Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade de Agronomia Curso de Zootecnia
Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade de Agronomia Curso de Zootecnia
Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Faculdade de Agronomia Curso de Zootecnia
FACULDADE DE AGRONOMIA
CURSO DE ZOOTECNIA
Porto Alegre
2018
Produção de insetos para uso na alimentação animal
Porto Alegre
2018
Produção de insetos para uso na alimentação animal
________________
Orientadora
________________
________________
Dedico essa conquista aos meus pais que nunca deixaram de incentivar os
meus estudos e sonhos aos meus irmãos por me apoiarem de todas maneiras
possíveis, aos meus amigos que sempre me incentivaram e me apoiaram.
Dedico este trabalho a todas as pessoas que de alguma forma me fizeram
enxergar meu caminho e deixaram sua contribuição ao meu crescimento.
Se as armas alimentassem a fome no mundo e
se a corrupção na política fosse à solução da pobreza,
eu teria uma frase a menos.
Elton Baron
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, João Carlos Vilella e Marise de Marques Vilella,
por sempre fazerem sacrifícios para que os meus estudos e sonhos fossem
possíveis. Obrigado por me amarem e por acreditar em mim.
Aos meus irmãos Juliana e Mateus por me apoiarem, me acompanharem e
aturar meus dias ruins e sei que sempre poderei contar com vocês.
Agradeço a minha namorada Pâmela por me apoiar e fazer meus dias
melhores.
Agradeço aos amigos e irmãos, Bruno e César, que a vida me deu e
sempre estão lá para me lembrar que há pessoas para nos apoiar mesmo quando
estamos sem forças.
A minha segunda família que foi o Laboratório de Ensino Zootécnico, que
me trouxe grande conhecimento, me ensinou a procurar mais de mim e também
ensinou a trabalhar em equipe e acreditar que cada pessoa tem sua capacidade e
a importância de saber como explorar essas capacidades e que várias mentes
juntas trabalhando para o mesmo resultado sem se preocupar com o benefício
próprio é muito melhor que a individualidade. E onde também aprendi que
trabalhar cansa, mas comemorar as conquistas é muito bom, agradeço a todos os
churrascos e beberagens.
Aos meus colegas que entraram comigo nesta jornada, e que por vários
motivos se tornaram pessoas que respeito e admiro.
Aos meus mestres e professores que das mais diversas formas me fizeram
ampliar os horizontes do meu conhecimento.
Agradecimento especial a minha orientadora a Profª Drª Andrea Machado
Leal Ribeiro, que sempre me apoiou e exigiu mais de mim sabendo que poderia
alcançar e me ensinou muito.
Agradeço aos órixas e a deus pois a fé é importante nos momentos que
nada parece certo e que somente acreditar em algo maior nos sustenta.
RESUMO
O crescimento constante da população mundial, aumentará a necessidade de
produção de alimentos. Diante dessa situação a FAO estima um aumento entre
60–70% no consumo de proteína de origem animal. Este aumento de consumo
demanda uma grande quantia de recursos naturais, cada vez mais limitados, seja
por fatores ambientais (mudanças climáticas, reservas naturais), ou políticos. O
aumento do uso de grãos para produção de biocombustíveis também aumenta a
competição produtiva e acaba aumentando os custos das matérias primas.
Portanto sabendo-se das necessidades crescentes da produção animal,
especialmente de forma sustentável, que atenda os desejos dos consumidores e
que não eleve os custos da produção, é necessário procurar alternativas que
possam suprir estas demandas. Dentro deste conceito a utilização de insetos na
alimentação animal pode ser uma alternativa. Os insetos já fazem parte da dieta
de diversas espécies na natureza e animais silvestres em cativeiro, como
zoológicos, recebem insetos produzidos em biotérios em suas dietas. Em criações
extensivas de aves, é comum que os animais consumam insetos presentes no
ambiente. Insetos tem um ciclo de vida rápido, crescem e se reproduzem
facilmente pois as fêmeas põem milhares de ovos e podem ser criados em
resíduos biológicos. Muitos são agentes decompositores e têm ótima conversão
alimentar, pois não produzem calor por terem sangue frio. Um quilo de insetos
pode ser produzido com uso de aproximadamente dois quilos de biomassa; como
resultado convertem matéria, que seria descartada, em alimento de alto valor
nutricional. São ricos em gordura e proteína e seu conteúdo mineral vária
conforme a espécie e a fase do ciclo de vida em que são utilizados, porém são
associados à sujeira e à falta de sanidade. O trabalho abordará as possibilidades
de uso de insetos como alimento e os fatores que afetam sua produção, como a
tecnologia para produção de insetos, quais espécies podem ser utilizadas, quais
as vantagens e desvantagens da produção de insetos, quais são os valores
nutricionais deste tipo de alimento, quais as formas possíveis de uso, e como se
encontram as questões de pesquisa sobre o assunto.
MS Matéria Seca
PB Proteína Bruta
SUMÁRIO
SUMÁRIO 12
1 INTRODUÇÃO 14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 16
3 Produção de insetos 25
4.1 Aves 39
4.2 Suinos 41
4.3 Ruminantes 42
4.4 Peixes 42
4.5 Cães e gatos 43
4.6 Outros 43
6.5. Quitina 45
8 Biossegurança 46
9 Desafios institucionais 47
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS 49
ANEXOS 52
Tabelas nutricionais 52
REFERÊNCIAS 57
14
1 INTRODUÇÃO
A demanda mundial por alimentos deve aumentar, segundo dados do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2013). Este relatório
mostra o aumento no consumo de alimentos, em escala mundial, mesmo com
um crescimento econômico reduzido em todos os países em desenvolvimento.
Isto se deve ao fenômeno de aumento de renda, associado aos crescentes
números do consumo nas economias emergentes como China, Índia e Brasil, o
que fez com que surgisse nos últimos anos, um grupo de consumidores
dispostos a dispender parte de sua renda na compra de proteínas de origem
animal (GANDHI & ZHOU, 2014).
A produção global de carnes deverá ser 16% maior em 2025 do que no
período analisado, que foi de 2013 a 2015 (FAO, 2016). Além disso,
atualmente, 36% das calorias produzidas por meio da agricultura no mundo são
destinadas à alimentação animal e apenas 12% para a dieta humana, por meio
de carnes e outros produtos de origem animal (CASSIDY et al., 2013). Soma-
se a isso o surgimento dos biocombustíveis que destina de 1 a 4% da produção
de grãos, como milho e soja, à energia, o que aumenta a competição por
alimentos (CASSIDY et al., 2013).
A intensificação dos sistemas de produção dos rebanhos bovino e,
principalmente suíno e avícola, tem exigido uma produção crescente de farelo
de soja, o que demanda o aumento das áreas para produção deste grão.
Buscando suprir esta demanda crescente, aumentam as áreas dedicadas a
produções agrícolas e industriais, que utilizam mais recursos naturais e como
consequência provocam aumento nos impactos ambientais, como emissões de
gases do efeito estufa (GEE), poluição das águas (HOEKSTRA e WIEDMANN,
2014; MEKONNEN e HOEKSTRA, 2010) e geração de resíduos, o que vai
contra a busca de sistemas sustentáveis. Com isto buscar alternativas que
sejam menos demandantes de recursos naturais e menos geradoras de
resíduos, torna-se importante à produção mundial de carnes e, em especial,
para o Brasil que é um dos principais produtores de proteína do mundo. Neste
contexto, um documento gerado pela FAO (2003), sugere a criação e
processamento de insetos como alternativa proteica. Também foram realizados
15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Os insetos na história
Culturalmente sempre houve uma aversão aos insetos, principalmente
nos povos ocidentais (KELLERT, 1993). Ao longo da evolução do homem, ele
consumiu insetos devido aos hábitos de coletor, porém com o tempo e a
passagem de nômades para comunidades sedentárias, ocorreu o
desenvolvimento da agricultura e a domesticação de outros animais, isto
substituiu as fontes de alimentos primitivos.
Devido à agricultura os insetos passaram a ser considerados pragas. A
domesticação de grandes animais e plantas deu ao homem moderno,
principalmente os povos europeus, uma vantagem considerável para o seu
desenvolvimento (DIAMOND, 2005). Estas conquistas vieram também com a
dominância cultural na produção de alimentos, com hábitos, conhecimentos,
técnicas e organismos exportados em todo o mundo.
Com o tempo os insetos passaram a ser considerados sinais de doenças
e incômodo, tendo associação com povos primitivos ou situação de
subdesenvolvimento ou pobreza. Nas sociedades ocidentais onde a proteína é
em grande parte derivada de animais domesticados (leite, queijos, carnes e
pescados) e da produção de grãos de leguminosas (feijão, soja, lentilha,
ervilha) os insetos são praticamente sinônimo de incômodo: mosquitos e
moscas invadem casas, mordendo; cupins consomem móveis e estruturas de
madeira; e alguns insetos chegam em refeições, desencadeando repulsa.
Certos insetos também são transmissores de doenças (KELLERT,
1993): um vetor mecânico como uma mosca, por exemplo, pode transportar um
agente infeccioso de um local para um alimento; mosquitos, carrapatos, pulgas
e outros parasitas são muitas vezes responsáveis por doenças graves no
sangue, como a malária, dengue, encefalite viral, doença de Chagas.
Borboletas e joaninhas estão entre os poucos insetos que são bem vistos
(KELLERT, 1993; LOOY e WOOD, 2006).
Se a produção agrícola permanecer na sua forma atual, os aumentos
das emissões de GEE, bem como o desmatamento e a degradação ambiental
vão continuar. Estes problemas ambientais, particularmente os associados à
criação de gado, necessitam de atenção urgente, pois o gado assim como o
17
Figura 2. Produção de GEEs por kg de ganho de massa para três espécies de insetos, suínos
e bovinos de corte.
3 Produção de insetos
3.1 Definições e conceitos
O conceito de criação de insetos é muito novo no meio da pesquisa, e
desenvolvimento. A definição do termo criação caracteriza que os insetos
devem ser criados em um ambiente que possa manter suas condições de vida
e alimentação, e a segurança biológica deve garantir que eles não se misturem
à população local ou causem impactos ecológicos.
As palavras Criação e Reprodução muitas vezes são confundidas. A
palavra criação é mais frequentemente usada na produção pecuária.
Estritamente falando, Criação refere-se a cuidar dos animais, enquanto a
reprodução se refere ao manejo reprodutivo. Reprodução muitas vezes se
26
Fonte: Wikipédia.
28
Fonte: Wikipédia
Fonte:viaorgânica.org
29
Fonte: Wikipédia
Fonte: Pinterest
Fonte: Pinterest
Fonte: Wikipédia
4.2 Suinos
O farelo de mosca soldado negro, mostrou ser um alimento para dietas
de suínos em crescimento, devido ao seu perfil de aminoácidos, lípideos e
cálcio. No entanto, sua deficiência relativa em metionina+cistina e treonina
requer a inclusão desses aminoácidos para a preparação de dietas
balanceadas. O teor de cinzas da também é alto e requer atenção.
NEWTON et al., (1977) mostraram que as dietas que contêm a farinha
de larvas foram tão palatáveis quanto uma dieta baseada farelo de soja. A dieta
contendo farinha de soldado negro foi utilizada para alimentar leitões em
desmame precoce como um substituto (50 e 100%) para o plasma (inclusão
de: 0% durante a fase 1, 2,5% durante a fase 2 e 5% durante a fase 3), com ou
sem suplementação de aminoácidos. Sem suplementação de aminoácidos, a
dieta de substituição de 50% teve um melhor desempenho (+ 4% ganho de
peso, + 9% de eficiência alimentar). No entanto, a substituição de 100% na
dieta não foi funcional, causando a perda de desempenho (3 a 13%).
Refinamento adicional (remoção de cutículas e processamento) pode ser
necessário para tornar a larva prepupa do soldado negro uma fonte mais
adequada para leitões desmamados (NEWTON et al., 2005).
As informações sobre o uso de grilos na alimentação de suinos é
limitada e antiga. Na África Oriental, os gafanhotos secos utilizados para
alimentar suínos em uma dieta mista resultou em uma taxa de crescimento
satisfatória, mas a carne e bacon tiveram presença de manchas escuras. A
remoção da dieta com grilos, três semanas antes do abate, reduziu a mácula,
mas não eliminou totalmente (HEMSTED, 1947).
42
4.3 Ruminantes
A farinha de bicho-da-seda mostrou ser um suplemento proteico muito
valioso para os animais ruminantes, devido ao alto teor de proteína não
degradável no rúmen e padrão de aminoácidos favoráveis. Há limitações no
seu uso como ração de ruminantes devido ao alto teor de gordura. Portanto, a
extração de gordura da farinha de bicho-da-seda seria interessante
(IOSELEVICH et al., 2004). Este efeito permite que a farinha de bicho-da-seda
seja uma fonte de proteína bypass, com alto teor de lisina e a metionina,
consideradas como os dois principais aminoácidos limitantes para produção de
leite. A digestibilidade da PB da farinha desengordurada de bicho-da-seda para
ovelhas foi de cerca de 70% (KHAN e ZUBAIRY, 1971).
4.4 Peixes
Vários experimentos mostraram que as larvas de mosca soldado negro
poderia substituir parcialmente ou totalmente a farinha de peixe em dietas. No
entanto, foi observado um desempenho reduzido em alguns casos, isto se deve
a forma na qual o alimento foi fornecido (farelo, inteiro, moído, seco ou úmido).
No geral o farelo de mosca soldado negro seco teve melhor desempenho, no
43
entanto não pode ser a única fonte de alimento pois não fornece MS , e PB
suficientes.
Larvas de tenebrio frescas e secas foram utilizadas em substituição à
farinha de peixes em até 40%, em dietas de crescimento para bagres
resultando em crescimento, eficiência alimentar semelhante à dieta basal.
Também teve um aumento na gordura da carcaça dos peixes. Os mesmos
resultados foram encontrados em outras espécies (trutas e robalos) de peixes
(GASCO et al., 2014).
Em diversas espécies foi observado que a farinha de grilos e gafanhotos
pode ser um substituto para farinha de peixe em até 25%.No entanto a
presença elevada de quitina teria efeito negativo na eficiência alimentar em
níveis maiores (ALEGBELEYE et al., 2012).
Em diversas espécies de peixes: carpas, bagres e tilápias, a farinha de
pupas de bicho-da-seda pode ser utilizada em substituição à farinha de peixes
em até 75% sem afetar o desempenho, conversão alimentar ou consumo, sem
alteração nas caracteristicas de carcaça e com melhoras na taxa de
sobrevivência (RANGACHARYULU et al., 2003; RAHMAN et al., 1996).
4.6 Outros
A farinha de bicho-da-seda pode substituir totalmente farelo de soja em
dietas balanceadas para coelhos em crescimento sem efeitos adversos
(CARREGAL e TAKAHASHI, 1987).
modo geral estão definidas como alimentos proteicos; no entanto ainda estão
em desenvolvimento diversas pesquisas sobre valores nutricionais,
palatabilidade, digestibilidade e efeitos sobre os produtos.
Finalmente, as matérias-primas devem ser baratas, disponíveis
localmente, de qualidade e acima de tudo livres de pesticidas e antibióticos.
6.5. Quitina
A quitina, o segundo polissacarídeo mais abundante na natureza,
contém nitrogênio e é comumente encontrada em organismos inferiores, como
fungos, crustáceos (por exemplo, caranguejos, lagostas e Camarões) e insetos,
46
8 Biossegurança
Os insetos podem ter microrganismos associados que podem influenciar
a sua segurança como alimento. Tanto os insetos coletados na natureza
quanto os insetos levantados em explorações agrícolas podem ser infectados
por microrganismos patogênicos, incluindo bactérias, vírus, fungos,
protozoários e outros. Essas infecções podem ser comuns.
47
9 Desafios institucionais
Por não serem vertebrados, como a maioria das espécies animal
domesticadas e criadas comercialmente, os insetos despertam certa dúvida
quanto sua classificação junto às normas e padrões alimentares. No caso da
produção de alimentos destinados à nutrição animal, os insetos são inseridos
48
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os insetos demonstram ser uma alternativa valiosa para alimentação
animal como uma fonte proteica em alternativa as fontes atuais. E a
capacidade de transformar resíduos de baixa qualidade em material de alto
valor nutricional é a qualidade mais importante e promissora. Portanto, insetos
podem ser uma alternativa promissora para atender o aumento da demanda
por alimentos sem competir com alimentos já existentes.
No entanto a utilização efetiva dos insetos na alimentação ainda vai
demorar, pois é necessário o aumento das pesquisas para resolver questões
relativas à biossegurança e desenvolvimento técnico.
Portanto podemos dizer que:
50
ANEXOS
Tabelas nutricionais
Tabela 1. VALOR NUTRICIONAL MOSCA SOLDADO NEGRO (Hermetia
Illucens).
LARVA DE MOSCA SOLDADO NEGRO DESIDRATADAS
ANÁLISE PRINCIPAL
UNIDADE VALOR MÉDIO
Matéria seca % 91,3
Proteína bruta % MS 42,1
Fibra bruta % MS 7,0
Extrato etéreo % MS 25,0
Cinza % MS 20,6
Energia bruta Mcal/kg MS 5258
MINERAL
Cálcio g/kg MS 75,6
Fósforo g/kg MS 9,00
Potássio g/kg MS 6,9
Sódio g/kg MS 1,3
Magnésio g/kg MS 3,9
Manganês mg/kg MS 246
Zinco mg/kg MS 108
Cobre mg/kg MS 6
Ferro mg/kg MS 1370
AMINOÁCIDOS
Alanina % PB 7,7
Arginina % PB 5,6
Ácido aspártico % PB 11,0
Cistina % PB 0,1
Ácido glutâmico % PB 10,9
Glicina % PB 5,7
Histidina % PB 3,0
Isoleucina % PB 5,1
Leucina % PB 7,9
Lisina % PB 6,6
Metionina % PB 2,1
Fenilalanina % PB 5,2
Prolina % PB 6,6
Serina % PB 3,1
Treonina % PB 3,7
Triptofano % PB 0,5
Tirosina % PB 6,9
Valina % PB 8,2
FONTE: Adaptado de Feedpedia.
53
REFERÊNCIAS
BOSCH, G. et al. Protein quality of insects as potential ingredients for dog and
cat foods. Journal of nutritional science, v. 3, 2014. ISSN 2048-6790.
COLL, J. et al. Utilization of silkworm pupae meal (Bombyx mori L.) as a source
of protein in the diet of growing-finishing pigs. Revista da Sociedade Brasileira
de Zootecnia, v. 21, p. 378-383, 1992.
CRAIG SHEPPARD, D. et al. Rearing methods for the black soldier fly
(Diptera: Stratiomyidae). Journal of Medical Entomology, v. 39, n. 4, p. 695-698,
2002. ISSN 0022-2585.
DEFOLIART, G.; STARR, C. The Food Insects Newsletter. Salt Lake City,
Utah, USA. Aardvark Global Publishing, 2009.
59
DIAMOND, J. M. Guns, germs and steel: a short history of everybody for the
last 13,000 years. Random House, 1998. ISBN 0099302780.
DIENER, S. et al. Black soldier fly larvae for organic waste treatment—
prospects and constraints. Proceedings of the WasteSafe, v. 2, p. 13-15, 2011.
FAO. 2013. Overview on aquaculture and fish farm feeds (including some insect
species) of World Fisheries and Aquaculture (available at:
www.fao.org/fishery/topic/13538/en).
GANDHI, V. P.; ZHOU, Z. Food demand and the food security challenge with
rapid economic growth in the emerging economies of India and China. Food
Research International, v. 63, p. 108-124, 2014. ISSN 0963-9969.
61
Girl Meets Bug. 2013. Edible Insects: The Eco-logical alternative (available at:
www.girlmeetsbug.com/).
INRA, CIRAD, AFZ & FAO. 2013. Animal Feed Resources Information System
of FAO (available at: www.feedipedia.com).
LIU, C.-M.; LIAN, Z.-M. Influence of Acrida cinerea replacing Peru fish meal on
growth performance of broiler chickens. Journal of Economic Animal, v. 7, n. 1,
p. 48-51, 2003. ISSN 1007-7448.
MEDHI, D. et al. Effect of silk worm pupae meal on carcass characteristics and
composition of meat in pigs. Indian Veterinary Journal, v. 86, n. 8, p. 816-818,
2009. ISSN 0019-6479.
NEWTON, L. et al. Using the black soldier fly, Hermetia illucens, as a value-
added tool for the management of swine manure. Animal and Poultry Waste
Management Center, North Carolina State University, Raleigh, NC, v. 17, 2005.
SHEPPARD, C. House fly and lesser fly control utilizing the black soldier fly in
manure management systems for caged laying hens. Environmental
entomology, v. 12, n. 5, p. 1439-1442, 1983. ISSN 1938-2936.
ST‐HILAIRE, S. et al. Fish offal recycling by the black soldier fly produces a
foodstuff high in omega‐3 fatty acids. Journal of the World Aquaculture Society,
v. 38, n. 2, p. 309-313, 2007. ISSN 1749-7345.
68
SUN, T.; LONG, R.; LIU, Z. The effect of a diet containing grasshoppers and
access to free-range on carcase and meat physicochemical and sensory
characteristics in broilers. British poultry science, v. 54, n. 1, p. 130-137, 2013.
ISSN 0007-1668.
TRIVEDY, K. et al. Protein banding pattern and major amino acid component in
de-oiled pupal powder of silkworm, Bombyx mori Linn. J. Entomol, v. 5, n. 1, p.
10-16, 2008.
VAN HUIS, A. Potential of insects as food and feed in assuring food security.
Annual Review of Entomology, v. 58, p. 563-583, 2013. ISSN 0066-4170.
VAN HUIS, A. et al. Edible insects: future prospects for food and feed security.
Food and Agriculture Organization of the United Nations, 2013. ISBN
9251075964.
WANG, J. et al. Process optimization for the enrichment of α-linolenic acid from
silkworm pupal oil using response surface methodology. African Journal of
Biotechnology, v. 9, n. 20, 2010. ISSN 1684-5315.
WANG, Y. et al. Study on the rearing larvae of Tenebrio moliter Linne and the
effects of its processing and utilizing. Acta Agriculturae Universitatis
Henanensis, v. 30, n. 3, p. 288-292, 1996. ISSN 1000-2340.
ZHENG, L. et al. Double the biodiesel yield: rearing black soldier fly larvae,
Hermetia illucens, on solid residual fraction of restaurant waste after grease
extraction for biodiesel production. Renewable energy, v. 41, p. 75-79, 2012.
ISSN 0960-1481.