Apostila de Geografia
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Apostila de Geografia
O quadro acima representa a divisão da história do planeta Terra em suas diferentes fases. As fases mais longas são
chamadas de eras. Cada era, por sua vez, pode ser subdividida em fases menores, as quais recebem o nome de períodos.
Cada período, igualmente, pode ser subdividido em épocas. Assim, por exemplo, a Era Cenozoica compreende dois
períodos: o Quaternário e o Terciário. O período Quaternário subdivide-se em duas épocas: O Holoceno e o Pleistoceno.
Vários e diversificados eventos de ordem geológica ou biológica distinguem uma fase de outra, demarcando quando uma era
ou período têm início e quando termina. O período Quaternário se distingue pela ocorrência das primeiras grandes
glaciações e pelo aparecimento dos primeiros hominídeos. O aparecimento do homem nesse período foi evidenciado tanto
pela descoberta de numerosas ossadas humanas em terrenos datados dessa "época", quanto pela conservação de produtos
do trabalho humano (instrumentos primitivos de trabalho, objetos, de função ritual, etc.).
Já o período Terciário se define pela formação das cordilheiras atuais, os chamados dobramentos modernos, tais como: os
Alpes, o Himalaia, os Andes e as Rochosas. Esse período foi marcado, também, pelo domínio faunístico dos grandes
mamíferos (mamute, tigre dente de sabre, etc.).
Para se ter uma ideia do tempo geológico de Pernambuco, o estado possui desde terrenos pré-
-cambrianos no planalto da Borborema a terrenos do Holoceno no Recife.
O INTERIOR DA TERRA
Grande parte dos fenômenos que ocorrem na superfície terrestre tem origem nas profundezas do planeta, o conhecimento
do interior da Terra, campo de estudos de geofísico, é muito importante para a geografia.
Tal conhecimento tem limites tecnológicos muito precisos; até agora, o poço mais profundo perfurado pelo homem,
localizado na península de Kola, na Rússia, atingiu apenas 13 km de profundidade (o raio médio do planeta é igual a 6.370
km). O que conhecemos abaixo dessa profundidade tem origem em observações indiretas e especulações. A maior parte da
estrutura interna do planeta foi inferida a partir de estudos sismológicos: durante os terremotos, as ondas sísmicas são
registradas e analisadas, principalmente em termos de sua velocidade e de seus desvios. Sabendo-se que essas ondas mudam
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de velocidade e de ângulo quando encontram diferentes materiais, é possível se inferir a constituição dos materiais por elas
"atravessados", bem como a que profundidade ocorrem os desvios.
CROSTA TERRESTRE:
a) Crosta continental:
-SIAL (silício e alumínio);
-espessura: de 20 a 70 km;
-rochas leves (densidade média: 2,8) e ácidas.
b) Crosta oceânica:
-SIMA (silício e magnésio);
-espessura: de 5 a 15 km;
-rochas pesadas (densidade média: 3,3) e alcalinas.
I. ASTENOSFERA: zona ligeiramente mais plástica situada sob a litosfera. O material aí existente, magma, apresenta-se a
elevadas temperaturas (entre 600 e 1000ºC). Sobre ela deslizam as placas tectônicas.
II. MANTO: principais elementos químicos: silício, magnésio e ferro.
a) Manto superior:
-formado por magma (3000°C);
-até 670 km de profundidade.
b) Manto inferior:
-magma a elevadas temperaturas;
-até 2900 km de profundidade.
a) Núcleo externo:
-material em estado líquido;
-até 5100 km de profundidade;
-temperaturas elevadas (4500-6000°C).
b) Núcleo interno:
-material em estado sólido;
-até 6370 km de profundidade;
-temperaturas muito elevadas (6000ºC).
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1. Teoria da Deriva Continental (ou da Translação dos continentes) - Alfred Wegener, (1880-1930) - uma única e gigantesca
massa continental, denominada por ele de Pangeia (Pan = todo /gea = terra), em eras geológicas (vide quadro a seguir)
muito remotas (períodos carboníferos), começou a sofrer um processo de divisão, originando vários blocos continentais que
só nos "últimos” 65 milhões de anos adquiriram a configuração atual.
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2. Teoria da Tectônica de Placas (1967) - a crosta terrestre flutua sobre um substrato pastoso, magmático ou fluido, e a divisão
dessa massa resultou na formação de externas placas ou blocos que se movimentam num deslocamento horizontal lento,
mas, catastrófico: é a zona de dobramentos, falhas, vulcanismo, abalos sísmicos, justo no limite externo das placas, área de
colisões ou seccionamentos e geologicamente instáveis. São seis grandes placas e os limites continentais necessariamente não
coincidem com as delas.
5. INDO-AUSTRALIANA
É a Fórmula-1 das placas tectônicas: move-se rapidamente em direção ao norte. O subcontinente indiano, onde está a Índia,
por exemplo, está "entrando" na Ásia cerca de 20 milímetros por ano. A pancada mais forte, nessa área, ocorreu há 75
milhões de anos e criou a cadeia de montanhas do Himalaia. Mede cerca de 45 milhões de quilômetros quadrados.
6. PLACA DA ÁFRICA
Vem se afastando da Sul-americana há 200 milhões de anos, inclui a África, parte do Oceano Atlântico e parte do Oceano
Índico. Move-se para nordeste, cutucando a placa Euroasiática Ocidental e outras placas menores. Mede aproximadamente
65 milhões de quilômetros quadrados.
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7. PLACA DA ANTÁRTIDA
Toda a sua parte continental, que dá sustentação à Antártida, é coberta por gelo. Move-se para o norte. Área: 25 milhões de
quilômetros quadrados.
8. PLACA SUL-AMERICANA
É a do Brasil, inclui toda a América do Sul e a parcela ocidental do Oceano Atlântico. Corre para oeste, afastando-se de uma
cadeia de montanhas submersas, no chamado "ridge" Meso-Atlântico. Do outro lado, no Oceano Pacífico, encavala na Placa
de Nazca. A tensão nessa área formou os Andes, há 180 milhões de anos, e ainda os está elevando. Sua área é de
aproximadamente 32 milhões de quilômetros quadrados.
9. PLACA DE NAZCA.
Localizada na costa oeste das Américas Central e do Sul. Movimenta-se para o leste, e sua borda comum com a placa Sul-
americana está sendo destruída pelo contínuo jogo de sumô entre as duas. Área: 10 milhões de quilômetros quadrados.
ESTRUTURA GEOLÓGICA
A estrutura geológica da superfície terrestre, que continua em mutação, constitui o embasamento do modelado do relevo.
São identificadas três províncias geológicas nas terras emersas:
Escudos Cristalinos: são superfícies mais ou menos planas, onde o processo de erosão é maior do que a sedimentação.
Suas estruturas correspondem aos escudos antigos. São geologicamente velhos, datando das Eras Arqueozoica e
Proterozoica, não apresentam instabilidade geológica e favorecem ocorrências de minerais, (ferro, cobre, alumínio, estanho,
manganês, ouro, prata e pedras preciosas). No estado de Pernambuco, é a estrutura predominante desde as colinas da Zona
da Mata até a depressão semiárida.
Bacias Sedimentares: são superfícies onde o processo de sedimentação é maior que a de erosão. São recentes ou antigas e
podem ser de origem fluvial (planície de aluvião) ou de origem marinha (formada por areias quartzosas). Estão superpostas
às Bacias Sedimentares Paleo-Mesozoicas, apresentando como recursos minerais as províncias geológicas de minerais,
fósseis (petróleo, gás natural, carvão mineral). A ocorrência desses minerais está na razão da irregularidade das suas camadas,
ou seja, quanto mais horizontais forem as camadas, menor a ocorrência dos minerais fósseis. Ocorre em Pernambuco na
porção oriental, nos tabuleiros costeiros com idade recente, e as mais antigas como a bacia tucano-jatobá e a chapada do
Araripe.
Dobramentos: são as mais altas formas de relevo e o seu conjunto é bem representado pelas cordilheiras. Apresentam
grande instabilidade geológica, são recentes, da era Cenozoica, não tiveram ainda tempo de sofrer maior desgaste erosivo. A
estrutura geológica corresponde aos dobramentos e falhamentos modernos, sofrem erosão intensa.
Temos como melhores exemplos as Cordilheiras do Himalaia, Andes, Alpes e Rochosas.
No Brasil e, consequentemente, em Pernambuco, não ocorre essa estrutura.
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Não Esqueça!
Pernambuco possui pequenos abalos sísmicos provocados por eventos intraplacas, que no caso se refere ao Lineamento Pernambuco.
Observe no mapa acima que no Brasil ocorrem apenas os Escudos Cristalinos e as Bacias Sedimentares, inclusive no estado
de Pernambuco.
GEOMORFOLOGIA
(Formação do Relevo Terrestre)
O relevo corresponde às diversas configurações da crosta terrestre, sendo o resultado da interação de dois conjuntos de
fatores ou agentes:
Os movimentos tectônicos, também chamados de "diastrofismo" (distorções) são forças lentas e prolongadas que afetam a
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a) Orogênese (oros= relevo): pressões exercidas de forma horizontal, originando "dobras" (enrugamento ou cordilheiras,
quando as rochas sedimentares de boa plasticidade não oferecem resistência à força interior).
b) Epirogênese (epiro = continente) quando as pressões do magma são exercidas verticalmente contra camada de rochas
resistentes e de pouca plastici-dade, os blocos continentais podem sofrer levantamento ou abaixamento formando "fraturas
ou falhas".
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VULCANISMO
É o processo de exteriorização do magma, através de fissuras na litosfera e provocado por pressões e explosões da base da
litosfera. A sua ocorrência está associada a terrenos geologicamente novos.
A concentração de vulcões ativos forma o "Círculo" ou "Cinturão de fogo" que vai da Oceania ao Sul do Chile, passando
pelas Ilhas Nipônicas (Japão), Estreito de Bering, Alasca, América do Norte, Central e do Sul. Pernambuco possui
vulcanismo inativo.
Quanto ao material expelido pelos vulcões, temos: lavas (magma em estado de fusão); material piroclástico (fragmentos de
rochas denominados blocos, bombas); gases e vapores (água, mais comuns, e as fumarolas, nuvens ardentes com mais de
800ºC e que alcançam longas distâncias).
ABALOS SÍSMICOS
São tremores da crosta terrestre provocados por explosões na base da litosfera e que se propagam por meio de vibrações.
Têm como causas: deslocamento das placas tectônicas, desmoronamentos internos (ação das águas subterrâneas) e atividade
vulcânica.
Suas ocorrências estão associadas a terrenos geologicamente novos, têm intensidade variável e podem ocorrer nos
continentes (terremotos) e nos oceanos (maremotos). O local onde se origina é denominado "hipocentro" e onde se
manifesta na superfície chama-se "epicentro".
Ocorrem em Pernambuco, eventualmente, alguns abalos sísmicos que coincidem com a BR-232, que está localizada sobre o
lineamento Pernambuco, uma falha geológica horizontal ou transcorrente.
AGENTES EXTERNOS
São aqueles que atuam no exterior da geosfera, modelando o relevo através da destruição das rochas.
É um fenômeno físico (desagregação em clima seco) e químico (decomposição em clima úmido), que age externamente
sobre as rochas, sendo relevante a resistência e o trabalho imposto aos agentes feitos de maneira bastante diferenciada
conforme a formação mineralógica. Tipos de erosão/sedimentação:
a) Erosão Eólica
É a erosão provocada pelos ventos. São de dois tipos:
- Deflação: é o vento leve que atua no relevo sem provocar desgastes.
- Corrosão: é o vento forte e pesado que atua no relevo causando grandes deformações.
b) Acumulação Eólica
Dá origem às dunas e ao loess.
- Dunas: são montanhas de areias depositadas pelos ventos. As dunas de mais de 100 metros de altura (Saara) são chamadas
de Ergs.
- Loess: são depósitos de coloração amarela, constituída por argila, rica em calcário. São soIos bastante férteis para a
agricultura.
c) Erosão Marítima
É a erosão provocada pelo mar através da ação das ondas e das correntes marítimas. A erosão marinha é também
denominada ABRASÃO e ocorre nas costas altas. As ondas, atuando sobre a base das costas elevadas, fazem com que haja
desmoronamento da parte superior. A costa sofre um recuo formando uma Falésia (Torres no Rio Grande do Sul).
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Acumulação Marítima
Ocorre nos litorais onde a ação das correntes marítimas favorece o trabalho de acumulação.
Principais Acumulações Marítimas:
- Praias: cordão arenoso que liga o mar ao continente.
- Tombolo: acumulação de sedimentos entre uma ilha e o litoral.
- Restinga: denominadas “flechas litorâneas", surgem quando os depósitos de sedimentos formam uma franja paralela ao
litoral. E originam as lagoas ou lagunas.
- Recifes: são formados por acumulação marítima. Podem ser de arenito e de coral. De arenito, quando antigos depósitos
sofrem sedimentação. Os de coral são encontrados nos mares tropicais.
-Atol: são acumulações de corais em torno das ilhas.
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d) Erosão Glacial
É a erosão provocada pelo gelo.
Geleiras: são exemplos de erosão provocada pelo gelo. As geleiras são massas de gelo formadas em regiões onde a
quantidade de neve que cai é superior ao do gelo.
Fiordes: vales e “U” resultantes do atrito do gelo durante as eras glaciais.
Acumulação Glacial
São MORENAS ou MORAINAS, formadas pelas geleiras ao transportarem grande quantidade de fragmentos rochosos
depositando os mesmos nas encostas das montanhas ou nos vales.
e) Erosão Fluvial
É a erosão provocada pelos rios. Os rios realizam três trabalhos principais, que são: erosão, o transporte e a acumulação de
sedimentos. É o caso do leito ou curso de um rio.
Acumulação Fluvial
São resultados da acumulação dos sedimentos transportados pelos rios: Delta (tipo de foz formado pela acumulação de
sedimentos, originando ilhas e canais).
ROCHAS
Rochas são agregados naturais formados por um ou mais minerais, encontrados naturalmente na crosta terrestre e formando
províncias geológicas individualizadas.
O granito, por exemplo, é uma rocha constituída por quartzo, feldspato e mica.
Já o calcário é constituído predominantemente de calcita (carbonato de cálcio).
Embora possamos classificar as rochas a partir de variados critérios, a mais utilizada se baseia nos processos de origem das
rochas.
I. Rochas Magmáticas
São aquelas que se originam a partir do resfriamento do MAGMA.
Quando tal resfriamento se dá no interior da crosta terrestre, temos as rochas magmáticas INTRUSIVAS ou
PLUTÔNICAS, a exemplo do granito. Como Pernambuco tem grande parte de seu território em estrutura cristalina,
acontece a existência de granito, explorado principalmente no Agreste, sendo, inclusive, um dos produtos exportados pelo
estado.
Quando tal resfriamento se dá no exterior da crosta terrestre, temos as rochas magmáticas EXTRUSIVAS ou
VULCÃNICAS, a exemplo do basalto.
O calcário, por exemplo, é formado a partir da acumulação, no fundo dos mares, de carapaças de organismo marinhos, ricas
em carbonato de cálcio. As camadas superiores exercem forte pressão sobre inferiores, compactando-as.
O processo de formação das rochas sedimentares recebe o nome de DIAGÊNESE.
Podem ser:
Clásticas ou mecânicas (ex.: areia, argila).
Químicas (ex.: travertino, calcário, gipsita, sal-gema).
Organogenéticas ou orgânicas (ex.: turfa, antracito).
O conjunto dessas alterações recebe o nome de metamorfismo e ocorre sempre no interior da crosta terrestre.
Assim é que, o granito, quando metamorfizado, dá origem a uma rocha chamada gnaisse, e que ocorre no planalto da
Borborema. Já o calcário, quando sofre metamorfismo, dá origem ao mármore.
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ATMOSFERA E CLIMA
1. Conceito: a atmosfera é a camada mais externa, menos densa (gasosa) e mais fria da Terra; é volátil, compressível e tem
capacidade de expansão. Ela envolve e acompanha a Terra pelo espaço devido à força da gravidade e ao movimento de
rotação.
2. Composição do ar atmosférico:
3. Camadas atmosféricas:
Troposfera - em contato direto com a superfície terrestre, nela ocorrem os fenômenos meteorológicos (nuvens, chuvas,
ventos). Sua temperatura é inversamente proporcional à altitude. Parte superior: tropopausa.
Estratosfera - a partir da troposfera, atinge cerca de 50 km. Muito importante para a biosfera devido à pre-sença do gás
ozônio (O 3 ), que filtra / absorve cerca de 70% a 90% dos raios ultravioletas, emitidos pelo sol.
Ionosfera - as moléculas de gás se formam carregadas eletricamente ou "ionizadas", refletindo para a terra as ondas de
rádio.
Exosfera - camada mais externa com limites superiores imprecisos, temperaturas elevadíssimas.
CONCEITOS BÁSICOS
Climatologia dinâmica: é a climatologia que aborda o estudo dos climas baseando-se na “DINÂMICA DAS MASSAS DE
AR" e no "TEMPO ATMOSFÉRICO", sem deixar também de considerar as médias atmosféricas.
Tempo atmosférico: é o conjunto das características atmosféricas de um lugar qualquer num dado momento (horas, dias,
semanas). O tempo pode mudar num só dia: ensolarado pela manhã, nublado à tarde e frio ou chuvoso à noite.
Clima: é uma sucessão habitual dos diversos tipos de tempo. Depende dos tipos e mecanismos circulatórios das massas de
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ar. Os climas são mais estáveis. Não mudam em curtos períodos, por isso podemos afirmar: "O clima do sertão
pernambucano é semiárido".
Massas de ar: são grandes blocos ou camadas de ar que se deslocam tanto no sentido horizontal como vertical. São
homogêneas, e suas características dependem das irradiações solares e do local sobre o qual elas se formam. Assim as massas
oceânicas são úmidas em relação às continentais (secas) e as polares são frias em relação às tropicais (quentes).
OS CONDICIONANTES CLIMÁTICOS
1. Elementos Climáticos
A) Temperatura do ar - é o estado térmico do ar atmosférico medido pelo termômetro e pelo termógrafo. O calor
atmosférico é resultado de uma irradiação, ou seja, a superfície sólida da Terra absorve as ondas eletromagnéticas do Sol e as
transformam em calor. É possível identificar três unidades de temperatura diferentes:
1ª) Amplitude térmica - é a diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima podendo ser diária, mensal e anual.
2ª) Média térmica - é a média simples entre a temperatura máxima e a temperatura mínima.
3ª) Variação - latitude I altitude I maritimidadeI continentalidade.
C) Densidade do ar - é determinada pela quantidade de moléculas gasosas por metro cúbico de ar. Em condições normais e
iguais, o ar mais frio é denso e o ar quente é menos denso. A densidade do ar está relacionada à temperatura e à pressão do
ar.
D) Ventos – é o ar posto em movimento. O deslocamento do ar ocorre em virtude das diferentes mudanças na temperatura e,
consequentemente, na pressão atmosférica. Os ventos se deslocam sempre das áreas de baixa temperatura e alta pressão
(dispersora de ar; "anticiclonais"), para as áreas ciclonais (alta temperatura e baixa pressão) os ventos sofrem desvios para o
oeste, em função da rotação da Terra.
TIPOS DE VENTOS
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Constantes ou planetários (sopram sempre na mesma direção): Alísios – trópicos equador e Contra-alísios –
equador trópicos.
Periódicos ou continentais (sopram em época e sentido diferentes): brisas - durante o dia são marítimas (mar/terra),
durante a noite são continentais (terra/mar) e monções - típicas do Sudeste Asiático, são sazonais: inverno (continente:
Ásia, para o Oceano Índico), verão (oceano/continente), provocando chuvas intensas.
2. UMIDADE ATMOSFÉRICA
É a quantidade de água em forma de vapor existente no espaço aéreo. A sua medição é feita peIo higrômetro e hidrógrafo.
É possível medirmos três tipos diferentes de umidade. São eles:
a) Umidade absoluta - é a quantidade total de umidade existente em um determinado espaço a uma determinada temperatura.
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b) Umidade de saturação ou ponto de saturação- é a unidade máxima contida em um espaço a uma determinada
temperatura.
c) Umidade relativa - é o resultado da relação feita entre a umidade absoluta e o ponto de saturação, ou seja, é a relação feita
entre o total de umidade do espaço com o máximo de umidade que esses espaços podem conter a uma determinada
temperatura.
Ciclo hidrológico
2.1. PRECIPITAÇÕES - são os diferentes tipos de retorno da umidade atmosférica para a superfície terrestre.
Chuva - é a mais importante das precipitações. Ocorre em todas as latitudes e é grande a dependência do Homem em
relação à mesma (agricultura, piscicultura, adutoras). Existem três tipos de chuva:
Tipos de chuva
1. Convectiva ou de convecção: ocorre quando uma massa de ar úmida sobe devido a uma convecção térmica.
2. Orográfica ou de relevo: são resultantes do deslocamento horizontal do ar, que, em contato com as regiões elevadas, se
condensa e há a precipitação.
3. Frontal ou de frente: ocorre quando duas massas de ar de temperaturas diferentes se encontram. São menos intensas e
duradouras.
2.2. NEBULOSIDADE – corresponde à formação das nuvens. Existem quatro tipos de nuvens básicas que se combinam
entre si. São elas:
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2.3. NEVE– ocorre quando a condensação se dá em uma temperatura igual ou inferior a 0°. É comum a ocorrência de neve
nas latitudes superiores a 30º.
2.4. GRANIZO– é a precipitação da água com o gelo e ocorre quando uma nuvem se precipita (chuva) sobre uma camada
de invenção. É comum a sua ocorrência nas regiões onde é grande a amplitude térmica.
Além das três formas de precipitação, outros fenô-menos meteorológicos associados à condensação, particularmente na
superfície terrestre ou próximo dela, ocorrem. São eles:
2.5. Orvalho– é a condensação do vapor d'água sobre uma superfície cuja temperatura tenha se reduzido, pelo resfriamento
radiativo, até abaixo da temperatura do ponto de orvalho do ar em contato com ele.
2.6. Névoa ou Fog– corresponde a uma fumaça de poeira em suspensão e de gotículas d'água devido à saturação do ar sob
baixa temperatura.
2.7. Geada – ocorre quando a temperatura do ar em contato com o solo está abaixo do ponto de congelamento (0°).
FATORES CLIMÁTICOS
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2. MASSA DE AR
São deslocamentos de ar, cujas características físicas (temperatura, umidade, densidade, etc.) são uniformes.
Tipos de massas de ar:
Polares Frias – áreas de alta pressão, emissoras de ar (subtropical).
Equatoriais Quentes– áreas de baixa pressão, receptoras de ar.
Tropicais Quentes– áreas de alta pressão atmosférica.
CLASIFICAÇÃO CLIMÁTICA
Existe um grande número de classificações climáticas, porém duas são mais usuais:
Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes
marítimas e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do
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Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das
correntes e massas de ar.
Clima Subtropical: presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro
a março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20ºC.
Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.
Clima Semiárido: presente, principalmente, no sertão nordestino, caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima
quantidade de chuvas. As temperaturas são altas durante quase todo o ano.
Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Chuvas
em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais.
Clima Tropical: temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio
a elevado.
Clima Tropical de altitude: ocorre principalmente nas regiões serranas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Serra da
Mantiqueira. As temperaturas médias variam de 15°C a 21ºC. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a
influência das massas de ar frias vindas pelo Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno.
Clima Tropical Atlântico (tropical úmido): presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande
influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e
amenas no inverno (média de 20ºC). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas.
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Climograma do Recife
Hidrografia
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Bacias Hidrográficas
A divisão atual, oficialmente aceita e que foi proposta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, agrupa
os cursos de água brasileira em oito bacias: Bacia Amazônica, Bacia do Nordeste, Bacia do São Francisco, Bacia
do Leste, Bacia do Paraguai, Bacia do Paraná, Bacia do Uruguai e Bacia do Sudeste. Verifica-se também uma
nona bacia, a do Amapá, que é constituída por cursos de águas independentes da Bacia Amazônica.
Bacias hidrográficas do Brasil (observe que Pernambuco possui área em duas delas).
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3. FITOGEOGRAFIA
A associação vegetal onde predomina a árvore, embora com ela se encontrem plantas herbáceas ou bulbosas, as parasitas, as
epífitas, as lianas, forma um conjunto complexo e de alto porte.
Quanto à situação geográfica, as florestas podem ser classificadas como: equatoriais, tropicais e temperadas.
O estado de Pernambuco possui uma vegetação que vai de floresta latifoliada a estepes xerófitas.
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FLORESTAS EQUATORIAIS
Desenvolvem-se nas zonas de baixas latitudes (proximidades do Equador) onde o clima é quente e muito úmido. As chuvas
são bem distribuídas e abundantes.
As florestas equatoriais são ricas em espécies vegetais e muito heterogêneas.
Floresta Amazônica
O solo está permanentemente coberto por espessa camada de folhas, galhos caídos, caules abatidos, frutos apodrecidos,
tudo úmido e em decomposição.
A fauna das florestas equatoriais caracteriza-se por uma grande variedade de aves dos mais diversos tamanhos e plumagens
(araras, papagaios, periquitos, tucanos, etc.). Também por grande número de animais rastejadores, répteis, batráquios e
arborícolas (macacos, saguis), mas os quadrúpedes são raros. Existe ainda enorme quantidade de insetos. São exemplos de
florestas equatoriais: a floresta Amazônica, a floresta do Congo, as florestas da Indochina e da Malásia.
FLORESTAS TROPICAIS
São menos exuberantes que as equatoriais, devido à variação climática, pois os climas tropicais apresentam-se quentes e
chuvosos durante seis meses e, nos outros seis meses, mais ou menos secos. As florestas tropicais, mesmo assim, são ricas
em espécies vegetais fechadas e heterogêneas. São exemplos de florestas tropicais: a mata Atlântica, atualmente muito
destruída pela ocupação humana. As matas tropicais também são muito ricas em lianas e epífitas.
A fauna é formada por répteis, batráquios, mamíferos e arborícolas, mas já aparecem quadrúpedes, a exemplo: o porco-do-
mato, a anta, a capivara, a onça (no Brasil) e o tigre (na Ásia e África).
A mata atlântica é um exemplo em Pernambuco de floresta tropical e que, devido a sua localização geográfica, foi
praticamente devastada pelo ciclo do pau-brasil, pela cana-de-açúcar e pela urbanização, restando menos de 7%.
FLORESTAS TEMPERADAS
São abertas, com pequena variedade de vegetais formando bosques homogêneos, onde não aparecem lianas e epífitas,
existindo grande espaçamento entre as árvores. Nota-se a ausência de arbustos entre as florestas temperadas. Podemos
distinguir as folhas caducas (caducifólias), as florestas de coníferas e as mistas (caducifólias e coníferas): as florestas
temperadas aparecem ao Norte da Eurásia (Noruega, Suécia, Finlândia, Rússia, Sibéria). Na América do Norte, aparecem no
Alasca, Canadá, Norte dos EUA e montanhas Rochosas.
Nas florestas de coníferas, de folhas perenes, entre as principais espécies destacam-se os pinheiros, as faias, os olmos, e as
sequoias norte americanas, que superam 100 metros de altura. Nas regiões de clima frio, entre as florestas de coníferas e a
tundra, desenvolve-se a taiga, vegetação de coníferas anãs. Sua altura não ultrapassa poucos metros.
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FORMAÇÕES ARBUSTIVAS
Nas formações arbustivas, com pouca frequência são encontradas árvores e, conforme o nome já indica, ocorrem arbustos
em grande quantidade, misturados com vegetação rasteira (gramíneas). Dentre as formações arbustivas, destacam- se as
savanas.
As regiões de savana situam-se na periferia das floretas tropicais, onde existem duas estações bem definidas: o verão úmido
e o inverno seco. A vegetação é mista, aparecem arbustos com até 8 metros de altura, misturados com plantas herbáceas e
gramíneas. É possível encontrá-las em grande extensão no Continente Africano. Na Ásia, Austrália e América do Sul, elas
recebem nomes locais. Na América do Sul, formam o Cerrado (Brasil Central), e o Lhano (Venezuela).
Analisando a fauna que habita as formações arbustivas, nota-se perfeitamente que é na África onde as savanas
apresentam maior variedade e exuberância. Na savana, vive grande número de herbívoros e animais de grande porte
(gazelas, girafas, búfalos, elefantes, leopardos, leões, antílopes) e numerosas espécies de aves (destacam-se: o avestruz, a ema
e a seriema).
No Continente Americano, particularmente na América do Sul (Lhano e Cerrado), a fauna é menos exuberante que a
africana, tanto no porte dos animais, como em variedade de espécies, nestes locais aparecem a onça, o gato selvagem, o
tamanduá e as aves como a ema e a seriema.
FORMAÇÕES HERBÁCEAS
As formações herbáceas ocorrem no interior dos continentes, nas regiões de clima continental, e se caracterizam pela
ausência de árvores, predominando plantas rasteiras (gramíneas).
As estepes são associações vegetais abertas que cobrem extensas regiões no Sul da CEI, Ásia Central, Oeste dos Estados
Unidos e Argentina. São constituídas por tufos ou colônias de plantas afastadas umas das outras, deixando o solo
parcialmente descoberto.
Os campos são vegetações rasteiras constituídas por uma cobertura contínua onde predominam as gramíneas, sendo
classificados em: campos-limpos e campos-sujos.
Os campos-limpos mostram predomínio absoluto de gramíneas, sem qualquer manifestação de arbustos ou árvores.
Recebem nomes diferentes nos vários países e continentes onde aparecem, por exemplo: no Brasil, Campos; na Argentina,
Pampa: na Hungria, Puszta; nos EUA e Canadá, Pradarias. Já os campos-sujos apresentam uma mistura de plantas rasteiras,
mas com a presença de arbustos e árvores.
A fauna das formações herbáceas é caracterizada pela presença de aves, como as perdizes, e de herbívoros de pequeno
porte, como lebres, coelhos, marmotas, répteis e insetos.
A restinga é um exemplo de vegetação herbácea que ocorre no litoral pernambucano, mas, devido ao uso intensivo das áreas
costeiras, é quase devastada.
Restinga
FORMAÇÕES ALAGADIÇAS
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FORMAÇÕES XERÓFITAS
A puna é uma vegetação formada por tufos de plantas herbáceas, que ocorre no deserto de Atacama (Chile).
Os Desertos são áreas despidas de revestimento vegetal. Há os desertos quentes e os desertos frios. Os desertos quentes e
secos (arenosos e pedregosos) aparecem na África, Ásia, Austrália, América do Norte e do Sul.
Os desertos de gelo aparecem nas regiões polares e permitem numerosa fauna de mamíferos (focas, ursos brancos) e de
aves. A vegetação não se desenvolve onde o gelo é eterno. Nas zonas em que os solos se descongelam no curto verão polar,
surge a tundra, onde medram líquens e musgos.
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Dá-se o nome de população ao conjunto de pessoas que residem em determinado território (uma cidade, um estado, um
país ou mesmo o planeta).
Uma população pode ser classificada segundo a religião, a nacionalidade, o local de moradia (urbana e rural) e a atividade
econômica (ativa ou inativa). Seu comportamento e suas condições de vida são retratados através de indicadores sociais, tais
como: taxa de natalidade, mortalidade, expectativa de vida, índices de analfabetismo, participação na renda, etc.
Dos 510 milhões de quilômetros quadrados da superfície terrestre, apenas um quarto é formado por terras emersas, os
chamados continentes. Estes possuem regiões habitáveis (Ecúmeno) ou não (Anecúmeno).
População absoluta é o número total de habitantes de um determinado lugar (país, região, estado, província).
Quando uma determinada região apresenta grande número de habitantes, dizemos que o lugar é populoso ou de grande
população total (absoluta) e se o número de habitantes for pequeno, dizemos que é um lugar pouco populoso.
Em termos mundiais, temos como exemplo alguns países populosos: China, Índia, Brasil, Japão, Estados Unidos; e não
populosos: Canadá, Portugal, Austrália e Mongólia.
As cidades mais populosas do mundo podem ser assim enumeradas: Cidade do México, Nova lorque, São Paulo, Tóquio e
Xangai.
Como áreas pouco populosas, citamos: Amazônia, Sibéria e Saara.
A densidade demográfica é o resultado obtido da divisão da população absoluta pela área do lugar. Vejamos alguns
exemplos:
− Países densamente povoados:
Mônaco (15.740 hab/km²), Singapura (4.337 hab/km²), Holanda (360 hab/km²).
− Áreas densamente povoadas:
Noroeste da Europa, Sudeste Asiático, Delta do Ganges, Leste da China e Nordeste dos EUA.
− Países fracamente povoados:
Mongólia (1,4 hab/km²), Canadá (2,6 hab/km²), Austrália (2,7 hab/km²).
− Áreas fracamente povoadas: Patagônia, Amazônia, Sibéria.
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
A população brasileira atual é de 205 milhões de habitantes (dados do IBGE 2013). Segundo as estimativas, no ano de 2025,
a população brasileira deverá atingir 228 milhões de habitantes. Ela se distribui pelas regiões da seguinte forma: Sudeste (85
milhões), Nordeste (56,5 milhões), Sul (29,9 milhões), Norte (17,7 milhões), Centro-Oeste (15 milhões) - dados de 2005.
Segundo o IBGE, a taxa de crescimento demográfico no Brasil, no período de 2000 a 2010, foi de 1,2% ao ano. Essa taxa é
reflexo do declínio que vem ocorrendo nas taxas de fecundidade da mulher brasileira nas últimas décadas. Em 1965, as
mulheres brasileiras tinham em média 5,7 filhos. Atualmente, o número de filhos é de cerca de 2, o que significa que essa
taxa declinou, num período de trinta anos, aproximadamente 60%. Em 2000, o Censo constatou que a população total do
Brasil era de 169 milhões de habitantes, tornando-se, assim, o Brasil, o 5º país mais populoso do mundo.
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Se observarmos os dados populacionais brasileiros, poderemos verificar que a taxa de natalidade tem diminuído nas últimas
décadas. Isto ocorre em função de alguns fatores. A adoção de métodos anticoncepcionais mais eficientes tem reduzido o
número de gravidez. A entrada da mulher no mercado de trabalho também contribuiu para a diminuição do número de
filhos por casal. Enquanto nas décadas de 1950-60, uma mulher, em média, possuía de 4 a 6 filhos, hoje em dia um casal
possui um ou dois filhos, em média. A taxa de mortalidade também está caindo em nosso país. Com as melhorias na área de
medicina, mais informações e melhores condições de vida, as pessoas vivem mais. Enquanto no começo da década de 1990
a expectativa de vida era de 66 anos, em 2005 foi para 71,88% (dados do IBGE). A diminuição da taxa de fecundidade e o
aumento da expectativa de vida têm provocado mudanças na pirâmide etária brasileira. Há algumas décadas, ela possuía uma
base larga e o topo estreito, indicando uma superioridade de crianças e jovens. Atualmente, ela apresenta características de
equilíbrio. Alguns estudiosos afirmam que, mantendo-se estas características, nas próximas décadas, o Brasil possuirá mais
adultos e idosos do que crianças e jovens. Um problema que já é enfrentado por países desenvolvidos, principalmente na
Europa.
MORTALIDADE INFANTIL
Embora ainda seja alto, o índice de mortalidade infantil diminui a cada ano no Brasil. Em 1995, a taxa de mortalidade
infantil era de 66 por mil. Em 2013, este índice caiu para 14,9 por mil. Para termos uma base de comparação, em países
desenvolvidos a taxa de mortalidade infantil é de, aproximadamente, 5 por mil. Este índice tem caído no Brasil em função,
principalmente, de alguns fatores: melhorias no atendimento à gestante, exames prévios, melhorias nas condições de higiene
(saneamento básico), uso de água tratada, utilização de recursos médicos mais avançados, entre outros.
ESTRUTURA DA POPULAÇÃO
Estrutura da população é a distribuição populacional quanto aos seus elementos ou fatores naturais, isto é, o sexo e a idade.
A representação gráfica da estrutura da população é a pirâmide etária, analisada cientificamente para informar o estágio de
desenvolvimento demográfico no qual se encontra a população representada.
Utiliza-se para indicar o número de habitantes de determinada região as Pirâmides Etárias ou Pirâmides de Idades, as quais
nos oferecem uma ideia precisa de determinado grupo de população de um país subdesenvolvido, como por exemplo, se
comparado com um grupo de habitantes de um país desenvolvido.
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É o conjunto de pessoas de mais de 10 anos de idade, de ambos os sexos, que estejam voltadas para o mercado de trabalho,
trabalhando ou procurando trabalho, em atividades remuneradas.
A PEA é formada, principalmente, por homens, e pessoas na idade adulta. As crianças, os idosos, os aposentados e inválidos
formam a população inativa ou não economicamente ativa.
A PEA no Brasil é da ordem de 90 milhões de pessoas, mais ou menos 47% da população. Quanto aos setores de
atividades, a PEA está assim distribuída:
- 11% nas atividades primárias (agricultura, silvicultura, pecuária, caça e pesca);
- 24% nas atividades secundárias (indústrias de transformação, de construção e de extração mineral);
- 65% nas atividades terciárias (comércio, transporte, prestação de serviços, funcionalismo público, bancos e profissões
liberais).
Apesar do equilíbrio populacional entre homens e mulheres, estas ainda não desfrutam de condições econômicas e sociais
iguais às dos homens.
A supermulher e o subsalário. As mulheres, embora representem, na maioria dos países, mais da metade da população, só
recentemente começaram a ter uma participação mais proporcional a esta condição no conjunto das populações ativas. Com
a intensificação do trabalho feminino, os salários pagos a essas profissionais são, ainda, na maioria das vezes, inferiores aos
salários masculinos médios. Para exemplificar, na França os salários femininos são em média 30% mais baixos que os
salários masculinos, mesmo que tenham o mesmo nível de formação. A relação torna-se ainda mais grave quando nos
referimos ao Terceiro Mundo, onde as mulheres trabalham um número de horas significativamente maior que os homens e
recebem a décima parte dos rendimentos que estes obtêm em uma jornada de menos horas.
A isso se acrescente todo o trabalho doméstico que normalmente cabe às mulheres e pelo qual não recebem absolutamente
nada. Essa atividade sequer é reconhecida como trabalho; nas estatísticas oficiais a mulher que cuida dos afazeres da casa
está relacionada entre os que não trabalham.
Com a evolução do regime capitalista na primeira metade do século XIX, os homens adultos começaram a ser substituídos
nas fábricas por mulheres e crianças, mão de obra mais dócil e mais barata, que se sujeitava a salários menores e condições
de trabalho perigosas, exaustivas e muitas vezes insalubres.
Mas esta situação não mudou muito, principalmente nos países de Terceiro Mundo, em que na maioria das vezes as crianças
trabalham sob regime de intensa exploração e recebendo os piores salários.
No caso do Brasil, a situação é desesperadora, pois nas áreas rurais, principalmente, muitas crianças deixam de ir à escola
para ajudar os pais no corte da cana ou em atividade de colheita de laranja, banana, ou em atividades insalubres como o caso
dos meninos carvoeiros do Mato Grosso do Sul, amplamente divulgado pela imprensa.
As precárias condições socioeconômicas vividas pelas famílias fazem com que a mão de obra infantil desempenhe
importante papel na complementação da renda familiar.
MOVIMENTOS POPULACIONAIS
Movimentos populacionais são todos os fenômenos de natureza demográfica que alteram os efetivos populacionais –
nacionais, regionais ou locais. Tais movimentos podem ser:
- Demográficos ou verticais: quando alteram os efetivos locais, regionais, nacionais ou globais, como a natalidade, a
mortalidade e o crescimento natural ou vegetativo;
- Transladativos ou horizontais: quando alteram apenas os efetivos locais ou regionais, não alterando o efetivo global (ou
total), como as migrações e o Êxodo Rural.
NATALIDADE
Muito embora tenha sofrido uma significativa diminuição nos últimos anos, a taxa de natalidade, no Brasil, ainda se
apresenta bastante alta quando comparada com as que ocorrem nos países desenvolvidos.
A taxa ou índice de natalidade no Brasil, atualmente, é da ordem de 24,8% ou 2,48%. Há 50 anos, esse índice era de 44% ou
4,4%.
Essa significativa redução da taxa de natalidade é consequência da intensa urbanização, da assimilação, do ajustamento de
problemas socioeconômicos e, logicamente, da diminuição da taxa de fecundidade da mulher brasileira.
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TAXA DE FECUNDIDADE
É o número médio de filhos nascidos vivos durante a idade reprodutiva da mulher, entre 15 e 49 anos.
O crescimento natural ou vegetativo, diferença entre a natalidade e a mortalidade, ao longo dos últimos 100 anos em que
realizamos recenseamentos, teve o seguinte comportamento:
Elevou-se de um período intercensitário para outro desde 1890 até 1960, de 1,63% para 2,9%, em razão da grande redução
que ocorreu entre os índices de mortalidade. Baixou, de 2,9% (1960) para 1,89% (1990), em razão da redução que ocorreu
nos índices de natalidade.
CRESCIMENTO
NATURAL
1872 1,63%
1900 1,82%
1920 1,86%
1930 1,87%
1950 2,38%
1960 2,90%
1970 2,84%
1980 2,68%
1990 1,89%
2000 1,60%
2010 1,20%
População do Brasil ultrapassa 190 milhões, mostra Censo 2010.
40,18%
Crescimento do Amapá, estado que mais cresceu.
4,98%
Crescimento do Rio Grande do Sul, estado que menos cresceu.
84,35%
Percentual de população urbana, que, em 2000, era de 81,25%.
199,47%
Foi o crescimento de Balbinos (SP), o município com a maior expansão.
- 48,63%
Foi o decréscimo da população de Maetinga (BA), cidade que mais encolheu.
Em comparação com o Censo 2000 (último levantamento realizado pelo IBGE), ocorreu um aumento de 20.933.524
pessoas. Esse número demonstra que o crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%, inferior ao observado
na década anterior (15,6% entre 1991 e 2000).
O Censo 2010 mostra também que a população é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em
áreas urbanas, agora são 84%.
Regiões
Entre as regiões do Brasil, o Sudeste continua sendo a mais populosa, com 80.353.724 pessoas, e o Nordeste vem em
segundo, com mais de 53 milhões.
"Entre 2000 e 2010, perderam participação as regiões Sudeste (de 42,8% para 42,1%), Nordeste (de 28,2% para 27,8%) e Sul
(de 14,8% para 14,4%). Por outro lado, aumentaram seus percentuais de população brasileira as regiões Norte (de 7,6% para
8,3%) e Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%)", diz o IBGE.
Estados
Entre as unidades da federação, São Paulo lidera o ranking com 41.252.160 pessoas. No outro extremo, Roraima é o estado
menos populoso, com 451.227 pessoas.
Em uma década, os maiores percentuais de crescimento foram verificados no Amapá (40,18%), Roraima (39,10%) e Acre
(31,44%). Já os menores percentuais ocorreram no Rio Grande do Sul (4,98%), Bahia (7,28%) e Paraná (9,16%).
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Municípios
Em relação aos municípios do Brasil, houve mudanças no ranking dos maiores do país. São Paulo continua sendo o mais
populoso (com 11.244.369 moradores), seguido de Rio de Janeiro (6.323.037) e Salvador (2.676.606).
Já Brasília pulou de 6º para 4º lugar e Manaus, de 9º para 7º. Por outro lado, Belo Horizonte foi de 4º para 6º, Curitiba, de 7º
para 8º e Recife, de 8º para 9º.
Os mais velhos
Segundo o Censo 2010, existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos durante o levantamento. A Bahia é o estado a
contar com mais brasileiros centenários (3.525), seguido de São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597).
IMIGRAÇÃO
Os movimentos populacionais podem ser voluntários ou forçados e o Estado pode ou não exercer alguma forma de
controle sobre o fluxo de pessoas (entrada ou saída) em seu território.
A colonização do Brasil não se caracterizou pelo propósito de formar uma nação por parte da Coroa portuguesa, que apenas
se limitou a garantir a posse do imenso território. A fórmula encontrada para isso foi a exploração dos recursos naturais,
com a instalação de algumas atividades econômicas aproveitando a mão de obra indígena, aparentemente numerosa e de
baixo custo. Posteriormente os portugueses passaram a buscar trabalhadores em suas colônias da África, o que significou a
imigração forçada de um enorme contingente populacional, durante pelo menos dois séculos. Mesmo após 1822, com a
proclamação da independência política, a estratégia do Estado e das elites não esteve voltada à formação de uma unidade
nacional estruturada nos habitantes de seu vasto território.
A imigração no Brasil foi autorizada somente em 1808, com a chegada da Família Real. Portanto, os estrangeiros que aqui se
estabeleceram antes dessa autorização não são considerados imigrantes. Eram colonizadores (portugueses), invasores (fran-
ceses e holandeses) e escravos (negros africanos).
Os primeiros imigrantes legalizados nessa condição chegaram em 1818. Eram os suíços e os alemães, que se estabeleceram
no estado do Rio de Janeiro, onde fundaram o núcleo colonial, que deu origem à cidade de Nova Friburgo.
Como movimento contínuo, a entrada de imigrantes no Brasil ocorreu somente a partir de 1850, quando a necessidade de
mão de obra, principalmente para a cultura cafeeira, criou condições mais atrativas. Começaram então as grandes correntes
imigratórias, que se estenderam por mais de 80 anos.
Apenas os alemães, os italianos e os japoneses, que vieram para o Brasil de maneira contínua e maciça (grandes
contingentes), em determinadas épocas, constituíram as grandes correntes imigratórias.
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Outros Imigrantes
Outros imigrantes vieram para o Brasil, mas não chegaram a constituir correntes imigratórias, já que eram movimentos
dispersos e esporádicos, no tempo e no espaço. Destes, os que mais se aproximaram do que se chama de corrente
imigratória foram os eslavos (poloneses e russos), que se estabeleceram principalmente no estado do Paraná (Segundo
Planalto).
Muitos outros imigrantes, em contingentes por vezes numerosos, se estabeleceram no Brasil. São os espanhóis, holandeses,
chineses, estadunidenses, paraguaios, argentinos, coreanos e outros mais, que contribuem nas mais variadas atividades
econômicas no campo e, principalmente, nas cidades.
Mas o Brasil já não é mais o país de imigração que fora no passado. Medidas governamentais na política imigratória, como a
Quota de Imigração, ou Lei dos 2%, adotada em 1934, e outras mais recentes, limitaram a entrada de imigrantes no Brasil.
Por outro lado, as sucessivas crises políticas e econômicas, com recessões de toda ordem que já se arrastam há muitas
décadas, não são fatores de atração de imigrantes, mas contribuem muito, o que já está acontecendo, para transformar o
Brasil em um “país de emigração”, pois numerosos são os brasileiros que vivem no exterior, assim como os imigrantes ou
seus descendentes que já voltaram para seus países de origem.
MIGRAÇÕES INTERNAS
São os deslocamentos ou mudanças de parcelas da população brasileira de uma região para outra, de um estado para outro,
de uma cidade para outra, etc.
Durante a 1ª fase de povoamento do Brasil, que corresponde ao início da colonização, ocorreu a ocupação do litoral.
Apenas em alguns trechos, o clima e o solo, além das facilidades de comunicação com a metrópole, foram os fatores que
facilitaram a ocupação da Zona da Mata nordestina, onde se fixou a cultura da cana-de-açúcar. Com o declínio da atividade
açucareira, devido à concorrência das plantações das Antilhas, a população passou a se interiorizar em busca do ouro,
principalmente. No século XVIII, as regiões de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás tornaram-se polos de atração da
população. O esgotamento das aluviões levou ao declínio a atividade mineradora, e a população voltou-
-se então para a agricultura. Nesse período, a migração interna é motivada pela busca de melhores solos. Ocorre então a
ocupação de parte do interior de São Paulo. Já no início do século XIX, o café começa a se destacar em nossas exportações,
o Vale do Paraíba do Sul transforma-se na principal zona de atração. Por volta de 1830, o café atingiu a região de Campinas
e, posteriormente, as terras roxas do Planalto Ocidental Paulista e Norte do Paraná. Enquanto ocorria a expansão do café
no Sul do país, na Amazônia desenvolvia-se a atividade extrativa da borracha, que atraiu grande número de migrantes
nordestinos.
Dessa migração interna de nordestinos para a Amazônia, não se limitando às fronteiras do nosso território, tivemos a
ocupação e conquista do Acre, que pertencia à Bolívia. Durante a Primeira Guerra Mundial, a atividade extrativa da borracha
na Amazônia sofre o impacto da borracha, produzida pelos ingleses, nas colônias asiáticas, o que provocou o desinteresse
pela atividade e reduziu o fluxo migratório em direção à Amazônia. Somente durante a Segunda Guerra Mundial, a borracha
da Amazônia voltou a despertar grande interesse. Na década de 30, o surto algodoeiro atraiu nordestinos e mineiros para o
estado de São Paulo. Apenas no início da década de 70, ocorre outra fase de imigração para a Amazônia, em consequência
da construção de rodovias, como a Transamazônica. A implantação de projetos agropecuários e de mineração tem sido, nos
últimos anos, a responsável pela migração de nordestinos e sulistas. Atualmente, vem ocorrendo um grande deslocamento
de colonos, do Sul do país, em direção à Rondônia e a Oeste de Mato Grosso, atraídos pelas grandes plantações de soja.
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A MOBILIDADE DA POPULAÇÃO
A mobilidade da população brasileira é muito grande. Ela ocorre e se orienta nos sentidos dos polos de atração que surgem
e desaparecem (transformando-se em zonas de dispersão), ou permanecem por algumas décadas. O saldo migratório nessa
última década destaca como regiões de:
Maior dispersão: o Nordeste (Paraíba, Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco, etc.); o Sul (Paraná e Santa Catarina); o Sudeste
(Minas Gerais e Espírito Santo); e o Centro-Oeste (Mato Grosso).
Maior atração: o Centro-Oeste (Distrito Federal e Mato Grosso); o Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro); o Norte
(Rondônia, Roraima e Amapá); e o Sul (Paraná).
Menor atração: o Nordeste (Ceará, Bahia, Paraíba e Pernambuco); e o Sul (Rio Grande do Sul).
Esses índices de atração (imigração) ou de dispersão (emigração) são relativos a populações absolutas das regiões ou estados
onde eles ocorrem. Por essa razão, um estado bastante populoso, como Minas Gerais, mesmo não tendo o maior índice de
dispersão (24%), inferior aos 27% da Paraíba (estado pouco populoso), é o que dispersa o maior número absoluto de
pessoas.
Situação semelhante ocorre quando comparamos as taxas de imigração de São Paulo, com quase 24%, e Rondônia, com
56%. É muito lógico e óbvio que o número absoluto de pessoas que migram para São Paulo é algumas vezes maior do que o
total que migra para Rondônia.
Além das migrações internas, a mobilidade da população se manifesta, também, através de outros movimentos, como as
migrações pendulares, os fluxos ou movimentos sazonais e, principalmente, o êxodo rural.
6. MOVIMENTOS PENDULARES
Os movimentos ou migrações pendulares são os deslocamentos ou fluxos diários de trabalhadores das periferias ou
subúrbios, onde residem, para os centros comerciais, ou indústrias, onde trabalham, e vice-versa. Tais “movimentos de
vaivém”, que por vezes são longas viagens diárias, frequentes nas regiões metropolitanas brasileiras: Grande São Paulo,
Grande Rio de Janeiro, Grande Belo Horizonte, Grande Salvador, Grande Porto Alegre, Grande Recife, Grande Fortaleza,
Grande Curitiba e Grande Belém, exigem melhorias e organizados sistemas de integração dos meios de transportes, o que
nem sempre são conseguidos.
Engarrafamento no Recife
São movimentos de trabalhadores, frequentes em determinadas épocas do ano, entre regiões de atividades econômicas
sazonais.
Tais movimentos ocorrem quando consideráveis contingentes de população urbana se deslocam para o trabalho no campo,
por ocasião de colheitas, diariamente, ou por determinados períodos.
As transumâncias, que ocorrem no Nordeste, quando camponeses e pequenos proprietários deixam o Sertão e se deslocam
para a Zona da Mata (durante as secas), de onde retornam no reinício da estação chuvosa, e na Amazônia, entre as zonas de
seringais e de castanhais, nas diferentes épocas de coleta da castanha e do látex, movimentos ou fluxos sazonais da
população brasileira. De todos os movimentos que determinam a grande mobilidade da população brasileira, o mais
importante, generalizado, e de mais graves consequências, é o êxodo rural.
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ÊXODO RURAL
É a mudança da situação de domicílio da zona rural para zona urbana (ou suburbana), ou seja, o deslocamento intenso e
numeroso de famílias do campo para as cidades. A esperança de melhores condições de vida e de salários nas cidades, as
dispensas provocadas pela mecanização agrícola, e a falta de emprego ou trabalho fixo, gerada pela implantação do Estatuto
do Trabalhador Rural (criado para fixar o homem ao campo), intensificaram o êxodo rural no Brasil nos últimos 30 anos.
Apesar de ser um sintoma de progresso relativo, próprio de países em fase de rápido crescimento industrial e urbano, o
êxodo rural acarreta uma série de consequências negativas, tanto no campo como nas cidades. Foi o êxodo rural que,
demograficamente, esvaziou os campos e superlotou as cidades, num ritmo de urbanização desenfreada, que nos levou não
ao crescimento, mas ao “inchaço das cidades”. As grandes concentrações populacionais nas cidades, com mercados de
trabalho que não assimilam e não comportam as ofertas de mão de obra disponível, geram desempregos e subempregos,
baixos salários e baixos poderes de compra, subconsumo e marginalidade social com delinquência, mendicância e
prostituição.
Fonte: IBGE
Os doze municípios das capitais mais populosas do Brasil concentravam, em 2010, quase 38 milhões de habitantes, 20% de
toda a população brasileira.
A consequência do êxodo rural, no quadro habitacional urbano, é a especulação imobiliária, o aparecimento e crescimento
das favelas.
AS CIDADES BRASILEIRAS
O fenômeno da urbanização é consequência direta de dois grandes fatores que modificaram o comportamento
socioeconômico da humanidade no século XX: a Revolução Tecnocientífica e a sua resultante – a explosão demográfica. No
conceito geográfico, cidade é o aglomerado de habitações e edificações em geral, distribuídas em praças, quarteirões e ruas
(ou avenidas) pavimentadas, habitada por alguns milhares de pessoas, provido de infraestrutura de serviços urbanos (água
encanada, coleta de lixo, esgoto, transportes coletivos, etc.), com atividades econômicas que independem do solo
(secundárias e terciárias) e com autonomia político-administrativa regida por poderes municipais (prefeitura e câmara de
vereadores).
No conceito político, para todo Brasil, cidade é toda sede de município.
As cidades, em geral, no globo e no Brasil, são classificadas segundo muitos critérios, dentre os quais se destacam o da
origem e o da função urbana. Quanto à origem, as cidades são classificadas em dois tipos: naturais ou espontâneas e
artificiais ou planejadas.
As cidades naturais ou espontâneas são aquelas nascidas da vontade popular (do povo, da população), evoluindo de habitats
urbanos ou aglomerados rurais, mostrando em seus aspectos os registros das diferentes fases de sua evolução histórica.
São cidades que se caracterizam por ruas estreitas e irregularmente traçadas, largas avenidas e becos sem saída, em condições
topográficas quase sempre desfavoráveis.
Nossas cidades naturais tiveram origem e evolução espontânea a partir de aglomerados surgidos de:
Aldeamentos indígenas (Conceição do Araguaia); Arraiais de mineração (Ouro Preto - MG);
Estações Ferroviárias (Bauru - SP);
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As cidades artificiais ou planejadas são aquelas que já nasceram prontas como cidades, planejadas e construídas por
engenheiros (arquitetos, urbanistas) que previram, em planos e projetos previamente elaborados, todas as necessidades da
comunidade no organismo urbano.
Encomendadas, na sua maioria, por autoridades governamentais, as cidades artificiais são planejadas, quase sempre, para o
exercício da função político-administrativa, como sedes de governo, tornando-se capitais, como Aracaju (SE), Belo
Horizonte (MG), Goiânia (GO), Teresina (PI), e Brasília (DF).
FUNÇÕES URBANAS
A cidade é uma comunidade humana e geográfica, caracterizada pelo exercício de atividades econômicas não primárias e de
funções culturais, políticas e sociais. Apesar dessa múltipla variedade de atividades e de funções, sempre existe uma atividade
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ou função principal. É a função urbana da cidade, sem a qual a vida na comunidade urbana seria bem menos intensa e muito
diferente. Quanto à função urbana, as cidades brasileiras estão assim classificadas:
Administrativas: Brasília (DF); Comerciais ou cidades-mercado: São Paulo e Santos (SP); Industriais: Volta Redonda (RJ);
Portuárias: Santos (SP);
Turísticas: Balneárias: Camboriú (SC); Estâncias hidrominerais e termais: Araxá (MG); e Religiosas: Aparecida (SP).
A REDE URBANA
A urbanização brasileira só começou a ocorrer no momento em que a indústria se tornou o setor mais importante da
economia nacional. Assim, representa um dos aspectos da passagem de uma economia agrário-exportadora para uma
economia urbano-
-industrial, fato que só ocorreu no século XX e se intensificou a partir de 1950.
Essa transformação do Brasil, que deixou de ser um país agrário e rural para se tornar um país urbano industrial, embora
ainda subdesenvolvido, apresenta também inúmeros outros aspectos. Por exemplo: as camadas sociais dos fazendeiros e
grande comerciantes exportadores deixaram de ser dominantes politicamente, isto é, perderam sua influência sobre o
governo em favor das indústrias, banqueiros e diretores de grandes estatais.
Cessou também o predomínio do campo sobre a cidade, no sentido de que os principais interesses econômicos e a maior
força de trabalho do país estão localizados no meio urbano, de cuja atividade industrial e bancária. O meio rural tornou-se
subordinado. Essa subordinação do campo em relação à cidade se manifesta de várias maneiras:
I. O campo é um fornecedor de mão de obra e gêneros alimentícios para o meio urbano; agora não mais se
comercializam apenas os excedentes nas cidades, como ocorria no período colonial, mas produz-se essencialmente para o
comércio urbano.
II. O setor agrário de exportação continua a ser importante para a economia nacional, mas agora sua renda é utilizada
principalmente para pagar as importações de maquinaria ou petróleo para o setor industrial (e a dívida externa do país, que
em grande parte foi gerada por esse setor), e não mais para se importar bens manufaturados de consumo, que já são
fabricados internamente.
III. A importância cada vez maior que assumem certos insumos procedentes do meio urbano, como fertilizantes e adubos
- além de crédito bancário e máquinas agrícolas -, também caracteriza a sujeição do campo à cidade.
Enfim, o meio rural não mais produz com vista ao mercado externo, independentes das cidades, como era regra geral no
período colonial, mas em função do meio urbano.
Além de passar a comandar o meio rural que lhe é vizinho (ou às vezes até aqueles bem distantes, como é o caso das
metrópoles), as cidades também estabelecem entre si uma rede hierarquizada, isto é, um sistema de relação econômica e
social em que umas se subordinam a outras. Em outras palavras, a modernização do país, resultado do crescimento da
economia urbano-industrial, produziu uma divisão territorial do trabalho que subordina o campo à cidade, bem como as
cidades menos às maiores. Estabeleceu-se, portanto, um sistema integrado de cidades, em que há uma hierarquia: as cidades
pequenas (em grande número) dependem das médias (em número menor); estas, por sua vez, subordinam-
-se às grandes cidades ou metrópoles (poucas).
No cume desse sistema hierarquizado de cidades, situam-se as duas únicas metrópoles mundiais: São Paulo e Rio de Janeiro.
Elas exercem uma polarização sobre todo o território brasileiro, praticamente comandando a vida econômica e social com
suas indústrias, universidades, bancos, bolsas de valores, imprensa, grandes estabelecimentos comerciais, etc. E, como elas se
localizam relativamente próximas (em relações às definições do território brasileiro), existindo em torno da via Dutra uma
área intensamente urbanizada, onde estão cidades como São José dos Campos, Taubaté, Lorena, Volta Redonda e outras, é
que ali se formará uma megalópole. De fato, essa área superurbanizada que vai de São Paulo até o Rio de Janeiro e que
abrange cerca de 46.000 Km² (aproximadamente 0,5% do território nacional) abriga cerca de 20% da população total do
país, mais de 50% dos automóveis e perto de 60% da produção industrial do Brasil.
Logo abaixo das metrópoles mundiais, mais acima de todas as outras cidades, surgem as sete metrópoles nacionais - grandes
cidades que polarizam extensas regiões do país: Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e
Brasília.
Nessa escala hierárquica da rede urbana brasileira, aparecem em seguida as capitais regionais, cidades que polarizam uma
parcela da região comandada pelas metrópoles regionais. Elas são, assim, subordinadas tanto às metrópoles nacionais quanto
a uma metrópole regional (dependendo de onde se localizam) e exercem influência sobre uma área extensa, com inúmeras
cidades pequenas e médias, além das áreas rurais ao seu redor. Exemplos: Manaus, Goiânia e Campinas.
A seguir, temos os centros regionais, cidades médias polarizadas pelas capitais regionais, que, por sua vez, polarizam uma
grande quantidade de pequenas cidades. As cidades médias existem em número bem maior do que aquelas a que estão
subordinadas (as capitais regionais), constituindo várias centenas em todo o território nacional. Alguns exemplos: Jales (SP),
Vacaria (RS), Andradina (SP), Anápolis (GO), São João da Barra (RJ), Formiga (MG), Caruaru (PE), entre outras.
Essa rede urbana brasileira, com uma hierarquia que vai das metrópoles mundiais (apenas duas) até as cidades locais
(milhares), é um sistema integrado de cidades que está se formando e não configura ainda uma realidade completa. Isso
porque o território brasileiro é imenso e algumas extensas áreas, como a Amazônia, ainda são pouco povoadas. Além do
mais, as desigualdades regionais de desenvolvimento são muito acentuadas no país, com uma notável concentração das
riquezas no Centro-Sul, especialmente em São Paulo. Esses fatos fazem com que a rede urbana não seja totalmente
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articulada em toda a extensão do território nacional; em algumas áreas, como em São Paulo, esse sistema integrado de
cidades existe de forma quase perfeita, mas em outras áreas como na Amazônia, por exemplo, a densidade urbana
(quantidade de cidades em relação ao espaço) é pequena, e as comunicações entre as cidades, muito precárias.
O sistema urbano articulado é fruto da divisão territorial do trabalho entre o campo e a cidade e entre cidades com recursos
(população, equipamentos urbanos) diferentes. Esse sistema urbano só se completará quando a indústria se tornar o setor
dominante em todo o território, desde que este seja totalmente ocupado e se torne economicamente produtivo. Assim, só
existe de forma completa nas áreas de maior desenvolvimento industrial; nas áreas de baixa industrialização, ou naquelas
ainda pouco ocupadas, a rede urbana é pobre e desarticulada.
Cidades globais – são as que prestam serviços avançados para o mundo inteiro (Nova Iorque, Tóquio e Londres). Elas têm a
função de ser um nó nos interesses mundiais. Outras não são polos tão importantes, mas também exercem influência na
região, em uma parte do globo.
Megacidades – são cidades com mais de 10 milhões de habitantes.
AS REGIÕES METROPOLITANAS
“Estabelecidas legalmente, as regiões metropolitanas são definidas por um agregado de municí-pios limítrofes,
caracterizados por forte fluxo demográfico, uma estrutura ocupacional com acentuada predominância dos setores
secundário e terciário e um sistema de integração que se traduz pelo movimento constante de pessoas entre as
unidades que as compõem, complementado e suplementando o mercado de trabalho.” (Fundação IBGE)
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Meio-Norte
O Meio-Norte apresenta um clima nitidamente tropical; por isso as temperaturas são elevadas o ano todo e as chuvas
abundantes, principalmente no Oeste, nos limites com a Amazônia. A Floresta Equatorial, densa, emaranhada e verde o ano
inteiro, aparece no Oeste, mas, à medida que, na direção oposta, a intensidade das chuvas se reduz, a floresta também vai
perdendo sua exuberância, até se transformar em uma zona de campos e, depois, em caatinga, já no sertão do Piauí. Em
algumas áreas do Meio-Norte, a floresta intercala-se com uma vegetação de muitas palmeiras, conhecida como Mata dos
Cocais, onde, entre inúmeras outras, predominam as palmeiras de carnaúba e babaçu, de grande valor econômico.
Zona da Mata
O clima da Zona da Mata é também tropical, mas bastante úmido; no sul, as chuvas são bem distribuídas pelos meses do
ano, ao passo que mais ao norte elas se concentram no outono-inverno. Sub-região bem irrigada pelas chuvas, apresenta
naturalmente uma densa rede de rios que atravessam as chapadas e deságuam no Atlântico. Entre eles, os rios São Francisco,
Jaguaribe e Paraguaçu são os de maior destaque. A vegetação litorânea rasteira ocupa praias e dunas, primitivamente uma
fechada floresta tropical, quase extinta hoje, recobria a maior parte da área que, devido à exuberância da vegetação, acabou
sendo conhecida justamente como Zona da Mata.
Agreste
O relevo do agreste é acidentado, pois a maior parte dessa faixa situa-se no topo dos planaltos e chapadas, em altitude que
variam de 500 metros, na Borborema, até quase 2.000 metros, na Diamantina. Essa altitude influi nas temperaturas, as quais
já se apresentam menos elevadas que no litoral, e na umidade, que oscila de 800 a 1.000 mm por ano. As chuvas são
relativamente abundantes nas vertentes voltadas para o litoral (barlavento) e raras, nas vertentes do oeste, (sotavento), o que
já anuncia o sertão.
A diferença de umidade nessas duas encostas dá origem a formações vegetais também distintas; assim, alternam-se trechos
ocupados pela floresta tropical e trechos em que se intercalam as formações de coqueirais e a caatinga. Pequenos rios são
comuns em ambas as vertentes, sendo muito aproveitados, sobretudo, em áreas mais secas, onde caracterizam áreas
agrícolas, localmente conhecidas como “brejos”. A ocorrência de chuvas é bastante desigual na Região Nordeste,
encontramos áreas bastante úmidas, como o noroeste do Meio-Norte e alguns pontos do litoral; já o Sertão, em sua maior
parte, recebe menos de 1.000 mm anuais de chuva, e apresenta ainda áreas especialmente críticas.
Sertão
O clima é do tipo tropical semiárido, caracterizando-se por altas temperaturas e chuvas que, além de escassas, menos de 800
mm por ano, são ainda mal distribuídas, pois as precipitações concentram-se apenas no verão. A vegetação predominante é
a caatinga, com arbustos que se desfolham na época seca e que mudam de feição conforme a umidade ou a fertilidade do
solo existindo, por isso, caatingas arbóreas, arbustivas e até herbáceas.
A maior parte dos rios sertanejos são temporários, permanecendo secos durante boa parte do ano. O Jaguaribe, que
percorre todo o sertão cearense e o médio Vale do São Francisco, na Bahia, Alagoas e Sergipe, ocupa uma posição de
grande destaque regional, permitindo a realização de obras que aproveitam suas águas para o fornecimento de energia e para
assegurar uma agricultura protegida contra a violência das secas.
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Pernambuco: um dos nove estados da Região NE do Brasil, na porção oriental da região. Origem do nome: tupi-
guarani, Paranápuca (mar profundo) ou Paranábuca (mar que arrebenta). Configuração longitudinal, ou seja,
estreito no sentido norte-sul (187 Km) e alongado no sentido leste-oeste (748 km).
Arrecifes que provavelmente deram nome ao estado paraná-puká (AONDE O MAR ARREBENTA).
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Recife Holandês
Em função das diferenças de relevo, clima e vegetação, Pernambuco, assim como grande parte do Nordeste brasileiro,
divide-se em três regiões naturais.
Mata Pernambucana
Foi nessa região que se instalou, nos tempos coloniais, a cultura canavieira. Atualmente, graças ao emprego de técnicas
avançadas, a lavoura canavieira está em expansão, ocupando áreas destinadas a outros cultivos e praticamente dominando a
região.
A importância dessa área deve-se também ao setor industrial, em que se destaca a produção de açúcar e de álcool, que têm
significativa participação na economia do estado.
As cidades que mais se sobressaem na Mata Pernambucana são Palmares e Vitória de Santo Antão.
Agreste Pernambucano
Corresponde a uma área de transição entre a faixa litorânea e o Sertão. Com condições naturais pouco favoráveis ao
desenvolvimento da lavoura canavieira, essa região foi ocupada pela pecuária e pela agricultura de produtos alimentícios. É
por isso que hoje, no Agreste, a pecuária está associada à policultura. Contudo, a pecuária tem se expandido, em prejuízo da
lavoura. E, como a atividade pecuarista utiliza menor número de trabalhadores, essa expansão acaba favorecendo o êxodo
rural, um dos problemas da região agrestina. Boa parte do rebanho é destinada à produção de leite, executada com técnicas
modernas. Caruaru é a principal cidade do agreste pernambucano, e tem função de capital regional, graças ao seu
desenvolvimento nos setores industrial, comercial e de serviços. Sua área de influência ultrapassa as fronteiras do estado. Sua
tradicional feira é muito variada e atrai, além de turistas, produtores, artesãos e compradores de toda região e de outras
partes do estado.
Sertão Pernambucano
Localiza-se no centro-norte do estado, na divisa com a Paraíba, o Ceará e o Piauí. O clima é semiárido, com temperatura
elevada e chuvas escassas e irregularmente distribuídas; os rios são temporários. Encontra-se nessa região a Chapada do
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Araripe, onde a temperatura é mais amena, com chuvas regulares e solos férteis, aproveitados para a agricultura.
A pecuária é uma atividade econômica importante no sertão pernambucano. A produção agrícola é pequena, apesar de a
irrigação, pública ou privada, ter contribuído para melhorar as condições da região. O principal centro urbano é a cidade de
Arcoverde, que desempenha a função de capital regional. Sua influência, contudo, é dividida com as das cidades de Serra
Talhada e Salgueiro. Com aproximadamente 28 habitantes por quilômetro quadrado, é a região de menor densidade
demográfica do estado.
Recursos Minerais: terrenos pré-cambrianos e depósitos sedimentares, com atividades extrativas (bacia do Araripe e bacias
costeiras); principais recursos: argila, caulim, calcário, gipsita, etc., encontrados nos vales dos rios Ipojuca, Capibaribe,
Pirapama e Sirinhaém. Tipo de calcário extraído: os sedimentares (na porção costeira) e metamórficos (porção interior).
Relevo - leste-oeste:
Planície e Tabuleiros Costeiros, Colinas da Zona da Mata, Planalto da Borborema, Depressão sertaneja, Planalto
da Bacia do Jatobá, maciços residuais e Chapada do Araripe.
Inselbergue em Caruaru
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Clima: tropical com variações: chuvosos, quente e seco, e mesotérmicos úmidos (clima de exceção).
Temperaturas: de 20° a 26°C, (Zona da Mata: 24°C). Regime pluviométrico: chuvas de verão, chuvas de verão-
outono e outono-inverno. Índices pluviométricos: +- 1.800 mm/ano, varia de acordo com as regiões: Mata: 2.200
mm; semiárido: 800 mm/ano (podendo nas épocas secas chegar a 400 mm/ano); e os brejos (regiões do
semiárido): 900 a 1.000 mm/ano.
Koppen: As (litoral), Aw (F.N.), BSh (sertão) e Cw (altitude).
Hidrografia: direção norte-sul, poucos rios periódicos. Principais: São Francisco (porção meridional, divisa com a
BA). 2º principal: Capibaribe (nasce em Jataúba, drena o Agreste, em Recife encontra-se com o rio Beberibe
formando a foz). Ainda destacam-se: rios Ipojuca, nasce no Agreste e corta boa parte da Zona da Mata e
desemboca próximo à Suape; Jaboatão, Moxotó e Pajeú todos afluentes do São Francisco.
Vegetação: Mata Atlântica (apenas em reservas florestais, pequenas porções da Zona da Mata), Caatinga (sertão),
Brejos (áreas de exceção: áreas úmidas em regiões de clima semiárido) e Mangues (típica do litoral, área de foz
dos rios, vegetação adaptada a solos salinos e de raízes suspensas).
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Solos: destaque Latossolos - bem desenvolvidos, coloração vermelha, amarela ou alaranjada, bastante porosos e
de textura variável, encontrados principalmente na Zona da Mata. Litossolos - pouco desenvolvidos, em áreas
secas onde a erosão é intensa, no Agreste e no Sertão. Planossolos - moderadamente ácidos, com grande
quantidade de argila.
Pernambuco vem passando por importantes mudanças no seu perfil econômico. Hoje, a consolidação e a interiorização do
desenvolvimento constituem um dos focos prioritários do Mapa da Estratégia 2012-2015 do Governo Estadual, referência
para todas as ações governamentais. Dentro da perspectiva de uma nova economia, com oportunidades para todos os
pernambucanos, destaca-se a captação de novos investimentos e empreendimentos estruturadores, instalados e em fase de
instalação, em diversas Regiões de Desenvolvimento do Estado: o Polo Farmacoquímico, de Hemoderivados e de
Biotecnologia e do Polo Automotivo (no Norte Metropolitano e Goiana, com forte influência em outros municípios da
Região da Mata Norte e da Paraíba); o Complexo Industrial e Portuário de Suape, cujo território estratégico se estende por
municípios do sul da RMR e da Mata Sul do estado, bem como a Cidade da Copa (no Oeste Metropolitano) e a Plataforma
Logística Multimodal Miguel Arraes de Alencar, nas Regiões de Desenvolvimento do Sertão (Central, do São Francisco e de
Itaparica).
Baseada na agricultura (cana-de-açúcar, mandioca), pecuária e criações, e na indústria (alimentícia, química, metalúrgica,
eletrônica, têxtil), estagnada durante a "década perdida" (1985 a 1995), a economia cresce rapidamente nos últimos anos
2000: PIB per capita de R$ 3.673,00, crescimento de + de 40% nesse período, e mais de 10% ao ano. Previsão para 2016: R$
15.000,00.
Desde a colonização: basicamente agrícola (destaque: produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo
massapê). Últimas décadas: novas fontes de extrativismo, floricultura e setor industrial em torno da empresa de Suape,
fundada em 1979. Principais empreendimentos: setores alimentício, químico, de materiais elétricos, comunicações,
metalúrgica e minerais não-metálicos. Destaque internacional: produção irrigada de frutas do São Francisco - quase que
totalmente voltada para exportação - concentrada em Petrolina. Gravatá: 2º maior polo floricultor do país (perde para SP).
O crescimento da cana-de-açúcar (aumento de 20% entre 1999 e 2000) diminui a cada ano, e eventualmente será nula. Perde
espaço para a indústria, comércio e serviços. Entre 1997 e 1999, Suape teve crescimento de 16,7%. Pernambuco tem a 2ª
maior produção industrial do Nordeste, atrás da BA. A indústria teve queda em 2000 (3,3% em relação a 1999). Outros
destaques: extrativismo mineral. Polo gesseiro de Araripina fornece 95% do gesso consumido no Brasil. Polo de informática
do Recife - Porto Digital - entre os cinco maiores do Brasil.
PIB PE: R$ 117.300.926 mil (2012 - 2,7% do PIB nacional). Participações internas do PIB: Agropecuária (7,7%), Indústria
(25,3%), Comércio e Serviços (72%)
Agricultura: algodão herbáceo (Agreste), cana-de-açúcar (perde importância na economia do estado e região), e destaque na
produção da agricultura irrigada no Sertão do São Francisco, nos projetos hortifrutícolas implantados pela CODEVASF
voltados para o mercado externo.
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Indústria: extrativa e de transformação (tradicional e moderna). Transformação: mais importante ramo. Distribuídas por
polos de importância e desenvolvimento, respectivamente:
Polo Graniteiro – grande produtor de pedras ornamentais, destaque para o granito, nos municípios de Bezerros, Belo
Jardim e Bom Conselho.
Polo Gesseiro e de Cimento – produtos da indústria da construção. Destaques: municí-pios de Bodocó, Exu, Ouricuri,
Paulista, Goiana e Cabo de Santo Agostinho. Produção de gesso: 95% da produção nacional.
Polo da Cerâmica – ligação com o setor construtivo, produção e beneficiamento de porcelanato, fabricação de louças de
mesa. Destaques: municípios do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca.
Polo Tecnológico Eletrônico do Recife – destaque para PE, na RMR, destaca-se a produção de softwares. PE: 3º maior
polo de informática do país.
Polo de Calçados – relevante para o estado, devido ao número de empregos gerados. Destacam-se: municípios de Abreu e
Lima, Timbaúba, Carpina, Bezerros, Caruaru e outros.
Polo de Bebidas – SUAPE e municípios do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Lagoa Grande,
Olinda, Paulista, Petrolina, Recife e Santa Maria da Boa Vista.
Polo Metal Mecânico de Linha Branca – municípios de Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Igarassu, Ipojuca e
Paulista.
Polo de Higiene Pessoal, Perfumaria, Cosmético e Limpeza – SUAPE, municípios de Abreu e Lima, Cabo de Santo
Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Igarassu, Recife, Ipojuca e Garanhuns.
Polo de Móveis – SUAPE, municípios de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca,
Gravatá, Bezerros, Caruaru, Lajedo, Garanhuns, João Alfredo e Afogados da Ingazeira.
Polo de Industrialização do Leite – SUAPE e municípios da bacia leiteira: Garanhuns, Bom Conselho, Lajedo, Capoeiras,
Correntes, São Bento do Uma e Sanharó.
Polo de Material Plástico para Construção Civil – SUAPE e municípios de Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho,
Ipojuca, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Recife, Caruaru e Garanhuns.
Polo de Embalagens – SUAPE, municípios de Abreu e Lima, Igarassu, Itapissuma, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes,
Ipojuca, Paulista, Recife, Olinda, Moreno, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Vitória de Santo Antão, Carpina, Timbaúba,
Ferreiros, Caruaru e Garanhuns.
Porto de SUAPE - devido à magnitude, é considerado como polo econômico regional, situando na porção mais oriental da
região Nordeste com 41 km de extensão de malha rodoviária interna, que permite a circulação das cargas desde os cais até
os terminais e as indústrias.
Turismo – um dos setores industriais que mais cresceu em PE (3% do PIB estadual), devido ao investimento do governo
em infraestrutura, com condições para receber turistas. As praias e cultura diversificada recebem grande número de turistas,
gerando receitas importantes para o estado.
Comércio: mais expressivo em Recife – maior centro comercial de PE – e em Caruaru, Limoeiro, Arcoverde, Petrolina,
Garanhuns, Salgueiro, Araripina, Nazaré da Mata, Timbaúba e Serra Talhada.
Transportes: principais rodovias: BR 101 (norte-sul no litoral), BR 232/Luiz Gonzaga (leste-oeste, de Recife a Parnamirim),
BR 316 (vai para Piauí) + rodovias estaduais. Três linhas ferroviárias ligam Recife a outras regiões de PE e o metrô de
superfície. Marítimo: Portos do Recife e SUAPE. Fluvial: trechos navegáveis do São Francisco. Aeroportos: Internacional
dos Guararapes – Gilberto Freire; os de Petrolina, Caruaru, Garanhuns, Pesqueira, Arcoverde e Palmares são menores.
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MICRORREGIÃO:
MATA MERIDIONAL PERNAMBUCANA
As usinas e destilarias instaladas na Região respondem por 60% de toda a produção de açúcar e álcool do estado, número
importante para a economia pernambucana, pois o setor sucroalcooleiro responde por 12% do PIB estadual.
MICRORREGIÃO:
MATA SETENTRIONAL PERNAMBUCANA
Tem como principal atividade econômica a produção de cana-de-açúcar e seus derivados. As constantes crises do setor
sucroalcooleiro mudaram o perfil produtivo da região com a diversificação de atividades agrárias como a avicultura,
produção de bananas, inhame, plantas frutíferas, além da pesca, comércio varejista, prestação de serviços e indústrias.
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Economia ainda da cana-de-açúcar predominando, porém com atividades industriais existentes e em instalação como é o
caso da Sadia, além de produtor de hortifrutigranjeiros.
MESORREGIÃO:
METROPOLITANA DO RECIFE
MICRORREGIÃO: RECIFE
O conjunto de catorze municípios integrados, tendo a cidade do Recife ao centro, possui uma alta concentração
populacional e de Produto Interno Bruto (PIB), sendo o carro-chefe da economia estadual.
Este aglomerado urbano metropolitano gera metade de toda a riqueza produzida em Pernambuco. Consolida-se como o
principal polo terciário moderno do Nordeste e o maior canteiro de obras do país que é o complexo portuário de Suape.
Recife Olinda
Jaboatão dos Guararapes Paulista
Abreu e Lima Camaragibe
São Lourenço da Mata
Moreno
MICROREGIÃO: ITAMARACÁ
Itamaracá Itapissuma
Igarassu Araçoiaba
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MICRORREGIÃO: SUAPE
O Território Estratégico de Suape compreende cinco municípios na sua área de influência direta e indireta: CABO DE
SANTO AGOSTINHO, IPOJUCA, JABOATÃO DOS GUARARAPES, MORENO E ESCADA.
Fonte: Condepe
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Fernando do Noronha
Joia do Atlântico, o arquipélago de Fernando de Noronha é destino turístico certo para milhares de pessoas todos os anos,
com o maior IDH de Pernambuco.
MESORREGIÃO: AGRESTE PERNAMBUCANO
MICRORREGIÃO: ALTO CAPIBARIBE
A atividade econômica de maior peso nesta região é a produção de confecções e artefatos de tecido. Consolida-se como o
grande produtor de confecções, detendo 73% da produção de todo o Estado, equivalendo a 850 milhões de peças ao ano
(setor formal e informal).
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Agrestina Altinho
Barra de Guabiraba Bonito
Camocim de São Félix Cupira
Ibirajuba Lagoa dos Gatos
Panelas Sairé
São Joaquim do Monte
Predomínio da pecuária intensiva destinada à produção de leite e vocação para o turismo rural.
MICRORREGIÃO: GARANHUNS
A economia está baseada na pecuária leiteira e no turismo, sendo reconhecida como a Bacia Leiteira do estado, pois detém a
produção artesanal, semiartesanal e industrial de laticínios, participando com 21% da produção total do leite e, com
favorável perspectiva de crescimento através dos investimentos privados que vêm sendo realizados.
Destacam-se a pecuária de corte, a confecção de bordados artesanais, a produção de móveis e a atividade turística. O
município de São Vicente Férrer ocupa o segundo lugar em valor de produção estadual de frutas, com 9,32% de todo o
setor.
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A base econômica da região é a pecuária com destaque para venturosa e o turismo em Buíque com o Vale do Catimbau.
A economia regional está predominantemente vinculada ao Polo de Confecções (vestuário e produto têxtil), à produção
agrícola, pecuária de corte e de leite, avicultura, turismo e pelas diversas atividades de comércio e serviços associados aos
centros urbanos dinâmicos. Caruaru é o principal centro urbano com destaque para indústrias de confecções, máquinas,
farmacêutica e o polo de artesanato.
MICRORREGIÃO: ITAPARICA
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A região do sertão de Itaparica tem sua economia caracterizada pela agricultura irrigada, pela piscicultura e exploração das
áreas de sequeiro com agricultura de subsistência e, particularmente, a caprinocultura, responsável por 33% da criação do
estado.
MICRORREGIÃO: PETROLINA
Afrânio Cabrobó
Dormentes Lagoa Grande
Orocó Petrolina
Santa Maria da Boa Vista Terra Nova
A economia do São Francisco está inserida no mercado mundial pela exportação de frutas in natura, caracterizando-se pelo
desenvolvimento da agricultura irrigada às margens do rio São Francisco, com destaque para a fruticultura, horticultura e
floricultura, e na agroindústria, pela vitivinicultura, com a produção de vinhos finos de mesa conhecidos nacional e
internacionalmente.
MICRORREGIÃO: ARARIPINA
Araripina Bodocó
Exu Granito
Ipubi Moreilândia
Ouricuri Santa Cruz
Santa Filomena Trindade
A economia é caracterizada pela exploração da gipsita no chamado Polo Gesseiro, pelas culturas de subsistência nas áreas de
sequeiro e pela pecuária extensiva (exploração da bovino/caprinocultura) e agricultura diversificada na Chapada do Araripe
(produção da mandioca). A região concentra 40% das reservas de gipsita do mundo.
MICRORREGIÃO: PAJEÚ
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A principal cidade da microrregião é Serra Talhada, por ser a mais populosa e pelos serviços existentes. Triunfo se destaca
no turismo devido ao clima e ao acervo arquitetônico. O Sertão do Pajeú também se destaca na produção de rapadura. A
economia está voltada para a agropecuária, a indústria, o comércio, serviços e turismo.
MICRORREGIÃO: SALGUEIRO
Cedro Mirandiba
Parnamirim Salgueiro
São José do Belmonte Serrita
Verdejante
A economia do Sertão Central está baseada na agropecuária, com destaque para a caprinovino-cultura; na pequena indústria;
no comércio e serviços; com grandes possibilidades de crescimento da apicultura e no turismo, onde se destaca a Missa do
Vaqueiro.
Arcoverde Betânia
Custódia Ibimirim
Inajá Manari
Sertânia
A economia está baseada nas atividades agrope-cuárias, como a caprinovinocultura e a agricultura irrigada, além do cultivo
de lavouras de subsistência. A cidade mais importante é Arcoverde, que concentra quase metade da população urbana de
toda a microrregião, e é um representativo centro comercial do interior do estado.
+ ECONOMIA DE PERNAMBUCO
(Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco)
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A economia de Pernambuco, fortemente calcada pela produção de commodity agrícola e por poucas cadeias industriais até os
anos 70 do século XX, passa por um consistente processo de modernização e com fortes investimentos tanto de capital
nacional quanto estrangeiro. Em linhas gerais, o Estado tem uma economia bastante complexa, com forte participação tanto
de setores de ponta - como o de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e logística - quanto da indústria
(principalmente de alimentos e bebidas, petroquímica, metalmecânica, têxtil/confecções e gesseira) e do agronegócio, cujo
melhor termômetro no Estado é o Vale do São Francisco, que movimenta US$ 500 milhões/ano.
O setor predominante é o de serviços, com participação de 59,6% no Produto Interno Bruto (PIB) local – e com ênfase na
TIC, logística e o varejo – seguido pela indústria (31,9%) e pela agricultura (8,5%).
Complexidade, presença de cadeias produtivas bem estruturadas e infraestrutura extremamente otimizada são fatores
decisivos para que o Estado tenha um excelente desempenho econômico. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado ficou
na casa dos R$ 106 bilhões em 2011, o segundo maior do Nordeste, atrás apenas da Bahia, e vem crescendo num ritmo um
pouco superior ao do País, chegando a estar na contramão do desempenho nacional em anos de estagnação. Em 2010, por
exemplo, O PIB local – que representa 20% do PIB do Nordeste e em torno de 2% do nacional – registrou incremento de
15%, enquanto o do País apresentou retração de 7,5%.
Contribuem para este bom desempenho um mercado interno forte, a posição geográfica privilegiada em relação ao
Nordeste e aos principais mercados do mundo (Nafta e União Europeia), investimentos de peso na infraestrutura pública -
de 1999 a 2004, foram aportados R$ 1,3 bilhão destinados, sobretudo, a rodovias, portos, aeroportos e malha de
abastecimento de gás natural – e uma política bem articulada e competitiva de incentivos fiscais.
Quanto ao mercado interno, ressalte-se que o estado conta com uma população de 8,7 milhões de habitantes, 16% da
população do Nordeste. A população economicamente ativa é de 1.444 milhão de pessoas. O PIB per capita é de R$ 12.450.
Em relação à posição geográfica no Nordeste, vale frisar que Pernambuco faz divisa com cinco dos nove estados da Região,
e conta com fácil acesso por rodovia, por via aérea ou por modal marítimo, além de estar a, em média, 800 quilômetros das
principais regiões metropolitanas do Nordeste (de Salvador e Fortaleza). No tocante às relações com o mercado nacional e
internacional, o estado tem como uma de suas principais estruturas logística o Complexo Industrial e Portuário de Suape,
que conta com 40 escalas mensais de navios, sendo 25 de longo curso e 15 de cabotagem. Suape, aliás, é hoje a grande
aposta do desenvolvimento do estado. Localizado a 40 quilômetros do Recife, o complexo concentra investimentos
privados e da Petrobras que estão na casa do US$ 40,7 bilhões. Os investimentos públicos chegam a R$ 1 bilhão desde que
Suape começou a ser construído, nos anos 70. O polo de negócios do complexo é constituído por mais de 100 empresas –
principalmente industriais e de logística – e que geram 5,9 mil empregos diretos. Um novo patamar será alcançado a partir
do estaleiro que o consórcio Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez/Mitsui vai construir, do polo petroquímico do grupo
italiano M&G e Petrobras e da refinaria a ser implantada pela Petrobras em parceria com a venezuelana PDVSA.
Quanto aos clusters mais representativos da economia local, um dos destaques é, sem dúvida, o de TIC, que tem como
principal âncora o Porto Digital, no Recife, e evidencia o grau de inserção e modernização da economia local. Ao todo, são
500 empresas de softwares, serviços e equipamentos instaladas no estado e que representam hoje 4% do PIB local. A
expectativa é que essa participação cresça para 10% nos próximos 10 anos.
Outro cluster de peso é o de bebidas. São 142 unidades industriais de cervejas, refrigerantes, vinhos, sucos, destilados,
aguardente e água mineral, numa cadeia que está entre as mais organizadas do País, contando com o suporte de indústrias de
vidros, latas, rolhas metálicas, rótulos, caixas e unidades de importação de matérias-primas, como o malte de cevada.
Entre os setores surgidos nos últimos 30 anos, se destacam: o Polo de Confecções do Agreste (que movimenta R$ 2,1
bilhões/ano, conta com 12 mil empresas, gera 77 mil empregos e produz quase 700 milhões de peças anuais) e o Polo
Gesseiro do Araripe, no Sertão, o núcleo é responsável por 95% da produção nacional de gesso e gipsita e possui em torno
de 420 empresas instaladas. Entre os segmentos mais tradicionais da economia pernambucana, uma das estrelas é o cluster
metalmecânico, que vem registrando excelente desempenho, com fortes investimentos em plantas já instaladas, a abertura de
unidades e a chegada de novas empresas. Entre os players de peso que estão presentes no cluster podem ser citados a Alcoa e
a Gerdau.
No setor de serviços, uma das melhores performances vem sendo obtida na logística, com a criação do primeiro polo planejado
de logística do País, aproveitando a tradicional vocação de Pernambuco com distribuidor regional, a posição geográfica
privilegiada e a infraestrutura otimizada. O polo já conta, só no ramo de centrais de distribuição (CDs), com em torno de
100 empreendimentos, entre instalados, em execução e em fase de projeto.
No agronegócio, o maior destaque é o Vale do São Francisco, onde o volume colhido por safra chega a 1,5 milhões de
toneladas e as exportações somaram 180 mil toneladas. O cultivo irrigado se estende por nada menos que 120 mil hectares,
com predomínio da fruticultura, hortaliças, coco e cana-de-açúcar. Só o plantio de frutas gera 240 mil empregos diretos e
960 mil indiretos.
O Vale ostenta os títulos de maior centro produtor de uvas-finas do País e maior exportador de uvas do Brasil, respondendo
por mais de 96% das exportações brasileiras do produto em 2004. Aliás, é a única região do mundo que produz duas safras e
meia de uva por ano. Representa também 60% das remessas de manga do Brasil para o mercado externo. Ao todo, as
exportações de frutas chegaram a US$ 120 milhões em 2004, sendo US$ 116 milhões apenas de uva e manga. Não bastasse
isso, o Vale passou a contar recentemente com mais um trunfo, ao entrar para o seleto clube das regiões produtoras de
vinhos finos. Estão presentes no polo de vitivinicultura tanto a elite dos produtores nacionais de vinho – a gaúcha Miolo é
um exemplo disso – quanto investidores internacionais como a Dão Sul (Portugal), Ducos (França) e Sereníssima (Itália).
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Transportes
Os meios de transporte são muito importantes para o desenvolvimento de uma região, pois é por meio deles que chegam e
saem os produtos necessários ao comércio, à indústria e ao setor de serviços. Além disso, servem para o deslocamento das
pessoas, em suas atividades diárias. Em Pernambuco, o principal meio de transporte é o rodoviário. O estado é servido por
rodovias federais e estaduais. Nossa principal rodovia é a BR 101 (recentemente duplicada), federal, que corta o estado no
sentido norte-sul junto ao litoral, ligando-o com a Paraíba, ao norte, e com Alagoas, ao sul. A BR 232 (recém duplicada e
com o nome de Luiz Gonzaga) corta o estado de leste a oeste: parte do Recife e vai até Parnamirim, no oeste do estado,
passando por Caruaru, Pesqueira, Arcoverde, Serra Talhada e Salgueiro. Liga-se com a BR 316, que vai para o Piauí. As
rodovias estaduais fazem a ligação entre as rodovias federais que cortam o estado e as cidades. A malha rodoviária é mais
densa no leste de Pernambuco, onde se localizam as maiores cidades, tornando-se mais rala em direção ao Sertão, menos
povoado.
O transporte ferroviário já teve grande importância em nosso estado antes da construção das rodovias. Atualmente, temos o
metrô de superfície, que atende à área metropolitana da capital, passando por fase de expansão com ramais para Prazeres e
Camaragibe, devendo atingir em torno de 39,5 km de extensão em sua totalidade. Em relação ao transporte marítimo, o
maior e mais movimentado é o porto de Suape, que serve de escala a diversas linhas que ligam o Brasil à América do Norte
e à Europa. No porto de Suape já funciona um terminal de derivados de petróleo e exportação de álcool. Outro trecho de
ferrovias no Nordeste é a moderna transnordestina partindo da cidade de Eliseu Martins no Piauí até os portos de Suape,
em Pernambuco, e Pecém, no Ceará, com obras já iniciadas em 2006. As obras da Transnordestina estão sendo executadas
pelo Exército.
O transporte fluvial é realizado nos trechos navegáveis do rio São Francisco, onde se destaca o porto fluvial de Petrolina,
que se comunica com Pirapora, em Minas Gerais. Em termos de transporte aéreo destaca-se o Aeroporto Internacional dos
Guararapes/Gilberto Freire, onde circulam aviões de companhias aéreas nacionais e internacionais e que possui capacidade
de operar com 5 milhões de passageiros/ano. Também é de grande importância o aeroporto de Petrolina, localizado às
margens do rio São Francisco, com a segunda maior pista de pouso do Nordeste. Em Caruaru, Garanhuns, Pesqueira,
Arcoverde e Palmares, há aeroportos menores.
Anos Total Automóvel Carga (1) Ônibus (2) Motos (3) Outros
2010 1.857.540 917.804 226.785 25.436 639.406 48.109
2011 2.074.599 991.514 252.254 28.729 747.024 55.078
2012 2.279.075 1.072.631 275.686 31.561 837.272 61.925
2013 2.464.189 1.146.248 299.691 34.396 915.030 68.824
2014 2.627.802 1.210.395 323.332 36.445 981.946 75.684
2015 2.765.521 1.256.142 337.562 37.827 1.032.691 101.299
2016 2.788.258 1.262.299 339.285 37.941 1.037.786 110.947
Fonte: DETRAN-PE
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NOVOS NEGÓCIOS:
LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
(PORTO DE SUAPE)
Situado na extremidade oriental da Costa Atlântica da América do Sul, o Porto de Suape tem uma localização estratégica
em relação às principais rotas marítimas de navegação, tornando mais rápidas as conexões com os mais importantes
centros portuários do mundo e reunindo condições para ser o principal porto concentrador de cargas (hub port) no
Atlântico Sul. O Complexo Industrial Portuário de Suape está situado nos municípios do Cabo de Santo Agostinho e
Ipojuca, no litoral sul do estado de Pernambuco. Com uma área total de 13.500 hectares (135 km2), distribuídos entre as
zonas portuárias, industrial, administrativa e de preservação ecológica e cultural, Suape é atualmente um polo de
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O Porto de Suape já é o 1º do Nordeste em movimentação de carga geral. De águas profundas, 15,50 metros, o porto
pode atender navios de até 170.000 tpb e calado operacional de 14,50 metros. Com 27 km² de retroporto, seus portos
externo e interno, onde já foram investidos, até 2013, cerca de US$ 2 bilhões em obras, oferecem as condições necessárias
para atendimento de navios de grande porte.
Obra de Mestre Vitalino influenciou toda uma geração de artesãos pernambucanos. Foto: Bruna Monteiro/DP/D.A
Press
O barro de Caruaru
Terra de Mestre Vitalino, Caruaru dista 130 km do Recife. No Agreste pernambucano, é o município que se sobressai. Em
parte pela temperatura mais amena depois que o sol se põe, mas, sobretudo, pelos trabalhos em barro de seu filho mais
ilustre: Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963), mais conhecido como Mestre Vitalino. Ele foi o artesão que soube como
nenhum outro moldar o nordestino no barro. Em peças que representavam o trabalho, a família e o lazer do homem
sertanejo, ajudou a construir o imaginário de um povo. No bairro do Alto do Moura, um dos maiores centros de arte
figurativa das Américas, o turista encontra a Casa-Museu Mestre Vitalino, onde o próprio morou, e uma infinidade de
outros ateliês de seus discípulos. No Recife, o barro de Caruaru pode ser comprado em vários endereços. Um deles é o
Centro de Artesanato de Pernambuco, na Praça do Marco Zero, no Bairro do Recife.
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Carrancas podem ser moldadas no barro ou esculpidas na madeira. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press
A carranca de Petrolina
Seguindo interior adentro, o turista vai encontrar Petrolina, a capital do Sertão pernambucano. Se não quiser percorrer os
720 km em busca das famosas carrancas petrolinenses, é só se dirigir ao Mercado de São José, na Praça Dom Vital, s/n,
no bairro de São José, centro do Recife. Foi Ana Leopoldina Santos a responsável por moldar as primeiras carrancas na
argila. Seu trabalho chamou a atenção pelos traços inéditos. Passou a responder por Ana das Carrancas, tornando-se a
mais importante artesã da região e, décadas depois, merecedora da Ordem do Mérito Cultural pelo Governo Federal. Aos
poucos, sua técnica ecoou de Petrolina para o restante dos municípios do estado. Hoje em dia, já tem carranca, inclusive,
esculpida na madeira. Se maiores, servem para guardar a casa. Se menores, servem de amuleto contra o mau olhado.
Independentemente disso, simbolizam a criatividade de "uma mulher, negra, pobre e nordestina que venceu na vida".
Palavras de Maria da Cruz Santos, filha de Ana das Carrancas.
Renda renascença é típica de Pesqueira, mas pode ser facilmente encontrada no Recife. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A
Press
A renda de Pesqueira
Em Passira e Poção, mas principalmente em Pesqueira, no Agreste do estado, são as rendeiras que despontam como
atração turística. A renda renascença confeccionada ali ganhou o mundo. "Vem muita gente da Europa e dos Estados
Unidos passear na Casa da Cultura. E quando conhecem o trabalho, compram mesmo", conta uma das vendedoras da
antiga casa carcerária que, atualmente, faz as vezes de centro de artesanato. O visitante encontra de toalhas imensas a
conjuntos de cama, passando por jogos americanos e peças de vestuário. Os preços fazem jus ao minucioso trabalho
manual das rendeiras e podem chegar facilmente à cifra dos mil reais, a depender do produto. Pesqueira fica a cerca de 200
km do Recife.
Estampas confeccionadas pelas tapeceiras de Lagoa do Carro. Foto: Romero Accioly/DP/D.A Press
Na Zona da Mata, a 60 km da capital, Lagoa do Carro é sempre lembrada pela produção de tapetes artesanais. A vocação
das artesãs deu origem, inclusive, à Associação das Tapeceiras de Lagoa do Carro, prestes a completar 25 anos de
atividades. Anualmente, o trabalho pode ser conferido na Feira do Tapete e do Artesanato que acontece na cidade. Tido
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como o maior produtor de tapetes do Nordeste, o município chega a movimentar a economia em R$ 50 mil ao ano.
Destacam-se entre as mestras tapeceiras, Luíza Costa, Terezinha Lira e Maria de Barro. No Recife, até o dia 15 de
novembro é a Casa de Cultura que recebe trabalhos dessas e de outras tapeceiras.
Frevo de Olinda
Caretas de Triunfo
Artesanato de Tracunhaém
Papangus de Bezerros
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Caboqlinhos de Goiana
Ciranda em Itamaracá.
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Forró em Caruaru.
EXERCÍCIOS
01. Os processos de transgressão e regressão marinhas alternaram-se sempre associados às contribuições dos rios e
dos ventos, moldando progressivamente a feição do sítio do Recife, preparando-o, aos poucos, para as fases
seriais pioneiras do seu ecossistema, até que se consolidaram as comunidades climáticas dos manguezais e das
restingas, enfim, da mata litorânea. Logo, a origem geomorfológica da cidade do Recife é:
a) Aluvial
b) Fluviomarinha
c) Marinha
d) Vulcânica
e) Cristalina
02. O movimento pendular da população que se verifica, diariamente, com bastante intensidade, em quase todas as
grandes cidades brasileiras está associado a:
a) movimentos rítmicos sazonais, resultantes da homogeneidade do espaço urbano.
b) uma modalidade transumânica para aproveitar trabalhadores temporários nas áreas centrais.
c) expansão horizontal urbana e periferização de mão de obra.
d) um intenso nomadismo gerado pela especulação imobiliária com verticalização da marcha urbana.
e) movimentos rítmicos sazonais ligados às atividades do setor terciário.
03. No Brasil, as favelas, embora localizadas em sítios diferenciados, apresentam como característica comum:
a) o seu caráter periférico, ocupando sempre os limites da mancha urbana.
b) o fato de serem uma ocorrência essencialmente ligada às grandes áreas metropolitanas do Sudeste e do Nordeste.
c) as habitações de baixo custo, construídas em terrenos de posse definitiva, localizados em loteamentos organizados e
destinados às populações de baixa renda.
d) a ausência de preocupação com o meio ambiente urbano em razão da natureza desordenada da ocupação, realizada em
terrenos públicos ou de terceiros.
e) o fato de estarem estruturalmente associadas a bairros tradicionais degradados, com reutilização intensiva de velhos
casarões mantidos pela especulação imobiliária.
04. Leia o texto a seguir e assinale a alternativa incorreta sobre o Nordeste semiárido brasileiro:
"Existem na América do Sul três grandes áreas semiáridas - a região Guajira, na Venezuela e Colômbia; a diagonal seca do
Cone Sul que envolve muitas nuances de aridez ao longo da Argentina, Chile e Equador; e, por fim, o Nordeste seco do
Brasil. Das velhas e repetitivas noções do Ensino Médio herdadas um pouco por todos nós, restaram observações
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(Aziz NacibAb'Saber, "Ciência Hoje", Volume Especial - Eco Brasil, mai. 1992.)
a) O semiárido nordestino caracteriza-se por baixos níveis de umidade, escassez de chuvas anuais e irregularidades no ritmo
das precipitações ao longo dos anos.
b) Um dos fatores marcantes da região é a inexistência de rios perenes e caudalosos. Essa drenagem intermitente inviabiliza
projetos de irrigação na área.
c) O Nordeste seco possui um revestimento baixo de vegetação, arbustivo-arbóreo e raramente arbóreo, de folhas miúdas e
hastes espinhentas, exuberantemente verdes nos períodos de chuvas.
d) Apesar de predominantemente seco, no semiárido encontram-se algumas áreas de mata úmida, alimentadas por chuvas
orográficas. Estas áreas são conhecidas, regionalmente, como "brejos".
e) Ao contrário do que se imagina, o Nordeste seco não é o "império" das chapadas. Em 85% do seu território predominam
depressões interplanálticas, situadas entre maciços antigos e chapadas localizadas.
05. Dentro dos espaços semiáridos nordestinos, algumas importantes diferenciações internas, relacionadas,
sobretudo, ao quadro natural, definem as chamadas áreas de exceção.
Sobre esse assunto podemos dizer que:
1- uma das áreas de exceção corresponde ao município de Triunfo, que apresenta um mesoclima diferente do das áreas
vizinhas.
2- nos brejos de altitude, a melhoria das condições ambientais e dos recursos naturais representa, de certa maneira, um
aumento da favorabilidade às atividades humanas.
3- os espaços agrícolas representados pelos perímetros de irrigação e vazante dos açudes, onde se encontram solos aluviais,
podem ser considerados como áreas de exceção.
4- o fator topográfico e a exposição aos fluxos de ar podem determinar a existência dos brejos no Agreste e Sertão
pernambucanos.
Está(ão) correta(as):
a) 1 apenas
b) 1 e 2 apenas
c) 3 e 4 apenas
d) 2, 3 e 4 apenas
e) 1, 2, 3 e 4
06. ''O Rio São Francisco tem sido uma presença constante na vida nacional. Inicialmente, ele foi a grande via
fluvial que ligava áreas do centro do Brasil à porção litorânea do Nordeste, tendo sido palco de lutas entre
indígenas e colonizadores pela conquista e posse da terra, onde se traçaram os caminhos de gado''
(Manuel Correia de Andrade - Jornal do Commercio, 10/9/2000).
Está(ão) correta(as):
a) Todas corretas
b) II, III e V apenas
c) I e IV apenas
d) IV e V apenas
e) I, II e III apenas
07. Observe o desenho que mostra a região Nordeste, num "corte" leste-oeste (NE-N), evidenciando o tipo de
vegetação mais, ou menos, exuberante, de acordo com a quantidade de chuva que cai na região.
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08. Considere a figura a seguir cujas características geoambientais são similares às que ocorrem no sertão de
Pernambuco.
Está(ão) correta(as):
a) IV apenas
b) II, III e IV apenas
c) I e IV apenas
d) Todas corretas
e) I, II e III apenas
09. É menos exuberante que a Floresta Equatorial. Aparece onde o clima se caracteriza por duas estações no ano,
uma chuvosa e outra seca.
a) Floresta Temperada
b) Mata Tropical
c) Formação Herbácea
d) Estepe
e) Manguezal
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11. Considerada a maior bacia leiteira do Nordeste, a região do agreste meridional pernambucano, e não faz parte
desta região o município de:
a) São João
b) São Bento do Una
c) Caetés
d) Catende
e) Lajedo
15. Conhecidos como áreas de exceção por seu aspecto diferente da paisagem predominante. São os(as):
a) Cuestas.
b) Depressões.
c) Brejos.
d) Terraços fluviais.
e) Divisores d’ água.
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V. Do ponto de vista geológico, Pernambuco apresenta, em grande parte do seu território, terrenos antigos que se
apresentam bastante erodidos.
18. "Muito avô para pouco neto. Até 2050, o mundo terá, pela primeira vez na História, mais velhos do que jovens."
Superinteressante, no 4, p. 43
a) semiárido.
b) tropical úmido.
c) temperado continental.
d) equatorial.
e) subtropical.
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21. No perfil esquemático a seguir, as grandes unidades de relevo representadas pelas letras A, B e C são,
respectivamente:
a) Planalto Central, Depressão Periférica, Planalto Atlântico.
b) Planalto da Bacia do Parnaíba, Depressão Sertaneja, Planalto da Borborema.
c) Planalto Ocidental, Depressão Periférica, Primeiro Planalto.
d) Primeiro Planalto, Segundo Planalto, Terceiro Planalto.
e) Chapadão Central, Depressão do São Francisco, Serra do Espinhaço.
22. Da ação de solapamento realizada pelas ondas do mar na costa brasileira resulta uma forma de relevo
escarpado, que se apresenta, geralmente, mais vertical nas formações sedimentares que nas cristalinas. São:
a) os tômbolos.
b) os "pães-de-açúcar".
c) as falésias.
d) os canyons.
e) os fiords.
23. É formação vegetal adaptada a ambientes com alto teor de salinidade e surge em baías e golfos, na faixa tropical
e equatorial:
a) Tundra.
b) Savana
c) Manguezal.
d) Estepe.
e) pradar.
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Assinale a alternativa que expressa as características e o nome da unidade geográfica indicada com o número 3.
a) Superfícies pouco elevadas, clima semiárido, vegetação de caatinga, cultivo de cacau e de cana-de-açúcar em grandes
propriedades, denominada Agreste.
b) Planície litorânea, presença de mangues, clima tropical úmido, resquícios de mata tropical, cultivo de cana-de-açúcar e
cacau em grandes propriedades, denominada Zona da Mata.
c) Área de transição, relevo de chapadas relativamente elevadas, presença de inúmeros rios, cultivo de produtos alimentares e
criação de gado leiteiro em pequenas propriedades, denominada Agreste.
d) Superfícies elevadas, densa hidrografia, clima tropical, resquícios de mata tropical, intensa atividade agrícola, denominada
Sertão.
e) Área deprimida, vastas planuras, clima semiárido, presença de "brejos", vegetação de caatinga, criação de gado em grandes
propriedades, denominada Sertão.
27. O relevo terrestre é resultante da atuação de dois conjuntos de forças denominadas agentes do relevo, que
compreendem os agentes internos ou criadores do relevo e os agentes externos ou modificadores do relevo.
Podemos considerar agentes internos e externos, respectivamente:
a) tectonismo e intemperismo.
b) águas correntes e seres vivos.
c) vento e vulcanismo.
d) águas correntes e intemperismo.
e) abalos sísmicos e vulcanismo.
29. Alguns portos se sobressaem na exportação de determinados produtos. Considerando esse fato, o
relacionamento errado é:
a) Areia branca – sal marinho
b) Ilhéus - tabaco
c) Paranaguá - soja
d) Recife - cana-de-açúcar
e) Tubarão - minério de ferro
30. No Nordeste do Brasil, os polos produtores de grãos, entre eles a soja, associados aos fluxos migratórios de
agricultores do Sul do País, estão concentrados no(a)
a) Zona da Mata Pernambucana.
b) entorno de Petrolina-PE e de Juazeiro-BA.
c) região do Seridó, no Rio Grande do Norte.
d) Oeste baiano, no sul do Maranhão e do Piauí.
e) agreste da Paraíba e de Pernambuco.
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32. No mapa, as letras A, B e C indicam as posições e as trajetórias das principais massas de ar que atuam no
Brasil. São, respectivamente:
34. O Brasil em 2020 será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A maior parte deles, imprevisível. Uma década é
um período longo o suficiente para derrubar certezas absolutas (ninguém prediz uma Revolução Francesa, uma queda do
Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova York). Mas é também um período de maturação dos grandes
fenômenos incipientes — dez anos antes da popularização da internet já era possível imaginar como ela mudaria o mundo.
Da mesma forma, fenômenos detectáveis hoje terão seus efeitos mais fortes a partir de 2020.
35. Em relação aos determinantes ambientais para a localização de edificações nas áreas urbanas, é correto afirmar:
a) Edificações localizadas em várzeas de rios estão a salvo de qualquer desastre ambiental porque ocupam terrenos planos.
b) Com o avanço da tecnologia, não existem locais impróprios para edificações.
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c) Conformação do terreno não influi nos possíveis problemas ambientais de uma cidade.
d) Os prédios, calçadas e ruas das cidades causam a impermeabilização dos solos, o que altera localmente as condições do
ciclo hidrológico.
e) Se a área for muito acidentada, o ideal é instalar o sítio urbano no fundo dos vales, como forma de evitar os processos
erosivos e proteger a população de acidentes como escorregamentos.
37. As rochas, assim como outros componentes do meio natural, são classificadas por meio de critérios específicos,
permitindo agrupá-las segundo características semelhantes. Uma das principais classificações é a genética, em
que as rochas são agrupadas de acordo com o seu modo de formação na natureza. Sob este aspecto, as rochas se
dividem em três grandes grupos:
a) Calcárias, basálticas e graníticas.
b) Crostáticas, continentais e oceânicas.
c) Areníticas, vulcânicas e radioativas.
d) Ígneas, sedimentares e metamórficas.
e) Neolíticas, terciárias e quaternárias.
38. Um pesquisador, investigando os principais aspectos do meio natural de uma área semiárida do Nordeste
brasileiro defrontou-se com a paisagem fotografada e exposta a seguir.
Qual deverá ser a denominação que o pesquisador utilizará para definir esses elementos paisagísticos?
a) Inselbergues sedimentares.
b) Matacões.
c) Afloramentos sedimentares.
d) Falhas.
e) Dobras.
39. A estrutura geológica das terras emersas do Brasil é constituída, basicamente, por bacias sedimentares e
escudos cristalinos, tectonicamente estáveis.
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40.
41. Em algumas áreas do Sertão há maior grau de umidade, conhecidas como brejos, com uma economia peculiar.
Um exemplo é:
a) Petrolina
b) Arapiraca
c) Triunfo
d) Sapé
e) Imperatriz
43. É um mosaico de coberturas vegetais que formam uma diagonal que separa as duas florestas tropicais do Brasil: a noroeste, a Floresta
Amazônica, e a leste, a Mata Atlântica. Esse mosaico se desenvolve numa área de baixas pluviosidades. As causas da pouca chuva e sua
distribuição irregular estão associadas aos fortes ventos alísios, que não trazem umidade para a região.
(José Bueno Conti e Sueli Angelo Furlan. Geografia do Brasil, 2005. Adaptado.)
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Com base na figura e nos conhecimentos sobre os manguezais, considere as afirmativas a seguir.
I. São formados em ambientes de transição das águas fluviais para as águas oceânicas, nas zonas de contato entre terra e mar.
II. Trata-se de um domínio morfoclimático que se desenvolve graças à biodiversidade ambiental que caracteriza as suas
florestas.
III. Sua fauna representa importante fonte de alimentos para o habitante, que depende deste ecossistema para extrair seu meio
de subsistência.
IV. A ausência de legislação de proteção aos manguezais resultou no seu desaparecimento em escala global.
45. Uma parcela considerável do Sertão nordestino, ou seja, de uma área submetida aos climas semiáridos,
apresenta um regime de chuvas convectivas, que se concentram no período verão-outono. Qual o sistema
atmosférico que é o principal responsável por esse regime pluviométrico?
a) Convergência do Atlântico Sul
b) Zona de Convergência Intertropical
c) Ondas de Leste
d) Vórtices Anticiclônicos
e) Frente Polar Atlântica
46. O corte topográfico e geológico, mostrado a seguir, representa, grosso modo, um perfil feito por um
pesquisador que se deslocou da área costeira para o interior do Brasil, objetivando realizar um estudo integrado
do meio ambiente de uma região do país. Nesse corte, estão indicados pelos números 1 e 2
importantes compartimentos regionais de relevo.
Considerando-se as informações contidas no gráfico, é CORRETO afirmar que esses compartimentos são,
respectivamente,
a) Chapada do Apodi e Planalto da Borborema.
b) Chapada do Araripe e Depressão Sertaneja.
c) Planalto de Diamantina e Bacia do Parnaíba.
d) Planalto da Borborema e Depressão Sertaneja.
e) Chapada do Araripe e Planalto do Meio-Norte.
47. Nas cidades de Maceió, Salvador e Recife, principalmente no mês de julho, é comum a ocorrência de chuvas
que provocam grandes enchentes. São as chamadas ― chuvas de inverno, que atingem o litoral oriental do
Nordeste.
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Levando-se em consideração a dinâmica das massas de ar no Brasil, pode-se afirmar que essas chuvas são
provocadas pelo encontro da
a) Polar atlântica (mPa), fria e úmida, com a massa Tropical atlântica (mTa), quente e úmida.
b) Equatorial continental (mEc), quente e seca, com a massa Tropical atlântica (mTa), e quente úmida.
c) Equatorial continental (mEc), quente e úmida, com a massa Tropical continental (mTc), e quente seca.
d) Polar atlântica (mPa), fria e úmida, com a massa Tropical continental (mTc), quente e úmida.
48. No mapa a seguir, você observa áreas escuras que correspondem às regiões
a) dominantemente sedimentares.
b) que possuem uma agricultura de “plantation”.
c) de terrenos cristalinos dobrados.
d) de terrenos pré-cambrianos de grande potencialidade mineral.
e) que apresentam formações vegetais dominantemente xerófilas.
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Estão corretas:
a) I, II e IV
b) Somente I
c) III e IV
d) Todas
e) I e III
Gabarito
1. B 2. C 3. D 4. B 5. E
6. C 7. D 8. B 9. B 10. B
11. D 12. D 13. C 14. B 15. C
16. B 17. B 18. D 19. B 20. A
21. B 22. C 23. C 24. B 25. A
26. D 27. A 28. E 29. B 30. D
31. B 32. D 33. B 34. D 35. D
36. C 37. D 38. B 39. B 40. E
41. C 42. B 43. B 44. B 45. B
46. D 47. A 48. A 49. A 50. C
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