O Inspetor
O Inspetor
O Inspetor
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Inspetor Escolar: Orientador do ensino e no Combate a Indisciplina
Coordenação de
Ensino Instituto IPB
Sumário
DESENVOLVIMENTO
Finoto (2010), afirma que a Inspeção Escolar aparece, pela primeira vez,
na legislação do Ensino em 1932, na reforma de Campos do Ensino Secundário
(Decreto - Lei nº. 21.241, de 04/05/1932- artigos 63 a 86). Em 1934 surge a
figura do Fiscal Permanente responsável pela inspeção dos estabelecimentos de
ensino normal do Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais (Decreto nº11.
501, de 14/08/1934), função essa que só veio a ser extinta em 1974, na vigência
da Lei Estadual nº 6. 277/73 – 1º Estatuto do Magistério (Cf. parágrafo único do
artigo 10, do Decreto nº. 16.244 de 08/05/1974).
Em 1942 a 1946 surgem várias Leis Orgânicas, porém a única que tratava
da Inspeção é a Lei Orgânica do Ensino Secundário conforme o Decreto – Lei nº.
4.244 de 09/04/1942 nos artigos 75 e 76.
Educação e cidadania
DESAFIOS
Família
Aquino (2000), por exemplo, considera que a indisciplina escolar deve ser
pensada e analisada sob um ângulo histórico baseado em condicionantes
culturais ou sob uma matriz psicológica, em relação à influência das relações
familiares. – Tiba (1998) define disciplina como “O conjunto de regras éticas para
se atingir um objetivo. A ética é entendida, aqui, como o critério qualitativo do
comportamento humano envolvendo e preservando o respeito, o bem-estar
biopsicossocial”, apontando como causas da indisciplina na escola as
características pessoais do aluno (distúrbios psiquiátricos, neurológicos,
Escola
Assim agindo, a escola poderá está evitando que alguns direitos dos
alunos sejam desrespeitados, ficando assim mais fácil garantir os direitos deles
para que os deveres possam ser cumpridos com, mais coerência, respeito e
responsabilidade. Coisas que estão entre muitos dos deveres e papéis da escola
no processo de formação de seu alunado, mesmo em um momento social
bastante conturbado com um excesso de maus exemplos para as crianças e
jovens.
Afirmações dos Secretários. Do mesmo modo que não deve ser visto o
seu papel somente como um modelador do ensino. De fato, exercia o inspetor,
também, nessa nova fase, o papel de modelador, pois como agente de confiança
do Estado tinha a responsabilidade de implementar o projeto pedagógico que
o governo desejava. O seu papel não será somente de modelador das práticas,
mas, também, de orientador de tais práticas, conforme já venho anunciando.
Nesse caso, esse seu papel de orientador estará muito mais próximo do que
Martín (2001) considerou ser o inspetor, na realidade espanhola, um agente
construtor das práticas escolares. Na Espanha, o inspetor ocupou o lugar de
“agente construtor” das práticas escolares, uma vez que o seu papel o colocava
como elemento potencializador da ação educativa, conforme salientou (2001, p.
28):
especial, uma vez que esse comissionamento para visitas às escolas da capital
se dava pela confiança que o Secretário atribuía ao inspetor. Na capital do
Estado não se nomeava um inspetor técnico, a não ser quando se exigia a
função pela demanda. Essa assunção de responsabilidade, certamente, o levou
a uma preocupação com o rigor, tanto da visita ao grupo quanto do relato do que
viu e ouviu naquela ocasião, assumindo, com isso, uma postura de intervenção
na prática organizacional do grupo, como adiante será abordado.
IV. Partindo das sílabas fáceis para as mais complicadas, até percorrer-
se todo o silabário da língua, ter-se-á preparado o aluno para as lições de leitura
do 2o semestre.
Sobre essa situação, relatou o inspetor que na classe “do primeiro ano
masculino houve necessidade da divisão dos alunos em duas classes para
atender à desigualdade de adiantamento” e, ainda, que ali havia alunos com
dificuldades na leitura. O mesmo ocorreu no terceiro ano feminino, que havia
sido divido em “duas turmas para o estudo de aritmética devido à mesma
desigualdade de adiantamento”.
Além disso, o inspetor orientou o diretor sobre a forma como ele deveria
intervir, caso houvesse algum problema de indisciplina na classe. De acordo com
a sua orientação, o aluno poderia ser repreendido na própria aula, o que não
poderia ocorrer quando a indisciplina fosse do professor. Nesse caso, de
acordo com o art. 417 do Regulamento, qualquer admoestação teria que ser
REFERÊNCIAS
FARIA FILHO, Luciano Mendes de. Dos pardieiros aos palácios: cultura escolar e
urbana em Belo Horizonte na primeira República. Passo Fundo: UPF, 2000.
Bibliografia complementar
FANTE, Cléo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar
para a paz. São Paulo: Verus, 2005.
PAROLIN, Isabel (org.). Por que você não me obedece? Porto Alegre: Mediação,
2011.
SILVA, Ana Beatriz B. Mentes perigogas nas escolas: bullying. Rio de Janeiro:
Fontanar, 2010.
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. 85ª ed. São Paulo: Integrare, 2006.
BARBOSA, Maria Rita Leal da Silveira. Inspeção Escolar: um olhar crítico. Ed.
Composer Ltda, 2008.