Enfer. 2017 - 1 Planejamento de Alta Hospitalar de Enfermagem... Fábio. Lígia. Thamilly

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PLANEJAMENTO DE ALTA HOSPITALAR DE ENFERMAGEM E TRANSIÇÃO

HOSPITAL/DOMICÍLIO DO PACIENTE: uma revisão sistemática

Fábio Henrique Fialho1


Lígia Hevellyn Rocha Lacerda2
Thamilly Ruas Figueirêdo Borborema3
Flávia Rodrigues Pereira4

RESUMO

O planejamento de alta hospitalar de enfermagem consiste na identificação das


necessidades do paciente, e na educação e/ou orientação de todos os envolvidos no
cuidado, paciente e familiar com intuito de continuidade da assistência com
qualidade no domicílio. Tal pesquisa objetivou conhecer os planejamentos de altas
hospitalares implementados pelos profissionais enfermeiros e seus impactos na
transição hospital/domicílio dos pacientes envolvidos. O percurso metodológico se
deu a partir de uma revisão sistemática da literatura, com busca no portal de
periódicos CAPES por publicação no período de 2003 a 2017, com os descritores:
planejamento de alta hospitalar e enfermagem; perfazendo 36 publicações após
leitura de título e resumo, no entanto a amostra final se compôs de 18 artigos que se
caracterizaram como pesquisas primárias. Os resultados mostraram que as
publicações se concentraram nos anos de 2011, 2014 e 2016; predominância de
publicações na Revista Brasileira de Enfermagem (22,2%) e 33,3% destes se tratam
de estudo exploratório descritivo. Os textos originaram 16 eixos temáticos, sendo os
principais: continuidade da assistência em domicílio de forma segura; inserção do
paciente e familiares/cuidadores no planejamento do cuidado; planejamento de alta
hospitalar enquanto estratégia de ação educativa. Conclui-se que o planejamento de
alta é de grande importância na transição hospital/domicílio, no entanto, ainda não
se trata de uma atividade totalmente implementada de forma sistematizada pelo
profissional enfermeiro, e com isso os pacientes estão deixando os hospitais
inseguros e sem informações suficientes para continuidade do cuidado em domicílio.

Palavras-chave: Enfermagem. Planejamento de Alta Hospitalar. Processo de


Enfermagem.

1
Acadêmico do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce.
E-mail: [email protected]
2
Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce, bolsista do
Programa Universidade para Todos (PROUNI).
E-mail: [email protected]
3
Acadêmica do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Vale do Rio Doce.
E-mail: [email protected]
4
Orientadora professora mestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Vale do
Rio Doce.
E-mail: [email protected]
1
1 INTRODUÇÃO (SUZUKI; CARMONA; LIMA, 2011;
DELATORRE et al., 2013).
O cuidado integral durante a A orientação da alta hospitalar,
hospitalização e no pós-alta depende geralmente é realizada no momento da
de uma importante ferramenta: o saída do paciente do hospital,
planejamento de alta, que trata da momento em que são passadas
transição do paciente para o domicílio; muitas informações ao mesmo tempo,
exigindo uma elaboração não sendo desenvolvida durante o
multidisciplinar, valorizando a período de internação, e
participação da família e com objetivo habitualmente não realizada por
de assegurar a continuidade e a escrito, dificultando a compreensão do
qualidade do cuidado no domicílio, paciente e propiciando a ocorrência de
evitando assim as reinternações erros. Frequentemente, essas
(DELATORRE et al., 2013; POMPEO informações são realizadas de forma
et al., 2007). mecânica e apressada não
Apesar do planejamento de alta considerando as condições e as
hospitalar ser uma responsabilidade necessidades de cada paciente. No
interdisciplinar, o enfermeiro tem papel entanto, tal situação contrapõe a
fundamental na identificação das literatura acerca do planejamento de
necessidades do paciente, na alta hospitalar, uma vez que ele
educação dos familiares e, na deverá ser iniciado desde a admissão
coordenação do processo de transição do paciente e desenvolvido no
hospital/domicílio. Este profissional decorrer de sua internação (POMPEO
deve avaliar as habilidades do et al., 2007).
paciente para o autocuidado e também Assim, o planejamento de alta
o interesse e as condições dos deve embasar-se na investigação
familiares, quando necessário, pois o realizada durante a coleta de dados,
enfermeiro durante sua formação é por ocasião da internação; que
instrumentalizado para realizar ações incluem as limitações do paciente, da
de educação em saúde e prescrições família ou da pessoa de apoio e do
de cuidados que comporão o ambiente. Os recursos existentes
planejamento de alta hospitalar devem ser investigados, pois todos
esses dados compõem a

2
implementação e a coordenação do dos indivíduos, planejando e
plano de cuidados. Esse processo é implementando suas ações e
essencial para a troca de informações avaliando os resultados (BENEDET et
entre pacientes, cuidadores e pessoas al., 2016).
responsáveis pelo atendimento. Uma Segundo a resolução 358 de
vez que, o planejamento de alta, feito 2009 do Conselho Federal de
de forma inadequada e o não Enfermagem:
seguimento das orientações dadas,
são apontados como fatores de re- O Processo de Enfermagem deve
ser realizado, de modo deliberado
hospitalização, o que demonstra a sua e sistemático, em todos os
ambientes, públicos ou privados,
importância em relação à qualidade de em que ocorre o cuidado
profissional de Enfermagem
vida dos pacientes (ANDRIETTA; (COFEN, art. 1, p. 1).
MOREIRA; BARROS, 2011).
Para assegurar a Ele se organiza em cinco

implementação eficaz do planejamento etapas inter-relacionadas,

de alta hospitalar, pode ser utilizado interdependentes e recorrentes, que

um roteiro sistematizado, constituído são: coleta de dados ou histórico de

de atividades de ensino e avaliação do enfermagem, diagnóstico de

entendimento do paciente para uma enfermagem, planejamento de

vida independente. No entanto, tal enfermagem, implementação e

procedimento não deve ser feito de avaliação de enfermagem (COFEN,

forma aleatória, requer um seguimento 2009; FERREIRA et al., 2016).

ou embasamento teórico (POMPEO et Considerando a grande

al., 2007; NEVES, 2006). importância do planejamento de alta

Nesse contexto, tal hospitalar feito pelo profissional

planejamento pode se dar por meio do enfermeiro, articulado à equipe

Processo de Enfermagem (PE), de interdisciplinar e no contexto de

forma sistematizada (Sistematização transição hospitalar/domiciliar, de

da Assistência de Enfermagem - SAE) forma sistematizada e baseado em

constituindo-se como um instrumento evidências, é que tal estudo se

utilizado para orientar as ações de justifica.

cuidado, e auxiliar o enfermeiro na Para tanto, pretende-se com

percepção dos problemas de saúde ele, conhecer os relatos acerca dos


planejamentos de altas hospitalares
3
implementados pelos profissionais consideradas estudos secundários
enfermeiros, na transição (GALVÃO; PEREIRA, 2014).
hospital/domicílio, a partir da Seguindo as etapas de uma
identificação nas publicações dos revisão sistemática, foi delimitada a
últimos 15 anos que tratam dessa questão norteadora a ser pesquisada:
temática envolvendo o enfermeiro, e “o profissional enfermeiro realiza
pelas descrições dos resultados planejamento de alta hospitalar?”.
encontrados e impactos gerados para Para responder tal questão, foi
os pacientes em domicílio. realizada a busca de literatura por
meio do portal de periódicos da
2 METODOLOGIA Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES)
A pesquisa realizada pautou-se utilizando os descritores: planejamento
em uma revisão sistemática de de alta hospitalar e enfermagem.
literatura, que consiste em: Foram gerados 257 artigos,
dos quais 36 foram selecionados a
Um método de síntese de evidências partir da leitura do título e resumo e
que avalia criticamente e interpreta
todas as pesquisas relevantes que, de fato, atenderam aos critérios
disponíveis para uma questão
particular, área do conhecimento ou de inclusão, sendo: publicações em
fenômeno de interesse (BRASIL,
2012, p. 11). português, compreendendo o período
de 2003 a 2017; com disponibilização
Ainda sobre a revisão de arquivos na íntegra e de forma
sistemática, preconiza-se que ela deva gratuita; abordando o planejamento de
sintetizar as pesquisas relacionadas a alta realizado pelo profissional
uma questão específica, buscando enfermeiro e com classificação Qualis
reunir todos os resultados possíveis de A1, A2, B1, B2, B3 e B4.
acerca do tema, analisá-los por meio Após a leitura dos 36 artigos
de critérios de inclusão e exclusão e selecionados e a partir de uma análise
avaliar metodicamente os resultados crítica, foram descartados todos os
encontrados (GALVÃO; SAWADA; artigos de revisão, por não se
TREVIZAN, 2004). Por terem estudos configurarem em fontes primárias,
primários como fonte de dados, as permanecendo 18 artigos como
revisões sistemáticas são amostra final da pesquisa, detalhados

4
em categorias a partir de dados que hospital/domicílio para o paciente e
compuseram os resultados, a saber: seus desdobramentos.
data de publicação, qualidade dos
periódicos publicados, tipo de estudo, 3 RESULTADOS
aspectos metodológicos, principais
resultados e conclusões (MUÑOZ et Ao refinar a busca para os
al., 2002). trabalhos publicados durante o período
Para descrever os achados de 2003 a 2017, a partir dos critérios
referentes aos dados analisados, foi de inclusão estabelecidos, 18
realizada uma análise estatística publicações totalizaram a amostra
descritiva por meio de cálculos de para este estudo, não sendo
frequência simples. Já em caráter encontradas publicações nos anos de
secundário, os artigos foram 2003, 2004, 2006, 2009 e 2017.
analisados de forma temática e por Nos anos de 2011, 2014 e
conteúdo, por meio de leitura e 2016, concentraram-se as publicações
releitura dos resultados de cada com total de 3 (16,6%) em cada ano,
estudo (BARDIN, 1977), na busca de seguidos dos anos de 2005 e 2008
aspectos relevantes que se repetiram com 11,1% cada (Tabela 1). A média
ou se destacaram em relação ao de publicações no período estudado é
planejamento de alta pelo enfermeiro e de 1,2 por ano.
o impacto na transição

Tabela 1 – Distribuição das publicações por ano de publicação no período de 2003 a 2017
Artigo
Ano
N %
2005 2 11,1
2007 1 5,6
2008 2 11,1
2010 1 5,6
2011 3 16,6
2012 1 5,6
2013 1 5,6
2014 3 16,6
2015 1 5,6
2016 3 16,6
Total: 18 100
Fonte: Amostra de artigos deste estudo.

5
Houve predominância de representaram 16,6% cada. Quanto a
publicações na Revista Brasileira de qualificação dos periódicos
Enfermagem, representando 22,2%, identificados, predominou-se o Qualis
seguido das Escola Anna Nery – A2 com 44,4% das publicações,
Revista de Enfermagem e Revista de seguido do B1 com 33,3% (Tabela 2).
Pesquisa: Cuidado é fundamental; que

Tabela 2 – Distribuição das publicações, segundo periódicos e qualificação

Periódicos Frequência %
Revista Brasileira de Enfermagem (A2) 4 22,2
Escola Anna Nery – Revista de Enfermagem (B1) 3 16,6
Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental (B2) 3 16,6
Acta Paulista de Enfermagem (A2) 2 11
Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research (B4) 1 5,6
Revista da Escola de Enfermagem da USP (A2) 1 5,6
Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste (B1) 1 5,6
Revista Eletrônica de Enfermagem (B1) 1 5,6
Revista Gaúcha de Enfermagem (B1) 1 5,6
Texto e Contexto – Enfermagem (A2) 1 5,6
Total: 18 100
Fonte: Amostra de artigos deste estudo.

A Tabela 3 apresenta a maior frequência, representando


frequência do tipo de estudo das 33,3%, seguidos das pesquisas
publicações na área que compuseram qualitativas com 22,2% e do estudo
a amostra para este artigo. Os estudos descritivo com 16,6%.
exploratórios descritivos aparecem em

Tabela 3 – Distribuição da frequência das pesquisas quanto ao tipo de estudo descrito em cada
publicação
Tipo de Estudo Frequência %
Exploratório descritivo 6 33,3
Pesquisa qualitativa 4 22,2
Descritivo 3 16,6
Descritivo Transversal 2 11,1
Estudo de casos múltiplos 1 5,6
Estudo Transversal 1 5,6
Projeto de Intervenção Educativa 1 5,6
Total: 18 100
Fonte: Amostra de artigos deste estudo.
6
Ao analisar as publicações assuntos abordados e sua respectiva
selecionadas quanto as suas frequência na amostra (Tabela 4).
contribuições na avaliação da relação Vale ressaltar que 27,8% das
do planejamento de alta pelo publicações não se aplicam no eixo
enfermeiro e seu impacto para o “Incentivo ao autocuidado”, pois os
paciente na transição estudos foram realizados por meio da
hospital/domicílio, foram definidos 16 aplicação do planejamento de alta em
eixos referentes aos principais unidades de terapia intensiva neonatal
e clínicas pediátricas.

Tabela 4 – Distribuição dos eixos temáticos categorizados como resultados encontrados em cada
uma das 18 publicações estudadas
Eixos temáticos Artigos %
1. Continuidade do cuidado em domicílio de forma segura. 16 88,9
2. Inserção do paciente e familiares/cuidadores no planejamento do
14 77,8
cuidado.
3. Planejamento de alta hospitalar enquanto estratégia de ação
14 77,8
educativa.
4. Excesso de orientações informais no momento da alta. 13 72,2
5. Início do planejamento de alta na admissão do paciente. 13 72,2
6. Elaboração do planejamento de alta por meio do processo de
12 66,7
enfermagem.
7. Incentivo ao autocuidado. 12 66,7
8. O enfermeiro é o profissional mais indicado para a coordenação e
11 61,1
elaboração do planejamento de alta.
9. Necessidade de implantação do planejamento nos hospitais. 10 55,6
10. O momento da alta envolve ansiedade e muitas dúvidas. 10 55,6
11. Diminuição de reinternação. 9 50
12. O planejamento de alta deve ter envolvimento e colaboração
9 50
multidisciplinar.
13. Uso de método para avaliação da compreensão dos pacientes e
8 44,4
familiares/cuidadores quanto às orientações recebidas.
14. Referenciamento do paciente à Atenção Primária a Saúde. 5 27,8
15. Desenvolvimento da competência durante a graduação e educação
3 16,7
continuada.
16. Incluir cuidados voltados ao familiar/cuidador. 2 11,1
Fonte: Amostra de artigos deste estudo.

4 DISCUSSÃO
em A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C,
A qualidade das revistas foi sendo A1 a classificação mais elevada
identificada a partir do sistema Qualis- e C equivalente a peso zero (BRASIL,
Periódicos, que classifica os periódicos 2014).

7
De acordo com a Tabela 2, foi universidades na região Sudeste
encontrado um percentual de 44,4% (SIDONE; HADDAD; MENA-CHALCO,
de revistas A2, seguidas de outras 2016).
também qualificadas, o que sugere Os autores das publicações são
que os resultados apresentados nas pós-doutores, doutores, mestres e
publicações estudadas são graduados ligados as instituições
reconhecidamente como dados de acadêmicas e discentes de
relevância científica, podendo ser enfermagem, profissionais estes que
considerados como evidências e estão inseridos no meio acadêmico e
aplicáveis às situações de de pesquisa. Em contrapartida, não
planejamento de alta hospitalar pelo estão nesse escopo de publicações,
enfermeiro na transição profissionais somente inseridos nos
hospital/domicílio em outras unidades serviços de saúde.
hospitalares e consideradas até Assim, segundo Rocha et al.
mesmo as experiências negativas (2012), a integração entre
citadas, para que não ocorram. universidade e serviços de saúde
É válido ressaltar que os favorece a atualização e o acesso às
estudos se concentraram nas regiões inovações científicas e portanto, os
Sudeste (61,1%) e Sul (33,3%), profissionais que estão trabalhando na
contendo apenas 5,6% na região assistência ao paciente devem ser
Nordeste. Essa situação se assemelha inseridos na pesquisa com a
ao que é observado no Brasil: uma estimulação do desenvolvimento de
heterogeneidade no espaço onde são estudos nos serviços de saúde, com
realizadas as pesquisas científicas, em envolvimento dos profissionais que
que o Sudeste se destaca como uma atuam nesses locais, a fim de ampliar
região de alta concentração para tais o conhecimento e promover
publicações, destacando as capitais aproximações entre assistência,
dos estados. Tal resultado pode estar ensino e pesquisa.
ligado diretamente com a De forma mais
concentração de campos consubstanciada, os eixos temáticos
universitários, tanto estaduais quanto encontrados nos resultados das
federais, para a elevação das taxas de publicações, de acordo com a tabela 4,
publicação, diante da aglomeração de trataram tanto de situações positivas,

8
quanto de negativas quando informações contidas na receita
relacionados ao planejamento de alta médica, não acrescentaram outras
hospitalar envolvendo o profissional orientações, não se configurando
enfermeiro em setores diversos como: como uma intervenção de enfermagem
Internação Clínica e Cirúrgica, seguindo o PE.
Unidade de Terapia Intensiva Intervenção essa, que deve se
Neonatal, Maternidade e Pediatria. Tal iniciar a partir da observação da
fato foi devidamente observado, já que realidade, identificação das
se tratam de elementos que devam necessidades e por fim o planejamento
interferir, de forma evidente, no de forma sistemática das ações a
comportamento dos profissionais na serem orientadas e reavaliadas, se
prática clínica (SAMPAIO; MANCINI, necessário, pelo profissional
2007). enfermeiro (COSTA; CASTRO, 2014).
Em relação á estruturação do Entretanto, apesar de reconhecerem
planejamento de alta, segundo sua função dentro do processo de
Pagliarini e Perroca (2008), o uso de planejamento de alta, foi identificado
um instrumento, pautado no Processo por Pagliarini e Perroca (2008) e
de Enfermagem (PE), permite uma Pompeo et al. (2007), que o mesmo
maior abrangência, profundidade e não é implementado na prática
detalhamento das orientações a serem profissional do enfermeiro.
passadas aos pacientes. Mas para Dentro do contexto das
isso sugerem a reformulação do orientações constituídas no
processo de planejamento de alta, planejamento de alta, o caráter
visto que o atual modelo, caracterizado educativo foi amplamente proposto
por informações verbais incompletas, nas publicações estudadas, e sobre
rápidas e informais somente no elas repercutem tanto para o paciente
momento da alta, seguido em diversas em transição hospital/domicílio, quanto
instituições, não é eficaz. para seus cuidadores, que o ajudam
Tal situação apresentada acima nessa transição.
pode ser ilustrada por Miasso e Cesar e Santos (2005),
Cassiani (2005), que em seus estudos demonstram a presença de um caráter
levantaram que a maioria dos informal de educação nos serviços e é
enfermeiros (65,8%) forneceu somente refletido pela ausência de um processo

9
educativo no preparo para os cuidados contato direto com o profissional
em domicílio, de tal forma que enfermeiro. Para eles:
desperte no indivíduo a busca de
práticas de saúde, uma vez que a: O processo educativo baseado na
ênfase no poder e na autonomia
prevê que o sujeito da ação em
saúde é o próprio indivíduo,
Educação é a ferramenta básica tornando o autônomo para suas
para a obtenção do saber e deve decisões de saúde a partir do
estar coerente com o contexto momento em que esse tem o
cultural e social do indivíduo (p. poder de decisão de sua escolha
649). (p. 649).

No entanto, alguns processos Assim, as informações precisam


de aprendizado foram citados, como ser ampliadas ao ponto de
os cuidadores que relataram sobre a promoverem participação ativa do
troca de experiências com outros paciente na reabilitação da sua saúde
cuidadores, bem como de obtenção de (MIASSO; CASSIANI, 2005); e
informações sobre a doença e alcancem também o familiar/cuidador
cuidados com os profissionais de no intuito de ser preparado para
saúde, por meio de orientações e incentivar o paciente ao autocuidado e
demonstrações dos procedimentos para tanto, ele necessita de ensino,
(CESAR; SANTOS, 2005). apoio e auxílio para o aprendizado e
O enfermeiro tem a desenvolvimento dessa autonomia no
responsabilidade ética no processo de processo de cuidar (CESAR;
ensino ao paciente e deve determinar SANTOS, 2005; COSTA; CASTRO,
com cuidado o que ele precisa saber e 2014).
assim identificar o momento mais Observou-se que os
adequado para o processo de familiares/cuidadores não têm sido
aprendizagem, se atentando a orientados suficientemente quanto aos
intervenções que assegurem a cuidados com o paciente, ou seja, não
continuidade do autocuidado têm participado ativamente do
(POMPEO et al., 2007). processo de planejamento de alta. O
Portanto, Cesar e Santos (2005) que justifica a necessidade do apoio
demonstraram que o paciente iniciou o dos profissionais na preparação
desenvolvimento de estratégias para a desses familiares, visto que eles têm
sua própria recuperação após o assumido cada vez mais a

10
responsabilidade da continuidade do importantes e a diminuição da
cuidado em domicílio, após a alta liberdade para esclarecimento de
hospitalar (MIASSO; CASSIANI, dúvidas.
2005). Pompeo et al. (2007)
Uma família bem orientada a evidenciaram a importância do uso de
respeito do processo saúde-doença se intervenções que assegurem a
torna uma aliada na recuperação do continuidade do cuidado em domicílio,
paciente, por isso ela precisa ser e corroboraram com Miasso e Cassiani
preparada para o cuidado no domicílio, (2005) que deve-se assegurar um local
pois: propício para a troca de informações
enfermeiro/paciente, a fim de que seja
Existe a necessidade de garantido ao paciente que ele tenha
conceber a família como um
sujeito coletivo, traçando completa compreensão das
estratégias que considerem a
estrutura e as relações destes informações passadas e que caso haja
indivíduos (PAIVA; VALADARES,
2013, p. 253). dúvidas, elas sejam sanadas.
Para os profissionais de
Por isso, as orientações se enfermagem que participaram do
tornam indispensáveis para todos os estudo de Nietsche et al. (2012), o
envolvidos no cuidado, para que ideal seria que as informações fossem
participem do processo de também feitas por escrito, assim como
recuperação do paciente em domicílio sugerem Miasso e Cassiani (2005),
(POMPEO et al., 2007). pois, as informações verbais e escritas
Miasso e Cassiani (2005) são complementares. Afirmam que,
evidenciaram que as dificuldades de somente a verbal é insuficiente, e a
aprendizagem podem estar escrita é uma maneira efetiva de
relacionadas ao local inapropriado apoiar as orientações verbais
(ruídos, temperatura, iluminação e fornecidas.
privacidade) para realização das Dessa forma, o enfermeiro deve
orientações. Levantaram que a maioria confirmar se o paciente compreendeu
das orientações aconteciam próximas as informações passadas e pedir que
aos postos de enfermagem e em o paciente repita as orientações, esse
alguns casos, haviam interrupção por processo possibilita a verificação da
outros profissionais, o que pode ter compreensão do paciente e se ainda
ocasionado perda de informações
11
existem dúvidas (MIASSO; CASSIANI, nos serviços da rede de saúde
2005; POMPEO et al., 2007). O (NIETSCHE et al., 2012).
método citado acima favorece a Por isso, o processo de
criação de vínculo, o que facilita preparação do paciente e da família
comunicação e um atendimento para a alta hospitalar quando ocorre
humanizado (RIGON et al., 2014). de forma inadequada, pode ocasionar
Já Silva e Ramos (2011) e contribuir para a reinternação do
ressaltam a importância da paciente por motivos que poderiam ter
comunicação também entre os níveis sido evitados. E, apesar dos
de atenção para assegurar a profissionais de enfermagem terem
continuidade do cuidado, pois o conhecimento da importância de tais
indivíduo precisa ser devidamente orientações, as mesmas se encontram
mantido na Rede de Atenção a Saúde reduzidas, afirmam os autores
(RAS) por meio dos processos de Pagliarini e Perroca (2008).
referência e contrarreferência, Diante do exposto, Nietsche et
garantindo assim atenção integral à al. (2012), pontuam que as orientações
saúde. No entanto, os autores ainda devem se iniciar desde a admissão
trazem um fator limitante para essa hospitalar do paciente, se dando de
prática, que é a desarticulação dos forma gradual e contínua durante toda
prontuários eletrônicos existentes na internação. Pompeo et al. (2007),
atenção terciária e na primária, o que reafirmam que as orientações não
desfavorece comunicação necessária devem ser realizadas somente no dia
para efetivação da continuidade do da alta, pois o paciente e/ou
cuidado após a alta hospitalar. familiar/cuidador pode apresentar falta
Assim, seja qual for a situação, de concentração devido á alguns
o cuidado fragmentado reflete de sentimentos como ansiedade.
forma direta na qualidade da Por fim, observou-se que
assistência prestada, podendo resultar pacientes e familiares/cuidadores
em reinternação (SILVA; RAMOS, retornam ao domicílio com dúvidas.
2011). E a continuidade da assistência Elas podem ser principalmente, sobre:
no domicílio sofre também, influência o uso de medicações, cuidados com a
das demais especialidades oferecidas saúde e independência em domicílio.
Orientações essas que deveriam ter

12
sido dadas durante a internação e que Percebeu-se que a
comprometem a continuidade do implementação do planejamento de
cuidado (RIGON et al., 2014; alta hospitalar pelo profissional
POMPEO et al., 2007). enfermeiro pode melhorar a
Essas dúvidas podem fazer assistência e garantir uma atuação
com que o paciente e/ou responsável mais ativa e humanizada, sendo
pelos cuidados, busque informações essencial para um cuidado de
para ter como auxílio, por meio de enfermagem efetivo. No entanto, não
recursos fora das instituições de se trata de uma realidade totalmente
saúde, como redes sociais (CESAR; incorporada com o comprometimento
SANTOS, 2005), causando equívocos do enfermeiro, em relação a essa
de cuidados domiciliares. atividade, e não acontece de forma
padronizada em todos os serviços
5 CONCLUSÃO hospitalares de saúde.
Assim sendo, faz-se necessária
As publicações analisadas uma reflexão sobre o ensino
apontam que os pacientes estão desenvolvido na formação do
deixando as instituições hospitalares enfermeiro e sobre o preparo do
inseguros e sem informações paciente para a reabilitação no seu
suficientes para continuidade do domicílio, e sobretudo, a necessidade
cuidado em domicílio. Fato que pode de sistematizar o trabalho da equipe
ser atribuído, dentre outros ao de saúde, o que implica em mudanças
momento da alta se resumindo à de atitudes dos profissionais.
entrega de receita médica e com Tal estratégia pode ser
orientações informais e verbais. ancorada na oferta de uma adequada
Assim, revela uma assistência, educação em saúde, ao paciente e
não sistematizada que deveria ser seu familiar/cuidador, desde o
iniciada pelo processo de enfermagem momento da admissão até a sua saída
já na admissão hospitalar, e finalizada da instituição, de forma sistematizada.
com o planejamento para a Esse período, deve ser visto como
continuidade do cuidado ao paciente uma oportunidade para o enfermeiro
em seu domicílio após a alta. em assumir o processo do cuidado
direto e indireto ao paciente.

13
Ressalta-se a importância de apontada pelas publicações
um aprofundamento nos modos de elencadas, identificou-se a importância
como formular um planejamento de da implantação do planejamento de
alta, visando a sua aplicação e a alta, dentro de uma perspectiva
análise das suas repercussões; importante do trabalho realizado pelo
validando o conhecimento adquirido profissional enfermeiro com princípio
pelo paciente e o apoio de sua científico e de forma sistematizada.
família/cuidador, se estendendo para Tal planejamento repercutirá na
elaboração de materiais educativos; adesão aos regimes terapêuticos
além de outros aspectos que podem propostos, na qualidade de vida dos
ser desenvolvidos sob investigação pacientes e cuidadores, no pós alta e
científica, para que as evidências na relação com a atenção primária em
sejam incorporadas à prática de saúde, diminuindo assim, as
enfermagem; no cuidado dos reinternações preveníveis.
pacientes intra e extra hospitalar. Sugere-se que pautadas nessas
Vale destacar, que não basta evidências, novas pesquisas primárias
apenas a formulação de um plano de sejam realizadas a nível local, a fim de
cuidados, pois, deve haver avaliação que sejam demonstrados os benefícios
constante, reformulação e adaptação de um planejamento de alta hospitalar
às necessidades do sujeito desse articulado pelo profissional enfermeiro
plano. A orientação aos pacientes com dentro da equipe multidisciplinar,
déficits de autocuidado deve ser capazes de interferir diretamente na
contínua, e os profissionais envolvidos transição hospital/domicílio e
com a educação em saúde deve garantindo continuidade do cuidado de
sempre buscar novas alternativas que forma segura e eficaz.
facilitem o aprendizado.
Enfim, ainda que não seja uma
realidade institucional padronizada,

HOSPITAL DISCHARGE FROM NURSING AND TRANSITION HOSPITAL/


PATIENT HOUSEHOLD: a systematic review

ABSTRACT

14
Nursing discharge planning consists of identifying the needs of the patient, and the
education and/or orientation of all those involved in care, patient and family, with the
purpose of continuity of care with quality in the home. This research aimed to know
the hospital discharge plans implemented by the nursing professionals and their
impact on the hospital/home transition of the patients involved. The methodological
course was based on a systematic review of literature, with a search in the CAPES
journals portal for publication from 2003 to 2017 with the descriptors: hospital
discharge planning and nursing; making 36 publications after reading the title and
abstract, however, the final sample was composed of 18 articles that were
characterized as primary research. The results showed that the publications were
focused on the years 2011, 2014 and 2016; a predominance of publications in the
Brazilian Journal of Nursing (22.2%) and 33.3% of these are a descriptive exploratory
study. The texts originated sixteen thematic axes, being the main ones: continuity of
assistance at home in a safe manner; insertion of the patient and family/caretakers in
the care planning; planning of hospital discharge as an educational action strategy. It
was concluded that the discharge planning is of great importance in the
hospital/home transition, however, it is still not a fully implemented activity in a
systematized manner by the nurse practitioner, and with that the patients are leaving
the hospital insecure and without sufficient information for care continuity at home.

Keywords: Nursing. Hospital Discharge Planning. Nursing Process.

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