Material Completo - Etnocentrismo - Interculturalidade

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NOME DO TUTOR | TURMA

Núcleo de Apoio aos Direitos Humanos (NUADH)

» O Núcleo de Apoio aos Direitos


Humanos – NUADH é um
órgão de apoio docente e
discente e vincula-se às
diferentes instâncias e projetos
institucionais de ensino,
iniciação científica e extensão.
Núcleo de Apoio aos Direitos Humanos (NUADH)

» Sua finalidade é promover conhecimentos,


materiais e ações pedagógicas relativas ao debate
dos direitos humanos na IES, sensibilizando
discentes, docentes, demais colaboradores e
comunidade externa sobre as inúmeras temáticas
envolvidas no campo dos direitos humanos,
estimulando a superação de situações de violência,
de injustiça, exclusão, de discriminação e
estigmatização de indivíduos e de grupos sociais
por meio da formulação, implementação,
monitoramento, avaliação e disseminação de
medidas fundamentadas na universalidade,
indivisibilidade e transversalidade dos direitos
humanos.
O assunto que vamos abordar é sobre ETNOCENTRISMO

Fonte: https://bit.ly/3dzlf92. Acesso: 20/04/2021.


Você já deve ter presenciado alguma situação
desconfortável onde a fala de um grupo ou
cultura se percebe ou assume como melhor,
superior, mais adequada que outras, não é?
A esse fenômeno dá-se o nome de
Etnocentrismo.

• Atualmente, influenciado pelas dinâmicas


da globalização e da circulação do capital,
bens, mercadorias e pessoas, atitudes
etnocêntricas se tornam mais cotidianas e
conhecidas no Brasil e mundo afora.
Fonte: https://bit.ly/3x4ZHsB. Acesso: 20/04/2021.
• Segundo Everardo P. Guimarães Rocha, o etnocentrismo “é uma
ETNOCENTRISMO visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como
centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através
dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a
existência” (1984, p.5).

O, Etnocentrismo, enquanto visão


imaginária que se faz do próprio mundo e
do mundo dos outros, pode gerar
preconceitos, (...) “que é o ato de negar o
outro sem conhecê-lo e criar um espaço
favorável para a dominação cultural”
(BRITO, 2018, p.634).

Fonte: https://bit.ly/32tH6bF. Acesso: 20/04/2021.


• Assim, o Etnocentrismo, enquanto postura excludente, julga os
outros povos e culturas pelos padrões da própria sociedade de
quem faz o julgamento, originando falas e ações construídas a
partir do senso comum e que hierarquizam as relações sociais.

ETNOCENTRISMO

Fonte: https://bit.ly/3va87x5. Acesso: 20/04/2021.


O Etnocentrismo é um fenômeno não é algo que seja atributo do
presente. Já estava incorporado na vida comunidade de sociedades
ETNOCENTRISMO do passado. Porém, as atitudes e posturas etnocêntricas se
intensificam com as dinâmicas postas em ação pela Modernidade,
como as Grandes Navegações, que colocaram em contato povos
distintos.

Segundo (CARVALHO, p.182. 197):


“O etnocentrismo origina e tem origem na
"heterofobia" (o Outro - em suas diversas
formas: primitivo, selvagem, louco, imaturo,
homossexual, "homens de cor", crianças
problemáticas, fascistas, baderneiros, "hippies",
"mulheres de vida fácil", hereges etc. - constitui
"perigo" que deve ser exterminado”.

Fonte: https://bit.ly/3szUe9E. Acesso: 20/04/2021.


Enquanto manifestação de preconceito, a identificação de um
indivíduo com sua sociedade pode induzir à rejeição das
outras (MENESES, 2020).
• VALE DIZER: O Etnocentrismo se relaciona com outras
formas ideológicas de racismo e de xenofobia.
• Superar o etnocentrismo é compreender que a origem de
cada cultura vem de um processo de adaptação do homem a
seu meio ambiente cujas respostas sempre foram diferentes
entre si, ao longo do tempo (COSTA FILHO, 2006).

ETNOCENTRISMO

Fonte: https://bit.ly/32sNzDw. Acesso: 20/04/2021.


• O etnocentrismo não é algo fácil de se identificar, apesar
de cada vez mais presente em nossas sociedades. O sentido
O OUTRO da ideia etnocêntrica é falho, fundamentado em
informações parciais, escolhidas, selecionadas, omitidas e
distorcidas sobre o Outro.
• Quem é o Outro?

Para Renate Brigitte Viertler (1994), o outro


é um sujeito "semelhante" apenas enquanto
"ser humano", mas definido como "diverso"
e "desigual" no jogo das relações
desencadeada pela história dos contatos
culturais entre as diversas sociedades
humanas (p.269).

Fonte: https://bit.ly/3svcvop. Acesso: 20/04/2021.


O RELATIVISMO O Relativismo Cultural se aproxima do contrário
do Etnocentrismo.
CULTURAL Essa perspectiva vem da Antropologia, de onde o
Relativismo pressupõe que as culturas não podem
ser hierarquizadas numa escala evoluído-
tradicional, bom-ruim, desenvolvida-
subdesenvolvida. Assim, não haveria um modelo
universal de cultura, mas, um sem-número de
padrões e modelos culturais distintos entre si.
Nesse processo, é necessário que o antropólogo
abandone seus próprios códigos culturais e se
proponha a analisar os hábitos observados a
partir dos critérios da cultura observada.
Quadro: Posturas diante da diversidade cultural.

O RELATIVISMO
CULTURAL
X
ETNOCENTRISMO

Fonte: https://bit.ly/3dvS5HH. Acesso: 20/04/2021.


O assunto que vamos abordar neste momento é sobre
INTERCULTURALIDADE
• Você já deve ter presenciado alguma situação desconfortável
INTERCULTURALIDADE onde a fala de um grupo ou cultura se percebe ou assume como
melhor, superior, mais adequada que outras, não é? A esse
fenômeno dá-se o nome de Etnocentrismo.

• Atualmente, influenciado pelas dinâmicas da globalização e da


circulação do capital, bens, mercadorias e pessoas, atitudes
etnocêntricas se tornam mais cotidianas e conhecidas MUNDO .

https ://lh3.googleusercontent.com/proxy/r3zb9pScCB_AUxLghE16gm0zKGFpDgU5sLrbEk05PivNGIykgCsIJ9D70GsHg7kDd1FsD7xj-Bih8fvoztyh-tJGf1q29qM4jTQkL5ZO_zc4vJvrjfv7oObHdxe273hGtT88kg
» Não é por acaso que esse termo ganha destaque em
INTERCULTURALIDADE textos constitucionais recentes, de países com
grandes populações indígenas que, nos últimos
anos, têm buscado uma maior participação social.
Interculturalidade é, no entanto, um conceito
polêmico. E, segundo alguns estudiosos do tema,
ganha contornos diferentes quando aparece como
reivindicação dos movimentos sociais e como
política de Estado
» Para o teólogo, filósofo e antropólogo espanhol
INTERCULTURALIDADE naturalizado boliviano Xavier Albó,
interculturalidade pode ser definida como qualquer
relação entre pessoas ou grupos sociais de
diversas culturas. A interculturalidade, segundo
ele, pode ser negativa - quando a relação acaba
destruindo ou reduzindo o que é culturalmente
distinto (etnicídio cultural) ou até mesmo quando
há simplesmente a assimilação da cultura
dominante pela cultura dominada - ou positiva -
quando resulta na aceitação do que é
culturalmente distinto e na troca de
conhecimentos, com enriquecimento mútuo.
» A simples tolerância do que é culturalmente
INTERCULTURALIDADE diferente, sem um verdadeiro intercâmbio
enriquecedor, não chega a ser um
interculturalidade positiva. As relações de
alteridade são positivas quando os dois polos - o
da própria identidade e o "outro" - se fortalecem,
se enriquecem e se transformam mutuamente,
sem, no entanto, deixar de ser o que são".
» Naturalmente, alerta Albó, para que esses
INTERCULTURALIDADE mecanismos funcionem em ambos os
sentidos, com alguma forma de mútua
reciprocidade, as relações devem estar
baseadas numa certa simetria, conseguida,
quase sempre, por meio de longos,
pacientes e, às vezes, dolorosos
processos desenvolvidos nos planos
interpessoal, grupal e estrutural.
» De acordo com ele, apesar de a raiz fundamental da
INTERCULTURALIDADE interculturalidade positiva estar nas relações
interpessoais - entre indivíduos isoladamente ou
em grupo -, não é possível trabalhar apenas nesse
nível. É preciso transformar as instituições e
estruturas que constituem o corpo social - sistema
educativo, meios de comunicação, sistema
judiciário, polícia, igrejas, entre outros, mas
principalmente o sistema econômico - para que
reflitam e facilitem as relações positivas entre os
diversos grupos de pessoas. "Estabelecer relações
interculturais positivas", ressalta, "é muito mais
fácil quando há culturas distintas mas de igual
posição e prestígio social".
» Ele lamenta, no entanto, que as relações
INTERCULTURALIDADE interculturais assimétricas sejam muito mais
comuns no mundo cada vez mais globalizado e
injusto. "Dificilmente os que se sentem da cultura
dominante aceitam como iguais àqueles que
consideram ‘inferiores'. Esses, por sua vez, tendem
a subvalorizar sua própria cultura e adotar a cultura
dominante apenas para não serem discriminados",
constata.

Educação e Diferença
Reinaldo Fleuri destaca ainda a necessidade de que a
interculturalidade esteja baseada numa política da
diferença e não apenas da diversidade. “As políticas de
diversidade pressupõem que você possa categorizar os
diferentes públicos socioculturais a partir de alguns
padrões mais ou menos gerais. Categorizamos
diferentes grupos étnicos por suas características
genéricas e enquadramos os indivíduos nessas
categorias. Já as políticas da diferença consideram que
as diferenças se constituem na interação viva entre as
próprias pessoas, os próprios grupos. E que, nesse
jogo de forças, cada um vai se constituindo, se
posicionando, propondo contrapontos, interagindo com
todos. Vão se configurando processos de identificação
e, portanto, de diferenciação”.
Referências bibliográficas
• ALBÓ, Xavier. Cultura, Interculturalidade, Inculturação. São Paulo: Loyola, 2005.

• FLEURI, Reinaldo Matias. Educação intercultural e formação de professores . João Pessoa: Editora do CCTA, 2018.

• CARVALHO, José Carlos de Paula. Etnocentrismo: inconsciente, imaginário e preconceito no universo das organizações educativas. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32831997000200014. Agosto de 1997. Acessado em: 19/04/2021.

• COSTA FILHO, Ismar Capistrano. Etnocentrismo, Comunicação e Cultura Popular. Biblioteca On-line de Ciência da Comunicação, 2006. Disponível em:
http://www.bocc.ubi.pt/pag/costa-ismar-etnocentrismo-comunicacaocultura-popular.pdf. Acesso em 19/04/2021.

• GOMES BRITO, G. R. G. B. O OUTRO EM QUESTÃO: ETNOCENTRISMO E ALTERIDADE COMO DESAFIOS À DEMOCRACIA E AOS DIREITOS
HUMANOS. Serviço Social em Perspectiva, v. 2, n. Especial, p. 633-644, 24 mar. 2020.

• MENESES, P. . Etnocentrismo e Relativismo Cultural: algumas reflexões. Revista Gestão & Políticas Públicas, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 1-10, 2020. DOI:
10.11606/rgpp.v10i1.183491. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rgpp/article/view/183491. Acesso em: 19 abr. 2021.

• ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo. 6.ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.

• VIERTLER, R. B. A experiência do"outro" na antropologia . Psicologia USP, [S. l.], v. 5, n. 1-2, p. 269-283, 1994. DOI: 10.1590/S1678-51771994000100017.
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/34501. Acesso em: 20 abr. 2021.

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