Apostila de Português - Pism I
Apostila de Português - Pism I
Apostila de Português - Pism I
Linguagem é qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de ideias ou
sentimentos através de signos convencionados, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser percebida
pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies ou tipos: linguagem visual,
corporal, gestual, etc., ou, ainda, outras mais complexas, constituídas, ao mesmo tempo, de elementos
diversos. Os elementos constitutivos da linguagem são, pois, gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras,
usados para representar conceitos, ideias, significados e pensamentos.
Tipos de Linguagem:
Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação.
Linguagem não verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz, postura
corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de comunicação. A linguagem não verbal
pode ser até percebida nos animais, quando um cachorro balança a cauda quer dizer que está feliz ou
coloca a cauda entre as pernas medo, tristeza.
Dentro do contexto temos a simbologia que é uma forma de comunicação não verbal.
Exemplos: sinalização de trânsito, semáforo, logotipos, bandeiras, uso de cores para chamar a atenção ou
exprimir uma mensagem.
Linguagem mista é o uso simultâneo da linguagem verbal e da linguagem não verbal, usando palavras
escritas e figuras ao mesmo tempo.
Língua Falada e Língua Escrita
Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita
representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação
linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por
mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim
um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom
de voz do falante.
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a
diversos fatores. Dentre eles, destacam-se:
Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e
outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No
estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive
na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.
Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que
colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira
diferente da pessoa que não teve acesso à escola.
Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos:
quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos
discursando em uma solenidade de formatura.
Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua
denominadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente
restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática,
biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.
Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo.
Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e
linguagem adulta.
Fala
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da
fala, pode escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua necessidade, de
acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente sociocultural em que vive, etc. Desse
modo, dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada
indivíduo, além de conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso que somos
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
O texto de Oswald de Andrade mostra que a língua portuguesa possui mais de uma forma, sendo, portanto,
variável.
Variedades Linguísticas
A língua, segundo o linguista Ferdinand de Saussure, 'é a parte social da linguagem', isto é, ela pertence a
uma comunidade, a um grupo social – a língua portuguesa, a língua chinesa. A fala é individual, diz respeito
ao uso que cada falante faz da língua. Nem a língua nem a fala são imutáveis. Uma língua evolui,
transformando-se foneticamente, adquirindo novas palavras, rejeitando outras. A fala do indivíduo
modifica-se de acordo com sua história pessoal, suas intenções e sua maior ou menor aquisição de
conhecimentos.
1. Língua Culta
De modo geral, os falantes são levados a aceitar como “correto” o modo de falar do segmento social que,
em consequência de sua privilegiada situação econômica e cultural, tem maior prestigio dentro da
sociedade. Assim, o modo de falar desse grupo social passa a servir de padrão, enquanto as demais
variedades linguísticas, faladas por grupos sociais menos prestigiados, passam a ser consideradas “erradas”.
Considera-se como “correta” a língua utilizada pelo grupo de maior prestigio social. Essa é a chamada língua
culta, falada escrita, em situações formais, pelas pessoas de maior instrução. A língua culta é nivelada,
padronizada, principalmente pela escola e obedece à gramática da língua-padrão.
2. Língua Coloquial
A Língua Coloquial ou popular é utilizada na conversação diária, em situações informais, descontraídas.
É o nível acessível a qualquer falante e se caracteriza por
Neologismo: A língua está sempre se modificando. Palavras novas, das mais diversas origens, são
incorporadas ao idioma e logo absorvidas pelos falantes, que passam a utilizá-las no seu processo diário de
comunicação. Simultaneamente, o avanço tecnológico, os modismos, as invenções exigem a criação de
novas palavras. Às vezes, palavras antigas podem ganhar uma nova significação, um novo sentido. Surgem,
assim, os neologismos.
Os neologismos podem ser criados a partir de palavras da própria língua do país (como as palavras,
"presidenciável" e "carreata", por exemplo) ou a partir de palavras estrangeiras ("roqueiro" e "deletar", por
exemplo).
Expressões idiomáticas: Tais expressões são assim denominadas pelo fato de serem destituídas de uma
tradução literal propriamente dita. Representam um traço cultural de uma determinada comunidade, razão
pela qual podem ser consideradas como variantes linguísticas, uma vez demarcadas por meio de distintas
regiões, cada uma revelando um significado diferente.
Quanto às origens, podemos dizer que pertencem aos nossos antepassados e, com o passar do tempo,
foram se cristalizando por meio de gerações e gerações. Desta forma, quando nos depararmos com
imagens, como as aqui representadas:
OU
Logo saberemos que às vezes “alguém entra pelo cano” e que “pisa na bola”, não é verdade? Mas vejamos
alguns casos representativos:
Falares: modalidades regionais de uma língua cujas variações não são suficientes para caracterizar um
dialeto. Às vezes, são apenas algumas palavras ou expressões ou mesmo certos tipos de construção de
frases. A esse uso regional da língua também dá-se o nome de regionalismo.
“Apeou na frente da venda do Nicolau, amarrou o alazão no tronco dum cinamomo, entrou arrastando as
esporas, batendo na coxa direita com o rebenque, e foi logo gritando, assim com ar de velho conhecido:
– Buenas e me espalho! Nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou de talho! [...]
O capitão tomou seu terceiro copo de cachaça. Juvenal, que o observava com olhos parados e
inexpressivos, puxou dum pedaço de fumo em rama e duma pequena faca e ficou a fazer um cigarro.
– Pois le garanto que estou gostando deste lugar – disse Rodrigo. – Quando entrei em Santa Fé, ser
que passe o resto da vida...”
(O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo)
EXERCÍCIO
Reescreva o texto coloquial, sob uma forma padrão culto.
(A) “O cachorro parecia que virava um cachorro dos filme de terror, sabe? Aí eu falei com o pai, vamo levar
ele pra granja, que tinha um caseiro lá, pra cuidar dele.”
(B) “A última vez que eu vi ele, ele tava saindo do restaurante. Me deu um aperto no peito, mas não gritei
ele não. Depois não fiquei sabendo mais notícia dele não.”
(D) “A mãe danou a correr atrás do moleque peladinho. Até que pegou ele no colo, e ele ficou rindo”
2.4. Hibridismos
Hibridismos são palavras formadas por elementos pertencentes a línguas diferentes. Estamos falando, pois,
acerca do processo de formação de palavras – fato que nos faz recordar da derivação e da composição, não
é verdade? Assim sendo, propomo-nos a ampliar nosso conhecimento, discorrendo sobre mais um fato
linguístico (os hibridismos).
Os hibridismos são, para muitos gramáticos (sobretudo os tradicionais), fato condenável, talvez pela não
uniformidade da origem dos elementos que formam o composto, sobretudo provenientes do grego e do
latim. Contudo, a bem da verdade, vale dizer que mesmo em se tratando de tais procedências, os falantes
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já consideram os elementos aportuguesados – dada a recorrência dessas palavras em nosso idioma, visto
que já se incorporaram ao nosso léxico. Assim sendo, vejamos alguns casos representativos:
Além desses mencionados, podemos constatar ainda outros muitos exemplos, como é o caso
de abreugrafia (português e grego), goiabeira (tupi e português), sambódromo (quimbundo, língua
africana, e grego), surfista (inglês e grego), etc.
O estrangeirismo é um fenômeno linguístico que consiste no uso “emprestado” de uma palavra, expressão
ou construção frasal estrangeira, em substituição de um termo na língua nativa. Por algumas gramáticas é
considerado um método de composição de palavras, por outras é considerado uma figura de linguagem, e
há as gramáticas mais conservadoras que tratam o estrangeirismo como sendo um vício de linguagem. Para
que seja considerado uma figura de linguagem, é necessário que tenha valor estilístico para o texto, a
palavra estrangeira deve ser conhecida e utilizada na língua nativa.
O estrangeirismo pode também ser chamado de peregrinismo ou de barbarismo. Alguns gramáticos mais
tradicionais consideram todos os estrangeirismos como um barbarismo, expressão que vem dos latinos
(consideravam que todo estrangeiro era um bárbaro).
No caso da língua portuguesa, existem muitos estrangeirismos vindos da língua inglesa, talvez seja essa a
língua mais influente na atualidade por ser utilizada como língua universal. Este fato faz com que muitos
produtos importados venham sempre com as informações e inglês, assim como internet, livros, moda, etc.
A influência da cultura não poderia deixar também de influenciar a linguagem.
Exemplos de estrangeirismos: Okay, brother, croissant, designer, jeans, link, cappuccino, yes, show, site,
pizza, hot dog, reveillon, stop, pink.
Existem também alguns estrangeirismos que devido ao seu frequente uso na língua portuguesa, já foram
incorporados ao léxico da língua, ou seja, já são palavras dicionarizadas.
São exemplos: shampoo (champu), deletar (delete), football (futebol), basketball (basquete).
Portanto, o estrangeirismo no Brasil é o fenômeno linguístico que traz palavras de outros idiomas para a
língua portuguesa. Algumas das expressões que são utilizadas aqui vindas de outro idioma são pronunciadas
tais e quais o são no seu idioma de origem, já outras palavras sofrem modificações na sua pronúncia por
uma questão de acomodação da linguagem, adaptando-as para uma pronúncia semelhante às palavras da
língua nativa. Este outro fenômeno é popularmente chamado e aportuguesamento.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
A comunicação confunde-se com nossa própria vida, estamos a todo tempo nos comunicando, seja através
da fala, da escrita, de gestos, de um sorriso e até mesmo através do manuseio de documentos, jornais e
revistas.
Em cada um desses atos que realizamos notamos a presença dos seguintes elementos:
Emissor ou remetente: é aquele que envia a mensagem (uma pessoa, uma empresa, uma emissora de
televisão etc.)
Destinatário: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou um grupo).
Mensagem: é o conteúdo das informações transmitidas.
Canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem será transmitida (carta, palestra, jornal televisivo)
Código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado para elaborar a
mensagem; o emissor codifica aquilo que o receptor irá descodificar.
Contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere.
ESQUEMA DA TRANSMISSÃO DE UMA MENSAGEM
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
ESQUEMA DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Partindo dos elementos da comunicação, existem as chamadas funções da linguagem, que são muito úteis
para a análise e produção de textos. As seis funções são:
4. Função Fática
É aquela centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar
a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Interjeições, Lugar comum,
Saudações, Comentários sobre o clima.
6. Função metalinguística
É aquela centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da
sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios
de metalinguagem. Referência ao próprio código, Poesia sobre poesia, Propaganda sobre propaganda,
Dicionário.
Exs: - Não entendi o que é metalinguagem, você poderia explicar novamente, por favor?
- Metalinguagem é usar os recursos da língua para explicar alguma teoria, um conceito, um filme, um
relato, etc.
Catar Feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
As relações existentes entre palavras, frases e ideias fazem com que um texto (oral ou escrito) apresente
textualidade, ou seja, que tenha significado; não sendo apenas um aglomerado de palavras e frases
desconexas.
Reparem que há, claramente, uma forte crítica à falta de ética e de comprometimento com o trabalho por
parte dos políticos brasileiros. Primeiramente, para entendermos a intencionalidade crítica da charge,
partimos do título “1º abril”, conhecido popularmente como o “dia da mentira”, o que confirma o
conhecimento de mundo/a cultura geral. Além disso, o contexto político (imagem do Congresso Nacional)
em que vivemos contribuiu para a compreensão do discurso, tornando-o coerente.
A COESÃO TEXTUAL
O vocábulo “texto” tem origem do latim “textum”, que significa “tecido”. Fazendo-se uma analogia,
podemos pensar que um tecido é resultado de uma união de pequenos fios que se costuram até um
determinado limite de extensão. Já no caso de um texto, temos elementos que precisam, também, estar
“costurados” para que formem um dado sentido.
Um texto com coesão é um texto conectado, interligado. Além de uma sequência lógica (coerência), um
texto precisa que suas ideias estejam encadeadas.
Os elementos coesivos
Podemos utilizar diversos mecanismos linguísticos para exercer a coesão em um texto. Conjunções,
sinônimos, pronomes, numerais, advérbios são alguns exemplos.
Observe o exemplo a seguir:
A sociedade que aguarda uma atitude do governo brasileiro que nada faz para amenizar o desemprego e a
criminalidade no país.
Analisando-o, temos as seguintes ideias subordinadas:
1) A sociedade
Notem como o segundo trecho está subordinado ao primeiro, que seria a primeira oração, mas que
está truncada; a terceira parte também acompanha essa relação de subordinação; a quarta tem o sentido
de finalidade em relação à terceira. O grande problema do período está na primeira parte, que
está incompleta. Houve uma sucessão de inserções e a ideia inicial não foi desenvolvida. Reescrevendo-se o
período, poderíamos ter, por exemplo, a seguinte construção:
A sociedade aguarda uma atitude do governo brasileiro que nada faz para amenizar o desemprego e a
criminalidade no país.
A segunda oração, introduzida pelo pronome relativo “que”, está subordinada à primeira (que é a principal),
adjetivando-a; já a terceira acrescenta uma noção de finalidade à segunda oração. Há, no período, uma
relação de subordinação, ou seja, de dependência. A segunda oração e a terceira pressupõem a presença de
uma principal.
Para uma boa compreensão e progressão textual, é preciso que as ideias estejam bem conectadas, ou seja,
que o período esteja coeso. Procurem se atentar a isso, principalmente quando forem escrever a redação!
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta
a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de
rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra.”
(JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007, p. 566)
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma
melhor qualidade de vida.
Coesão por referência: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal resultado demonstra que ela se esforçou
bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava.
Coesão por substituição lexical: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou
trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo
do texto.
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o "Poeta dos Escravos" é
considerado o mais importante da geração a qual representou.
Tais situações referem-se à finalidade que possui cada texto, sendo estas, inúmeras. Como por exemplo:
A comunicação feita em meio eletrônico é um gênero textual que aproxima pessoas de diferentes lugares,
permitindo uma verdadeira interação entre as mesmas.
Existem gêneros textuais do cotidiano jornalístico, cuja finalidade é a informação. É o caso da notícia, da
reportagem, da entrevista, do artigo de opinião, do editorial, dentre outros.
Há também os chamados instrucionais, como, por exemplo, o manual de instrução, a bula de um remédio,
e outros.
Outros que se classificam como científicos, os quais são oriundos de pesquisas e estudo de casos, como a
monografia, tese de doutorado, ligados à prática acadêmica.
Os gêneros textuais são organizados com base em alguns tipos textuais (basicamente classificados como
narrativos, descritivos, dissertativos, expositivos, injuntivos).
Observe:
Um texto narrativo caracteriza-se pela sucessão de fatos ligados a um determinado
acontecimento, seja ele real ou fictício, o qual pressupõe-se de todos os elementos referentes à
modalidade em questão, como narrador, personagens, discurso, tempo e espaço.
O descritivo pauta-se pela descrição minuciosa de uma determinada pessoa, objeto, animal ou
lugar, no qual as impressões são retratadas de maneira fiel.
O expositivo
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto
dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica,
o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado
com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos
um texto dissertativo-argumentativo.
Obs.: conforme o apresentado no Programa do Pism I, o enfoque desta apostila será dado aos
agrupamentos Narrar/Relatar (textos não ficcionais e ficcionais), Poetar e o Instruir.
Agrupamento: Narrar/Relatar
Personagem
Literariamente, definimos personagem como a pessoa ou ser personificado ou animado que figura na
história e nela se envolve ativa ou passivamente.
Enredo
O enredo, dentro de um texto narrativo, é o conteúdo do qual esse texto se constrói. O enredo,
também chamado de trama. É no enredo que se desenrolam os acontecimentos que formam o texto.
O enredo não é composto apenas do gênero narrativo, o que ocorre é uma predominância deste, mas
dentro dele os autores costumam incluir trechos descritivos e dissertativos. No caso de pequenas narrações
feitas em escolas ou concursos, isso não ocorre com frequência devido à pequena extensão do texto.
O enredo é o esqueleto da narrativa, se não há enredo não há narrativa, não há personagens, não há
tempo e nem espaço. É com base nele, portanto, que os demais itens que compõem a estrutura da
narrativa vão se formando e se relacionando para a construção de um texto coerente e lógico.
O enredo pode ser linear ou não linear.
O enredo linear é a sequência da história, e equivale à sequência da narração.
O enredo não linear é a sequência da história, e não equivale à sequência da narração.
Tempo
Numa narração o tempo pode ser trabalhado cronologicamente ou psicologicamente.
Tempo cronológico: é o tempo calculado em que se desenrola a ação. Na narração são mencionados dia,
mês, ano, hora, minuto, segundo, década, século…, através de expressões como: no dia seguinte, alguns
minutos, passaram-se anos, alguns meses depois, etc., para que o leitor tenha a noção do tempo de
duração da história.
Tempo Psicológico: é o tempo que não pode ser calculado, apenas flui na mente das personagens. Ou seja,
a personagem pode passar por uma situação que aparentemente foi muito longa, mas na realidade tal
situação só durou alguns instantes.
Espaço
O espaço é o lugar onde ocorrem as ações das personagens.
Ao fazer um texto narrativo devemos responder algumas perguntas fundamentais para esclarecer os
acontecimentos:
Verossimilhança
É a impressão da verdade que a ficção consegue provocar no leitor, graças à lógica interna da história.
A verossimilhança é, pois, a essência do texto de ficção.
Os acontecimentos de uma história não precisam ser verdadeiros, no sentido de corresponderem
exatamente aos acontecimentos que se passam no universo exterior ao texto, mas devem ser verossímeis,
semelhantes a eles.
Ao longo da nossa vida, vivemos em meio a muitas narrativas. Desde muito cedo, ouvimos histórias de
nossas famílias, de como era a cidade ou o bairro há muito tempo atrás; como eram nossos parentes
quando mais novos. Ouvimos também histórias de medos, de personagens fantásticos, de sonhos. Enfim,
ouvimos, contamos, lemos, assistimos, imaginamos histórias.
Texto 1
“Noite escura, sem céu nem estrelas. Uma noite de ardentia. Estava tremendo. O que seria desta vez? A
resposta veio do fundo. Uma enorme baleia, com o corpo todo iluminado, passava exatamente sob o barco,
quase tocando-lhe o fundo. Podia ser sua descomunal cauda, de envergadura talvez igual ao comprimento
do meu barco, passando por baixo, de um lado, enquanto do outro, seguiam o corpo e a cabeça. Com o seu
movimento verde fosforescente iluminando a noite, nem me tocou, e iluminada seguiu em frente. Com as
mãos agarradas na borda, estava completamente paralisado por tão impressionante espetáculo— belo e
assustador ao mesmo tempo. Acompanhava com os olhos e a respiração seu caminho sob a superfície.
Manobrou e voltou-se de novo, e, mesmo maravilhado com o que via, não tive a menor dúvida: voei para
dentro, fechei a porta e todos os respiros, e fiquei aguardando, deitado, com as mãos no teto, pronto para
o golpe. Suavemente tocou o leme e passou a empurrar o barco, que ficou atravessado a sua frente. Eu
procurava imaginar o que ela queria.
(Klink, Amir. "Cem dias entre céu e mar". Rio de Janeiro: José Olympio, 1986)
Agora, leia:
Texto 2
A lebre e a tartaruga
A lebre estava se vangloriando de sua rapidez, perante os outros animais:
“Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a tomarem parte numa corrida comigo.”
“Aceito o desafio!”, disse a tartaruga calmamente.
“Isto parece brincadeira. Poderia dançar à sua volta, por todo o caminho”, respondeu a lebre.
“Guarde sua presunção até ver quem ganha”, recomendou a tartaruga.
Veja:
O texto 1 mostra, através de um relato de experiência vivida, cenas da memória do famoso navegador
brasileiro - Amir Klink, autor de vários livros sobre suas viagens;
O texto 2 conta uma história de animais - fábula - que ilustra um comportamento humano e cuja
finalidade é dar um ensinamento a respeito de certas atitudes das pessoas.
Ambos os textos são narrativas, mas com uma diferença: o primeiro é uma narrativa não ficcional, porque
traz uma história vivida e relatada por uma pessoa. O segundo é uma narrativa ficcional, em que um autor
cria no mundo da imaginação, uma história narrada por um narrador e vivida por seus personagens.
Para a distinção entre narrativa ficcional e não ficcional ficar mais clara, é bom lembrar, por exemplo,
que a notícia de jornal é também uma narrativa de não ficção, pois relata fatos da realidade que mereçam
ser divulgados.
Texto não é necessariamente escrito Vale lembrar também que nem todo texto é escrito, nem
necessariamente coisa de escola. Há outras esferas de circulação dos textos, além da escola. Pense nos
meios de comunicação de massa, como o rádio, o jornal, a TV e a Internet. Em todos, circulam os mais
diferentes gêneros de texto.
No cotidiano, usamos muitos gêneros orais (falados/ouvidos), como conversas formais, espontâneas,
telefônicas; entrevistas; comentários sobre assuntos gerais; recados; propagandas; de rádio; aulas;
debates; literatura de cordel; recitação de poemas; piadas e outros mais...
As diferentes situações sociais das quais participamos, como indivíduos e cidadãos - defesa de opinião e
de direitos, busca de serviços, tarefas profissionais, participação política, relações pessoais etc. - exigem
práticas de linguagem organizadas em diferentes gêneros textuais.
Para concluir, é bom também lembrar a definição de texto: um enunciado verbal que faz sentido para
alguém em determinada situação.
(A) uma depuração maior no seu estilo de escrever, marcado por excessivo refinamento.
(B) as pequenas necessidades da rotina, que cada um de nós cria inconscientemente.
(C) uma relação mais direta e vital do homem com os demais elementos da natureza.
(D) o aperfeiçoamento do espírito, por meio de reflexões constantes e disciplinadas.
(E) a paixão ingênua que pode nascer com a voz de uma mulher na penumbra.
I. O cronista condiciona a conquista de uma vida mais simples à possibilidade de viver sem precisar produzir
nada, sem executar qualquer tipo de trabalho, afora o da pura imaginação.
II. Alimentar um tal um sonho de simplicidade é, na perspectiva do cronista, uma característica exclusiva
dos escritores que não mantêm relações mais concretas com o mundo.
III. Cigarros, gravatas e telefones são elementos utilizados pelo cronista para melhor concretizar o mundo
que representa uma antítese ao seu sonho de simplicidade.
Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em:
3. Na frase: “Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria preciso ganhar a vida de outro jeito,
não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer
coisas...”, o cronista:
(A) ressalta, com a repetição de dizer coisas, a importância de seu trabalho de escritor, pelo qual revela aos
outros as verdades mais profundas.
(B) justifica com a expressão comércio de pequenas pilhas de palavras a visão depreciativa que tem de seu
próprio ofício.
(C) apresenta como consequência de instaurar uma vida mais simples e sábia o fato de ganhar a vida de
outro jeito.
Agrupamento Poetar
Texto Poético
O texto poético é aquele que apela a diversos recursos estilísticos para transmitir emoções e sentimentos,
respeitando os critérios de estilo do autor. Nas suas origens, os textos poéticos tinham um caráter ritual e
comunitário, embora tenham aparecido outras temáticas ao longo dos anos. Os primeiros textos poéticos,
por sua vez, foram criados para serem cantados.
O mais habitual é que o texto poético esteja escrito em verso e se chame poema ou poesia. Existem, no
entanto, textos poéticos desenvolvidos sob a forma de prosa. Os versos, as estrofes e o ritmo compõem a
métrica do texto poético, onde os poetas gravam o cunho dos seus recursos literários.
Os textos poéticos destacam-se pela inclusão de elementos de valor simbólico e de imagens literárias.
Desta forma, cabe ao leitor ter uma atitude ativa para descodificar a mensagem.
Por exemplo: um texto poético pode fazer referência ao sol como “a moeda dourada” ou a “fonte da vida”,
ao passo que um texto científico o mencionaria como sendo uma “estrela de tipo espectral”.
No texto poético, é evidenciada a estética da linguagem acima do próprio conteúdo graças a diversos
procedimentos a nível fonológico, semântico e sintático. O texto poético moderno costuma caracterizar-se
pela sua capacidade de associação e de síntese, com abundância de metáforas e de outras figuras literárias.
Métrica, ritmo e rima são alguns dos recursos inerentes à linguagem poética.
A linguagem poética, aquela em que o artista, lançando mão da matéria prima que constitui seu labor, cria,
reconstrói uma realidade, por meio de um trabalho especial com a própria palavra.
Esse trabalho especial com a linguagem se dá por meio de uma criteriosa seleção e combinação de sons, de
ritmo, de melodia, bem como de outros, de ordem estilística. Nesse sentido, vejamos alguns deles, levando
em conta os principais aspectos que os norteiam:
Métrica
Escandir um verso significa medi-lo de acordo com o número de sílabas poéticas que apresenta. Sílabas
estas em que nada se assemelham com as sílabas gramaticais, visto que na escansão o verso é considerado
como um todo, como se fosse uma única palavra. Dessa forma, as sílabas são separadas de acordo com a
intensidade com que são pronunciadas, sendo que a contagem se encerra sempre na última sílaba tônica.
Havendo o encontro de duas vogais átonas, ocorrerá uma espécie de ditongo dentro do verso – o que
permite que elas pertençam a uma única sílaba.
De acordo com o número de sílabas que apresentam, os versos recebem distintas classificações, sendo elas
assim materializadas:
Monossílabos
Assim, constatemos na prática como se dá a escansão de um verso, apoiando-nos em alguns deles, por sinal
bastante conhecidos:
Mi/nha/ ter/ra/ tem/pal/mei/ras (Gonçalves Dias)
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Constatamos, portanto, que este se trata de um verso heptassílabo, o qual se constitui de sete sílabas
poéticas.
Ritmo
Contextualizando-nos à época modernista, verificamos que muitas das criações ali presentes são destituídas
de métrica (versos livres), bem como de rimas (verso bancos). Mas não há como negar: um poema pode
perfeitamente ser constituído de tais aspectos, a depender da época em que foi construído, mas o que ele
não pode deixar de ter chama-se ritmo – a grande marca desta modalidade textual. Ele, por sua vez, é
determinado pela alternação uniforme de sílabas tônicas (fortes) e não tônicas (fracas), dispostas em cada
verso de uma composição poética, bem como pelos recursos utilizados pelo poeta e pela forma como ele os
organiza dentro de seu texto, com vistas a produzir o efeito desejado com a mensagem. Assim, podemos
dizer que cada poema possui um ritmo próprio, tendo em vista as intenções a que se deseja obter com a
mensagem. No intuito de atestá-las, verifiquemos as palavras de Manuel Bandeira, presentes em:
Canção do vento e da minha vida:
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas…
E a minha vida ficava
Temos que a presença da aliteração, caracterizada pela repetição do fonema /v/, revela-nos o som
decorrente do ato de varrer.
Rima
Considera-se que a rima em muito demarca o ritmo do poema, conferindo-lhe a musicalidade e a melodia
necessárias. A rima se caracteriza pela semelhança sonora das palavras, podendo ser retratada no final ou
no interior dos versos e em posições variadas. De acordo com essas posições, as rimas podem se apresentar
como:
Alternadas (ABAB):
[...]
Os textos instrucionais, quanto à finalidade presente no discurso, têm por objetivo instruir o leitor acerca
Como exemplos representativos, podemos citar uma infinidade deles: receitas culinárias, bulas de
medicamentos, manuais de instrução relacionados a aparelhos eletroeletrônicos, guias e mapas rodoviários,
editais de concursos públicos, manuais referentes a jogos com um todo, dentre outros.
Ao se tratar de uma linguagem escrita, o texto instrucional deve se apresentar com clareza, objetividade e,
sobretudo, com marcas do tipo de linguagem. A começar pelos verbos!
Por se tratar de uma instrução, os verbos geralmente são expressos no modo imperativo, uma vez que irão
nortear as ações a serem executadas pelo leitor.
Ingredientes:
2 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
1 xícara de leite
6 colheres de sopa cheias de chocolate em pó
1 colher de sopa de fermento em pó
6 ovos
Modo de Preparo:
1. Bata as claras em neve, acrescente as gemas e o açúcar e bata outra vez;
2. Coloque a farinha, o chocolate em pó, o fermento, o leite e continue a bater;
3. Unte um tabuleiro e coloque para assar por aproximadamente 40 minutos em forno médio;
4. Enquanto o bolo assa, faça a cobertura com 2 colheres de chocolate em pó, 1 colher de margarina e meio
copo de leite. Leve ao fogo até começar a ferver;
5. Jogue quente sobre o bolo já assado;
6. Depois, é só saborear.
1) ele tem uma função predominantemente fática; nele prevalecem a descrição e a utilização de uma
linguagem formal, que está adequada ao gênero em que o texto se realiza.
2) sua função é prioritariamente referencial, embora no início do segundo parágrafo se evidencie um
trecho metalinguístico; do ponto de vista tipológico, é caracteristicamente expositivo.
3) nele, podem-se encontrar algumas marcas da oralidade informal; por outro lado, sua linguagem é
eminentemente conotativa e, embora seja descritivo, apresenta vários trechos injuntivos.
4) ele é um texto típico da linguagem escrita formal, que apresenta um vocabulário específico, embora
numa formulação simples; cumpre uma função informativa e está elaborado conforme a norma padrão da
nossa língua.
Estão corretas apenas:
A) 1 e 2 D) 1 e 3
B) 2 e 3 E) 2 e 4
C) 3 e 4
02. Como se sabe, o enquadramento de uma palavra em uma determinada classe gramatical depende das
funções que a palavra desempenha nos contextos em que se insere. Assim, é correto afirmar que:
A) nos enunciados: “O estudo dos gêneros textuais não é novo.” e “Há um novo estudo sobre os gêneros
textuais.”, as palavras em destaque pertencem a classes diferentes, porque suas funções são também
diferentes.
B) nos enunciados: “Seria gritante ingenuidade histórica imaginar que foi nos últimos decênios do século XX
que se descobriu e iniciou o estudo dos gêneros textuais.” e “Os últimos serão os primeiros...”, as palavras
em destaque se enquadram em diferentes classes.
C) no trecho: “A expressão “gênero” esteve, na tradição ocidental, especialmente ligada aos gêneros
literários, cuja análise se inicia com Platão para se firmar com Aristóteles.”, as palavras sublinhadas,
embora se grafem da mesma maneira, são de classes distintas.
D) no enunciado: “Atualmente, a noção de gênero textual já não mais se vincula apenas à literatura.”, as
palavras destacadas têm funcionamento diferente, por isso se enquadram em classes gramaticais também
diferentes.
E) as palavras sublinhadas nos enunciados: “Não é possível realizar aqui um levantamento sequer das
perspectivas teóricas atuais.” e “De todos os livros que li, apenas um deles tratava dos gêneros textuais
com profundidade.” são da mesma classe gramatical.
03. Em Linguística, considera-se que há gêneros mais tipicamente da língua escrita, enquanto outros são
típicos da língua falada. Acerca dessas duas modalidades, de uso da língua, analise as proposições a seguir.
A) 1, 3 e 4 D) 2 e 4
B) 1, 2 e 3 E) 1 e 2
C) 3 e 4
GRAMÁTICA
Existe uma organização que divide a Gramática em partes distintas, quanto à sua função, mas que acabam
por se confluírem, quando em sua prática.
Reconhecer essas partes é, como disse, ampliar a visão sobre o estudo do Português.
Fonologia - Estudo do som da língua, a partir de sua menor unidade sonora: fonemas e sua representação
gráfica: letras. Na Fonologia, reconhece-se a prosódia (pronúncia) e compreende-se a palavra por sua
composição escrita e sonora, dividida em sons mais fracos (átonos) e mais fortes (tônicos). A acentuação
gráfica, a sílaba e a ortografia são exemplos de temas relacionados à Fonologia.
Sintaxe – Estudo das funções das palavras numa frase ou das funções entre orações de um período.
Estilística estuda os processos de manipulação da linguagem que permitem a quem fala ou escreve sugerir
conteúdos emotivos e intuitivos por meio das palavras. Além disso, estabelece princípios capazes de
explicar as escolhas particulares feitas por indivíduos e grupos sociais no que se refere ao uso da língua.
FONOLOGIA
A Fonologia. É uma das áreas de conhecimento da Gramática responsável pelo estudo dos fenômenos
sonoros da Língua.
Explora-se a fonologia, principalmente, nas questões sobre VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, FIGURA DE
LINGUAGEM e FUNÇÃO DA LINGUAGEM.
São estudados os fonemas (unidade mínima sonora) e as letras (representação gráfica dos fonemas) em
todos os seus casos.
Sílabas – segmentos de reprodução fonética;
Encontros – vocálicos (ditongos, tritongos e hiatos);
Tonicidade – ortografia e acentuação.
SITUAÇÃO 1 - CHARGE
Veja que o discurso de humor se aplica juntamente com a intertextualidade: o personagem dos quadrinhos
e o jogador de futebol Elano. Aproveitando-se da reconhecida troca de fonemas do personagem, há a
provocação ao jogador por meio da palavra “errando”, o que dá o tom irônico ao texto.
SITUAÇÃO 2 – ANÚNCIO
Mais uma vez, a intertextualidade se faz. A partir da característica fonética que marca o personagem
infantil, realiza-se a propaganda do carro Celta. E há a dupla leitura da palavra “celta” e “certa”, o que
encaixaria na frase usada no anúncio.
Outros casos:
MORFOLOGIA
A Morfologia agrupa as palavras em classes, conforme as suas características em comum. São as classes
gramaticais ou classes de palavras.
As classes gramaticais são, portanto, as categorias das palavras na língua. Dividem-se em variáveis e
invariáveis.
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Variáveis: aquelas que sofrem alguma alteração em sua estrutura (flexão), que pode ser no gênero
ou número.
Invariáveis: aquelas que não sofrem flexão, portanto, não se alteram.
É importante que você reconheça a que classe gramatical a palavra pertence, pois, a partir disso, é possível
perceber como ela pode se apresentar no discurso, em suas categorias funcionais, por exemplo, além de
evitar desvios comuns da norma padrão, como, casos de concordância, de regência, enfim, aquilo que é
fundamental para uma redação adequada, sem problemas de coesão ou de coerência.
CLASSES DE PALAVRAS
Características semânticas
Classes Flexões Função Sintática
e funcionais
Verbo Indica ação, estado ou Modo, tempo, número, Núcleo do predicado verbal ou
fenômeno da natureza pessoa, voz verbo-nominal
Núcleo do sujeito, objetos,
Nomeia seres, coisas e complemento nominal, agente
Substantivo Gênero, número e grau
ideias da passiva, predicado, aposto e
vocativo
Precede o substantivo,
Artigo indicando-o e Gênero e número Adjunto adnominal
determinando-o
Modifica o substantivo,
Adjunto adnominal e
Adjetivo atribuindo-lhe estado, Gênero, número e grau
predicativo
qualidade ou modo de ser
Modifica verbo, adjetivo
Adjunto adnominal e
Advérbio ou advérbio, atribuindo- Grau (apenas alguns)
predicativo
lhe circunstância
Substitui ou acompanha o
Gênero, número, pessoa, Funções substantivas, adjetivas
Pronome nome, fazendo seu papel
caso ou adverbiais
ou modificando-o
Indica a quantidade dos Funções substantivas ou
Numeral Gênero, número e grau
seres adjetivas
Liga termos de uma
Preposição oração, estabelecendo nenhuma Conectivo
relações entre eles
Liga termos de mesma
Conjunção nenhuma Conectivo
função e orações
Exprime emoções ou Palavra-frase, sintaticamente
Interjeição nenhuma
sentimentos autônoma
Atendo-nos ao termo em destaque, infere-se tratar de um verbo, o qual indica uma ação. Nesse sentido,
temos que esse termo, mantendo-se intacto (abstendo-se de acréscimos ou supressões), passou a ocupar
outra classe gramatical, ou seja, de verbo passou a substantivo, tendo em vista um contexto específico. Tal
ocorrência revela a derivação imprópria, assim como neste outro exemplo:
O não foi considerado como resposta.
Temos que um advérbio se transformou em substantivo nesse caso, no qual se percebe que unidades
lexicais mudam de sentido, divergindo-se do usual pelo simples fato de serem determinadas por um artigo,
numeral ou pronome (nos exemplos citados, o determinante foi o artigo “o”).
Mediante tais pressupostos, podemos afirmar que se trata do processo de substantivação, no qual o
vocábulo substantivado, na maioria das vezes, poderá flexionar-se normalmente. Assim, com vistas a
ampliar ainda mais essa noção, constatemos outros casos representativos:
* Adjetivo – Partindo do pressuposto de que “esforçado” ocupa a função de adjetivo, no exemplo a seguir
ele recebe alterações, veja:
* Pronome – Tendo em vista que “eu” se revela como pronome pessoal do caso reto, atente-se para o fato
a seguir:
* Verbo – Em se tratando de alguns termos que indicam ações, bem como estados (de ser), conceituamo-
los como verbos, contudo, constate algumas mudanças que neles ocorrem:
* Advérbio – Sabendo-se que o advérbio tem por finalidade indicar a circunstância expressa pelo verbo,
nesse caso, o “não”, considerado como advérbio de negação, tornou-se substantivado:
Os contras e os prós foram devidamente analisados. (permite-se a flexão, tendo em vista o verbo em
referência – expresso no plural)
Representando, aqui, a função de substantivo.
* Interjeição – Até mesmo elas podem receber tal transformação, quando acompanhadas de um
determinante, como bem nos demonstra o exemplo a seguir:
O psiu soou como uma afronta a todos.
Se “um(a)” for numeral, basta antepor-lhe os advérbios “apenas” e “somente” : “O Paraguai perdeu
(apenas) um pênalti”.
ADJETIVOS
Classificação SEMÂNTICA dos adjetivos
Restritivo: quando particulariza um subconjunto dentro de um conjunto de seres. Indica uma qualidade que
o substantivo, acidentalmente, recebe. Sendo uma característica que o substantivo possui normalmente.
Exs.: fogo azul, cidade moderna alvas mãos; criatura doce e delicada; antiga casa, etc.
Explicativo: quando não particulariza um subconjunto dentro de um conjunto de seres, indicando uma
qualidade essencial do substantivo.
Exs.: neve branca, fogo quente; leite branco; pedra dura; água fria; mato verde, etc.
Predicativo do Sujeito e Núcleo do Predicado: quando atribui uma qualidade ao sujeito e vem posposto ao
verbo.
Exs.: A Maria está doente.
O ônibus chegou atrasado.
Predicativo do Objeto e Núcleo do Predicado: quando atribui uma qualidade ao objeto direto ou indireto.
Exs.: Mamãe achou o bebê lindo. Joana encontrou o disco quebrado.
PRONOME
É a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, indicando sua posição em relação às pessoas do
discurso ou mesmo situando-o no espaço e no tempo.
Pronome pessoal é aquele que indica as pessoas do discurso. Dividem-se em retos e oblíquos.
Os pronomes pessoais retos são:
São pronomes oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes.
São pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas.
Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são usados com preposição e os átonos, com formas verbais:
A mãe ansiosa esperava por mim.
A mãe esperava-o ansiosa.
Emprego dos pronomes pessoais
» Os pronomes pessoais retos funcionam como sujeitos de frases:
“Eu vou à loja, talvez ele esteja lá.”
Pronomes possessivos - são aqueles que indicam a posse de algo, estabelecendo uma relação entre o
possuidor e a coisa possuída.
Minha casa está sendo reformada.
Veja o exemplo:
Pronomes indefinidos
Pronome indefinido é aquele que se refere à terceira pessoa do discurso de modo impreciso,
indeterminado, genérico:
Pronomes interrogativos
São aqueles usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas, referindo-se à 3° pessoa do discurso.
Pergunta direta:
A mãe perguntou: ― quem fez isso?
Pergunta indireta:
A mãe perguntou quem havia feito aquilo.
São eles:
Radical
É o elemento comum de palavras cognatas, também chamadas de palavras da mesma família. É
responsável pelo significado básico da palavra.
Atenção:
Às vezes, ele sofre pequenas alterações. Exs.: dormir- durmo; querer- quis.
Ex.: passatempo
Afixos
São partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos de afixos:
**Infixos: são vogais ou consoantes de ligação que entram na formação das palavras para facilitar a
pronúncia. Existem em algumas palavras por necessidade fonética. Os infixos não são significativos,
portanto, não sendo considerados morfemas.
Exs.: café-cafeteira, capim-capinzal, gás-gasômetro
Compreende o estudo que analisa os meios pelos quais as palavras foram criadas e, seguindo daí, é
possível entender como alguns processos acabam por influenciar no comportamento linguístico dos
falantes da língua.
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já
existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Primitiva Derivada
mar marítimo, marinheiro, marujo
terra enterrar, terreiro, aterrar
Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário,
possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são
palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Tipos de Derivação
Já repararam que as mulheres, geralmente, utilizam os diminutivos para expressarem seus sentimentos,
sejam eles bons ou maus? Por isso, o humor da tirinha de Willtirando, a seguir:
Aproveitando-se disso, uma marca de cerveja criou uma campanha para mostrar o uso dos aumentativos e
diminutivos presente no discurso cotidiano do brasileiro, provando que não são somente utilizados com o
sentido de escala – grande ou pequeno – mas com valores de sentido: cervejão, praião, amigão, biquininho,
entre outros exemplos, com a intenção mesmo apelativa – função de linguagem predominante nos
anúncios – alcançando a popularidade desejada.
Em geral, o que é exigido se refere ao valor semântico do uso. Seguem outros casos:
Desprezo / arrogância
Tira essa gentinha daí!
Ah, deixa de ser chorão...
Carinho
Filhote, venha cá...
Aninha, já falou com sua mãezinha aqui, que está cheia de saudades?
Você é um amigão!
Orgulho / admiração
O cara fez um golaço!
Uau, que carrão...
Atenção!
Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é
obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. Nessas
palavras, os afixos são acoplados em sequência: desvalorização provém de desvalorizar, que provém de
valorizar, que por sua vez provém de valor.
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar
provém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém
diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.
Derivação Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
comprar (verbo) beijar (verbo)
compra (substantivo) beijo (substantivo)
Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a
seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo
não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá
origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o
nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras
formadas por derivação regressiva. Veja:
o portuga (de português)
o boteco (de botequim)
o comuna (de comunista)
Ou ainda:
agito (de agitar)
amasso (de amassar)
chego (de chegar)
Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua
procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo.
Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão
em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam
alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado,
o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é
denominada "imprópria".
Composição
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais.
Existem dois tipos:
Redução
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:
Hibridismo
Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes.
Por Exemplo:
auto (grego) + móvel (latim)
Onomatopeia
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e
os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as
vozes dos seres.
Exemplos:
miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.
Vogal Temática
Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber outros elementos. Fica entre dois morfemas. Existe
vogal temática em verbos e nomes. Ex.: beber, rosa, sala.
Dicas:
Tema
Desinências
São morfemas colocados no final das palavras para indicar flexões verbais ou nominais.
Podem ser:
Verbais: indicam número, pessoa, tempo e modo dos verbos. Existem dois tipos de desinências verbais:
desinências modo-temporal (DMT) e desinências número-pessoal (DNP).
Verbo-nominais: indicam as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerúndio e particípio). Ex. beber,
correndo, partido.
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em
diversos tempos.
Veja:
O presente do modo indicativo é empregado quando se deseja retratar um fato ocorrido no momento da
fala, também chamado de presente momentâneo:
Aprecio boas leituras.
Estou contente com a notícia.
É também utilizado para expressar processos habituais, regulares, ou que possuem validade permanente:
Durmo regularmente.
O direito de ir e vir são concebidos a todos os cidadãos.
O emprego também se deve ao ato de narrar fatos passados, de modo a conferir-lhes atualidade. É
também conhecido como o presente histórico:
“Em 58 a.C César invade a Gália e inicia uma das mais famosas campanhas da história militar”.
Sua utilização se encontra relacionada ao ato de indicar um fato no futuro próximo, tido como uma
realização certa:
Daqui a alguns instantes ele volta.
Viajo no próximo final de semana.
Para que possamos estabelecer as diferenças, comparemos ambos os exemplos, os quais seguem
expressos:
Em casa estudava a lição que seus professores a ensinavam e fazia exercícios constantemente, a fim de
treinar os conhecimentos adquiridos. ═ pretérito imperfeito
Em casa estudou a lição que seus professores a ensinaram e fez exercícios constantemente, a fim de
treinar os conhecimentos adquiridos. ═ pretérito perfeito
Por exemplo:
É conveniente que estudes para o exame.
Por exemplo:
Eu esperava que ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou
desejo.
Por exemplo:
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado.
Por exemplo:
Embora tenha estudado bastante, não passou no teste.
Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado.
Por exemplo:
Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao
atual.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo.
Por exemplo:
Se ele vier à loja, levará as encomendas.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de
outro fato futuro.
Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos.
Modo imperativo – exprime uma ordem, expressa um pedido e até mesmo uma súplica.
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a
segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o "S" final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do
presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma
ordem, pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se
você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
São formas nominais do verbo: o INFINITIVO, o GERÚNDIO e o PARTICÍPIO. Falaremos abaixo de cada um
individualmente e de suas particularidades.
terminados em AR – 1ª conjugação
terminados em ER – 2ª conjugação
terminados em IR – 3ª conjugação
O Infinitivo possui duas formas, o INFINITIVO IMPESSOAL e o INFINITIVO PESSOAL. No primeiro caso
o processo verbal não se relaciona a nenhum sujeito, ou seja, fala-se da ação por ela mesma. Já no segundo
caso existe um sujeito envolvido na ação, o que a torna pessoal. Vejamos exemplos dos dois casos:
Infinitivo Impessoal:
Trouxe algumas tarefas para fazer.
Infinitivo Pessoal:
Trouxe algumas tarefas para eles fazerem.
2. Gerúndio (amando, fazendo, partindo, comemorando, pondo, sendo, indo) – indica uma noção de
continuidade da ação verbal, e costuma ser reconhecida pela terminação -ndo. Pode ser utilizada em
qualquer tempo verbal, e em muitos casos vem acompanhado de um verbo auxiliar.
Exemplos:
Fazendo tudo com calma conseguiremos concluir ainda hoje.
Estiveram investigando minha casa estes dias.
Gerundismo
Uma forma nominal entrecruzando-se com um modismo vocabular... Não é mesmo que esta “onda” já
pegou? Tal ocorrência revela somente mais um dos hábitos a que os falantes se apegam sem ao menos se
dar conta de que, perante o padrão formal da linguagem, são tidos como errôneos.
Este “fenômeno” se evidencia em várias esferas da sociedade, seja em instituições bancárias, empresariais,
educacionais, nas conversas proferidas ao telefone, naquelas informais do dia a dia, e acredite... até
mesmo nas formais, mais precisamente na escrita...
Situações corriqueiras como:
O fato é que precisamos estar cientes de que o gerúndio se caracteriza como uma forma nominal aplicável
em várias circunstâncias, desde que condizente como tal, ou seja, para expressar uma ação em curso ou
uma ação simultânea a outra, ou para exprimir a ideia de progressão indefinida. Portanto, os presentes
enunciados carecem de uma reformulação, cuja maneira assim se evidenciaria:
Diante de tais pressupostos, torna-se essencial que entendamos acerca das características às quais o
gerúndio se refere, uma vez que se trata de uma forma nominal constituída por um verbo auxiliar (ser,
estar, dentre outros) acrescido de um outro verbo cuja terminação se define por -NDO. Tornando-se viável
mediante enunciados semelhantes a:
É bem provável que amanhã estará chovendo, razão pela qual não iremos à praia.
Andam dizendo por aí que não mais voltarei, enganam-se por demais.
O tempo ia passando e nada de encontrarmos solução para aquele problema.
Aos poucos você vai se acostumando com a ideia de perdê-lo.
3. Particípio (amado, feito, partido, comemorado, posto, sido, ido) – indica uma noção de finalização,
conclusão da ação verbal e possui para a grande maioria dos verbos as terminações ADO ou IDO. Quando
está sendo utilizado como um adjetivo, pode ser flexionado em gênero e número (ADA, ADAS, IDA, IDAS).
Exemplos:
Há aquelas formas em que uma destas desinências não se manifesta, como por exemplo:
Constatamos que a última terminação diverge daquela convencional, haja vista que termina em “O”. É
justamente nesse aspecto que reside o alvo de nossa discussão, como é o caso de “anexo”, ou seja, trata-se
de uma característica relativa ao substantivo “documento”.
Partindo desse pressuposto, vejamos outros casos que também ilustram a referida ocorrência,
manifestados no quadro a seguir:
Dúvidas persistem quando o assunto se refere a duas importantes classes gramaticais, ora representadas
pelo adjetivo e pelo advérbio.
Assim, pelo fato de se constituírem de características semelhantes, sobretudo em se tratando do advérbio
de modo, vale conscientizarmo-nos dos traços que os distinguem.
Nesse sentido, uma noção básica deve ser pontuada: o adjetivo flexiona, ou seja, ele varia; enquanto que
o advérbio não se apresenta passível de tais mudanças, haja vista que ele se caracteriza como uma classe
invariável. Vamos às diferenças:
Elas, uma vez elencadas, façamos tais diferenciações por meio de alguns exemplos, aos quais assim nos
subsidiam:
Acerca dessa questão devemos, primeiramente, analisarmos se cabe ao enunciado a flexão que lhe é
correspondente, assim manifestada:
Há ainda uma outra particularidade que a eles se refere – o fato de também se classificarem como
interrogativos. Inferindo-se, portanto, que se adéquam às interrogações, tanto de forma direta quanto
indireta. E por assim dizer, assemelham-se aos demais no que tange às circunstâncias que se integram.
Observe:
As classes das preposições e conjunções constituem-se elementos relacionais dentro da oração e entre as
orações. Porém, mais que “ligar”, essas palavras estabelecem, entre os termos, um valor de sentido,
um contexto dentro do discurso, e esse aspecto é muito cobrado nas questões do ENEM.
Trata-se de uma classe invariável, subordinando um termo ao outro, estabelecendo entre eles um valor de
sentido.
- Há as locuções prepositivas:
abaixo de / acerca de, cerca de / acima de / a fim de / à frente de / antes de / ao lado de / apesar de / a
respeito de / atrás de / através de / de acordo com / dentro de / diante de / em razão de / em face de /
Analisemos outras ocorrências nas quais podemos constatar tal fenômeno linguístico. Eis que são:
Conjunções
Coordenativas
Subordinativas
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente,
introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.
Veja o exemplo:
O baile já tinha começado quando ela chegou.
Por exemplo:
Espero que você volte. (Espero sua volta.)
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)
2. Adverbiais
São as conjunções adverbiais. Introduzem a função de Adjunto Adverbial da oração principal. Expressam
circunstâncias.
porque
pois pois que uma vez que
Causais porquanto por isso que visto que
como já que visto como (...)
que
para que
Finais que por que
a fim de que
ainda que
por mais que
embora mesmo que
por menos que
Concessivas conquanto posto que
apesar de que
que bem que
nem que
se bem que
do que
como segundo/consoante/conforme ... assim
assim como
conforme tão/tanto ... como
também
Comparativas consoante como se
bem como
segundo que nem
mais ... do que
que qual (...)
menos ... do que
Interjeições
Observações importantes:
* Quaisquer que sejam os sentimentos retratados, estes virão sempre acompanhados do sinal de
pontuação, demarcado por “!”.
* Não devemos confundir o termo “ó” com o “oh”, que revela admiração, pois este necessariamente
prescindirá da pontuação, enquanto que aquele, funcionando como vocativo, não.
Saiba que:
As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau como os
nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso
específico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de
um processo natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
SINTAXE
Sintaxe a parte da gramática que estuda a palavra em relação às outras que com ela se unem para exprimir
um pensamento.
1- Frase
É a reunião de palavras que expressam uma ideia completa, constitui o elemento fundamental da
linguagem, não precisa necessariamente conter verbos.
Ex.: "Tudo começa com o pagamento da dívida." (Revista Vida Pessoal, 12/99, p.07)
Dicas:
Ex.: "O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez tanto sucesso quanto (fizeram) os Fradinhos que Henfil lançou
nas páginas do Pasquim."
(Revista Época, 24.05.99, p.06)
3- Período
É o conjunto de orações. Ele pode ser constituído por uma ou mais orações.
Ex.: "Macunaíma é o herói com muita preguiça e sem nenhum caráter". (Época, 24.05.99, p.7)
Ex.: "Nós não podemos fingir /que as crianças não têm inconsciente".
(Nova Escola, 11/00)
A língua portuguesa oferece distintas maneiras de formular e materializar um discurso, desde que estejam
subsidiadas nos propósitos voltados para a sintaxe propriamente dita. Os critérios semânticos que nos
habilitam a dispor as palavras segundo a relação que elas estabelecem entre si conferem clareza, precisão à
mensagem.
Relembrando conceitos como os de sujeito e predicado: o sujeito é aquele termo que revela uma
informação acerca do predicado e vice-versa.
Analisemos, então, a forma como o sujeito se mostra disposto dentro da oração, partindo, é claro, de
exemplos:
Acerca do que dissemos, vale afirmar que, a depender das intenções discursivas a que se pretende chegar,
há realmente essa flexibilidade, ou seja, a forma como o sujeito aparece disposto pode variar. Entretanto,
como antes afirmado, não podemos nunca “perder de vista” que o aspecto sintático deve prevalecer tanto
na oralidade quanto na escrita. Esse aspecto, frisando novamente, trata-se das relações que se
estabelecem entre as palavras dentro de um dado contexto oracional, ou seja, para que haja clareza no
discurso, é preciso, antes de tudo, que estejam dispostas de forma adequada.
Vozes Verbais
A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, classificada em:
Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo sujeito.
Os formandos cumprimentaram-se respeitosamente.
Os verbos e o pronome “se”- dicas relevantes
Ambos constituem-se do pronome oblíquo “se”, mas, na verdade, a presença desse pronome obedece a
critérios distintos, aos quais, necessariamente, devemos estar atentos, de modo a evitarmos possíveis
equívocos.
Você se lembra das regras relacionadas aos tipos de sujeito inexistente? Uma delas se evidencia quando o
verbo se encontra na terceira pessoa do singular, acompanhado do referido pronome. Dessa forma, ao
analisarmos o primeiro exemplo, constatamos que ele representa tal ocorrência, basicamente por dois
motivos:
Tais pressupostos fazem com que o pronome “se” se caracterize como índice de indeterminação do sujeito.
Mas há outros dois casos, relacionados à transitividade verbal, que também se aplicam à mesma
ocorrência. Vejamo-los:
Agora, fazendo referência ao segundo enunciado (“Alugam-se apartamentos à beira-mar”), mediante uma
análise sintática desse, constatamos que o termo expresso por “apartamentos à beira-mar” representa o
sujeito da oração, quando transformamos a oração, uma vez expressa na voz passiva sintética, na voz
passiva analítica. Dessa forma, obteríamos como resultado: Apartamentos à beira-mar são alugados.
Frente a tais elucidações, vale mencionar que o “se”, dessa vez, classifica-se como pronome apassivador,
posto que acompanha verbos transitivos diretos (no caso em questão, o verbo alugar) e transitivos diretos
e indiretos na formação da voz passiva sintética.
Coordenação e Subordinação
A Sintaxe se preocupa com as relações funcionais entre os termos que compõem uma oração e entre as
orações de um período. No entanto, para que as relações sintáticas ocorram, outro vínculo se faz:
o semântico.
Nessa perspectiva, sintaxe e semântica estão juntas para estabelecerem os tipos de ligações que podem
envolver os termos de uma oração e as orações. Trata-se das relações de coordenação e subordinação.
No Período Simples:
Herculano e eu vamos sair. – Sujeito composto, elementos coordenados entre si.
Comprei balas e bombons para mim. – Objeto direto coordenados entre si.
Mãe, só tem uma! – Vocativo, termo coordenado à oração com quem se relaciona.
Raul, irmão mais velho, aconselhou-o a ficar. – Aposto, termo coordenado em relação à oração com quem
se relaciona.
No Período Composto:
João saiu e encontrou o irmão mais velho.
Vim, vi e venci.
Não só comprei balas, como também comprei bombons.
Ela não avisou, mas também não faria isso.
Não estudou, nem descansou.
A relação de subordinação implica a dependência. Estar subordinado quer dizer existir um elo de sentido
que deve ser mantido para que a estrutura se mantenha harmônica, e esse elo é realizado pelas funções
sintáticas; em outras palavras, a subordinação exige uma parceria entre os termos para que eles ajam,
funcionem para a manutenção da frase.
No período simples:
Minha filha pagou a consulta ao médico.
– Veja que as partes que compõem a oração são interligadas entre si, a partir da ação verbal:
PAGOU – o sujeito da ação: “minha filha”;
- os complementos da ação: o quê – “a consulta” a quem – “ao médico”
No período composto:
Os candidatos disseram que a prova foi fácil.
– Agora, além da estrutura interna, entre os termos presentes no enunciado acima, outra relação se faz: há
duas ações verbais, portanto, duas orações. Entre elas, uma relação de subordinação, pois “Os candidatos
disseram” – a ação verbal possui o sujeito, agente, e exige que seu sentido seja completado por
informações que não estão inseridas na estrutura oracional: disseram o quê?
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Em relação ao verbo os pronomes oblíquos átonos (me, nos, te, vos, o, a, os, as, lhe, lhes, se) podem
aparecer em três posições distintas:
Antes do verbo – PRÓCLISE;
No meio do verbo – MESÓCLISE;
Depois do verbo – ÊNCLISE.
PRÓCLISE
Esse tipo de colocação pronominal é utilizada quando há palavras que atraiam o pronome para antes do
verbo. Tais palavras são:
- Conjunções subordinativas
Exemplo: Embora me interesse pelo carro, não posso comprá-lo.
MESÓCLISE
Essa colocação pronominal é usada apenas com verbos no futuro do presente ou futuro do pretérito, desde
que não haja uma palavra que exija a próclise.
Contar-te-ei um grande segredo. (futuro do presente)
Se soubesse, contar-te-ia o grande segredo. (futuro do pretérito)
Jamais te contarei um grande segredo.
Palavra atrativa
Observação: nunca ocorrerá a ênclise quando a oração estiver no futuro do presente ou no futuro do
pretérito.
ÊNCLISE
Sempre ocorre ênclise nos casos abaixo:
Exemplo: Levanta-te.
Dependendo da terminação verbal os pronomes O, A, OS, AS, podem sofrer alterações em sua forma. Veja:
- Se o verbo terminar em R, S, ou Z, perde essas consoantes e os pronomes assumem a forma LO, LA, LOS,
LAS.
- Se o verbo terminar em som nasal (am, em, ão, õe), os pronomes assumem a forma NO, NA, NOS, NAS.
Se houver alguma palavra que justifique a próclise, o pronome poderá ser colocado:
Exemplos: Não devo calar-me. Não vou arrastando-me pelos becos escuros.
Se não houver palavras que justifique o uso da próclise, o pronome ficará depois do verbo auxiliar. Caso a
locução verbal não inicie a oração, pode-se colocar o pronome oblíquo em duas posições: antes do verbo
auxiliar ou entre os dois verbos. Não se coloca o pronome oblíquo após o particípio.
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser./ Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser.
1) Sujeito simples
Regra geral:
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Casos especiais:
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.
c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.
e) O sujeito é o pronome relativo "quem" - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o
antecedente do pronome.
f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de..., quantos de..., etc. - o
verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou
vós).
Dicas: com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda com eles em pessoa
e número.
Ex.: Qual de vós me punirá.
g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural - se o sujeito não vier precedido de artigo, o
verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.
h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda
com o numeral.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula.
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o verbo poderá
ser usado no singular (concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou
plural, se este vier afastado do substantivo.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a
violência da rua, permanecem em casa.
2) Sujeito composto
Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes - o verbo ficará no plural
seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Atenção:
No caso acima, também é comum a concordância do verbo com a terceira pessoa.
Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a concordância por atração com o núcleo mais próximo
do verbo.
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por “e” - o verbo concordará com
os dois núcleos.
Atenção:
Se o sujeito estiver posposto, permite-se a concordância por atração com o núcleo mais próximo do
verbo.
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural
(concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se
concentrar.
d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas
com o núcleo mais próximo.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concordará com o aposto
resumidor.
g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou - o verbo irá para o singular quando a ideia for
de exclusão, e para o plural quando for de inclusão.
Exemplos:
h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só...
mas também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se
os núcleos estiverem no singular.
Exemplos:
Outros casos:
1) Partícula “SE”:
2) Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Exemplos:
Dicas:
Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os verbos principais.
O verbo existir não é impessoal. Veja:
4) Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular.
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono.
- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e se o verbo da
oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e
sinônimos).
Exemplos:
- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal.
Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu) responderes, (tu) lerás o texto.
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e está
indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e não está
indicado por nenhum termo no contexto.
- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando em virtude da ordem
dos termos da oração, sua ligação com o verbo auxiliar for nítida.
- é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo principal da locução verbal, quando o verbo auxiliar
estiver afastado ou oculto.
Exemplos:
a - Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto,
isso, aquilo - o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o predicativo.
Exemplos:
Dicas:
Poderá ser feita a concordância com o sujeito quando se quer enfatizá-lo.
b - O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos: que ou
quem.
Exemplos:
c - Em indicações de horas, datas, tempo, distância - a concordância será feita com a expressão numérica
Exemplos:
Dicas:
Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentende-se a palavra dia.
Exemplos:
d - Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o
pronome.
Dicas:
Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece
primeiro, considerando o sujeito da oração.
f - Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos de, junto a especificações de preço, peso,
quantidade, distância e etc., o verbo fica sempre no singular.
Exemplos:
g - Nas expressões do tipo: ser preciso, ser necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo pode ficar invariável
(verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto.
Exemplos:
É necessário aqueles materiais.
São necessários aqueles materiais.
h - Na expressão: é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo “ser” e
o “que”, ficará invariável. Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.
Exemplos:
Concordância Nominal
Regra geral:
O artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em
gênero e número.
Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher irresistivelmente alta.
Concordâncias especiais:
Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se comportando como um adjetivo
(variável), ora como um advérbio (invariável).
Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical - o adjetivo concorda com os dois substantivos)
Um só vocábulo determinado:
2- Bastante - bastantes
Dicas:
Quando precedido da preposição em, fica invariável.
Dicas:
“Mesmo” pode ser advérbio quando significa realmente, de fato. Será, portanto, invariável.
Exemplos:
Ele próprio fará o pedido ao diretor./ Ela própria fará o pedido ao diretor.
São palavras que variam seu comportamento, funcionando ora como advérbios (sendo assim invariáveis),
ora como adjetivos (variáveis).
Exemplos:
7 - Só, sós
Dicas:
A locução adverbial “a sós” é invariável.
Dicas:
Se o particípio pertencer a um tempo composto, será invariável.
Exemplos:
SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA
Figuras de Linguagem
Repare que o personagem está em um momento de desabafo com seu amigo. Veja que ele diz que se sente
uma metonímia. Para compreender o humor da charge, é preciso ter o conhecimento sobre a palavra
“metonímia”. Trata-se de uma figura de linguagem, que expressa a parte pelo todo, ou seja, no caso da
ilustração, o homem não se sente “inteiro”, “todo”, “completo”, mas uma parte de si mesmo.
Outra figura de linguagem salta à mensagem: é a metáfora. Ao sentir-se metonímia, o homem, na verdade,
realiza uma comparação implícita entre o que é e o significado da figura, ou seja, as atribuições da
metonímia são transferidas a ele. E isso é metáfora, figura utilizada pelo chargista para o efeito do processo
de comunicação.
As figuras de linguagem constituem um recurso retórico (de expressão), que emprega a linguagem fora de
seu sentido usual, explorando a sua atribuição visual e figurada (conotativo). São importantes para a
construção semântica do texto, quando há a intenção de explorar o jogo de palavras, de criar um efeito de
sentido na mensagem. Há três tipos de figuras de linguagem: as de palavras, pensamento e construção.
Formas de utilizar as palavras no sentido conotativo, figurado, com o objetivo de ser mais expressivo.
Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.
Figuras de Som
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
Figuras de construção
e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o
que está implícito. A silepse pode ser:
• De gênero
Vossa Excelência está preocupado.
• De número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• De pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que
se derrete na boca.”
f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma
determinada construção sintática e depois se opta por outra.
A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.
Figuras de pensamento
a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
“Os jardins têm vida e morte.”
b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito
crítico ou humorístico.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se
suavizar alguma afirmação desagradável.
Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)
e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios
de seres animados.
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
Figuras de palavras
a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa
relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma
comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”
b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que
usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de
significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora
sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:
Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)
c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro
por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.
d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com
facilidade:
...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
A luz crua da madrugada invadia meu quarto.
VÍCIOS DE LINGUAGEM
Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios
de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de
linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do
emissor. Observe:
2) Morfologia
Exemplos:
Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)
Sou a aluna mais maior da turma. (maior)
3) Semântica
Por Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou)
4) Estrangeirismos
Considera-se barbarismo o emprego desnecessário de palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe
palavra ou expressão correspondente na língua.
Exemplos:
O show é hoje! (espetáculo)
Vamos tomar um drink? (drinque)
- Ambiguidade ou anfibologia: consiste em usar diversas palavras na frase de maneira a causar duplo
sentido na sua interpretação.
- Cacófato / Cacofonia: caracteriza-se pelo encontro ou repetição de fonemas ou sílabas que produzem
efeito desagradável ao ouvido.
Meu Deus não seja já.
Com uma mão me ajudou muito.
Ela tinha muitos amigos.
Pede o Papa paz ao povo. (aliteração)
- Eco: espécie de cacofonia que consiste na sequência de sons vocálicos, idênticos, ou na proximidade de
palavras que têm a mesma terminação. Também se chama assonância.
Vicente mente constantemente.
Saiu tristemente e rapidamente.
É possível aprovação da transação sem concisão e sem associação.
- Arcaísmo: consiste em palavras, expressões, construções ou maneira de dizer que deixaram de ser usadas
ou passaram a ter emprego diverso.
Entonces – então
Vosmecê – você
- Neologismo: palavra, expressão ou construção criadas ou introduzidas na língua. As gírias são uma
espécie de neologismo popular.
- Preciosismo: expressão rebuscada. Usa-se com prejuízo da naturalidade do estilo. É o que popularmente
se diz: “falar difícil”; trata-se de uma linguagem prolixa.
Infere-se, portanto, que as competências estão relacionadas aos conhecimentos que o usuário tem dos
fatos linguísticos, aplicando-os de acordo com o objetivo pretendido pela enunciação. De modo mais claro,
Atendo-nos de forma específica aos inúmeros aspectos que norteiam os já citados fatos linguísticos,
ressaltamos determinados recursos cuja função se atribui por conferirem estilo à construção textual – o
paralelismo sintático e semântico. Caracterizam-se pelas relações de semelhança existente entre palavras e
expressões que se efetivam tanto de ordem morfológica (quando pertencem à mesma classe gramatical),
sintática (quando há semelhança entre frases ou orações) e semântica (quando há correspondência de
sentido entre os termos).
Casos recorrentes se manifestam no momento da escrita indicando que houve a quebra destes recursos,
tornando-se imperceptíveis aos olhos de quem a produz, interferindo de forma negativa na textualidade
como um todo. Como podemos conferir por meio dos seguintes casos:
Constatamos a falta de paralelismo semântico, ao analisarmos que o time brasileiro não enfrentará o país,
e sim a seleção que o representa. Reestruturando a oração, obteríamos:
Eis que estamos diante de um corriqueiro procedimento linguístico, embora considerado incorreto,
sobretudo, pela incoerência conferida pelos tempos verbais (comparecessem/ficaremos). O contrário
acontece se disséssemos:
Se eles comparecessem à reunião, ficaríamos muito agradecidos.
Ambos relacionados à mesma ideia, denotando uma incerteza quanto à ação.
Ampliando a noção sobre a correta utilização destes recursos, analisemos alguns casos em que eles se
aplicam:
A violência não só aumentou nos grandes centros urbanos, mas também no interior.
Percebemos que tal construção confere-nos a ideia de adição em comparar ambas as situações em que a
violência se manifesta.
Tanto... Quanto:
As exigências burocráticas são as mesmas, tanto para os veteranos, quanto para os calouros.
Não... E não/nem:
Não poderemos contar com o auxílio de ninguém, nem dos alunos, nem dos funcionários da secretaria.
Se por um lado, a desistência da viagem implicou economia, por outro, desagradou aos filhos que
estavam no período de férias.
Tempos verbais:
Como dito anteriormente, houve a concordância de sentido proferida pelos verbos e seus respectivos
tempos.
Para que servem os sinais de pontuação? Em geral, para representar pausas na fala, nos casos do ponto,
vírgula e ponto e vírgula; ou entonações, nos casos do ponto de exclamação e de interrogação, por
exemplo.
Além de pausa na fala e entonação da voz, os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, nossas emoções,
intenções e anseios.
Vejamos aqui alguns empregos:
1. Vírgula (,)
É usada para:
a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou, chorou, esperneou e,
enfim, dormiu.
1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo suado! (antecipação
de complemento verbal)
2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de adjunto adverbial)
e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois,
porém, mas, no entanto, assim, etc.
g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito mais do que esperava.
2. Pontos
O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)
Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino? (expectativa)
* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro sentimento, não há problema
algum em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note:
Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em perigo.
É usado para:
a) separar itens enumerados:
b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe,
sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.
4. Dois-pontos (:)
É usado quando:
5. Aspas (“ ”)
a) citação de alguém:
“A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição, os 25
anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on -
line, 30/01/09)
6. Reticências (...)
São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao que se estava
falando:
7. Parênteses ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o predomínio de
vírgulas).
8. Travessão (–)
a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó.
b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões.
c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que este riso
os impeça de conservar as suas roupas e o seu calçado.
d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como os
2.
a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu venho.
b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que eu venho.
c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que eu venho.
d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho.
3.
a) Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque, conhece pouco os deveres da hospitalidade.
b) Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque conhece pouco os deveres da hospitalidade.
c) Entra a propósito, disse Alves o seu moleque conhece pouco os deveres da hospitalidade.
d) Entra a propósito disse Alves, o seu moleque conhece pouco os deveres da hospitalidade.
4.
a) Escancarou-as, finalmente; mas a porta, se assim podemos chamar ao coração, essa estava
trancada e retrancada.
b) Escancarou-as finalmente; mas, a porta se assim podemos chamar ao coração, essa estava
trancada e retrancada.
c) Escancarou-as, finalmente; mas a porta se assim podemos chamar ao coração, essa estava
trancada, retrancada.
d) Escancarou-as finalmente; mas a porta, se assim podemos chamar ao coração, essa estava
trancada e, retrancada.
5.
A alternativa com pontuação correta é:
a) Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir. Nossa capacidade de retenção é variável e muitas vezes
inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.
b) Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir: nossa capacidade de retenção é variável e, muitas vezes,
inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.
c) Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir! Nossa capacidade de retenção é variável e muitas vezes
inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.
d) Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir; nossa capacidade de retenção, é variável e - muitas vezes
inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.
QUESTÕES OBJETIVAS
Leia, com atenção, o texto abaixo, publicado em 08/08/2012.
Senado aprova reserva de 50% das vagas nas federais para cotas raciais e sociais
Os senadores aprovaram, na noite desta terça-feira (7), projeto que regulamenta o sistema de cotas raciais e
sociais nas universidades públicas federais em todo o País. Pela matéria, relatada pela senadora Ana Rita
(PTES), metade das vagas nas universidades deve ser separada para cotas.
A reserva será dividida meio a meio. Metade das cotas será destinada aos estudantes que tenham feito todo
o ensino médio em escolas públicas e cujas famílias tenham renda per capita até um salário mínimo e meio.
A outra metade, ou 25% do total de vagas, será destinada aos estudantes negros, pardos ou indígenas de
acordo com a proporção dessas populações em cada estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Em São Paulo, por exemplo, aproximadamente 30% da população se declara negra, parda
ou indígena. Já na Bahia, esse número chega aos cerca de 70%. No caso de não preenchimento dessa cota
racial, as vagas remanescentes serão ocupadas por estudantes que fizeram todo o ensino médio na rede
pública.
A medida foi defendida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que afirmou que, de cada 10 alunos do País,
apenas um estuda em escola privada. Ou seja, o projeto beneficiaria a ampla maioria dos estudantes
brasileiros. A senadora Ana Rita (PT-ES) também saiu em defesa da proposta, garantindo que o projeto faz
“justiça social com a maioria da população brasileira”.
Já o senador Pedro Taques (PDT-MT) citou os Estados Unidos como exemplo bem-sucedido da política de
cotas nas universidades. Ele disse que o país, que era extremamente racista em um passado próximo, após
adotar a política de cotas raciais nas universidades, tem agora um presidente negro. Para o senador, no
Brasil é preciso adotar ações afirmativas para assegurar oportunidade a todos.
Perda de autonomia
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foi o único a votar contra a iniciativa sob o argumento de que
“impõe camisa de força” a todas as universidades federais brasileiras, ao ferir sua autonomia de gestão.
Além disso, argumentou o senador, para que o ensino superior seja de qualidade, é preciso adotar um
critério de proficiência, ou seja, que os alunos que ingressem na instituição tenham notas altas.
O mesmo argumento foi defendido anteriormente pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em manifesto publicado contra o projeto de lei.
10 anos de cotas
Assim que for sancionada pela presidente Dilma, a lei modificará todo o sistema de divisão de vagas das
universidades federais. Atualmente, quase todas elas utilizam algum sistema de cota social, racial ou de
gênero, que deixarão de lado para adotar este modelo único. A lei não modifica em nada o sistema de
adesão nas universidades estaduais nem nas particulares, que poderão continuar a escolher se adotam ou
não algum sistema de cotas.
Segundo o texto aprovado em votação simbólica pelo Senado, a aplicabilidade desse sistema será revisada
em dez anos. O projeto de regulamentação da política de cotas é aprovado depois que o Supremo Tribunal
Federal declarou ser constitucional esse tipo de ação afirmativa nas universidades.
*Com informações da Agência Brasil, Agência Estado e Agência Senado
(http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-08-08/senado-aprova-projeto-que-regulamenta-cotas-
raciais-e-sociais-asuniversidades. html)
01. O gênero textual e o principal objetivo comunicativo do recorte acima selecionado são,
respectivamente:
a) o sistema de cotas só beneficiará quem cursou todas as séries do ensino médio em escolas públicas.
b) a reserva de cotas será integralmente determinada por critérios raciais.
c) a renda da família só será critério para os 25% da reserva destinada a alunos concluintes do ensino médio
em escola pública.
d) no caso de afrodescendentes, pardos e indígenas, apenas os que cursarem a escola pública serão
beneficiados.
e) o percentual de 25% de reserva de vagas para afrodescendentes, pardos e indígenas será invariável em
todas as universidades do país.
03. Só NÃO consta dos argumentos destacados no texto para a defesa da adoção do sistema de cotas:
Leia novamente:
“para que o ensino superior seja de qualidade, é preciso adotar um critério de proficiência, ou seja, que os
alunos que ingressem na instituição tenham notas altas.”
Observe as figuras:
QUESTÕES DISCURSIVAS
Leia, com atenção, os dois fragmentos de texto abaixo (Texto I e Texto II):
Texto I.
Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, município de
Itabuna, sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado.
Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio
Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em jornais e a
participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.
Publicou seu primeiro romance, O país do carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa,
com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau.
Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi
obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela
América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.
Em 1945, foi eleito membro da Assembleia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista
Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o
autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano,
casou-se com Zélia Gattai.
Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus
membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até
1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em
De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os
quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de
abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de
Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis.
A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter
sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas,
existindo também exemplares em braile e em formato de audiolivro.
Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas
cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que completaria 89 anos.
(...)
http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=75
Texto II.
A fama do escritor começou a crescer ainda na década de 1930, quando ele publicou seus primeiros
romances: O País do Carnaval (1931), Cacau (1932), Suor (1934), Jubiabá (1935) e Mar Morto (1936. (...) Na
época, Jorge Amado vivia no Rio de Janeiro, onde se formara em Direito e fizera amizade com artistas e
intelectuais de esquerda, como Raul Bopp, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre, José Lins do Rego e Vinicius
de Moraes. Por intermédio de Rachel de Queiroz, aproximou-se do Partido Comunista, do qual se tornou
militante.
Sensível a problemas como a desigualdade social, tema recorrente em seus romances, exerceu intensa
militância política, o que lhe causou perseguições, censuras e até a prisão, durante o Estado Novo (1937-
1945). O romance Capitães de Areia (1937), publicado naquele período, tem como personagens principais
meninos de rua, vítimas do abandono, da miséria e de uma elite que prefere ignorá-los.
Em 1945, Jorge Amado foi eleito deputado federal pelo PCB. Um de seus projetos de lei instituiu no país a
liberdade de culto religioso. Naquele mesmo ano, conheceu Zélia Gattai, companheira de toda a vida, com
quem teve dois filhos, João Jorge e Paloma. Quando o filho João Jorge completou um ano, em 1948, ganhou
de presente do pai o texto O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. Não eram tempos tranquilos: o PCB fora
decretado ilegal, Amado tivera o mandato cassado e a família havia se exilado na França. Os livros mais
engajados do escritor, como a trilogia Os Subterrâneos da Liberdade, foram publicados ao longo dos anos
1950, quando ele se fixou na então Tchecoslováquia e viajou pelo Leste Europeu, América Latina e Oriente.
Após o rompimento com o partido, ainda na década de 1950, a produção literária de Jorge Amado mudou
de rumo, embora a denúncia de problemas políticos e sociais não tenha desaparecido de seus livros.
No entanto, o humor, a sensualidade, o sincretismo religioso e a miscigenação ganharam maior destaque
nas páginas de romances como Tenda dos Milagres (1969) e Tieta do Agreste (1977). Outro aspecto
relevante em obras desse período é o modo natural com que elementos sobrenaturais se imiscuem na vida
cotidiana, em livros como A Morte e a Morte de Quincas Berro Dágua (1961) e Dona Flor e seus Dois
Maridos (1966).
(http://envolverde.com.br/educacao/infancia/jorge-amado-para-criancas/
Questão 1 – Os fragmentos de texto acima destacam a vida política do escritor Jorge Amado e sua
influência em sua produção literária. Selecione, dos dois fragmentos, as informações necessárias para
produzir um sucinto relato biográfico de sua participação política que descreva:
Leia novamente:
“A fama do escritor começou a crescer ainda na década de 1930, quando ele publicou seus primeiros
romances: O País do Carnaval (1931), Cacau (1932), Suor (1934), Jubiabá (1935) e Mar Morto (1936. (...) Na
época, Jorge Amado vivia no Rio de Janeiro, onde se formara em Direito e fizera amizade com artistas e
intelectuais de esquerda, como Raul Bopp, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre, José Lins do Rego e Vinicius
de Moraes. Por intermédio de Rachel de Queiroz, aproximou-se do Partido Comunista, do qual se tornou
militante.”
Questão 2 – As formas verbais destacadas (publicou, vivia, formara) expressam o tempo passado em
Português. Identifique, com base no fragmento selecionado, o motivo que justifica seus três usos distintos
nesse contexto. (5 linhas)
Triênio 2007-2009
QUESTÕES OBJETIVAS
“Aqui chegando, não se sabe por proteção de quem, alcançou o emprego de que o vemos empossado, e
que exercia, como dissemos, desde tempos remotos. Mas viera com ele no mesmo navio, não sei fazer o
que, uma certa Maria da Hortaliça, quitandeira das praças de Lisboa, saloia rechonchuda e bonitota. O
Leonardo, fazendo-se-lhe justiça, não era nesse tempo de sua mocidade mal–apessoado, e sobretudo era
maganão. Ao sair do Tejo, estando a Maria encontrada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava
distraído por junto dela, e com o ferrado sapatão assentou-lhe uma valente pisadela no pé direito. A Maria,
como se já esperasse por aquilo, sorriu-se como envergonhada do gracejo e deu-lhe também em ar de
disfarce um tremendo beliscão nas costas da mão esquerda. Era isso uma declaração em forma, segundo os
usos da terra: levaram o resto do dia de namoro cerrado; ao anoitecer, passou-se a mesma cena de pisadela
e beliscão, com a diferença de serem dessa vez um pouco mais fortes; e no dia seguinte estavam os dois
amantes tão extremosos e familiares que pareciam sê-lo de muitos anos.
Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos; e daí a um
mês manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um
filho, formidável menino de quase três palmos de comprido, gordo e vermelho, cabeludo, esperneador e
chorão, o qual, logo depois que nasceu, mamou duas horas seguidas sem largar o peito.E esse nascimento é
certamente de tudo o que temos dito o que mais nos interessa, porque o menino de que falamos é o herói
de nossa história.”
ALMEIDA, M.A. de. Memórias de um Sargento de Milícias. Porto Alegre: L&PM, 1997, p.13-14.
a) apresentar os motivos pelos quais a relação entre Leonardo e Maria não deu certo e não durou muito.
b) demonstrar como a relação amorosa na época em que o romance foi escrito é diferente da relação
amorosa dos tempos atuais.
c) expor a maneira através da qual o protagonista da obra foi gerado e o modo pelo qual seus pais se
conheceram e iniciaram sua vida de casal.
d) demonstrar que a história de vida do protagonista da obra sempre foi tumultuada, porque seus pais não
se amavam na época em que ele foi gerado.
e) expor os principais traços do caráter de Leonardo e de Maria e a sólida base de experiência do casal para
construir uma família.
Leia agora, com atenção, o fragmento de texto de Marcelo Balbio, publicado na seção Perfil do jornal O
Globo, a respeito da história da apresentadora de TV do Ceará Fernanda Quinderé.
“A história de Fernanda começa no Rio de Janeiro, mais precisamente na Casa de Saúde São José, em
Botafogo, onde nasceu. Viveu aqui até os 7 anos, quando a família mudou-se para Fortaleza. Na juventude,
teve uma breve e bem-sucedida carreira de atriz de teatro interrompida, quando casou-se, aos 20 anos,
com o advogado da tradicional família Gayoso de Almeida Castello Branco, do Piauí. Ficou casada por 16
anos, viveu em fazenda na terra do marido e teve cinco filhos – além de Maneco, é mãe de Lina, Fernanda,
Caio e Maria Beatriz. Quando se separou, com quase 40 anos, decidiu voltar para o Rio e a vida urbana,
trazendo toda a prole (“um na faculdade, outro no jardim da infância”). E aí sua história tem um recomeço,
com o caso de amor iniciado na adolescência.
Aos 14 anos, Fernanda veio de férias ao Rio e conheceu Luiz Eça. Trocaram um único beijo e seguiram a vida
por caminhos diferentes. Foram se reencontrar 26 anos depois, quando ele já era um músico conhecido e
ela, de volta ao Rio, retomava contato com amigos artistas para arriscar uma carreira de produtora na área
cultural.
– Passei anos recebendo recados do Luiz – lembra Fernanda. – Guardei por muito tempo os bilhetes que ele
me mandava na adolescência. Mesmo depois de se mudar para Viena, em 1958, para estudar, ele continuou
me escrevendo. Quando soube que eu estava morando no Rio, mandou recados para eu ir vê-lo tocar. Um
dia decidi ir. Assim que ele me viu, me pediu em casamento.
Viveram juntos por 12 anos, e aí vieram novos bilhetes e cartas. São essas lembranças, guardadas numa
caixa de papelão, que estava fechada desde a morte do músico, em 1992, que formam a matéria-prima
básica do novo livro. (...) Estavam afastados há um ano quando Fernanda recebeu a notícia de que ele tinha
morrido. Foi quando decidiu retornar ao Ceará e começar tudo de novo.”
Leia novamente:
“... Viveram juntos por 12 anos, e aí vieram novos bilhetes e cartas...”.
6) Comparando o relacionamento dos casais Maria-Leonardo e Fernanda-Luiz Eça, com base na leitura dos
dois fragmentos selecionados, é POSSÍVEL afirmar que:
a) os dois casais iniciaram o relacionamento durante uma viagem.
b) ambos os casais ficaram juntos desde o primeiro encontro.
c) os dois casais tiveram filhos desses relacionamentos.
d) apenas o primeiro casal teve contato físico em seus encontros iniciais.
e) as duas mulheres eram casadas quando conheceram seus pares.
Leia agora, com atenção, os quadrinhos abaixo, que foram publicados no Segundo Caderno do jornal O
Globo, em sua edição de 19 de agosto de 2007, p.7.
Leia novamente:
8) A respeito da forma destacada (-la) nos enunciados acima é CORRETO afirmar que:
10) A principal figura de linguagem que estrutura esse poema é o paradoxo. Em qual dos versos abaixo
encontramos tal figura?
a) “Ardor em firme coração nascido”.
b) “Permitiu parecesse a chama fria”.
c) “Pois para temperar a tirania”.
d) “Mas ai, que andou Amor em ti prudente”.
e) “Tu, que em um rosto corres desatado”.
11) Através de um ditado popular, é possível reproduzir as ideias expressas pelos versos acima. Assinale-o:
QUESTÕES DISCURSIVAS
1) Como foi visto na leitura dos fragmentos de textos selecionados e na leitura dos quadrinhos, os
relacionamentos amorosos têm se modificado ao longo dos tempos. Da mesma forma, os relacionamentos
entre pais e filhos vêm se alterando, de acordo com a cultura e o momento em que se vive.
Leia, com atenção, o fragmento da reportagem e os depoimentos abaixo, publicados no site Veja Jovem, em
julho de 2003.
“A relação entre pais e filhos mudou – e para melhor. Até bem pouco tempo atrás o diálogo entre gerações
era muito mais difícil. Educação significava rigidez. Assuntos como a sexualidade passavam longe da mesa
de jantar. Os filhos reprimidos dessa época se tornaram os pais desorientados de hoje em dia. Ao mesmo
tempo que se aproximaram dos filhos, vivem um dilema. Qual a melhor conduta? Endurecer o jogo, como
no passado, e ressuscitar todo o conflito de gerações, ou assumir uma postura liberal e correr o risco de
perder as rédeas da situação? A resposta é mais simples do que parece. A maioria dos educadores concorda
que os pais devem fazer papel de pais, precisam censurar quando for necessário, não ceder e aguentar
firme as provocações. ‘Não adianta fazer concessões ao jovem. É preciso deixar claro o que se pretende
passar para ele’, afirma o psicólogo paulista Antonio Carlos Egypto. Por melhor que seja a relação, pais e
filhos nunca serão amigos no sentido estrito da palavra. Ao se tornar amigo, o
pai corre o risco de não mais exercer seu papel, que é orientar”.
Regra 1 (3 linhas)
Justificativa (3 linhas)
Regra 2 (3 linhas)
Justificativa (3 linhas)
2) Leia agora, com atenção, o trecho selecionado da reportagem intitulada “Se os pais querem virar
melhores amigos, quem vai assumir o lugar deles?”.
“Tem muita gente que prefere que os pais sejam pais e ponto. Quando um resolve assumir o papel do
outro, alguma coisa está bem errada. Já de cara, vamos deixar tudo claro: pai é pai, mãe é mãe, filho é filho
e melhor amigo é melhor amigo. (...).
No Dossiê Universo Jovem, que a MTV lançou em junho, 55% dos 2539 entrevistados concordam com isto:
não acham bacana que os pais frequentem a mesma balada, os mesmos shows ou que usem o mesmo tipo
de roupa que os filhos.
Se por um lado é bacana ver os pais aceitando os hábitos dos jovens com mais facilidade e diálogo, por
outro, o que os filhos precisam mesmo é de limites e de uma bronca, ou de um colo, de vez em quando.
Alguns pais ‘adultescentes’ querem viver a vida dos filhos – como se os filhos já não tivessem preocupações
suficientes!”
Revista MTV, Seção Comportamento, n. 51, agosto de 2005, p. 37.
Leia novamente:
“Alguns pais ‘adultescentes’ querem viver a vida dos filhos – como se os filhos já não tivessem
preocupações suficientes!”
b) Com base em sua resposta e no contexto do trecho lido, explique o conflito a que o texto se refere.
(3 linhas)
Pesquisas indicam que manter diários traz benefícios à saúde. Quem usa a
escrita para refletir sobre eventos estressantes obtém melhor resposta do
sistema imunológico
Gláucia Chaves
O hábito de colocar sentimentos em imagens ou palavras é antigo. Desde que os homens pré-históricos
tiveram a ideia de desenhar o dia de caça em grutas até os dias de hoje, porém, já se sabe que registrar
fatos corriqueiros não é apenas uma maneira de desabafar ou de registrar o cotidiano. De acordo com
pesquisas feitas no mundo inteiro, o costume pode, de fato, ter efeito na saúde. James Pennebaker,
pesquisador da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e autor de centenas de artigos e livros a
respeito do assunto, diz que, além de dar uma força para a autoestima, os jornais pessoais podem melhorar
o sistema imunológico, a atividade hormonal, amenizar sintomas de asma e de artrite reumatoide e até
mesmo diminuir a internação em hospitais depois de uma cirurgia.
Em um de seus trabalhos, Pennebaker conta que pediu que estudantes de medicina escrevessem sobre “a
escrita e a experiência na faculdade” durante 15minutos por dia, ao longo de quatro dias seguidos. O
primeiro grupo deveria registrar fatos emocionais significativos para eles, enquanto os demais foram
instruídos a tratar de eventos banais. Os pesquisadores compararam então exames de sangue feitos no
primeiro e no último dia do estudo. “Fizemos várias análises e vimos que o sistema imune das pessoas que
falaram sobre traumas tinha melhor funcionamento em relação ao grupo de controle”, resume o
pesquisador.
Quem escolheu não entrar no mérito emocional teve diminuição nos níveis de linfócitos, glóbulos brancos
responsáveis pela produção de anticorpos. “As pessoas que falaram sobre os traumas também precisavam
ir ao médico metade das vezes que as pessoas do grupo de controle”, completa o psicólogo. A justificativa
para essa melhora, segundo o pesquisador, é que escrever sobre eventos estressantes ajuda a mente a
fazer as pazes com ele. Outro trabalho, feito pelo psiquiatra Joshua Smyth e sua equipe de pesquisadores
da The State University of New York (Estados Unidos), descobriu que sintomas de artrite reumatoide e
asma tendem a melhorar consideravelmente quando os pacientes se predispõem a escrever sobre
problemas pessoais.
Se todas as pesquisas sobre o assunto estiverem corretas, mesmo sem saber, o estudante Caio Araújo, 23
anos, já pode se considerar uma pessoa mais saudável desde que começou a escrever seu diário, há 11
anos. Ele conta que tudo começou porque a igreja da qual fazia parte na época incentivava os registros,
“para que as gerações futuras possam ter acesso aos acontecimentos da vida de seus antepassados”. Na
adolescência, os temas giravam em torno de
acontecimentos banais. Quando a fase adulta bateu à porta, contudo, os assuntos tornaram-se mais
profundos. Hoje, Caio acredita que a comparação dos pensamentos infantis do início com os de hoje serve
como uma maneira de absorver o amadurecimento natural da idade. “As informações que podem me
convencer hoje são bem diferentes das que podiam há 10 anos.”
Vida na rede - Para os adolescentes que cresceram acostumados com as facilidades da internet, trocar
cadernos por blogs trouxe outra visão dos diários convencionais. Após um estudo com 161 alunos de 15
anos, em média, Azy Barak e pesquisadores da Universidade de Haifa, em Israel, descobriram que “blogar”
fez com que “adolescentes que sofriam problemas sociais (solidão, fobia social etc.) melhorassem
significativamente sua função social relacionada aos problemas emocionais relatados nos blogs”.
Enquanto dois grupos deveriam escrever posts focados em seus próprios problemas (um deles deveria
permitir que a página aceitasse comentários externos de usuários), outros dois estavam liberados para
escrever sobre o que lhes viesse à cabeça. Uma dessas equipes também deveria manter o caminho livre
para opiniões alheias. Outros dois grupos serviram como controle: um deveria escrever diários individuais e
outro não registrar nada. Por 10 semanas, os participantes deveriam publicar pelo menos duas mensagens
semanais.
Barak afirma ainda que os comentários virtuais influenciam na maneira como os adolescentes pensam e se
comportam perante situações de “perigo” social. Ele admite, contudo, que o reflexo de opiniões
degradantes, hostis ou desencorajadoras nos resultados finais do estudo não pôde ser medido, uma vez
que comentários dessa natureza eram “monitorados e deletados pela equipe de estudiosos imediatamente
após publicados”.
Seis anos e 950 posts depois de ter criado seu blog pessoal, o webdesigner Alain de Paula, 23 anos, não
precisa de pesquisa nenhuma para saber que os comentários em seus posts ajudam a dar novo fôlego à
autoestima. “Acho que o bacana reside em nós abrirmos nosso pequeno mundo para os outros e também
visitarmos o mundo dos outros”, justifica. Para o blogueiro, compartilhar anseios, felicidades e tristezas do
dia a dia tem, acima de tudo, função terapêutica. “Às vezes, algum conselho ou situação complicada pela
qual eu tenha passado pode servir para outra pessoa como inspiração.”
Michelle Leite, 26 anos, concorda. Aos 13, quando terminou seu primeiro namoro, ela resolveu desabafar
em um diário. “Comecei a escrever só para mim, mas algumas coisas ficaram boas e eu quis publicar”,
relembra. Foi aí que a publicitária resolveu levar seus pensamentos para a internet. Nem tudo o que se
passa com ela, entretanto, vai parar em um de seus três blogs: algumas coisas, só seu notebook pessoal fica
sabendo. “Sempre me limitei a contar meus problemas a amigos. Na internet, me sinto ouvida. Posso me
mostrar sem me expor”, argumenta. A releitura dos posts a fazia refletir sobre seu próprio comportamento.
“Quando eu escrevia, me sentia na posição de aconselhadora. Quando eu lia, me sentia aconselhada.”
Fonte: CHAVES, Gláucia. O poder da palavra.
Estado de Minas, Belo Horizonte, 5 fev. 2012. Ciência, p. 24.
QUESTÃO 01
No segundo parágrafo do texto, a expressão “grupo de controle” refere-se ao grupo que registrou fatos
A) relevantes. C) significativos.
B) emocionais. D) corriqueiros.
QUESTÃO 02
As alternativas abaixo indicam, segundo o texto, benefícios da escrita de diários, EXCETO
QUESTÃO 03
No texto, a expressão: “historizar” a própria vida quer dizer registrar
QUESTÃO 04
No texto, a frase “O hábito de colocar sentimentos em imagens ou palavras é antigo” indica que imagens e
palavras
QUESTÃO 05
O quarto parágrafo do texto está fundamentado
QUESTÕES OBJETIVAS
Leia, com atenção, o Texto I, “Cést la Guerre!”, de Carlos Heitor Cony, publicado em Antologia de Crônicas,
org. Herberto Sales, 3ª ed., São Paulo: Ediouro, 2005, p. 13-14, para responder às questões de 01 a 08.
“C’est la Guerre!”
Minhas relações com as Matemáticas nunca foram boas – e exagero ao falar em Matemáticas, no plural e
na maiúscula. Nem mesmo a elementar aritmética privou de muita intimidade com meu impenetrável
cérebro. Por todos os chamados bancos escolares que lustrei em minhas andanças, sempre deixei a
merecida fama de refratário aos números, às operações, às frações e às regras de três. Não cito os
logaritmos porque seria um escárnio de minha parte mencionar tais entidades. Não morri de fome pelas
sarjetas – como um certo professor um dia profetizou, mas tenho passado vexames abomináveis e tido
irrelevantes prejuízos nos trocos. Nada mais do que isso.
Paralela ao meu desamor pelas matemáticas, ou fruto dele, surgiu uma babosa admiração pelas máquinas
capazes de fazer aquilo que não sei nem posso fazer. Não admiro um guindaste, nem um trator – sei que
são máquinas movidas por cavalos-vapor, e sei o que seja um cavalo e imagino o que seja um cavalo em
forma de vapor de energia. Mas diante de uma simples máquina de somar, tremo os joelhos de emoção e
respeito. Já não falo dos cérebros eletrônicos, esses monstros capazes de calcular eclipses, marés,
trajetórias planetárias e de jogar xadrez. Não jogo xadrez e pouco ligo para as trajetórias planetárias e para
os eclipses. Sei que os cérebros eletrônicos são capazes até de fazer poemas, o que não conta no saco de
seus infindáveis méritos: muito cara de pau por aí, muito cérebro ruim também é capaz de fazer poemas, e
os poemas terminam em antologias e o cérebro na Academia.
Mas voltemos às matemáticas. No outro dia tive babosa admiração não pela máquina de somar, mas por
mim mesmo. Deu-se que fui pagar umas contas, dessas contas pequeninas e complicadas que não
desprezam os desprezíveis centavos cujo epitáfio o bardo Drummond magistralmente cantou há dias. A fila
“Não morri de fome pelas sarjetas – como um certo professor um dia profetizou, mas tenho passado
o
vexames abomináveis e tido irrelevantes prejuízos nos trocos. Nada mais do que isso.” (1 parágrafo)
03. A leitura do fragmento acima PERMITE inferir que saber matemática, isto é, o conhecimento dessa
ciência
Leia novamente:
“(...) sempre deixei a merecida fama de refratário aos números, às operações, às frações e às regras de
três.” (1º parágrafo)
04. A palavra destacada acima, refratário, pode ser substituída, sem perda substancial de sentido, por:
Prefeitura de Juiz de Fora / SDS – DISQ / Curso Preparatório para Concursos
Rua Halfeld, 450 / 5º andar - Centro - CEP: 36010-000 – Tel.: (32) 3690-8503 / 3690-8533
90
a) ignorante. d) teimoso.
b) maleável. e) inábil.
c) resistente.
Leia novamente:
“Euclides, Newton, Descartes – cheguei! Custei mas cheguei. Daqui em diante, surgiu um
concorrente sério. Tremei em vossas covas que lá vou eu.” (último parágrafo)
a) cumplicidade. d) raiva.
b) desafio. e) intimidade.
c) desprezo.
06. No final do 2º parágrafo, o autor exclui, da lista dos méritos dos cérebros eletrônicos, a capacidade de
fazerem poemas. Para justificar essa exclusão, o autor afirma que:
07. O provérbio que MELHOR expressa a resolução do conflito, na crônica, pode ser:
“Por ora, vou exercitar-me honestamente nas contas de subtração.” (último parágrafo)
Leia, agora, com atenção, a Biografia de Euclides, Texto II, para responder às questões de 09 a 14:
Euclides (330 a. C. - 260 a. C.) nasceu na Síria e estudou em Atenas. Foi um dos primeiros geômetras e é
reconhecido como um dos matemáticos mais importantes da Grécia Clássica e de todos os tempos.
Muito pouco se sabe da sua vida. Sabe-se que foi chamado para ensinar Matemática na escola criada por
Ptolomeu Soter (306 a. C. - 283 a. C.), em Alexandria, mais conhecida por "Museu". Aí alcançou grande
prestígio pela forma brilhante como ensinava Geometria e Álgebra, conseguindo atrair para as suas lições
um grande número de discípulos. Diz-se que tinha grande capacidade e habilidade de exposição e algumas
lendas caracterizam-no como um bondoso velho.
Conta-se que, um dia, o rei lhe perguntou se não existia um método mais simples para aprender geometria
e que Euclides respondeu: "Não existem estradas reais para se chegar à geometria".
Outro episódio sobre Euclides refere-se a um dos seus discípulos, o qual, resolvendo ser espirituoso, depois
de aprender a primeira proposição de geometria lhe perguntou qual o lucro que lhe poderia advir do
estudo da geometria. Nesse momento, Euclides - para quem a geometria era coisa séria - chamou um
escravo, passou-lhe algumas moedas e ordenou que as entregasse ao aluno: "já que deve obter um lucro de
tudo o que aprende".
Euclides é exemplo do "Puro Homem da Ciência", que se dedica à especulação pelo gosto do saber,
independentemente das suas aplicações materiais.
(Fonte: www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/euclides/euclides.htm)
o
“ (...) e ordenou que as entregasse ao aluno: “ já que deve obter um lucro de tudo o que aprende.” ( 4
parágrafo)
a) condição. b) finalidade.
“(...) depois de aprender a primeira proposição de geometria lhe perguntou qual o lucro que lhe
o
poderia advir do estudo da geometria.” (4 parágrafo)
“Euclides é exemplo do "Puro Homem da Ciência", que se dedica à especulação pelo gosto do
saber, independentemente das suas aplicações materiais.” (último parágrafo)
12. O termo especulação, destacado acima, pode ser substituído, sem perda substancial de sentido, por:
a) observação. d) orientação.
b) investigação. e) probabilidade.
c) prática.
13. A expressão “Puro Homem da Ciência”, utilizada para se referir a Euclides, indica que ele:
a) era um velho bondoso, amigo de seus discípulos e professor dedicado.
b) era um homem inocente, incapaz de se deixar levar pelas tentações da fama.
c) era um estudioso das ciências, com genuína vocação para a pesquisa.
d) não estudava as ciências por prazer, mas pela necessidade de ganhar a vida.
e) não se deixava submeter pelas ordens do rei.
o
“Diz-se que tinha grande capacidade e habilidade de exposição (...)” ( 2 parágrafo )
o
“Conta-se que, um dia, o rei lhe perguntou se não existia (...)” ( 3 parágrafo )
QUESTÕES DISCURSIVAS
01. No Texto II, releia as duas respostas dadas por Euclides ao rei e ao aluno, respectivamente:
Agora, responda:
a) qual é o significado atribuído por Euclides ao termo reais, no enunciado (I)? Justifique sua resposta. (3
linhas)
02. Releia o trecho abaixo, retirado do Texto I, para que possa recordar-se da situação vivida pelo homem
que desejava pagar as contas no guichê:
Com base no desenho da calculadora feito abaixo, ESCREVA AS INSTRUÇÕES que você deve dar ao homem,
para registrar, PASSO A PASSO, o valor de cada conta (parcela+parcela+parcela) e chegar à soma das três
(total).
* Lembre-se: o personagem NÃO sabe realizar operações com calculadoras e, por isso, as instruções
devem ser detalhadas. A primeira instrução já está dada.
03. Leia, com atenção, uma definição simplificada do termo crônica, publicada no site intitulado História da
Crônica (www.regina.celia.nom.br/lit.1.3.histcronica.1.htm):
Elemento 1: ______________________________________________________________
Exemplo:
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Elemento 2: ______________________________________________________________
Exemplo:
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Prefeitura de Juiz de Fora / SDS – DISQ / Curso Preparatório para Concursos
Rua Halfeld, 450 / 5º andar - Centro - CEP: 36010-000 – Tel.: (32) 3690-8503 / 3690-8533
94
Elemento 3: ______________________________________________________________
Exemplo:
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Fonte: http://farm1.static.flickr.com/161/353950707_cbb2f3a28c.jpg
3) Slogan constitui um tipo de frase breve, incisiva e penetrante, usada em publicidade e propaganda.
4)Quem são os interlocutores do texto? Que papéis sociais eles parecem representar?
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Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_qLRe5KLyZ6E/SUYuMN732YI/AAAAAAAAABQ/CJNcWufJXdM/s1600-
h/projontex.jpg – 29/11/2009 – adaptado.
7) O mesmo anúncio publicitário divulgado pela marca Jontex, caso fosse veiculado em outra mídia, não
sendo uma placa exibida em acesso de trânsito, atingiria o mesmo objetivo da ambiguidade que chama a
atenção dos leitores? JUSTIFIQUE sua resposta. (4 linhas)
"A Lagoa dos Patos é na verdade uma laguna por ter uma ligação com o oceano através da Barra de Rio
Grande. Por seu tamanho é carinhosamente chamada de "mar de dentro" pelos bicuíras (gaúchos que
vivem no litoral). Em 1737 quando espanhóis e portugueses brigavam pelos territórios ao sul da América
Latina o brigadeiro José da Silva Paes entrou com sua esquadra por essa barra e fundou a Vila do Rio
Grande de São Pedro." (Patrícia Lima)
Poesia da Vírgula
E vilões.
Esse , juiz , é corrupto
Esse juiz é corrupto.
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10) Explique a ambiguidade existente na frase e, em seguida, reelabore a frase original de modo a eliminar
a ambiguidade.
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Dos recursos linguísticos presentes nos quadrinhos, o que contribui de modo mais decisivo para
o efeito de humor é a
De acordo com essa pesquisa, o alvo inicial para a redução mais rápida dos focos do mosquito vetor da
dengue nesse município deveria ser constituído por:
15) A tabela abaixo representa, nas diversas regiões do país, a porcentagem de mães que amamentavam
seus filhos nos primeiros meses de vida.
Período de aleitamento
Região Até 4º. mês ( em %) De 9 meses a 1 ano ( em %)
Norte 85,7 54,8
Nordeste 77,7 38,8
Sudeste 75,1 38,6
Sul 73,2 37,2
Centro-oeste 83,9 47,8
(Ministério da Saúde)
Ao ingerir leite materno, a criança adquire anticorpos importantes que a defendem de doenças
típicas da primeira infância. Nesse sentido, a tabela mostra percentualmente que as crianças brasileiras
mais protegidas dessas doenças eram as da região.
a)Norte c)Sudeste
b)Nordeste d)Sul