Contas A Receber

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Instituto Superior de Contabilidade e

Auditoria de Moçambique

Tema: Contas a receber e pagar ( e operações com terceiros)

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria-laboral

Turma: 01
Sala:02
Cadeira: Contabilidade Financeira

Discente:
Rosemary Boavida Nhantumbo

Docente: David Boane

Maputo, 9 de novembro de 2021


Índice
Introdução-----------------------------------------------------------------------------------2
Objectivo geral e esppecificos------------------------------------------------------------3
Contas a receber e a pagar(Operacoes com fornecedores)----------------------------4
Vendas e operações com clientes---------------------------------------------------------5
Letras (a receber e a pagar)----------------------------------------------------------------7
O Endosso-----------------------------------------------------------------------------------11
O Protesto------------------------------------------------------------------------------------11
A Reforma------------------------------------------------------------------------------------12
Estado e Outros entes Publicos-------------------------------------------------------------14
Calculo com IVA-----------------------------------------------------------------------------16
Devedores e Credores------------------------------------------------------------------------21
Acréscimos e Diferimentos -----------------------------------------------------------------22
Exercicio de Aplicacão ----------------------------------------------------------------------24
Conclusão--------------------------------------------------------------------------------------27
Referência Bibliográfica---------------------------------------------------------------------28

1
Introdução

O presente trabalho debruca acerca das contas a receber e a pagar , esta classe
destina-se a registar as operações relacionados com clientes , fornecedores ,
pessoal ,Estado e outros entes públicos , financiadores , acionistas , bem como outras
operações com terceiros que não tenham cabimento nas contas anteriores ou noutras
classes especificas.

2
Objectivo geral
O objetivo geral deste trabalho é trazer um estudo compreensível e sintetizado em
relação ao tema contas a receber e pagar (e operações com terceiros) , e explicar com
exatidão, clareza tudo relacionado com o tema em estudo.

Objetivos específicos
O presente trabalho tem como tem como objetivos específicos:

 Apresentar o funcionamento das contas a receber e a pagar ;

 Planeamento de venda , gestão de fornecedores ,clientes ;

 Emissao de letra , no mesmo falar acerca saque , protesto, endosso, protesto e


reforma.

 E por último apresentação da conta Estado e outros entes públicos e bem como
dos devedores e credores.

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Contas a receber e a pagar ( e operações com fornecedores)
Contas a receber
São valores que a empresa tem a receber de seus clientes. Nela estão benefícios
futuros que a empresa concordou com seus clientes.
Em outras palavras, são todos os valores que entram no caixa, obtidos através dos
aumentos (entradas) e também com as reduções (baixas)
Esta conta é composta por letras de câmbio, títulos de credito e promissórias a favor
da empresa.

Contas a pagar
São as obrigações financeiras de uma empresa, como o salario dos colaboradores e as
compras feitas com fornecedores e as compras feitas com fornecedores. Também
podem incluir impostos e outras obrigações fiscais. Basicamente, é tudo que a
empresa gasta , seja com materiais , manutenção , entre outros gastos.

Operações com terceiros


O capital de terceiros corresponde a todos os recursos oferecidos por uma entidade
externa as empresas , que vem de fora de uma organização empresarial.
Na contabilidade o capital de terceiros é formado por todo o passivo exigível . Alguns
exemplos de passivos que formam o capital de terceiros , alem dos empréstimos ,são
os financiamentos e as dividas e fornecedores .
Prioridades e os objetivos das operações de capital de terceiros:

 Equilibrar o fluxo de caixa da empresa ;


 Refinanciar alguma solicitações de credito anteriores ;
 Pagar multas e taxas inesperadas ;
 Investir na operação da empresa ;
 Entre outras finalidades.

Compras e operações com fornecedores


Compras

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Regista o custo das aquisições de inventários e activos biologiocos destinados a
consumo ou venda . inclue os encargos adicionais suportados nas compras ate ao local
de armazenagem. Debita -se por contrapartida das contas 1.1 –Caixa ou 1.2 – Bancos e
da conta 4.2- Fornecedores consoante as aquisições sejam efectuadas a pronto ou a
prazo. Esta conta saldara sempre por debito das contas 2.2-Mercadorias ou 2.6-
Materias primas , auxiliares ou materiais ,consoante se trate de bens adquiridos para a
venda ou para transformação.
Operacoes com fornecedores
4.2 -Fornecedores
A conta 4.1-Fornecedores “ Regista as operações a prazo com vendedores de bens ou
serviços que se destinem à actividade normal da empresa”.
O saldo desta conta em regra é credor, podendo pontualmente haver algum saldo
devedor.
No balanço estes saldos devedores devem ver evidenciados no Activo-Dividas de
terceiroscurto prazo e os saldos credores no passivo-Dividas a terceiros-curto prazo.
4.2.1 Fornecedores em conta corrente
Na conta 421-Fornecedores c/c registam-se as dividas a fornecedores que não estejam
representadas por letras ou outros titulos a pagar.
A conta Fornecedores é:

Debitada Creditada
 Pagamento  Compras a prazo
 Aceites de letras  Notas de debito
 Notas de credito  Anulacao de aceites
 Devolucoes

Vendas e operações com clientes

7.1 Vendas
As vendas compreendidas nesta conta são relativas a meios que actividade corrente da
empresa prevê que sejam objectos de vendas : mercadorias , produtos acabados ou
semi-acabados e outros materiais( matérias primas , subsidiarias ,auxiliares).
Os descontos e outros abatimentos comercias a clientes (bónus de quantidade ,
descontos a grossistas ) , os descontos financeiros de pronto pagamento , desde que

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incluídos nas facturas de vendas , obrigam a contabilização destas pelo seu valor
liquido.
Os descontos e abatimentos comerciais são debitados na subconta da conta 7.1 ,
correspondente a venda sobre os quais se procedeu o abatimento .
Os descontos financeiros são debitados na subconta 6.9.5 – desconto de pronto
pagamento concedidos .
No encerramento do exercício se por qualquer motivo , determinadas vendas não
poderam ser ainda facturadas , o seu montante deve ser contabilizado na conta 4.9.3 –
acrescimo de rendimentos a credito da conta 7.1 –vendas.
Segundo o código do IVA , as facturas devem ser emitidas ate ao quinto dia utel
seguinte em que os bens são postos a disposição do adquirente ,devem ser datadas e
numeradas sequencialmente , e conter a quantidade e denominação nos bens
transmitidos, o preco liquido de imposto , a taxa e o montante do imposto devido .
As contas da classe 7 são contas de acomulacao de credito , sendo debitadas apenas
para correccao de valores creditados , como discontos , devoluções , etc
Operacoes com cliente
4.1 Clientes
A conta 4.1-Clientes “compreende as vendas a pazo decorrentes de vendas de bens ou
serviços da actividade normal da empresa”.
O saldo desta conta é, em regra, devedor, podendo no entanto haver alguns saldos
credores, que no balanço devem figurar na massa patriomonial dividas a terceiros-
curto prazo.
4.1.1 Crédito em conta correntes
Na conta 4.1.1- Clientes c/c registam-se todas as dividas de clientes que não se
encontrem representadas por titulos de crédito.
Esta conta deve desdobrar-se em subcontas, tantas quanto os clientes da empresa,
constituindo esse conjunto de subcontas o ficheiro de clientes.

A conta cliente é:

Debitada Creditada
 Venda a credito  Pagamento de clientes
 Nota de debito  Saques de letras
 Anulacao de saques  Notas de credito
 Devolucoes
 Creditos e cobrança duvisosa

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4.1.2 Clientes-Titulos a receber
Na conta 4.1.2 Clientes-Titulos a receber “ inclui as dividas de clientes representadas
por
titulos ainda não vencidos”.
O saque de letras e outros titulos por motivo de vendas registado a débito da conta em
epigrafe pode ser contabilizado a crédito da subconta “Clientes” diferente da 4.1.1
“Clientes, c/c”. Aquando do pagamento ou amortização da letra, será creditada a
conta
4.1.1 e simultaneamente eliminado o movimento anteriormente descrito.
De modo análogo, o desconto as mesmas letras e titulos pode ser contabilizado a
crédito de
subconta “Clientes” diferente da 4.1.2 “ Clientes-Titulos a receber”, devendo, no
entento,
fazer-se a respectiva transferência para esta logo que se tome conhecimento da sua
extinção, por pagamento, reforma ou anulação.
Para efeitos de balanço, os saldos das contas credoras atrás referidas serão abatidos
aos
saldos da 4.1.1 “Clientes, c/c” e “ 4.1.2 “ Clientes-Titulos a receber”, respectivamente.
Operações com letras ou títulos.

Letras (a receber e a pagar)


Quando os débitos estão representados por titulos de credito, dizem-se titulados;
casos
contrario,consideram-se não titulados.
A letra é um titulo de credito pelo qual a pessoa que o emite (sacador) dá ordem a
outra
(sacado) para lhe pagar a si, ou à sua ordem (outra pessoa), uma determinda
importância
em divida (valor nominal da letra), numa determinada data (vencimento).
Há assim, no momento da emissão da letra, dois intervenientes a considerar:
- O sacador, que é a pessoa que a emite e adquire os direitos consignados na letra;
- O sacado, que é a pessoa que fica com a obrigação de pagar a letra, na data do seu

7
vencimento
Entre outros aspectos legais, devemos referir que a letra para produzir efeitos plenos
deverá
conter os seguintes elementos essenciais:
 A palavra letra escrita no próprio titulo;
 O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada;
 O nome da entidade que a deve pagar;
 O nome da entidade a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
 Indicação da letra em que é sacada;
 Assinatura de quem passa a letra ( sacador)
Os requisitos não essenciais são:
 Época de pagamento
 Lugar de pagamento
 Lugar onde a letra foi emitida.
Para uma maior garantia de pagamento da letra é normalmente prestado o aval. Este
corresponde a uma garantia de pagamento dada por terceiro, ou mesmo um signatario
da
letra a favor de um dos intervenientes. Quando não é mencionado o interveniente a
favor
do qual se dá o aval, considera-se como sendo dado ao sacador. Dador de aval,
designa-se
avalista e é responsavel da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada.
A letra, à semelhança de outros titulos de crédito, está sujeita a um conjunto de
operações,
que são: saque, endosso, aceite, desconto, reforma, recâmbio e protesto.

Saque
O saque é a ordem de pagamento, isto é, corresponde à emissão da própria letra.
Sacar uma
letra consiste em emiti-la, ou seja, em ordenar a alguém (sacado) o pagamento de uma
certa
quantia na data de vencimento. Sendo assim, ele é efectuada pelo sacador’

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Emissão ou saque da letra

Descrição Conta a debitar Conta a creditar

Emissão ou saque da 4.1Clientes 41 Clientes


letra 4.1.2 Clientes-titulos a 411 Clientes-clientes c/c
receber

Suponhamos que a KNOW HOW, Lda, tem um crédito sobre Franck&Atanazio, Lda.,
de Maputo, no valor de 600,00 e procedeu ao saque n⁰37190 pelo respectivo valor,
em 29-5-2000.
Nesta operação, a KNOW HOW, é o sacador e Franck&Atanazio é o sacado.
A KNOW HOW fará o seguinte registo contabilistico:

O operação Conta a Conta a Valor


debitar creditar
Emissao do saque 412 411 600,00
n° 37190

DESCONTO BANCÁRIO
A operação de desconto da letra consiste no recebimento antecipado (antes da data
do vencimento) do valor liquido de desconto (valor nominal menos encargos de
descontos).
Para se efectuar o desconto, a empresa deve endossar a letra ao banco e preencher uma
proposta de desconto. Posteriormente receberá um aviso de lançamento comunicando o
valor registado em conta e os encargos de descontos.
Os encargos de descontos são diversos e variáveis consoante a situação. Os mais
vulgares são:
Juros (premio de desconto):que se determina recorrendo à formula:

J = Juro
L = Valor nominal da letra

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n.= n⁰ de dias que falta para o vencimento + 2 dias
t.= taxa de desconto

 Comissão de cobrança: que representa uma percentegem sobre o valor


nominal da letra de acordo com limites.
 Portes: são despesas devidas por cominicação (gastos postais, telefonicos, fax
e email).
 Imposto (de selo): que é uma percentagem do somatorio dos encargos
=tx.imp.x (juros+comissão).

Encargos bancários = Juro + comissão de cobrança+imposto de selos+portes

Os registos contabilisticos a fazer após a recepção de aviso de lançamento variam


acordo com o método utilizado. Apresentamos de seguida o mais usual:

Descricao Conta a debitar Conta a creditar


Liquido produto de 121
desconto (L-Enc)
Encargos 6915
Valor da letra 412

Vamos proceder ao cálculo dos encargos do saque n⁰ 37190, da KNOW


HOW., cuja a proposta de desconto foi apresentada em 29-05-2000, no Banco
Qualquer. Trata-se de uma letra domiciliada, uma vez que deverá ser pagar
Banco Tal.
As taxas a utilizar são as seguintes:
Taxa de juro-12%
Comissão de cobrança - 4‰
Imposto de selo-7%
Porte-2,00

Resolução:
Juro (J) = (600,00 x 12 x 92)/36.500 = 18,14
Comissão de cobrança = 600,00 x 0,004 = 2,40
Imposto de selo = (18,14 + 2,40) x 0,07 = 1,43
Portes = 2,00
Imposto de selo 23,97

Valor a creditar na conta do cliente (Liquido produto de desconto) = 600-23.9


=576,03.

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Lançamentos :

Operação Conta a debitar Conta a creditar


Valor depositado 121 576,03
( LEnc)
Encargos de 6915 23,97
descontos
Saque n⁰37190 412 600,00
O ENDOSSO
Consiste na transmissão da letra a outrém pelo tomador ou portador. Apenas podem
ser transmitidas, por endosso, as letras que contenham a cláusula á ordem, isto é,
quando forem titulos à ordem. A entidade que transmite a letra por endosso designa-
se endossante; aquela que a recebe por endosso, endossado.
Para se efectivar o endosso basta inscrever no verso da letra a expressão “ pague-se ao
Fulano de tal (nome do benificário) ou à sua ordem”, seguida da assinatura do
endossante. Aparecendo apenas esta última, o endosso diz-se em branco.
Suponha que a KNOW HOW, Lda., transmite a letra a MANOMAGNATA, para
pagamento de uma divida a este fornecedor.
Registo contabilístico:

Operação Conta a Conta a Valor


debitar creditar

Endosso do saque 411 412 600,00


n⁰37190

O PROTESTO
Se na data do vencimento o sacado (aceitante a partir do momento em que assina a
letra) não efectuar o seu pagamento, o portadorda mesma poderá protestá-la nos dois
dias seguintes à aquele em que a letra é pagável.
Na data de vencimento da letra a mesma pode encontrar-se em carteira ou na posse
do Banco.
Protesto da letra em carteira
Neste caso o protesto dá origem a dois registos: um pela anulação do saque, outro
pelas despesas de protesto, que são debitadas directamente ao cliente.
No exemplo apresentado, se Franck&Atanazio, Lda., não pagar a letra no seu
vencimento, a KNOW HOW, Lda., procederá ao protesto da mesma. Suponhamos
que as despesas com o protesto somaram 50,00 sendo paga pelo sacador, e
debitadas ao cliente.

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Operação Conta a debitar Conta a creditar Valor
Anulação do saque 411 412 600,00
n⁰37190
Despesas do 411 111 50,00
protesto

Protesto da letra na posse do Banco


Neste caso, poderão surgir duas situações diferentes, consoante a letra se encontre no
Banco para cobrança ou tiver sido descontada.
Analisemos cada caso por si:
A letra encontra –se à cobrança no Banco
Perante uma situação destas o banco:
1. Ou devolve a letra, enviando, juntamente, uma nota de débito, com as despesas do
recâmbio (suponhamos no exemplo que vimos analizando que as mesmas somaram
2,00).
Contabilisticamente teremos:

Operação Conta a Conta a Valor


debitar creditar
Valor do saque n⁰ 411 413 600,00
37190
Depesas de 411 121 2,00
recambio

2. Ou envia, ele próprio, a letra para o protesto, remetendo da mesma forma ao


portador da letra uma nota de débito, com as despesas de protesto e recâmbio
(suponhamos que os encargos de recâmbio e de protesto somaram 52,00).

Contabilisticamente teremos:

Operação Conta a Conta a Valor


debitar credita
Valor do saque n⁰ 411 431 600,00
37190
Despesas de 411 121 52,00
recambio e
protesto

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Reforma e outros entes públicos

A REFORMA
A reforma consiste na substituição de uma letra antes do seu vencimento, por outra ou
outras, com vencimento posterior. Esta operação, muito frequente, deve-se ao facto
do aceitante não liquidar, no todo ou em parte, o valor nominal da letra na data de
vencimento.
Duas situações podem ocorrer numa reforma:

 O aceitante paga uma parte do valor nominal da letra antiga, aceitando uma
nova letra: reforma parcial;
 O aceitante substitui a letra antiga, na sua totalidade, por uma nova, pagando
qualquer quantia: reforma total.
Reforma total ou integral
A reforma diz-se total quando o sacado não efectua qualquer pagamento na data do
vencimento, e a letra vencida é substituida por outra ou outras com vencimento
posterior.
A nova letra poderá ser do mesmo montante da letra vencida, caso as despesas da
reforma e
o custo da nova letra ou letras sejam pagos à parte, ou de montante superior, caso a
nova letra as inclua.
Analisemos estas duas situações:
Suponhamos que Franck&Atanazio, Lda. Solicita à KNOW HOW, Lda a reforma total do
saque n⁰ 37190 (aceite n⁰ 2186), sendo os juros e encargos com a reforma de 20,00.
A) Os juros e encargos são incluido na nova letr
Contabilisticamente teremos:
- Pela anulação do saque n⁰37190

Operacoes Conta a debitar Conta a creditar Valor


Anulacao do 411 412 600,00
saque n°37190

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- Pelo recebimento dos juros e restantes encargos

Operacoes Conta a debitar Conta a creditar Valor


Juros e encargos 411 7819 20,00
(NT de Débito
p/cliente)

Reforma parcial
Mas nem sempre há reforma total. A reforma diz-se Parcial quando a letra
vencida for substuida por uma ou mais cujo montante total é inferior ao da
letra vencida.

Suponhamos que o saque o saque n⁰ 37190 era reformado, pagando


Frank&Atanazio, Lda.
300,00 na data de vencimento, aceitando nova letra (saque n⁰ 37320), pelo
restante. Como
no caso anterior, a nova letra poderá ou não incluir juros e restantes
encargos de reforma
- Pela emissão do saque n⁰ 37320

Operacao Conta a debitar Conta a creditar Valor

Anulação do saque 412 411 620,00

n⁰37190

B) B) Os juros e restantes encargos são recebidos à parte:


- Pela anulação do saque n⁰ 37190

Operacao Conta a debitar Conta a creditar Valor


Anulação do saque 411 412 600,00
n⁰37190

Estado e outros entes públicos


4.4 - ESTADO
Esta conta indica a relação que os sujeitos passivos (contribuintes) têm com o Estado.
A Conta 44-Estado pode assumir o saldo devedor ou credor.

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Devedor-Estado
Regista as situações em que o estado fica em débito por conta de impostos que a
empresa tem direito a recuperar ou a compensar futuramente.
Credor-Estado
Compreende os créditos a favor do Estado e que tenham caracteristicas de impostos e
contribuições obrigatória para a segurança social garantida pelo Estado.
4.4.2 Impostos
Vamos tratar todos os impostos de uma forma leve, com excepção do IVA, enunciando
apenas as considerações gerais, as incidências, insenções e todos aspectos relevantes
para cada um deles. Os impostos em que os contabilistas devem saber (no minimo)
com total domínio são :

 IRPS, significa Imposto Sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares


 IRPC-Imposto Sobre o Rendimentos das Pessoas Colectivas
 IVA-Imposto Sobre o Valor Acrescentado
 Contribuições para a Segurança Social (será estudado mais adiante)
4.4.2.1 Imposto Sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares
O imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares-IRPS é m imposto directo que
incide sobe o valor global anual dos rendimentos, mesmo quando provenientes de actos
ilicitos.
Os rendimentos a que referimos acima provêm das categorias seguintes, depois de feitas
as correspondentes deduções e abatimentos:
 Primeira Categoria: rendimentos do trabalho dependente
 Segunda Categoria: rendimentos empresariais e profissionais
 Terceira Categoria: rendimentos de capitais e de mais-valias
 Quarta Categoria: rendimentos prediais
 Quinta Categoria: outros rendimentos
Ficam sujeitos a IRPS as pessoas singulares que residam em território moçambicano, e
as que, não residindo, tenham obtido aqui os seus rendimentos.
Existindo agregado familiar, o imposto é devido pelo conjuto dos rendimentos das
pessoas que o constituiem. (Idem)
O IRPS devido pelas pessoas residentes em território moçambcano incide sobre a
totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse território.
Para os não residentes, o IRPS incide apenas sobre os rendimentos obtidos em território
moçambicano. (Idem)
Retenção na fonte
- Ver Código do IRPS (CIRPS)

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IRPS-Rendimento da primeira categoria ( Trabalho Dependente)

Depois de lido o CIRPS, passemos para exemplo prática para o bom entendimento:
Suponhamos que o senhor TioJosé que trabalha na KNOW HOW, Lda que aufere um
salário de 10.000,00, a entidade patronal deve reter, a titulo de IRPS, 10% do valor do
seu salario .
Retenções de Rendimentos de outras categoria
A taxa de retenção na fontes nas restantes categorias é de 20%. São tributados à taxa de
10% :
 Os juros de depósito à ordem ou a prazo;
 Os rendimentos de titulos de divida, incluindo obrigações;
 Os ganhos em numerário provenintes de jogos como lotarias, rifas e apostas
mútuas.

4.4.2.2 Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas


Ver código de IRPC (CIRPC)
O imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRPC é um imposto directo
que incide sobre os rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de actos ilicitos,
no periodo de tributação, pelos respectivos sujeitos passivos, nos termos deste codigo
São sujeito passivo do IRPC, as sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as
cooperativas, as empresas públicas e as demais pessoas colectivas de público ou
privado, com sede efectiva em território moçambicano.
O IRPC incide sobre o lucro dos sujeitos passivos que exerçam, a titulo principal, uma
actividade de natureza comercial, industrial ou agricola.
O IRPC é aplicado a todas empresas colectiva com sede ou direcção efectiva no pais
mesmo se os rendimentos forem obtidos fora do território nacional.
As taxas aplicáveis são de 32% para todas as actividades.
São tributados em 20% os rendimentos sujeitos a retenção na fonte.
Estão isentas de IRPC as entidades de bem público, social ou cultural, as associações de
utilidade pública que tenham por fim actividades cientificas, culturais ou de caridade e
assistência e os rendimentos directamente derivados do exercicio de actividades
culturais, recreativas e desportivas
As cooperativas agrárias, de artesanato e culturais têm uma redução de 50% da taxa
geral do IRPC
Este imposto é pago em três pagamentos por conta, com vencimento nos meses de
Maio, Julho e Setembro do próprio ano a que respeita o lucro tributável e remanescente

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(se houver), até ao termo do prazo fixado para a apresentação da declaração periódica
(31 de Maio).
As entidades que tiverem optado por um periodo anual de imposto diferente do
estabelecido farão os seus pagamento por conta nos meses de Julho, Setembro e
Novembro do respectivo periodo de tributação.
Calculo de IVA
O IVA foi ntroduzido no sistema fiscal moçambicano através do Decreto nº 51/98, de
29 de Setembro, que aprovou o código do imposto sobre o valor acrescentado.
O IVA enquadra-se nos denominados impostos indirectos, isto é, os que recaem sobre o
consumo de bens e serviços, não incidindo propriamente sobre o valor acrescentado da
empresa, entendido este como tudo aquilo que esta adiciona aos bens e serviços
adquiridos no exterior, mas sim sobre uma simplificada daquele conceito, traduzida pela
diferença entre o valor de vendas de bens ou serviços e valor das compras que
incorporam; trata-se duma diferença entre as entradas e as saidas.
“ O IVA é um imposto geral sobre os produtos e serviços que assegura uma igualidade
de tributação ao nivel do consumidor final entre os produtos criados no pais e os
importados, e isto independentemente da extensão dos circuitos de produção e de
distribuição ou da natureza dos meios intervenientes”.
Diremos então que o IVA é:
a) Um imposto sobre o consumo, porquanto destina-se a tributar as despesas de
consumo (bens ou serviços); embora sejam as empresas que têm de o entregar ao
Estado, que o suporta de facto, é o consumidor final.
b) Um imposto plurifásico, porque incide sobre todas as fases do circuito económico,
independentemente da sua extensão (produção e/ou distribuição).
c) Um imposto que garante a igualidade tributária, dado que é proporcional ao preço do
produto ao nivel do consumidor final. Permite que dois produtos vendidos a retalho pelo
mesmo preço suportem igual imposto, isto é, a preço igual imposto igual.
d) Um imposto que assenta na compensação nas fronteiras, visto ser tributado no pais de
consumo ou destino. Dai a necessidade dum ajustamento nas fronteiras que consiste, em
caso de exportações, em não tributar o bem ou serviço exportado. O produto é “ isento
na exportação” para que o imposto seja suortado no pais de destino. Em contrapartida, o
produto importado ao transpor a fronteira fica sujeiton ao imposto do pais em que entra.
Este aspecto possibilita a desoneração dos bens por forma a que as trocas se processem
a preços de factores produtivos, que poderá estimular a sã concorrência nas economias
de mercado.
e) Um imposto com pagamentos fraccionados. A soma do imposto pago em cada uma
das fases do circuito económico corresponde exactamente ao imposto que se
cobraria se incidisse, de uma só vez, na última fase (consumidor final). Cada um
dos intervenientes paga a totalidade do imposto liquidado até à sua fase: por um
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lado, ao fornecedor aquando da aquisição; por outro lado, ao Estado aquando da sua
transmissão/prestação sendo este último compensado com o valor liquidado pelo
fornecedor.
f) Um imposto que, geralmente, não é suportado pela empresa pois esta actua apenas
como sua colectora. Assim, os agentes economicos limitam-se a entregar ao Estado o
montante correspondente à diferença entre o imposto liquidado nas suas vendas e o que
lhes seja liquidado nas compras que efectuem. Em suma, e em termos gerais, não
constitui custo dos agentes económicos o valor do imposto que lhes seja liquidado a
montante.

Métodos de cálculo do Iva


Como se referiu, o IVA pretende tributar o consumo em todas as fases do circuito
económico. Este objectivo poderá ser atingido através de dois métodos distintos:
a) “ Método directo subtractivo”, ou “ Método da dedução base da base”, ou ainda
“Método contabilistico”
Neste método o imposto é calculado pela aplicação da respectiva taxa ao valor
acrescentado em cada fase do circuito económico. As dificuldades da adopção deste
método estão directamente relacionadas com a possibilidade da existência de mais de
uma taxa de imposto ( não é o caso da nossa Lei), tornando-se praticamente inaplicável
no caso dos inputs estarem sujeitos a taxas diferentes dos outputs.
b) “Método indirecto substractivo” ou “Método de dedução de imposto”, ou ainda
“Método de crédito do imposto”, ou ainda “Método das facturas”.
Neste caso é calculado pela aplicação da respectiva taxa ao valor acumulado em cada
fase ( produto das vendas e serviços prestados pela empresa), subtraindo-lhe o montante
do imposto suportado na fase imediatamente anterior (compra de bens e serviços pela
empresa).Este método caracteriza-se pela simplicidade e pela possibilidade dos agentes
económicos disporem de dados objectivos ( facturas ou documentos equivalentes) que
lhe permite um correcto apuramento do imposto a entregar nos cofres do Estado. As
empresas no geral devem adoptar este método.

Uma regra geral a tomar em consideração é a de que o IVA não é um custo das
empresas (dos sujeitos passivos), embora existam excepções, conforme veremos
adiante.
O método adoptado para o cálculo do IVA a pagar admite as seguintes situações
passiveis relativamente a cada período:
 IVA debitado a clientes = IVA debitado por fornecedores
 IVA debitado a clientes > IVA debitado por fornecedores
 IVA debitado a clientes < IVA debitado por fornecedores

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A primeira situação é neutra em termos de entrega de imposto. (porém é obrigatório a
entrega da declaração do IVA).
Na segunda existe imposto a entregar ao Estado.
Na terceira existe imposto a recuperar do Estado, imposto este pode ser repecurtido nos
periodos seguintes ou objecto de reembolso, caso se encontre reunidos os
requisitosprevistos por lei.
Do exemplo anteriormente apresentado decorre que, nas operações efectuadas entre
sujeitos passivos residentes no território nacional, a liquidação do imposto é efectuada
por quem vende os bens ou presta os serviços.
Nas transmissões de bens efecuadas entre sujeitos passivos localizados em diferentes
paises, não funciona a regra da origem mas sim a regra do destino, sendo as operações
tributadas no pais onde os bens são consumidos
.Isenções e taxas
- Ver CIVA
Insecoes
Alguns exemplo de isenções:
Agricultura, alimentos de primeira necessidade (farinha de milho, arroz e pão),
exportações, operações bancárias e financeiras, seguros e rendas, selos, cantinas de
estabelecimntos de ensino e hospitalares, creches, centros sociais, actividades artisticas,
de desposto e educação fisica, ensino, formação profissional, livros e jornais,
medicamentos e mais ...
Taxas
Taxa única de 17%

Esclarecimento:
4437 IVA a pagar, significa, há que entregar à recebedoria do bairro fiscal o valor do
imposto apurado.
4438IVA a recuperar, a empresa tem imposto a receber do Estado; pode pedir o seu
reembolso (transferindo o saldo (x) para a conta 4439 IVA reembolsos pedidos) ou
fazer o certo no próximo periodo de entrega da declaração periódica, transferindo o
saldo (x) para a conta 445 IVA apuramento.

IVA SUPORTADO NAS AQUISIÇÕES DE BENS E SERVIÇOS


Esta conta, de uso facultativo, é debitada pelo IVA suportado em todas as aquisições de

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existências, imobilizados ou de outros bens e serviços.
O IVA suportado corresponde ao imposto:
 Debitados pelos fornecedores de bens e serviços igualmente sujeitos passivos
do imposto;
 Liquidado pelos serviços alfandegários relativamente a bens importados de
paises terceiros;
 Liquidado pela própria empresa relativamente a autoconsumos e operações
gratuitas;
 De acordo com o já referido, o IVA, de um modo geral, não constitui um custo
para a
De acordo com o já referido, o IVA, de um modo geral, não constitui um custo para as
empresas, devendo ser deduzido ao imposto liquidado. Mas há excepções como
veremos mais adiante.
Nas aquisições internas e nas importações (compras a paises terceiros) o IVA suportado,
ainda que dedutivel, implica um custo financeiro para as empresas.Só confere direito à
dedução o imposto mencionado em facturas e documentos equivalentes( nota de débito
ou de crédito, V.D e recibo de adiantamento) passados em forma legal, bem como no
recibo de pagamento do IVA que faz parte das declarações de importação, em nome e
na posse do sujeito passivo. Não poderá dedizir-se imposto que resulte de operação
simulada ou que seja simulado o preço constante da factura ou documento equivalente.
Alguns exemplos:
Só se aceitam deduções de:
 Energia electrica: 62%
 Agua: 75%
 Gasóleo: 50%
Algumas empresas, no exercicio da sua actividade, efectuam transmissões de bens e
prestações de serviços em que umas conferem o direito à dedução e outras não conferem
o direito a dedução. São sujeitos passivos mistos. É o caso, por exemplo, de uma
empresa que presta serviços de assessoria contabilistica e informática e,
simultaneamente, se encontra reconhecida para a prestação de serviços no âmbito de
formação profissional.As primeiras prestações de serviços são normalmente tributaveis
enquanto as segundas se encontram insentas.Nestas circunstâncias, o imposto suportado
é dedutivel apenas na percentagem
correspondente ao montante anual de operações que dêem lugar a dedução.
A percentagem de dedução atrás referida é vulgarmente designada por pro rata,cuja
deterninação resulta de uma fracção que tem no numeraddor o montante anual, imposto
excluido, das transmissões de bens e prestações de serviços que conferem o direito à
dedução e no denominador o montante anual, imposto excluido, de todas as operações
efectuadas pelo sujeito passivo, incluindo as operações isentas ou fora do campo do
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imposto, designadamente as subvenções não tributadas e que não sejam subsidios ao
investimento.
São excluidas do referido cálculo as transmissões de bens do activo imobilizado
utilizado
pela empresa e as operações imobiliárias ou financeiras que tenham carácter acessório.
O pro rata é calculado com base no valor das operações registadas no ano anterior,
sendo aplicado provisoriamente durante o exercício.

Devedores e credores
Registam outras operações da empresa com terceiros que não estejam abrangidas nas
contas clientes e fornecedores.

1. Fornecedor de investimentos de capital


A conta 461 Fornecedores de investimentos de capital, regista as operações efectuadas
com os vendedores de bens ou serviços destinados ao activo tangivel.
A movimentação desta conta é semelhante a da conta 42 Fornecedores a única diferença
entre as duas é que a conta 461 serve apenas para registar as compras a prazo de activo
tangivel.
Ela divide – se em:
4611 Fornecedores de investimento de capital c/c
4612 Fornecedores de Inv de capital – Titulos a pagar
4613 Fornecedores de inv de capital - adiantamentos
4619 Outras operações
2. Pessoal
Para além das operações relativas ao pessoal, esta conta abragem as que se reportam aos
orgãos sociais, entendendos – se que estes são constituidos pela mesa da assembleia
geral, administração, fiscalização ou outros corpos com funções equiparadas.
Ela divide – se em:
4511 Adiantamento aos orgões sociais
4512 Adiantamento aos trabalhadores
4518 Outras operações com órgãos sociais
4519 Outras operações com trabalhadores

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4621 Remnerações a pagar aos orgãos sociais4622 Renumerações a pagar aos
trabalhadores
4628 Outras operações com os orgãos sociais
4629 Outras operações com os trabalhadores
PROCESSAMENTO DAS REMUNERAÇÕES
As empresas devem processar remunerações a pagar aos trabalhadores todos meses
visto que os custos com pessoal varia de mês para mês (atenção: os salários bases são
fixos, estipulados por um contrato e aumentam consoante regras especificas). Os
trabalhadores recebem prémios, bonus, sofrem descontos, faltam ou pedem dispensas,
fazem horas extras, por estas e por outras as empresas devem processar todos os meses
as remunerações.

. ACRESCIMOS E DEFERIMENTOS
Vamos recordar o principio da acrescimo para melhor compreendermos os acrescimos e
deferimentos.
Principio refere que“ A empresa deve reconhecer os rendimentos e os gastos à medida
que eles ocorram, tenham ou não sido recebidos ou pagos, devendo inclui – los nas
demonstrações dos exercicios a que respeitam’
Para que o referido principio contabilistico de acrescimo possa ser cumprido, e a fim de
se ultrapassGasto/Perdaarem as dificuldades inerentes a uma adequada determinação
dos resultados no final de cada exercicio, existe a conta acréscimos e deferimentos.
O quadro resumo de acréscimos e diferimentos:
Natureza Periodo Natureza financeira
ecónomica
Gasto/Perda Despesas do ano N mas Gastos diferidos
custos no ano N+1
Gasto/Perda Despesas do ano N+1 mas Acréscimo de gasto
custos do ano N
Rendimento/Ganho Receita do ano N mas Rendimentos
proveito do ano N+1 diferidos
Rendimento/Ganho Receita do ano N+1 mas Acréscimo de
proveito do ano N rendimentos

Acréscimo de rendimentos e gastos diferidos


Estas conta destina – se a registar os custos e os proveitos nos exercicios a que
respeitam.
Acréscimos de rendimentos

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Integram – se nos acréscimos de rendimentos aqueles que sejam relativos ao exercicio
em curso, mas que apenas irão ser recebidos e contabilizados como tal nos exercicios
seguintes.
Como por exemplo podem apontar – se os casos dos juros ( depósito a prazo, billhetes
de tesouro, etc) que se vencem no exercicio seguinte, contrato de assistência técnica a
receber, etc..

Gastos defiridos
Integram – se nos gastos diferidos os que tenham sido contabilizados no exercicio em
curso, mas que digam respeito a exercicios seguintes.
Como exemplos podem apresentar – se os casos das rendas pagas adiantadamente,
conservação plurienal, campanhas publicitárias, diferenças de câmbio desfavoraveis
(apenas em situações especiais), etc.
Acréscimo de gastos e rendimentos diferidos
Estas contas destinam – se a registar os gastos e os rendimentos no exercicios a que
respeitam.
Acréscimos de gastos
Integram – se nos acréscimos de gastos, os gastos relativos ao exercicio em curso que
apenas serão pagos e contabilizados como tal nos exercicios seuintes.
Como exemplos desta conta podem apresentar – se os seguintes: férias, subsidios de
férias e correspondentes encargos sociais a pagar no exercicio seguinte; juros a liquidar;
electricidade a liquidar; comunicação (telefone, telex, fax) a liquidar; seguro a liquidar,
etc..
O valor referido às férias, subsidios de férias e correspondentes encargos sociais é,
geralmente, uma das quantias mais significativas que fazem parte do saldo desta conta.
De notar que tal passivo se refere aos custos (gastos) incorridos no final de um ano mas
que só serão pagos no ano seguinte.
Rendimentos diferidos
Integram – se em rendimentos diferidos, os proveitos contabilizados no exercicio em
curso
que digam respeito a exercicios seguintes.

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Como exemplo desta conta podem apresentar – se as rendas recebidas adiantamente,
prémio de emissão (de obrigações e titulos de participação), diferença de câmbio
favoraveis (apenas em situações especiais), etc.

Exercicios de aplicação
Da escrita de J. Caetano, Lda. Obtivemos as seguintes informações, referente à conta de
Fornecedores em 30 de Novembro do ano passado:
Fornecedores...................................800.000,00
Fornecedores c/c............................300.000,00
Francisco Mata, Lda..............120.000,00
Sociedade Metalurgica do sul:180.000,00
Fornecedores-Titulos a pagar........500.000,00
Durante o mês de Dezembro, registaram-se as seguintes operações:
Dia 3-Pagamento a Francisco Mata, Lda, de 50% do valor em divida, recibo 1015.
Dia 4-Compra de mercadorias, 60 dias, à sociedade Metalurgica do sul, factura 10417:
150.000,00
Dia 10-Pagamento com cheque 10317 do BBI de 50% do valor da factura 10417, recibo
10321
Dia 11-Desconto de 8% concedido pela Sociedade Metalurgica do sul, sobre o valor da
factura 10417 pago antecipadamente, nota de crédito 104
Dia 12-Compra de mercadorias por 200.000,00 a Francisco Mata, Lda nas seguintes
condições (factura 987):
- Pagamento de 25% no acto da encomenda; desconto de 10% + 3% sobre o valor
pago, recibo 315.
- O restante pago a 90 dias.
Dia 17-Aceite 200 à Sociedade Metalurgica do sul, no valor da divida da factura 10417
Dia 26-Aceite 201 a francisco Mata no valor do saldo em divida.
Pedido:
1. Abertura de Razões auxiliares de Francisco Mata, Lda e da Sociedade Metalurgica do
sul
2. Balancete do razão auxiliar de Fornecedores
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Francisco Mata, Lda
OPERACOES DEBITO CREDIT SALDOS
DATA O DEVEDO CREDOR
R
199
Dezembr 1 Extensão 120,00
o Inicial
Dezembr 3 Recibo 1015 60,00 60,00
o
Dezembr 12 Factura 987 200,00 260,00
o
Dezembr 12 Recibo 315 43,65 261,35
o
Dezembr 12 Desconto 6,36 210
o
Dezembr 26 Aceite 201 210,00
o

No fim do mês a c/c de Francisco Mata encontra-se saldada.


Calculos do dia 12:
25% x 200.000,00 = 50.000,00
Desconto = 50.000,00 x 10% = 5.000,00
(50.000,00-5.000,00) x 3% = 45.000,00 x 3% = 1.350,00
5.000,00 + 1.350,00 = 6.350,00
Valor a pagar: 50.000,00-6.350,00 = 43.650,00

Sociedade Metalurgica do Sul


DATA OPERACOES DEBITO CREDITO SALDOS
DEVEDOR CREDOR
199
Dezembro 1 Extensão 180,00
Inicial

25
Dezembro 4 Factura 10417 150,00 330,00
Dezembro 10 Recibo 10321 75,00 255,00
Dezembro 11 Nota de 6,00 249,00
credito 104
Dezembro 17 Aceite 200 69,00 180,00
Dezembro

O balancete do razão auxiliar de Fornecedores c/c de J. Caetano, Lda é o seguinte:


CONTAS DEBITO CREDITO
SALDOS
DEVEDOR CREDOR
1 Francisco 320,00 320,00 - -
Mata, Lda.
2 Sociedade M 150,00 330,00 - 180,00
metalúrgica
do Sul
470,00 650,00 - 180,00

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Conclusão
Relativamente ao trabalho , pode- se concluir que as contas a pagar e a receber são
valores que auxiliam o gestor a determinar a saúde da empresa , destinando recursos
para pagar contas da empresa , como fornecedores e impostos e recebendo vendas feitas
para os clientes , e que o controlo destas informações permite dar continuidade a
produção e planejar o futuro dos negócios .

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Referencias Bibliográficas
FERREIRA ,A.B.H. Novo Dicionário da língua portuguesa. 2°edicao .Rio de janeiro . Nova
Fronteira .1986.p54-56.
<<Bancos . Qual a função dos Bancos? « Brasil Escola .Consultado em 9 de outubro
de2021.
BRITO Dalva .Sistema de contabilidade para sector Empresarial em Moçambique
1°edicao , Maputo . Texto Editor .1997.p.29-33.
OCAM ,Estudo das contas SCE,2014 p54-56,67-72.

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