Relatorio 3 Fenomenos de Transporte

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PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA

Data do experimento: 13/07/2022

Feira de Santana - BA, 2022

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ALEXSANDRO DA SILVA FERNANDES JÚNIOR

PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA

Relatório elaborado para a disciplina


de Fenômenos de Transporte – Prática,
semestre 2021.2, do curso de Bacharelado
Interdisciplinar em Energia e
Sustentabilidade.

DOCENTE: Prof. Olga Reinert

Feira de Santana - BA, 2022

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 04
2. MATERIAIS E MÉTODOS 07
3. PARTE EXPERIMENTAL E DISCUSSÃO 07
4. CONCLUSÃO 14
5. BIBLIOGRAFIA 14

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1. INTRODUÇÃO

O escoamento de um fluido através de tubulações sofre a influência das paredes


e de obstáculos no seu interior, devido ao atrito do fluido com a parede do tubo
ocorre uma dissipação de energia ou perdas de carga, sempre que um fluido escoa
em um tubo de um ponto a outro haverá perda de energia. As perdas de carga
distribuída ocorrem em trechos retilíneos da tubulação, onde a pressão imposta pela
parede do tubo diminui gradativamente ao longo de seu comprimento, e a geometria
da área interna permanece constante, e as perdas de carga localizada ocorre em
trechos singulares dos condutos tais como: junções, derivações, curvas, válvulas,
entrada, saídas e etc. (FOX, 2010).

O transporte de fluidos através de tubulações é modelado por equações


matemáticas que estimam o consumo de energia no sistema. Economicamente, o
cálculo de perdas no processo de vazão é muito necessário, pois tende a reduzir o
custo do processo. A equação de Bernoulli (Equação 1) dá o estudo do fluxo de
fluido através de uma tubulação.
2 2
𝑣1 𝑃1 𝑣2 𝑃2
2𝑔
+ 𝑍1 + 𝑦
= 2𝑔
+ 𝑍2 + 𝑦
(Equação 1)

𝑂𝑛𝑑𝑒,
v1 = velocidade média do escoamento na seção 1 (m/s);
v2 = velocidade média do escoamento na seção 2 (m/s);
g = aceleração da gravidade (m/s2);
z1 = elevação do ponto 1 (m);
z2= elevação do ponto 1 (m);
P1= pressão estática no ponto 1 (Pa);
P2= pressão estática no ponto 2 (Pa);
γ = peso específico do fluido (N/m3).

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A perda de carga que ocorre na tubulação pode ser dividida em localizada ou
distribuída. Eles são causados ​pelo movimento da água na tubulação e pelas
singularidades e partes especiais da tubulação. As perdas são comprimento do
tubo, velocidade média do fluxo, diâmetro do tubo e coeficiente de atrito. A perda de
carga distribuída trata da energia dissipada ao longo da tubulação e é caracterizada
por uma pequena quantidade de dissipação por unidade de comprimento da
tubulação. Depende do caudal (relativo ao caudal), do diâmetro e da rugosidade do
tubo (relativo ao material). Teoricamente, existem várias fórmulas para calcular a
pontuação de perda de carga. Todas são baseadas em experimentos reais. A
principal delas é a fórmula geral de perda de carga:(GANDOLFI,2022).

𝐿 𝑣²
ℎ𝑑 = 𝑓 . 𝐷
. 2𝑔
(Equação 2)

𝑂𝑛𝑑𝑒,
h = perda de carga distribuída (m);
V = velocidade média do escoamento (m/s);
D = diâmetro interno da tubulação (m);
L = comprimento da tubulação (m);
f = fator de atrito de Darcy-Weisbach;
g = aceleração da gravidade (aproximadamente 9,81 m/s²).

O coeficiente de atrito Darcy-Weisbach é uma homenagem aos 2


engenheiros que mais contribuíram para o seu desenvolvimento e é função do
número de Reynolds (Re) e da rugosidade relativa (𝑒/𝐷). Após pesquisas
experimentais e teóricas, Reynolds concluiu que o critério mais adequado para o
tipo de escoamento de fluidos líquidos em tubulações é a seguinte
equação:(GANDOLFI,2022).

𝑝.𝑣.𝐷
𝑅𝑒 = µ
(Equação 3)

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𝑂𝑛𝑑𝑒,
Re = número de Reynolds (adimensional);
ρ = massa específica do fluido (kg/m³);
D = diâmetro da tubulação (m);
μ = viscosidade do fluido (Pa.s).

Um gráfico baseado na equação desenvolvida por Colebrook-White foi criado


para facilitar a determinação do coeficiente f. Esses diagramas são úteis para
determinar soluções para problemas de escoamento em tubulações (Azevedo Neto,
1998). Os gráficos mais utilizados são os desenvolvidos por Rouse e Moody,
conforme mostra a Figura 1:

Figura 1: Diagrama de Moddy

Fonte: Collins

2. OBJETIVOS

● Compreender o fenômeno de perda de carga distribuída em condutos


forçados.

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● Determinar a perda de carga distribuída em tubulações de diferentes
diâmetros, materiais e em diferentes vazões.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS

Tubulação de PVC 32 mm;

Tubulação de PVC 25 mm;

Tubulação de cobre 28 mm;

Tubulação de acrílico 25 mm;

Manômetro em U;

Rotâmetro;

Válvulas;

Quadro elétrico;

Bombas.

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Por meio do simulador "Perda de Carga Distribuída" no site VirtuasLab, o


sistema foi configurado pela professora, escolhendo a água como fluido e
inicialmente, o manômetro foi conectado a um tubo de PVC de 32mm. No painel de
controle elétrico, a bomba é acionada e o sistema é ligado. A vazão foi iniciada a
1000 L/h e o valor de pressão diferencial observado foi registrado. O valor da vazão
foi alterado em 500 L/h até atingir o valor máximo de 3500 L/h. 5 valores de pressão
diferencial são registrados para cada vazão, os tubos são alterados para PVC de 25
mm e assim sucessivamente, para tubulações de cobre de 28 mm e de acrílico de
25 mm.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com os valores de diferença de pressão anotados, os mesmos foram


dispostos na tabela 1, 2, 3 e 4 para as tubulações de PVC 32 mm, PVC 25 mm,
Cobre 28 mm e Acrílico 25 mm.

Tabela 1 – Valores para o tubo de PVC 0,032 m

Fonte: Autor (2022)

Tabela 2 - Valores para o tubo de PVC 0,025 m

Fonte: Autor (2022)

Tabela 3 - Valores para o tubo de Cobre 0,028 m

Fonte: Autor (2022)

Tabela 4 - Valores para o tubo de Acrílico 0,025 m

Fonte: Autor (2022)

Os dados que auxiliaram durante os cálculos, estão presentes na


tabela 5 a seguir.

Tabela 5 - Dados auxiliares

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Fonte: Autor (2022)

Para os valores das Tabelas 6, 7, 8 e 9, que representam as perdas de carga


teóricas e experimentais, respectivamente, vale ressaltar que são calculadas
conforme as equações 1, 2 e 3. Além disso, a velocidade é calculada de acordo com
a fórmula 4 e o valor "f" é retirado do Laboratório de Hidráulica Computacional -
Planilha do Departamento "Planilha de Cálculo do Coeficiente de Fricção "f" -
Resultados Gráficos em Moody's Chart (Swamee, 1993)". Hidráulica e Higiene -
Escola de Engenharia de São Carlos - USP.

𝑄 = 𝑉𝑚. 𝐴 ( Equação 4)

Tabela 6 – Valores gerais para o tubo de PVC 0,032 m

Fonte: Autor (2022)

Tabela 7 - Valores gerais para o tubo de PVC 0,025 m

Fonte: Autor (2022)

Tabela 8 - Valores gerais para o tubo de Cobre 0,028 m

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Fonte: Autor (2022)

Tabela 9 - Valores gerais para o tubo de Acrílico 0,025 m

Fonte: Autor (2022)

Em relação aos valores de diferença de queda de pressão nas Tabelas 10,


11, 12, 13, podemos ver que a maioria deles apresenta uma diferença percentual
baixa, ou seja, os valores de queda de pressão teórica e queda de pressão
experimental não são muito diferentes uns dos outros.

Tabela 10 – Discrepäncia para o tubo de PVC 0,032 m

Fonte: Autor (2022)

Tabela 11 - Discrepância para o tubo de PVC 0,025 m

Fonte: Autor (2022)

Tabela 12 - Discrepância para o tubo de Cobre 0,028 m

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Fonte: Autor (2022)

Tabela 13 - Valores gerais para o tubo de Acrílico 0,025 m

Fonte: Autor (2022)

A vazão afeta a perda de carga na Equação 4, que afeta principalmente a


velocidade, e quanto maior a vazão, maior a velocidade. Assim, a partir da Equação
2 podemos ver que a razão entre a queda de pressão distribuída e a velocidade
será a mesma. Ao analisar a Equação 2, o diâmetro é inversamente proporcional à
perda de carga de distribuição. Finalmente, o material do tubo afeta a rugosidade e,
portanto, o valor "f" da Equação 2.

Para melhor visualização e análise, temos um gráfico de valores de vazão x


perda de carga para 4 tubos.

Gráfico 1 - PVC 0,032m - Vazão x Perdas

Fonte: Autor (2022)

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Gráfico 2- PVC 0,025m - Vazão x Perdas

Fonte: Autor (2022)

Gráfico 3- Cobre 0,028m - Vazão x Perdas

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Fonte: Autor (2022)

Gráfico 4- Acrílico 0,025m - Vazão x Perdas

Fonte: Autor (2022)

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Como a maioria dos experimentos são acompanhados de erros,
experimentos com perdas de carga distribuídas não são exceção. Portanto,
podemos citar a existência de erros grosseiros, ou seja, erros decorrentes da
análise dos valores na frente do aparelho, o que é um fato importante pela forma
como os experimentos foram desenvolvidos (online).

5. CONCLUSÃO

Em resumo, pode-se dizer que o efeito desejado foi alcançado, pois o


fenômeno de distribuição de perda de carga em tubos de pressão pode ser
entendido, e a distribuição de perda de carga em tubos de diferentes diâmetros,
materiais e vazões pode ser determinada. Pode-se observar que após realizar o
cálculo, a diferença percentual é pequena, ou seja, não há dispersão dos valores da
queda de pressão teórica e experimental. Portanto, o objetivo foi alcançado.

6. BIBLIOGRAFIA

FOX, R. W., MCDONALD, A. T., PRITCHARD, P. J., Introdução a Mecânica dos


fluidos. 7º Edição, LTC, 2010.

GANDOLFI, O. R. R.. (2022). Prática 3 - Perda de carga distribuída. Acesso em 20


jul 2022.

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