Documento Fundamantaçao OE2011
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Documento Fundamantaçao OE2011
IV. Despesas Globais por Âmbito (Central, Provincial, Distrital e Autárquico) .............................................. 26
V. Despesas Globais por Programas................................................................................................................. 27
VI. Financiamento do Orçamento do Estado ................................................................................................ 28
VII. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL ...................................................................................................................... 30
VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................................................... 32
i
Índice de Quadros
Índice de Gráficos
ii
INTRODUÇÃO
A política orçamental para 2011 será implementada num quadro conjuntural caracterizado pela
prevalência de pressões inflacionárias aliada à volatilidade dos preços dos combustíveis a nível
internacional, a subida dos preços dos alimentos e as pressões para a depreciação do Metical
em relação às principais moedas decorrentes do aumento da procura de importações, com
particular destaque para os combustíveis fósseis, alimentos, e bens e capital intermediários.
Porém, os sinais de recuperação da economia mundial contribuirão para refrear estas
pressões.
O Governo continuará a envidar esforços com vista a incrementar os níveis de arrecadação das
receitas do Estado, através do alargamento da base tributária e combate a fraude e evasão
fiscal, o que a médio e longo prazo contribuirá para a redução do défice orçamental,
garantindo, deste modo, o cumprimento da política da despesa.
1
I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO DE MÉDIO PRAZO (2011-
2013)
Desde o segundo semestre de 2009 que se assiste a uma inversão nas tendências de
crescimento económico mundial, prevendo-se para 2010 um crescimento do PIB mundial de
4.6%. Este nível de crescimento manter-se-á a médio prazo, não obstante prevalecerem riscos
associados à alteração do padrão de expectativas dos agentes económicos, com o refreamento
das medidas de políticas fiscal e monetária expansionárias implementadas após a crise, face a
necessidade de conter-se as pressões inflacionárias associadas a forte expansão da procura
agregada em muitos países.
Os Países da África Sub-Sahariana continuam vulneráveis aos choques cíclicos e aos riscos
decorrentes da significativa exposição das suas economias às perturbações no funcionamento
do sistema económico internacional, sobretudo aos riscos advenientes da volatilidade cambial
e deterioração dos termos de troca internacionais, devido a larga dependência da exportação
de produtos primários e com pouco valor acrescentado, aliado à dependência de importações
de bens de capital intermediários e de produtos processados finais.
8.0%
5.90%
6.0% 5.0%
4.6%4.30% 4.80%
3.8%
4.0%
2.6%
2.40% 2.2%
2.0%
-4.0% -3.2%
2
Em 2009, a África Sub-Sahariana registou um crescimento económico de 2.2%, tendo se
previsto para 2010 uma aceleração para cerca de 5%, justificado pela rápida recuperação dos
preços dos produtos primários como o petróleo, minerais e produtos agrícolas (que
representam 80% das exportações africanas) associados à recuperação da economia mundial
e ao impacto das medidas fiscais e monetárias expansionistas para conter os efeitos da crise
financeira internacional.
O volume do comércio internacional, em 2009, registou uma queda em cerca de 11.3% como
corolário dos efeitos da crise económica mundial, tendo em 2010, beneficiado de uma forte
recuperação, associada à recuperação do crescimento económico. As perspectivas do
comércio mundial dependerão da evolução da actividade económica global, bem como do risco
de implementação de políticas comerciais proteccionistas.
Contexto Nacional
Assim face ao bom desempenho, perspectiva-se que até ao final do ano a taxa de crescimento
económico situar-se-á em (6.7%), acima dos (6.2%) previstos no OE-2010.
3
Conforme se pode depreender do Quadro 1 a seguir, para o exercício económico de 2011, as
perspectivas macroeconómicas apontam para um crescimento global de (7.2%) que poderá ser
justificado pelo desempenho dos sectores da agricultura (9.4%), indústria transformadora
(4.8%), electricidade e água (10.7%), comércio (6.7%) e transportes e comunicações (9.4%). A
médio prazo, em 2013 prevê-se que o crescimento do PIB seja induzido sobretudo pelos
sectores de agricultura, indústria extractiva, electricidade e água, construção e transportes e
comunicações, com taxas de crescimento média anual de (9.8%), (11.3%), (10.9%), (10.8%) e
(9.7%), respectivamente.
4
No que se refere à Inflação para 2010, prevê-se uma taxa média de 12.7% face à taxa de 3.3%
registada em 2009. Este aumento é influenciado pelos seguintes factores:
Assim, para 2011, espera-se que a inflação desacelere, reflectindo o aumento da produção
interna de alimentos, e consequentemente a redução das importações, uma maior estabilidade
do preço internacional de mercadorias, e o esforço do Governo e do Banco de Moçambique na
1
Com a introdução do subsídio às gasolineiras, os preços de venda ao público dos combustíveis foram congelados
de Março 2009 a Março 2010. A necessidade de reduzir os custos com subsídios aos preços que levou a 4
variações de preços entre Março e Agosto 2010.
2
A causa da depreciação face ao dólar é relacionada à instabilidade do mercado cambial interno; ao declínio
significativo do valor das exportações (variação anual em -37% até Junho 2010); à elevada procura por divisas para
as despesas com importações (sobretudo combustíveis) e fortificação do Dólar face às principais moedas
transaccionadas no mercado internacional (particularmente em relação ao Euro). A depreciação face ao Rand é de
atribuir ao fortalecimento desta moeda no mercado internacional em resultado da fortificação da cotação do ouro e
dos ganhos com a realização do campeonato do mundo de futebol.
5
articulação adequada das políticas fiscal, monetária e cambial, de forma a manter a taxa de
inflação na banda de 1 dígito.
Os níveis de crescimento previstos para o triénio 2011-2013, serão sustentados pela estratégia
de expansão do investimento público e privado de modo a colmatar os défices em infra-
estruturas de transporte e energia, e, assim, contribuir no potencial crescimento do País e no
aumento da produção interna.
O arranque das obras do Aeroporto de Nacala, com um custo estimado em USD 120
milhões, que terá um papel crucial no desenvolvimento do norte do País e no
entendimento de zona económica especial.
6
I.2. Previsão de Envelope de Recursos
7
administração tributária, contenção do crédito interno e redução da dependência externa a
médio e longo prazos.
Por outro lado, o fluxo da ajuda externa tenderá a cair ligeiramente como resultado das
pressões orçamentais nos Países que prestam apoio programático à Moçambique, o que os
tem levado a sustentar previsões mais cautelosas em relação aos desembolsos de donativos
para o período 2011-2013, pelo que o envelope de recursos externos decrescerá em média em
3.6pp do PIB por ano, no período em análise.
8
II. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO EM 2010
Assim, com vista a mitigação dos choques acima mencionados, houve a necessidade do
Governo adoptar medidas excepcionais na execução do OE 2010, para garantir o
restabelecimento do equilíbrio macroeconómico, através de, entre outras, as seguintes
medidas:
Reorientação dos saldos para o reforço das verbas que exercem pressão, a destacar:
Despesas com Pessoal, Encargos da Dívida e os Subsídios ao Preço da farinha de
trigo, através das panificadoras (incluindo compensação às moageiras) e ao preço dos
transportes urbanos, para conter a subida dos preços.
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II.1. Execução das Receitas do Estado
Conforme ilustra o Quadro 4, a receita do Estado no primeiro semestre de 2010 teve uma
realização de 27.941,6 milhões de MT equivalente a 48.7%, um crescimento em cerca de 3.0pp
face a igual período de 2009. Este crescimento foi sustentado pelo bom desempenho das
receitas correntes em particular das receitas fiscais, com um crescimento em cerca de 2.5pp.
10
fiscalização de mercadorias em circulação e aumento dos Impostos sobre os Consumos
Específicos de Produção Nacional sobre as terminais e postos de controlo sensíveis.
11
As Despesas de Funcionamento tiveram uma realização de 48.3%, contra os 49.6% do ano
passado, explicado sobretudo pelas pressões geradas em algumas rubricas como por exemplo
os Encargos da Dívida e Subsídios.
12
a compensação às moageiras) e dos transportes urbanos, avaliados em cerca de 488,0
milhões de MT;
Assim, com estes níveis de realização verificados no primeiro semestre de 2010, conjugado
com a aplicação das medidas de contenção e realocação dos saldos para o reforço das verbas
que pressionam o OE-2010, o novo envelope total de recursos passará de 38.6% do PIB para
35.6%, o que se traduz na minimização do recurso ao crédito interno líquido com a finalidade
de financiar o défice orçamental.
13
III. ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2011
A programação orçamental para 2011 toma como base a afectação de recursos preconizada
no CFMP 2011-2013, prosseguindo a implementação da metodologia de planificação e
orçamentação por programas, abrangendo todos os órgãos e instituições do Estado à nível
central, provincial e distrital. Nesta proposta, destaca-se a readequação dos programas à nova
estrutura do PQG 2010 – 2014.
14
III.1. Objectivos Gerais da Política Orçamental
A política Orçamental para 2011 será orientada de forma a prosseguir com os objectivos de
política preconizados no Plano Quinquenal do Governo, os quais estão inerentes à
estabilização macroeconómica e a criação de capacidades internas, para a promoção do
crescimento e do desenvolvimento económicos e ainda a redução dos índices de pobreza.
Esta política visa, ainda, reduzir a vulnerabilidade do País a choques cíclicos, corrigir os
desequilíbrios macroeconómicos através da adopção de medidas conjunturais e estruturais de
política fiscal, monetária e cambial, com vista a fortalecer os níveis de confiança do sector
privado, aumentar a competitividade dos produtos exportáveis e contribuir para o incremento do
investimento interno e do investimento directo estrangeiro, como forma de fomentar a criação
de emprego.
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III.3. Objectivos Gerais da Política Tributária
Abertura de mais postos fiscais de cobrança, incluindo móveis, e criação de postos fixos
junto às fronteiras;
16
Consolidação da implementação da Unidade de Gestão Central de Mega-projectos e
Instituições Financeiras, através da melhoria dos mecanismos de funcionamento e das
capacidades de aplicação das técnicas de auditoria especializadas para assegurar o
pagamento dos impostos.
Os principais eixos que marcarão a realização da despesa pública em 2011 e cujo impacto
reveste-se de importância particular na vida política, económica e social do País e com níveis
de absorção de recursos que merecem destaque, são os seguintes:
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no melhoramento da gestão do Fundo de Investimento de Iniciativa Local no montante
de 1.984,9 milhões de MT;
Conforme ilustra o Quadro 6, para o exercício económico de 2011, prevê-se que as receitas do
Estado atinjam o montante de 73.274,8 milhões de MT, equivalente a 19.5% do PIB, um
crescimento em cerca de 1pp do PIB, face a previsão Orçamental para 2010.
18
A previsão da arrecadação das receitas do Estado para 2011 toma em conta o bom
desempenho nos níveis de realização, em resultado dos esforços no âmbito da política
tributária, dos efeitos positivos da depreciação cambial e da tendência de crescimento
económico, registados no primeiro semestre de 2010. Assim, destacam-se as receitas com
maior contributo no crescimento global:
Para o exercício económico de 2011, como ilustra o Gráfico 2, os recursos externos estão
avaliados em 58.064,8 milhões de MT, o correspondente a 15.5% do PIB, o que traduz uma
redução em cerca de 0,9pp do PIB, comparativamente a previsão de 2010.
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Gráfico 2. Estrutura do Financiamento Externo para 2010 (em % de Recursos Totais)
0.0%
Donativos de Donativos Donativos Creditos de Creditos para Acordos de
Apoio Directo Projectos Programas Apoio ao Projectos Retrocessão
Orçamento Investimento Especiais Orçamento
Esta redução deve-se essencialmente ao maior controlo por parte do Governo em relação a
regra definida de monitoria à inscrição de novos projectos no Orçamento do Estado sem
garantias de financiamento, devido ao problema de baixa execução registado nos últimos anos,
o que implica uma redução em termos de programação.
20
Redução em 1.5pp do financiamento através de acordos de retrocessão.
12.0%
8.0%
6.0%
2.0% 1.2%
1.0% 0.9%
0.7% 0.7% 0.8%
0.2% 0.1%
0.0%
21
Da análise do Gráfico 3, destaca-se o comportamento das seguintes rubricas:
Contenção das Outras Despesas com Pessoal, nas verbas de Ajudas de Custo
Dentro e Fora do País;
Nesta rubrica, estão incorporados os encargos com vista à realização de 13.000 novas
admissões na administração pública com um impacto de 900 milhões de MT, sendo
8.500 para o sector da educação, 1.000 para a saúde, 500 para o sector da Justiça e os
remanescentes 3.000 para outros sectores. Estão ainda previstas, promoções e
progressões com impacto global de 200 milhões de MT.
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Os Subsídios deverão atingir 0.8% do PIB, representando um aumento de 0.1pp,
devido sobretudo à programação de verbas para suportar os subsídios ao preço da
farinha de trigo através das panificadoras e ao preço dos transportes urbanos de
passageiros;
Para além das despesas acima mencionadas, foi programado um montante de 120,0 milhões
de MT, para prevenção, resposta e mitigação de calamidades naturais que constitui uma das
prioridades do Governo.
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A componente externa situar-se-á em 41.204,3 milhões de MT, isto é, 11% do PIB,
representando um aumento comparando com a previsão de 2010 em 0.1pp do PIB, devido ao
aumento dos créditos.
Milhões de MT
Agricultura Juventude, Turismo e Desportos
Plano de Acção para Produção de Alimentos 1,265.00 Parque Nacional do Limpopo 112.55
Programa de Desenvolvimento Agrário 17.25 Área de Conservação do Turismo 20.50
Fomento de Algodão 0.14 Construção do Estádio Nac. do Zimpeto 90.03
Fomento da Cultura do Caju 99.81 Jogos Africanos de 2011 1,182.30
Projecto de Irrigação do Vale do Save 225.02 Construção do Complexo Desportivo de Pemba 20.00
Educação Governação
Apoio à Reconstrução de Escolas Rurais 203.95 Alocação às Autarquias 1,367.92
Construção de Salas de Aulas 597.08 Alocação aos Distritos 16,713.93
Reforma da Educação Profissional 427.96 Assembleias Proviniciais 313.70
Subsídio de Alfabetizadores 64.56
Livro Escolar 608.49
Apoio Directo às Escolas 566.61
Carteiras Escolares 18.10
Construção e Reabilitação de Escolas Secud. e Técnicas 1,108.43
Infraestruturas Saúde
Electrificacao Rural 420.77 Aquisicao e Distribuicao de Medicamentos 1,425.07
Dragagem Porto da Beira 989.59 Programa do HIV-SIDA - Alívio Pobreza 149.67
Desenvolvimento do Sector dos Transportes 114.48 Construção e Reab.de Centros de Saúde 0.18
Telecomunicações Para as Sedes Distritais 917.50 Desenvolvimento de Infraestruturas de Nível II, III e IV 705.92
Aquisição de 5 Embarcações, 3 Pontões e 1 Passadiço 736.69
Reabilitação da Terminal de Carvão 1,468.00
Reconstrução da Linha Férrea Cuamba - Lichinga 1,284.50
Água e Saneamento 2,698.12
Construção, Reabilitação e Manutenção de Estradas e Pontes 9,490.70
Construção e Reabilitação de Barragens 1,042.76
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Quadro 9. Operações Financeiras do Estado
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IV. Despesas Globais por Âmbito (Central, Provincial, Distrital e
Autárquico)
80.0% 73.6%
70.9%
70.0%
60.0%
50.0%
40.0%
30.0% 22.6%
20.0% 15.5%
12.6%
10.0% 4.9%
0.9% 1.0%
0.0%
Central Provincial Distrital Autarquico
Em 2011, o nível distrital absorverá cerca de 12,6% do volume total de recursos, o que
representa um aumento em cerca de 7.7pp, face ao volume de recursos canalizados em 2010.
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V. Despesas Globais por Programas
O Gráfico 5 ilustra a distribuição da despesa total pelos seis Objectivo Gerais (OG) do PQG. Os
OGs “Combate à Pobreza e Promoção da Cultura de Trabalho - Desenvolvimento Económico e
Desenvolvimento Humano e Social” e “Boa Governação, Descentralização, Combate à
Corrupção e Promoção da Cultura de Prestação de Contas” concentram a quase totalidade dos
recursos representando respectivamente 40,5%, 19,7% e 39,2% da despesa pública.
DHS, 19.7%
Outros, 0.7%
DEC, 40.5%
BGD, 39.2%
3 DEC: Combate à Pobreza e Promoção da Cultura de Trabalho e Desenvolvimento Económico; BGD: Boa Governação, Descentralização,
Combate à Corrupção e Promoção da Cultura de Prestação de Contas; DHS: Combate à Pobreza e Promoção da Cultura de Trabalho -
Desenvolvimento Humano e Social; Outros (RCI: Reforço da Cooperação Internacional; RDS - Reforço da Soberania; CPD - Consolidação da
Unidade Nacional, Paz e Democracia).
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VI. Financiamento do Orçamento do Estado
25.0%
19.5%
20.0% 18.5%
15.0%
10.7%
9.5%
10.0%
5.7% 5.9%
5.0%
0.7% 0.3%
0.0%
Deficit Receita do Donativos Créditos Crédito
-5.0% Orcamental Estado Interno
-10.0%
-15.0%
-15.8%
-20.0% -17.1%
Os Donativos passam de 10.7% para 9.5% em 2011, o que representa uma diminuição
no financiamento do OE em de 1.2pp do PIB, devido a redução dos donativos para
projectos de investimento e de alguns fundos comuns, a destacar o FASE, PROAGRI,
PROSAUDE;
28
O Crédito Externo passa de 5.7% para 5.9% em percentagem do PIB, o que significa
um crescimento em 0.2pp do PIB;
O Crédito Interno reduziu para cerca de 0.7% do PIB contra os 0.3% estimados para
2010, o que é motivado pelo crescimento das receitas do Estado e pela adopção de
uma política orçamental restritiva.
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VII. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL
O volume de recursos e despesas totais que incorporam o Orçamento do Estado para 2011 é
descrito no Quadro 10, a seguir.
Total de Despesas (incl. operações financeiras) 84,876.1 117,977.2 115,479.7 132,403.2 31.6% 38.6% 35.6% 35.3%
Despesas Correntes 43,792.9 57,526.5 58,445.3 68,785.1 16.3% 18.8% 18.0% 18.3%
Despesas com o Pessoal 22,544.3 29,558.6 30,938.1 36,250.0 8.4% 9.7% 9.5% 9.7%
Bens e Serviços 9,081.2 10,399.7 8,936.1 9,763.5 3.4% 3.4% 2.8% 2.6%
Encargos da Dívida 1,370.7 1,763.0 2,216.6 3,594.0 0.5% 0.6% 0.7% 1.0%
Transferências Correntes 7,912.6 10,489.5 10,551.1 11,503.5 2.9% 3.4% 3.3% 3.1%
Subsídios 437.5 1,849.8 2,337.8 2,965.2 0.2% 0.6% 0.7% 0.8%
Outras Despesas Correntes 2,158.9 2,920.6 2,920.6 4,344.9 0.8% 1.0% 0.9% 1.2%
Exercícios Findos 0.1 12.0 12.0 46.4 0.0% 0.0% 0.0% 0.0%
Despesas de Capital 287.7 532.9 532.9 317.6 0.1% 0.2% 0.2% 0.1%
Despesas de Investimento 35,336.2 55,805.0 52,323.1 60,043.9 13.1% 18.3% 16.1% 16.0%
Componente Interna 13,431.5 20,790.6 16,904.7 18,839.5 5.0% 6.8% 5.2% 5.0%
Componente Externa 21,904.7 35,014.5 35,418.5 41,204.3 8.1% 11.5% 10.9% 11.0%
Operações Financeiras 5,747.0 4,645.7 4,711.3 3,574.2 2.1% 1.5% 1.5% 1.0%
Activas 4,570.8 2,795.2 2,795.2 1,213.9 1.7% 0.9% 0.9% 0.3%
Passivas 1,176.1 1,850.5 1,916.1 2,360.3 0.4% 0.6% 0.6% 0.6%
Como se pode verificar, o valor dos recursos programados para o exercício económico 2011
está estimado num montante avaliado em 132.403.2 milhões de MT. Deste montante, 74.338,3
milhões de MT representam a previsão das receitas do Estado e do crédito interno, e, 58.064,8
milhões de MT correspondem aos recursos externos.
30
As despesas totais programadas para o exercício económico 2011, incluindo as operações
financeiras, situam-se em 132.403.2 milhões de MT. Deste montante 68.785,1 milhões de MT,
correspondente a 18.3% do PIB, servirão para cobrir as despesas correntes com a finalidade
de continuar a garantir o funcionamento pleno das instituições públicas; 60.043,9 milhões de
MT, equivalente a 16.0% do PIB, representam as despesas de investimento, com vista a
incrementar o crescimento económico do País; e, 3.574,2 milhões de MT que representam
1.0% do PIB, destinam-se as operações financeiras.
Deste modo, o volume total de recursos para o ano de 2011 é igual ao total das despesas
programadas, ficando assim salvaguardado o Princípio do Equilíbrio Orçamental.
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VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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