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Resumo do artigo: O presente artigo tem como objetivo discutir as contribuições do psicólogo escolar no
processo de inclusão educacional de pessoas com deficiências. A pesquisa foi realizada com uma psicóloga
Escolar do Estado do Rio Grande do Norte da cidade de Mossoró, utilizando como o instrumento uma
entrevista estruturada com cinco perguntas, a metodologia utilizada foi à abordagem qualitativa. A discussão
dos resultados foi realizada por meio da análise do estudo descritivo, relacionando o diálogo da profissional
com aportes teóricos estudados sobre o tema. É perceptível através dos dados analisados que o trabalho da
psicologia no ambiente escolar é caracterizado por um serviço preventivo e terapêutico e, quando se trata de
inclusão educacional de pessoas com deficiência, ele tem um papel crucial na preparação dos profissionais
envolvidos, apoio familiar e suporte a comunidade discente, porém percebemos que a inclusão educacional
ainda está longe de seguir os paramentos exigidos pela constituição federal. Pois essa inclusão vai além dos
aspectos físicos, mas sim, nas barreiras atitudinais e metodológicas essas nas quais estão longe de serem
seguidas com coerência.
PALAVRAS- CHAVE: Educação, Inclusão, Pessoa com Deficiência.
INTRODUÇÃO
A psicologia, a cada dia, toma maior visibilidade e conquista seu espaço enquanto campo
profissional, relativamente nova no Brasil com possibilidades de atuação em diversos campos,
saindo da clínica tradicional, migrando com grande seriedade para as políticas públicas, áreas
jurídica, esportiva, empresarial, hospitalar e educacional, a qual terá maior destaque e visibilidade
em nosso trabalho.
O trabalho da psicologia no ambiente escolar é caracterizado por um serviço preventivo e
terapêutico. Quando se trata de inclusão educacional de pessoas com deficiência, ele tem um papel
crucial na preparação dos profissionais envolvidos, apoio familiar e suporte a comunidade discente.
Sendo assim, o objetivo do nosso artigo é discutir as contribuições do psicólogo escolar no processo
de inclusão educacional de pessoas com deficiências.
O psicólogo deve ter um olhar abrangente, ver o aluno com deficiência como um ser
biopsicossocial, e não olhando apenas o biológico, mas um ser que apesar das limitações é também
dotado de potencialidades.
O tema foi escolhido a partir do interesse, enquanto estudantes do curso de psicologia ,e por
acreditar que a educação inclusiva é a principal porta de socialização, inclusão e direito social do
indivíduo. A pesquisa foi realizada com uma psicóloga do Estado do Rio Grande do Norte,
utilizando como o instrumento uma entrevista estruturada com cinco perguntas de cunho subjetivo.
A discussão dos resultados foi realizada por meio de análise de conteúdo, relacionando o diálogo da
profissional com aportes teóricos estudados sobre o tema.
Assim, o artigo ora exposto se constitui a partir da seguinte ordem: um breve histórico sobre
a psicologia e o papel do psicólogo no contexto escolar, e a inclusão da pessoa com deficiência.
A psicologia, enquanto profissão no Brasil, foi regulamentada pela Lei n° 4119 27 de agosto
do ano de 1962. A referente lei regulamentou e institucionalizou cursos de graduação em psicologia
no país, inicialmente com um olhar tradicional clínico. O primeiro curso de graduação em
psicologia se deu na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, ao
final da década de 1960 haviam 78 psicólogos formados, as práticas eram centradas no
psicodiagnóstico, nas psicoterapias e nas técnicas de exame psicológico (SOUZA, 2009).
Foi aprovado por unanimidade, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da
Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 3.688/2000, que dispõe sobre a prestação de serviços de
Psicologia e Serviço Social nas redes públicas de Educação Básica.
A história da psicologia escolar e educacional no Brasil pode ser identificada desde os
tempos coloniais. A psicologia escolar foi uma das áreas a criticar o modelo de atuação que vinha
sendo desenvolvida pelos psicólogos. De acordo com Andrada (2005), o psicólogo escolar não pode
mais compactuar com o antigo modelo que até então regia toda a prática. Durante muito tempo,
permaneceu a ideia de que a prática desse profissional, cujos instrumentos iniciais eram testes para
medir a capacidade dos alunos, separando os aptos dos não aptos para a aprendizagem, sendo assim,
caracterizando um pensamento excludente. Nesse sentido:
Faz se necessário o psicólogo escolar ter uma visão de clínica ampliada que seria trabalhar
na promoção e prevenção da saúde na escola, muitos profissionais vem a fazer prática erradas em
hipótese, devido aos roteiros curriculares da graduação que prepara os profissionais com uma visão
clínica, com isso muitos psicólogos encontram dificuldades na prática. Ao se inserir como psicólogo
escolar é de grande relevância que esse profissional busque se especializar, fazer cursos que venha a
fortalecer a sua atuação nesse ambiente.
A escola tem o papel não apenas na construção intelectual do indivíduo, mas também de
proporcionar um referencial simbólico a partir de valores e visões que se coadunem com a realidade
social. Dessa forma, a escola é um espaço de construção e consolidação de valores que farão parte
de toda a vida do indivíduo.
METODOLOGIA:
A pesquisa foi realizada com uma psicóloga Escolar do Estado do Rio Grande do Norte da
cidade de Mossoró, utilizamos como abordagem a pesquisa qualitativa:
O instrumento utilizado para a coleta de dados foi à entrevista estruturada com cinco
perguntas de cunho subjetivo. A discussão dos resultados foi realizada por meio da pesquisa
descritiva, relacionando o diálogo da profissional com aportes teóricos estudados sobre o tema.
O ambiente de inserção da amostra se configurará enquanto fonte da pesquisa, levando em
consideração a relação entre o mundo e o indivíduo, e o processo de coleta de dados. O tipo de
pesquisa ora exposto pretende descrever os fatos e fenômenos da determinada realidade
(TRIVIÑOS, 1992).
Os dados foram colhidos através da entrevista estruturada que foi realizada com a
participante da pesquisa. Com o intuito de chegar aos objetivos propostos, à coleta de dados foi
realizada em um encontro com a profissional e as informações foram gravadas com a sua
autorização, foi pontuado que o presente artigo irá servir de subsídios acadêmico para a temática em
foco.
Primeira pergunta: Como você ver a inclusão dentro do espaço escolar, ela existe? A
profissional respondeu: “Sim, a inclusão existe. Contudo, a forma com ela é realizada e conduzida
ainda é precária.” A partir da resposta podemos perceber que é controversa, pois a inclusão não
pode acontecer mais ou menos, ela acontece ou não, para que aconteça tem que haver participação e
envolvimento de toda a comunidade escolar, dentro e fora da sala de aula.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei nº. 9394/96) estabeleceu,
entre outros princípios, a "igualdade de condições para o acesso e permanência na escola" e
recomendou que a educação para "educando com necessidades especiais” ocorra,
preferencialmente, na rede regular de ensino. Além das leis, notas técnicas e resoluções criadas,
temos presenciado nos últimos anos, intensas transformações na sociedade. Uma delas é o quanto se
tem discutido a respeito de inclusão social, e dos direitos das pessoas com deficiência.
Segundo Mantoan (2003), a temática da inclusão escolar vem rendendo, tanto no meio
acadêmico quanto na própria sociedade, novas e acaloradas discussões, o que contribui ainda mais
com as conquistas para este público e automaticamente para a sociedade.
Os termos e expressões empregados para designar as pessoas com deficiência tem gerado
inúmeras distorções no entendimento e na aplicação de seus significados. O critério no emprego do
referido termo não configura preciosismo linguístico, mas uma necessidade que se impõe para a
quebra de barreiras atitudinais, decorrentes de julgamentos equivocados sobre a capacidade das
pessoas com deficiência e o respeito às diferenças. Pudemos perceber que os termos adequados
ainda não foram incorporados pela sociedade.
Podemos também questionar: onde estão as pessoas com outros tipos de deficiência? Não
estão tendo acesso, oportunidade ou oferta do ensino garantidos pela Constituição Federal, a LDB e
tantos outros documentos? O que se tem feito para que esses direitos saiam do papel e sejam
garantidos na prática?
Pesquisadores: Como a psicologia escolar contribui para a inclusão das pessoas
com deficiência?
Pesquisadores: Como Psicólogo escolar quais orientações são dadas aos pais ou
responsáveis das pessoas com deficiência?
A próxima pergunta foi em relação aos sentimentos que envolve nesse processo de aceitação
da deficiência:
As crianças quando nascem são inseridas em um mundo projetado pelos pais; estão ali sendo
representadas pelas vontades e desejos deles, ao receber criança fora dos padrões estabelecidos pela
sociedade, surge uma variação de reações como: rejeição, dificuldade de aceitação, superproteção,
sentimentos de culpa, frustrações entre outras, sendo assim, analisamos o quanto importante é o
acompanhamento psicológico dos responsáveis pela criança com deficiência (FIGUEIRA, 2014).
CONCLUSÃO
Foi visto que são diversas contribuições que o psicólogo escolar pode dá nesse processo,
como por exemplo: Terapêutico, assistência e orientação à família, palestras, oficinas e outros. Além
disso, é fundamental que o profissional de psicologia esteja a par dos conhecimentos teóricos,
metodológicos para dar um suporte humanizando, vindo a estimular a subjetividade do aluno.
Diante dos resultados, percebemos que a inclusão educacional ainda está longe de seguir os
paramentos exigidos pela constituição federal. Não apenas nos aspectos físicos, mas sim, nas
barreiras atitudinais e metodológicas essas nas quais estão longes de serem seguidas com coerência.
Não podemos generalizar, mas é necessária maior visibilidade dos governantes na educação
especial/ inclusiva, investimentos, preparação, e interesse dos profissionais, para que possa colocar
em prática uma verdadeira educação de qualidade. Não podemos esquecer da família, a qual tem
um papel fundamental nesse processo de inclusão e aceitação da deficiência. Portanto, para que isso
aconteça, é necessário um trabalho em conjunto, tanto da comunidade escolar, família e sociedade.
REFERÊNCIAS
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intervenção. São Paulo; casa do psicólogo, 1997.
MEYRELLES, D. J. et. Al. Inclusão práticas pedagógicas e trajetórias de pesquisa. Porto alegre,
mediação, 2009.
MCNAMARA, Kathy. Adoption of intervention-based assessment for special education. School
Psychology International. v. 19, p. 251-266, 1998.
VIANA, M.N. Psicologia escolar: que fazer é esse? In: Conselho Federal de Psicologia- Brasilia –
CFP, 2016.
YSSELDYKE, Jim; GEENEN, Kristin. Integrating special education and compensatory
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Review, v. 25, n. 4, p. 418-430, 1996.