2 IRPJ - CSLL Teoria e Prática - Básico - Felipe Cacomo
2 IRPJ - CSLL Teoria e Prática - Básico - Felipe Cacomo
2 IRPJ - CSLL Teoria e Prática - Básico - Felipe Cacomo
Introdução
O IRPJ tem como fato gerador a disponibilidade econômica ou jurídica de renda e/ou
proventos de qualquer natureza;
Sua principal fonte normativa é o Regulamento do Imposto de Renda, conhecido como
RIR/99, instituído pelo Decreto nº 3.000/99. Porém, tal fonte não é exaustiva, existindo
ainda várias outras fontes de pesquisa que devem ser consideradas, site da Secretaria
da Receita Federal – SRF, doutrina e jurisprudência;
Aplicam-se à CSLL no que couberem, as disposições da legislação do imposto sobre a
renda referentes à administração, ao lançamento, à consulta, à cobrança, às
penalidades, às garantias e ao processo administrativo, mantidas a base de cálculo e
as alíquotas previstas na legislação da referida contribuição ( Lei nº 7.689, de 1988, art.
6º , e Lei nº 8.981, de 1995, art. 57 ).
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I – IRPJ e CSLL
Ponto de partida
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I – IRPJ e CSLL
Ponto de partida
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I – IRPJ e CSLL
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1º - Exemplo de DRE
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Jan/x1
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2º Exemplo de DRE
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I – IRPJ e CSLL
Regimes de Tributação
No Brasil existem 3 principais formas de apuração de IRPJ e CSLL: Lucro Real; Lucro
Presumido e Lucro Arbitrado
Tributação da
Pessoa
Jurídica
Lucro Lucro
Lucro Real
Presumido Arbitrado
Balanço ou
Receita Bruta
Balancete de
Mais
Suspensão /
Acréscimos
Redução
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IRPJ/ CSLL - Lucro Real
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Lucro Real
► Opção > A pessoa jurídica poderá ainda, opcionalmente, fazer a apuração anual do
lucro real em 31 de dezembro de cada ano-calendário, antecipando o imposto de
renda devido mensalmente.
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Lucro Real
► Adicional de IRPJ: Sobre a parcela do lucro real que exceder o valor resultante da
multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo
período de apuração, o adicional incidirá à alíquota de 10%
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I – IRPJ e CSLL
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Lucro Real
► Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Real (art. 14 da Lei 9.718/98)
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Lucro Real
► Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Real (continuação)
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A pessoa jurídica optante pela lucro real anual, poderá escolher a forma de calcular e
antecipar os pagamentos do IRPJ e da CSLL mensalmente para a Receita Federal através
de duas metodologias:
Mensalmente a pessoa jurídica poderá efetuar ambos os cálculos e escolher aquele que é
o financeiramente mais viável a empresa para antecipar o imposto devido.
.
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Lucro Real -
. Regra Geral
Trimestral
Lucro Real -
Opção
Anual
Em 31 de Lucro Real -
Dezembro Anual
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Conceito de Receita Buta: receita bruta compreende o produto da venda de bens nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados, o resultado auferido nas
operações de conta alheia e as demais receitas da atividade ou objeto principal da
pessoa jurídica, excluídas as vendas canceladas, as devoluções de vendas, os descontos
incondicionais concedidos, tributos sobre ela incidentes e valores decorrentes do ajuste a
valor presente.
Percentuais: os percentuais que incidem sobre a receita bruta variam de acordo com a
atividade desenvolvida pela pessoa jurídica, as quais estão elencadas no artigo 15 da Lei
n. 9.249/05 (art. 223 do RIR/99), os quais resumidamente são os seguintes:
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I – IRPJ e CSLL
12%
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Além da receita por presunção acima comentada, também comporão a base de cálculo os
“demais acréscimos”, ou seja, os ganhos de capital, rendimentos de aplicações financeiras
de renda fixa e renda variável ou resultado positivo decorrente da avaliação de
investimento pela equivalência patrimonial.
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I – IRPJ e CSLL
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I – IRPJ e CSLL
Há também outras receitas que não devem integrar a base de cálculo, por exemplo :
► as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;
► a reversão do saldo de provisões anteriormente constituídas;
► os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas pelo custo
de aquisição e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos
avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
.
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I – IRPJ e CSLL
Base legal: Art. 230 do RIR/99 / Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, e Lei nº 9.430,de 1996, art.
2º
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► A base de cálculo é o lucro real, que é composto pelo resultado do período (lucro
liquido) em curso, ajustado por todas as adições, exclusões e compensações admitidas
pela legislação do imposto de renda.
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I – IRPJ e CSLL
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► Considerações Gerais
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► Multa de mora, calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitado a 20%,
calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto
para o pagamento, até o dia em que ocorrer o seu pagamento; e
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I – IRPJ e CSLL
► As compensações representam os
prejuízos fiscais / base de cálculo Lucro Real Anual (dez/x1)
negativa, apurados pela pessoa Receita 900.000,00
(-) Despesa 200.000,00
jurídica, os quais são controlados na
(=) Lucro Liquido 700.000,00
parte B do LALUR. (+) Adições 100.000,00
(-) Exclusões -
(=) Lucro Real (Antes da compensação) 800.000,00
► Nos períodos em que a pessoa (-) Compensação de PF (30%) 240.000,00
jurídica apurar lucro E tiver saldo de (=) Lucro Real (Após a compensação) 560.000,00
prejuízo fiscal oriundos de anos IRPJ 15% 84.000,00
Cálculo do Adicional
anteriores, é permitido a (20.000 x 12 meses) (=) 240.000,00
compensação dos prejuízos fiscais Valor excedente 320.000,00
com 30% do saldo do LUCRO REAL. Adicional de IRPJ 10% 32.000,00
TOTAL DE IRPJ DEVIDO 116.000,00
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I – IRPJ e CSLL
LALUR
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V - Lucro Presumido
V – Lucro Presumido – IRPJ e CSLL
V – Lucro Presumido
► Momento da Opção: A opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido
será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido
correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário (§2º, art. 214
da IN RFB 1.700/2017)
► A opção pela tributação com base no lucro presumido será aplicada em relação a
todo o período de atividade da empresa em cada ano-calendário
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V – Lucro Presumido – IRPJ e CSLL
V – Lucro Presumido
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V - Lucro Presumido
Exemplo:
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V - Lucro Presumido
Exemplo:
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V - Lucro Presumido
Exemplo:
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V - Lucro Presumido x Lucro Real
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VI - Lucro Arbitrado
VI - Lucro Arbitrado
Aplicável somente nas situações em que a mensuração da base de cálculo real do imposto
mostra-se prejudicada em razão da omissão ou ausência de fé dos esclarecimentos
prestados, declarações apresentadas ou documentos expedidos pelo sujeito passivo ou
terceiro obrigado. Vide Art. 226 da IN 1.700/2017:
Art. 226. O IRPJ devido será exigido a cada trimestre, no decorrer do ano-calendário, com base nos critérios do lucro
arbitrado, quando:
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e
fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou
deficiências que a tornem imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a bancária; ou
b) determinar o lucro real;
III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal,
ou o livro Caixa, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 225;
IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; (...)
VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas
utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário; (...) ou
VIII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária a ECF.
Parágrafo único. A pessoa jurídica que pagar o IRPJ com base no lucro arbitrado determinará a base de cálculo da CSLL
com base no resultado arbitrado.
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I – IRPJ e CSLL
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2ª Parte:
Principais Adições e Exclusões; e
Imposto Corrente x Diferido
II - Adições e Exclusões
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II - Adições e Exclusões
► Principais adições:
► Despesas que não sejam necessárias, usuais ou normais à atividades da empresa
(Base Legal: art. 299 do RIR/99);
► Despesas com brindes (Base Legal: Artigo 13, VII da Lei nº 9.249/1995);
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II - Adições e Exclusões
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II - Adições e Exclusões
► Principais exclusões:
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II - Adições e Exclusões
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III - Provisões
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III - Provisões
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IV – EXEMPLO DE APURAÇÃO – Imposto Corrente
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IV – EXEMPLO DE APURAÇÃO – Imposto Corrente
► Imposto de renda a pagar deve ser contabilizado no passivo, tanto o montante que corresponde ao
período auditado como de exercícios anteriores
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V – IRPJ e CSLL Diferidos
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V – IRPJ e CSLL Diferidos
A explicação para os tributos sobre a renda (IRPJ e CSL) diferidos passa sempre pelo
conceito do registro de um direito (ativo) ou obrigação (passivo) tributário que a
empresa possua.
Esse conceito de direito, apesar de correto, não é o bastante para se determinar o
registro de um ativo ou passivo diferido.
Antes de mais nada, devemos sempre nos lembrar que, como se trata de IRPJ e CSL
diferidos, os mesmos devem sempre ser registrados utilizando-se a alíquota de 25%
para o IRPJ e 9% para a CSL, ou seja, o reconhecimento é sempre do efeito tributário
do direito, e nunca de seu montante integral.
Um exemplo disso é o diferido sobre Prejuízos Fiscais e sobre a Base de Cálculo
Negativa da CSL, o qual explicaremos com detalhes no decorrer desse material. No
caso, nunca se reconhece o valor integral do prejuízo fiscal/base de cálculo negativa,
mas sim 34% deste (alíquota combinada de IRPJ e CSL), que é seu efeito tributário.
Voltando ao conceito de diferido de IRPJ e CSL, a melhor explicação é aquela que
condiciona o reconhecimento de um crédito ou obrigação tributária à existência de uma
diferença temporária. Dessa forma, um diferido de IRPJ e CSL somente podem ser
reconhecidos caso a sua base já não esteja reconhecida contabilmente ou, se
reconhecida contabilmente, não foi reconhecida para fins fiscais.
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V – IRPJ e CSLL Diferidos
1. Uma empresa apura prejuízo fiscal em um determinado ano. Nesse caso, o valor do
prejuízo é apurado através do cálculo do Lucro Real e não é reconhecido
contabilmente.
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V – IRPJ e CSLL Diferidos
2. Uma empresa registra uma provisão para perdas diversas, mas adiciona esse valor no
lucro real, como adição temporária, pois somente será dedutível quando líquida e
certa. Nesse caso, temos a seguinte situação:
Não existe ativo ou passivo diferido de IRPJ e CSL sem que haja uma diferença
entre a base tributária que ensejou esse ativo/passivo e a base contábil do mesmo
item.
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V – IRPJ e CSLL Diferidos
Deferred Tax
Financial
Tax Return Asset or
Statements
Liability
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V – IRPJ e CSLL Diferidos
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V – IRPJ e CSLL Diferidos
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V – IRPJ e CSLL Diferidos
A contabilização se dá:
D – IRPJ/CSL Diferidos Ativo – Não Circulante
C – IRPJ/CSL Diferido Ativo – Resultado
ou
C – IRPJ/CSL Diferidos Passivo – Não Circulante
D – IRPJ/CSL Diferido Passivo – Resultado
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V – IRPJ e CSLL Diferidos
No caso do diferido ativo, após calculado, deve-se fazer um teste de realização desse
diferido, para determinação de sua recuperabilidade. Caso não seja possível estimar se
o diferido ativo poderá ser utilizado em um período que se possa projetar, não é
permitido seu registro, cabendo explicação nas notas explicativas.
O cálculo do IRPJ e da CSLL diferidos deve ser feito sempre depois que todos os
outros lançamentos contábeis já ocorreram, assim é possível levantar com precisão as
diferenças entre os saldos contábeis e os saldos fiscais.
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