2 IRPJ - CSLL Teoria e Prática - Básico - Felipe Cacomo

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1ª Parte:

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica


e Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido – IRPJ / CSLL
I – IRPJ e CSLL

Introdução
 O IRPJ tem como fato gerador a disponibilidade econômica ou jurídica de renda e/ou
proventos de qualquer natureza;
 Sua principal fonte normativa é o Regulamento do Imposto de Renda, conhecido como
RIR/99, instituído pelo Decreto nº 3.000/99. Porém, tal fonte não é exaustiva, existindo
ainda várias outras fontes de pesquisa que devem ser consideradas, site da Secretaria
da Receita Federal – SRF, doutrina e jurisprudência;
 Aplicam-se à CSLL no que couberem, as disposições da legislação do imposto sobre a
renda referentes à administração, ao lançamento, à consulta, à cobrança, às
penalidades, às garantias e ao processo administrativo, mantidas a base de cálculo e
as alíquotas previstas na legislação da referida contribuição ( Lei nº 7.689, de 1988, art.
6º , e Lei nº 8.981, de 1995, art. 57 ).

 IMPORTANTE: A Lei n. 12.973 de 13 de maio de 2014, trouxe alterações significativas


em relação a legislação do IRPJ e da CSLL e tem sido considerado o novo regulamento
do Imposto de Renda.

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I – IRPJ e CSLL

Ponto de partida

 A área de BTA requer um razoável domínio das técnicas contábeis, abrangendo o


entendimento de todas as figuras registradas no Balanço Patrimonial (ativo e passivo) e
na Demonstração do Resultado do Exercício – DRE para possibilitar um bom
entendimento do IRPJ e da CSLL.
 O IRPJ é calculado a partir do lucro das empresas, via de regra, consignado na DRE.
Todavia, como poderemos constatar adiante, o IRPJ não pode ser calculado
diretamente sobre o resultado do exercício.
 A DRE correspondente a cada período base de apuração do IRPJ deverá conter
apenas valores (receitas, custos e despesas) competentes ao respectivo período base.
 Em decorrência disso, um dos itens mais importantes a serem entendidos em matéria
de Impostos Diretos é o Princípio da Competência dos Exercícios que, em linhas
gerais, trata do momento em que as receitas, custos e despesas devem ser
apropriados ao resultado.

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I – IRPJ e CSLL

Ponto de partida

DRE Balanço Patrimonial

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I – IRPJ e CSLL

Diferentes Tipos de Lucro


Lucro Bruto
 Art. 11 - § 2º - Será classificado como lucro bruto o resultado da atividade de venda de
bens ou serviços que constitua objeto da pessoa jurídica. (Decreto-Lei 1.598/77)
Lucro Operacional
 Art. 277. Será classificado como lucro operacional o resultado das atividades,
principais ou acessórias, que constituam objeto da pessoa jurídica (RIR/99).
Parágrafo único. A escrituração do contribuinte, cujas atividades compreendam a
venda de bens ou serviços, deve discriminar o lucro bruto, as despesas operacionais e
os demais resultados operacionais
Lucro Líquido
 Art. 248. O lucro líquido do período de apuração é a soma algébrica do lucro
operacional (Capítulo V), dos resultados não operacionais (Capítulo VII), e das
participações, e deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei
comercial. (RIR/99).

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I – IRPJ e CSLL

1º - Exemplo de DRE
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Jan/x1

Receita de Vendas 11.000.000,00


(-) Impostos (380.000,00)
(-) Vendas canceladas (100.000,00)
(=) Receita Líquida 10.520.000,00
(-) Custo (5.000.000,00)
(=) Lucro Bruto 5.520.000,00
(-) Salários e Encargos Sociais (1.500.000,00)
(-) Provisões Diversas (200.000,00)
(-) Despesas Gerais/manutenção (330.000,00)
(-) Depreciação (200.000,00)
(+) Receitas Financeiras 90.000,00
(+) Receita de Equity 15.000,00
(-) Ajustes a Valor Presente - AVP (200.000,00)
(=) Lucro Operacional 3.195.000,00
(+) Resultado Não operacional 100.000,00
(=) Resultado Bruto 3.295.000,00
(-) Provisão CSLL (40.000,00)
(-) Provisão IRPJ (100.000,00)
(=) Lucro Líquido 3.155.000,00

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I – IRPJ e CSLL

2º Exemplo de DRE

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I – IRPJ e CSLL

Regimes de Tributação

No Brasil existem 3 principais formas de apuração de IRPJ e CSLL: Lucro Real; Lucro
Presumido e Lucro Arbitrado

Tributação da
Pessoa
Jurídica

Lucro Lucro
Lucro Real
Presumido Arbitrado

Balanço ou
Receita Bruta
Balancete de
Mais
Suspensão /
Acréscimos
Redução

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IRPJ/ CSLL - Lucro Real
I – IRPJ e CSLL

Lucro Real

► Conceito: O lucro real é o lucro líquido do período de apuração (lucro ou prejuízo)


ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela
legislação fiscal.

► Periodicidade: Regra Geral > As pessoas jurídicas poderão apurar o imposto de


renda com base no lucro real determinado por períodos de apuração trimestrais
encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada
ano-calendário.

► Opção > A pessoa jurídica poderá ainda, opcionalmente, fazer a apuração anual do
lucro real em 31 de dezembro de cada ano-calendário, antecipando o imposto de
renda devido mensalmente.

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I – IRPJ e CSLL

Lucro Real

► Alíquota do IRPJ: A alíquota do imposto de renda é de 15%

► Adicional de IRPJ: Sobre a parcela do lucro real que exceder o valor resultante da
multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo
período de apuração, o adicional incidirá à alíquota de 10%

Lucro Real Trimestral (mar/x1) Lucro Real Anual (dez/x1)


Receita 90.000,00 Receita 900.000,00
Contábil (-) Despesa 20.000,00 Contábil (-) Despesa 200.000,00
(=) Lucro Liquido 70.000,00 (=) Lucro Liquido 700.000,00
(+) Adições 10.000,00 (+) Adições 100.000,00
Fiscal (-) Exclusões - Fiscal (-) Exclusões -
(=) Lucro Real 80.000,00 (=) Lucro Real 800.000,00
IRPJ 15% 12.000,00 IRPJ 15% 120.000,00
Cálculo do Adicional Cálculo do Adicional
(20.000 x3 meses) (=) 60.000,00 (20.000 x 12 meses) (=) 240.000,00
Valor excedente 20.000,00 Valor excedente 560.000,00
Adicional de IRPJ 10% 2.000,00 Adicional de IRPJ 10% 56.000,00
TOTAL DE IRPJ DEVIDO 14.000,00 TOTAL DE IRPJ DEVIDO 176.000,00

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I – IRPJ e CSLL

Base de Cálculo da CSLL

► Alíquota da CSLL: A alíquota geral das pessoa jurídicas da CSLL é de 9%.


► No caso das pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras, de seguros
privados e de capitalização a alíquota aplicável é de 15% (20% a partir de 1 de
setembro de 2015 por força da Medida Provisória n. 675, de 21 de maio de 2015).

Lucro Real Anual (dez/x1)


Receita 900.000,00
Contábil (-) Despesa 200.000,00
(=) Lucro Liquido 700.000,00
(+) Adições 100.000,00
Fiscal (-) Exclusões -
(=) Lucro Real 800.000,00
CSLL 9% 72.000,00
TOTAL DA CSLL DEVIDA 72.000,00

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I – IRPJ e CSLL

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I – IRPJ e CSLL

Lucro Real
► Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Real (art. 14 da Lei 9.718/98)

► cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$


78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número de
meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;

► cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de


desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos,
valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas
de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados
e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

► que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

► que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à


isenção ou redução do imposto;

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I – IRPJ e CSLL

Lucro Real
► Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Real (continuação)

► que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do


imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do
art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996;

► que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de


assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
administração de contas a pagar e a receber, e compras de direitos creditórios
resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

► que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do


agronegócio.

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real Anual

A pessoa jurídica optante pela lucro real anual, poderá escolher a forma de calcular e
antecipar os pagamentos do IRPJ e da CSLL mensalmente para a Receita Federal através
de duas metodologias:

 Pelo cálculo da Receita Bruta ou cálculo da estimativa; ou,


 Pelo método da “suspensão / redução” (lucro real).

Mensalmente a pessoa jurídica poderá efetuar ambos os cálculos e escolher aquele que é
o financeiramente mais viável a empresa para antecipar o imposto devido.

ATENÇÃO: Independente do método escolhido para os recolhimentos/antecipação


mensal, a pessoa jurídica é OBRIGADA a fazer a apuração anual do lucro real em 31 de
dezembro de cada ano-calendário

.
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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real (continuação)

Lucro Real -
. Regra Geral
Trimestral

Lucro Real -
Opção
Anual

Cálculo Mensal Receita Suspensão /


/ Antecipação Bruta/Estimativa Redução

Em 31 de Lucro Real -
Dezembro Anual

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real (continuação)

Cálculo da Receita Bruta mais Acréscimos ou Cálculo da Estimativa


.
A base de cálculo com base na receita bruta mais acréscimos resulta da multiplicação de
determinados percentuais estabelecidos em lei, de acordo com a atividade da pessoa
jurídica, sobre a sua receita bruta mensal, acrescida de alguns outros rendimentos
(“demais acréscimos” que serão abordados a diante).

Conceito de Receita Buta: receita bruta compreende o produto da venda de bens nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados, o resultado auferido nas
operações de conta alheia e as demais receitas da atividade ou objeto principal da
pessoa jurídica, excluídas as vendas canceladas, as devoluções de vendas, os descontos
incondicionais concedidos, tributos sobre ela incidentes e valores decorrentes do ajuste a
valor presente.

Percentuais: os percentuais que incidem sobre a receita bruta variam de acordo com a
atividade desenvolvida pela pessoa jurídica, as quais estão elencadas no artigo 15 da Lei
n. 9.249/05 (art. 223 do RIR/99), os quais resumidamente são os seguintes:

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I – IRPJ e CSLL

Cálculo da Receita Bruta mais Acréscimos ou Cálculo da Estimativa

12%

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real

Cálculo da Receita Bruta mais Acréscimos ou Cálculo da Estimativa

O resultado obtido da aplicação de tais percentuais de presunção sobre a receita bruta


mensal da pessoa jurídica, servirá de base para aplicação da alíquota do IRPJ de 15%
mais o adicional de 10% e da CSLL de 9% (para as pessoas jurídicas gerais).

Além da receita por presunção acima comentada, também comporão a base de cálculo os
“demais acréscimos”, ou seja, os ganhos de capital, rendimentos de aplicações financeiras
de renda fixa e renda variável ou resultado positivo decorrente da avaliação de
investimento pela equivalência patrimonial.

Base legal: Lei n. 9.430/96, Lei n. 9.249/95

ATENÇÃO: É importante mencionar que, para o cálculo da RECEITA BRUTA MAIS


ACRÉSCIMOS, somente se utilizam os movimentos mensais dos balancetes e jamais
os saldos acumulados.

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real

Cálculo da Receita Bruta mais Acréscimos ou Cálculo da Estimativa

 Exemplo de cálculo da Receita Bruta mais Acréscimos

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real

Cálculo da Receita Bruta mais Acréscimos ou Cálculo da Estimativa

Há também outras receitas que não devem integrar a base de cálculo, por exemplo :
► as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;
► a reversão do saldo de provisões anteriormente constituídas;
► os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas pelo custo
de aquisição e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos
avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
.

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real

Balanço/Balancete de Suspensão ou Redução

Conceito Geral: A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento mensal do


imposto por estimativa desde que demonstre mediante a elaboração de balanço ou
balancete que o valor do imposto de renda pago (antecipado) até o mês do balanço, é
igual ou excede o valor do imposto devido, inclusive adicional, calculado com base no
lucro real do período em curso (= 1 de janeiro/inicio das atividades até o mês a que se
referir o balanço).

ATENÇÃO: É importante mencionar que, o cálculo do Balanço/Balancete de Suspensão


ou Redução , é feito com base no saldo acumulado dos balancetes e jamais os saldos
mensais.

Base legal: Art. 230 do RIR/99 / Lei nº 8.981, de 1995, art. 35, e Lei nº 9.430,de 1996, art.

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real

Balanço/Balancete de Suspensão ou Redução

► A base de cálculo é o lucro real, que é composto pelo resultado do período (lucro
liquido) em curso, ajustado por todas as adições, exclusões e compensações admitidas
pela legislação do imposto de renda.

► Tais ajustes ocorrem por divergência


entre a legislação fiscal e contábil.

► Em linhas gerais, as adições


representam despesas da pessoa jurídica
que a legislação fiscal não considera
necessárias, usuais ou normais para a
manutenção da atividades da empresa
(eg. Multa de infrações de trânsito)

► Exclusões representam, por exemplo,


receitas não tributáveis.

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real

Balanço/Balancete de Suspensão ou Redução

EXEMPLO 1: Redução no Valor a Pagar


No mês de maio, a empresa levantou balanço e apurou a importância de R$ 5.000,00 a
pagar de imposto de renda sobre o lucro real do período de janeiro a maio. Como a
empresa efetuou pagamentos ate o mês de maio (competência abril) no valor de R$
4.500,00, ela poderá recolher em junho apenas R$ 500, correspondente à diferença entre
o imposto devido sobre o lucro real em maio (R$ 5.000,00) e o já recolhido até maio
(competência abril), em vez de recolher o total.

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real

Balanço/Balancete de Suspensão ou Redução

EXEMPLO 2: Suspensão do Valor a Pagar


A empresa apurou R$ 1.700,00 de imposto de renda a pagar sobre o lucro real no período
de janeiro a maio. Como os pagamentos mensais efetuados até o mês de maio
(competência abril) foram superiores, ou seja, totalizam em R$ 1.900,00, a empresa
poderá suspender o recolhimento de maio (que seria efetuado em junho).

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real

Balanço/Balancete de Suspensão ou Redução

EXEMPLO 3: Opção pelo menor recolhimento / melhor cenário

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I – IRPJ e CSLL

Formas de apuração do Lucro Real

► Considerações Gerais

► Por se considerar o resultado acumulado quando se levanta BALANCETE DE


SUSPENSÃO E REDUÇÃO tudo aquilo que foi apurado de IRPJ e CSLL nos meses
anteriores deve ser “carregado” como antecipação para o mês;

► É importante ressaltar que é facultado à pessoa jurídica calcular o imposto mês a


mês pela sistemática da receita bruta mais acréscimos e balanço/balancete de
suspensão ou redução, escolhendo dentre os dois método aquele que lhe
proporcione o menor desembolso financeiro;

► Porém em dezembro de cada ano, é obrigatória a adoção da sistemática do


balanço/balancete de suspensão ou redução pela pessoa jurídica - que é a
apuração do Lucro Real Anual -, pois é neste momento em que se apura o IRPJ
efetivo.

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I – IRPJ e CSLL

Falta ou insuficiência de pagamento

► A falta ou insuficiência de pagamento do imposto sujeita a PJ aos seguintes


acréscimos legais:

► Multa de mora, calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, limitado a 20%,
calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto
para o pagamento, até o dia em que ocorrer o seu pagamento; e

► Juros de mora, equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e


Custódia (“SELIC”) para títulos federais acumulados mensalmente, calculados a
partir do primeiro dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do período
de apuração até o ultimo dia do mês anterior ao do pagamento de 1% no mês do
pagamento.

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I – IRPJ e CSLL

► O que é Prejuízo Fiscal e Base Negativa da CSLL?

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I – IRPJ e CSLL

► O que é Prejuízo Fiscal e Base


Negativa da CSLL?

► As compensações representam os
prejuízos fiscais / base de cálculo Lucro Real Anual (dez/x1)
negativa, apurados pela pessoa Receita 900.000,00
(-) Despesa 200.000,00
jurídica, os quais são controlados na
(=) Lucro Liquido 700.000,00
parte B do LALUR. (+) Adições 100.000,00
(-) Exclusões -
(=) Lucro Real (Antes da compensação) 800.000,00
► Nos períodos em que a pessoa (-) Compensação de PF (30%) 240.000,00
jurídica apurar lucro E tiver saldo de (=) Lucro Real (Após a compensação) 560.000,00
prejuízo fiscal oriundos de anos IRPJ 15% 84.000,00
Cálculo do Adicional
anteriores, é permitido a (20.000 x 12 meses) (=) 240.000,00
compensação dos prejuízos fiscais Valor excedente 320.000,00
com 30% do saldo do LUCRO REAL. Adicional de IRPJ 10% 32.000,00
TOTAL DE IRPJ DEVIDO 116.000,00

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I – IRPJ e CSLL

LALUR

► O LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real, é um livro fiscal, sendo obrigatório


somente para as empresas tributadas pelo imposto de renda na modalidade Lucro
Real, conforme previsão contida no Regulamento do Imposto de Renda.
► Sua função é ajustar os demonstrativos contábeis à declaração do imposto de renda
com adições e exclusões ao lucro líquido do período-base, apurando-se a base de
cálculo do imposto de renda devido e controle de valores que devam influenciar a
determinação do Lucro Real de períodos-base futuros e que não constem da
escrituração comercial.

DISPENSA DO LALUR FÍSICO

► As pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos a partir de


1º de janeiro de 2014, da escrituração do LALUR em meio físico e da entrega da
Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), tendo em
vista a instituição da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) pela Instrução Normativa RFB
1.422/2013.
► Continua a exigência da elaboração do LALUR agora em meio eletrônico, que é
informado juntamente com a entrega da ECF.

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V - Lucro Presumido
V – Lucro Presumido – IRPJ e CSLL
V – Lucro Presumido

► Conceito: O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para


determinação da base de cálculo do IRPJ e da CSLL das pessoas jurídicas que não
estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real.

► Momento da Opção: A opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido
será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido
correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário (§2º, art. 214
da IN RFB 1.700/2017)
► A opção pela tributação com base no lucro presumido será aplicada em relação a
todo o período de atividade da empresa em cada ano-calendário

► Periodicidade: O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em


quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período
de apuração.

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V – Lucro Presumido – IRPJ e CSLL
V – Lucro Presumido

► Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Presumido: pessoas jurídicas que não


estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real. cuja receita total no
ano calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78 milhões ou a R$ 6,5 milhões
multiplicado pelo numero de meses de atividade no ano calendário anterior, quando
inferior a 12 meses.
.
► Base de Cálculo: é a decorrente da receita bruta da pessoa jurídica, determinada
mediante a aplicação do percentuais de presunção demonstrados na Receita Bruta.

► Alíquota do IRPJ: A alíquota do imposto de renda é de 15%.


► Adicional de IRPJ: Sobre a parcela do lucro real que exceder o valor resultante da
multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo
período de apuração, o adicional incidirá à alíquota de 10%.
► Alíquota da CSLL: A alíquota da CSLL é de 9%.

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V - Lucro Presumido

Exemplo:

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V - Lucro Presumido

Exemplo:

Page 36
V - Lucro Presumido

Exemplo:

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V - Lucro Presumido x Lucro Real

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VI - Lucro Arbitrado
VI - Lucro Arbitrado

Aplicável somente nas situações em que a mensuração da base de cálculo real do imposto
mostra-se prejudicada em razão da omissão ou ausência de fé dos esclarecimentos
prestados, declarações apresentadas ou documentos expedidos pelo sujeito passivo ou
terceiro obrigado. Vide Art. 226 da IN 1.700/2017:

Art. 226. O IRPJ devido será exigido a cada trimestre, no decorrer do ano-calendário, com base nos critérios do lucro
arbitrado, quando:
I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e
fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou
deficiências que a tornem imprestável para:
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a bancária; ou
b) determinar o lucro real;
III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal,
ou o livro Caixa, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 225;
IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; (...)
VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas
utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário; (...) ou
VIII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária a ECF.
Parágrafo único. A pessoa jurídica que pagar o IRPJ com base no lucro arbitrado determinará a base de cálculo da CSLL
com base no resultado arbitrado.

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I – IRPJ e CSLL

Resumo - Regimes de Tributação

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2ª Parte:
Principais Adições e Exclusões; e
Imposto Corrente x Diferido
II - Adições e Exclusões

► É necessário efetuar, conforme determinação da legislação fiscal, ajustes na apuração


do lucro real e na base de cálculo da contribuição social, para atender as exigências da
legislação fiscal, as são feitas através das adições e exclusões.

► Os ajustes na apuração do lucro real representados pelas adições e exclusões


podem ser TEMPORÁRIOS ou PERMANENTES

► Os ajustes permanentes são montantes tributáveis ou dedutíveis que impactam de


forma permanente e exclusivamente a base de cálculo do imposto a pagar do
período atual, não resultando em ajustes futuros
► Exemplo: multas, brindes, resultado positivo ou negativo de equivalência patrimonial
etc.

► Os ajustes temporários são montantes tributáveis ou dedutíveis que impactam a


base de cálculo do imposto a pagar do período atual de forma temporária, sendo
que o impacto efetivo ocorrerá em períodos futuros.
► Exemplo: provisão, etc.

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II - Adições e Exclusões

O que representam as adições?

► os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros


valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação
tributária não sejam dedutíveis na determinação do lucro real;

► Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na


apuração do lucro liquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser
computadas na determinação do lucro real.

► Principais adições:
► Despesas que não sejam necessárias, usuais ou normais à atividades da empresa
(Base Legal: art. 299 do RIR/99);

► Despesas com brindes (Base Legal: Artigo 13, VII da Lei nº 9.249/1995);

► Provisões exceto as provisões técnicas de seguro, para pagamento de férias e 13º


(Base Legal: Artigos 335 a 339 do RIR/1999;);

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II - Adições e Exclusões

► Principais adições (continuação):

► Multas por infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória (Base Legal:


Artigo 344, § 5º do RIR/1999 e; Artigo 132 da IN 1.700/2017)

► Remuneração indireta de administradores, diretores, gerentes e seus assessores


(fringe benefits), quando não identificados e individualizados os beneficiários, bem
como o IR Fonte incidente sobre essa remuneração (Base Legal: Artigo 358, § 3º
do RIR/1999);

► O resultado negativo da avaliação, pela equivalência patrimonial (Base Legal: Artigo


248 da Lei nº 6.404/1976; Artigo 389 do RIR/1999 e; Artigo 181 da IN 1.700/2017);

► Variações cambiais ativas quando da liquidação da correspondente operação


(REGIME CAIXA) (Base Legal: Artigo 30 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001);

► Variações cambiais passivas (REGIME CAIXA) (Base Legal: Artigo 30 da Medida


Provisória nº 2.158-35/2001.)

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II - Adições e Exclusões

O que representam as exclusões?

► Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na


apuração do lucro liquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam
computados no lucro real;
► Os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham
sido computados na apuração do lucro liquido do período de apuração.

► Principais exclusões:

► Resultado positivo da avaliação pela equivalência patrimonial (Base Legal: Artigo


389 do RIR/1999 e; Artigo 181 da IN 1.700/2017);

► Lucros e dividendos recebidos de participações societárias não sujeitas à avaliação


pela equivalência patrimonial (Base Legal: Artigos 379, § 1º e 383 do RIR/1999 e;
Artigo 40, IV da IN 1.700/2017);

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II - Adições e Exclusões

► Principais exclusões (continuação):

► Depreciação acelerada incentivada;

► Provisões indedutíveis adicionadas ao lucro líquido em período de apuração anterior


que, no período-base, tenham sido utilizadas para absorver despesas dedutíveis
realizadas, ou tenham sido revertidas a crédito de conta de resultado (Base Legal:
Artigo 247, § 2º do RIR/1999 e; Artigo 40, III da IN 1.700/2017);

► Variações cambiais ativas (REGIME CAIXA) (Base Legal: Artigo 30 da Medida


Provisória nº 2.158-35/2001);

► Variações cambiais passivas cujas operações tenham sido liquidadas no


período-base (REGIME CAIXA) (Base Legal: Artigo 30 da Medida Provisória nº
2.158-35/2001);

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III - Provisões

► O que são Provisões?


► Provisões são expectativas de obrigações ou de perdas de ativos resultantes da
aplicação do princípio contábil da Prudência. São efetuadas com o objetivo de apropriar
no resultado de um período de apuração, segundo o regime de competência, custos ou
despesas que provável ou certamente ocorrerão no futuro.

► Quais são as provisões admitidas pela legislação do Imposto de Renda?


► A legislação do imposto de renda somente admite a constituição, como custo ou
despesa operacional, das seguintes provisões:
► provisões constituídas para o pagamento de férias de empregados (RIR/1999,
art. 337);
► provisões para o pagamento de décimo-terceiro salário (RIR/1999, art. 338);
► provisões técnicas das companhias de seguro e de capitalização, bem como das
entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida em lei especial a
elas aplicável (RIR/1999, art. 336);
► As demais provisões são consideradas indedutíveis para fins de apuração de
imposto de renda!
(Base legal:Lei n o 9.249, de 1995, art. 13, I, e RIR/1999, art. 335):

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III - Provisões

► A pessoa jurídica ainda poderá constituir contabilmente qualquer provisão?


► A pessoa jurídica poderá continuar a constituir contabilmente as provisões que entenda
serem necessárias à sua atividade ou aos seus interesses sociais.
► Todavia, na hipótese de a provisão constituída na contabilidade ser considerada
indedutível para fins da legislação do imposto de renda, a pessoa jurídica deverá
efetuar no Lalur parte A, a adição do respectivo valor ao lucro líquido do período, para
a apuração do lucro real. No período em que a provisão for revertida contabilmente, ela
poderá ser excluída do lucro líquido para fins de determinação do lucro real.

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IV – EXEMPLO DE APURAÇÃO – Imposto Corrente

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IV – EXEMPLO DE APURAÇÃO – Imposto Corrente

►Imposto corrente corresponde ao valor de imposto de renda a pagar e imposto de renda


a recuperar em relação ao lucro tributável ou prejuízo fiscal do período

►Lucro tributável ou prejuízo fiscal corresponde ao lucro (prejuízo) do período,


determinado de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades fiscais, sobre o
qual se deve computar imposto de renda a pagar (recuperável)

► Imposto de renda a pagar deve ser contabilizado no passivo, tanto o montante que corresponde ao
período auditado como de exercícios anteriores

► Imposto de renda a recuperar deve ser contabilizado no ativo


► Exemplo: IRPJ e CSLL a pago durante o ano gera suspensão em dezembro será saldo
negativo de IRPJ e base negativa de CSLL

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V – IRPJ e CSLL Diferidos

 A Lei 6.404/76, que regulava as práticas contábeis brasileiras, não determinava de


forma clara a contabilização do IRPJ e da CSLL diferidos.
 A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador que estabelece regras a
serem observadas pelas companhias no mercado público de ações editou diversas
normas para obrigar estas companhias a registrar os respectivos impactos dos tributos
diferidos em suas demonstrações contábeis.
 A partir da promulgação da Lei 11.638 em 2007, o Brasil passou a seguir um sistema
contábil baseado nas normas internacionais de contabilidade, chamado IFRS. O Comitê
de Pronunciamento Contábeis publica normas específicas para cada tema e, dentre
eles, podemos encontrar o CPC 32, que trata especificamente da contabilização dos
IRPJ e CSL correntes e diferidos.
 O CPC 32 é a tradução do IAS 12, pronunciamento do IASB (órgão regulador do IFRS)
para tratar da contabilização dos tributos sobre a renda correntes e cálculo dos tributos
sobre a renda diferidos.
 Dessa forma, para que uma empresa possa atender os requisitos contábeis vigentes no
Brasil, é necessário que ela siga o CPC 32 para contabilizar o IRPJ e CSL correntes e
para calcular e contabilizar o IRPJ e a CSL diferidos.

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V – IRPJ e CSLL Diferidos

 A explicação para os tributos sobre a renda (IRPJ e CSL) diferidos passa sempre pelo
conceito do registro de um direito (ativo) ou obrigação (passivo) tributário que a
empresa possua.
 Esse conceito de direito, apesar de correto, não é o bastante para se determinar o
registro de um ativo ou passivo diferido.
 Antes de mais nada, devemos sempre nos lembrar que, como se trata de IRPJ e CSL
diferidos, os mesmos devem sempre ser registrados utilizando-se a alíquota de 25%
para o IRPJ e 9% para a CSL, ou seja, o reconhecimento é sempre do efeito tributário
do direito, e nunca de seu montante integral.
 Um exemplo disso é o diferido sobre Prejuízos Fiscais e sobre a Base de Cálculo
Negativa da CSL, o qual explicaremos com detalhes no decorrer desse material. No
caso, nunca se reconhece o valor integral do prejuízo fiscal/base de cálculo negativa,
mas sim 34% deste (alíquota combinada de IRPJ e CSL), que é seu efeito tributário.
 Voltando ao conceito de diferido de IRPJ e CSL, a melhor explicação é aquela que
condiciona o reconhecimento de um crédito ou obrigação tributária à existência de uma
diferença temporária. Dessa forma, um diferido de IRPJ e CSL somente podem ser
reconhecidos caso a sua base já não esteja reconhecida contabilmente ou, se
reconhecida contabilmente, não foi reconhecida para fins fiscais.

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V – IRPJ e CSLL Diferidos

Dado o conceito do diferido, vamos a alguns exemplos práticos:

1. Uma empresa apura prejuízo fiscal em um determinado ano. Nesse caso, o valor do
prejuízo é apurado através do cálculo do Lucro Real e não é reconhecido
contabilmente.

 Quando uma empresa apura prejuízo fiscal, não se registra, em um primeiro


momento, nenhum ativo na contabilidade para esse prejuízo, ou seja, existe um
valor que poderá ser abatido de tributos futuros, mas que não está reconhecido na
contabilidade. Dessa forma, existe uma diferença entre o contábil e o fiscal, o que
enseja a constituição do ativo diferido sobre prejuízo fiscal.

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V – IRPJ e CSLL Diferidos

2. Uma empresa registra uma provisão para perdas diversas, mas adiciona esse valor no
lucro real, como adição temporária, pois somente será dedutível quando líquida e
certa. Nesse caso, temos a seguinte situação:

 Existe uma provisão contabilizada no balanço, no entanto, para fins de apuração do


Lucro Real, ela foi revertida, ou seja, é como se nunca tivesse existido. Temos
nesse caso, uma diferença entre o valor contábil de um item, que no caso é $ 2,5
milhões, e o seu valor fiscal, que é $0.

 Em todos os casos, o que se buscou como base para o diferido, é a existência de


uma diferença entre o valor contábil de um item e seu valor tributável ou dedutível,
que normalmente chamamos de valor fiscal.

 Não existe ativo ou passivo diferido de IRPJ e CSL sem que haja uma diferença
entre a base tributária que ensejou esse ativo/passivo e a base contábil do mesmo
item.

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V – IRPJ e CSLL Diferidos

Tax B/S Temporary


Accounting B/S
Differences

Deferred Tax
Financial
Tax Return Asset or
Statements
Liability

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V – IRPJ e CSLL Diferidos

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V – IRPJ e CSLL Diferidos

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V – IRPJ e CSLL Diferidos

A contabilização se dá:
D – IRPJ/CSL Diferidos Ativo – Não Circulante
C – IRPJ/CSL Diferido Ativo – Resultado
ou
C – IRPJ/CSL Diferidos Passivo – Não Circulante
D – IRPJ/CSL Diferido Passivo – Resultado

 Se a companhia apurar, ao mesmo tempo, ativo e passivo diferido, a sua contabilização


se dá pelo líquido dos dois quando forem compensáveis entre si ou se forem de
natureza semelhante, como por exemplo, o diferido ativo proveniente da adição de uma
provisão com o diferido passivo resultante da diferença de depreciação entre o contábil
e fiscal.

 Em geral, com exceção de algumas regras específicas constantes no CPC 32, o


diferido passivo sempre deve ser registrado, não importando se há perspectiva de sua
reversão ou não.

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V – IRPJ e CSLL Diferidos

 No caso do diferido ativo, após calculado, deve-se fazer um teste de realização desse
diferido, para determinação de sua recuperabilidade. Caso não seja possível estimar se
o diferido ativo poderá ser utilizado em um período que se possa projetar, não é
permitido seu registro, cabendo explicação nas notas explicativas.

 O cálculo do IRPJ e da CSLL diferidos deve ser feito sempre depois que todos os
outros lançamentos contábeis já ocorreram, assim é possível levantar com precisão as
diferenças entre os saldos contábeis e os saldos fiscais.

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