicamento e um alimento, que é vital para a
recuperação da criança e não deve ser partilhado com outros elementos da família;
¡ Mostrar ao acompanhante como abrir o pacote de ATPU e como administrá-lo à criança,
em pequenas quantidades de forma frequente (até 8 vezes ao dia no início do tratamento).
Explicar que a criança deve terminar cada uma das suas doses diárias antes de lhe dar outro
tipo de comida e que deve beber água limpa (fervida ou tratada) para manter um bom estado
de hidratação;
¡ Se a mãe ainda está a amamentar a criança, aconselhá-la a dar o leite de peito antes de
administrar cada dose de ATPU. Durante as primeiras duas semanas de tratamento,
aconselhar a mãe a não dar outro tipo de comida para além do leite materno e do ATPU;
¡ Orientar a mãe ou o provedor de cuidados sobre actividades estimulantes em casa, adequadas
a idade da criança (ver o tópico sobre Estimulação Emocional e Psico-Motora na CCR);
¡ A mãe ou o provedor de cuidados deve entender que a criança deve terminar cada uma das
suas doses diárias de ATPU antes de lhe dar outro tipo de comida. Para crianças de 6-59
meses, após as 2 primeiras semanas de tratamento, a criança deve comer também pelo
menos uma papa enriquecida por dia, sempre depois de terminar as doses diárias de ATPU.
Quando a criança atingir o P/E ou IMC/Idade ≥ -2 DP, orientar a mãe a dar primeiro a comida
da família e depois dar o ATPU.

Para mais informações consulte o protocolo do PRN, Volume I ou o material


de apoio para o TODA.

6.3.3. Periodicidade da consulta:


¡ Semanal até atingir um P/E ou IMC/idade entre ≥ –2 e < +2 DP (critérios de desnutrição
aguda moderada normal em duas visitas consecutivas) - suspensão do ATPU;
¡ 15/15 dias até atingir um P/E ou IMC/idade ≥ -2 e < +2 DP em duas visitas (suspensão ATPU);
¡ Seguimento mensal por mais 3 meses sem os suplementos.

Os passos a seguir para a monitoria individual da criança durante as consultas


de controle, deverão ser consultados no protocolo do PRN, volume I ou no
material de apoio para o TDA

6.3.4. Critérios de referência para o nível superior:


¡ Idade inferior a 6 meses ou peso < 4kg: referir para internamento na pediatria mais próxima;
¡ Presença/aparecimento de complicações ou edema: referir para a internamento na pediatria
mais próxima;
¡ Resultado do teste de HIV positivo: referir para a consulta doença crónica;
¡ Em caso de história de contacto com adultos com TB, referir a criança à consulta médica;
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 89

¡ Peso que não aumenta em 2 controlos sucessivos. Referir para consulta médica ou do
técnico de medicina.

6.3.5. Critérios de alta:


¡ P/E ou IMC/ idade ≥ – 2 DP em 2 pesagens consecutivas alta de programa nutricional (suspender
ATPU). Continuar seguimento no CCR, se a criança manter P/E ou IMC/ idade ≥ – 2 DP por 3
meses alta de CCR;
¡ Os marcos do desenvolvimento também da criança devem ser monitorados no momento da
alta. Esse procedimento ajudará a verificar se houve alguma evolução no estado da criança,
e se a criança deve ser referida para a consulta com um especialista.

6.4. Desnutrição Aguda Moderada


6.4.1. Conduta clínica e tratamento de rotina
¡ Fazer aconselhamento e teste de HIV se o estado serológico for desconhecido
• Crianças seropositivas para HIV: transferir para a consulta de doenças crónicas;
• Crianças seronegativas e filhas de mães que não aceitam fazer o teste e seguimento
na CCR;
• Fazer rastreio de tuberculose
• Crianças com sinais/sintomas suspeitos de TB ou contacto com TB, referir para
consulta médica;
¡ Dar Vitamina A de 6/6 meses a todas as crianças >6 meses;
¡ Dar anti-helmínticos (desparasitante) de 6/6 meses a todas as crianças com idade >12
meses;
¡ Dar o suplemento nutricional ASPU. Onde não exista ASPU, a suplementação deve ser feita
com ATPU até atingir P/E ou IMC/idade ≥ -2DP em 2 pesagens consecutivas. O CSB plus
pode ser usado para o tratamento da desnutrição aguda moderada e crianças com idade
superior aos 5 anos

Tabela 26. Quantidade de CSB-Plus, por criança com DAM

Idade da Quantidade para Quantidade para


Quantidade diária
criança 2 semanas 4 semanas

>5 anos 300 gramas 5 Kg 10 Kg

Para facilitar a gestão do produto e permitir que o CSB-Plus seja partilhado com os outros membros da
família, a mãe ou provedor dos cuidados poderá receber um saco de 10kg para um período de 30 dias.
90 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Tabela 27. Suplementos usados no tratamento da criança com DAM

Crianças 6-59 meses

ASPU 1 saqueta/dia
Recomendação primária

ATPU 1 saqueta/dia
Primeira alternativa

Crianças/adolescentes 5-14 anos

ASPU 2 saquetas/dia
Recomendação primária

MAE 300 gramas/dia


Primeira alternativa (3 chávenas de chá)

ATPU 2 saquetas/dia
Segunda alternativa 2 saquetas/dia

6.4.2. Aconselhamento
¡ Encorajar o aleitamento materno com base na idade da criança;
¡ Encorajar a oferta de alimentação complementar adequada criança, baseada em alimentos
localmente disponíveis e incentivar a alimentação activa e responsiva;
¡ Orientar a mãe ou o provedor de cuidados sobre actividades estimulantes em casa, adequadas
a idade da criança (ver o tópico sobre Estimulação Emocional e Psico-Motora na CCR);
¡ Fazer educação nutricional, explicando às mães como preparar papas enriquecidas e uma
alimentação balanceada, organizando demonstrações culinárias.

6.4.3. Periodicidade da consulta


¡ Quinzenal até P/E ou IMC/idade ≥ -2 DP em 2 pesagens consecutivas;
¡ Após a suspensão de suplementação nutricional seguimento mensal por mais 3 meses.

6.4.4. Critérios de referência para o nível superior:


¡ Peso que diminui até atingir P/E ou IMC/idade ≤ -3 DP e/ou aparecimento de complicações
ou edemas: referir para a enfermaria de pediatria mais próxima;
¡ Resultado do teste de HIV positivo: transferir para a consulta de doenças crónicas;
¡ Em caso de história de contacto com adultos com TB, referir a criança à consulta médica;
¡ Peso que não aumenta, mas sem critérios para internamento: referir para consulta medica ou
técnico de medicina.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 91

6.4.5. Critérios de alta:


¡ P/E ou IMC/ idade ≥ – 2 DP em 2 pesagens consecutivas alta de programa nutricional
(suspender suplementação nutricional);
¡ Continuar seguimento no CCR, se a criança manter P/E ou IMC/ idade ≥ – 2 DP por 3 meses
alta de CCR.
Os marcos do desenvolvimento da criança também devem ser monitorados no momento da alta. Esse
procedimento ajudará a verificar se houve alguma evolução no estado da criança, e se a criança precisa
de ser referida para a consulta com um especialista.

Figura
Figura 22.22. Fluxogramada
Fluxograma dacriança
criança com
comDAM
DAM

Fluxograma: Criança com desnutrição aguda moderada P/E ou IMC/idade


entre ≥ –3 e < –2 DP SEM EDEMA

1º CONSULTA
ONSULT
Abrir ficha individual
História clínica (investigar contacto com TB) e exame físico completo
Peso para estatura, p perímetro braquial, edema
Fazer aconselhamento e testagem para HIV

Dar Vitaminas A de 6/6 meses as crianças com mais de 6 meses


Dar Mebendazol
bendazol de 6/6 meses as crianças com mais de 12 meses
Aconselhar a mãe sobre a alimentação da criança
Dar suplemento nutricional (CSB ou ATPU)
Registar o doente no livro da CCR e PRN
Marcar a consulta seguinte em 2 semanas

Referir para internamento


se complicações

Transferir para consulta


de doenças crónicas se
teste HIV positivo

CONSULTAS SEGUINTES
História clínica, contacto com TB, exame físico completo, peso/estatura

Aconselhar a mãe sobre a dieta e dar suplemento nutricional (CSB plus ou ATPU)
Actualizar a ficha individual e o livro da CCR e PRN
Marcar consulta em 2 semanas

Referir
ferir para consulta médica
Se complicações ou peso +/- em 2
controlos

P/E ou IMC/idade
P/E ou IMC/idade
/ >
mas < -1 DP Alta do programa
-1DP em 2 controlos
nutricional
consecutivos

CONSULTAS SEGUINTES
História clínica, contacto com TB, exame físico completo, peso/estatura
Aconselhar a mãe sobre a dieta
Actualizar a ficha individual e o livro da CCR e
Marcar consulta em 1 mês

P/E ou IMC/idade > -1DP por Alta do CCR


mais 3 meses
92 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

6.5. Crescimento Insuficiente sem sinais de Desnutrição Aguda


6.5.1. Conduta clínica e tratamento de rotina
¡ Fazer o aconselhamento e teste de HIV se o estado serológico for desconhecido
• Crianças seropositivas para HIV: transferir para consulta doenças crónicas;
• Crianças seronegativas e filhas de mães que não aceitam fazer o teste fazer seguimento
na CCR;
¡ Fazer rastreio de tuberculose
• Criança com sinais/sintomas suspeitas de TB ou contacto com TB, referir para consulta
médica;
¡ Dar Multivitaminas durante 3 meses a todas as crianças;
¡ Dar Sal Ferroso durante 3 meses a todas as crianças com teste HIV negativo;
¡ Dar anti-helmíntico (desparasitante) a todas as crianças com idade > 12 meses e Vitaminas
A com às crianças com idade > 6 meses de 6/6 meses.

6.5.2. Aconselhamento
¡ Encorajar o aleitamento materno exclusivo e as boas prácticas de amamentação para
crianças dos 0 aos 6 meses e a continuação do aleitamento materno até aos 2 anos ou mais;
¡ Fazer educação nutricional, explicando às mães como preparar papas enriquecidas, com
base em alimentos localmente disponíveis, e organizando demonstrações culinárias (ver
Manual de Tratamento e Reabilitação Nutricional, secção sobre Demonstrações culinárias)
¡ Orientar a mãe ou o provedor de cuidados sobre actividades estimulantes em casa, adequadas
a idade da criança, incluindo alimentação activa e responsiva (ver o tópico sobre Estimulação
Emocional e Psico-Motora na CCR)

6.5.3. Periodicidade da consulta


¡ Mensal

6.5.4. Critérios de referência para o nível superior:


¡ P/E ou IMC/idade <-3 DP e aparecimento de complicações ou edemas: referir para a
enfermaria de pediatria mais próxima;
¡ Resultado do teste de HIV positivo: transferir para a consulta de doenças crónicas;
¡ Sinais/sintomas suspeito de TB ou contacto com TB: referir para consulta médica/técnico de
medicina;
¡ Peso que não aumenta, mas sem critérios para internamento: referir para consulta médica ou
técnico de medicina.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 93

6.5.5. Critérios de alta:


¡ P/E ou IMC/idade ≥-2DP em 2 pesagens consecutivas após 3 meses de seguimento.

Figura 23. Fluxograma da criança com crescimento insuficiente

Fluxograma Criança com crescimento( CI) insuficiente sem sinais


dedesnutrição aguda
CI- criança não apresenta ganho de peso entre duas pesagens consecutivas, num intervalo não inferiora a
1 mês e não superior a 3 meses, o que significa curva de crescimento horizontal ou em declinio da curva na
Cartão de Saúde da Criança.

I CONSULTA
Abrir ficha individual
História clínica (investigar contacto com TB) e exame físico completo
Peso para estatura, perímetro branquial, edema
Fazer aconselhamento de testagem para HIV (apropriado a idade dacriança)
Dar Multivitaminas a todos durante 3 meses
Dar Sal Ferroso aos HIV negativo durante 3 meses
Dar Vitaminas A de 6/6 meses as crianças com >6 meses
Dar Mebendazol de 6/6 meses as crianças com >12 meses

Aconselhar a mãe sobre a alimentação da criança


Registar o doente no livro da CCR
Marcar a consulta seguinte em 2 semanas

Referir para internamento


se complicações

Transferir para consulta de doenças


crónicas se teste HIV positivo ou
consulta médica se suspeita de TB

CONSULTAS SEGUINTES
História clínica peso/altura e exame físico completo
Dar Multivitaminas a todos durante 3 meses
Dar Sal Ferroso aos HIV negativos durante 3 meses
Aconselhar a mãe sobre a dieta

Actualizar a ficha individual e o livro da CCR


Marcar consulta em 2 semanas

Referir para consulta médica


Se complicações ou peso =/
em 2 controlos sucess

P/E ou IMC/idade em P/E ou IMC/idade ≥ -1


melhoramento mas DP após de 3 meses de Alta
≤ -1DP seguimento
94 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

7.Crianças com peso inferior a 2500 gramas à nascença,


gémeos, crianças com desmame antes dos 12 meses de
idade e/ou em aleitamento artificial

7.1. Introdução e definição


As crianças com peso inferior a 2500 gramas à nascença, gémeos, crianças com desmame antes dos
12 meses de idade estão especialmente em risco de apresentar falência de crescimento. Os lactentes em
aleitamento artificial podem apresentar para além da falência de crescimento, infecções intestinais devido
a falta de cumprimento das normas de higiene alimentar. É muito importante seguir estas crianças desde o
primeiro mês de vida, monitorando o seu desenvolvimento e aconselhando os cuidadores sobre a conduta
alimentar e as técnicas de preparação dos alimentos.
¡ Os RN com peso baixo à nascença devem ser controlados na consulta de pediatria até
atingirem o peso de 2000 gramas, e depois devem ser são encaminhados à CCR;
¡ Os gémeos (que tenham peso normal à nascença) devem ser referidos à CCR directamente
das consultas pós-parto. Caso tenham baixo peso devem ser controlados primeiro na consulta
de pediatria até aos 2000 gramas e depois poderão continuar o seguimento na CCR;
¡ As crianças em aleitamento artificial ou com desmame brusco devem ser identificadas na
maternidade, CCS, Consulta pós-natal, CCD e referidas para CCR.

7.2. Conduta clínica e tratamento de rotina


¡ Investigar a presença de doenças crónicas na família (sobretudo HIV e TB);
¡ Conduzir um exame físico cuidadoso incluindo a medição de peso, comprimento, perímetro
craniano, desenvolvimento psicomotor;
¡ Fazer aconselhamento e testagem para HIV a todas as crianças cujo estado serológico seja
desconhecido: quando o teste for positivo, aplicar as normas de cuidados para crianças
expostas ao HIV;
¡ Dar Multivitaminas;
¡ Avaliar a necessidade de encaminhar o caso à acção social.

7.3. Aconselhamento
¡ Encorajar o aleitamento materno e suas boas prácticas (consulte. na CCS, a secção sobre
Alimentação dos 0 aos 6 meses de idade);
¡ Explicar cuidadosamente o modo de preparação do leite em caso de aleitamento artificial,
incluindo os riscos;
¡ Providenciar educação nutricional, explicando às mães como preparar refeições enriquecidas
e organizando demonstrações culinárias;
¡ Higiene pessoal e dos alimentos;
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 95

¡ Orientar a mãe ou o provedor de cuidados sobre actividades estimulantes em casa, adequadas


a idade da criança, incluindo alimentação activa e responsiva (ver o tópico sobre Estimulação
Emocional e Psico-Motora na CCR).

7.4. Periodicidade da consulta


¡ Semanal, se peso estacionário ou em declínio;
¡ Mensal, se peso estiver a aumentar.

7.5. Critérios de referência para o nível superior:


¡ Presença de sinais de perigo (referir para internamento);
¡ Peso <2000 gramas (referir para consulta de pediatria);
¡ História de contacto com TB (referir para consulta médica);
¡ Peso estacionário ou em declínio em 2 controlos sucessivos (referir para consulta médica).

7.6. Critérios de alta:


¡ Idade superior a 6 meses e aumento de peso em 2 controlos consecutivos.

8. Crianças órfãs e vulneráveis

8.1. Introdução e definição


As crianças órfãs ou que vivem em condições sociais desvantajosas estão particularmente em risco de
apresentar falência de crescimento e/ou atraso no desenvolvimento psicomotor. É muito importante seguir
acompanhar estas crianças nos primeiros 5 anos de vida para poder intervir atempadamente em caso de
problemas, acompanhar e aconselhar os cuidadores.

8.2. Conduta clínica e tratamento de rotina


¡ Investigar a presença de doenças crónicas na família (sobretudo HIV e TB), o cumprimento do
calendário de vacinação e das outras medidas preventivas (controlo do peso, administração de
mebendazol e vitamina A) e condições de risco para violência doméstica (sexual, psicológica,
física). Avaliar a qualidade da dieta;
¡ Realizar um exame físico cuidadoso, incluindo a medição de peso, comprimento e perímetro
craniano, avaliação nutricional e grau de desenvolvimento psicomotor. Se a crianças entram
numa das categorias de risco anteriormente tratada, seguir as normas de conduta específicas;
¡ Fazer aconselhamento e testagem para HIV a todas as crianças cujo estado serológico seja
desconhecido;
¡ Avaliar a necessidade de encaminhar o caso à acção social.
96 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

8.3. Aconselhamento
¡ Fazer educação nutricional aos cuidadores baseada nos alimentos localmente disponíveis;
¡ Orientar a mãe ou o provedor de cuidados sobre actividades estimulantes em casa, adequadas
a idade da criança, incluindo alimentação activa e responsiva (ver o tópico sobre Estimulação
Emocional e Psico-Motora na CCR).

8.4. Critérios de referência para o nível superior


¡ Presença se sinais de alarme - referir para internamento;
¡ História de contacto com TB, atraso do desenvolvimento; psicomotor e falência de
crescimento - referir para consulta médica;
¡ Criança identificada como infectada por HIV - referir para consulta de doenças crónicas

8.5. Critérios de alta:


¡ Idade superior a 6 meses, sem outra condição de risco e com aumento de peso aceitável, de
acordo com a idade, em 2 controlos consecutivos.

9. Promoção de bom desenvolvimento psicomotor para


a criança na CCR

Todas as crianças que entram na CCR devem ser monitoradas no seu desenvolvimento, e seus cuidadores
aconselhados em cuidados responsivos e actividades estimulantes. Isso porque a maioria dos factores de
risco que levam a criança a “parar” na CCR, são também os de risco para o fraco desenvolvimento. A
desnutrição por exemplo causa sequelas graves para o desenvolvimento cognitivo das crianças, e os atrasos
causados por esta, tornam-se irreversíveis se não forem corrigidos nos primeiros dois anos de vida.

9.1. Monitoria do desenvolvimento da criança


A monitoria de desenvolvimento na CCR deve ser mensal, mesmo se algumas consultas, como de TDA,
forem mais frequentes. Para monitorar o desenvolvimento da criança na CCR, deve ser usado o cartaz
‘’Marcos de Desenvolvimento psico-motor na criança’’ ou o ‘’Caderno de mapas do AIDI’’ e devem ser
seguidos os passos para a monitoria do desenvolvimento psicomotor na CCR constam (que são parecidos
aos passos na CCS, com excepção do passo 2)
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 97

Passos para monitoria de desenvolvimento psicomotor na CCR


¡ VERIFIQUE: Que factor de risco tem a criança para o fraco desenvolvimento?
• Parto difícil, prematuridade ou BPN, icterícia grave;
• Desnutrição, infecção ou exposição ao HIV, meningite, malária cerebral,
outra doença grave;
• Factores ambientais: depressão materna, violência doméstica, cuidador
adolescente ou idoso, drogas ou alcoolismo.
¡ PERGUNTE A CUIDADORA: Como é que acha que a sua criança está
a desenvolver, se comparando com outras crianças da mesma idade?
¡ MONITORE os marcos do desenvolvimento da criança, usando o Cartaz:
¡ Identifique no Cartaz, a fila de marcos de desenvolvimento para a idade
da criança.
• Se a idade da criança não aparece na fila, refira a fila com a idade
inferior. Por exemplo, para criança de 10 meses, refira a fila de 9
meses;
• Para a criança prematura, subtrai o período que faltou até o parto
normal, da idade actual, antes de monitoria.
¡ Faça perguntas a cuidadora sobre CADA marco de desenvolvimento na
fila, e peça a cuidadora para fazer a actividade com a criança.
• Se a criança estiver a dormir ou recusar fazer a actividade, pergunte a
mãe se a criança costuma fazer essa actividade em casa, e peça para
dar um exemplo.
¡ Caso a criança não tenha atingido algum marco para idade dela, verifique
se ela cumpre os marcos de desenvolvimento para a idade anterior.

Como calcular a idade ‘’real’’ de uma criança prematura


Exemplo: Se a criança nasceu após 7.5 meses de gravidez, e actualmente
tem 6 meses de idade, deve-se subtrair 1.5 meses (que corresponde aos
meses que faltaram até o parto normal) dos 9 meses. Assim, a idade ‘’real’’
da criança é 4.5 meses, e essa idade deve ser utilizada na monitoria de
marcos de desenvolvimento. Nota: Deve-se fazer este ajuste somente para
as crianças menores de 30 meses (ou 2 anos e 6 meses).
98 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Materiais necessários para monitoria de desenvolvimento na CCR


Cartaz de Marcos de Desenvolvimento

Cartaz de Recomendações de cuidados para o REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE


MINISTÉRIO DA SAÚDE

O Nosso Maior Valor é a Vida

desenvolvimento
RECOMENDAÇÕES PARA CUIDADOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Na gravidez Dos 0 aos 2 meses Dos 2 aos 6 meses Dos 6 aos 9 meses Dos 9 aos 12 meses Dos 12 aos 24 meses Depois dos 24 meses

A criança começa a
comunicar no ventre
da mãe. Pega a flor,
filho!
Estás a gostar
da massagem da
avozinha?

Dá-me a camisete
do pai, Flávio

Manuel, onde
está o carrinho?
Água e sabão, Onde
la la la! Olha!
está o teu
nariz?

Olá filho!
É o papá!

Tá tá!
Onde está Bate palmas,
o chocalho? Era uma
como a mãe!
Ahah… vez...
Azul,
vermelho...

Ahah…

É um
Olá amor de mãe! A pena faz-te Vânia, O que fez a passaro!
É bom?
Já acordou? cócegas, né? gostas do Caa, caa… galinha, Raquel
Queres mais?
leite…

Sim, é um carro
vermelho! O que é isso,
Mamude?

1. Pergunte como costumam brincar com a criança em casa • 2. Observe como o cuidador responde aos sinais da criança • 3. Elogie
4. Demonstre e ajude a praticar uma actividade • 5. Explique a importância de brincar • 6. Ajude a fazer o plano para casa.

Consulte ou Ligue
GRÁTIS para o 84 146 82 149 1490
GRÁTIS PLATAFORMA EDUCATIVA DE
INFORMAÇÃO SOBRE A SAÚDE

*660#

Nota: Os brinquedos necessários para a monitoria do desenvolvimento na CCS, são


os mesmo a serem usado para a monitoria na CCR. Não utilize brinquedos demasiado
pequenos que a criança possa engolir ou inserir na orelha ou no nariz. Para actividades
que exigem a criança observar e apontar alguns desenhos, pode utilizar os desenhos de
alguns dos cartazes.

Nota: Deve-se fazer este ajuste somente para as crianças menores de 30


meses (ou 2 anos e 6 meses)

9.2. Como aconselhar, na CCR, para o bom desenvolvimento da criança


Todas as vezes que o cuidador trouxer a criança, o técnico de saúde deve verificar se o cuidador é responsivo
à criança e aconselhar em novas actividades estimulantes para fazer com a criança em casa. O principal
grupo-alvo para actividades de estimulação são as mães e outros cuidadores. Os profissionais de saúde
devem demonstrar às mães como brincar e conversar com as crianças de forma a estimular as 4 áreas
de desenvolvimento, com o objectivo final de dotar as mães de competências para estimularem os seus
filhos em casa. Por isso, atenção especial na CCR deve focada nas demonstrações e aconselhamento
às mães, ao invés de provedor brincar directamente com a criança. O aconselhamento na CCR é mais
aprofundado, e dá maior atenção a capacidade do cuidador de oferecer cuidados responsivos a sua criança
(isto é, cuidados onde os pais notam e respondem aos sinais, necessidades e interesses das crianças). Tais
cuidados responsivos são considerados a base para a recuperação e o desenvolvimento da criança.

O provedor deve:
¡ Procurar saber se / e como o cuidador conversa e brinca com a criança. Caso sim, pedir para
mostrar.;
¡ Observar se o cuidador é responsivo aos sinais da criança (há contacto visual, sorriso, carinho
entre o cuidador e a criança);
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 99

• Caso não, pedir ao cuidador para observar a criança


• Perguntar – o que é que a criança pode estar a pensar? Pedir ao cuidador para
responder à criança. Elogiar ou apoiar ao cuidador.
• Ser um modelo para cuidador, na forma como você interage como a criança.
¡ Demonstrar ao cuidador uma actividade estimulante apropriada para idade da criança, e
explicar como essa actividade pode ajudar no desenvolvimento da criança. Utilize cartaz
Recomendações para Cuidados para o Desenvolvimento (Figura .....);
¡ Pôr o cuidador a praticar a actividade com a criança, e elogiar;
¡ Ajudar ao cuidador a fazer o plano para casa (quando, como, e com quem a criança poderá
brincar e conversar, conforme aprendido).
Na consulta seguinte, verificar se o cuidador conseguiu fazer as actividades com a criança em casa, e a
seguir demonstrar uma nova actividade.

Figura 24. Recomendações para cuidados para o desenvolvimento da criança

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE

O Nosso Maior Valor é a Vida

RECOMENDAÇÕES PARA CUIDADOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


Na gravidez Dos 0 aos 2 meses Dos 2 aos 6 meses Dos 6 aos 9 meses Dos 9 aos 12 meses Dos 12 aos 24 meses Depois dos 24 meses

A criança começa a
comunicar no ventre
da mãe. Pega a flor,
filho!
Estás a gostar
da massagem da
avozinha?

Dá-me a camisete
do pai, Flávio

Manuel, onde
está o carrinho?
Água e sabão, Onde
la la la! Olha!
está o teu
nariz?

Olá filho!
É o papá!

Tá tá!
Onde está Bate palmas,
o chocalho? Era uma
como a mãe!
Ahah… vez...
Azul,
vermelho...

Ahah…

É um
Olá amor de mãe! A pena faz-te Vânia, O que fez a passaro!
É bom?
Já acordou? cócegas, né? gostas do Caa, caa… galinha, Raquel
Queres mais?
leite…

Sim, é um carro
vermelho! O que é isso,
Mamude?

1. Pergunte como costumam brincar com a criança em casa • 2. Observe como o cuidador responde aos sinais da criança • 3. Elogie
4. Demonstre e ajude a praticar uma actividade • 5. Explique a importância de brincar • 6. Ajude a fazer o plano para casa.

Consulte ou Ligue
GRÁTIS para o 84 146 82 149 1490
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100 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

ACTIVIDADES ESTIMULANTES ADICIONAIS PARA CRIANÇAS


De 0 aos 6 meses:
¡ Observar a criança. Imitar os sons e as expressões da cara que a criança faz, fazendo assim
uma conversa com ela. Por exemplo, se a criança piscar os olhos, fazer o mesmo, e se a
criança disser: “babababa”, responder a ela da mesma forma;
¡ Fazer massagem suave à criança. Começar pelas pernas, passar para os braços, depois
para o peito e a barriga, a seguir tocar suavemente na cara. Virar a criança e passar com as
mãos das costas até aos pés da criança. Durante todo tempo, observar a reacção da criança
e conversar com ela, por exemplo: “Agora estou a tocar nas suas pernas...”;
¡ Procurar 3 a 4 objectos de cores vivas e texturas diferentes, por exemplo, uma toalhinha seca
e outra húmida, uma esponja e uma garrafa plástica lisa. Mostrar a criança e depois tocar lhe
com esse objecto, para ela sentir as texturas diferentes (estimulação táctil). Conversar com
ela: “Estou a tocar-te com uma toalhinha, gostas, não é?”;
¡ Balançar uma argola ou algum objecto de cor viva num fio ao alcance da criança e encorajá-la
a agarrar;
¡ Fazer um som com chocalho, dum lado da criança, e esperar para ela encontrar o chocalho.
Elogiar a criança. A seguir fazer o som de outro lado, em cima da criança, atrás da criança
etc., dando tempo para criança descobrir de cada vez, de ondem vem a som.

A partir dos 6 meses:


¡ Cantar para a criança;
¡ Fazer um som com chocalho, dum lado da criança, e esperar para ela encontrar o chocalho.
Elogiar a criança. A seguir fazer o som de outro lado, em cima da criança, atrás da criança
etc., dando tempo para criança descobrir de cada vez, de ondem vem a som;
¡ Pôr a criança de barriga e colocar um brinquedo que a criança gosta, em frente dela, para a
criança tentar alcançar. Mais tarde, rolar um brinquedo para fora do alcance da criança, para
a encorajar a gatinhar atrás do mesmo;
¡ As actividades de 1 a 5 referidas para as crianças dos 0 aos 6 devem continuar também aos
6 meses.

A partir dos 9 meses:


¡ Levar a criança para passear, mostrar desenhos, brinquedos, e outras crianças, dizendo
os nomes (“Olha, uma borboleta! Uma menina como tu!”). Perguntar onde está algo que
acabaram de ver (“Onde está a bola? Está aqui!”);
¡ Fazer os jogos de dedos com a criança. Por exemplo, contar uma história usando os dedos
da criança (“Era uma vez um passarinho, que tinha 5 bebezinhos, um, dois, três, quarto,
cinco!”), e depois “subir” pelo braço e fazer cocegas à criança (“Levou os passarinhos para o
ninho!”). Ou ensinar a criança a bater palmas enquanto você canta.
¡ Dar a criança uma caixa com uns 5-6 objectos dentro (tampas, copinhos de iogurte, conchas
ou sementes grandes etc.). Deixar a criança a pegar e a observar as tampas e a caixa.
Mostrar a criança como colocar as tampas e depois retirar da caixa, uma por uma. Virar a
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 101

caixa para baixo e ensinar a criança a pôr as tampas em cima da caixa. Conversar com a
criança: pedir a criança pôr as tampas na caixa, dar uma tampa para si, etc;
¡ Fazer jogos de “esconde-encontrou”. Por exemplo, cobrir as tampas com a caixa e deixar
a criança encontrá-las. Ou cobrir a caixa ou a sua cara com a capulana, e deixar a criança
retirar a capulana. Perguntar: “Onde está mamã?” Mostrar o prazer quando a criança lhe
encontra.

A partir dos 12 meses:


¡ Segurar as mãos da criança e ajudá-la a andar. Assim que a criança tenha começado a andar
sem ajuda, dar à criança um brinquedo de puxar e mais tarde um brinquedo para empurrar.
Conversar com a criança: “Anda aqui, meu filho, anda e pegue esse carrinho!”;
¡ Dar uma bola à criança. Jogar com a criança da maneira que a criança consegue, por
exemplo, rolando a bola pelo chão, chutando a bola, ou atirando com as mãos. Conversar
com a criança durante a brincadeira, dizendo, por exemplo: “Chuta a bola para mãe, filha!”;
¡ Ensinar à criança cancões infantis locais, batendo as palmas, ou batendo uma caixa ou uma
lata como se fosse um tambor;
¡ Dar a criança (tanto menina como rapaz) uma boneca. Conversar sobre a boneca, e pedir a
criança para fazer diferentes acções com a boneca. Por exemplo: “A boneca Marta está com
fome. Podes dar a ela de comer?”. Elogiar a criança;
¡ Dar a criança 4-5 copinhos de iogurte, pequenas caixas, garrafas plásticas recortadas ou
outras coisas que se podem montar como se fossem torres e depois derrubar. Ensinar a
criança a fazer torres e a derrubá-las. Elogiar a criança.

A partir dos 18 meses:


¡ Fazer jogo de partes de corpo com a criança. Perguntar: “Onde está o nariz?”, e esperar para
a criança apontar, etc. Ou perguntar: “Onde estão os olhos da mamã?” etc. Noutro dia repetir
o jogo, mas fazendo perguntas sobre as peças de roupa, ou sobre os alimentos que têm a
volta, etc;
¡ Contar uma história curta à criança usando um boneco ou os seus dedos, mostrando todas
as acções. Por exemplo: “Era uma vez uma boneca Marta. Ela foi a machamba (fazer a
boneca andar) onde tirou umas maçarocas (mostrar a boneca a tirar maçarocas) e levou à
casa para cozinhar (mostrar a boneca a cozinhar)”. Mais tarde pedir a criança para mostrar
as acções enquanto você conta a história;
¡ Pôr alguns objectos numa garrafa. Agitá-la. Ensinar a criança a virar a garrafa para baixo e
esvaziar os objectos. Depois ensinar a criança a pôr os objectos na garrafa e a tirá-los outra
vez. Fazer o mesmo jogo outra vez com objectos diferentes;
¡ Colocar a criança sentada no seu colo. Ensinar a criança a virar as páginas de um livro
(folheto, publicidade) e a apontar os desenhos. Mostrar à criança os desenhos de objectos
familiares simples e dizer os nomes;
¡ Dar papel (reciclado, da caixa) à criança e um pedaço de carvão, giz ou lápis, para desenhar.
Mostrar como desenhar figuras simples (umas linhas, um círculo, uma cruz) e deixar a criança
imitar. Descrever o que você ou a criança desenhou e elogiar a criança.
102 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

A partir de 36 meses:
¡ Contar uma história curta à criança. Mudar de voz e usar os gestos e movimentos, para
tornar a história mais interessante. A seguir fazer perguntas a criança, para ver se percebeu
a história. Pedir a criança para desenhar algo da história;
¡ Pedir a criança para virar as páginas de um livro (folheto ou publicidade) e contar sobre os
desenhos que estão lá. Fazer perguntas à criança: “O que é isso? É pequeno ou é grande?
Que som faz? De que cor é a banana? O que as pessoas estão a fazer?”;
¡ Pôr uns 5 objectos em frente da criança (por exemplo, copo, boneca, livro, bola e pasta da mãe)
e cobrir com uma capulana. Perguntar a criança: O que está em baixo da capulana? Pedir a
criança para dizer tudo que está em baixo. Se precisar, pedir a criança para tocar os objectos
para lembrar quais são. Num outro jogo, mostrar 5 objectos depois pedir a criança para fechar os
olhos e retirar um. Perguntar: O que já não esta aqui? Deixar a criança ser o líder do jogo também;
¡ Dar à criança uma caixa ou lata com uns 6-10 pequenos objectos de cores e tamanhos
diferentes, por exemplo, tampas ou conchas. Pedir a criança para pôr num lado, todas
conchas grandes, e noutro lado, todas conchas pequenas. Ou pedir para pôr todas as
tampas brancas num lado e todas as azuis noutro lado, etc;
¡ Mostrar a criança como fazer padrões com tampas ou outros objectos, por exemplo, pôr
as tampas numa linha, onde primeiro vem tampa verde, depois azul, verde-azul. Ou pôr as
conchas numa linha de mais pequena até maior. Descrever o que está a fazer. Pedir a criança
para fazer o mesmo;
¡ Formar uma figura com tampas (por exemplo, minhoca, flor) e ver se a criança lhe consegue
imitar. Elogiar: “Parabéns, fizeste uma minhoca igual a minha”! Mais tarde, pedir a criança
para fazer um padrão que você possa imitar;
¡ Dar papel (reciclado, da caixa) à criança e um pedaço de carvão, giz ou lápis, para desenhar.
Mostrar como desenhar umas figuras simples (uma criança, um peixe, um carro), e deixar a
criança imitar. Descrever o que você ou a criança desenhou e elogiar a criança;
¡ Dar à criança uma quebra-cabeça de 4 ou mais peças, e mostrar como fazer. Pedir a criança
para tentar fazer. Não fazer no lugar da criança, mas fazer umas perguntas para ajudar a
criança. Elogiar a criança.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 103

10. Monitoria e Avaliação


O cartão de saúde da criança é um documento importante em todas as consultas da criança, e este tem
disponível muita informação relevante sobre o estado de saúde da criança. É obrigatório que todas as mães
acompanhantes tragam os cartões de saúde da criança assim como o profissional de saúde de saúde
deve exigir e verificar se o cartão tem toda a informação requerida (ex: identificação completa, código
de vacinação, história perinatal, história familiar). Caso a informação esteja incompleta o provedor deve
obrigatoriamente completar a informação em falta. Para além dos dados permanentes o profissional de
saúde deve verificar as informações deixadas nas consultas anteriores, o estado vacinal, as profilaxias, etc,
e registar a informação sobre a consulta realizada nesse dia de acordo com os espaços existentes no cartão
de saúde da criança. Assim como o cartão de saúde da criança, a ficha individual da criança e os outros
instrumentos de registo da CCR, também deve ser correctamente preenchidos (ver anexos 21, 22 e 23).

O que são dados da coorte?


¡ São dados de um grupo de pacientes, neste caso crianças em risco,
que se inscreveram na CCR num período pré-definido, neste caso 9 e 18
meses antes do resumo mensal da CCR,
¡ A secção da coorte de 9 meses inclui as informações do grupo de
crianças que se inscreveram na CCR 9 meses antes do mês do reporte,
são incluídas as crianças que se inscreveram com as seguintes condições
de riscos: Contacto com TB, DAG, DAM e exposição ao HIV,
¡ A secção da coorte de 18 meses inclui as informações do grupo de
crianças que se inscreveram na CCR 18 meses antes do mês do reporte
com a condição de risco: “exposição ao HIV”.

Todas as crianças em risco devem ser registadas no livro de registo de CCR e os indicadores devem
ser reportados mensalmente. O profissional de saúde deve verificar que no resumo da CCR, é possível
recolher os seguintes tipos de dados (mensais e da coorte).
¡ Dados da “1ª consulta”: contem os dados das primeiras consultas das crianças inscrita no
mês do resumo;
¡ Dados da “Coorte 9 meses de seguimento”: são algumas informações de crianças que
tiveram a sua 1ª consulta 9 meses antes da data em que o resumo mensal é compilado;
¡ Dados da “Coorte 18 meses de seguimento”: são as informações de crianças que tiveram a
sua 1ª consulta 18 meses antes da data em que o resumo mensal é compilado.
¡ As crianças expostas ao HIV na altura da realização do teste PCR HIV devem ser registadas
no livro de registo de PCR (ver anexo 24).
¡ Todas as crianças que recebem suplementação nutricional (ATPU ou CSB-Plus) devem ser
registadas no livro de PRN (ver anexos 25 e 26).
¡ Todas as crianças com contacto com TB devem ser inscritas na CCR. Para estas crianças
deve-se fazer o cruzamento de dados entre a informação colhida na CCR e no PNCT.
104 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

¡ Considera-se faltosa uma criança que não aparece à consulta até 30 dias após a data
marcada.
¡ Considera-se abandono quando uma criança não aparece à consulta após 3 meses da
data marcada, e tenham sido feitas tentativas para encontrá-la no domicílio.
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 105

Bibliografia consultada
• MISAU - Departamento de Nutrição. Estratégia Nacional de Alimentação Infantil, 2019-2024
(2028).
• MISAU - Departamento de Nutrição. Manual de Tratamento e Reabilitação Nutricional – Volume I
(2018).
• MISAU-DNSP, PNC de ITS-HIV/SIDA. Guião Orientador Sobre o Rastreio e Tratamento da
Sífilis na Mulher Grávida e no Período Pós-Parto e Seguimento da Criança Exposta e infectada
por Sífilis (2020).
• MISAU-DNSP. Tratamento antiretroviral e infecções oportunistas do adulto, adolescente e
criança (2016).
• MISAU-DNSP, PNC de ITS - HIV/SIDA. Plano Estratégico de Acção para a Prevenção e
Controlo das Infecções de Transmissão Sexual 2018-2021.
• Plano Nacional de Tripla Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B em
Moçambique, 2020- 2024.
• MISAU-DNSP, PNCT. Avaliação e manejo de pacientes com TB (2019).
• MISAU-DNSP. Caderno de Mapas da Atenção Integrada às Doenças da Infância (2014).
• MISAU-DNSP, PNCT. Manual de Tuberculose infantil em Moçambique (2013).
• MISAU-DNSP. Manual para o Manejo da Tuberculose na Criança, no Adolescente e na Mulher
Grávida (2019).
• MISAU-DNSP. Manejo da Tuberculose em crianças e adolescentes – Um guia para
profissionais de saúde (2020).
• MISAU-DNSP. Consulta do Recém-nascido no período neonatal- Guião de utilização para o
pessoal de saúde (2011).
• MISAU-DNSP. Cartão de Saúde da Criança (2019).
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 107

Anexos
Anexo 1: Material para a CCS e CCR
Equipamento/consumíveis básicos para as duas consultas:
¡ 1 secretária
¡ 3 cadeiras
¡ 1 marquesa
¡ 1 balança suspensa e sacos para pesagem
¡ 1 balança de prato
¡ 2 balança de plataforma
¡ 1 altímetro
¡ 1 fita métrica
¡ 1 fita de MUAC
¡ 1 termómetro
¡ 1 lanterna/fonte de luz
¡ 1 otoscópio
¡ Depressores de língua descartável
¡ Estetoscópio
¡ Luvas
¡ Desinfectante (álcool)
¡ Bolas de algodão
¡ Compressas

Equipamento/material/ consumíveis específicos para CCS


¡ Cartaz do calendário vacinal
¡ Tabelas para avaliação nutricional da criança (score Z)
¡ Tabelas de percentil do perímetro craniano
¡ Cartaz de avaliação dos marcos de desenvolvimento psicomotor
¡ Cartaz de acompanhamento e estimulação do desenvolvimento da criança
¡ Cartaz das etapas do desenvolvimento psico-motor e sinais de alarme
¡ Receitas para papas enriquecidas
¡ Álbum seriado de nutrição para aconselhamento
¡ Material de educação sanitária e promoção par a saúde
¡ Panfletos de boas práticas para uma amamentação saudável
¡ Livro de registo da CCS
¡ Resumo diário da CCS
¡ Resumo mensal da CCS
¡ Teste rápido HIV (Determine, Unigold)
¡ Teste de diagnóstico rápido de malária (TDR)
¡ Mebendazol
¡ Albendazol
¡ Vitamina A
108 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Equipamento/material/ consumíveis específicos para CCR


¡ Tabelas de quantidade de ATPU
¡ Tabelas de quantidade de CSB-Plus
¡ Tabelas para avaliação nutricional da criança (score Z)
¡ Tabelas de percentil do perímetro craniano
¡ Cartaz do algoritmo do aleitamento materno no contexto do HIV
¡ Tabela para dosagem de ARVs profilácticos
¡ Algoritmos de diagnóstico precoce infantil do HIV na criança
¡ Cartaz do diagnóstico presuntivo de HIV na criança
¡ Fluxograma de atendimento da criança exposta a sífilis na CCR
¡ Algoritmo de diagnóstico de TB em crianças menores de 15 anos
¡ Teste PCR, kit completo
¡ POC Alere-Q (Máquina, acessórios e Kit completo de consumíveis)
¡ Teste rápido HIV (Determine, Unigold)
¡ Teste de diagnóstico rápido de malária (TDR)
¡ Cotrimoxazol
¡ Nevirapina
¡ Zidovudina
¡ Multivitaminas
¡ Sal Ferroso
¡ Amoxicilina
¡ Zinco
¡ Isoniazida
¡ 3HP
¡ Piridoxina
¡ Levofloxacina
¡ Ficheiro móvel
¡ Caderno de mapas de AIDI (1 semana-2 meses e 2 meses- 5anos)
¡ Cartaz de avaliação dos marcos de desenvovimento psicomotor
¡ Cartaz de acompanhamento e estimulação do desenvolvimento da criança
¡ Cartaz das etapas do desenvolvimento psico-motor e sinais de alarme
¡ Manual de Diagnóstico Precoce (PCR DBS/POC ADN HIV)
¡ Ficha individual da Criança em Risco
¡ Ficha de resumo mensal
¡ Livro de registo de CCR
¡ Fichas PCR: FSR, FEA
¡ Livro PRN
¡ Livro ATIP
¡ Guias de transferência
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 109

Anexo 2: Algoritmo de diagnóstico precoce para


criança exposta ao HIV

República de Moçambique
Ministério da Saúde
Direcção Nacional de Saúde Pública
PNC ITS, HIV/SIDA.

Algoritmo de diagnóstico do HIV na criança exposta

Criança exposta ao HIV, de 1 a 9 meses de idade

Criança dos 1 aos 17 meses de idade, com


teste PCR-HIV anterior negativo e com sinais e
sintomas sugestivos de infeção por HIV, deve
repetir o teste de PCR-HIV imediatamente

NEGATIVO PCR HIV POSITIVO

Continua o
Seguimento na CCR

Criança exposta com Alta de CCR referir a criança


idade entre 9 a 17 para os serviços TARV para
meses de idade POSITIVO iniciar o TARV
Fazer o teste de E
PCR - HIV no mesmo dia deve repetir
o teste de PCR-HIV para
confirmação do diagnóstico

IMPORTANTE: Para iniciar o


NEGATIVO TARV não é preciso esperar o
resultado do 2º PCR -HIV

Se fez o Desmame há Se Criança continua em


mais de 3 meses antes aleitamento materno ou fez o
do teste PCR-HIV desmame há menos de 3 meses
antes de teste PCR DNA HIV

Continua seguimento na CCR e deve fazer o


teste rápido de HIV com idade ≥ 18 meses e 3
meses após o desmame

Nota: Caso a criança tenha sinais ou


sintomas sugestivos de infecção por HIV
e tenha idade ≥ 18 meses, deverá fazer o
teste rápido de HIV independentemente da
amamentação

Criança é Alta de CCR referir


considerada criança para
NEGATIVO POSITIVO
não infectada pelo serviço TARV para
HIV ,ALTA de CCR início do TARV
110 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Anexo 3: Algoritmo de testagem para o HIV em


crianças dos 0-14 anos

República de Moçambique
Ministério da Saúde
Direcção Nacional de Saúde Pública
PNC ITS, HIV/SIDA.
Algoritmo de testagem para o HIV em crianças dos 0 - 14 anos
Primeiro verificar informação sobre a testagem para o HIV na Caderneta de Saúde da Mulher, Ficha Pré-
Natal ou no Cartão de Saúde da Criança, ou qualquer outro documento hospitalar que a criança tiver
(Cartão do Doente ou cartão de PF, etc)

Seroestado desconhecido E:
Seroestado desconhecido
- Não tem informação do seroestado do pai ou mãe OU
E
- Sem informação de testagem da mãe nos últimos 3 meses
Filho de Pai ou mãe HIV+
(apenas para crianças em aleitamento materno)

Criança <18 meses: Criança ≥ 18* meses até 14 anos Criança


Se a
Teste Rápido(TR) da mãe *(com desmame há ≥ 3 meses): < 18 meses:
criança
(Se mãe ausente: TR da Avaliar os seguintes sinais e Referir para
≥ 18 meses
Criança) sintomas: CCR

1. É órfã de pai ou mãe?


TR da mãe TR da mãe 2. Actualmente está internada ou esteve internada
POSITIVO NEGATIVO ou teve algum problema de saúde severo ou
(ou TR da (ou TR da persistente nos últimos 6 meses?
criança se criança se mãe 3. Teve alguma lesão extensa na pele nos últimos
mãe ausente) ausente) e a 6 meses ou que não melhora com tratamento?
criança fez 4. Tem sinais/sintomas sugestivos de TB (FESTA)?
desmame há 5. Tem atraso de desenvolvimento psicomotor
≥3 meses) (Ainda não senta aos 9 meses / não anda com 2
anos)?
Criança 6. É sexualmente activa ou tem sinais e sintomas
exposta ao de ITS ou vítima de Violação sexual?
HIV Considerar
criança HIV
Fazer TR
negativa
Se pelo menos uma resposta for “SIM”: da criança
Referir para Fazer TR
CCR

Referir para
TR da criança TR da criança TR da criança
CCS
NEGATIVO POSITIVO NEGATIVO

SERVIÇO Se Desmame há
Desmame há
TARV < de 3 meses
≥ de 3 meses
ou ainda
aleitamento

Referir para CCS ou SAAJ Referir para CCR

• Deve-se garantir a retestagem da mãe lactante HIV negativa a cada 3 em 3 meses até os 9m. Depois de 9
meses, retestar mediante o rastreio dos critérios de elegibilidade.
• Os critérios de retestagem da criança HIV negativa é igual ao da população adulta (a cada 12 meses e
mediante a identificação de critério de elegibilidade perante um novo rastreio).
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 111

Anexo 4: Diagnóstico presuntivo da infecção por HIV em


crianças menores de 18 meses

Diagnóstico Presuntivo da Infecção por HIV em Crianças com idade


menor de 18 meses (que não tem acesso a teste PCR ADN HIV)

Crianças com suspeita de Infecção por HIV

A Crianças tem teste rápido ao Crianças apresenta um ou mais dos seguintes


HIV positivo quadros:
Pneumonia grave
Candidiase oro-esofágica
Malnutrição grave
Sarcoma de Kaposi
PCP(Pneumonia por Pneumocistis Jirovecii)

Outros indicativos que apoiam o diagnóstico de infeccção severa por HIV são:
Morte Marte Recente
Mãe com infecção avançada por HIV
Cd4(%) da criança _ 25%

Nota: Sempre comfirmar o seroestado mais cedo possível


(teste PCR ADN HIV em crianças menores de 18 meses ou teste rápido aos 18 meses)

Criança com Diagnóstico


Presuntivo

Sempre comfirmar o
seroestado mais cedo possível
(teste PCR ADN HIV em crianças
menores de 18 meses ou teste
rápido aos 18 meses)

INICIAR O TARV
112 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Anexo 5: Estadiamento pediátrico da OMS para o HIV


Anexo 5: Estadiamento pediátrico da OMS para o HIV
Estadio I:
Assintomático
Linfadenopatia generalizada persistente (LGP)

Estadio II:
Hepatoesplenomegalia persistente inexplicada Molusco contagioso extenso

Prurigo Úlcerações orais recorrentes


(  2 episódios em 6 meses)
Infecções fúngicas do leito ungueal Aumento das parótidas sem outra causa aparente
Queilite angular Herpes Zoster
Eritema gengivar linear Infecções recorrentes das vias respiratórias
superiores
Infecção viral verrucosa extensada pele

Estadio III:
Malnutrição moderada inexplicada Pneumonia bacteriana grave de repitição
(  2 episódios nos últimos 6 meses)
Diarreia persistente inexplicada (  14 dias) Gengivite ou estomatite úlcerativa necrotizante
aguda, ou periodontite úlcerativa necrotizante
aguda.
Febre persistente inexplicada (  1 mês) LIP sintomática
Candidíase oral (após os 1ºs 6 meses de idade) Doença pulmonar crónica associada ao HIV
(inclui bronquiectasia)
Leucoplasia oral pilosa Anemia (  8g/dl) ou neutropenia (  500/mm3) ou
Trombocitopenia crónica (  50000/mm3)
inexplicadas
TB ganglionar e TB pulmonar

Estadio IV:
Malnutrição grave, ou perda de peso severa Toxoplasmose do SNC
inexplicada
Pneumonia por Pneumocistis Jiroveci (PCP) Encefalopatia por HIV
Infecções bacterianas graves recorrente- Infecção crónica por Herpes simples
empiema, piomiosite, infecção óssea ou ( oral ou cutânea   1 mês de duração ou
articular, meningite (  2 episódios nos últimos visceral em qualquer sítio)
6 meses)
Candídiase esofágica Linfoma não-Hodgkin
(ou da traquéia, brônquios ou pulmões)
Infecções por micro bactéria não tuberculosa Criptococcose extrapulmonar
disseminada
TB extrapulmonar disseminada Criptosporidiose crónica (com diarreia)

Sarcoma de Kaposi Isosporiose crónica


Infecção por CMV Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP)
Nefropatia sintomática associada ao HIV Micose disseminada
(coccidiomicose, histoplasmose, peniciliose)
Cardiomiopatia sintomática associada ao HIV
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 113

Anexo 6: Alimentação no contexto do HIV

Alimentação Infantil e HIV

0–6 meses Recomenda-se à todas as mães a amamentar exclusivamente os


seus bebés nos primeiros 6 meses de vida, mesmo que esta seja
HIV+ ou tenha o estado serológico desconhecido.

6–12 meses A partir dos 6 meses, as mães devem introduzir uma alimentação
complementar nutritiva e segura, e continuar a amamentar.

12–24 meses AOS 12 MESES DE IDADE: Qual é o estado serológico da mãe e do bebé?
Mãe ou bebé de estado serológico desconhecido

Oferecer serviços de testagem. Consoante o resultado, seguir o esquema


para Mãe HIV+ ou Mãe HIV-. Se a mãe recusar-se a fazer o teste para si
mesma, siga a opção para Mãe HIV-.

Fazer
TARV Mãe é HIV + Mãe é HIV-

Se o bebé for HIV- ou tiver o Se o bebé


estado serológico desconhecido for HIV+

Amamentação continua
até aos 24 meses ou mais

1. A amamentação deve parar gradualmente, quando o bebé completar


12 meses, se for possível oferecer uma dieta nutricionalmente
adequada e segura.

2. Se uma dieta nutricionalmente adequada e segura sem o leite materno


não puder ser oferecida, a amamentação deve continuar até que
esta seja assegurada. Veja a folha, “Apoiando uma mãe HIV positiva a
decidir como alimentar a sua criança a partir dos 12 meses.”

Versão Abril 2016


114 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Recomenda-se à todas as mães a amamentar exclusivamente os seus bebés nos primeiros


6 meses de vida e introduzir uma alimentação complementar adequada a partir dos 6
meses, mesmo que a mãe seja HIV+ ou tenha o estado serológico desconhecido. Dos 6–12
meses, a amamentação continua para todos os bebés.
Mãe ou bebé de estado serológico desconhecido
• Às mães e seus bebés cujo estado serológico seja desconhecido, devem ser oferecidos
serviços de testagem. Consoante o resultado, deve-se seguir o esquema para Mãe HIV+
ou Mãe HIV-.
• Se a mãe recusar-se a fazer o teste, deve-se seguir a opção para Mãe HIV-.

Mãe HIV+ cujo bebé é HIV- ou de estado serológico desconhecido


• Recomenda-se amamentar exclusivamente até aos 6 meses, introduzir uma alimentação
complementar adequada a partir dos 6 meses e continuar com a amamentação até aos
12 meses.
• A partir dos 12 meses, recomenda-se parar gradualmente a amamentação (num período
de um mês), se for possível oferecer uma dieta nutricionalmente adequada e segura.
Veja o material de apoio referente a: “Apoiando uma mãe HIV positiva a decidir sobre
como alimentar a sua criança a partir de 12 meses.”
• Se uma dieta nutricionalmente adequada e segura sem o leite materno não puder ser
oferecida, continuar com a amamentação até que esta seja assegurada.
• Quando for apropriado, dar orientações de como fazer o desmame de forma gradual e
segura de acordo com as normas nacionais de prevenção da transmissão vertical (PTV).

Mãe HIV+ cujo bebé é também HIV+; e Mãe HIV-


• Recomenda-se amamentar exclusivamente até aos 6 meses, introduzir uma alimentação
complementar adequada a partir dos 6 meses e continuar com a amamentação até aos
24 meses ou mais.

IMPORTANTE: As mães infectadas pelo HIV e os seus filhos devem beneficiar de profilaxia
ou tratamento ARV ao longo do aleitamento para a prevenção da transmissão vertical do
HIV, de acordo com a opção disponível na Unidade Sanitária que frequentam (A ou B+),
para reduzir o risco de transmissão através do leite materno.
No caso de haver indisponibilidade temporária de profilaxia para a mãe e/ou a criança (ex.
ruptura temporária de ARVs, casos de emergências), deve-se seguir o esquema para Mãe
HIV+ cujo bebé é HIV- ou de estado serológico desconhecido.
CONSIDERAÇÕES: As mães seronegativas devem ser aconselhadas sobre as formas de
prevenção da infecção pelo HIV, sobre a necessidade de fazerem testagem regular e outros
serviços disponíveis.
Para mais informações técnicas: Consulte a Política Nacional de Alimentação Infantil,
a Estratégia Nacional de Alimentação Infantil e os Cartões de Aconselhamento sobre
Alimentação Infantil.

Versão Abril 2016


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 115

Apoiando uma mãe HIV positiva a decidir sobre como


alimentar a sua criança a partir de 12 meses
Antes de utilizar este guião, confirme que a criança é HIV negativa. Uma criança HIV positiva
nunca deve parar de mamar aos 12 meses. Faça as perguntas 1 a 4 e avalie o estado nutricional
da criança na pergunta 5. Sempre que a resposta for SIM a qualquer uma das perguntas, pare e
siga as instruções abaixo.

1. O seu bebé teve diarreia persistente, infecção respiratória ou febre Pare de fazer
por mais de 3 dias, nas últimas 2 semanas? perguntas
NÃO SIM
Se a resposta
for SIM a pelo
menos uma da
2. Durante o mês passado, terá havido um dia em que você não perguntas, a mãe
comeu nada em sua casa? deve continuar
NÃO SIM
a amamentar
a sua criança.
Aconselhe-a a
3. No mês passado, alguém em sua casa não jantou devido à falta de voltar depois de
alimentos? NÃO SIM um mês para
outra avaliação e
dê algumas
mensagens sobre
4. Durante o mês passado, alguém em sua casa ficou um dia inteiro amamentação e
sem comer por falta de alimentos? NÃO SIM ARVs.

IMPORTANTE:
5. Avaliação Nutricional (fazer todas se possível):
Se SIM para a, b,
a) Esta criança tem peso-para-idade abaixo do percentil 50? ou c, a criança
(Precisa de balança e do Cartão de Saúde da criança.) tem elevado risco
de mortalidade.
b) A medida do Perímetro Braquial desta criança indica A mãe deve
desnutrição aguda (menos que 12,5 cm)? (Precisa de fita de continuar a
perímetro braquial.) amamentar a sua
c) A criança tem edema nos dois pés? NÃO SIM criança e deve
fazer o devido
tratamento.

Se a resposta for NÃO a todas as perguntas, continue fazendo as perguntas que


se seguem para determinar se este poderá ser o momento seguro de parar com a
amamentação.
Passe para a próxima página

Versão Abril 2016


116 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

IMPORTANTE: Independentemente dos resultados desta avaliação, todas as mães devem


receber aconselhamento sobre alimentação complementar apropriada, incluindo uma avaliação
das práticas actuais e aconselhamento individualizado consoante as condições/situações
particulares e necessidades das suas crianças.

6. Quantas vezes o bebé comeu ontem alimentos sólidos,


semi-sólidos ou moles?
3 vezes ou mais Nenhuma, 1 ou 2

7. Quantas vezes nos últimos 7 dias, alguém em sua casa


tomou leite fresco ou em pó (gordo/magro)?

6 vezes ou mais 5 vezes ou menos

8. Quantas vezes nos últimos 7 dias, a criança comeu carne,


Pare de fazer
peixe, aves fígado/miudezas, ou ovos?
perguntas e
4 vezes ou mais 3 vezes ou menos sugira que a mãe
continue com a
amamentação.

9. Quantas vezes nos últimos 7 dias, a criança comeu Aconselhe-a a voltar


alimentos ricos em Vitamina A? (Dê exemplos localmente depois de um mês
disponíveis, ex: manga, folhas verdes, abóbora, papaia, para outra avaliação
batata doce de polpa alaranjada) e dê algumas
4 vezes ou mais 3 vezes ou menos mensagens sobre
amamentação,
ARVs, e alimentação
nutricionalmente
10. Alguém em sua casa comeu ontem cereais? (Dê exemplos adequada e segura.
de cereais localmente disponíveis, ex: milho, trigo, sorgo,
arroz)
SIM NÃO

11. Alguém em sua casa comeu ontem legumes, feijões


(nhemba, boer, feijão manteiga), amendoim/ castanha, ou
sementes? (Listar os alimentos deste grupo localmente
disponíveis.)
SIM NÃO

Se SIM, este pode ser o momento seguro para a mãe parar de amamentar. Dê algumas
mensagens de como fazer o desmame de forma gradual e segura (num período de um mês),
como substituir o leite materno na alimentação do seu filho, e ARVs.

Versão Abril 2016


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 117

Anexo7:7:Fluxograma
Anexo Fluxogramade deatendimento
atendimento da
da
criançaexposta
criança expostaaasífilis
síflis na
na CCR
CCR

RN exposto a Sífilis:
RN sem Sífilis, RN com Sífilis pouco provável

Registar na Ficha individual e no cartão de


saúde da criança o resultado do Tr realizado
na maternidade. Caso não tenha feito, ou não
tenha registo dos resultados dos testes
feitos, oferecer TR de Sífilis a criança na 1ª
CCR, e interpretar resultado segundo a
página 27 e 28.

Avaliar se o RN tem sinais clínicos de Sífilis:


independentemente do resultado do teste

RN com sintomas de Sífilis RN sem sintomas de Sífilis


independentemente do
resultado do teste a entrada

Fazer seguimento clínico mensal e oferecer TR para Sífilis ao 6º


mês de vida e comparar o resultado com o TR realizado na
maternidade ou a entrada na CCR.

s
TR ao 6º mês POSITIVO TR ao 6º mês POSITIVO TR ao 6º mês POSITIVO TR ao 6º mês POSITIVO
e e e e
nica TR a entrada NEGATIVO TR a entrada NEGATIVO TR a entrada NEGATIVO TR a entrada NEGATIVO
erir

filis.
o
ca.

Fazer seguimento clínico


trimestral e oferecer TR
ao 12º mês de vida e
comparar o resultado
com o resultado anterior

Considerar RN com Sífilis


Congénita.
Fazer 1 dose de P. Benzantinica TR ao 12º mês TR ao 12º mês
na CCR, alta da CCR e referir POSITIVO NEGATIVO Considerar RN sem Sífilis
para internamento para e e Dar alta da CCR
completar o tratamento da Sífilis. TR a 6º mês TR a 6º mês
Após a alta vai continuar o POSITIVO POSITIVO
seguimento na consulta clínica.
118 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Anexo 8: Algoritmo sobre a abordagem do RN filho de mãe


com TR para sífilis positivo numa US com laboratório

Mãe com Teste Rápido de Sífilis positivo realizado na CPN/maternidade/CPP

Oferecer RRR quantitantivo de


rotina para Mãe e para o RN

Avaliar se o RN tem sinais clínicos sugestivos de Sífilis

RN com sintomas de Sífilis RN sem sintomas de Sífilis

Considerar RN com Sífilis Avaliar a completude do


Congénita, independente do tratamento feito a mãe
valor da titulação do RPR

Mãe correctamente tratada Mãe incorrectamente tratada

Verificar o resultado do TR de Comparar o valor da titulação


Sífilis do RN entre RPR materno e do RN

Se RN tiver RPR Se RN tiver RPR Se RN TRtiver


do RN
RPR Se RN tiver RPR
positivo, e negativo, ou Negativo
positivo com negativo, ou
Titulação 4 vezes positivo com Titulação 4 vezes positivo com
superior ao título Titulação inferior superior ao título Titulação inferior
da mãe ao título da mãe da mãe ao título da mãe

Fazer a 1 dose de Considerar RN Considerar RN Considerar RN Considerar RN


com Sífilis sem Sífilis com Sífilis com Sífilis
P. Benzatinica na
Congénita Congénita e Congénita pouco provável
maternidade e depois referir para
referir para seguimento
internamento para na CCR
completar o
Oferecer
tratamento tratamento com
dose única de P.
Benzatinica e
referir para
seguimento na
CCR
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 119

Anexo 9: Algoritmo sobre a abordagem do RN filho de mãe


com TR para sífilis positivo numa US sem laboratório

Mãe com Teste Rápido de Sífilis positivo realizado na CPN/maternidade/CPP

Oferecer TR de rotina para Mãe


(se não tiver feito na CPN, parto e
no CPP) e para o RN

Avaliar se o RN tem sinais clínicos sugestivos de Sífilis

RN com sintomas de Sífilis RN sem sintomas de Sífilis

Considerar RN com Sífilis Avaliar a completude do


Congénita, sem depender do tratamento feito a mãe
resultado do RPR

Mãe correctamente tratada Mãe incorrectamente tratada

Verificar o resultado do TR de Verificar o resultado do TR de


Sífilis do RN Sífilis do RN

TR do RN TR do RN
TR do RN positivo TR do RN positivo
Negativo Negativo

Considerar RN Considerar RN Considerar RN


Considerar RN
Sem Sífilis com Sífilis pouco com Sífilis pouco
provável e provável e com Suspeita
oferecer dose oferecer dose de Sífilis
única de única de Fazer a 1 dose
P. Benzatinica na P. Benzatinica na de P. Benzatinica
Fazer a 1 dose de maternidade maternidade e referir para US
P. Benzatinica na com laboratório
maternidade e depois para
referir para internamento e
internamento para para completar
completar o o tratamento
Referir para seguimento na CCR
tratamento
120 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Anexo 10: Diagnóstico de diagnóstico de tuberculose em


crianças menores de 15 anos

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

ALGORITMO DE DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE EM CRIANÇAS


MENORES DE 15 ANOS

Fazer o teste de HIV Tem actualmente 2 ou mais sinais/sintomas sugestivos de TB?


para todas as criança (Tosse há mais de 2 semanas, febre há mais de 2 semanas, perda de peso,
com qualquer sintoma falência de crescimento/perda ponderal, fadiga, adenomegalia)
sugestivo de TB

NÃO SIM
Antibioterapia 7 a 10 dias

Tem contacto com TB pulmonar nos


Curado Não curado
últimos 2 anos?

ALTA NÃO SIM

Fazer Mantoux

Mantoux negativo ou não


Mantoux positivo
possivel fazer Mantoux

Antibioterapia 7 as 10 dias
Tratar para TB
Curado Não curado Referir para consulta medica
se não responde ao tratamento
depois de 1 mês
ALTA

! NB: O início do tratamento de TB em crianças sintomáticas e com história de


contacto deve ser rápido. Contudo, deve-se tentar confirmar bacteriologicamente a
partir da obtenção de amostras de qualidade (expectoração ou aspirado gástrico)
para BK e Xpert MTB/RIF
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 121

Anexo 11: Tabela de peso para comprimento em


meninas dos 0-23 meses
Anexo 11: T abela de peso para comprimento em meninas dos 0 -23
meses

Comprimento Normal Desnutrição Desnutrição Desnutrição


LIGEIRA MODERADA GRAVE
(cm) P/C -1 DP
P/C -2 e -DP P/C -3 e -2 DP P/C -3 DP
(kg) (kg) (kg) (kg)

45 2,3 2,1 - 2,2 1,9 - 2 <1,9


46 2,4 2,2 - 2,3 2 - 2,1 <2
47 2,6 2,4 - 2,5 2,2 - 2,3 <2,2
48 2,7 2,5 - 2,6 2,3 - 2,4 <2,3
49 2,9 2,6 - 2,8 2,4 - 2,5 <2,4
50 3,1 2,8 - 3 2,6 - 2,7 <2,6
51 3,3 3 - 3,2 2,8 - 2,9 <2,8
52 3,5 3,2 - 3,4 2,9 - 3,1 <2,9
53 3,7 3,4 - 3,6 3,1 - 3,3 <3,1
54 3,9 3,6 - 3,8 3,3 - 3,5 <3,3
55 4,2 3,8 - 4,1 3,5 - 3,7 <3,5
56 4.4 4 - 4,3 3,7 - 3,9 <3,7
57 4,6 4,3 - 4,5 3,9 - 4,2 <3,9
58 4,9 4,5 - 4,8 41 - 4,4 <41
59 5,1 4,7 - 5 4,3 - 4,6 <4,3
60 5,4 4,9 - 5,3 4,5 - 4,8 <4,5
61 5,6 5,1 - 5,5 4,7 - 5 <4,7
62 5,8 5,3 - 5,7 4,9 - 5,2 <4,9
122 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Anexo 12: Tabela de peso para comprimento em


rapazes dos 0-23 meses

Comprimento Normal Desnutrição Desnutrição Desnutrição


LIGEIRA MODERADA GRAVE
(cm) P/C -1 DP
P/C -2 e -DP P/C -3 e -2 DP P/C -3 DP
(kg) (kg) (kg) (kg)

45 2,3 2,1 - 2,2 1,9 - 2 < 1,9


46 2,4 2,2 - 2,3 2 - 2,1 <2
47 2,6 2,4 - 2,5 2,2 - 2,3 < 2,2
48 2,7 2,5 - 2,6 2,3 - 2,4 < 2,3
49 2,9 2,6 - 2,8 2,4 - 2,5 < 2,4
50 3,1 2,8 - 3 2,6 - 2,7 < 2,6
51 3,3 3 - 3,2 2,8 - 2,9 < 2,8
52 3,5 3,2 - 3,4 2,9 - 3,1 < 2,9
53 3,7 3,4 - 3,6 3,1 - 3,3 < 3,1
54 3,9 3,6 - 3,8 3,3 - 3,5 < 3,3
55 4,2 3,8 - 4,1 3,5 - 3,7 < 3,5
56 4.4 4 - 4,3 3,7 - 3,9 < 3,7
57 4,6 4,3 - 4,5 3,9 - 4,2 < 3,9
58 4,9 4,5 - 4,8 4,1 - 4,4 < 41
59 5,1 4,7 - 5 4,3 - 4,6 < 4,3
60 5,4 4,9 - 5,3 4,5 - 4,8 < 4,5
61 5,6 5,1 - 5,5 4,7 - 5 < 4,7
62 5,8 5,3 - 5,7 4,9 - 5,2 < 4,9
63 6 5,5 - 5,9 5,1 - 5,4 < 5,1
64 6,3 5,7 - 6,2 5,3 - 5,6 < 5,3
65 6,5 5,9 - 6,4 5,5 - 5,8 < 5,5
66 6,7 6,1 - 6,6 5,6 - 6 < 5,6
67 6,9 6,3 - 6,8 5,8 - 6,2 < 5,8
68 7,1 6,5 - 7 6 - 6,4 <6
69 7,3 6,7 - 7,2 6,1 - 6,6 < 6,1
70 7,5 6,9 - 7,4 6,3 - 6,8 < 6,3
71 7,7 7 - 7,6 6,5 - 6,9 < 6,5
72 7,8 7,2 - 7,7 6,6 - 7,1 < 6,6
73 8 7,4 - 7,9 6,8 - 7,3 < 6,8
74 8,2 7,5 - 8,1 6,9 - 7,4 < 6,9
75 8,4 7,7 - 8,3 7,1 - 7,6 < 7,1
76 8,5 7,8 - 8,4 7,2 - 7,7 < 7,2
77 8,7 8 - 8,6 7,4 - 7,9 < 7,4
78 8,9 8,2 - 8,8 7,5 - 8,1 < 7,5
79 9,1 8,3 - 9 7,7 - 8,2 < 7,7
80 9,2 8,5 - 9,1 7,8 - 8,4 < 7,8
81 9,4 8,7 - 9,3 8 - 8,6 <8
82 9,6 8,8 - 9,5 8,2 - 8,7 < 8,2
83 9,8 9 - 9,7 8,3 - 8,9 < 8,3
84 10,1 9,2 - 10 8,5 - 9,1 < 8,5
85 10,3 9,4 - 10,2 8,7 - 9,3 < 8,7
86 10,5 9,7 - 10,4 8,9 - 9,6 < 8,9
87 10,7 9,9 - 10,6 9,1 - 9,8 < 9,1
88 11 10,1 - 10,9 9,3 - 10 < 9,3
89 11,2 10,3 - 11,1 9,5 - 10,2 < 9,5
90 11,4 10,5 - 11,3 9,7 - 10,4 < 9,7
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 123

Anexo 13: Tabela de peso para altura em


meninas dos 24-60 meses

Comprimento Normal Desnutrição Desnutrição Desnutrição


LIGEIRA MODERADA GRAVE
(cm) P/C -1 DP
P/C -2 e -DP P/C -3 e -2 DP P/C -3 DP
(kg) (kg) (kg) (kg)

45 2,2 2 - 2,1 1,9 < 1,9


46 2,4 2,2 - 2,3 2 - 2,1 <2
47 2,5 2,3 - 2,4 2,1 - 2,2 < 2,1
48 2,7 2,5 - 2,6 2,3 - 2,4 < 2,3
49 2,9 2,6 - 2,8 2,4 - 2,5 < 2,4
50 3 2,8 - 2,9 2,6 - 2,7 < 2,6
51 3,2 3 - 3,1 2,7 - 2,9 < 2,7
52 3,5 3,2 - 3,4 2,9 - 3,1 < 2,9
53 3,7 3,4 - 3,6 3,1 - 3,3 < 3,1
54 3,9 3,6 - 3,8 3,3 - 3,5 < 3,3
55 4,2 3,8 - 4,1 3,6 - 3,7 < 3,6
56 4.4 4,1 - 4,3 3,8 - 4 < 3,8
57 4,7 4,3 - 4,6 4 - 4,2 <4
58 5 4,6 - 4,9 4,3 - 4,5 < 4,3
59 5,3 4,8 - 5,2 4,5 - 4,7 < 4,5
60 5,5 4,9 - 5,3 4,7 - 5 < 4,7
61 5,8 5,1 - 5,4 4,9 - 5,2 < 4,9
62 6 5,3 - 5,7 5,1 - 5,5 < 5,1
63 6,2 5,6 - 5,9 5,3 - 5,7 < 5,3
64 6,5 5,8 - 6,1 5,5 - 5,9 < 5,5
65 6,7 6 - 6,4 5,7 - 6,1 < 5,7
66 6,9 6,2 - 6,6 5,9 - 6,3 < 5,9
67 7,1 6,4 - 6,8 6,1 - 6,5 < 6,1
68 7,3 6,6 - 7 6,3 - 6,7 < 6,3
69 7,6 6,8 - 7,2 6,5 - 6,9 < 6,5
70 7,8 7 - 7,5 6,6 - 7,1 < 6,6
71 8 7,2 - 7,7 6,8 - 7,3 < 6,8
72 8,2 7,4 - 7,9 7 - 7,5 <7
73 8,4 7,6 - 8,1 7,2 - 7,6 < 7,2
74 8,6 7,7 - 8,3 7,3 - 7,8 < 7,3
75 8,8 8,1 - 8,7 7,5 - 8 < 7,5
76 8,9 8,3 - 8,8 7,6 - 8,2 < 7,6
77 9,1 8,4 - 9 7,8 - 8,3 < 7,8
78 9,3 8,6 - 9,2 7,9 - 8,5 < 7,9
79 9,5 8,7 - 9,4 8,1 - 8,6 < 8,1
80 9,6 8,9 - 9,5 8,2 - 8,8 < 8,2
81 9,8 9,1 - 9,7 8,4 - 9 < 8,4
82 10 9,2 - 9,9 8,5 - 9,1 < 8,5
83 10,2 9,4 - 10,1 8,7 - 9,3 < 8,7
84 10,4 9,6 - 10,3 8,9 - 9,5 < 8,9
85 10,6 9,8 - 10,5 8,7 - 9,3 < 9,1
86 10,8 10 - 10,7 8,9 - 9,5 < 9,3
87 11,1 10,2 - 11 9,1 - 9,7 < 9,5
88 11,3 10,5 - 11,2 9,3 - 9,9 < 9,7
89 11,5 10,7 - 11,4 9,5 - 10,1 < 9,9
90 11,8 10,9 - 11,7 9,7 - 10,4 < 10,1
124 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Anexo 14: Tabela de peso para altura em


rapazes dos 24-60 meses

Altura Normal Desnutrição Desnutrição Desnutrição


LIGEIRA MODERADA GRAVE
(cm) P/A -1 DP
P/A -2 e -1 DP P/A -3 e -2 DP P/A -3 DP
(kg) (kg) (kg) (kg)

65 6,6 6,1 - 6,5 5,6 - 6 < 5,6


66 6,8 6,3 - 6,7 5,8 - 6,2 < 5,8
67 7 6,4 - 6,9 5,9 - 6,3 < 5,9
68 7,2 6,6 - 7,1 6,1 - 6,5 < 6,1
69 7,4 6,8 - 7,3 6,3 - 6,7 < 6,3
70 7,6 7 - 7,5 6,4 - 6,9 < 6,4
71 7,8 7,1 - 7,7 6,6 - 7 < 6,6
72 8 7,3 - 7,9 6,7 - 7,2 < 6,7
73 8,1 7,5 - 8 6,9 - 7,4 < 6,9
74 8,3 7,6 - 8,2 7 - 7,5 <7
75 8,5 7,8 - 8,4 7,2 - 7,7 < 7,2
76 8,7 8 - 8,6 7,3 - 7,9 < 7,3
77 8,8 8,1 - 8,7 7,5 - 8 < 7,5
78 9 8,3 - 8,9 7,6 - 8,2 < 7,6
79 9,2 8,4 - 9,1 7,8 - 8,3 < 7,8
80 9,4 8,6 - 9,3 7,9 - 8,5 < 7,9
81 9,6 8,8 - 9,5 8,1 - 8,7 < 8,1
82 9,8 9 - 9,7 8,3 - 8,9 < 8,3
83 10 9,2 - 9,9 8,5 - 9,1 < 8,5
84 10,2 9,4 - 10,1 8,6 - 9,3 < 8,6
85 10,4 9,6 - 10,3 8,8 - 9,5 < 8,8
86 10,7 9,8 - 10,6 9 - 9,7 <9
87 10,9 10 - 10,8 9,2 - 9,9 < 9,2
88 11,1 10,2 - 11 9,4 - 10,1 < 9,4
89 11,4 10,4 - 11,3 9,6 - 10,3 < 9,6
90 11,6 10,6 - 11,5 9,8 - 10,5 < 9,8
91 11,8 10,9 - 11,7 10 - 10,8 < 10
92 12 11,1 - 11,9 10,2 - 11 < 10,2
93 12,3 11,3 - 12,2 10,4 - 11,2 < 10,4
94 12,5 11,5 - 12,4 10,6 - 11,4 < 10,6
95 12,7 11,7 - 12,6 10,8 - 11,6 < 10,8
96 12,9 11,9 - 12,8 10,9 - 11,8 < 10,9
97 13,2 12,1 - 13,1 11,1 - 12 < 11,1
98 13,4 12,3 - 13,3 11,3 - 12,2 < 11,3
99 13,7 12,5 - 13,6 11,5 - 12,4 < 11,5
100 13,9 12,8 - 13,8 11,7 - 12,7 < 11,7
101 14,2 13 -14,1 12 - 12,9 < 12
102 14,5 13,3 - 14,4 12,2 - 13,2 < 12,2
103 14,7 13,5 -14,6 12,4 - 13,4 < 12,4
104 15 13,8 - 14,9 12,7 - 13,7 < 12,7
105 15,3 14 - 15,2 12,9 - 13,9 < 12,9
106 15,6 14,3 - 15,5 13,1 - 14,2 < 13,1
107 15,9 14,6 - 15,8 13,4 - 14,5 < 13,4
108 16,3 14,9 - 16,2 13,7 - 14,8 < 13,7
109 16,6 15,2 - 16,5 13,9 - 15,1 < 13,9
110 17 15,5 - 16,9 14,2 -15,4 < 14,2
111 17,3 15,8 - 17,2 14,5 - 15,7 < 14,5
112 17,7 16,2 - 17,6 14,8 - 16,1 < 14,8
113 18 16,5 - 17,9 15,1 - 16,4 < 15,1
114 18,4 16,8 - 18,3 15,4 - 16,7 < 15,4
115 18,8 17,2 - 18,7 15,7 - 17,1 < 15,7
116 19,2 17,5 - 19,1 16 - 17,4 < 16
117 19,6 17,8 - 19,5 16,3 - 17,7 < 16,3
118 20 18,2 - 19,9 16,6 - 18,1 < 16,6
119 20,3 18,5 - 20,2 16,9 - 18,4 < 16,9
120 20,7 18,9 - 20,6 17,3 - 18,8 < 17,3
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 125

Anexo 15: Tabela de Índice de Massa Corporal para


Idade em raparigas dos 5 - 18 anos
Altura Normal Desnutrição Desnutrição Desnutrição
LIGEIRA MODERADA GRAVE
(cm) P/A -1 DP
P/A -2 e -1 DP P/A -3 e -2 DP P/A -3 DP
(kg) (kg) (kg) (kg)

65 6,9 6,3 - 6,8 5,9 - 6,2 < 5,9


66 7,1 6,5 - 7 6,1 - 6,4 < 6,1
67 7,3 6,7 - 7,2 6,2 - 6,6 < 6,2
68 7,5 6,9 - 7,4 6,4 - 6,8 < 6,4
69 7,7 7,1 - 7,6 6,6 - 7 < 6,6
70 7,9 7,3 - 7,8 6,8 - 7,2 < 6,8
71 8,1 7,5 - 8 6,9 - 7,4 < 6,9
72 8,3 7,7 - 8,2 7,1 - 7,6 < 7,1
73 8,5 7,9 - 8,4 7,3 - 7,8 < 7,3
74 8,7 8 - 8,6 7,4 - 7,9 < 7,4
75 8,9 8,2 - 8,8 7,6 - 8,1 < 7,6
76 9,1 8,4 - 9 7,7 - 8,3 < 7,7
77 9,2 8,5 - 9,1 7,9 - 8,4 < 7,9
78 9,4 8,7 - 9,3 8 - 8,6 <8
79 9,6 8,8 - 9,5 8,2 - 8,7 < 8,2
80 9,7 9 - 9,6 8,3 - 8,9 < 8,3
81 9,9 9,2 - 9,8 8,5 - 9,1 < 8,5
82 10,1 9,4 - 10 8,7 - 9,3 < 8,7
83 10,3 9,5 - 10,2 8,8 - 9,4 < 8,8
84 10,5 9,7 - 10,4 9 - 9,6 <9
85 10,8 10 - 10,7 9,2 - 9,9 < 9,2
86 11 10,2 - 10,9 9,4 - 10,1 < 9,4
87 11,2 10,4 - 11,1 9,6 - 10,3 < 9,6
88 11,5 10,6 - 11,4 9,8 - 10,5 < 9,8
89 11,7 10,8 - 11,6 10 - 10,7 < 10
90 11,9 11 - 11,8 10,2 - 10,9 < 10,2
91 12,1 11,2 - 12 10,4 - 11,1 < 10,4
92 12,3 11,4 - 12,2 10,6 - 11,3 < 10,6
93 12,6 11,6 - 12,5 10,8 - 11,5 < 10,8
94 12,8 11,8 - 12,7 11 - 11,7 < 11
95 13 12 - 12,9 11,1 - 11,9 < 11,1
96 13,2 12,2 - 13,1 11,3 - 12,1 < 11,3
97 13,4 12,4 - 13,3 11,5 - 12,3 < 11,5
98 13,7 12,6 - 13,6 11,7 - 12,5 < 11,7
99 13,9 12,9 - 13,8 11,9 - 12,8 < 11,9
100 14,2 13,1 - 14,1 12,1 - 13 < 12,1
101 14,4 13,3 - 14,3 12,3 - 13,2 < 12,3
102 14,7 13,6 - 14,6 12,5 - 13,5 < 12,5
103 14,9 13,8 - 14,8 12,8 - 13,7 < 12,8
104 15,2 14 - 15,1 13 - 13,9 < 13
105 15,5 14,3 - 15,4 13,2 - 14,2 < 13,2
106 15,8 14,5 - 15,7 13,4 - 14,4 < 13,4
107 16,1 14,8 - 16 13,7 - 14,7 < 13,7
108 16,4 15,1 - 16,3 13,9 - 15 < 13,9
109 16,7 15,3 - 16,6 14,1 - 15,2 < 14,1
110 17 15,6 - 16,9 14,4 -15,5 < 14,4
111 17,3 15,9 - 17,2 14,6 - 15,8 < 14,6
112 17,6 16,2 - 17,5 14,9 - 16,1 < 14,9
113 18 16,5 - 17,9 15,2 - 16,4 < 15,2
114 18,3 16,8 - 18,2 15,4 - 16,7 < 15,4
115 18,6 17,1 - 18,5 15,7 - 17 < 15,7
116 19 17,4 - 18,9 16 - 17,3 < 16
117 19,3 17,7 - 19,2 16,2 - 17,6 < 16,2
118 19,7 18 - 19,6 16,5 - 17,9 < 16,5
119 20 18,3 - 19,9 16,8 - 18,2 < 16,8
120 20,4 18,6 - 20,3 17,1 - 18,5 < 17,1
126 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Anexo 16: Tabela de índice de Massa Corporal para Idade


em rapazes dos 5 - 18 anos

Idade Normal Desnutrição Desnutrição Desnutrição


LIGEIRA MODERADA GRAVE
(Anos : Meses) -1 DP
-2 e -DP -3 e -2 DP -3 DP
(IMC) (IMC) (IMC) (IMC)

5:1 13,9 12,7 - 13,8 11,8 - 12,6 <11,8


5:6 13,9 12,7 - 13,8 11,7 - 12,6 < 11,7
6:0 13,9 12,7 - 13,8 11,7 - 12,6 < 11,7
6:6 13,9 12,7 - 13,8 11,7 - 12,6 < 11,7
7:0 13,9 12,7 - 13,8 11,8 - 12,6 < 11,8
7:6 14 12,8 - 13,9 11,8 - 12,7 < 11,8
8:0 14,1 12,9 - 14 11,9 - 12,8 < 11,9
8:6 14,3 13 - 14,2 12 - 12,9 < 12
9:0 14,4 13,1 - 14,3 12,1 - 13 < 12,1
9:6 14,6 13,3 - 14,5 12,2 - 13,2 < 12,2
10:0 14,8 13,5 - 14,7 12,4 - 13,4 < 12,4
10:6 15,1 13,7 - 15 12,5 - 13,6 < 12,5
11:0 15,3 13,9 - 15,2 12,7 - 13,8 < 12,7
11:6 15,6 14,1 - 15,5 12,9 - 14 < 12,9
12:0 16 14,4 - 15,9 13,2 - 14,3 < 13,2
12:6 16,3 14,7 - 16,2 13,4 - 14,6 < 13,4
13:0 16,6 14,9 - 16,5 13,6 - 14,8 < 13,6
13:6 16,9 15,2 - 16,8 13,8 - 15,1 < 13,8
14:0 17,2 15,4 - 17,1 14 - 15,3 < 14
14:6 17,5 15,7 - 17,4 14,2 - 15,6 < 14,2
15:0 17,8 15,9 - 17,7 14,4 - 15,8 < 14,4
15:6 18 16 - 17,9 14,5 - 15,9 < 14,5
16:0 18,2 16,2 - 18,1 14,6 - 16,1 < 14,6
16:6 18,3 16,3 - 18,2 14,7 - 16,2 < 14,7
17:0 18,4 16,4 - 18,3 14,7 - 16,3 < 14,7
17:6 18,5 16,4 - 18,4 14,7 - 16,3 < 14,7
18:0 18,6 16,4 - 18,95 14,7 - 16,3 < 14,7
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 127

Anexo 17: Teste de apetite

Para além da avaliação da presença ou ausência de complicações médicas, o teste do apetite


constitui um dos critérios mais importantes para se decidir se uma criança ou adolescente com
DAG deve ser tratado em ambulatório ou no internamento.

As respostas fiisiopatológicas às deficiências de nutrientes em crianças ou adolescentes com


DAG, pertubaram as funçoes do fígado do metabolismo, levando à falta de apetite. Além disso,
as infecções também causam a perda de apetite nas crianças, especialmente na fase aguda.
Por isso, as crianças com desnutrição aguda grave com falta de apetite, correm maior risco de
morte.

O apetite é testado no momento da admissão e o teste é repetido em cada visita de seguimento


à Unidade Sanitária.

Pontos a ter em conta na realização de um teste do apetite:


• Realizar o teste do apetite num lugar ou canto tranquilo onde a criança e a mãe ou o provedor
de cuidados possam estar confortáveis para a criança familiarizar-se com o ATPU e poder
consumi-lo tranquilamente. Geralemente a criança ou adolescente come o ATPU em 30 minutos.

• Explicar à mãe ou ao provedor de cuidados a finalidade do teste e descrever o processo;


• Orientar a mãe ou ao provedor de cuidados para:
- Lavar as mãos antes de dar o ATPU
- Delicadamente dar-lhe o ATPU
- Incentivar a criançå a comer ATPU sem a forçar
- Oferecer água potável* para beber enquanto a criança está a comer o ATPU
• Observar a criança a comer o ATPU durante 30 minutos e depois decidir se a criança passa
ou falha o teste

Critérios para o teste do Apetite:


Passa o Teste do Apetite Falha o Teste do Apetite
A criança ou adolescente come pelo menos, um A criança ou adolescente que come menos de um
terço (1/3) de uma saqueta de ATPU (92g) ou três terço (1/3) de uma saqueta de ATPU (92g) ou três
colherinhas colherinhas

Nota: Uma criança que não passar o teste do apetite deve ser internada para receber o tratamento no
hospital, independentemente da presençå ou ausência de outras complicações médicas.
* Água potável: água fervida, filtrada ou desinfectada (hipoclorito ou sol), transportada e armazenada
de forma segura (num utensilio limpo e com tampa).
128

Posto Fixo ¨
Brigada Móvel ¨

República de Moçambique
Ministério da Saúde

LIVRO DE REGISTOS
DA CONSULTA DA
CRIANÇA SADIA
Anexo 18: Livro de registos da CCS
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

CCS
Província __________________________________________________________________ Nº do Livro:__________

Distrito____________________________________________________________________ Data do Início do Livro

Unidade Sanitária___________________________________________________________ _____/_____/_________

MOD-SIS-BO9
Livro de Consulta da Criança Sadia MOD-SIS-B09 Ano ___________
Informação Geral da Criança Estado Nutricional
Faixa etárias e tipo de consulta

Desnu-
Cresci- Sobrepeso Desnutrição
Sexo 5a Baixo Peso/ trição
mento Obesidade Crónica Estatura/
Data da consulta Local de residência (Bairro, Quarteirão, Rua, (M/F) 0-5M 6-11M 12-23M 24-59M 14 Idade (P/I) Aguda (P/A
Nome da Criança Insuficiente (P/A) Idade (E/I)
(dd/mm/aa) Nº da Casa) Anos ou PB)

Peso (kg)
(0-59M) identificado pela 1ª vez

Número de ordem mensal


Atraso de Desenvolvimento Psicomotor

Comprimento/Altura (cm)
Perimetro Craniano (cm) em < 24M
Perimetro Braquial (cm) 6-59 meses
1ª C 24- 24- 24- 24- 6-23 24-59 24-
M F 1ª C CS 1ª C CS 1ª C CS 1ª C CS 0-23M 0-23M 0-23M 0-23M 0-5 M 0-23M
e CS 59M 59M 59M 59M M M 59M

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

24
25
129
130
Livro de Consulta da Criança Sadia MOD-SIS-B09 Ano ___________
Aleitamen- Prevenção das Deficiências em Micro-
Rastreio HIV E Tuberculose Referência
to materno nutrientes
Suplemen- Fortificação Local de
tação com Alimentar Caseira HIV Tuberculose Referência
Vit. A com MNP (Marque com X)
12- (6 - 23 Meses )
6-11M
59M (marque com X)
Nome do profissional
Exame Geral / Diagnóstico Observações
Motivo de referência de Saúde
(Escrever a causa)

1ª 2ª 3ª
Marcar um X
Dose Dose Dose

Desconhecido
Desconhecido

Pos/Neg/Ind/NF)
(Pos/Neg/Ind/NF)

Mãe com Seroestado


Mãe testada para HIV (
Socorros/Internamento

Refere contacto com TB

Criança com Seroestado


Criança Testada para HIV
Consulta da Criança Doente

Desparasitação: 12-59 M. Marcar um X

Aleitamento Materno Exclusivo (<6m)


Consulta da Criança em Risco

Aleitamento Materno Continuado 6-11m


Criança Elegivel para Testagem
Apresenta sinais e/ou sintomas de TB
Urgências de Pediatria/Banco de
(Triagem /Médica/Especializada)
33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54

1 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

2 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

3 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

4 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

5 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

6 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

7 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

8 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

9 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

10 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

11 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

12 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

13 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

14 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

15 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

16 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

17 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

18 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

19 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

20 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

21 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

22 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

23 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

24 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF

25 Pos Neg Ind NF Pos Neg Ind NF


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 131

Anexo 19: Resumo diário da CCS


132 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Anexo 20: Resumo mensal da CCS

Província _______________________________________ Distrito___________________________________________


REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Unidade Sanitária________________________________ Mês____________________ Ano______ PF BM

MOD - SIS BO9 - A SMI-RESUMO DIÁRIO DA CONSULTA da CRIANÇA SADIA na US


Resumo Diário
Nº da Linha do

INDICADORES/CARACTERÍSTICAS

Total [A]
Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:
1 Total Masculinos
2 Total Femeninos
3 Nº Total de Consultas
4 Primeiras Consultas (0-59 Meses)

5 0-5 Meses
6 6-11 Meses
Informação geral da Criança

7 12- 23 Meses
8 24-59 Meses
9 Total de Primeiras Consultas (0-59 Meses)

10 Consultas Seguintes 0-59 Meses

11 0-5 Meses
12 6-11 Meses
13 12- 23 Meses
14 24-59 Meses
15 Total de Consultas Seguintes (0-59 meses)
16 Consultas de 5 a 14 anos (1ªC e CS)

17 Total de Consultas dos 0 a 14 anos ( 1ªC e consultas seguintes)


Número de Crianças 0-23 Meses com Crescimento
18
Insuficiente Atendidas na CCS
Crescimento Insuficiente
Número de Crianças 24-59 meses com Crescimento
19
Insuficiente Atendidas na CCS
Número de Crianças de 0-23 Meses com Baixo Peso/
20
Idade Atendidas na CCS
Estado Nutricional

Baixo Peso/Idade (P/I)


Número de Crianças de 24-59 Meses com Baixo Peso/
21
Idade Atendidas na CCS
Número de Crianças de 0-23 Meses com Sobrepeso/
22
Obesidade Atendidas na CCS
Sobrepeso / Obesidade (P/A)
Número de Crianças de 24-59 Meses com Sobrepeso/
23
Obesidade Atendidas na CCS
Número de Crianças de 0-23 Meses com Desnutrição
24
Aguda Atendidas na CCS
Desnutrição Aguda (P/A ou PB )
Número de Crianças de 24-59 Meses com Desnu-
25
trição Aguda Atendidas na CCS
Número de Crianças de 0-5 Meses com Desnutrição
26
Crónica Atendidas na CCS
Nutricional
Estado

Número de Crianças de 6-23 Meses com Desnutrição


27 Desnutrição Crónica (E/I)
Crónica Atendidas na CCS
Número de Crianças de 24-59 Meses com
28
Desnutrição Crónica Atendidas na CCS
Total de Crianças 0-23 Meses com Atraso de Desenvolvimento Psicomotor identificado
29 Atraso do pela 1ª vez
Desenv.
Psicomotor Total de Crianças 24-59 Meses com Atraso de Desenvolvimento Psicomotor identificado
30
pela 1ª vez
31 Aleitamento Aleitamento Materno Exclusivo (<6 meses)
32 Materno Alimentação Materno Continuado (6 - 11 meses)
Número de Crianças 6-11 Meses Suplementadas com
33
Vitamina A
Suplementação com vit.A
Prevenção das Deficiências

Número de crianças 12-59 meses suplementadas


34
com vitamina A
de Micronutrientes

Número de Crianças 6-23 Meses que receberam a 1ª


35
dose de MNP
Fortificação Alimentar Caseira
Número de Crianças 6-23 Meses que receberam a 2ª
36 com Multimicronutrien tes
dose de MNP
(MNP)
Número de Crianças 6-23 Meses que receberam a 3ª
37
Dose de MNP
Número de Crianças 12-59 Meses que receberam o
38 Desparasitação
Desparasitante
39 Total de Mães com Seroestado Desconhecido
40 Total de Mães Testadas para HIV
41 Total de Mães com Teste de HIV Positivo
Rastreio de HIV e Tuberculose

42 Total de Mães com Teste de HIV Negativo


43 Total de Mães com Teste de HIV Indeterminado
44 Total de Crianças Elegíveis para Testagem
45 Total de Crianças Testadas
46 Total de Crianças com Teste de HIV Positivo
47 Total de Crianças com Teste de HIV Negativo
48 Total de Crianças com Teste de HIV Indeterminado
49 Total de Crianças com história de Contacto com TB
50 Total de Crianças com Sinais e Sintomas de TB
51 Total de Crianças Referidas
Local para onde
foi Referida

52 Total de Crianças Referidas para a CCR


53 Total de Crianças Referidas para o Banco de Socorro/Urgência de Pediatria/Internamento
Total de Crianças Referidas para a Consulta de Criança Doente (Triagem Pediatria,
54
Consulta Médica, Consulta Especializada/Doenças Crónicas)

Compilado por:______________________________________________________________________________ Assinatura:________________________________________________________ Data: _______/________/________


Posto Fixo ¨
Brigada Móvel ¨

República de Moçambique
Ministério da Saúde

LIVRO DE REGISTOS
DA CONSULTA DA
Anexo 21: Livro de registos da CCR

CRIANÇA DOENTE
CCD
Província __________________________________________________________________ Nº do Livro:__________

Distrito____________________________________________________________________ Data do Início do Livro


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Unidade Sanitária___________________________________________________________ _____/_____/_________

MOD-SIS-BO8
133
134
Livro de Registos da Consulta da Criança Doente MOD-SIS-B08 Ano ______________
Estado Nutricional Rastreio de HIV e Tuberculose
Prevenção de
Informação Geral da Criança Desnu- Deficiência em
Anemia Micronutrientes HIV Tuberculose
Baixo tricão
Peso Aguda
para a (P/A ou
Idade PB ou
Faixa etária e tipo de Consulta (P/I ) IMC/
Diagnóstico
idade)
Sexo Clínico

com Vit.A
(M/F) 0-5 6-11 12-23 24-59 5-14

Desparasitação

Suplementação
Data da con- Meses Meses Meses Meses Anos
Local de residência (Bairro,
sulta Nome da Criança
Quarteirão, Rua, Nº da Casa)
(dd/mm/aa) Marque com

Peso (kg)
(Escreve S/N)

(Marque com X)
X

(Marque com X se SIM)

Grave
Grave

Motivo da consulta
Tratamento com Sal Ferroso

Moderada

Perimetro Braquial (cm)


Moderado
1ª C CS 1ª C CS 1ª C CS 1ª C CS 1ª C CS Refere Contacto com TB

Perimetro craniano (cm)


Criança Testada para HIV

Cumprimento/ altura (cm)

Número de Ordem Mensal


0-5 M
6-23M
Criança com Seroestado Desconhecido
Iniciou Profilaxia com Cotrimoxazol

5 - 14 A

24-59 M
(Faça um circulo no resultado)
M F

Criança elegivel para ser testada

6-11M
12-59M
12-59M
Apresenta Sinais e/ou Sintomas de TB

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39

1 Pos Neg Ind NF

2 Pos Neg Ind NF

3 Pos Neg Ind NF

4 Pos Neg Ind NF

5 Pos Neg Ind NF

6 Pos Neg Ind NF

7 Pos Neg Ind NF

8 Pos Neg Ind NF

9 Pos Neg Ind NF

10 Pos Neg Ind NF

11 Pos Neg Ind NF

12 Pos Neg Ind NF


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

13 Pos Neg Ind NF

14 Pos Neg Ind NF

15 Pos Neg Ind NF

16 Pos Neg Ind NF

17 Pos Neg Ind NF

18 Pos Neg Ind NF

19 Pos Neg Ind NF

20 Pos Neg Ind NF

21 Pos Neg Ind NF

22 Pos Neg Ind NF

23 Pos Neg Ind NF

24 Pos Neg Ind NF

25 Pos Neg Ind NF

Total da Página
Livro de Registos da Consulta da Criança Doente MOD-SIS-B08 Ano ______________
CONSULTA CLÍNICA
REFERÊNCIA
CASOS NOVOS

Local de Referência
Malária (Marque com X ou
Diarreia Disenteria Pneumonia Outras Doenças
(confirmado com TDR ou HTZ ) especifique)

0-59M 5-14A Tratamento 0-59M 5-14A 0-59M 5-14A 0-59M 5-14A


Nome Legivel do/da
OBSERVAÇÕES
ACT Tratamento Tratamento Profissional de Saúde
Motivo de Referência
(Escrever a Causa)
Especifique o Dignóstico de
Tratamento (especifique)
Outra Doença

5-14A
ças Crónicas

/Internamento

0-59 Meses

AS
Quinino
SRO
SRO

ASAQ
ZINCO
ZINCO
Amoxacilina
Amoxacilina
Outro (Especifique)

identificado pela primeira vez (Sim/Não)


SIM (Marcar X)
SIM (Marcar X)
SIM (Marcar X)
Ciprofloxacina
SIM (Marcar X)
Ciprofloxacina
SIM (Marcar X)
SIM (Marcar X)

SRO+ZINCO
SRO+ZINCO

HTZ (Pos/Neg/NF)
HTZ (Pos/Neg/NF)

TDR (Pos/Neg/NF)
TDR (Pos/Neg/NF)
Coartem (AL)

Atraso do Desenvolvimento Psicomotor (0-59M)


Consulta da Criança em Risco
Consulta Médica /Especializada/Doen-

Urgências de Pediatria / Banco Socorro


40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25
Pos Pos Pos Pos 0-59M 0-59M 0-59M 0-59M
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Neg Neg Neg Neg

5-14A 5-14A 5-14A 5-14A

NF NF NF NF

Total da Página
135
136 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Anexo 22: Resumo mensal da CCR

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Província _____________________________________ Distrito________________________________________


MINISTÉRIO DA SAÚDE
Unidade Sanitária______________________________ Mês_______________ Ano______ PF BM

MOD - SIS B08- A SMI-RESUMO DIÁRIO DA CONSULTA da CRIANÇA DOENTE na US


Resumo Diário
Nº da Linha do

Total [A]
INDICADORES/CARACTERÍSTICAS

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:

Dia:
1 Total de Masculinos
Sexo

2 Total de Femeninos

3 Nº Total de Consultas

4 Primeiras Consultas

5 0-5 Meses
Informacao Geral sobre a Criança

6 6-11 Meses

7 12-23 Meses

8 24-59 Meses
Faixa Etária e Tipo de Consulta

9 5-14 Anos

10 Total de Primeiras Consultas

11 Consultas Seguintes

12 0-5 Meses

13 6-11 Meses

14 12-23 Meses

15 24-59 Meses

16 5-14 Anos

17 Total de Consultas Seguintes

18 TOTAL DE CONSULTAS dos 0-14 anos (1ªs e Consultas de seguimento)

19 Baixo peso/Idade moderado Total de crianças observadas na CCD com baixo peso/idade moderado
idade
Baixo
peso/
Nutricional

20
Estado

Baixo peso/Idade grave Total de crianças observadas na CCD com baixo peso/idade grave

21 Desnutrição Aguda moderada Total de crianças observadas na CCD com desnutrição aguda moderada
Desnu-

Aguda
trição

22 Desnutrição Aguda grave Total de crianças observadas na CCD com desnutrição aguda grave

23 Anemia em crianças 0-5 meses por diagnóstico clínico Nº de crianças 0-5 meses clinicamente diagnosticadas com anemia
Estado Nutricional

24 Anemia em crianças 6-23 meses por diagnóstico clínico Nº de crianças 6-23 meses clinicamente diagnosticadas com anemia
Anemia

Anemia em crianças 24-59 meses por diagnóstico


25 Nº de crianças 24-59 meses clinicamente diagnosticadas com anemia
clínico
26 Anemia em crianças 5-14 anos por diagnóstico clínico Nº de crianças 5-14 anos clinicamente diagnosticadas com anemia

27 Tratamento com sal ferroso Total de crianças com anemia que iniciaram tratamento com sal ferroso

28 Suple
Micronutrientes

Número de crianças 6-11 meses suplementadas com vitamina A


Rastreio para HIV e Tuberculose Deficiencias em
Prevenção de

men-
tação
29 com Número de crianças 12-59 meses suplementadas com vitamina A
VitA
Despara-
30 sitação
Número de crianças 12-59 meses que receberam o desparasitante

31 Total de crianças elegiveis para testagem

32 Total de crianças testadas

33 Total de crianças com teste HIV positivo


HIV
34 Total de crianças com teste HIV Negativo

35 Total de crianças com teste HIV Indeterminado

36 Total de crianças que iniciam profilaxia com CTZ

37 Total de crianças que referem contacto com TB


TB
38 Total de crianças com sinais e sintomas de tuberculose
Atraso de
39 Desenvolvimento Total de crianças de 0-59 meses com atraso de desenvolvimento psicomotor identificado pela 1ª vez
Psicomotor
40
Malária confirma-

Total de crianças de 0-59M com resultado do Teste de Malária Positivo (TDR ou HTZ)
da (TDR/HTZ)

41 Total de crianças de 0-59M com resultado do Teste de Malária Negativo (TDR ou HTZ)

42 Total de crianças de 5-14A com resultado do Teste para Malária Positivo (TDR ou HTZ)

43 Total de crianças de 5-14A com resultado do Teste para Malária Negativo (TDR ou HTZ)

44 Total de crianças de 0-59 meses com diagnostico de novo caso de malária confirmada e tratadas com AL (Coartem)
Novos casos

Malária confirmada e tratada

45 Total de crianças de 0-59 meses com diagnostico de novo caso de malária confirmada e tratadas com Artesunato+amodiaquina (ASAQ)

46 Total de crianças de 0-59 meses com diagnostico de novo caso de malária confirmada e tratadas com Artesunato (AS)

47 Total de crianças de 0-59 meses com diagnostico de novo caso de malária confirmada e tratadas com Quinino

48 Total de crianças de 5-14 anos com diagnostico de novo caso de malária confirmada e tratadas com AL (Coartem)

49 Total de crianças de 5-14 anos com diagnostico de novo caso de malária confirmada e tratadas com Artesunato+amodiaquina (ASAQ)

50 Total de crianças de 5-14 anos com diagnostico de novo caso de malária confirmada e tratadas com Artesunato (AS)

51 Total de crianças de 5-14 anos com diagnostico de novo caso de malária confirmada e tratadas com Quinino

52 Total de crianças de 0-59 Meses diagnosticadas como novo caso de Diarreia

53 Total de crianças de 0-59 Meses diagnosticadas como novo caso de Diarreia e tratadas com SRO e ZINCO

54 Total de crianças de 0-59 Meses diagnosticadas como novo caso de Diarreia e tratadas só com ZINCO

55
Diarreia

Total de crianças de 0-59 Meses diagnosticadas como novo caso de Diarreia e tratadas só com SRO

56 Total de crianças de 5-14A diagnosticadas como novo caso de Diarreia

57 Total de crianças de 5-14A diagnosticadas como novo caso de Diarreia e tratadas com SRO e ZINCO

58 Total de crianças de 5-14A diagnosticadas como novo caso de Diarreia e tratadas só com ZINCO

59 Total de crianças de 5-14A diagnosticadas como novo caso de Diarreia e tratadas só com SRO
Novos casos

60 Total de crianças de 0-59 Meses diagnosticadas como novo caso de Disenteria


Disenteria

61 Total de crianças de 0-59 Meses diagnosticadas como novo caso de Disenteria e tratadas com Ciprofloxacina

62 Total de crianças de 5-14A diagnosticadas como novo caso de Disenteria

63 Total de crianças de 5-14A diagnosticadas como novo caso de Disenteria e tratadas com Ciprofloxacina

64 Total de crianças de 0-59 Meses diagnosticadas como novo caso de Pneumonia


Pneumonia

65 Total de crianças de 0-59 Meses diagnosticadas como novo caso de Pneumonia e tratadas com Amoxacilina

66 Total de crianças de 5-14 diagnosticadas como novo caso de Pneumonia

67 Total de crianças de 5-14A diagnosticadas como novo caso de Pneumonia e tratadas com Amoxacilina

68 Total de crianças de 0-59 Meses diagnosticadas como novo caso de outras doenças
Outras
doen-
ças

69 Total de crianças de 5-14A diagnosticadas como novo caso de outras doenças

70 Total de crianças referidas


Referência

71 Total de crianças referidas para Consulta de criança em risco

72 Total de crianças referidas para Urgencia de pediatria ou Banco de Socorros/internamento

73 Total de crianças referidas para Consulta Médica /especializada/Doença crónica

Compilado por:____________________________________________________________________________ Assinatura:______________________________ Data: _______/_______/_______


NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 137

Anexo 23: Ficha individual da criança na CCR


138 NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Data da consulta
Idade (meses / anos)
Peso actual (kg)
Estatura (cm)
Peso/Estatura (DP)
PC ( perímetro craniano)
Vacinas em dia (sim/não)
Vitamina A em dia (sim/não)
Desparasitação em dia (sim/não)
História actual
Diarreia
Tosse
Febre
Contacto com tuberculose
Dorme sob rede mosquiteira
Outro:
Avaliação clínica
Sinais de perigo
Palidez palmar
Desidratação
Respiração rápida
Edema
Candidiase oral
Dermatite
Adenomegalias
Secrecão do ouvido
Atraso no desenvolvimento psicomotor
Outro
Testes efectuados:
PCR (data da colheita)
PCR (resultado)
HIV (teste rápido) : resultado
Mantoux (Data / resultado)
Hemoglobina (mg/dl)
Plasmódio (TDR)
Outro
Diagnóstico
Tratamento
Profilaxia com Cotrimoxazol
Profilaxia com Isoniazida
Profilaxia com Nevirapina
Amoxacilina
Nistatina
Antimaláricos
Mebendazol
Multivitaminas
Vitamina A
SRO
Zinco
Tratamento nutricional ATPU
Tratamento nutricional CSB
Outro:
Alimentação infantil
Aleitamento materno exclusivo
Aleitamento artificial
Aleitamento misto
Alimentação complementar
Referido para
Internamento
Consulta médica
Data da consulta seguinte (dd/mm/aa)

Alta
Curado
Abandono
Transferido para C. Doença crónica
Óbito
Assinatura (legível)
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 139

Anexo 24: Folha de registo de colheita para o teste de


PCR para ADN de HIV
140

Nº de Razão do
ordem Idade Tratamento
mensal No de NID Informações do doente (meses) Sexo (circular) Proveniência 1ª visita 2ª visita 3ª visita 4ª visita
Nome do doente: Veja as definições  Caso novo
nas instruções
 Referido do TDI Data Data Data Data

Nome do acompanhante: Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
1  Abandono que
retornou
2 Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Nome da comunidade: Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)

Contacto: P/E PB P/E PB P/E PB P/E PB


(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
6 aos 59 meses
Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
Desc Desc Desc Desc
Nome do doente: Veja as definições  Caso novo
nas instruções Data Data Data Data
 Referido do TDI
1
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
Nome do acompanhante: 2
 Abandono que
retornou Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
Nome da comunidade: (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)
P/E PB P/E PB P/E PB P/E PB
Contacto: (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
Desc Desc Desc Desc
Nome do doente: Veja as definições  Caso novo
nas instruções Data Data Data Data
 Referido do TDI
1
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
Nome do acompanhante: 2
 Abandono que
retornou Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
Nome da comunidade: (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)
P/E PB P/E PB P/E PB P/E PB
Contacto: (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
Desc Desc Desc Desc
Nome do doente: Veja as definições  Caso novo
nas instruções Data Data Data Data
 Referido do TDI
1
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
Nome do acompanhante: 2
 Abandono que
retornou Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
Nome da comunidade: (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)
P/E PB P/E PB P/E PB P/E PB
Contacto: (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
Desc Desc Desc Desc
Nome do doente: Veja as definições  Caso novo
nas instruções Data Data Data Data
 Referido do TDI
1
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
Nome do acompanhante: 2
 Abandono que
retornou Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
Nome da comunidade: (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)
P/E PB P/E PB P/E PB P/E PB
Contacto: (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
Desc Desc Desc Desc
Anexo 25: Livro de registo do PRN: Crianças dos
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO 141
142

5ª visita 6ª visita 7ª visita Alta Instruções de preenchimento do Livro de Registo do PRN


Dias totais: Nº Sequencial: No início de cada mês, inserir o número 1 para o primeiro
Data Data Data doente que se apresenta; inserir o número 2 para o doente que se apresenta a
Quantidade total recebida: seguir, e assim subsequentemente até o final do mês. Recomece a sequência
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento para cada caso novo que se apresentar no início do mês seguinte.
Indicar: Nº de NID: Inserir o número do NID atribuído ao doente.
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados Nome do doente: Escrever o nome completo do doente.
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono Nome do acompanhante: Escrever o nome da pessoa que está na
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito companhia do doente na Unidade Sanitária.
 Referido para o internamento
P/E PB P/E PB P/E PB Comunidade: Escrever o nome da comunidade onde reside o doente.
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
 Transferido para outro sector ou
Unidade Sanitária Idade: A idade do doente deve ser expressa em meses para crianças dos 6
Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc aos 59 meses
Sexo: Escrever o sexo do doente (masculino ou feminino).
Dias totais: Razão de tratamento: Indicar o motivo que leva a criança a ser tratada,
Data Data Data
fazendo um círculo em volta dos seguintes números: 1 e 2
Quantidade total recebida:
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento 1: Criança com DAG
Indicar: 2: Criança com DAM
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados Proveniência: Indicar com um “x” se se trata de uma nova admissão ou de uma
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono re-admissão devido a uma das razões listadas.
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito Visitas: O livro de registo tem sete campos de visita, nos quais serão
 Referido para o internamento preenchidas as informações sobre o estado nutricional dos doentes sempre
P/E PB P/E PB P/E PB
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
 Transferido para outro sector ou que estes visitarem a Unidade Sanitária.
Unidade Sanitária
Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Data: Neste campo escreve-se a data em que o doente se apresenta na
Unidade Sanitária para ser avaliado.
Dias totais: Tipo de suplemento: Neste campo escreve-se o tipo de suplemento, se é
Data Data Data MAE ou ATPU.
Quantidade total recebida: Quantidade: Escrever a quantidade de suplemento recebido na data da visita
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento à Unidade Sanitária. Se for ATPU, a quantidade será expressa em saquetas, e
Indicar: se for MAE, a quantidade será expressa em quilogramas(kg).
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados Peso: Neste campo escreve-se o peso do doente de acordo com a medição
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono feita pelo profissional de saúde. O peso deve ser expresso em quilogramas
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito (kg).
 Referido para o internamento Estatura: Escrever a estatura do doente depois de medida no altímetro (altura
P/E PB P/E PB P/E PB
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
 Transferido para outro sector ou ou comprimento). Paras as crianças menores de 5 anos a estatura deve ser
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Unidade Sanitária expressa em centímetros (cm).


Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc
Peso/Estatura: Escrever o índice de peso para estatura de acordo com as
tabelas de peso-para-estatura.
Dias totais:
Data Data Data PB: Neste campo escreve-se o perímetro braquial do doente, de acordo com a
Quantidade total recebida: medição feita a este.
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Estado de HIV: Para doentes com estado desconhecido, deve se fazer o
Indicar: seguimento do teste nas visitas seguintes.
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados Alta: Neste campo deverá registar-se as seguintes informações:
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono Dias totais: O tempo em que o doente permaneceu em tratamento ou
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito suplementação (n.º de dias).
 Referido para o internamento
P/E PB P/E PB P/E PB Quantidade total recebida: Registar a quantidade total de ATPU ou MAE que
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
 Transferido para outro sector ou
Unidade Sanitária o doente recebeu durante o tempo que esteve em tratamento ou
Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc suplementação.
Indicar a categoria da alta: Pondo um círculo na opção certa, se o doente
Dias totais: curou, morreu, abandonou, etc. e a data de ocorrência.
Data Data Data Nota: No fim de cada folha preenchida, o responsável pelo preenchimento do
Quantidade total recebida: livro deve assinar no campo providenciado.
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
Indicar:
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito
 Referido para o internamento
P/E PB P/E PB P/E PB
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
 Transferido para outro sector ou
Unidade Sanitária
Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc
Razão do
Nº Idade Tratamento
sequencial No de NID Informações do doente (meses) Sexo (circular) Proveniência 1ª visita 2ª visita 3ª visita 4ª visita
Nome do doente: Veja as  Caso novo
definições nas Data Data Data Data
instruções  Referido do TDI
3 Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
Nome do acompanhante: 4  Abandono que
retornou Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)
Nome da comunidade: IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
Desc Desc Desc Desc
Nome do doente: Veja as  Caso novo
definições nas Data Data Data Data
instruções  Referido do TDI
3 Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
Nome do acompanhante: 4  Abandono que
retornou Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)

Nome da comunidade:: IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB


(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
Desc Desc Desc Desc
Nome do doente: Veja as  Caso novo
definições nas Data Data Data Data
instruções  Referido do TDI
3 Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
Nome do acompanhante: 4  Abandono que
retornou Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
Adolescentes dos 5 aos 14 anos

(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)

Nome da comunidade:: IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB


(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
Desc Desc Desc Desc
Nome do doente: Veja as  Caso novo
definições nas Data Data Data Data
instruções  Referido do TDI
3
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
4
Nome do acompanhante:  Abandono que
retornou Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)

Nome da comunidade: IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB


(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
Desc Desc Desc Desc
Nome do doente: Veja as  Caso novo
definições nas
Anexo 26: Livro de registo do PRN: Crianças e

Data Data Data Data


instruções  Referido do TDI
3 Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento
Nome do acompanhante: 4  Abandono que
retornou Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)

Nome da comunidade: IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB


(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)
Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + – Estado de HIV (circular) + –
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Desc Desc Desc Desc


143
144

5ª visita 6ª visita 7ª visita Alta Instruções de preenchimento do Livro de Registo do PRN


Dias totais: Nº Sequencial: No início de cada mês, inserir o número 1 para o primeiro doente
Data Data Data que se apresenta; inserir o número 2 para o doente que se apresenta a seguir,
Quantidade total recebida: e assim subsequentemente até o final do mês. Recomeçar a sequência para
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento cada caso novo que se apresentar no início do mês seguinte.
Indicar: Nº de NID: Inserir o número do NID atribuído ao doente.
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados Nome do doente: Escrever o nome completo do doente.
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono
Nome do acompanhante: Escrever o nome da pessoa que está na companhia
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito
 Referido para o internamento do doente na Unidade Sanitária.
IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)  Transferido para outro sector ou Comunidade: Escrever o nome da comunidade onde reside o doente.
Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Unidade Sanitária Idade: A idade do doente deve ser expressa em anos para crianças e
adolescentes dos 5 aos 14 anos.
Dias totais: Sexo: Escrever o sexo do doente (masculino ou feminino).
Data Data Data Razão de tratamento: Indicar o motivo que leva a criança ou adolescente a ser
Quantidade total recebida: tratado, fazendo um círculo em volta de um dos seguintes números: 5; 6; 7; ou
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento 8 onde:
Indicar: 3: Criança ou adolescente com DAG
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados
4: Criança ou adolescente com DAM
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito Proveniência: Indicar com um “x” se se trata de uma nova admissão ou de uma
 Referido para o internamento re-admissão devido a uma das razões listadas.
IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)  Transferido para outro sector ou Visitas: O livro de registo tem sete campos de visita, nos quais serão
Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Unidade Sanitária preenchidas as informações sobre o estado nutricional dos doentes sempre que
estes visitarem a Unidade Sanitária.
Dias totais: Data: Neste campo escreve-se a data em que o doente se apresenta na Unidade
Data Data Data Sanitária para ser avaliado.
Quantidade total recebida: Tipo de suplemento: Neste campo escreve-se o tipo de suplemento, se é MAE
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento ou ATPU.
Indicar: Quantidade: Escrever a quantidade de suplemento recebido na data da visita à
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados Unidade Sanitária. Se for ATPU, a quantidade será expressa em saquetas, e se
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono for MAE, a quantidade será expressa em quilogramas(kg).
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito Peso: Neste campo escreve-se o peso do doente de acordo com a medição
IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB  Referido para o internamento feita pelo profissional de saúde. O peso deve ser expresso em quilogramas (kg).
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)  Transferido para outro sector ou
Unidade Sanitária Estatura: Escrever a estatura do doente depois de medida no altímetro (altura
NORMAS DE ATENDIMENTO À CRIANÇA SADIA E À CRIANÇA EM RISCO

Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc
ou comprimento). Paras as crianças menores de 5 anos a estatura deve ser
expressa em centímetros (cm).
Dias totais: IMC/Idade: Escrever o índice de peso para estatura de acordo com as tabelas
Data Data Data
de peso-para-estatura.
Quantidade total recebida:
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento PB: Neste campo escreve-se o perímetro braquial do doente, de acordo com a
medição feita a este.
Indicar:
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados Estado de HIV: Para doentes com estado desconhecido, deve se fazer o
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono seguimento do teste nas visitas seguintes.
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito Alta: Neste campo deverá registar-se as seguintes informações:
IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB  Referido para o internamento Dias totais: O tempo em que o doente permaneceu em tratamento ou
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)  Transferido para outro sector ou suplementação (n.º de dias).
Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Unidade Sanitária
Quantidade total recebida: Registar a quantidade total de ATPU ou MAE que
o doente recebeu durante o tempo que esteve em tratamento ou suplementação.
Dias totais: Indicar a categoria da alta: Pondo um círculo na opção certa, se o doente
Data Data Data
curou, morreu, abandonou, etc. e a data de ocorrência.
Quantidade total recebida:
Tipo de suplemento Tipo de suplemento Tipo de suplemento Nota: No fim de cada folha preenchida, o responsável pelo preenchimento do
livro deve assinar no campo providenciado.
Indicar:
Quantidade Quantidade Quantidade  Curados
Peso Estatura Peso Estatura Peso Estatura  Abandono
(kg) (cm) (kg) (cm) (kg) (cm)  Óbito
IMC/Idade PB IMC/Idade PB IMC/Idade PB  Referido para o internamento
(DP) (cm) (DP) (cm) (DP) (cm)  Transferido para outro sector ou
Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Estado de HIV (circular) + – Desc Unidade Sanitária

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